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EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM HANSENÍASE RESENHA TEMÁTICA

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE

INSTITUTO LAURO DE SOUZA

ANA CAROLINA DE MARTINI DUTRA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM HANSENÍASE – RESENHA TEMÁTICA

Bauru, São Paulo 2017

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ANA CAROLINA DE MARTINI DUTRA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM HANSENÍASE – RESENHA TEMÁTICA

Monografia de conclusão de Curso apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional em Psicologia Clínica, da Secretaria de Estado da Saúde do Instituto Lauro de Souza Lima/CSS/SES-SP, sob a Orientação da Ms.

Noêmi Garcia de Almeida Galan, Coorientação Ms. Renata Bilion Prado Ruiz, da Dra. Lúcia Helena S C Marciano, colaboradora da preceptora do PAP Ms. Mariane da Silva Fonseca

Bauru, São Paulo 2017

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO DE BIBLIOTECA DO INSTITUTO “LAURO DE SOUZA LIMA”

D953e DUTRA, Ana Carolina de Martini.

Educação em saúde em hanseníase – resenha temática / Ana Carolina de Martini Dutra, Bauru, 2017.

20f.: il.

Monografia apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional em Psicologia Clínica da Secretaria de Estado da Saúde do Instituto Lauro de Souza Lima, sob orientação da Ms.

Noêmi Garcia de Almeida Galan e coorientação da Ms.

Renata Bilion Prado Ruiz e Dra. Lúcia Helena Soares Camargo Marciano.

1. Educação em hanseníase. 2. Hanseníase. 3.

Aprendizagem. I. Ruiz, Renata Bilion Prado. II. Marciano, Lucia Helena Soares Camargo. III. Título.

WC335.19

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ANA CAROLINA DE MARTINI DUTRA

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM HANSENÍASE – RESENHA TEMÁTICA

Monografia de conclusão de Curso apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional em Psicologia Clínica, da Secretaria de Estado da Saúde do Instituto Lauro de Souza Lima/CSS/SES-SP, sob a Orientação Ms. Noêmi Garcia de Almeida Galan, Coorientação da Ms. Renata Bilion Prado Ruiz e da Dra. Lúcia Helena S C Marciano, colaboradora Ms. Noêmi Garcia de Almeida Galan e da preceptora do PAP Ms. Mariane da Silva Fonseca

__________________________________

Orientador: Ms. Noêmi Garcia de Almeida Galan

__________________________________

Coorientador: Ms. Renata Bilion Prado Ruiz

__________________________________

Coorientador: Dra. Lúcia Helena S C Marciano

___________________________________

Coordenadora do Programa PAP: Ms. Noêmi Garcia de Almeida Galan

Bauru, 22/11/2017

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RESUMO

A hanseníase, uma doença milenar conhecida também como “lepra”, tem seu concepto preenchido de estigmas e preconceitos devido à falta de conhecimento a respeito da doença.

Nesse sentido, ter maior compreensão e consciência sobre a hanseníase pode aumentar as chances de que o paciente tenha uma maior adesão ao tratamento e consequentemente uma melhor qualidade de vida. O Objetivo deste estudo foi realizar uma resenha temática de cinco artigos de pesquisas que trazem o tema: “educação em saúde em Hanseníase” e observar se os materiais e métodos utilizados foram descritos, qual referencial teórico foi utilizado e quais foram os métodos de avaliação utilizados. Os artigos se apresentaram de pouca ou nenhuma teoria específica sobre educação em saúde, além de não discutir as representações sociais e os significados internalizados ao nível individual sobre a doença. A resenha temática demonstrou que estudos sobre educação em hanseníase não descrevem detalhadamente os procedimentos de ensino/aprendizagem utilizados nos estudos e os resultados além de serem focados em conteúdos imediatos não correspondem totalmente aos objetivos determinados. Também não descrevem se houve levantamentos de dados sobre o público a ser atingido e não apresentaram evidências claras se houve aprendizagem.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Hanseníase. Aprendizagem.

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ABSTRACT

Hanseníase, also known as leprosy, is an ancient disease with a socio-history marked by stigma and prejudice. This has been due to lack of knowledge and understanding of the disease. Improved leprosy education and awareness, can increase the chances of any given patient in adhering to treatment, resulting in better quality of life outcomes. The objective of this study was to carry out a thematic review of five research articles that address the theme:

"health education in leprosy." This was done by noting whether a description of the materials and methods was provided, and by examining the theoretical benchmark and methods of evaluation used in each study. The articles present little to no specific theory on health education, and also lack meaningful discussion of either social depictions or personal interpretations of the disease.The thematic review demonstrated that studies on leprosy specific health education do not describe in detail the methodology and procedures used in studies. In addition to having a short-term focus, the results fail to meet the study’s determined objectives. Furthermore, they do not describe whether there was any research conducted on their target publics, and showed no clear evidence that material taught was learned or retained.

Keywords: health education. Leprosy. Learning.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6

2 DESENVOLVIMENTO 8

3 CONCLUSÃO 19

REFERÊNCIAS 20

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1 INTRODUÇÃO

A Hanseníase, uma doença milenar conhecida também como “Lepra”, tem seu concepto preenchido de estigmas e preconceitos devido à falta de conhecimento a respeito da doença. Quando o paciente, a população no geral e até mesmo os profissionais da saúde passa a compreender melhor sobre a doença, sobre sua causa, transmissão, sintomas e tratamento, é possível aumentar as chances de que este paciente tenha uma maior adesão ao tratamento e consequentemente uma melhor qualidade de vida. Isto inclui ainda reduzir os impactos psicológicos e sociais que também os atingem.

Pensando nisso, profissionais de diferentes áreas de atuação que trabalham com Hanseníase, juntamente ao Ministério da Saúde (MS), passaram a levar ao público, utilizando diferentes “ações educativas em saúde” e a estudar essas informações de como elas são e como deveriam ser transmitidas. De acordo com o Programa Nacional de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde (PNCH), o fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica, bem como a produção da saúde com base na educação permanente e a assistência integral à pessoa com hanseníase, são ações necessárias para se trabalhar a orientação e motivação do paciente para com o seu autocuidado. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). Sendo assim, a educação em saúde tem um papel fundamental e essencial para todas as ações de saúde, como descrita no Manual de Prevenção de Incapacidades da Hanseníase (2008).

O Manual do MS ressalta também, que a educação em saúde é suporte para apoiar na redução e/ou evitar, deformidades e incapacidades causadas pela doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008), atuando como a base para a compreensão do “processo de adoecimento, da doença em si, sua aceitação e suas consequências na vida de cada paciente e como atividade informativa e comunicativa voltada para o público geral, pacientes e profissionais de saúde”

(DUARTE, 2014, p.26).

Muito se fala em educação em hanseníase, ou ações educativas em saúde onde o assunto cresce em meio às pesquisas diversas, porém, pouco se apresenta sobre o método utilizado de forma que garanta o resultado de que a aprendizagem realmente ocorreu e/ou de que aquela informação foi transmitida de uma maneira que fará a diferença. Sendo assim, qual seria o melhor método para garantir a aprendizagem? Pensando além, seria possível avaliar tal fator?

O Objetivo deste estudo foi realizar uma resenha temática de cinco artigos de pesquisas que trazem o tema: “educação em saúde em Hanseníase” e observar se os materiais

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e métodos utilizados foram descritos, qual referencial teórico foi utilizado e quais foram os métodos de avaliação utilizados. Espera-se encontrar metodologias eficazes de se fazer educação em saúde.

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2 DESENVOLVIMENTO

O artigo “Ação educativa sobre hanseníase na população usuária das unidades básicas de saúde de Uberaba – MG”, dos autores Moreira et al., publicado na Revista Saúde Debate, do Rio de Janeiro em 2014, teve como objetivo avaliar o efeito de uma intervenção educativa em uma UBS citada em título acima. Os autores apresentam em sua introdução um breve relato sobre a doença, sintomas, incapacidades geradas e transmissão, além de dados estatísticos sobre o estado de Minas Gerais onde foi desenvolvida a pesquisa, afirmando que comparado com outros estados brasileiros, Minas Gerais apresenta um quadro melhor.

Mesmo assim, a cidade de Uberaba no período de 2000 a 2006 “registrou 455 casos, com uma média de 65 casos novos por ano, com média anual de taxa de incidência de 2,7 casos/10.000 habitantes”. (MOREIRA et al., 2014, p. 235). Estes dados, no entanto, justificaram a necessidade dos autores em intervir junto à população entendendo que as ações de eliminação da hanseníase precisam ser mais bem trabalhadas. Partindo deste princípio, a Metodologia baseou-se na população participante, tendo sido 96 adultos e idosos, tendo uma demora de dois meses para a coleta realizada no ano de 2012. No entanto, não foi apontado se estes pacientes residiam todos na cidade de Uberaba, se estariam para retorno ou não, por exemplo.

Foi aplicado um questionário sociodemográfico e questões alternativas de “certo e errado”

utilizando como base teórica o “Guia de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde”. As questões foram divididas em três blocos sendo eles: meios de transmissão; sinais e sintomas e consequências; relação ao tratamento da hanseníase. Após isso, deu-se início a “atividade educativa” assim descrita pelos autores, considerando os assuntos abordados no questionário.

As atividades duraram em média 15 minutos onde utilizaram “materiais didáticos como cartazes e figuras ilustrativas motivadoras de discussão e com espaço aberto para esclarecimento de dúvidas” (MOREIRA et al., 2014, p. 236). Ao final, foi aplicado novamente o mesmo questionário para que fosse possível comparar as respostas e analisar se houve aumento dos acertos, entendendo que isto significaria uma possível evidência que a aprendizagem ocorreu. Nesse caso, o aumento dos acertos após a “atividade educativa” foi comprovado sendo apresentado em forma de tabela apontando que, “antes da ação educativa somente sete indivíduos (7,3%) conheciam o mecanismo de transmissão da doença, enquanto que após a ação educativa houve um aumento estatisticamente significativo, com 83 (86,5%) acertos. Ainda, antes da ação, somente 14 (14,6%) sabiam que ela não se transmite através da pele, 27 (28,1%) que não é hereditária e 33 (34,4%) que a transmissão não se dá por meio de

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objetos pessoais”. (MOREIRA et al., 2014, p.236/237). Estes dados foram descritos em três tabelas que facilita bastante para o leitor além de chamar a atenção para os dados.

Os autores discutem ao final do artigo que tal intervenção teve efeito positivo por ter conseguido informar corretamente os participantes sobre a doença. Não apresentaram relatos sobre dúvidas que os participantes possam ter levado ou não. Focaram apenas no número de erros e acertos a respeito do que se trabalhou: transmissão, causa e tratamento. Apresentaram outros autores que utilizaram do mesmo “método”, mas não descrevem com detalhes quais sejam eles, apenas afirmam ter sido ações educativas, confirmando que é positivo os resultados alcançados por eles também. No entanto, não é informado se foi “efetivo” tal aprendizagem o que deixa a desejar diante ao que se busca analisar nos artigos.

Um ponto interessante do estudo é que discutem sobre a necessidade de investimento em materiais pedagógicos para a população como meio de ação educativa, porém, não citam quais e como seriam esses materiais. Também apresentaram como limitações, o fator de não ser possível um acompanhamento “longitudinal dos indivíduos para que fosse possível avaliar se o conhecimento adquirido se manteve em longo prazo, sob o domínio desta população.”

(MOREIRA et al., 2014, p. 241), mas também não descreveram o motivo desta não possibilidade.

O artigo foi bem trabalhado e escrito, com detalhes sobre os dados que mostram tais confirmações. As ações educativas foram discutidas em paralelo com outros trabalhos semelhantes o que enriquece o trabalho. Não houve teoria sobre ensino-aprendizagem o qual, a meu ver, deixa o tema “ações educativas” muito a visão do senso comum. Usam tal tema como sinônimo de apenas informar, mas é preciso entender que ensinar, educar, intervir, é colocar o sujeito como ativo nessa aprendizagem, reproduzindo de uma maneira bem mais prática do que teórica no sentido dos questionários. O tema houve a intervenção, o que também torna relevante sobre os processos de agir, desenvolvendo uma ação baseando-se na ideia de educar.

Seguindo com a mesma temática, do ato de intervir, de atuar com a ação educativa para uma determinada população, o segundo artigo analisado, tendo como título “O enfermeiro e a temática da hanseníase no contexto escolar: relato de experiência”, dos autores Pinheiro et al., graduandos do curso de enfermagem da Universidade Federal do rio Grande do Norte, publicado pelo Journal of Research Fundamental Care Online em 2015, apresentam como objetivo da pesquisa “avaliar o conhecimento de escolares acerca da hanseníase e implementar ações de educação em saúde sobre esta temática”. (PINHEIRO et al., 2015, p.

2776). Iniciam o artigo escrevendo sobre o impacto de uma ação educativa indagando sobre o

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“empoderamento do sujeito” com relação à saúde/doença, baseando nesse termo para justificar a importância de levar a informação, a educação sobre a hanseníase para uma população de escolares. Justificam ainda que o fato de serem adolescentes gera maior curiosidade para o conhecimento de algo que já possam ter ouvido falar ou que seja totalmente novo, acreditando assim que eles possam se tornar agentes ativos no repasse dessas informações e conhecimentos para a família, amigos entre outros. O estudo citou como método a utilização de uma “abordagem educativa” com alunos do Ensino Médio de uma escola pública. Descrevem utilizar de ações no modo horizontalizado além da escuta ativa, onde não somente se transmite o conhecimento, mas sim o dialoga, gerando maior motivação para se trabalhar e discutir o assunto. Para iniciar tal ação educativa, partiram de uma pergunta disparadora: “o que os alunos do ensino médio de uma escola pública conhecem sobre hanseníase?”, para avaliarem o conhecimento e aí sim, programar ações de educação em saúde sobre a hanseníase.

O termo “ações educativas em saúde” é bastante utilizado como o meio de aprendizagem do conhecimento sobre hanseníase durante todo o artigo, mas não trazem conteúdos teóricos e nem mesmo paralelo com outros estudos que dessem um respaldo maior para desenvolver o estudo. Afirmam ainda que a educação e promoção de saúde – também não diferenciam e nem explicam sobre tais termos - ocorre através da realização de diálogos sobre a hanseníase, o qual permite que os alunos questionem suas dúvidas além de contribuir com o que desejam falar. Seguindo a metodologia, a proposta de intervenção se desenvolveu em cinco momentos: apresentação da proposta para o diretor da escola; agendamento dos dias a serem realizadas as ações; aplicação do questionário; palestras dialogadas sobre hanseníase;

reaplicação do questionário. As questões do questionário foram retiradas do “Caderno 21 de Atenção Básica”.

Declaram que houve a troca de saberes, ou seja, houve o diálogo entre os pesquisadores e os alunos, porém não explicam como exatamente foi tal ação, nem mesmo descrevem quais as dúvidas e assuntos que surgiram nesse diálogo. Foram distribuídos panfletos sem identificar quais, utilizado cartazes ilustrativos e álbum seriado para facilitar e estimular a participação. Os alunos podiam interromper a fala dos pesquisadores no momento que achasse necessário e apresentar sua dúvida, tornando assim uma “palestra dialogada”. Ao final, afirmam apenas que os maiores questionamentos foram àqueles relacionados sobre mitos e preconceitos, o que possibilitou relatar um pouco sobre a história da hanseníase.

Interessante este ponto, pois, mesmo se falando sobre sintomas, causas entre outros aspectos ligados à doença, não se fala da história dela, mesmo sendo uma doença milenar, e assim não

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se enfoca muito o fato de tal doença estar ligada com um contexto histórico que causou muito sofrimento e estigma até que se descobrissem a cura. Encerram o artigo apresentando dados comparando a primeira tabela onde mostra o aumento dos acertos pelos alunos após a ação educativa. No caso, a tabela trouxe questões como: Agente etiológico, sinais e sintoma, e qual o serviço de saúde a ser buscado. As respostas corretas respectivamente seguindo as questões eram: bactéria, afeta pele e nervos periféricos, e Unidade Básica de Saúde. Os resultados, antes e depois da ação educativa, para a primeira questão sobre o Agente Etiológico foi de 38.0% tendo um aumento para 98.0% de acertos; sobre o Sinais e Sintomas foi de 37.0% com um aumento também de 98.0% de acertos; e para o serviço de saúde a ser procurado o resultado foi de 48.0% com um aumento de 93.6% de acertos. Desta forma, trazem como conclusão que o estudo teve seus pontos positivos por ter conseguido gerar um conhecimento através do diálogo e esclarecimento da doença, além do comprovado pelo questionário, repetindo os termos como a importância de “empoderamento do sujeito” vendo o aluno como um agente ativo para levar esse conhecimento para fora da escola. Trazem também a importância do trabalho dos enfermeiros nas escolas, vendo como algo que deveria sempre ser repetido pelos profissionais.

Assim como o primeiro artigo citado acima, foi utilizado de questionários para avaliar e analisar o conhecimento dos participantes sobre a doença, antes de iniciarem as atividades educativas, esclarecendo sobre os assuntos apresentados no questionário entre outros que surgiram no decorrer das atividades. No entanto, é notório o quanto os autores no geral, acabam dando maior valor aos resultados dos questionários aplicados do que na atividade desenvolvida em si. No caso deste artigo, por terem desenvolvido com adolescentes, os autores descreveram melhor sobre o comportamento deles durante as atividades, mesmo assim, seria interessante se tal questionário fosse aplicado novamente algum tempo depois da ação realizada para maior confirmação dessa aprendizagem, já que é comprovado que os adolescentes possuem uma capacidade melhor de memorizar, o que então, não garante que a aprendizagem de fato se manterá daqui a um tempo, pois, diferente dos assuntos abordados na escola, é repetido em vários momentos e não apenas em um único dia. A possibilidade de aprendizagem é real, mas também há a probabilidade de ela não ocorrer. Do mesmo modo, seria interessante se descrevessem no artigo as falas dos alunos para uma discussão mais ampla dos resultados, até mesmo para saber o que eles acharam das atividades desenvolvidas e se teriam alguma sugestão para colaborarem com os pesquisadores. Outro ponto a ser destacado é sobre as questões e temas tratados nas atividades educativas onde poderiam ter descrito com mais detalhes como desenvolveram as palestras, o material retirado e como eram

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os cartazes criados, por exemplo. Além disso, não falaram de uma base teórica fundamentada que auxiliaram no desenvolvimento destas atividades.

Já no terceiro artigo intitulado “Conhecimento sobre prevenção de incapacidades em um grupo de autocuidado em hanseníase”, escrito pelos autores Pinheiro et al., publicado na Revista Mineira de Enfermagem – REME em 2014, o objetivo foi mais delimitado às incapacidades geradas nos pacientes que tiveram o diagnóstico da hanseníase e passam por tratamento, seja ainda da poliquimioterapia ou das úlceras causadas devido a perda de sensibilidade. O objetivo dos autores nesse artigo foi o de “avaliar o conhecimento adquirido sobre prevenção de incapacidades no controle da hanseníase pelos participantes de um grupo de autocuidados” (PINHEIRO et al., 2014, p. 896) em um hospital centro de referência em doenças infectocontagiosas do Rio Grande do Norte. Para justificar o estudo, partem do princípio de que autocuidado está intimamente ligado à educação em saúde, entendendo que o paciente pode cuidar de si a partir do momento em que ele aprende como realizar tais cuidados. Para isso, seguem a teoria de “Dorothea Orem” baseando-se no raciocínio de que as

“pessoas podem cuidar de si, mas, quando não conseguem se autocuidar, o enfermeiro oferece ajuda.” (PINHEIRO et al., 2014, p.896). O estudo foi realizado durante três meses no ano de 2012, onde realizaram a ação em um grupo de autocuidado já existente na unidade há cinco anos, que dispõe de uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e assistente social). Não descrevem o método que foi utilizado, apenas que os dados foram obtidos através da realização de duas reuniões educativas e uma oficina prática socioeconômica no grupo local. Partiram através de uma questão aberta “o que você aprendeu hoje sobre autocuidado?”. Desta forma, os resultados foram baseados nas discussões sobre a prevenção dos pacientes quanto às úlceras e curativos e também das quedas. Houve poucos relatos descritos no artigo, talvez por não ser o completo, no entanto deixa a desejar na leitura por se falar mais sobre as úlceras, as quedas, do que os resultados em si dos participantes com relação a ação realizada. Autores trazem em considerações finais a afirmação de que as “ações educativas em saúde objetivam melhorar a qualidade de vida das pessoas, por estimular a reflexão sobre atitudes que favorecem viver de forma mais saudável”. (PINHEIRO et al., 2014, p.899). Garantem ainda que os resultados obtidos no grupo de autocuidado “contribuiu significativamente para aquisição do conhecimento sobre práticas de autocuidado”.

(PINHEIRO et al,. 2014, p.899). Encerram o artigo sem demonstrar fontes ou resultados mais diretos de que realmente houve uma aprendizagem que tenha sido efetiva.

O artigo passa a impressão de ter desfocado sobre o tema da ação educativa trazendo mais aspectos do contexto patológico da doença. Desta forma, também não é possível afirmar

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que houve evidência de aprendizagem. Apresentam dados e discussões sobre o assunto, mas não teve devolutiva para os participantes, nem mesmo algo que demonstrasse que teve eficácia na aprendizagem, portanto, não demonstra muita clareza diante às técnicas utilizadas nem mesmo a eficácia do trabalho realizado. Utilizou-se do termo “ação educativa”, mas não ampliam a respeito do material utilizado, da referência seguida e nem da comunidade do trabalho com os outros participantes que passaram por estas duas reuniões de autocuidados.

Trazendo uma perspectiva um pouco diferente das ações educativas que são realizadas geralmente com pacientes e escolares como já apresentado anteriormente, o quarto artigo analisado de Souza, Feliciano e Mendes (2015), cujo título é “A visão de profissionais da Estratégia Saúde da Família sobre os efeitos do treinamento de hanseníase”, publicado em 2015 pela Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, trazem a proposta de “buscar compreender como profissionais treinados de equipes de saúde da família no estado de Pernambuco percebem e interpretam os efeitos individuais e organizacionais do treinamento de hanseníase”. (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2015, p. 611). Desta forma, apresentam na introdução quatro pesquisas sobre treinamento na área que apontam que a insegurança para dar o diagnóstico ainda é muito grande. Além disso, discutem sobre a efetividade dos treinamentos realizados, apresentando em métodos a discussão através de

“abordagens teóricas sobre efetividade de treinamento e a Teoria da Ação comunicativa” por alguns teóricos da área. Os profissionais escolhidos para participarem da pesquisa foram aqueles que atuavam na ESF e que já haviam sidos “treinados em clínica de hanseníase pela Secretária Estadual de Saúde, em 2011, com carga horária de 16 horas”. (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p.611). destes incluídos, houve uma recusa de 10 médicos e duas enfermeiras, não sendo descrito se houve algum motivo ou não para recusa. As intervenções ocorreram em um ambiente com condições adequadas para o debate, além das gravações dos grupos focais que tiveram a presença de um mediador, observador e relator. Os pesquisadores também utilizaram, antes de iniciarem os grupos, um questionário autoaplicável e anônimo sobre formação profissional, inserção na ESF e treinamentos de hanseníase. Cada grupo durou em média 1 hora e 30 minutos. Os resultados foram analisados de acordo com a análise do discurso onde apresentaram descrições da fala dos profissionais sobre o assunto e tema tratado durante a ação educativa. Os resultados foram divididos em:

“reação ao treinamento”, “aprendizagem no treinamento”, “transferência da aprendizagem para o trabalho” e “resultados organizacionais”. Em “reações ao treinamento”, os autores descrevem trechos de falas de alguns profissionais, onde apresentam suas dúvidas e opiniões sobre a intervenção. Porém, não existe nenhum detalhamento das ações desenvolvidas com

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mais clareza. No item “aprendizagem no treinamento”, seguindo sempre a discussão através das falas dos profissionais, é notório sobre a continuidade ainda da insegurança de se dar o diagnóstico da hanseníase, percebendo que ainda existem certas limitações que não foram discutidas, mas apresentam que tal treinamento “propiciou aos profissionais oportunidades de melhorar o desempenho, beneficiando a suspeição de hanseníase” (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p.613). Apontam também que “o conhecimento clínico limitado dos enfermeiros e a desvalorização do ensino de dermatologia no curso médico, com abordagem restrita da hanseníase, foram apontados como dificultadores da aprendizagem” (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p.613). Além disso, também discutem a falta de comunicação entre a equipe interna para reforçar o trabalho desenvolvido na ESF com a hanseníase. Já em

“resultados organizacionais” os profissionais participantes questionam sobre a “carência de psicólogos e assistentes sociais” (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p.615) para apoiar no trabalho desenvolvido. Os profissionais também “solicitaram ampliação do contexto de aprendizagem, dando continuidade aos treinamentos com ênfase no ensino prático e fundamentado nas vivências cotidianas.” (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p.615), o que deixa claro que por mais que sejam realizados treinamentos com grupos focais, permitindo o diálogo para dúvidas e melhora do serviço, os treinamentos precisam ser repetidos tendo paralelo com o que os profissionais acabam encontrando no dia a dia, tendo um momento e local em que eles possam discutir sobre os casos encontrados aumentando a segurança para diagnosticar, tratar, lidar e informar estes pacientes que utilizam e dependem do serviço publico.

Na discussão, os autores afirmam que diante ao estudo realizado, os treinamentos geralmente realizados, acabam sendo “pequenos os efeitos individuais e organizacionais do treinamento, resultando em sua baixa efetividade.” (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p. 615). Interessante destacar que os autores descrevem que no estudo realizado, as opiniões positivas foram diante a “qualidade dos conteúdos teóricos, desempenho do instrutor, material didático e estímulo à adoção de uma atividade de alerta à ocorrência de casos. Porém, foram negativas as visões quanto à assimilação e à retenção de conhecimentos: falta de ensino prático, muito informação em curto tempo, explanação sucinta de conteúdos básicos para lograr as competências exigidas e heterogeneidade dos treinamentos.” (SOUZA, FELICIANO, MENDES, 2014, p. 615). Afirmaram também que a aprendizagem foi avaliada ao finalizar o treinamento, embora seja reconhecida a importância de realizar avaliações por um tempo mais prolongado. No artigo entende-se que a avaliação realizada foi através do discurso de opiniões sobre o treinamento dos profissionais para os pesquisadores.

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O artigo apresenta pontos positivos que compreende que tais ações não são muito eficientes devido ao pouco tempo de trabalho, mas a união de muitos conteúdos apresentados.

Reconhecem que avaliação teria de ser mais prolongado, o que acaba limitando estes resultados. Foi o único artigo que também apontou a necessidade de ter psicólogos para trabalharem com estes pacientes, pois os enfermeiros reconheceram a falta de captação para lidar com os conteúdos emocionais que os pacientes acabam demonstrando para os profissionais.

O último artigo analisado trouxe a proposta sobre a ação educativa se deu através da análise de materiais educativos, publicado pelos autores Kelly-Santos, Monteiro, Rozemberg em 2009 no Caderno de Saúde Pública do Rio de Janeiro, com o título “Significados e usos de materiais educativos sobre hanseníase segundo profissionais de saúde pública do Município do Rio de Janeiro”. O objetivo foi o de refletir sobre os processos comunicativos de Programa de controle de Hanseníase (PCH) do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da análise da recepção de materiais educativos por profissionais de dois serviços de saúde pública no Rio de Janeiro. Partem do questionamento sobre “em que medidas os materiais educativos favorecem a emergência de um espaço de produção dos sentidos da hanseníase e de práticas instituídas pelos profissionais”. (KELLY-SANTOS, MONTEIRO, ROZEMBERG, 2009, p.858). O artigo é longo diante as imagens e as análises trazidas por elas, tendo sido dividido em: introdução, procedimentos metodológicos, resultados e discussões, sendo que neste último, apresentam diversos materiais publicitários educativos para população e profissionais, demonstrando qual é a visão do profissional e do usuário de um mesmo material, procurando demonstrar assim a sua eficácia ou não.

Foram analisados 38 materiais educativos de 1995 a 2003, divulgadas por instituições governamentais e não governamentais, de âmbito nacional e internacional. Os autores trazem outro foco de ação educativa relacionado com os artigos apresentados anteriormente – no caso, não houve “repasse” de informações, mas sim uma discussão e análise em conjunto sobre os materiais que foram desenvolvidos para uma “ação educativa”. O artigo apresenta ao final, “dicas” vinda da opinião dos profissionais de novos materiais de impressão que devem estar ligados com a verdadeira realidade enfrentada e vista pelos profissionais.

O artigo é muito interessante, pois discute inclusive através da fala de um profissional, a necessidade destes materiais estarem ligados mais diretamente a realidade que se encontra, não romantizando a doença, mas sim mostrando o que ela pode causar se não tratada, além de desmistificar muitos conteúdos que ainda estão presos com o conhecimento do senso comum.

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Os artigos analisados trazem em seu estudo ações educativas em saúde, utilizando os termos: educação, intervenção e treinamento, escassamente mencionando as teorias de ensino aprendizagem adotados e sem detalhar as metodologias de intervenção utilizadas, apresentando resultados baseadas em aumento ou diminuição do conhecimento, como se

“educar” fosse apenas transmitir conteúdos. No entanto, os cinco artigos ressaltam a importância e a necessidade de realizar ações educativas na saúde para que, além de levar ao público informações e desmistificar sobre a doença, seja possível também aumentar a adesão dos pacientes em tratamento e no autocuidado. Um dos erros notórios foi querer abordar sobre

“tudo” da doença em pouco tempo, sendo que poderia ser mais bem explorado se tivessem dividido os temas em dias diferentes. Outro ponto interessante a se destacar é que destes cinco artigos, três deles foram desenvolvidos por Enfermeiros, um por Fisioterapeutas junto a Educadores Físicos e um último não descreve a profissão dos autores. Destaco isso, pois, acaba sendo uma realidade o fato de os enfermeiros serem os sujeitos ativos nessa questão da educação em saúde já que é a maioria e estão em contato mais próximo do paciente. Mas é preciso salientar que somente os enfermeiros nesta atuação não bastam além de muitos acabarem sofrendo com uma carga de estresse por se sobrecarregarem das atividades dos serviços de saúde a eles designados. É necessária uma equipe multidisciplinar atuando neste meio, mesmo que pareça impossível diante da nossa realidade política com relação à saúde, onde é preciso lidar com a falta de profissionais em diferentes áreas.

Nos artigos também pouco se fala sobre as limitações encontradas pelos pesquisadores além de também não descreverem sobre as “dicas” que poderiam dar para os leitores pesquisadores ou até mesmo profissionais que procuram direcionamento para desenvolverem ações educativas nos centros de saúde.

Vejo que este é um assunto que deixa muitas lacunas e questionamentos sobre como seria uma boa ação educativa. Volto a questionar então, o que é exatamente educar em hanseníase? Seria possível mesmo desenvolver um único método para isso? Minha visão acaba me levando a acreditar que ter isto é algo muito utópico, baseado na crença de que existe um ideal de educação, quando na verdade, penso que para se desenvolver um método, uma ação que realmente funcione, seja necessário desconstruir primeiro todo o idealismo para que se enxergue o real, e a partir de então encaixar as “ideias criativas” de uma ação educativa, que será diferente para cada realidade encontrada. Afinal, lidamos com pacientes crianças, adolescentes, entre outros que nem sempre são alfabetizados, que são de diferentes religiões e culturas principalmente no que diz respeito a uma doença milenar e bíblica. O público muda então a ação também precisa mudar. Sendo assim, volto a reafirmar que a

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educação é desenvolvida por meio da realidade de cada ambiente, seguimos métodos e técnicas, mas por diversas vezes ela precisa ser “reajustadas” para lidar com diferentes realidades.

Além disso, não podemos negar que de certa forma todos os artigos, apresentando meios/técnicas de intervenção ou não, fizeram (ou tentaram) um trabalho de “educar” – partindo do significado de que educação engloba os processos de ensinar e aprender, ou em sentido mais amplo que é a ação de aperfeiçoar as capacidades intelectuais e morais de um indivíduo. O que nos falta é dar continuidade, é ter brio para não desistir de algo que muitas vezes parece impossível, mas manter em mente o real e não o ideal de uma educação em saúde.

Em palestra proferida pelo Prof. Luiz Felipe Pondé com o título “A educação impossível”, ele fala exatamente sobre o erro que cometemos ao acharmos que a educação é algo que moldamos no ser humano e com isso, acabamos que não educamos, mas sim reproduzimos um método pedagógico e científico de reproduzir aquilo que muitas vezes nem mesmo nós entendemos. Devemos então entender que educar não é adestrar, mas sim ampliar e estimular o repertório individual, a fim de despertar a vontade no paciente em se cuidar porque o ato de cuidar-se representa ter uma vida melhor mesmo depois da doença transformando isso em algo importante pra ele. Despertar a curiosidade para que possamos contar com sujeitos sociais que levam uma informação a diante por julgar importante discutir isso socialmente, sem ter medo do preconceito que possa surgir. Desenvolver ações educativas não é ser um educar por um dia, mas sim reconhecer sua responsabilidade a longo prazo.

Não posso deixar de citar um dos maiores contribuintes para educação no mundo que foi o filósofo Jean-Jacques Rousseau, onde fala em “Emílio, ou da Educação” defendendo que o conhecimento não vê a razão como instrumento para a formação de ideias, mas como resultado de um desenvolvimento que se dá a partir dos sentidos e dos sentimentos.

A realidade é que não se pode ensinar tudo, nem mesmo agir sobre tudo o que acontece. É necessário tomar decisões que direcionem o conteúdo selecionado, os procedimentos e objetivos a serem seguidos. O objetivo que irá se basear na realidade encontrada pelos profissionais, entendendo que antes de qualquer ação é extremamente necessário observar e levantar dados sobre o público a ser atingido. Outro erro comum dos educadores é apostarem sempre na quantidade do conhecimento, o que é um tanto ingênuo, pois, no senso comum tem-se a ideia “mágica” de que conhecer sobre um determinado assunto, irá garantir o sucesso de uma ação. Nesse caso, a teoria pode se complicar na prática,

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por isso, o que lhes falta muito é trazer nestes artigos a representatividade social da prática e menos teoria e dados teóricos, o que é diferente de uma base teórica do meio da educação que ninguém apresentou. Mostrarem quais atividades deu mais certo, sejam elas dinâmicas ou rodas de conversa, usarem da arte do teatro, da música ou de outros que possam possibilitar um prazer real em aprender.

É preciso ressaltar que ao falarmos sobre educação em saúde, estamos falando sobre a doença que o outro possui, por isso, ter empatia, procurar entender o sentimento e significado do que se está repassando ao outro é algo muito importante. Freud sobre as relações fala que não há aprendizagem sem relação com o Outro, sempre aprendemos com alguém e, no caso da saúde, não podemos esquecer que muitas vezes aprendemos com o paciente quando este tem um espaço para se expressar e relatar sobre suas dificuldades e/ou dúvidas. Além disso, os educadores em saúde precisam tomar o cuidado para que o tema não se torne algo muito idealista, entendendo que o que importa não é quantidade de informações que se consegue transmitir em um ou dois dias, mas sim a qualidade do repasse destas informações. Seguimos a ideia de que menos é mais!

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3 CONCLUSÃO

A resenha temática demonstrou que estudos sobre educação em hanseníase não descrevem detalhadamente os procedimentos de ensino/aprendizagem utilizados nos estudos e os resultados além de serem focados em conteúdos imediatos não correspondem totalmente aos objetivos determinados. Também não descrevem se houve levantamentos de dados sobre o público a ser atingido e não apresentaram evidencias claras se houve aprendizagem. Para que uma ação educativa seja produtiva, precisamos conhecer nosso público, levantar os conhecimentos prévios, determinar se a vertente a ser trabalhada será conteúdo, hábitos ou atitudes a serem reconstruídos e principalmente se os resultados finais corresponderam aos propósitos. Acreditamos que há excelentes trabalhos de educação em saúde sendo desenvolvidos, mas com poucos critérios científicos e estes necessitam ser sistematizados e detalhados.

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REFERÊNCIAS

1 - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Prevenção de incapacidades. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de prevenção e reabilitação em hanseníase; 2008. n.1, p.06-135.

2 - DUARTE, L.M.C.P.S. Hanseníase: a implicação da educação em saúde para o autocuidado. Projeto Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014. 10-80.

3 - MOREIRA, A.J.; NAVES, J. M.; FERNANDES, L.F.R.M.; CASTRO, A.A.; WALSH, I.A.P. Ação educativa sobre hanseníase na população usuária das unidades básicas de saúde de Uberaba – MG. Saúde debate. 2014; v.38, n.101, pp.234-243. DOI: 10.5935/0103- 1104.20140021.

4 - PINHEIRO, M.G.C.; MEDEIROS, I.B.G; MONTEIRO, A.I.; SIMPSON, C.A. The nurse and the theme of leprosy in the school contexto: case studies. Journal of Research Fundamental Care Online.. 2015. V.7, n.3., p. 2774-2780. DOI: 10.9789/2175- 5361.2015.v7i3.2774-2780.

5 - PINHEIRO, M.G.C.; SILVA, S.Y.B.; SILVA, F.S.; ATAIDE, C.A.V.; LIMA, I.B.;

SIMPSON, C.A. Conhecimento sobre prevenção de incapacidades em um grupo de autocuidado em Hanseníase. Revista Mineira de Enfermagem. 2014; v.18, n.4:895-900 DOI:

10.5935/1415-2762.20140066.

6- SOUZA, A.L.A.; FELICIANO, K.V.O.; MENDES, M.F.M. A visão de profissionais da Estratégia Saúde da Família sobre os efeitos do treinamento de hanseníase. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2015; v.49(4): p.610-618 DOI:0.1590/S0080- 623420150000400011

7- KELLY-SANTOS, A.; MONTEIRO, S.; ROZEMBERG, B. Significados e usos de materiais educativos sobre hanseníase segundo profissionais de saúde pública do Município do Rio de Janeiro, Brasil. Caderno Saúde Pública. 2009; v.25, n.4, p.857-867 DOI: 10.1590/S0102-311X2009000400017.

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