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MANUAL DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO

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Academic year: 2021

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VALOR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA.

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REVENÇÃO À

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INHEIRO

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M

ANUAL DE

C

OMPLIANCE

Versão 1.0 Vigência Novembro / 2018 Atividade Área

Elaboração Consultor Externo

Revisão Diretora de Compliance Aprovação Diretor de Consultoria de Valores

Mobiliários

Classificação das Informações [ ] Uso Interno [ X ] Uso Público

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1. Objetivo

O presente Manual de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro tem como objetivo estabelecer os procedimentos e controles internos, compatíveis com o porte e volume de clientes da Valor Consultoria Empresarial Ltda., destinados a prevenir a sua utilização na prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal que trata a Lei no 9.613/1998, bem como os demais normativos sobre o tema (Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo).

Este Manual identificará, ainda, os conceitos que envolvem Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo, as etapas que configuram os delitos e as características de pessoas e produtos suscetíveis a envolvimento com estes crimes.

Além disso, estabelece orientações para identificar e acompanhar as operações realizadas com Pessoas Politicamente Expostas.

2. Conceitos

Conforme definição exposta pela Fazenda Nacional, o crime de lavagem de dinheiro “caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente. ”

As fases do Lavagem de Dinheiro podem ser caracterizadas como:

I. Colocação: Seria a primeira etapa do processo, onde ocorreria a colocação do dinheiro de origem

ilícita no sistema econômico. Com o objetivo de ocultar sua origem, o agente normalmente procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A colocação se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os agentes aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie.

II. Ocultação: Na segunda etapa do processo, o agente procura dificultar o rastreamento contábil dos

recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os agentes buscam movimentar os recursos de forma eletrônica por meio de transações complexas e em grande número para dificultar o rastreamento, monitoramento e identificação da fonte ilícita dos recursos.

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III. Integração: Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico.

Os agentes buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades, como por exemplo no mercado de capitais, imobiliário, obras de arte, entre outros, podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o recurso ilegal.

O combate ao Financiamento do Terrorismo está intimamente relacionado à luta contra a Lavagem de Dinheiro. Seguindo recomendações dos organismos internacionais, existem diversas iniciativas do governo brasileiro no sentido de se adequar às melhores práticas adotadas para combater de forma efetiva financiamento do terrorismo. Por esse contexto, a Valor Consultoria Empresarial Ltda. aborda esses dois temas de forma conjunta nesta política.

O Financiamento ao Terrorismo pode ser resumido como a reunião de recursos para a realização de atividades terroristas. Esses fundos podem ter origem legal - como doações, ganho de atividades econômicas lícitas diversas - ou ilegal - como as procedentes de atividades criminosas.

3. Base Regulatória

As normas regulatórias financeiras vigentes sobre a prevenção da Lavagem de Dinheiro:

I. Lei nº 9613/98 – Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a

prevenção da utilização do sistema financeiro para os respectivos ilícitos e cria o COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras;

II. Instrução CVM nº 301/99, alterada pela Instrução CVM nº 463/08 - Dispõe sobre a identificação, o

cadastro, o registro, as operações, a comunicação, os limites e a responsabilidade administrativa referente aos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;

III. BACEN Carta-Circular nº 2826/98 – Divulga relação de operações e situações que podem

configurar indício de ocorrência do crime de lavagem de dinheiro, e estabelece procedimentos para sua comunicação ao Banco Central do Brasil;

IV. BACEN Circular nº 3461/09- Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados na prevenção e

combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613/98;

V. BACEN Carta-Circular nº 3430/10- Esclarece aspectos relacionados à prevenção e combate às

atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, tratados na Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009; e,

VI. Normas emitidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

Ainda, em 2012, a Lei nº 9.613 foi alterada pela Lei nº 12.683 que trouxe importantes avanços para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, tais como: (i) a extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, admitindo-se agora como crime antecedente da lavagem de dinheiro qualquer infração penal; (ii) a inclusão

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das hipóteses de alienação antecipada e outras medidas assecuratórias que garantam que os bens não sofram desvalorização ou deterioração; (iii) inclusão de novos sujeitos obrigados tais como cartórios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou consultoria financeira, representantes de atletas e artistas, feiras, dentre outros; (iv) aumento do valor máximo da multa para 20 milhões de reais.

4. Clientes

A Valor Consultoria Empresarial Ltda. presta serviço de consultoria de gestão e inteligência econômica a empresas com diversos clientes, exigindo o cumprimento das normas de Prevenção a Lavagem de Dinheiro por parte dos seus clientes, deixando a encargo dos mesmos que fiscalizem os seus próprios clientes com seus próprios manuais de Prevenção a Lavagem de Dinheiro, não se responsabilizando por eventuais crimes atrelados a terceiros.

A Valor Consultoria Empresarial Ltda. busca identificar clientes possivelmente expostos a envolvimentos com Lavagem de Dinheiro, categorizando-os para permitir que os funcionários atentem a suas características. Dentro desta conduta, dois conceitos se tornam de suma importância:

I. Indivíduos Politicamente Expostos: refere-se a pessoas atreladas direta ou indiretamente à funções

públicas de vigência no território nacional ou estrangeiro. Nessa categoria incluem-se familiares, representantes ou amigos próximos.

II. Indivíduos Suspeitos: refere-se a pessoas que necessitam de uma atenção especial dos

funcionários e parceiros da Valor Consultoria Empresarial Ltda., sendo eles: profissionais das áreas de turismo, jogos, transporte aéreo, seguros, casas de câmbio, entre outros; pessoas maiores de 70 anos e menores de 16 anos indicando representantes; pessoas já envolvidas com Lavagem de Dinheiro e pessoas alvo de publicidade negativa.

5. Responsabilidades

As regras previstas no presente Manual são aplicáveis a todos os sócios, diretores, empregados, funcionários, trainees, estagiários e prestadores de serviços que venham, de maneira direta ou indireta, trabalhar para a Valor Consultoria Empresarial Ltda.

Caso quaisquer dos Membros tenha conhecimento de indício de Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo deverá comunicar a Diretora de Compliance, sendo esta a responsável por averiguar as informações reportadas e, caso aplicável, comunicar aos órgãos reguladores e entidades competentes.

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6. Novas Tecnologias, Serviços e Produtos

A Diretora de Compliance deverá sempre participar da elaboração de produtos e práticas de negócios ou no uso de novas tecnologias ou em desenvolvimento para produtos novos ou já existentes, de modo a identificar e avaliar os eventuais riscos de Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo que possa decorrer da referida inovação.

7. Tratamento aos Indícios de Lavagem de Dinheiro

A Valor Consultoria Empresarial Ltda. monitora constantemente os seus clientes por meio de checagem de documentação e dados operacionais. Uma vez identificados indícios de Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo, caberá a Diretora de Compliance analisar o cliente e suas operações para confirmar ou não a ocorrência. Caso necessário para complementar sua análise, deverá solicitar a atualização cadastral do cliente.

Finalizada a análise pela Diretora de Compliance, bem como confirmada a suspeita, esta irá registrar todo o processo de checagem de documentação e análise de inconsistência, imediatamente informando formalmente o COAF.

Os registros das conclusões das análises da Diretora de Compliance acerca de operações ou propostas que fundamentaram a decisão de efetuar, ou não, as comunicações ao COAF devem ser preservadas pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos.

8. Treinamento

A Valor Consultoria Empresarial Ltda deverá ainda prevenir a prática de Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo através da realização de treinamentos anuais que permitirão disseminar o conhecimento sobre as responsabilidades de cada um dos membros na identificação e prevenção de operações que apresentem indícios de Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo.

Referências

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