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COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas, XXX […](2012) XXX draft

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO

aos Estados-Membros sobre a aplicação dos artigos 107.º e 108.º do TFUE ao seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo

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COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO

aos Estados-Membros sobre a aplicação dos artigos 107.º e 108.º do TFUE ao seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo

(Texto relevante para efeitos do EEE)

1. INTRODUÇÃO

1. As subvenções à exportação são suscetíveis de afetar a concorrência no mercado entre os fornecedores de bens e serviços potencialmente concorrentes. É por essa razão que a Comissão, enquanto guardiã da concorrência nos termos do Tratado, condenou desde sempre e de forma firme os auxílios à exportação no comércio intra-UE e à exportação para países terceiros. Para impedir que o apoio dos Estados-Membros ao seguro de crédito à exportação provoque distorções da concorrência, deve clarificar-se a sua apreciação à luz das regras da UE que regem os auxílios estatais.

2. A Comissão usou a sua competência para regulamentar os auxílios estatais no domínio do seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo para remediar distorções reais ou potenciais da concorrência no mercado interno, não só entre exportadores de Estados-Membros diferentes (que operam dentro e fora da UE), mas também entre empresas seguradoras de crédito à exportação que operam na UE. Em 1997, a Comissão estabeleceu os princípios que regem a intervenção estatal na sua Comunicação aos Estados-Membros nos termos do n.º 1 do artigo 93.º do Tratado CE relativa à aplicação dos artigos 92.º e 93.º do Tratado CE ao seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo1 (Comunicação de 1997). A Comunicação de 1997 devia aplicar-se durante um período de cinco anos a partir de 1 de janeiro de 1998. Foi posteriormente alterada, tendo o seu período de aplicação sido prorrogado em 20012, 20043, 20054 e 20105. A Comunicação é atualmente aplicável até 31 de dezembro de 2012.

3. A experiência adquirida no âmbito da aplicação da Comunicação de 1997, em especial durante a crise financeira de 2009 a 2011, parece indicar que a política da Comissão neste domínio deve ser revista.

4. O objetivo da presente comunicação consiste em impedir os auxílios estatais de falsearem a concorrência entre as seguradoras de crédito à exportação privadas e públicas ou que beneficiem de apoio do Estado e em criar condições de concorrência equitativas entre exportadores.

1 JO C 281 de 17.09.1997, p. 4. 2 JO C 217 de 02.08.2001, p. 2. 3 JO C 307 de 11.12.2004, p. 12. 4 JO C 325 de 22.12.2005, p. 22. 5

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5. Por outro lado, a presente comunicação visa fornecer orientações mais precisas aos Estados-Membros sobre os princípios em que a Comissão tenciona basear a sua interpretação dos artigos 107.º e 108.º do TFUE e sobre a sua aplicação ao seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo, devendo tornar a política da Comissão neste domínio tão transparente quanto possível e assegurar a previsibilidade e a igualdade de tratamento. Para o efeito, estabelece um conjunto de condições que devem estar preenchidas quando as seguradoras de crédito à exportação que operam por conta ou com a garantia do Estado pretendem entrar no mercado dos seguros de crédito em operações garantidas a curto prazo, no que diz respeito aos riscos negociáveis.

6. Os riscos que em princípio não são negociáveis não são abrangidos pelo âmbito de aplicação da presente comunicação. Por conseguinte, esta não incidirá no seguro de crédito à exportação com um período de risco de dois anos ou mais, já que estes riscos são atualmente considerados não negociáveis.

7. A secção 2 descreve o âmbito de aplicação da comunicação, bem como as definições nela utilizadas. A secção 3 aborda a aplicabilidade do artigo 107.º, n.º 1, do TFUE e a proibição geral dos auxílios estatais a favor do seguro de crédito à exportação de riscos negociáveis. Por último, a secção 4 prevê algumas derrogações à definição de riscos negociáveis e especifica as condições da intervenção do Estado em relação ao seguro destes riscos negociáveis isentos.

2. ÂMBITODEAPLICAÇÃODACOMUNICAÇÃOEDEFINIÇÕES

2.1. Âmbito de aplicação

8. A presente comunicação aplica-se ao seguro de crédito à exportação com um período de risco inferior a dois anos.

2.2. Definições

9. Para efeitos da presente Comunicação, entende-se por:

«Cosseguro»: a percentagem de cada perda segurada que não seja indemnizada pela seguradora e que o segurado tenha de suportar por conta própria ou por conta de outra seguradora.

«Período de crédito»: o período de tempo que o exportador segurado concede ao comprador para pagar os bens fornecidos.

«Riscos comerciais»: riscos que incluam, em especial,

– rescisão arbitrária de um contrato por parte de um devedor, isto é, qualquer decisão de caráter arbitrário, por parte de um devedor privado, com vista a suspender ou rescindir o contrato sem fundamento legítimo;

– recusa arbitrária, por parte de um devedor privado, de aceitar os bens cobertos pelo contrato sem fundamento legítimo;

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– incumprimento prolongado, ou seja, o não-pagamento por parte de um devedor privado ou de um garante, de uma dívida decorrente do contrato.

«Seguro de crédito à exportação»: um produto de seguros através do qual a seguradora assume o risco comercial e/ou político, tal como definido na presente comunicação, de incumprimento prolongado, insolvência ou falência do comprador no âmbito de uma transação comercial.

«Período de fabrico»: o período compreendido entre a data de uma encomenda e a entrega ou expedição das mercadorias.

«Riscos negociáveis»: riscos comerciais e políticos com uma duração máxima de dois anos, relativos a devedores (públicos e privados) estabelecidos em países em que as capacidades do setor privado sejam suficientes para cobrir todos os riscos economicamente justificáveis. Estes países são enumerados no anexo da presente comunicação. Todos os outros riscos são considerados não negociáveis.

«Riscos políticos»: incluem-se, em especial, nesta categoria:

– o risco de um comprador do setor público ou de um país impedir a realização de uma transação ou não cumprir as obrigações de pagamento no prazo fixado; – um risco que ultrapasse a esfera de atuação de um comprador individual ou que

não seja abrangido pela sua responsabilidade;

– o risco de um país impedir a realização de uma transação;

– o risco de um país não transferir para o país do segurado os fundos pagos pelos compradores domiciliados nesse país.

«Período de risco»: o período de fabrico, acrescido do período de crédito.

«Cobertura de riscos individuais»: cobertura de todas as vendas a um determinado devedor ou de um contrato único com um determinado devedor.

«Cobertura complementar»: cobertura adicional em relação a um limite de crédito estabelecido por outra seguradora.

3. APLICABILIDADEDOARTIGO107.°,N.° 1,DOTFUE

3.1. Princípios gerais

10. O artigo 107.º, n.º 1, do TFUE prevê que «são incompatíveis com o mercado comum, na medida em que afetem as trocas comerciais entre os Estados-Membros, os auxílios concedidos pelos Estados ou provenientes de recursos estatais, independentemente da forma que assumam, que falseiem ou ameacem falsear a concorrência, favorecendo certas empresas ou certas produções».

11. Sempre que o seguro de crédito à exportação seja oferecido por seguradoras que operem por conta ou com a garantia do Estado, tal implica a utilização de recursos estatais. A participação do Estado poderá conferir às seguradoras e/ou aos

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exportadores uma vantagem seletiva e, por conseguinte, falsear ou ameaçar falsear a concorrência e afetar as trocas comerciais entre Estados-Membros. Os princípios a seguir apresentados destinam-se a fornacer orientações sobre a forma de avaliar tais medidas à luz das regras em matéria de auxílios estatais.

3.2. Auxílios a favor das seguradoras

12. Quando as seguradoras de crédito à exportação que operem por conta ou com a garantia do Estado beneficiam de certas vantagens comparativamente às seguradoras privadas, poderão existir elementos de auxílios estatais. A vantagem pode assumir diferentes formas e poderá incluir, por exemplo:

(a) garantias do Estado, de jure ou de facto, relativamente a empréstimos contraídos ou a perdas;

(b) a isenção do requisito de constituir reservas adequadas ou dos restantes requisitos decorrentes da exclusão das operações de seguro de crédito à exportação por conta ou com a garantia do Estado ao abrigo da Diretiva 73/239/CEE6;

(c) benefícios ou isenções relativamente ao regime fiscal normal (por exemplo, imposto sobre as sociedades e impostos sobre as apólices de seguro);

(d) a concessão de auxílios ou as entradas de capital realizadas pelo Estado ou de outras formas de financiamento que não estejam em conformidade com o princípio do investidor privado numa economia de mercado;

(e) a prestação de serviços em espécie pelo Estado, como o acesso e utilização das infraestruturas ou a instalações públicas ou informações privilegiadas em condições que não reflitam o seu valor de mercado; e

(f) o resseguro direto pelo Estado ou uma garantia de resseguro direto concedida pelo Estado em condições mais favoráveis do que as do mercado privado de resseguro, que dê origem a um preço excessivamente baixo do resseguro ou à criação artificial de capacidades que não seriam disponibilizadas pelo mercado privado.

3.3. Proibição dos auxílios estatais a favor dos créditos à exportação

13. As vantagens conferidas às seguradoras acima mencionadas relativamente aos riscos negociáveis afetam o comércio intra-UE no setor dos serviços. Além disso, conduzem a variações na cobertura de seguro disponível para os riscos negociáveis entre os diferentes Estados-Membros, o que falseia a concorrência entre as empresas dos Estados-Membros e tem efeitos secundários para o comércio intra-UE, independentemente de se tratar de exportações intra-UE ou destinadas a países

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Primeira Diretiva 73/239/CEE do Conselho, de 24 de julho de 1973, relativa à coordenação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes ao acesso à atividade de seguro

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terceiros7. Quando as seguradoras de crédito à exportação que operam por conta ou com a garantia do Estado beneficiam de uma destas vantagens comparativamente às seguradoras privadas, é necessário definir as condições em que podem exercer a sua atividade, a fim de garantir que não beneficiam de auxílios estatais. Tal implica que não podem segurar riscos negociáveis.

14. As vantagens conferidas às seguradoras podem ser também, pelo menos em parte, repercutidas nos exportadores. Tais vantagens podem falsear a concorrência e as trocas comerciais e constituir auxílios estatais na aceção do artigo 107.º, n.º 1, do TFUE. Contudo, se estiverem preenchidas as condições para a cobertura de um seguro de crédito à exportação para os riscos negociáveis, tal como definidas na secção 4.3 da presente comunicação, a Comissão considerará que não foi transferida qualquer vantagem indevida para os exportadores.

4. CONDIÇÕESPARAOSEGURODECRÉDITOÀEXPORTAÇÃOPARAOS

RISCOSNEGOCIÁVEIS

4.1. Princípios gerais

15. Tal como estabelecido supra, quando as seguradoras de crédito à exportação que operem por conta ou com a garantia do Estado beneficiam de vantagens financeiras comparativamente às seguradoras privadas, tal como descritas no ponto 12, não podem segurar riscos negociáveis. Se pretenderem segurar riscos negociáveis, convém assegurar que, ao fazê-lo, não beneficiem, direta ou indiretamente, de auxílios estatais. Para o efeito, devem, em primeiro lugar, dispor de um certo montante de fundos próprios (margem de solvência, incluindo um fundo de garantia) e de provisões técnicas (uma reserva de compensação) e devem ter obtido a autorização necessária, em conformidade com o estabelecido na Diretiva 73/239/CEE. Devem também, no mínimo, manter uma gestão distinta e contas separadas no que se refere ao seguro de riscos negociáveis e não negociáveis por conta ou com a garantia do Estado, a fim de demonstrar que não beneficiam de auxílios estatais no que se refere aos seguros de riscos negociáveis. As contas das empresas seguradas pela seguradora por conta própria devem respeitar o disposto na Diretiva 91/674/CEE do Conselho8.

16. As filiais das seguradoras de crédito à exportação que operem por conta ou com a garantia do Estado não devem beneficiar de auxílios estatais para segurar riscos negociáveis, como indicado no ponto 12.

17. Os Estados-Membros que fornecerem uma cobertura de resseguro a uma seguradora de crédito à exportação, através da participação em tratados de resseguro privados que abranjam simultaneamente riscos negociáveis e riscos não negociáveis, devem

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No seu acórdão proferido no processo C-142/87 Reino da Bélgica / Comissão das Comunidades

Europeias, o Tribunal de Justiça sustentou que tanto os auxílios à exportação intracomunitária como os

auxílios à exportação para países terceiros eram suscetíveis de afetar a concorrência e o comércio intracomunitários. Ambos os tipos de operações são segurados por empresas de seguro de crédito à exportação e os auxílios relativos a ambos podem, por conseguinte, afetar a concorrência e o comércio intracomunitários.

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poder demonstrar que estes acordos não incluem qualquer elemento de auxílio estatal na aceção do ponto 12, alínea f).

4.2. Exceções à definição de riscos negociáveis

18. Não obstante a definição de riscos negociáveis, os riscos comerciais e políticos incorridos pelos devedores estabelecidos nos países enumerados no anexo são considerados não negociáveis nas seguintes situações:

(a) Se a Comissão decidir retirar temporariamente um ou mais países da lista dos países com riscos negociáveis enumerados no anexo, através do mecanismo descrito na secção 5.2, pelo facto de a capacidade do mercado privado de seguros em qualquer um destes países ser insuficiente para cobrir todos os riscos economicamente justificáveis;

(b) Se a Comissão decidir, após ter sido notificada por um Estado-Membro, que os riscos incorridos pelas pequenas e médias empresas abrangidas pela definição pertinente da UE9 e com um volume de negócios anual total de exportação não superior a 2 milhões de EUR são temporariamente não negociáveis no Estado-Membro em causa;

(c) Se a Comissão decidir, após ter sido notificada por um Estado-Membro, que a cobertura de riscos individuais com um período de crédito com uma duração de 181 dias a dois anos é temporariamente não negociável no Estado-Membro em causa;

(d) Se a Comissão decidir, após ter sido notificada por um Estado-Membro, que, devido a outros fatores ligados em especial às condições de oferta de um seguro de crédito à exportação, certos riscos são temporariamente não negociáveis no Estado-Membro em causa.

19. Para reduzir ao mínimo as distorções da concorrência no mercado interno, os riscos temporariamente não negociáveis, referidos no ponto 18, podem ser cobertos por seguradoras de crédito à exportação que operem por conta ou com a garantia do Estado, desde que satisfaçam as condições especificadas na secção 4.3.

4.3. Condições para o fornecimento de cobertura para os riscos negociáveis isentos

4.3.1. Qualidade da cobertura

20. A qualidade da cobertura oferecida pelas seguradoras de crédito à exportação que operam por conta ou com a garantia do Estado deve respeitar as normas do mercado. Em particular, só poderão ser cobertos os riscos economicamente justificados, incluindo o incumprimento prolongado. Os riscos referidos no ponto 18, alíneas b) e c), que as seguradoras privadas avaliaram e recusaram ao abrigo de apólices de cobertura total das operações por não serem economicamente justificadas não podem ser cobertos. A percentagem máxima de cobertura deve ser de 90 % para os riscos

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comerciais e os riscos políticos e o prazo constitutivo do sinistro deve ser de 90 dias no mínimo.

4.3.2. Princípios da subscrição de seguros

21. Devem sempre aplicar-se princípios sólidos de subscrição à avaliação dos riscos. Por conseguinte, o risco de transações financeiramente arriscadas não deve ser elegível para beneficiar de regimes de apoio público. No que respeita a estes princípios, os critérios de aceitação dos riscos devem ser explícitos e os exportadores devem ter uma experiência positiva em matéria de trocas comerciais e/ou de pagamento. Os compradores devem dispor de um historial de sinistros limpo, a probabilidade de incumprimento por parte de compradores deve ser aceitável, do mesmo modo que as suas notações financeiras internas e/ou externas.

4.3.3. Fixação adequada de preços

22. A cobertura do risco no contrato de seguro de crédito à exportação deve ser remunerada por um prémio adequado. Para minimizar a exclusão das seguradoras privadas, convém fixar a taxa média dos prémios aplicados no âmbito dos regimes apoiados pelo Estado a um nível mais elevado do que os prémios médios cobrados pelas seguradoras de crédito privadas para riscos semelhantes. Este requisito garante a eliminação progressiva da intervenção do Estado, uma vez que se se cobrar um prémio mais elevado, os exportadores voltarão a recorrer às seguradoras privadas assim que as condições do mercado o permitirem e que o risco volte a ser negociável. 23. Os preços são considerados adequados se for cobrado o prémio mínimo10 («prémio de admissibilidade automática») para a categoria de risco pertinente, tal como estabelecido no quadro infra. O prémio de admissibilidade automática é aplicável, a menos que os Estados-Membros provem que estas taxas são inadequadas para o caso em questão.

Categoria de risco11 Prémio de risco anual

12 (% do montante segurado) Excelente13 [0,2 % — 0,4 %] 10

No que diz respeito à categoria de risco correspondente, a gama de prémios de admissibilidade automática foi estabelecida com base nos prémios dos swaps de risco de incumprimento (CDS) a um ano, com base numa notação composta, incluindo as notações das três principais agências de notação de crédito (Standard & Poor, Moody's e Fitch), para os cinco últimos anos (2007-2011), partindo do princípio que os rácios médios de perdas dos seguros de crédito à exportação de operações a curto prazo são de [40] %.

11

As categorias de risco baseiam-se nas notações de crédito. Estas notações não têm necessariamente de ser obtidas junto de agências de notação específicas. Os sistemas de notação nacionais ou os sistemas de notação utilizados pelo setor bancário também são aceitáveis. Relativamente às empresas sem uma notação pública, poderá se aplicada uma notação baseada em informações verificáveis.

12

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Bom14 [0,5 % — 0,9 %] Satisfatório15 [1,2 % — 2,3 %] Fraco16 [2,5 % — 4,5 %] Mau17

Não existe prémio de admissibilidade automática

24. No que se refere ao cosseguro, ao resseguro e à cobertura complementar, os preços são considerados adequados se o prémio cobrado for pelo menos [20] % superior ao prémio da cobertura inicial.

25. Deve ser acrescentada uma comissão de gestão ao prémio de risco. A taxa mínima a aplicar será [0,2 %, – 0,5 %] do volume segurado, independentemente da duração do contrato.

4.3.4. Transparência e comunicação de informações

26. Os Estados-Membros devem publicar os regimes instituídos para cobrir os riscos referidos no ponto 18 nos sítios Web das seguradoras de crédito à exportação que operam por conta ou com a garantia do Estado, especificando todas as condições aplicáveis.

27. Os Estados-Membros devem apresentar à Comissão relatórios anuais sobre os riscos referidos no ponto 18, que são cobertos pelas seguradoras de crédito à exportação que operam por conta ou com a garantia do Estado, em 30 de [junho] do ano seguinte à intervenção.

28. O relatório deve conter informações sobre a utilização do regime, nomeadamente o volume total dos limites de crédito concedidos, o volume de negócios segurado, os prémios cobrados, os sinistros registados e pagos e os montantes recuperados.

13

A categoria de risco «excelente» contém riscos equivalentes a AAA, AA +, AA, AA-, A+, A, A- nas notações de crédito da Standard & Poor’s;

14

A categoria de risco «bom» contém riscos equivalentes a BBB+, BBB ou BBB nas notações de crédito da Standard & Poor’s.

15

A categoria de risco «satisfatório» contém riscos equivalentes a BB+, BB ou BB- nas notações de crédito da Standard & Poor’s.

16

A categoria de risco «fraco» contém riscos equivalentes a B+, B ou B- nas notações de crédito da Standard & Poor’s.

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5. QUESTÕESPROCESSUAIS 5.1. Princípios gerais

29. Os riscos referidos no ponto 18, alínea a), podem ser cobertos por seguradoras de crédito à exportação que operem por conta ou com a garantia do Estado, nas condições definidas na secção 4.3. Em tais casos, não é necessário notificar a Comissão.

30. Os riscos referidos no ponto 18, alíneas b), c) e d), podem ser cobertos pelas seguradoras de crédito à exportação que operem por conta ou com a garantia do Estado, nas condições definidas na secção 4.3 e após notificação à Comissão e aprovação desta última.

31. O incumprimento de qualquer uma das condições estabelecidas no ponto 4.3 não implica uma proibição automática do seguro de crédito à exportação ou do regime de seguro. Caso os Estados-Membros pretendam alterar uma das condições, ou em caso de dúvida sobre se um regime de seguro de crédito à exportação ou um regime de seguro projetado preenche as condições enunciadas na presente comunicação, devem notificá-lo à Comissão.

32. A análise efetuada à luz das regras em matéria de auxílios estatais não prejudica a compatibilidade de uma determinada medida com outras disposições do Tratado.

5.2. Alteração da lista dos países com riscos negociáveis

33. Ao determinar se a falta de capacidades suficientes no setor privado justifica a retirada temporária de um país da lista dos países com riscos negociáveis, como estabelecido no ponto 18, alínea a), a Comissão terá em conta os seguintes indicadores:

(e) Redução da capacidade de subscrição de seguros de crédito pelo setor privado: em particular, a retirada de uma grande seguradora internacional de um mercado específico, uma diminuição significativa [de pelo menos (20 a 30 %)] dos montantes totais segurados e uma diminuição significativa [de pelo menos (20 e 30 %)] dos rácios de aceitação para um determinado mercado num período de 12 meses, constatados num Estado-Membro.

(f) Deterioração das notações do setor soberano: em particular, alterações súbitas das notações de crédito num período de 12 meses, por exemplo degradações múltiplas da notação num período de 12 meses por parte de agências de notação independentes e um forte do aumento dos prémios dos CDS em comparação com o valor médio do grupo de países que representam 25 % do conjunto dos países que figuram no topo da lista dos países com riscos negociáveis com melhores resultados neste domínio.

(g) Deterioração do desempenho do setor empresarial: em particular, um aumento acentuado das insolvências no país de importação num período de 12 meses. 34. A Comissão pode rever a lista dos países com riscos negociáveis a pedido escrito de

cinco Estados-Membros, ou por sua própria iniciativa, quando a capacidade do mercado se torne insuficiente para cobrir os riscos economicamente justificáveis.

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Para o efeito, deve obter os dados necessários junto das seguradoras de crédito à exportação privadas e dos Estados-Membros.

35. Sempre que a Comissão tencione propor uma alteração da lista dos países com riscos negociáveis que figura no anexo, deve consultar os Estados-Membros, as seguradoras privadas e as partes interessadas. O período de consulta não deve, em geral, exceder 15 dias úteis. Os Estados-Membros devem ser informados da decisão da Comissão por escrito.

36. A lista alterada dos países com riscos negociáveis deve permanecer válida por um período não inferior a 12 meses. As apólices de seguros assinadas durante este período devem ser válidas por um período máximo de 90 dias a contar da data de expiração da lista alterada. Três meses antes da data de expiração da lista alterada, a Comissão pode decidir prorrogar o respetivo período de validade, se a capacidade do mercado, tal como referida no ponto 33, ainda for insuficiente.

37. A Comissão, em consulta com os Estados-Membros e as partes interessadas, pode rever os indicadores de alteração da lista dos países com riscos negociáveis. Pode também decidir rever o método de alteração da lista.

5.3. Notificação das derrogações previstas no ponto 18, alíneas b) e c)

38. Nos casos referidos no ponto 18, alíneas b) e c), os elementos de prova de que a Comissão dispõe atualmente sugerem que existe uma lacuna do mercado e que, por conseguinte, esses riscos não são negociáveis. Deve ser tido conta que a falta de cobertura não existe em todos os Estados-Membros e que a situação pode sofrer alterações ao longo do tempo, já que o setor privado poderá mostrar interesse por este segmento do mercado. A intervenção estatal só deverá ser autorizada para os riscos que o mercado não cobriria de outro modo.

39. Por estas razões, sempre que um Estado-Membro pretenda cobrir os riscos referidos no ponto 18, alíneas b) ou c), deve demonstrar na sua notificação que contactou duas grandes seguradoras no seu país e lhes deu a oportunidade de apresentar provas de que a cobertura necessária para os riscos em causa existe no país. Se as seguradoras em causa não comunicarem dados, ao Estado-Membro ou diretamente à Comissão, no prazo de 30 dias a contar da data de receção do pedido de um Estado-Membro, sobre as condições de cobertura e os volumes segurados para o tipo de riscos que o Estado-Membro pretende cobrir, a Comissão considerará que os riscos não são negociáveis.

5.4. Notificação noutros casos

40. No que diz respeito aos casos referidos no ponto 18, alínea d), o Estado-Membro em causa deve demonstrar que não existe cobertura para os exportadores que operam nesse Estado-Membro devido a um choque a nível da oferta no mercado privado de seguros, nomeadamente a retirada de uma grande seguradora do país, a redução das capacidades ou uma gama limitada de produtos, comparativamente a outros Estados-Membros.

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6. ENTRADAEMVIGOREDURAÇÃO

41. A presente comunicação entra em vigor em 1 de janeiro de 2013 e é válida até 31 de dezembro de 2018.

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ANEXO

LISTA DOS PAÍSES COM RISCOS NEGOCIÁVEIS

Todos os Estados-Membros da União Europeia Austrália Canadá Islândia Japão Nova Zelândia Noruega Suíça

Referências

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