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Título: Mundaréu 21 x 27 cm 32 páginas Autoria: Celso Sisto Ilustrações: Rosinha Campos Elaboração do Projeto: Beatriz Tavares de Souza

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Academic year: 2021

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Título: Mundaréu 21 x 27 cm 32 páginas Autoria: Celso Sisto Ilustrações: Rosinha Campos

Elaboração do Projeto: Beatriz Tavares de Souza

APRESENTAÇÃO:

Este livro aborda o tema lendas sob a perspectiva das narrativas de tradições dos índios Tikuna para explicar a criação do mundo, a divisão e a origem de seus povos. Obra que chama atenção pelo modo que Celso Sisto coloca questões sobre a vinda do homem branco às terras indígenas. O autor deixa implícito para reflexão as possíveis mudanças que poderão ocorrer em algum grupo social ao longo do tempo, principalmente, a partir do contato com os outros povos etnicamente e culturalmente diferentes.

JUSTIFICATIVA:

A obra oferece um tema direcionado ao público pré-adolescente, tendo em vista seu conteúdo de importante informação e reflexão sobre a cultura indígena, que permite explorar, como proposta de atividade, assuntos relacionados tais como pluralidade cultural e outros conhecimentos relacionados à interdisciplinaridade.

PROJETO PEDAGÓGICO:

Como estabelecer relações entre diferentes culturas. TEMA ABORDADO:

Questões ligadas à pluralidade cultural. INDICAÇÃO:

Alunos de 5º ao 8º ano do Ensino Fundamental. OBJETIVOS:

 Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita;

 Criar situações para que os alunos desenvolvam reflexões, questionamentos sobre o que representa a identidade cultural do Povo Tikuna e de outros grupos de povos;  Oferecer oportunidade para desenvolverem a habilidade de produzir textos,

artesanatos e desenhos que representam a cultura indígena.

 Explorar os conhecimentos lingüísticos, relacionando a influência da língua falada de diversos grupos indígenas com a Língua Portuguesa.

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PROPOSTA DE ATIVIDADES: 1) Antes da leitura:

 Propicie a elaboração de hipóteses, a partir do levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o mundo e a linguagem.

 Procure familiarizar os alunos com o livro, questionando seus conhecimentos sobre o autor, a ilustradora, sobre lendas e os povos indígenas.

Proposta de Atividades:

Caso conheça ou exista alguma aldeia indígena no município onde os alunos moram, peça para que contem o que sabem sobre esses povos: os costumes, o modo de vida no passado e presente, como é e como foi a relação deles com a população da cidade.

Registre os dados das conversas iniciais obtidos com a classe e levante algumas hipóteses sobre o que vão encontrar no livro. No final do trabalho de leitura, retome os dados obtidos com as hipóteses.

2) Iniciando a Leitura:

 Ler o livro com os alunos – monitorando o processo de leitura – levantando questões e buscando significados a partir de algumas pistas dadas, mas principalmente sobre àquelas que não estão escritas no texto.

A linguagem plástica está cada vez mais presente nos livros infanto-juvenis e Mundaréu não é a exceção. No livro é possível verificar as cores em destaque sob formas e linhas que retratam o mundo, e também o que há de mais primitivo da natureza.

Proposta de Atividades:

Em sala de aula, os estudantes podem formar duplas para ler e comentar a relação entre a composição ilustrativa do livro. Nota-se que as ilustrações de Rosinha Campos deixam transparecer uma referência à criação do mundo e aos primeiros sinais de civilização. Então, proponha que observem a relação de significados entre as cores.

 Explore com os alunos sobre a composição das cores para ilustrar, primeiramente a capa. Amplie a reflexão, por que a diferença - de um lado azul mais escuro e de outro mais claro?

 Qual o significado do círculo em preto?

 A capa faz referência a quê? Às primeiras civilizações? À primeira escrita?  Solicite que atribuam significados entre o título e a ilustração.

Proposto isso, amplie essa reflexão sobre as cores, buscando no interior das páginas o significado para cada cor, entre elas azul, verde e laranja. Lance um desafio, aguçando os alunos no desenvolvimento de possíveis interpretações.

 Nota-se na capa interna ao lado esquerdo o azul escuro, e ao lado direito um amarelo forte, que poderá ser interpretado como: o azul, representando a noite e o amarelo forte, o dia.

 A folha de rosto é branca contendo os dados sobre o autor do livro, ilustrações, editora, etc. Ali também se percebe uma particularidade: o título escrito em amarelo e em forma de arco. E para tal contexto, o arco pode lembrar o quê?

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 Em seguida estão duas páginas em azul escuro com desenhos em forma primitiva, sem texto escrito que, estando o livro aberto em ângulo reto, é possível interpretar aquela linguagem plástica como o início da criação do mundo sob a perspectiva da lenda dos índios.

Ajude-os a reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de uma palavra ou expressão, de pontuação e de outras anotações. Um dos primeiros passos é solicitar que pesquisem as palavras desconhecidas do texto no dicionário. O segundo passo é relacionar as pesquisas com o cotidiano do aluno e até mesmo os conhecimentos prévios coletados.

Desafios:

 Lance alguns desafios para que, em grupos ou individualmente, realizem uma dinâmica sobre a maior quantidade de palavras encontradas (do nosso uso cotidiano) que vêm de alguma língua falada por algum povo indígena.

 O grupo poderá produzir um texto ou  Uma relação de palavras ou, ainda,

 Criar desenhos relacionados às palavras encontradas e montar um painel ou mural.

Com relação aos efeitos de sentidos, as 24ª e 25ª páginas ilustram uma árvore e uma grande serpente. Isso infere em uma semelhança com a história da criação da humanidade contada em um dos livros do Antigo Testamento (em Gênesis, capítulo 3 – A origem do mal) em que mostra a questão sobre o homem entre as coisas do bem e do mal.

Do mesmo modo, fica bem caracterizada a certa leveza que o autor dela se utiliza para terminar a obra. Com efeito, nota-se uma relação implícita ao que há na história e a crítica que é deixada para o leitor interpretar. Do implícito, estamos referindo, as transformações que ocorreram nas terras, costumes e cultura de diversos povos indígenas com a chegada do homem branco vindo de outras civilizações durante a época dos descobrimentos e colonização de novas terras.

 Um assunto puxa outro:

 Explore com os alunos o tema lenda.

 Crie um ambiente propício para que desenvolvam a comparação entre a criação do mundo sob o ponto de vista religioso, de lendas dos índios Tikuna e científico.

 Amplie a reflexão sobre assuntos que poderão trazer debates sobre demarcações de terras para os povos indígenas; assistência às aldeias menos favorecidas de suprimentos alimentares; preservação das culturas, tais como língua, costumes, etc.

A linguagem musical também permite uma leitura interpretativa, possibilitando uma articulação dos elementos expressivos e sua representação simbólica (significado); emoções, idéias, sentimentos, sentidos e valores.

A necessidade de comunicação que o homem sente não é coisa nova, oito mil anos atrás, os homens primitivos já procuravam registrar para a posteridade os fatos mais significativos de sua vida. No princípio usavam o sistema hieróglifos – que

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designavam apenas objetos com os quais se pareciam, por exemplo: o desenho de um sol representava simplesmente “sol”.

Sugestões:

 Desafie os alunos a compor um texto que traga suas representações, sob o ponto de vista social e político em relação ao índio de terras brasileiras e de países vizinhos.

 Leve-os para pesquisar em bibliotecas ou museus a história da escrita. Pesquise sobre a origem da escrita e reúna em pequenos grupos para identificar no livro Mundaréu as escritas figurativas (hieróglifos) e letras como sendo do primeiro alfabeto fenício.

 Leve para que os alunos ouçam a música de Djavan Cara de Índio. Cante com eles e ajude-os a refletir sobre tudo aquilo que envolve adversidade cultural.

Índio cara pálida, cara de índio. Índio cara pálida, cara de índio.

Sua ação é válida, meu caro índio. Sua ação é válida, válida ao índio. Nessa terra tudo dá,

terra de índio. Nessa terra tudo dá, não para o índio.

Quando alguém puder plantar, quem sabe índio.

Quando alguém puder plantar, não é índio.

Índio quer se nomear, nome de índio. Índio quer se nomear, duvido índio.

Isso pode demorar, te cuida índio. Isso pode demorar, coisa de índio. Índio sua pipoca, tá pouca índio. Índio quer pipoca, te toca índio. Se o índio se tocar, touca de índio. Se o índio toca, não chove índio. Se quer abrir a boca, pra sorrir índio. Se quer abrir a boca, na toca índio.

A minha também tá pouca, cota de índio.

Apesar da minha roupa, também sou índio

Sugestão para avaliação:

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Atendimento às propostas de trabalho Desempenho no trabalho em grupo Criatividade

Ressaltamos que as atividades aqui propostas têm por objetivo cooperar oferecendo subsídios para a mediação do trabalho pedagógico com a obra Mundaréu, da PAULUS Editora, e que não pretendem ser determinantes do trabalho desenvolvido em sala de aula, tendo em vista que somente o professor conhece as necessidades específicas de sua turma.

Referências

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