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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACC FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACC – FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS

CONTÁBEIS

A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE COMPRAS NO SERVIÇO

PÚBLICO: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO

(CONAB).

VANESSA ELLEN GOMES RODRIGUES

Cuiabá-MT 2017

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VANESSA ELLEN GOMES RODRIGUES

A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE COMPRAS NO SERVIÇO

PÚBLICO: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO

(CONAB).

Monografia apresentada na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso como requisito básico para conclusão Curso de Ciências Contábeis a UFMT – FACC, sob a orientação do Professor Me.: Ney Mussa.

Cuiabá-MT 2017

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VANESSA ELLEN GOMES RODRIGUES

A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE COMPRAS NO SERVIÇO

PÚBLICO: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO

(CONAB).

Monografia defendida e aprovada em ___/___/___ pela banca examinadora constituída pelos professores:

__________________________________________________ Professor Me. Ney Mussa de Moraes

Orientador

__________________________________________________ Professor Dr. Varlindo Alves da Silva

Membro

__________________________________________________ Professor Me. João Soares da Costa

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Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial em minha vida, autor do mеυ destino, ao meu marido Rafael, aо mеυ pai Cícero, minha mãe Márcia e minha irmã Bruna.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por me dar a vida, saúde e muita força para superar todas as dificuldades.

Aos meus familiares que nunca deixou de me apoiar, e que me deu todo amor e carinho, ao meu marido que sempre lutou junto comigo, para que eu conseguisse a transferência facultativa para esta instituição.

A esta faculdade e todo seu corpo docente, inclusive a coordenação que me proporcionou as condições necessárias para que eu alcançasse meus objetivos.

Ao meu orientador Ney Mussa, por todo o tempo que dedicou a me ajudar durante o processo de realização deste trabalho.

E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma direta ou indireta, fica registrado aqui, a minha gratidão!

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RESUMO

Nos dias de hoje, a Administração Pública tem passado por diversas mudanças, como por exemplo, o uso da Internet. O Governo que até um tempo atrás se mostrava um tanto quanto burocrático, ineficiente e pouco transparente, em relação às suas aquisições de materiais, hoje demonstra um tanto quanto flexível utilizando os recursos tecnológicos para se adequarem às transparências de suas ações. O presente trabalho pretende demonstrar a importância do setor de compras dentro de um órgão público federal, e a implantação do uso do Pregão Eletrônico em relação às atividades de compras de materiais de expediente, materiais permanentes e prestação de serviços. As finalidades do uso da tecnologia serve para redução da burocracia e dos custos, agilidade do sistema, flexibilidade, aumento da publicidade, e principalmente fornecer uma maior transparência aos processos de compras e contratação de serviços públicos. Foi realizada uma pesquisa no setor de compras de um órgão público federal, CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), com o intuito de trazer embasamento legal requerido ao estudo apresentado.

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ABSTRACT

Nowadays, the Public Administration has undergone several changes, such as the use of the Internet. The Government that until a while ago was somewhat bureaucratic, inefficient and not transparent, in relation to its acquisitions of materials, today demonstrates a bit flexible using the technological resources to fit the transparency of its actions.The present work intends to demonstrate the importance of the purchasing sector within a federal public agency, and the implementation of the use of the Electronic Bidding in relation to the activities of purchasing of materials of expediente, permanent materials and provision of services. The purposes of using the technology serve to reduce bureaucracy and costs, agility of the system, flexibility, increased advertising, and mainly provide greater transparency to procurement processes and procurement of public services. A research was carried out in the purchasing sector of a federal public agency, CONAB (National Supply Company), in order to bring legal background to the study presented.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Estrutura do SISG...23 FIGURA 2 – Estrutura do SIASG – sistema de informação...23

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANS – Agência Nacional de Saúde

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CF – Constituição Federal

CFP – Companhia de Financiamento da Produção CIBRAZEM – Companhia Brasileira de Armazenamento COBAL – Companhia Brasileira de Alimentos

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento DOU – Diário Oficial da União

FUNAI – Fundação Nacional do Índio

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentarias LOA – Lei Orçamento Anual

LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal NE – Nota de Empenho

PPA – Plano Plurianual

SECOF – Setor Contábil e Financeiro SETAD – Setor Administrativo

SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais SISG – Sistema de Serviços Gerais

TCE – Tribunal de Contas do Estado UA – Unidades Armazenadoras

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...11

2. A ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO...13

2.1 – Conceito...13

2.1.1 – Administração Direta e Indireta...14

2.1.2 – Despesas Públicas...15

2.1.2.1 – Conceito...15

2.1.2.2 – Classificação...16

2.1.2.3 – Geração de Despesas...16

2.1.3 – Estágios das Despesas...17

2.1.3.1 – Fixação...17 2.1.3.2 – Programação...17 2.1.3.3 – Licitação...18 2.1.3.4 – Empenho...18 2.1.3.5 – Liquidação...19 2.1.3.6 – Suprimento...20 2.1.3.7 – Pagamento...20

2.2. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA CONAB...22

2.2.1 – Histórico da Empresa...22

2.2.1.1 – Objetivos...23

2.3. GESTÃO DE COMPRAS PÚBLICAS...27

2.3.1 – Conceito...27

2.3.2 – Organização do Setor de Compras Conforme o SISG e SIASG...27

2.4. COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...29

2.4.1 – Conceitos de Licitação...29 2.4.1.1 – Objetivos Gerais...29 2.4.2 – Modalidades de Licitação...30 2.4.2.1 – Concorrência...31 2.4.2.2 – Tomada de Preço...32 2.4.2.3 – Convite...33 2.4.2.4 – Concurso...33 2.4.2.5 – Leilão...34 2.4.2.6 – Pregão...34

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2.5. PROCESSO DE COMPRAS PELA CONAB...36

2.5.1 – Procedimentos...36

3. METODOLOGIA...40

4. RESULTADO E ANÁLISE DA PESQUISA...41

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...42

REFERÊNCIAS...44

ANEXO A – Edital do Pregão Eletrônico...46

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1. INTRODUÇÃO

É importante para a Administração Pública o adequado procedimento que visa à aquisição de bens e serviços que alimenta a máquina pública que serve a sociedade. Por isso, para a Administração Pública a sociedade é a parte mais interessada nesse processo, pois em razão dela e para ela é que se busca o seu objetivo, que não é outro, senão, o de atingir a eficácia nas compras governamentais, de forma que todos possam participar das decisões do poder público, contribuindo de modo efetivo para o aperfeiçoamento dos costumes e práticas administrativas.

Como sabermos qual é o melhor método utilizado para se fazer as compras públicas?

A hipótese mais clara que demonstraremos será o uso do Pregão Eletrônico, que se faz pelo sistema Comprasnet, que é um site do Governo onde há maior transparência a população e não corre riscos de fraudes.

O presente trabalho busca demonstrar a importância da utilização de novas tecnologias de informação no âmbito da Administração Pública, demonstrando a eficiência e a celeridade nas compras realizadas pelo ente público, com o uso da tecnologia para realização do processo licitatório.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho foram pesquisas bibliográficas com fundamentos baseados em publicações, leis e decretos, livros, sites da internet e trabalhos acadêmicos, foi realizado também coleta de dados no órgão, para o melhor desempenho do trabalho, buscando apresentar a relação de compras no âmbito da Administração Pública Federal.

A finalidade deste trabalho é demonstrar como é feita as compras internas pelo órgão pesquisado, e se segue de acordo com as leis estabelecidas, pela referente pesquisa o órgão utiliza uma das modalidades de licitação, corretamente, sendo ele o pregão eletrônico.

O pregão eletrônico hoje em dia, trouxe a diminuição dos custos operacionais e uma maior eficiência na Administração Pública no cumprimento de sua finalidade primordial, como segue demonstrada no desenvolvimento do trabalho.

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Na estrutura do trabalho, inicia-se com a estrutura do setor público e administrativa da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), gestão de compras públicas, compras na administração pública e os procedimentos de compras pela CONAB, em seguida a metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho, logo os resultados e análise da pesquisa, as considerações finais, as referências bibliográficas, e os anexos A e B que se relaciona ao edital e a posição dos estoques no almoxarifado da CONAB.

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2. A ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO

2.1 Conceito

A gestão dos recursos públicos tem a finalidade de atender as necessidades e anseios da população, conduzindo a etapas mais avançadas de desenvolvimento, qualidade de vida e bem estar social.

O alcance destes objetivos implica no conhecimento dos mecanismos e instrumentos disponíveis, bem como a distinção dos conceitos de Estado, Governo e Administração Pública.

O Estado é a sociedade organizada política e juridicamente, constituído pelos seguintes elementos: o território, o povo, governo e a finalidade.

Segundo Meirelles (2010:61)

O estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis: Povo, Território e Governo soberano. Povo é o componente humano do Estado; Território, a sua base física; Governo soberano, o elemento condutor do Estado, que detém exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do povo. Não há nem pode haver Estado independente sem Soberania, isto é, sem esse poder absoluto, indivisível e incontrastável de organizar-se e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu Povo e de fazer cumprir as suas decisões inclusive pela força, se necessário.

O Governo é o elemento de fixação dos objetivos do Estado, a junção dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário.

Conforme Meirelles (2010:61)

Os Poderes do Estado, na clássica tripartição de Montesquieu, até hoje adotada nos Estados de Direito, são o Legislativo o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis (CF, art 2º). Esses Poderes são imanentes e estruturais do Estado (diversamente dos poderes administrativos, que são incidentais e instrumentais da Administração), a cada um deles correspondendo uma função que lhe é atribuída com precípuidade. Assim, a função precípua do Poder Legislativo é a elaboração da lei (função normativa); a função precípua do Poder Executivo é a conversão da lei em ato individual e concreto (função administrativa); a função precípua do Poder Judiciário é a aplicação coativa da lei aos litigantes (função judicial).

A Administração Pública é a gestão de bens, interesses e serviços públicos em qualquer poder e nível da federação – União, Estados, Distrito Federal e Municípios. É o conjunto de meios institucionais, materiais, financeiros e humanos ordenados para execução das decisões políticas. Também pode ser definido como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução dos

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interesses coletivos e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.

A Administração Pública, em qualquer dos Poderes e em qualquer nível da Federação, pode se apresentar dividida em duas partes: administração direta e indireta.

2.1.1 Administração Direta e Indireta

De acordo com o Decreto-Lei nº 200/67 em seu artigo 4,a Administração Federal compreende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Empresas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista. d) Fundações Públicas.

A Administração Direta é o conjunto dos órgãos autônomos, integrados na estrutura central de cada poder das pessoas políticas: União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Tem como características principais: falta de personalidade jurídica e inexistência do patrimônio, uma vez que seus orçamentos são subordinados às esferas das quais fazem parte.

Como exemplo de órgãos da administração direta pode-se citar os ministérios do governo federal, as secretárias dos estados federativos e dos municípios.

A Administração Indireta é o conjunto de entidades vinculadas a um órgão da administração direta, que prestam serviços públicos ou de interesse público e proporcionam ao Estado os meios para a execução das suas finalidades. Tem como características principais: criação por lei, personalidade jurídica e patrimônio próprio.

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Composta de entidades, criadas por Lei: Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações.

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que prestam atividades típicas da Administração Pública, são entidades que executam serviços típicos com comando próprio. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Agência Nacional de Saúde (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) representam autarquias no serviço público nacional.

As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, formadas com recursos exclusivamente da União e criadas para realizar atividades econômicas ou serviços públicos de interesse a administração instituidora, nos moldes da iniciativa privada. Um dos exemplos de empresas públicas é a Caixa Econômica Federal e a CONAB.

As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, podendo ser composta com recursos do setor privado além do setor público, criadas para a realização de atividade econômica de interesse coletivo. São, portanto controladas pelo Poder Público. O Banco do Brasil e a Petrobras são, provavelmente, os maiores exemplos no caso brasileiro.

As fundações instituídas pelo poder público podem ser pessoas jurídicas de direito público ou e direito privado, conforme a lei que a criar. A finalidade de uma fundação é a realização de atividade social: saúde, educação, cultura, meio ambiente e assistência social. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) representam fundações públicas.

2.1.2 Despesas Públicas

2.1.2.1 Conceito

Na Contabilidade Pública, as despesas fazem parte do orçamento e corresponde às autorizações para gastos efetuados pelo Estado, para atender os serviços de interesse geral da comunidade. Assim, a constituição determina a obrigatoriedade do Governo no atendimento das necessidades da população, bem

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como o compromisso de liquidar os valores que constituem a dívida pública, consolidada e flutuante.

Entende-se que despesa é todo consumo de recursos orçamentários e extraorçamentários. Recursos orçamentários são fixados pela Lei de Orçamento Anual (LOA) e são recursos extraorçamentários aqueles originários da geração de passivos financeiros.

De acordo com Angélico (1994:62)

Despesa orçamentária é aquela cuja realização depende de autorização legislativa e que não pode efetivar-se sem crédito orçamentário correspondente. Em outras palavras, é a que integra o orçamento, isto é a despesa discriminada e fixada no orçamento público.

2.1.2.2 Classificação

Considerando objeto de estudo, centralizamos as classificações das despesas públicas somente quanto às categorias econômicas.

De acordo com a Lei 4.320/64, artigo 12 as despesas se classificam nas seguintes categorias econômicas:

a) Despesas Correntes b) Despesas de Capital

De acordo com Kohama (1998:111)

Despesas Correntes são os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos, e Despesas de Capital são os gastos realizados pela administração pública, cujo propósito é o de criar novos bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso, como é o caso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente, e que constituirão em última análise, incorporações ao patrimônio líquido de forma efetiva ou através de mutação patrimonial.

2.1.2.3 Geração de Despesas

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) Lei Complementar nº 101/2000 em seu artigo 16, estabelece que “os atos voltados para a criação, a expansão ou o aperfeiçoamento de ação governamental que acarretem aumento da despesa serão acompanhados de”:

I. Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;

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II. Declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual (LOA) e compatibilidade com o Plano Plurianual (PPA) e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Porém, a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê a hipótese de determinadas despesas serem consideradas pela administração pública com irrelevantes e mínimos que independem dessas medidas, sendo assim consideradas como não autorizadas irregular e prejudicial ao patrimônio público.

A Lei de Responsabilidade Fiscal fixou como condição prévia para as ações do governo que envolva aumento de despesas, que as licitações de fornecimentos de bens, de serviços ou execução de obras estejam acompanhadas tanto de estimativa de impacto orçamentário-financeiro quanto da declaração do ordenador de despesa.

2.1.3 Estágios das Despesas

A despesa pública consiste na realização de gastos, isto é, na aplicação de recursos financeiros de forma direta na aquisição de meios que possibilitem a manutenção, o funcionamento e a expansão dos serviços públicos, ou de forma indireta. Bem como as receitas, as despesas para serem efetivadas no ciclo orçamentário também estarão sujeitas a percorrem etapas ou fases distintas, as quais as caracterizarão.

2.1.3.1 Fixação

Este estágio é caracterizado pelo ato de planejamento orçamentário, onde fixado o montante a ser utilizado pela administração pública, portanto, faz parte da lei orçamentária anual.

2.1.3.2 Programação

Este estágio é caracterizado pela ordenação do cronograma de desembolso da despesa orçamentária. Este estágio esta referenda também na Lei nº. 101/00 - LRF em seu artigo 8º, que diz o seguinte:

Art. 8. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentária e observada o disposto na

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alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Neste estágio, portanto, a administração pública aguardará a publicação da lei orçamentária e logo em seguida estabelecerá a programação financeira dos gastos.

2.1.3.3 Licitação

Este estágio representa um mecanismo legal que a administração pública tem que cumprir para realização de suas despesas. O objetivo da licitação é promover condições de disputa entre todos os interessados em efetuar negócios com o Estado. A licitação corresponde ao processo de habilitação para a realização da despesa. Existem características específicas para o processo de licitação que é regido pela Lei nº. 8.666/93.

2.1.3.4 Empenho

O empenho é o primeiro estágio da despesa. Assim, o artigo 58 da Lei Federal nº 4.320/64 define o empenho de despesa como “o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”.

Os empenhos, de acordo com sua natureza e finalidade podem ser classificados da seguinte forma:

 Empenho Ordinário: destinado atender a despesa cujo valor é previamente conhecido e o pagamento será efetuado em uma única parcela.

 Empenho por Estimativa: destinado atender a despesa cujo montante não pode ser determinado antecipadamente com precisão, podendo o pagamento ser realizado em uma ou mais parcelas.

 Empenho Global: destinado atender a despesa decorrente de contrato e cujo montante é conhecido e o pagamento será feito de forma parcelada.

O Empenho poderá ser reforçado quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, e caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado

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parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente.

Segundo Angélico (1994:85)

Outra condição de grande importância em matéria de empenho, é que ele deve ser prévio, isto é, deve ser emitido antes de se encomendar à mercadoria, antes de se autorizar à realização da obra ou do serviço. Seja qual for o valor da despesa, seja qual for à urgência da sua realização, seja qual for a sua necessidade. Ela deve ser previamente empenhada.

Dessa forma, o administrador público não poderá jamais realizar ou autorizar qualquer despesa sem previa emissão do empenho correspondente, pois quaisquer irregularidades assim concretizadas não serão aceitas pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT).

Cabe ressaltar que em termos de administração pública é sempre necessária à emissão da Nota de Empenho (NE) para devida efetivação dos gastos públicos.

2.1.3.5 Liquidação

A liquidação corresponde ao segundo estágio da despesa. De acordo com o artigo 63 da Lei Federal 4.320/64, a “liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito”, ou seja, é a comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações constantes do empenho, e tem como objetivos: apurar a origem e o objeto do que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

Por conseguinte, a liquidação envolve todos os atos de verificação e conferência, desde a entrada do material ou a prestação de serviço, até o reconhecimento da despesa. Do mesmo modo, ao fazer a entrega do material ou da prestação dos serviços, o credor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou conta correspondente acompanhada da 1ª via da “Nota de Empenho – NE”, devendo o funcionário competente atestar o recebimento do material ou da prestação dos serviços no verso da nota fiscal, fatura ou conta.

A liquidação é, pois, a verificação do implemento de condição, ou seja, ele trata de verificar se o direito do credor ao pagamento foi cumprido. Assim, a fase da liquidação deve comportar a verificação do cumprimento da obrigação por parte do contratante a fim de evitar obras e serviços fantasmas.

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No entanto, este aspecto da liquidação é de mais elevada importância no caso das subvenções e auxílios a entidades inexistentes, pois esse estágio tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem deve pagar para extinguir tal obrigação.

2.1.3.6 Suprimento

Consiste na simples entrega ou transferências de recursos às instituições financeiras, com a finalidade de se realizar a quitação da despesa orçamentária. O ente público não pode efetuar o pagamento direto, considerando que a conta única é controlada pelo Banco Central, sendo necessário, portanto, o repasse do recurso financeiro da conta única para um agente pagador. O suprimento é caracterizado pela entrega da Ordem Bancária ao agente pagador.

2.1.3.7 Pagamento

Terceiro estágio da despesa, o pagamento, que consiste na entrega de recursos equivalentes à dívida líquida ao credor, mediante ordem bancária.

O artigo 64 da Lei Federal nº 4.320/64 determina que “o pagamento somente poderá ser efetuado após sua regular liquidação, e define a ordem de pagamento como o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada, seja paga”.

No caso de algum empenho se tornar insubsistente, a despesa só

poderá ser anulada dentro do exercício de competência, quando o valor respectivo retorna ao empenho, e caso não mais utilizado retorna à dotação orçamentária original.

Consequentemente no final do exercício, as despesas empenhadas e não pagas constituem os restos a pagar, que são assim definidos pela Lei Federal nº 4.320/64 em seu artigo 36 “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas”.

Os restos a pagar processados são representados pelo saldo de despesas liquidadas e não pagas, representando aqueles valores que já atingiram o

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estágio da liquidação, ou seja, que ao final do exercício já estão prontos para o orçamento, devido ao credor já ter cumprido com suas obrigações através da entrega do material, da prestação do serviço ou entrega da obra dentro do exercício, tendo, por conseguinte o direito líquido e certo de receber.

Já os restos a pagar não processados ou saldo de despesas empenhadas e não liquidadas, são os valores das despesas que estando empenhadas não conseguiram por algum motivo atingir o estágio da liquidação até o dia 31 de dezembro. Isto significa que essas despesas estão na dependência da prestação de serviços, do fornecimento do material ou mesmo da execução da obra.

Conforme Kohama (1998:174)

Entende-se por despesas não processada aquela cujo empenho foi legalmente emitido, mas depende, ainda da fase da liquidação, isto é, o empenho foi entregue e depende de algum fator para a sua regular liquidação.

O pagamento da despesa é a entrega da importância devida ao credor, com a finalidade de extinguir obrigação assumida, podendo ser efetuado somente quando autorizada pelo ordenador da despesa após regular liquidação desta.

O orçamento é algo mais que uma simples previsão ou estimativa de despesa. É, ao mesmo tempo, um relatório, uma estimativa e uma proposta; é um documento por cujo intermediário o Chefe do Executivo, como autoridade responsável pela conduta dos negócios do Governo, apresenta-se à autoridade a quem compete criar fontes de renda e conceder créditos e faz perante ela uma exposição completa sobre a maneira pela qual ele e seus subordinados administram os negócios públicos no ultimo exercício; é o documento em que expõe a situação do Tesouro Público no momento. Com base nessas informações é que são traçados o Programa de Trabalho para o exercício seguinte.

Como observamos às Despesas Públicas passa por diversas fases, desde a fixação até ao pagamento, incluindo a fase de licitação, que engloba a parte de compras dos órgãos púbicos, que será abordado no estudo, começando com referência a estrutura administrativa da empresa pública estudada.

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2.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA CONAB

2.2.1 Histórico da Empresa

A COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO – CONAB-MT, é uma empresa pública da administração indireta, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, criada por Decreto Presidencial e autorizada pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, tendo iniciado suas atividades em 1º de janeiro de 1991.

O surgimento da CONAB representou um passo importante na racionalização da estrutura do Governo Federal, pois se originou da fusão de 03 (três), empresas públicas, a Companhia Brasileira de Alimentos (COBAL), Companhia de Financiamento da Produção (CFP) e Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEM), que atuavam em áreas distintas e complementares, quais sejam, fomento á produção agrícola, armazenagem e abastecimento respectivamente.

A CONAB é a agência oficial do Governo Federal, encarregada de gerir as políticas agrícolas e de abastecimento, visando assegurar o atendimento das necessidades básicas da sociedade, preservando e estimulando os mecanismos de mercado.

Possui uma estrutura convencional, contando com a Presidência - Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra, que tomou posse como presidente da Conab em julho de 2016, um Conselho de Administração - Eumar Roberto Novacki, e seus membros:Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra, Raphael Vianna de Menezes, Francisco de Assis da Silva Lopes, Antônio Sávio Lins Mendes, um Conselho Fiscal - Isamara Barbosa Caixeta, Lúcia Aída Assis de Lima, Clarita Costa Maia, a Diretoria Colegiada - Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra, Cleide Edvirges Santos Laia, Jorge Luiz Andrade da Silva, Danilo Borges dos Santos, Marcus Luís Hartmann e Diretor de Abastecimento - Jorge Luiz Andrade da Silva que tomou posse como diretor de Abastecimento da Conab em Fevereiro de 2017.

A Companhia Atua em todo território nacional, por meio de suas Superintendências Regionais localizadas nos estados do Amazonas, Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso

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do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Vinculadas a elas, existem 96 Unidades Armazenadoras (UA). O endereço da CONAB em Cuiabá-MT: Rua Padre Jerônimo Botelho, 510 - Ed. Everest - Bairro Dom Aquino, 78015-240.

A Conab está presente em todo o processo pelo qual passa o alimento, desde antes do cultivo até chegar à mesa do brasileiro. A atuação da Companhia antecede a própria decisão de plantar e se estende até depois da comercialização, na fase do abastecimento e da segurança alimentar. O trabalho realizado abrange levantamentos para prever safras, acompanhamento do comportamento da produção e dos preços, participação na administração do escoamento da safra agrícola nacional e formulação de estudos que balizam as políticas agrícolas e de abastecimento.

A Conab atua como empresa parceira dos órgãos públicos e dos agentes envolvidos com o setor agrícola e de abastecimento. Contribui, portanto, com o desenvolvimento do setor de forma planejada e participativa, com vistas a cumprir o seu papel institucional, com transparência, ética, responsabilidade, fiel no cumprimento da legislação e com racionalidade na aplicação dos recursos.

2.2.1.1 Objetivos

A CONAB tem por finalidade executar a Política Agrícola no segmento alimentar e política de garantia de preços mínimos, fornecer subsídio ao Ministério da Agricultura, bem como proceder a fixação dos volumes mínimos dos estoques reguladores e estratégicos. Objetivos básicos são:

 Garantir ao pequeno e médio produtor os preços mínimos e a armazenagem para guardar e conservação de seus produtos – Considera-se agricultor familiar (pequeno produtor) aquele que desenvolve atividades econômicas no meio rural e que atende alguns requisitos básicos, como: não possuir propriedade rural maior que 4 (quatro) módulos fiscais (módulo fiscal varia de 5 a 100 hectares); utilizar mão de obra da própria família nas atividades da propriedade; possuir a maior parte da renda proveniente das atividades agropecuárias, desenvolvidas no estabelecimento rural. O médio produtor

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considera-se o imóvel rural de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais;

 Fomentar o consumo dos produtos básicos e necessários á dieta alimentar da população corante;

 Participar da formulação da Política Agrícola;

 Para consecução de seus objetivos, a CONAB poderá comprar, vender, estocar e promover transportes de gêneros alimentícios e produtos básicos de consumo, agindo como elemento regulador de mercado, bem como importar e exportar produtos que atendem aos objetivos da Política Agrícola, conforme instruções do Ministério da Agricultura.

Plano de Contas Procedimentos Contábeis:

 Aquisição de açúcar para o consumo imediato. 1 – Estágio Empenho – 2015NE001651-135209

D- 52292.01.01 => EMISSAO DE EMPENHOS

D- 82111.00.00 => DISP. POR DESTINACAO DE RECURSOS A UTILIZAR C- 82112.00.00 => DDR COMPROMETIDA POR EMPENHO E NAO LIQUIDADAS

D- 62211.00.00 => CREDITO DISPONIVEL

C- 62292.01.01 => EMPENHOS A LIQUIDAR

C- 62213.01.00 => CREDITO EMPENHADO A LIQUIDAR

D- 82320.05.00 => LIMITE ORCAMENTARIO DESCENTRALIZADO

C- 82320.06.00 => LIMITE ORCAMENTARIO UTILIZADO POR PROVISAO D- 52292.02.01 => CREDITO UTILIZADO - CONTROLE NA UO

(26)

25

2- Estágio Liquidação – 2015NS002155-135209

D- 62292.01.02 => EMPENHOS EM LIQUIDACAO

D- 62213.02.00 => CREDITO EMPENHADO EM LIQUIDACAO

C- 62292.01.03 => EMPENHOS LIQUIDADOS A PAGAR

C- 62213.03.00 => CREDITO EMPENHADO LIQUIDADO A PAGAR

D- 82112.00.00 => DDR COMPROMETIDA POR EMPENHO E NAO LIQUIDADAS

C- 82113.00.00 => DDR COMPROMETIDA P/LIQU. E ENT. COMP. N PAGAS

D- 62292.02.01 => CREDITO A LIQUIDAR - CONTROLE NA UO

C- 62292.02.03 => CREDITO LIQUIDADO A PAGAR - CONTROLE NA UO

C- 21311.04.00 => CONTAS A PAGAR CREDORES NACIONAIS

D- 33111.04.00 => CONSUMO DE GENEROS DE ALIMENTACAO C- 11561.01.00 => MATERIAIS DE CONSUMO

D- 11561.01.00 => MATERIAIS DE CONSUMO D- 62292.01.01 => EMPENHOS A LIQUIDAR

D- 62213.01.00 => CREDITO EMPENHADO A LIQUIDAR

C- 62292.01.02 => EMPENHOS EM LIQUIDACAO

C- 62213.02.00 => CREDITO EMPENHADO EM LIQUIDACAO

3- Estágio Pagamento – 2015OB803858-135209

D- 62292.01.03 => EMPENHOS LIQUIDADOS A PAGAR

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2 6

26

C- 62292.01.04 => EMPENHOS PAGOS

C- 62213.04.00 => CREDITO EMPENHADO LIQUIDADO PAGO

D- 82113.00.00 => DDR COMPROMETIDA P/LIQU. E ENT. COMP. N PAGAS

D- 79991.44.00 => CONTROLE DE PGTO DE NATUREZA ORCAMENTARIA

C- 82114.00.00 => DDR UTILIZADAS POR PGTO. DESP. ORC. E OUTROS

C- 89991.44.00 => CONTROLE DE PGTO DE NATUREZA ORCAMENTARIA

D- 62292.02.03 => CREDITO LIQUIDADO A PAGAR - CONTROLE NA UO C- 62292.02.04 => CREDITO PAGO - CONTROLE NA UO

D- 21311.04.00 => CONTAS A PAGAR CREDORES NACIONAIS

D- 79110.00.00 => PAGAMENTOS EFETUADOS

C- 11112.20.01 => LIMITE DE SAQUE COM VINCULACAO DE PGTO - OFSS

C- 89110.00.00 => EXECUCAO DE PAGAMENTOS EFETUADOS

D- 21892.40.01 => RECURSOS A LIBERAR POR VINC DE PGTO - INTRA D- 82115.00.00 => DDR COMPROMETIDA POR PF OU ARREC. PROPRIA C- 72111.00.00 => DISPONIBILIDADE DE RECURSOS

C- 11111.02.05 => CTU - RECURSOS VINCULADOS COM LIMITE DE SAQUE

Nota Explicativa:

Em seguida a realização do pregão eletrônico a legislação exige o empenho do valor da mercadoria, após o órgão atestar o recebimento do material há necessidade de se fazer a liquidação e por fim o pagamento, conforme prevê a Lei 4.320/1964 (contabilidade pública) e Lei 8.666/1993 (licitação).

(28)

27

2.3 GESTÃO DE COMPRAS PÚBLICAS

2.3.1 Conceito

De acordo com Gonçalves (2010)

a função compras como todo complexo no qual está envolvido o processo de planejamento da aquisição, licitação, pesquisa, seleção e julgamento das propostas de fornecedores, bem como a contratação destinada ao fornecimento de materiais e serviços utilizados pelas empresas.

No que diz respeito aos objetivos de compras, são as funções responsáveis pela obtenção do material no mercado fornecedor, interno ou externo, através da mais correta tradução das necessidades em termos de fornecedor / requisitante. É ainda, a unidade organizacional que, agindo em nome das atividades requisitantes, compra o material certo, ao preço certo, na hora certa, na quantidade certa e da fonte certa.

Na Administração Pública, as compras e contratações são regulamentadas pela Lei 8.666/93, Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Brasil, 1993), que em seu art. 6°, III, conceitua compra como “toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente”.

Com a introdução da tecnologia da informação nas compras brasileiras, destaca-se a criação o sítio comprasnet (www.comprasgovernamentais.gov.br), como simplificação dos processos e redução de custos. O portal comprasnet foi criado em 1998, ele é mantido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Seu objetivo é avançar na melhoria da logística governamental, e também pelas necessidades de se alcançar maior transparência, divulgação e amplitude às compras e contratações do governo federal.

2.3.2 Organização do Setor de Compras Conforme o SISG e SIASG

O setor de compras está organizado na forma de sistema, no âmbito da administração federal brasileira. Assim, o Sistema de Serviços Gerais – Sisg, instituído pelo Decreto n.º 1.094, de 23 de março de 1994, é integrado pelos órgãos e entidades da administração federal, compreendendo a chamada administração direta, as autarquias e as fundações públicas. Esse Sistema organiza a gestão das atividades de serviços gerais, o que inclui as licitações, contratações,

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28

transportes, comunicações administrativas, documentação e administração de edifícios públicos e de imóveis funcionais. A organização sistêmica é adotada para as principais atividades de apoio administrativo na administração federal, a exemplo das áreas de planejamento, orçamento, execução financeira, pessoal e informação e informática.

No âmbito do Sisg, são estabelecidas diretrizes, normas e atividades operacionais, comuns a todos os órgãos e entidades que o integram, visando a melhor coordenação e eficiência das atividades de apoio administrativo no Governo Federal. O Siasg é a ferramenta informatizada de apoio à gestão dos serviços gerais.

O SISG tem por objetivo organizar, sob a forma de sistema, a gestão das atividades de serviços gerais, que compreende a administração de edifícios públicos e imóveis funcionais, material, transporte, comunicações administrativas e documentação do Governo Federal. O SIASG é um sistema informatizado, disponível em terminais ou microcomputadores nas diversas Unidades Administrativas de Serviços Gerais – UASG’s integrantes do SISG, que possibilita, em tempo real, consultas, registros de documentos, operações, controle e compatibilização das atividades e procedimentos relativos ao SISG, notadamente relacionados com licitações, contratos e compras.

Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG: Sistema de Serviços Gerais - SISG

Figura 1 – estrutura do SISG. Sistemas de Informação

Figura 2 – estrutura do SIASG, sistema de informação.

SISG

Adm Direta

Adm Indireta

Autarquia

Fundação

Poder Executivo Outros Poderes

SIASG

Comprasnet

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29

2.4 COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

2.4.1 Conceitos de Licitação

A palavra licitação é originária do latim licitatio, que significa vender por lances, ou seja, que está ligada à ideia de arrematar, fazer preço sobre coisa licitada, disputar, dentre outros significados.

Segundo Carvalho Filho (2001:188)

Licitação é o procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico.

A Lei Federal nº 10.520/2002, ao regulamentar o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal, dispõe:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômicas indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Essa Lei estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços inclusive de publicidade, compras, alienações e locações, para o desenvolvimento do Estado a fim de atender as necessidades da sociedade, no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

2.4.1.1 Objetivos Gerais

A administração Pública está sujeita a um comando legal, por razões de interesse público, pois diferentemente do particular, o Governo ao adquirir bens e serviços obedecerá a regras impostas, com o objetivo de tornar o processo transparente, em face do uso do erário.

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3 0

30

Ao licitar, a administração tem por finalidade a obtenção da melhor proposta, para um determinado serviço e/ou produto, com o objetivo de atender com eficácia o seu usuário, de forma a estabelecer uma equivalência na forma de aquisição do particular.

2.4.2

Modalidades de Licitação

De acordo com artigo 22 da Lei 8.666/1993, são cinco as modalidades de licitação instituídas.

Art. 22. São modalidades de licitação:

I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite;

IV - concurso; V - leilão.

Entretanto, são apenas três os fins a que se destinam, as três primeiras modalidades – concorrência, a tomada de preço e o convite – têm o mesmo objetivo: a contratação de obras, serviços e fornecimento, enquanto o concurso e o leilão têm objetivos próprios e diferenciados, e define também os princípios para a contratação por meio de dispensa e inexigibilidade de licitação.

Através da Lei Federal nº 10.520/2002, estabeleceu uma nova modalidade de licitação “Pregão”. É importante sublinhar que a nova legislação tem o objetivo básico de complementar a Lei Federal nº 8.666/1993.

Artigo 23, As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo 22, serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

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Quadro I

Ano de Vigência 1.998 M O D A L I D A D E L I M I T E S E M R $

E

S

P

É

C

I

E

O B R A S E S E R V IÇ O S D E E N G E N H A R IA CONVITE ATÉ...150.000,00

TOMADA DE PREÇO ATÉ...1.500.000,00

CONCORRÊNCIA ACIMA DE...1.500.000,00

C O M P R A S E O U TR O S S E R V IÇ O S CONVITE ATÉ...80.000,00

TOMADA DE PREÇO ATÉ...650.000,00

CONCORRÊNCIA ACIMA DE...650.000,00

Fluxograma. Fonte: Lei 9.648 de 27/05/1998. Adaptado pelo autor.

O artigo 120 do Estatuto Federal Licitatório prevê revisão anual dos valores pelo Poder Executivo Federal, publicados no DOU, observando como limite superior a variação geral dos preços de mercado, no período.

2.4.2.1 Concorrência

Concorrência é a modalidade de licitação adequada a contratações de grande vulto. Exatamente porque os recursos financeiros a serem empregados

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3 2

32

pela Administração são ais elevados, essa modalidade é a que se apresenta, em seu procedimento, maior rigor formal e exige ampla divulgação. Dela podem participar quaisquer interessados que demonstrem possuir os requisitos mínimos de qualificação fixados no edital.

A concorrência é a que se destina aos atos seletivos para contratos de grande valor. Nela se admite a participação universal de quaisquer interessados que atendam ao edital convocatório e satisfação as condições expressamente definidas. Os requisitos necessários para se participar da concorrência são: a universidade, a ampla publicidade e a habilitação preliminar.

Com a universidade entende-se a participação de quaisquer interessados, nacionais ou estrangeiros, desde que atendam à capacidade jurídica, técnica e financeira e outras que a lei determinar, como a regularidade fiscal e regularidade com a seguridade social.

A publicidade, no caso da concorrência, deve ser a mais ampla possível, além da obrigatoriedade definida na Lei. Quanto ao contrato a ser celebrado a licitação segue o tipo melhor técnica ou técnica e preço, o prazo mínimo da publicidade é de 45 (quarenta e cinco) dias, e de 30 (trinta) nos demais casos.

A habilitação preliminar, como fase do processo de licitação, deve limitar-se, como preceitua o art. 27, da Lei nº 8.666/93, à comprovação da habilitação jurídica, à qualificação técnica, à qualificação econômico-financeira e à regularidade fiscal e trabalhista.

2.4.2.2 Tomada de Preços

Tomada de preço é a modalidade de licitação utilizada para a compra ou bens e serviços, de empresas já cadastradas na administração pública ou que atendam a todas as exigências para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.

Em relação à concorrência essa modalidade é menos formal, e isso em virtude de se destinar a contratações de vulto médio, cujas faixas são estabelecidas em lei.

A primeira característica da tomada de preço reside na inscrição ou na possibilidade de inscrição do interessado nos registros cadastrais. É característica, ainda, a habilitação prévia. Na tomada de preço a aferição, em sua

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33

maior parte, se faz com antecipação, ao momento da inscrição nos registros cadastrais.

Por fim, há também o fator substituição. Ainda que o vulto do futuro contrato comparte a tomada de preços, pode o administrador optar por realizar concorrência.

2.4.2.3

Convite

A modalidade convite é que comporta o menor formalismo, e isso porque se destina a contratações de menos vulto.

Nesse caso, a unidade administrativa escolhe e convida pelo menos três fornecedores do segmento do serviço ou mercadoria licitada por meio de uma carta - convite, que substitui o edital, e é nesta que são colocadas às regras da licitação.

Não é necessário que as empresas estejam cadastradas, mas é obrigatório que o órgão público divulgue cópia do instrumento convocatório em local apropriado e que o convite seja estendido a outras empresas que estejam cadastradas. Essas deverão manifestar seu interesse em participar do processo até 24 horas antes da data de apresentação da proposta.

2.4.2.4 Concurso

Parágrafo 4º da lei 8.666/93 o concurso é uma modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores, seguindo critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial, com antecedência mínima de 45 dias para a realização do evento.

Como se trata de seleção de projeto intelectual cumpre que a comissão que dirige a licitação seja bastante criteriosa e apta intelectualmente, que sejam ou não servidores públicos. Assim, pode-se verificar que o pagamento do prêmio ou da remuneração é condicionado à cessão por parte do autor do projeto, a fim de que a administração possa utilizá-lo de acordo com o prescrito no regulamento ou no ajuste para sua elaboração.

Com o pagamento do prêmio ou remuneração, a licitação se encerra e não existe uma contratação. Inclusive, o próprio vencedor não poderá

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3 4

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participar de uma futura licitação para executar o projeto, por exemplo, podendo apenas realizar consultoria ou auxiliar na fiscalização da execução desse trabalho.

A maior diferença entre o concurso e as outras modalidades de licitação, é que nestas últimas a execução do objeto licitado ocorre depois da seleção da proposta mais vantajosa, cujo preço será dado pela licitante, e no concurso a execução do objeto licitado ocorrerá antes, ou seja, ele será entregue pronto, e o preço a ser pago ao vencedor (prêmio ou remuneração) é previamente definido no edital.

2.4.2.5 Leilão

De acordo com a Lei 8.666/93 parágrafo 5º leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

O leilão é a modalidade de licitação específica para alienação de bens públicos. Há dois requisitos importantes no leilão. Primeiramente, deve ter ampla divulgação. Depois, é necessário que, antes do processo, sejam os bens devidamente avaliados.

Nessa modalidade, não se exige qualquer tipo de habilitação prévia dos licitantes, tendo que a venda seja feita à vista ou com pagamento em curto prazo, admitindo-se na segunda hipótese um depósito percentual do preço, servindo como garantia.

2.4.2.6 Pregão

Apesar da Lei Licitatória n.º 8.666/93, vedar a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação delas, a medida provisória n.º 2.182-18/2001, instituiu, no âmbito da União, uma nova modalidade denominada Pregão. Só que a referida lei vedava a criação de outras modalidades de licitação, salvo se introduzidas por outra norma geral. Foi aí que a Lei 10.520, de 17/07/2002, converteu a medida provisória em norma geral, determinando também a sua aplicação aos Estados, Distrito Federal e Municípios, o que acabou por dispensar estas entidades de editarem leis próprias sobre a matéria.

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35

Esta Lei Federal nº 10.520/02 a qual institui o Pregão, se destina à aquisição de bens e serviços comuns, em que a disputa pelo fornecimento é feita em sessão pública por meio de propostas de preços por escrito e lances verbais, para classificação e habilitação do licitante com a proposta de menor preço.

A grande inovação do pregão se dá pela inversão das fases de habilitação e análise das propostas. Dessa forma, apenas a documentação do participante que tenha apresentado a melhor proposta é analisada. Esta documentação consta no Edital, que está em anexo.

Além disso, a definição da proposta mais vantajosa para a Administração é feita através de proposta de preço escrita e, após, disputa através de lances verbais.

Segundo Justen Filho (2000:9)

O pregão é absolutamente peculiar, com duas características fundamentais. Uma consiste na inversão das fases de habilitação e julgamento. Outra é a possibilidade de renovação de lances por todos ou alguns dos licitantes, até chegar-se à proposta mais vantajosa. Em segundo lugar, o pregão comporta propostas por escrito, mas o desenvolvimento do certame envolve a formação de novas proposições ("lances"), sobre forma verbal (ou, mesmo, por via eletrônica). Em terceiro lugar, podem participar quaisquer pessoas, inclusive aqueles não inscritos em cadastro. Sob um certo ângulo, o pregão é uma modalidade muito similar ao leilão, apenas que não se destina a alienação de bens públicos e à obtenção da maior oferta possível. O pregão visa à aquisição de bens ou contratações de serviços comuns, pelo menor preço.

Segundo a Lei Federal nº 10.520/02 em seu artigo 2 no parágrafo 1 - Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica.

Portanto o procedimento do Pregão eletrônico segue as regras básicas do pregão comum, mas deixa de ocorrer à presença física do pregoeiro e dos participantes, tendo em vista que as comunicações são feitas por via eletrônica.

Dentre as diversas modalidades de licitação, a CONAB utiliza a modalidade pregão eletrônico, para suas compras de materiais de expedientes, permanentes e prestação de serviços, pois é o meio mais econômico e ágil a se seguir.

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36

2.5 PROCESSO DE COMPRAS PELA CONAB

2.5.1 Procedimentos

Desde o surgimento do pregão eletrônico em 2.002 a CONAB passou a utilizar essa modalidade de licitação para realizar suas compras administrativas internas, são elas para materiais de expedientes, materiais permanentes e prestação de serviços. Nessa modalidade são vários fornecedores ao qual estão concorrendo, vence aquele que apresentar menor valor de seus produtos, nenhum conhece ao outro, nem o pregoeiro (servidor público escolhido) nem os fornecedores, porque estão acessados ao sítio

www.comprasgovernamentais.gov.br.

Analisando os procedimentos do processo de compras, observa-se que o setor de compras do órgão faz um levantamento interno de materiais em falta no almoxarifado para realizar as compras, tendo um resultado de materiais de expediente ou permanente, ele faz uma pesquisa de mercado em Cuiabá em ao menos (três) empresas, anotando os valores e aquele que houver o menor valor ele faz um Termo de Referência, que é o documento que deverá conter elementos capazes de propiciar avaliação do menor valor encontrado das empresas pesquisadas, isto serve para os fornecedores participantes (os fornecedores são de toda a região do Brasil, com entrega aqui em Cuiabá sem nenhum custo para a CONAB), saberem do valor encontrado pelo órgão daquele material, portanto os valores dos fornecedores devem ser menores ao valor encontrado e especificado no termo, deveres do contratado e do contratante, procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva. E serve também para providências a autuação do processo de contratação e serve de parâmetros para o pregoeiro na elaboração do edital.

Portanto o Termo de Referência é um documento essencial para qualquer procedimento de compra ou contratação de serviço, até porque é nele que constam os principais dados do procedimento.

Conforme Justen Filho (2005:71)

A função e a natureza do termo de referência equivalem às do projeto executivo, previsto na Lei nº 8.666. Aliás, é irrelevante a denominação atribuída, eis que o fundamental é a satisfação do dever administrativo de planejamento sério e satisfatório acerca da futura contratação.

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37

De acordo com o estudo realizado do órgão, os procedimentos se realizam da seguinte forma:

1º - o setor de compras chamado SETAD (setor administrativo) verifica no almoxarifado se há falta de alguns materiais, e também se alguns setores precisam de materiais ou serviços, o servidor faz um andamento interno, chamado requisição de materiais para solicitar aquilo que está em falta em seu setor;

2º - o pregoeiro faz um levantamento de custo (preço), em ao menos 3 (três) empresas, para saber os valores de mercado e ter o menor preço por item dentre eles, para então assim dar início ao pregão;

3º - cria-se o Termo de Referência, neste termo constam os itens especificados por produtos/materiais/serviços, as unidades, as quantidades e os valores, este termo vai em anexo ao Edital do pregão eletrônico;

4º - com o valor total cotado, o SETAD comunica o setor contábil/financeiro chamado SECOF para disponibilizar os recursos financeiros;

5º - ATO de Superintendência – a Gerência Administrativa elabora um ato e pede autorização superior (superintendente) para autorizar/ratificar a indicação do(s) pregoeiro(s). Este ato é para indicar os empregados relacionados para atuarem como pregoeiros nas licitações na modalidade pregão, sob a coordenação do primeiro e, na ausência deste, do segundo. E também designar outros para comporem a equipe de apoio aos pregoeiros, o ATO tem a vigência de 1 (um) ano.

6º - o pregoeiro elabora um Edital, conforme anexo A, que consta todos os procedimentos do pregão, as regras, documentação, dia e hora, e em anexo I – o termo de referência, em anexo II – modelo de proposta comercial, em anexo III – contrato simplificado (ordem de compra), e por último o anexo IV – termo de retirada de edital pela internet, estes anexos fazem parte do edital. Assim feito o edital, encaminha via autoridade competente para análise do setor jurídico, para comprovar a veracidade dos dados, ou para correção, e também conferir se há algo abusivo, não havendo nada de errado o setor chancela o edital, e volta para o SETAD.

7º - providencia a publicação do aviso da licitação, nos seguintes veículos: é disponibilizado no D.O.U. (Diário Oficial da União) que e gerada automaticamente no site www.comprasgovernamentais.gov.br que é chamado Comprasnet, no site da CONAB, logo após a publicação da licitação no Comprasnet, via publicador

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3 8

38

8º - chegado o dia e a hora estabelecidos no edital, o pregoeiro e os fornecedores acessados ao sitio do Comprasnet, o pregoeiro no link SIASG (Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais) e depois em produção, faz o login por meio do CPF e senha, depois acessa os serviços do governo Pregão/Pregão Eletrônico, e no link operar, informa o numero do pregão a ser aberto, abre os itens para lance. Tudo é registrado, os lances são feitos virtualmente onde todos que estão acessados possam ver os lances e aquele que ofertar o menor que está abaixo da referência, vence por item. Como determinado no edital, há certo período de tempo para ocorrer o pregão on-line.

9º - iniciar o fechamento iminente dos itens abertos, atribuindo o tempo de 1 a 60 minutos. Após este prazo o sistema inicia o fechamento aleatório, atribuindo o tempo de 1 a 30 minutos. Nas fases de encerramento os licitantes podem enviar lances e o pregoeiro excluir lances que não podem ser realizados. Portanto nessa fase o pregoeiro já tem um resultado das propostas do vencedor (fornecedores), por item selecionado.

10º - fase de aceitação: convocação para proposta e os documentos. Negociar com o fornecedor o melhor preço, a negociação ocorre no sistema eletrônico, via chat, com a informação do valor negociado, esse chat permite somente o acesso de um licitante por vez, ou seja, aquele que estiver selecionado analisa as propostas se estão de acordo com o termo de referência. A fase dos documentos ocorre um determinado prazo.

11º - os documentos são enviados on-line para o pregoeiro pelo sítio do Comprasnet, e são analisados pelos competentes para homologação. Todos os documentos necessários estão informados no edital.

12º - esta é a fase da adjudicação, onde o pregoeiro confere se está tudo certo com a proposta e os documentos recebidos.

13º - com os documentos do licitante em mãos, o SETAD encaminha um despacho para a autoridade competente que é a superintendência, junto com o relatório do pregoeiro que constam todos os fatos relevantes acontecidos durante o processo de licitação, tanto fase interna quanto externa.

14º - com os documentos na superintendência, faz-se a homologação do processo, com a chancela jurídica, e retorna ao SETAD.

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15º - ordem de compra com os dados dos fornecedores, especificação detalhada dos itens, para cada fornecedor, casa tenha sido vários fornecedores. Pagamento, e entrega com Nota Fiscal. Tudo como descrito no edital, com data de pagamento e entrega.

16º - almoxarifado: recebe as mercadorias, confere, da à entrada no sistema e estoca.

Os volumes de compras são feitos mensal, conforme anexo B, ou de acordo com as necessidades (12 meses), as espécies de compras são: os materiais de expediente, combustíveis, água mineral, café/açúcar, toners/cartuchos e prestação de serviço (vigilância e limpeza). E as modalidades são: Pregão Eletrônico ou a Cotação Eletrônica, que também é feita pelo sítio

www.comprasgovernamentais.gov.br.

A Cotação Eletrônica está prevista na Portaria nº 306 de 2001, é a dispensa de licitação é uma forma rápida de compras, da administração indireta, as aquisições de bens de pequeno valor deverão ser realizadas dos órgãos que compões o SISG. Esta dispensa de licitação tem um valor estimado de até 16.000,00. Esta cotação tem um prazo menor de acontecimento, o sistema disponibiliza a data, não tem edital, os fornecedores devem ser cadastrados pelo Comprasnet, a utilização dura até em 5 (cinco) dias.

Comparando os procedimentos adotados pelo órgão público em relação à lei, a CONAB cumpre de acordo com a lei, da modalidade pregão eletrônico, e variando os volumes de compras utiliza-se a dispensa de licitação que é a cotação eletrônica.

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3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho foram pesquisas bibliográficas com fundamentos baseados em publicações, leis e decretos, livros, sites da internet e trabalhos acadêmicos, foi realizado também coleta de dados no órgão, para o melhor desempenho do trabalho, buscando apresentar a relação de compras no âmbito da Administração Pública Federal.

Os dados foram primeiramente coletados a respeito do setor de compras, logo mais sobre o funcionamento do setor, que é o que resultou no Pregão Eletrônico, pergunta referente ao sistema, aos procedimentos utilizados, foi feita com um funcionário responsável pelo setor do órgão.

Para um bom desenvolvimento do trabalho, foi feita pesquisas na internet para entendimento das leis expressadas em relação ao funcionamento das compras pelo órgão, foram feitas 3 (três) visitas na CONAB durante o procedimento do trabalho de conclusão de curso, sequencialmente foram anotadas as informações colhidas no trabalho.

Na primeira visita foi explicada sobre a estrutura administrativa da CONAB, a hierarquia, o organograma dentro do órgão, foi apresentado também o sítio Comprasnet onde é feita as compras governamentais, para que entendêssemos a respeito da empresa.

Na segunda visita foram abordados todos os procedimentos do pregão eletrônico, desde o inicio do procedimento até a chegada dos materiais o almoxarifado, como funciona, o que compram e como compram, as rotinas internas feitas pelo setor de compras, e foi fornecido o edital para melhor entendimento.

Por fim a terceira visita foi para atender os requisitos que os membros da banca solicitaram, como um exemplo o plano de contas.

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4. RESULTADO E ANÁLISE DA PESQUISA

Considerando os fatos pesquisados e analisados, concluímos que o uso do pregão eletrônico para as compras de valores expressos e de alto volume é a melhor forma de modalidade de licitação. Pois através dela é mais ágil e menos oneroso para o Governo, tornando-se um processo mais seguro, pois é feito pelo sistema na internet, por ser transparente e permitir a maior abrangência nacional, onde possibilita vários fornecedores a concorrerem, e assim o órgão pode escolher qual é o mais vantajoso a se comprar.

Desta forma, pode-se concluir que o pregão é viável, pois todos os dados levantados dão conta de sua real necessidade para a conjuntura atual.

Referências

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