• Nenhum resultado encontrado

CÂMARA MUNICIPAL DE ÓBIDOS. Concurso Público para Concessão do Direito de Exploração de três espaços destinados a Consultório Dentário

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CÂMARA MUNICIPAL DE ÓBIDOS. Concurso Público para Concessão do Direito de Exploração de três espaços destinados a Consultório Dentário"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

1/18

CADERNO DE ENCARGOS

O presente caderno de encargos perfaz, em conjunto com o programa de concurso, as peças do procedimento pré contratual (concurso público) que tem por objecto a Concessão do Direito de Exploração de 3 (três) espaços, destinados a consultórios médicos para prestação de cuidados de saúde oral, integrados no Complexo Escolar dos Arcos, Complexo Escolar do Alvito e Complexo Escolar do Furadouro, em Óbidos, e compreende:

Anexo I – Cláusulas gerais a incluir no contrato escrito a celebrar. Anexo II – Cláusulas relativas aos aspectos de execução do contrato:

a) Submetidos à concorrência;

b) Não submetidos à concorrência;

Anexo III – Plantas dos espaços destinados à instalação de consultórios dentários Anexo IV – Listagem dos serviços a prestar aos alunos do 1.º e 2.º Ciclo

(2)

2/18

ANEXO I

CADERNO DE ENCARGOS RELATIVO AO CONTRATO DE CONCESSÃO

TÍTULO I

DA CONCESSÃO EM GERAL Capítulo I

Disposições por que se rege a concessão

Cláusula 1.ª

Contrato

1. O contrato é composto pelo respectivo clausulado contratual e os seus anexos.

2. O contrato a celebrar integra ainda os seguintes elementos:

a. Os esclarecimentos e as rectificações relativos ao Caderno de Encargos; b. O presente Caderno de Encargos;

c. A proposta adjudicada;

d. Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário.

3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a respectiva prevalência é determinada pela ordem pela qual aí são indicados.

(3)

3/18

4. Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do contrato e seus anexos, prevalecem os primeiros, salvo quanto aos ajustamentos propostos de acordo com o disposto no artigo 99.º do Código dos Contratos Públicos e aceites pelo adjudicatário nos termos do disposto no artigo 101.º desse mesmo diploma legal.

Capítulo II Objecto

Cláusula 2.ª

Objecto, âmbito e natureza da concessão

1 - O contrato tem por objecto principal a concessão de 3 (três) espaços destinados a consultórios dentários para prestação de cuidados de saúde oral, localizados nos Complexos Escolares dos Arcos, Alvito e Furadouro, no âmbito de um modelo deEscola Dinâmica e Criativa, que procura promover programas que se executem nos ambientes onde as crianças e os jovens crescem e se desenvolvem, assumindo-se como estrutura aberta ao serviço de toda a comunidade.

2 - A concessão abrange o espaço afecto a cada um dos estabelecimentos – consultório - e os direitos e obrigações destinados à realização do interesse público subjacente à celebração do respectivo contrato.

3 – Estão afectos à concessão o uso dos seguintes espaço destinados a consultórios dentários:

- Complexo Escolar dos Arcos: área de 21,43 m2, melhor identificado na planta anexa ao caderno de encargos (Anexo III – “A”). - Complexo Escolar do Alvito: área de 21,57 m2, melhor identificado na planta anexa ao caderno de encargos (Anexo III – “B”). - Complexo Escolar do Furadouro: área de 21,11 m2, melhor identificado na planta anexa ao caderno de encargos (Anexo III – “C”).

4 - Para efeitos do disposto no n.º 2, consideram-se afectos à concessão todos os bens existentes à data de celebração do contrato, assim como os bens a adquirir, ou a instalar pelo concessionário em cumprimento do mesmo, que sejam indispensáveis para o adequado desenvolvimento do direito de exploração concedido.

4 - O concessionário elaborará e manterá permanentemente actualizado e à disposição do concedente um inventário dos bens referidos no n.º 4, que conterá, pelo menos, menção aos ónus e encargos que sobre eles recaíam.

5 - O concessionário só pode substituir bens próprios essenciais ao desenvolvimento da actividade concedida, mediante autorização do concedente e salvaguardando que estes sejam substituídos por outros equivalentes e funcionalmente aptos à prossecução daquela actividade.

Cláusula 3.ª

Delimitação física da concessão

Os limites físicos da concessão são definidos pelas áreas destinadas aos consultórios dentários, melhor identificadas nas plantas de apresentação que integram o Anexo III deste caderno de encargos.

(4)

4/18

Cláusula 4.ª

Regime do risco

1 - O concessionário assume integral responsabilidade pelos riscos relativos à concessão, salvo estipulação contratual expressa em contrário.

2 - Em caso de dúvida sobre a limitação ou repartição do risco do concessionário, considera-se que o risco corre integralmente por conta deste.

Cláusula 5.ª

Financiamento

1 - O concessionário é responsável pela obtenção dos financiamentos necessários ao desenvolvimento de todas as actividades que integram o objecto do contrato, de forma a garantir o exacto e pontual cumprimento das suas obrigações.

2 - Com vista à obtenção dos financiamentos necessários ao desenvolvimento das actividades concedidas, o concessionário pode contrair empréstimos, prestar garantias e celebrar com as entidades financiadoras os demais actos e contratos que consubstanciam as relações jurídicas de financiamento.

3 - Não são oponíveis ao concedente quaisquer excepções ou meios de defesa que resultem das relações contratuais estabelecidas pelo concessionário nos termos do ponto anterior.

Capítulo III Duração da concessão

Cláusula 6.ª

Prazo e termo da concessão

1 - A concessão terá como prazo de duração o período de 4 anos.

2 - A concessão considera-se automaticamente prorrogada, por igual período, com o limite de 12 anos.

3 - As partes podem denunciar o contrato com a antecedência mínima de 90 dias, por carta registada com aviso de recepção, se não pretenderem a prorrogação da concessão.

Capítulo IV Concessionário

Cláusula 7.ª

Outras actividades

O concessionário poderá desenvolver actividades complementares ou acessórias das que constituem o objecto principal do contrato se for expressamente autorizado pelo concedente.

(5)

5/18

Capítulo V

Execução de obras, exploração e conservação

Cláusula 8.ª

Manutenção do espaço da concessão

1 - O concessionário obriga-se, durante a vigência do contrato de concessão e a expensas suas, a manter o espaço da concessão em bom estado de conservação e em perfeitas condições de utilização e de segurança, devendo diligenciar para que o mesmo satisfaça plena e permanentemente o fim a que se destina.

2 - Quaisquer obras necessárias à manutenção e conservação do espaço, objecto da concessão, são da responsabilidade e constituem encargo do concessionário, mediante autorização do concedente.

3 - Para efeitos do número anterior, o concessionário apresentará um pedido escrito com descrição das obras de conservação/reparação que pretenda realizar e respectiva calendarização.

4 - O pedido entende-se como deferido, caso o concessionário não obtenha resposta escrita no prazo de 15 dias úteis.

5 - O concessionário deve respeitar os padrões de qualidade, de higiene, de segurança e de comodidade, designadamente para o atendimento aos utentes.

Cláusula 9.ª

Obtenção de licenças e autorizações

1 - O concessionário está sujeito a todas as disposições legais e regulamentares aplicáveis à actividade que exerce, nomeadamente o disposto no DL n.º 279/2009, de 6 de Outubro, DL n.º 127/2009, de 27 de Maio e Portaria n.º 268/2010, de 12 de Maio, devendo, para o efeito, obter e manter todas as certificações, licenças e/ou autorizações necessárias ao exercício das actividades integradas ou de algum modo relacionadas com o objecto do contrato.

2 - O concessionário deverá proceder ao licenciamento do espaço de acordo com a legislação em vigor aplicável, nomeadamente, de acordo com as disposições legais supra citadas.

Cláusula 10.ª

Poder de direcção do concedente

Sem prejuízo do disposto nos artigos 302.º a 304.º do Código dos Contratos Públicos, o poder de direcção do concedente compreende as seguintes faculdades:

(6)

6/18

B) Aplicar as sanções previstas para o incumprimento do contrato de exploração; C) Resolver unilateralmente o contrato;

D) Resgatar a concessão; E) Sequestrar a concessão.

Cláusula 11.ª

Autorizações do concedente

Os prazos de emissão, pelo concedente, de autorizações ou aprovações previstas no contrato de concessão contam-se a partir da submissão do respectivo pedido, desde que este se mostre instruído com toda a documentação que o deva acompanhar e suspendem-se com o pedido, pelo concedente, de esclarecimentos ou documentos adicionais, e até que estes sejam prestados ou entregues.

Cláusula 12.ª

Acesso ao espaço destinado a consultório e aos documentos do concessionário

1 - O concessionário deve facultar ao concedente, ou a qualquer entidade por este designada, livre acesso ao espaço objecto da concessão, bem como aos documentos relativos às instalações e actividades objecto da concessão, incluindo os registos de gestão utilizados, estando ainda obrigado a prestar, sobre todos esses elementos, os esclarecimentos que lhe sejam solicitados. 2 - O concessionário deve disponibilizar ao concedente todos os projectos, planos, plantas e outros elementos, de qualquer natureza, que se revelem necessários ou úteis ao exercício dos direitos ou ao desempenho de funções atribuídas pela lei ou pelo contrato ao concedente.

Cláusula 13.ª

Fiscalização pelo concedente

1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 302.º, 303.º e 305.º do Código dos Contratos Públicos, o concedente pode ordenar a verificação das condições de funcionamento e as características do equipamento respeitantes à concessão.

2 - As determinações do concedente emitidas ao abrigo dos seus poderes de fiscalização são imediatamente aplicáveis e vinculam o concessionário.

3 - É reservado ao concedente o direito de fiscalizar o cumprimento dos deveres do concessionário nos termos impostos pelo presente caderno de encargos, cláusulas contratuais e da legislação em vigor e, nomeadamente no que se refere:

A) Ao comportamento e à apresentação do pessoal;

B) Ao estado de asseio e arranjo das respectivas instalações e zonas circundantes;

C) Às relações do concessionário e do seu pessoal com o público, que devem ser pautadas pela correcção e cordialidade.

(7)

7/18

Cláusula 14.ª

Obrigações do concessionário

Constituem obrigações do concessionário, para além das previstas nas cláusula 8ª e 9ª:

A) A concessão objecto deste contrato deverá ter início até 30 dias após a assinatura do contrato.

B) Prestar, gratuitamente, e no período de horário escolar compreendido entre as 9h00m e as 15h00m, ou em período que, por acordo escrito entre concedente e concessionário, se venha a mostrar mais indicado, cuidados de saúde oral a todos os alunos do 1.º e 2.º Ciclos do Concelho de Óbidos com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos, de acordo com o Anexo IV, e que se estimam em 732 alunos, distribuídos da seguinte forma:

- Complexo dos Arcos - 319 alunos - Complexo do Alvito – 207 alunos - Complexo do Furadouro – 206 alunos

C) Prestar, mediante remuneração e fora do período de horário escolar referido na alínea B), cuidados de saúde oral à população em geral, que se traduzam em prevenção, diagnóstico e tratamento das anomalias e doenças dos dentes, boca, maxilares e estruturas anexas.

D) Informar o concedente de qualquer circunstância que possa condicionar o normal desenvolvimento das actividades concedidas;

E) Fornecer ao concedente, ou a quem este designar para o efeito, qualquer informação, ou elaborar relatórios específicos sobre aspectos relacionados com a execução do contrato, desde que solicitados por escrito.

F) Cumprir todas as normas legais em matéria de segurança, higiene e saúde pública. G) Manter o objecto da concessão, não alterando o uso autorizado.

H) Respeitar as normas de exploração da concessão, conforme definido na cláusula 29.ª deste caderno de encargos. I) Quaisquer outras previstas na Lei.

Cláusula 15.ª

Direitos do concessionário

1 - Constituem direitos do concessionário:

A) Explorar, em regime de exclusividade, o espaço destinado a consultório dentário, mediante remuneração, no período fora do horário escolar compreendido entre as 9h00 e as 15h00, ou outro que seja definido por acordo entre as partes; B) Utilizar, nos termos da lei e do contrato, os bens do domínio municipal necessários ao desenvolvimento da actividade concedida, nomeadamente o espaço destinado e consultório dentário e zona de convívio/circulação, adjacente ao consultório, como zona de espera de clientes.

(8)

8/18

2 - O concessionário é remunerado exclusivamente através das receitas geradas pela exploração prevista na alínea a) do n.º 1 da presente cláusula.

3 - O concessionário não tem direito à reposição do equilíbrio financeiro.

Cláusula 16.ª

Reclamações dos utentes

1 - O concessionário obriga-se a ter à disposição dos utentes/clientes do espaço da concessão, livro destinado ao registo de reclamações.

2 - O concessionário deve enviar ao concedente, mensalmente, durante o período de funcionamento, as reclamações registadas, acompanhadas das respostas dadas aos utentes e dos resultados das investigações e demais providências que porventura terão sido tomadas.

Capítulo VI Modificações subjectivas

Cláusula 17.ª

Oneração e alienação

1 - É interdito ao concessionário alienar ou por qualquer modo onerar, no todo ou em parte, os bens e os espaços afectos à concessão ou realizar qualquer negócio jurídico que vise atingir ou tenha por efeito, mesmo que indirecto, idênticos resultados. 2 - Os negócios jurídicos referidos no número anterior são inoponíveis ao concedente.

Cláusula 18.ª

Cessão da posição contratual e subcontratação pelo concessionário

Não é admitida a cedência, por qualquer forma da posição contratual do concessionário e a subcontratação.

Capítulo VII Garantias

Cláusula 19.ª

Cobertura por seguros

1 - O concessionário deve assegurar a existência e a manutenção em vigor das apólices de seguro necessárias para garantir uma efectiva e compreensiva cobertura dos riscos da concessão, nomeadamente:

a) Seguro multi-riscos de todo o equipamento afecto ou a afectar à concessão; b) Seguro de responsabilidade profissional;

(9)

9/18

2 - Constitui estrita obrigação do concessionário a manutenção em vigor das apólices que constam em anexo ao contrato de concessão, nomeadamente através do pagamento atempado dos respectivos prémios, pelo valor que lhe seja debitado pelas seguradoras.

Capítulo VIII

Responsabilidade extracontratual perante terceiros

Cláusula 20.ª

Responsabilidade pela culpa e pelo risco

O concessionário responde, nos termos da lei geral, por quaisquer prejuízos causados no exercício da actividade que constitui o objecto da concessão, pela culpa ou pelo risco.

Cláusula 21.ª

Responsabilidade por prejuízos causados por entidades contratadas

1 - O concessionário responde ainda, nos termos gerais da relação comitente-comissário, pelos prejuízos causados por entidades por si contratadas para o desenvolvimento de actividades compreendidas na concessão.

2 - Constitui especial dever do concessionário garantir e exigir a qualquer entidade com que venha a contratar que promova as medidas necessárias para salvaguarda da integridade dos utentes e do pessoal afecto à concessão, devendo ainda cumprir e zelar pelo cumprimento dos regulamentos de higiene e segurança em vigor.

Capítulo IX Incumprimento do contrato

Cláusula 22.ª

Multas contratuais

1 - Sem prejuízo da possibilidade de sequestro ou resolução da concessão, o concedente pode, com observância do procedimento previsto nos n.os 1 e 2 do artigo 325.º do Código dos Contratos Públicos, aplicar multas em caso de incumprimento pelo concessionário das suas obrigações, incluindo as resultantes de determinações do concedente emitidas nos termos da lei ou do contrato.

2 - O montante das multas contratuais varia, em função da gravidade da falta e do grau de culpa, entre € 100,00 e € 1.000,00, e relativamente aos seguintes incumprimentos:

(10)

10/18

a) Realizar obras sem autorização expressa e prévia do concedente. b) Não proceder à limpeza do equipamento afecto à concessão.

c) Não manter o consultório aberto aos alunos integrados nos estabelecimentos educativos do concelho de Óbidos diariamente entre as 9h00 e as 15h00, ou em período que, por acordo escrito entre concedente e concessionário, se venha a mostrar mais indicado.

d) Não garantir a cobertura dos riscos da concessão por seguros, nas condições estipuladas no contrato. e) Por cada dia de atraso no início da exploração, após o prazo indicado para o efeito no contrato: € 100,00.

Capítulo X

Extinção e suspensão da concessão

Cláusula 23.ª

Resgate

1 - O concedente pode resgatar a concessão, por razões de interesse público, após o decurso de um terço do prazo de vigência do contrato de concessão.

2 - O resgate é notificado ao concessionário com pelo menos seis meses de antecedência.

3 - Em caso de resgate, o concedente assume automaticamente os direitos e obrigações do concessionário, directamente relacionados com as actividades concedidas, desde que constituídos em data anterior à da notificação referida no número anterior.

4 - Na situação prevista nos números anteriores, o concessionário tem direito a receber do concedente, a título de indemnização, correspondente aos danos emergentes e aos lucros cessantes, devendo, quanto a estes, deduzir-se o benefício que resulte da antecipação dos ganhos previstos.

Cláusula 24.ª

Sequestro

1 - Em caso de incumprimento grave pelo concessionário das suas obrigações, ou estando o mesmo iminente, o concedente pode, mediante sequestro tomar a seu cargo o desenvolvimento das actividades concedidas.

2 - O sequestro pode ter lugar, nomeadamente, caso se verifique qualquer das seguintes situações, por motivos imputáveis ao concessionário:

(11)

11/18

2.2. Quando se verifiquem perturbações ou deficiências graves na organização e regular desenvolvimento da actividade concedida ou no estado geral das instalações e equipamentos que comprometam a continuidade ou a regularidade daquela actividade ou a integridade e segurança de pessoas e bens.

3 - Verificada a ocorrência de uma situação susceptível de determinar o sequestro da concessão, o concedente notifica o concessionária para, no prazo máximo de 10 dias, cumprir integralmente as suas obrigações e corrigir ou reparar as consequências dos seus actos, excepto tratando-se de uma violação não sanável.

4 - Em caso de sequestro, o concessionário suporta os encargos do desenvolvimento das actividades, concedidas, bem como quaisquer despesas, extraordinárias necessárias ao restabelecimento da normalidade da exploração.

5 - O sequestro mantém-se pelo tempo julgado necessário pelo concedente, com o limite máximo de um ano, sendo o concessionário notificado pelo concedente para retomar o desenvolvimento das actividades concedidas, na data que lhe for fixada.

6 - Se o concessionário, no prazo de 15 dias, não puder ou se se opuser a retomar o desenvolvimento das actividades concedidas ou se, tendo-o feito, continuarem a verificar-se os factos que deram origem ao sequestro, o concedente pode resolver o contrato.

Cláusula 25.ª

Resolução pelo concedente

1 - Sem prejuízo dos fundamentos gerais de resolução do contrato de concessão previstos no Código dos Contratos Públicos e do direito de indemnização nos termos gerais, o concedente pode resolver o contrato de concessão nos seguintes casos:

A) Desvio do objecto da concessão;

B) Cessação ou suspensão, total ou parcial, pelo concessionário da exploração objecto deste caderno de encargos; C) Recusa ou impossibilidade do concessionário em retomar a concessão na sequência de sequestro;

D) Reincidência, após a retoma da concessão, das situações que motivaram o sequestro;

E) Ocorrência de deficiência grave na organização e desenvolvimento pelo concessionário da actividade concedida, em termos que possam comprometer a sua continuidade ou regularidade das condições exigidas pela lei ou pelo contrato; F) Obstrução ao sequestro;

G) Decorrido o prazo de sequestro previsto na lei e perante a recusa ou oposição do concessionário em retomar o desenvolvimento das actividades concedidas, após notificação para o efeito, ou mantendo-se os factos que deram origem ao sequestro

H) Realização de obras sem autorização expressa e prévia do concedente.

2 - Sem prejuízo da observância do procedimento previsto nos n.os 1 e 2 do artigo 325.º do Código dos Contratos Públicos, a notificação ao concessionário da decisão de resolução produz efeitos imediatos, independentemente de qualquer outra formalidade.

(12)

12/18

Cláusula 26.ª

Caducidade

1 - O decurso do prazo da concessão determina a extinção do contrato de concessão.

2 - O concedente não é responsável pelos efeitos da caducidade do contrato de concessão nas relações contratuais estabelecidas entre o concessionário e terceiros.

Cláusula 27.ª

Reversão de bens

1 - No termo da concessão, reverte automaticamente para o concedente o espaço afecto e os direitos que integram a concessão, livres de quaisquer ónus ou encargos, obrigando-se o concessionário a entregar o espaço em bom estado de conservação, sem prejuízo do normal desgaste do seu uso.

2 - O concessionário não poderá fazer quaisquer obras de alteração no local concessionado, sem prévia autorização escrita do concedente, nem levantar quaisquer benfeitorias por si realizadas, ainda que autorizadamente, nem por elas pedir indemnização ou alegar retenção.

TITULO II

REGIME E CÓDIGO DA CONCESSÃO Capítulo I

Regime da Concessão

Cláusula 28.ª

Regime de exploração

1 - O estabelecimento da concessão é explorado em regime de serviço ao público, de forma regular, contínua e eficiente, nos termos fixados no contrato de concessão e em conformidade com as disposições legais aplicáveis.

2 - O concessionário deve adoptar, para efeitos do ponto anterior, os melhores padrões de qualidade disponíveis, nos termos previstos no contrato de concessão.

3 – Na prestação dos cuidados de saúde oral aos alunos do 1.º e 2.º ciclo do concelho de Óbidos, conforme indicado na alínea B) da cláusula 14.ª e Anexo IV, o acesso ao estabelecimento da concessão, bem como o uso dos respectivos serviços e equipamentos, só pode ser recusado ou retirado a quem não satisfaça ou viole disposições legais aplicáveis, não podendo ainda

(13)

13/18

o concessionário, em qualquer circunstância, discriminar ou estabelecer diferenças de tratamento entre os alunos, para além do previsto no contrato de concessão.

4 – Para o efeito previsto no número anterior, será apresentada pelo Gabinete de Educação do Município de Óbidos, uma listagem com identificação dos alunos.

Cláusula 29.ª

Código de exploração

Para os efeitos previstos no artigo 44º do CCP, e sem prejuízo do disposto nas cláusulas 8.ª e 9.ª, constituem normas de exploração da concessão:

1 - No exercício da exploração do consultório dentário o concessionário, assegura, obrigatória e permanentemente, o seguinte: 1.1. A abertura do estabelecimento durante o ano lectivo de segunda a sexta-feira das 9h00m às 15h00m, ou outro

horário que, por acordo escrito entre as partes, venha a ser estabelecido, para prestação dos cuidados de saúde oral previstos no Anexo IV aos alunos do 1.º e 2.º ciclo do ensino básico, cujas marcações e realização de consultas será feita em estrita articulação com o Gabinete de Educação do Município de Óbidos;

1.2. A abertura do estabelecimento durante todo o ano, fora do período de horário escolar referido na alínea A), e sem prejuízo de um período de descanso não superior a 30 dias, para prestação de cuidados de saúde oral à população em geral, que se traduzam em prevenção, diagnóstico e tratamento das anomalias e doenças dos dentes, boca, maxilares e estruturas anexas, e mediante remuneração, cuja tabela de preços deverá estar devidamente afixada para informação aos utentes.

2 - Constituem encargos do concessionário:

2.1. Dispor de sistema de gestão de clientes que contemple ficha informatizada com o historial clínico de cada aluno; 2.2. Dispor de regulamento interno, definido pelo Director Clínico, nos termos previstos no artigo 6º da Portaria n.º268/2010, de 12 de Maio.

2.3. Fornecimento e instalação dos equipamentos, fixos e móveis, necessários ao exercício da utilização objecto do contrato, constantes do Anexo V.

2.4. Assegurar as comunicações do consultório dentário com o exterior, nomeadamente, telefone, fax e internet. 2.5. Manutenção e reparação de equipamentos, nomeadamente, mobiliário e outro equipamento inerente à concessão. 2.6. Cumprimento das obrigações apresentadas na proposta, nos prazos previstos.

2.7. Garantir a observância das condições higio-sanitárias e as normas de qualidade e segurança, de acordo com a legislação aplicável, bem como, o cumprimento das obrigações impostas pelas entidades fiscalizadoras, nomeadamente pela Entidade Reguladora da Saúde.

2.8.Garantir a gestão de resíduos em conformidade com a legislação aplicável. 2.9. Zelar pela segurança dos utentes no espaço concessionado.

(14)

14/18

2.10. Reparar danos e responsabilizar-se por reparações que derivem da sua actividade e que sejam imputáveis aos seus utentes.

2.11. Os funcionários do concessionário devem possuir formação técnica e especifica adequada para o exercício da actividade que desempenharem;

TÍTULO III RESOLUÇÃO DE LITÍGIOS

Cláusula 30.ª

Foro competente

Para resolução de todos os litígios decorrentes do contrato fica estipulada a competência do tribunal administrativo de círculo de Leiria, com expressa renúncia a qualquer outro.

TÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS

Cláusula 31.ª

Comunicações e notificações

1 - Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o domicílio ou sede contratual de cada uma, identificados no contrato.

2 - Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada, por escrito, à outra parte.

Cláusula 32.ª

Contagem dos prazos

Os prazos previstos no contrato são contínuos, correndo em sábados, domingos e dias feriados, com excepção dos prazos onde é indicado “dias úteis”.

Cláusula 35.ª

Legislação aplicável

(15)

15/18

ANEXO II

CLÁUSULAS RELATIVAS AOS ASPECTOS DA EXECUÇÃO DO CONTRATO

Cláusula 1.ª

Aspectos da execução do contrato submetidos à concorrência

Sem prejuízo dos limites resultantes das vinculações legais ou regulamentares aplicáveis, são aqui fixados, para cada um dos aspectos da execução do contrato submetidos à concorrência, os parâmetros base a que as propostas estão vinculadas,

determinando-se, consequentemente, a exclusão de todas aquelas que não apresentem os atributos abaixo referidos, de

acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar. 1 - Retribuição mensal;

2 - Diversidade de áreas abrangidas pela actividade desenvolvida;

3 – Quantidade, anual, de acções de sensibilização e prevenção da saúde oral a realizar nos Complexos Escolares do Concelho;

4 - Criatividade e inovação da proposta.

Cláusula 2.ª

Aspectos da execução do contrato não submetidos à concorrência

Sem prejuízo dos limites resultantes das vinculações legais ou regulamentares aplicáveis, consideram-se todos os aspectos constantes do caderno de encargos, e não contemplados na cláusula 1.ª, como aspectos de execução do contrato não submetidos à concorrência, a que as propostas estão vinculadas, determinando-se, consequentemente, a exclusão de todas aquelas cujos termos ou condições os desrespeitem.

(16)

16/18

Anexo III

Plantas dos espaços destinados à instalação de consultórios dentários A) Centro Escolar dos Arcos

B) Centro Escolar do Alvito C) Centro Escolar do Furadouro

(17)

17/18

ANEXO IV

Listagem dos serviços a prestar

1. Crianças com idade entre os 6 e os 12 anos (frequência no 1.º e 2.º Ciclo – Ensino Básico) 1.1 Informação/formação – Higiene oral

1.1.1 A toda a Comunidade Educativa • Auxiliares de educação

• Auxiliares técnicos de educação • Educadores de Infância • Professores

• Pais

• Conselho Executivo

• Gabinete de Educação do Município

1.2 Implementação de hábitos de higiene oral

• Ensino das técnicas de escovagem • Escovagem diária após o almoço

1.3 Reforço da estrutura dentária

• Administração de flúor tópico

• Identificação do risco (eventual administração de suplementos de flúor sistémico) • Colocação de vernizes com flúor (2 aplicações ano)

• Bochecho quinzenal com fluoreto de sódio 2% • Aplicação anual de selante de fissuras (sistemáticas) • Aplicação anual de selante de fissuras (de recuperação)

1.4 Tratamento de cárie identificada 1.5 Avaliação das medidas

1.5.1 Estudo anual da situação da saúde dentária nos vários grupos etários intervencionados

(18)

18/18

ANEXO V

Listagem dos equipamentos mínimos a colocar no estabelecimento – consultório dentário 1. Cadeira de medicina dentária/estomatologia.

2. Equipamento de medicina dentária/estomatologia. (Instrumentais de medicina dentária.)

3. Banco de trabalho. 4. Aspirador de vácuo. 5. Fotopolimerizador. 6. Negatoscópio.

7. Aparelho de raios X intra oral. 8. Protectores de raios X adequados.

9. Equipamento de ventilação manual tipo «ambu». (Equipamento para suporte básico de vida.)

10. Amalgamador.

11. Kit de accionamento automático do lavatório.

12. Sistema de ventilação (ar condicionado e sistema de aspiração do ar). 13. Compressor.

14. Turbinas de alta e baixa rotação.

15. Destartarizador e Jacto de bicarbonato. 16. Sistema informático (computador, ecrã e cabos). 17. Software de gestão de pacientes.

18. Materiais consumíveis – materiais utilizados para tratamentos propriamente ditos (ex: compósitos

Referências

Documentos relacionados

[r]

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

[r]

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar

Em pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), em 2011 o consumo de artigos infantis movimentou cerca de R$26,2 bilhões, sendo que mais

Para Souza (2004, p 65), os micros e pequenos empresários negligenciam as atividades de planejamento e controle dos seus negócios, considerando-as como uma

Todas as outras estações registaram valores muito abaixo dos registados no Instituto Geofísico de Coimbra e de Paços de Ferreira e a totalidade dos registos

As questões acima foram a motivação para o desenvolvimento deste artigo, orientar o desenvol- vedor sobre o impacto que as cores podem causar no layout do aplicativo,