• Nenhum resultado encontrado

Estudo e implementação de algoritmos adaptativos aplicados à equalização de sinais em modulação bidimensional

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo e implementação de algoritmos adaptativos aplicados à equalização de sinais em modulação bidimensional"

Copied!
71
0
0

Texto

(1)

Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia

Curso de Gradua¸

ao em Engenharia de

Telecomunica¸

oes

Alunos:

Gustavo Ara´

ujo Machado

Paula do Nascimento Woyames

Orientador:

Prof. Dr. Tadeu N. Ferreira

Coorientador: Profa. Dra. Leni Joaquim de Matos

Estudo e implementa¸c˜

ao de algoritmos adaptativos

aplicados `

a

equaliza¸c˜

ao de sinais em modula¸c˜

ao

bidimensional

Niter´

oi – RJ

(2)

Paula do Nascimento Woyames

Estudo e implementa¸c˜ao de algoritmos adaptativos aplicados `a equaliza¸c˜ao de sinais em modula¸c˜ao bidimensional

Trabalho de Conclus˜ao de Curso apresentado ao Curso de Gradua¸c˜ao em Engenharia de Teleco-munica¸c˜oes da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obten¸c˜ao do Grau de Engenheiro de Telecomunica¸c˜oes.

Orientador: Prof. Dr. Tadeu Nagashima Ferreira Coorientador: Profa. Dra. Leni Joaquim de Matos

Niter´oi – RJ 2018

(3)

ii .

(4)

Gustavo Ara´ujo Machado Paula do Nascimento Woyames

Estudo e implementa¸c˜ao de algoritmos adaptativos aplicados `a equaliza¸c˜ao de sinais em modula¸c˜ao bidimensional

Trabalho de Conclus˜ao de Curso apresentado ao Curso de Gradua¸c˜ao em Engenharia de Teleco-munica¸c˜oes da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obten¸c˜ao do Grau de Engenheiro de Telecomunica¸c˜oes.

Aprovada em 05 de julho de 2018.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Tadeu Nagashima Ferreira - Orientador Universidade Federal Fluminense - UFF Profa. Dra. Leni Joaquim de Matos - Coorientador

Universidade Federal Fluminense - UFF Prof. Dr. Alexandre Santos de la Vega Universidade Federal Fluminense - UFF

Prof. Dr. Alberto Gaspar Guimar˜aes Universidade Federal Fluminense - UFF

Niter´oi – RJ 2018

(5)

iv

Resumo

Este trabalho apresenta um estudo e implementa¸c˜ao de t´ecnicas de equaliza¸c˜ao adaptativa comuns na literatura, aplicadas a modula¸c˜ao digital, em especial a modula-¸c˜oes compostas por s´ımbolos complexos, como PSK e QAM. A partir da observa¸c˜ao dos efeitos da Interferˆencia Intersimb´olica em sistemas de comunica¸c˜oes digitais, verificou-se o uso de equalizadores lineares e n˜ao-lineares como uma das solu¸c˜oes para amenizar esses efeitos na transmiss˜ao do sinal. Em raz˜ao das diversas t´ecnicas de equaliza¸c˜ao adapta-tiva propostas ao longo dos anos, torna-se necess´ario o estudo e a compara¸c˜ao entre os diferentes tipos de configura¸c˜oes e algoritmos para atualiza¸c˜ao de coeficientes. Assim, foram estudados e implementados em software trˆes tipos de configura¸c˜ao para o estudo: LTE (Linear Transversal Equalizer ), DFE (Decision Feedback Equalizer ) e MLP (Multi-layer Perceptron). Aplicadas a elas, foram usados os algoritmos adaptativos LMS (Least Mean Square) e NLMS (Normalized Least Mean Square), para o LTE e DFE, e o algoritmo Backpropagation para o MLP. As simula¸c˜oes foram feitas utilizando o software MATLAB, onde foram utilizadas sequˆencias de treinamento para cada configura¸c˜ao e, a partir delas, foram analisadas a BER e o tempo de convergˆencia de cada modelo apresentado. A partir da observa¸c˜ao dos dados, as velocidades de convergˆencia e MSE foram medidas, assim como a precis˜ao de cada configura¸c˜ao e os melhores desempenhos. As estruturas DFE apresentaram maior exatid˜ao, enquanto as estruturas LTE apresentaram a menor precis˜ao quando comparadas `as outras, assim como a estrutura MLP apresentou a maior melhora nos valores da BER em rela¸c˜ao `as demais.

Palavras-chave: equaliza¸c˜ao adaptativa, algoritmos adaptativos, equalizador trans-versal, DFE, MLP.

(6)

Abstract

This monograph presents a study and implementation of adaptive equalization te-chnics very known in the literature applied to digital modulation, in particular to digital modulations composed of complex symbols as PSK and QAM. From the observation of the effects of Intersymbol Interference inside digital communications systems it was found that the use of linear and non-linear equalizers could be one of many solutions to mini-mize the impact caused by these effects and achieve a correct signal transmission. Because of the varied adaptive equalization technics it was necessary the study and comparison among different types of settings and coefficient update algorithms. Therefore, for this monograph three types of configurations were studied and implemented by software: LTE (Linear Transversal Equalizer), DFE (Decision Feedback Equalizer) and MLP (Multi-layer Perceptron). Applied to them, the update algorithms LMS (Least Mean Square) and NLMS (Normalized Least Mean Square) to LTE and DFE and the Backpropagation update algoritm for MLP. The simulations were done using the software MATLAB using a training signal for each setting and getting BER curves and convergence time from each structure. From simulations results it was measured the speed of convergence, MSE and efficiency from each setting. Also, it was measured the best performance among different structures. DFE settings achieved best efficiency while LTE settings presented the worst efficiency when compared to the others, just as MLP setting achieved the best BER im-provement when compared to the other structures.

(7)

vi

(8)

Agradecimentos

A Deus, primeiramente. Por todas as bˆen¸c˜aos durante esses anos de estudo. Aos meus pais, Antonio e Elisabete, pelo apoio incondicional, cuidado, incentivo e amor durante esses anos de estudo. Agrade¸co todos os abra¸cos, toda compreens˜ao, toda ora¸c˜ao e todo sacrif´ıcio feito pela minha educa¸c˜ao.

Aos familiares, Lais, Isabela, Josenaldo, Nena e Lili, pelo apoio durante todos os meus anos de estudo e pelas palavras de incentivo e amor.

Ao meu namorado, Victor, por ser o maior incentivador durante todos os anos de faculdade.

Aos melhores amigos, Gabriella e Guilhermy, por cada palavra de incentivo, pelo carinho e pelo orgulho que sempre tiveram de mim durante esse tempo.

Aos amigos do Grupo PET-Tele e da SmartTel Jr, agrade¸co pelos anos de trabalho e por cada encontro e atividade feita em conjunto, ajudando a me tornar uma profissional dedicada e melhor.

Aos amigos feitos na Atl´etica e dentro do Drag˜oes Cheerleading, agrade¸co por tornar os ´ultimos momentos dentro da faculdade uma lembran¸ca feliz, divertida e mais leve.

Ao amigo Gustavo, pela amizade desde o in´ıcio da faculdade e pelo incentivo ao estudo, vindo a se tornar um ´otimo parceiro nessa monografia e em outros trabalhos acadˆemicos.

Ao meu orientador, professor Tadeu, por toda ajuda e incentivo demonstrados nesse per´ıodo de desenvolvimento de trabalho.

Por fim, a todos os colegas e amigos que estiveram presentes de alguma forma durante esses anos de estudo na Universidade Federal Fluminense e que me ajudaram de a tornar todo esse caminho poss´ıvel.

(9)

viii Aos meus pais, Ana Paula e Mauricio, pelo esfor¸co, dedica¸c˜ao e amor. Agrade¸co por todos conselhos recebidos, toda ora¸c˜ao e todo sacrif´ıcio oferecido em prol da minha forma¸c˜ao como pessoa e profissional.

Aos meus irm˜aos, Diego e Ana Carolina, pelo apoio e incentivo durante todos os anos de gradua¸c˜ao.

`

A minha noiva Nathalia, por toda palavra de apoio e toda paciˆencia dedicadas. Agrade¸co por me acompanhar desde antes da entrada no curso de Engenharia e por incentivar meu sonho e sonh´a-lo comigo.

Aos grandes amigos que conquistei enquanto bolsista do Grupo PET-Tele. Agra-de¸co a Roberto, Thiago, Lorraine, Diogo, C´assio, Brenda e Lucas por todos momentos que compartilhamos dentro e fora do ambiente de trabalho.

Aos grandes amigos Paulo Reis, Jhonnes Souza, Leonardo Rivera, Vin´ıcius Trem-mel e Carla Schueler pela amizade dentro e fora de sala de aula. Agrade¸co todo o incentivo ao longo dos ´ultimos anos.

Ao professor Alexandre de la Vega, por toda confian¸ca, comprometimento e ami-zade no per´ıodo em que trabalhamos juntos. Agrade¸co por fazer parte de minha forma¸c˜ao enquanto profissional e cidad˜ao.

Ao meu orientador, professor Tadeu, pela confian¸ca e amizade dedicados a mim. Agrade¸co por toda ajuda oferecida e cada conversa incentivadora.

`

A minha amiga e parceira de trabalho, Paula, pela amizade na vida e parceria no desenvolvimento deste trabalho e de tantos outros durante o per´ıodo de gradua¸c˜ao.

E por fim, agrade¸co a todos os colegas e amigos da Universidade Federal Flumi-nense, que, de alguma forma, contribu´ıram para o desenvolvimento deste trabalho. Em especial, aos professores e colegas do LaProp, pelo acesso ao laborat´orio para realiza¸c˜ao de testes e simula¸c˜oes.

(10)

Lista de Figuras

3.1 Esquema b´asico de Filtro Adaptativo [1]. . . 9

3.2 Diagrama em blocos da Linear Transversal Equalizer [1]. . . 10

3.3 Diagrama em blocos do Decision Feedback Equalizer [1]. . . 11

3.4 Diagrama em blocos do MLP. . . 15

4.1 Diagrama de blocos das simula¸c˜oes. . . 18

4.2 MSE para 100 itera¸c˜oes - Equalizador Transversal LMS. . . 20

4.3 S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - Equalizador Transversal LMS. . . 21

4.4 S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - Equalizador Transversal LMS. . . 21

4.5 Curva da BER do algoritmo LMS do LTE. . . 22

4.6 MSE para 100 itera¸c˜oes - Equalizador Transversal NLMS. . . 23

4.7 S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - Equalizador Transversal NNLMS. . . 23

4.8 S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - Equalizador Transversal NLMS. . 24

4.9 Curva da BER do algoritmo NLMS do LTE. . . 24

4.10 MSE para 100 itera¸c˜oes - LMS DFE. . . 26

4.11 S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - LMS DFE. . . 26

4.12 S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - LMS DFE. . . 27

4.13 Curva da BER do algoritmo LMS do DFE. . . 27

4.14 Erro quadr´atico m´edio (MSE) para 100 itera¸c˜oes - NLMS DFE. . . 28

4.15 S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - NLMS DFE. . . 29

4.16 S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - NLMS DFE. . . 29

4.17 Curva da BER do algoritmo NLMS do DFE. . . 30 4.18 Gr´aficos da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao f e sua derivada para os coeficientes Ah e Bh. 32

4.19 Gr´aficos da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao f e sua derivada para os coeficientes Ao e Bo. 32

(11)

x

4.20 MSE para 10 itera¸c˜oes - MLP. . . 33

4.21 S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - MLP. . . 33

4.22 S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - MLP. . . 34

4.23 Curva da BER do MLP. . . 34

(12)

Lista de Tabelas

(13)

xii

Lista de Siglas

AWGN Additive White Gaussian Noise BER Bit Error Rate

DFE Decision Feedback Equalizer FIR Finite Impulse Response IIR Infinite Impulse Response ISI Intersymbolic Interference LMS Least Mean Square

LTE Linear Transversal Equalizer MLP Multi Layer Perceptron MSE Mean Square Error

NLMS Normalized Least Mean Square SLIT Sistema Linear Invariante no Tempo SNR Signal to Noise Ratio

(14)

Sum´

ario

Resumo iv Abstract v Agradecimentos vii Lista de Figuras x Lista de Tabelas xi

Lista de Siglas xii

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 Motiva¸c˜oes . . . 1

1.2 Objetivo . . . 3

1.3 Organiza¸c˜ao do documento . . . 3

2 Sistemas de Comunica¸c˜oes Digitais 4 2.1 Introdu¸c˜ao . . . 4

2.2 Modelo de Comunica¸c˜ao Digital . . . 4

2.3 Parˆametros de desempenho do sistema . . . 5

2.4 Interferˆencia Intersimb´olica . . . 6

3 Equaliza¸c˜ao Adaptativa 8 3.1 Introdu¸c˜ao . . . 8 3.2 Equalizador Transversal . . . 9 3.3 DFE . . . 10 3.4 Algoritmo LMS . . . 12 xiii

(15)

xiv

3.5 Algoritmo NLMS . . . 13

3.6 Equalizador Neural MLP com algoritmo Backpropagation . . . 14

4 Simula¸c˜oes e Resultados 17 4.1 Introdu¸c˜ao . . . 17 4.2 Equalizador Transversal . . . 19 4.2.1 Algoritmo LMS . . . 19 4.2.2 Algoritmo NLMS . . . 22 4.3 DFE . . . 25 4.3.1 Algoritmo LMS . . . 25 4.3.2 Algoritmo NLMS . . . 28 4.4 MLP . . . 30 4.5 Compara¸c˜ao de resultados . . . 35 5 Conclus˜oes 37

6 Sugest˜oes para trabalhos futuros 38 Referˆencias Bibliogr´aficas 38 A C´odigo: Simula¸c˜ao do sistema de transmiss˜ao 41 B C´odigo: Equalizador linear transversal (LTE) 45 C C´odigo: Equalizador de decis˜ao realimentada (DFE) 48 D C´odigo: Equalizador Neural MLP com algoritmo Backpropagation (BP

(16)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

1.1

Motiva¸

oes

Nos ´ultimos anos, com o objetivo de prover servi¸cos de voz, v´ıdeo, tr´afego de dados de qualidade e com o crescimento das comunica¸c˜oes via r´adio, surgiu a necessidade de desenvolvimento de tecnologias mais confi´aveis, r´apidas e com menores perdas. A busca pelo aprimoramento dos sistemas de telecomunica¸c˜oes ´e constante, a fim de garantir assim a comunica¸c˜ao com melhor experiˆencia para os usu´arios. A partir disso, os sistemas de comunica¸c˜oes digitais conquistaram espa¸co por possibilitar melhorias progressivas de desempenho.

As vantagens desses sistemas s˜ao a transmiss˜ao com menor suscetibilidade a ru´ıdo e ocorrˆencia de erros, possibilidade de integra¸c˜ao de diferentes servi¸cos e maior seguran¸ca da informa¸c˜ao transmitida, al´em de possibilitar enlaces com maiores distˆancias devido a maior facilidade na regenera¸c˜ao do sinal recebido.

Outra vantagem dos sistemas digitais est´a relacionada `a mensura¸c˜ao de qualidade da comunica¸c˜ao com uso da Taxa de Erro de Bits (Bit Error Rate ou BER). A BER refere-se `a rela¸c˜ao entre o total de bits recebidos com erro e o total de bits recebidos. Ela ´e usualmente utilizada como parˆametro para determinar o desempenho e qualidade de sistemas de transmiss˜ao digital.

Em contrapartida, um dos problemas comuns nos sistemas de comunica¸c˜ao ´e a deteriora¸c˜ao do sinal transmitido. As condi¸c˜oes de propaga¸c˜ao influenciam na distor¸c˜ao do sinal na recep¸c˜ao. As principais distor¸c˜oes causadas pelo canal s˜ao fruto dos diversos tipos de desvanecimento. Al´em disso, sinais digitais possuem largura de banda maior em

(17)

2 compara¸c˜ao aos sinais originais anal´ogicos, quando se trata de transmiss˜ao em banda base. Isso decorre do processo de digitaliza¸c˜ao dos sinais, onde a representa¸c˜ao de magnitudes num´ericas ´e dada atrav´es de conjuntos de sinais pr´e-estabelecidos.

Devido a banda larga, o sinal digital ´e mais sens´ıvel `a seletividade em frequˆencia nos canais de propaga¸c˜ao, como tamb´em h´a o surgimento de uma dispers˜ao temporal no sinal. Al´em disso, outro problema presente nas comunica¸c˜oes digitais ´e a Interferˆencia Intersimb´olica (IIS ou ISI, Intersymbol Interference) entre os s´ımbolos transmitidos. Esse fenˆomeno caracteriza-se como um dos agentes que limitam o aumento da eficiˆencia es-pectral dos sistemas de comunica¸c˜ao por impactar na ocorrˆencia de elevados valores de BER.

Uma solu¸c˜ao proposta para amenizar os efeitos da ISI em sistemas de comunica¸c˜oes digitais ´e o uso de t´ecnicas de equaliza¸c˜ao adaptativa para tornar o sinal mais uniforme nas componentes de frequˆencia.

Os equalizadores adaptativos tˆem a caracter´ıstica de ajuste dos coeficientes atrav´es de algoritmos adaptativos. Essa equaliza¸c˜ao ´e feita atrav´es da estima¸c˜ao da fun¸c˜ao de transferˆencia adequada e bem definida a fim de acompanhar as varia¸c˜oes do canal e compensar a distor¸c˜ao linear causada por ele [1] e, a partir dela, aplicar a t´ecnica com parˆametros fixos ou a partir da atualiza¸c˜ao dos coeficientes do equalizador adaptativo.

Diversas t´ecnicas de equaliza¸c˜ao adaptativa tˆem sido propostas ao longo dos ´ ulti-mos anos. Dentre as estruturas mais comuns na literatura, est˜ao o Equalizador Linear Transversal (LTE, Linear Transversal Equalizer ) e o Equalizador por Realimenta¸c˜ao de Decis˜ao (DFE, Decision Feedback Equalizer ), com uso de algoritmos LMS (Least Mean Square) e variantes. Al´em destes, outra estrutura de equalizador que vem sendo ampla-mente estudado nos ´ultimos anos ´e o equalizador neural, baseado na estrutura MLP (Multi Layer Perceptron), com uso de algoritmo Backpropagation. Por sua vez, os equalizadores adaptativos possuem um papel de grande importˆancia nos sistemas de comunica¸c˜ao. O avan¸co no desenvolvimento de sistemas computacionais, que proporcionam processamento mais r´apido, permite o uso de t´ecnicas de equaliza¸c˜ao de maior complexidade computaci-onal e que garantem melhores resultados de BER.

(18)

1.2

Objetivo

O objetivo deste trabalho ´e o estudo e a implementa¸c˜ao em software de t´ecnicas de equaliza¸c˜ao adaptativa baseadas em algoritmos LMS aplicados no ajuste de coeficientes dos equalizadores do tipo transversal e DFE e do algoritmo Backpropagation aplicado `a estrutura MLP.

Ser˜ao implementados os equalizadores adaptativos para compensar as distor¸c˜oes do canal, minimizando algumas distor¸c˜oes relacionadas a fenˆomenos de propaga¸c˜ao e realizar decis˜oes mais precisas sobre os s´ımbolos recebidos. Em seguida, ser˜ao comparados os resultados obtidos entre as estruturas, a fim de valid´a-los e verificar, de fato, as estruturas que melhor se adaptaram `as condi¸c˜oes do modelo de sistema proposto.

1.3

Organiza¸

ao do documento

No Cap´ıtulo 2, ´e realizada uma breve discuss˜ao sobre conceitos b´asicos de mode-lagem de um sistema de comunica¸c˜ao digital, tais como as atribui¸c˜oes de cada dispositivo considerado no modelo. S˜ao descritos tamb´em os parˆametros de an´alise de desempenho do modelo proposto, os quais definem a precis˜ao da simula¸c˜ao e a qualidade do sinal na recep¸c˜ao. Por fim, ´e realizada um estudo sobre a ISI e suas consequˆencias sobre a transmiss˜ao do sinal.

No Cap´ıtulo 3, ´e realizado o estudo sobre equaliza¸c˜ao adaptativa. S˜ao definidas as caracter´ısticas gerais de sistemas equalizadores e suas principais aplica¸c˜oes em sistemas digitais. Al´em disso, s˜ao descritas as estruturas de equalizadores comuns na literatura, tais como o LTE, o DFE e o equalizador neural MLP. Os algoritmos adaptativos utilizados para ajuste dos coeficientes dos equalizadores supracitados tamb´em s˜ao descritos nesse cap´ıtulo. Finalmente, s˜ao abordadas as caracter´ısticas dos algoritmos LMS, NLMS e Backpropagation.

No Cap´ıtulo 4, s˜ao descritas as configura¸c˜oes das estruturas implementadas e mos-trados os resultados das simula¸c˜oes efetuadas. S˜ao apresentadas as curvas de Erro M´edio Quadr´atico (MSE, Mean Square Error ) de cada configura¸c˜ao proposta e suas respectivas curvas de BER. A partir disso, os resultados obtidos s˜ao comparados e analisados.

No Cap´ıtulo 5, s˜ao apresentadas as conclus˜oes a partir dos estudos e implementa-¸c˜oes. E por fim, no Cap´ıtulo 6, s˜ao apresentadas propostas de trabalhos futuros.

(19)

Cap´ıtulo 2

Sistemas de Comunica¸

oes Digitais

2.1

Introdu¸

ao

Nesse cap´ıtulo ´e apresentado o modelo de sistema digital gen´erico, seus conceitos b´asicos e como ´e realizada a an´alise da recep¸c˜ao atrav´es dos parˆametros de desempenho, a fim de determinar a exatid˜ao e precis˜ao entre a informa¸c˜ao transmitida e recebida. S˜ao apresentadas tamb´em formas de avalia¸c˜ao da qualidade do sinal estimado, a fim de reconhecer as distor¸c˜oes do canal e qualificar a transmiss˜ao. Na Se¸c˜ao 2.2 s˜ao mostrados conceitos de modelagem de um sistema de comunica¸c˜ao simplificado em tempo discreto. Na Se¸c˜ao 2.3 s˜ao definidos os parˆametros de desempenho de qualidade de um sistema de comunica¸c˜ao digital. E por fim, na Se¸c˜ao 2.4 ´e realizado um estudo sobre as consequˆencias da ISI na recep¸c˜ao do sinal.

2.2

Modelo de Comunica¸

ao Digital

A proposta b´asica de um sistema de comunica¸c˜ao ´e transportar, por um canal, determinada mensagem gerada por uma fonte de informa¸c˜ao at´e o destino. Devido aos diversos efeitos do canal sobre a transmiss˜ao, na recep¸c˜ao ´e realizada uma estimativa da mensagem recebida. Assim, ´e interessante considerar os efeitos do canal de transmiss˜ao sobre o sinal transmitido na modelagem do sistema de comunica¸c˜ao, com o intuito de tornar a an´alise o mais pr´oximo poss´ıvel ao caso pr´atico.

No modelo proposto, o sinal ´e gerado na fonte e codificado em uma sequˆencia aleat´oria de bits. Os bits dessa sequˆencia s˜ao agrupados em conjuntos de B bits e estes

(20)

conjuntos s˜ao mapeados em modula¸c˜ao M-´aria, onde M = 2B. Na pr´atica, esse

ma-peamento bit-para-s´ımbolo ´e necess´ario para melhorar a eficiˆencia espectral do canal e, consequentemente, possibilitar maiores taxas de transmiss˜ao.

O canal de transmiss˜ao inclui as fun¸c˜oes dos filtros de transmiss˜ao e recep¸c˜ao, utilizados para a conforma¸c˜ao do pulso do sinal de sa´ıda do modulador. Na modelagem em tempo discreto, o conjunto formado pelos filtros e o canal ´e caracterizado como um Sistema Linear Invariante no Tempo (SLIT) e descrito como um filto digital tipo FIR (Finite Impulse Response). Esse formato possibilita a modelagem do canal por uma fun¸c˜ao de transferˆencia n˜ao-recursiva H(z).

A cadeia de recep¸c˜ao ´e composta por um filtro de equaliza¸c˜ao, um detector de s´ımbolos e pelo demodulador. O equalizador compensa as degrada¸c˜oes no sinal devido `

as caracter´ısticas do canal, enquanto o decisor utiliza o crit´erio da m´ınima distˆancia eu-clidiana para a tomada de decis˜ao do s´ımbolo recebido. O demodulador realiza a fun¸c˜ao inversa ao modulador mapeando os s´ımbolos recebidos em conjuntos de B bits.

2.3

Parˆ

ametros de desempenho do sistema

A sequˆencia de bits detectada na recep¸c˜ao ´e uma estimativa do sinal gerado pelo transmissor, ap´os sofrer diversas distor¸c˜oes no canal. A precis˜ao e exatid˜ao da estimativa do sinal recebido ´e medida atrav´es de parˆametros de qualidade de desempenho do sistema de comunica¸c˜ao. Os parˆametros usuais s˜ao a BER e o Erro Quadr´atico M´edio (MSE, do inglˆes Mean Square Error ).

A BER computa a distribui¸c˜ao dos bits recebidos com erro em rela¸c˜ao ao total de bits transmitido durante determinado per´ıodo observado, sendo, normalmente, expressa em ordem logar´ıtmica de base 10. No modelo de comunica¸c˜ao considerado, devido a gera¸c˜ao equiprov´avel dos s´ımbolos na fonte, ´e poss´ıvel mostrar que, para um grande n´umero de realiza¸c˜oes, a taxa de erro de bits converge para a probabilidade de erro anal´ıtica [2].

Estatisticamente, o MSE corresponde a m´edia quadr´atica do erro entre o valor estimado de um s´ımbolo em rela¸c˜ao ao respectivo s´ımbolo transmitido. Esse parˆametro ´e um crit´erio importante para a avalia¸c˜ao do desempenho do estimador. Em cada realiza-¸c˜ao da simula¸c˜ao do sistema ´e gerada uma fun¸c˜ao amostra correspondente aos s´ımbolos

(21)

6 recebidos. Assim, para v´arias realiza¸c˜oes o MSE ´e definido como o valor esperado do quadrado da diferen¸ca entre o sinal estimado e o sinal de referˆencia transmitido. Assim, na k-´esima itera¸c˜ao de uma realiza¸c˜ao, sendo ˜si(k) o i-´esimo s´ımbolo obtido na sa´ıda do

equalizador e si(k) o i-´esimo s´ımbolo de referˆencia transmitido, ent˜ao o MSE ´e dado por

M SE(k) = E[(˜si(k) − si(k))2] (2.1)

e, uma vez que a gera¸c˜ao dos s´ımbolos ´e equiprov´avel, o valor esperado do erro quadr´atico converge para a m´edia e tem-se

M SE(k) = L1 PL

i=1(˜si(k) − si(k))

2, (2.2)

onde L ´e o n´umero de itera¸c˜oes na observa¸c˜ao.

2.4

Interferˆ

encia Intersimb´

olica

Como o sinal digital ´e representado por valores bin´arios, seu formato ´e normalmente representado atrav´es de um pulso retangular e sua transformada de Fourier ´e representada atrav´es da fun¸c˜ao Sample, que possui banda infinita. Como pulsos limitados no tempo n˜ao podem ser limitados em banda [3], o espectro do sinal acaba por ser suprimido pelo canal que possui sua banda limitada. Assim, ocorre um espalhamento temporal no pulso al´em do seu intervalo, causando interferˆencia nos pulsos adjacentes, o que pode causar erros na detec¸c˜ao dos pulsos. Esse fenˆomeno ´e conhecido por Interferˆencia Intersimb´olica (ISI).

Esse problema n˜ao ´e originado em nenhuma fonte de ru´ıdo externa, sendo inerente ao sistema. Uma proposta de solu¸c˜ao para o problema ´e a transmiss˜ao de pulsos que possuam banda limitada, a fim de que sua transmiss˜ao seja correta em canais de banda limitada [3], entretanto, pulsos de banda limitada n˜ao s˜ao limitados no tempo, sobrepondo pulsos e causando a ISI.

Apesar de ser um problema presente em todos os sistemas de comunica¸c˜oes digitais, ´e poss´ıvel combater e minimizar seu efeito. Uma forma de solu¸c˜ao utiliza-se da formata¸c˜ao de pulsos em banda limitada para que haja a menor taxa de erro poss´ıvel e determinar a forma de onda em que o ISI seja eliminada. Outra forma de solu¸c˜ao para o problema ´e uma correta amostragem feita nos momentos onde a interferˆencia n˜ao ocorre, pois as amplitudes dos pulsos podem ser detectadas corretamente, apesar do espalhamento, se n˜ao

(22)

existir ISI no momento de tomada de decis˜ao [3]. Outra solu¸c˜ao proposta ´e a utiliza¸c˜ao de equalizadores adaptativos que ajustam seus coeficientes de acordo com as varia¸c˜oes do canal.

(23)

Cap´ıtulo 3

Equaliza¸

ao Adaptativa

3.1

Introdu¸

ao

O canal seletivo em frequˆencia e o espalhamento do sinal no tempo tamb´em degra-dam a qualidade do sinal na recep¸c˜ao, causando a sobreposi¸c˜ao dos pulsos e acarretando na ISI. Com o objetivo de minimizar o impacto da interferˆencia no sinal recebido ´e utili-zada a equaliza¸c˜ao. Esta consiste na compensa¸c˜ao de amplitude e fase do sinal, atrav´es do uso de filtros digitais. Essa compensa¸c˜ao ´e feita pela associa¸c˜ao do equalizador em cascata com a sa´ıda do canal. Assim, uma vez que os subsistemas (canal e equalizador) podem ser descritos pelas suas respectivas Fun¸c˜oes de Transferˆencias, estima-se na sa´ıda do equalizador uma vers˜ao mais pr´oxima do sinal transmitido.

Para canais sem fio com fast fading, a Fun¸c˜ao de Transferˆencia n˜ao ´e fixa e a ISI ´e variante no tempo. Por isso, t´ecnicas de equaliza¸c˜ao adaptativa s˜ao utilizadas para realizar os ajustes necess´arios aos coeficientes do equalizador a fim de compensar as varia¸c˜oes sobre os s´ımbolos que passaram pelo canal.

Um equalizador adaptativo pode ser entendido como um filtro digital auto-ajust´avel que ajusta seus coeficientes a fim de minimizar uma fun¸c˜ao custo ou erro. Essa fun¸c˜ao custo pode ser a distˆancia medida entre o sinal desejado e a sa´ıda do equalizador adap-tativo [4]. A Figura 3.1 representa o esquema b´asico de um filtro adaptativo. O filtro utiliza as amostras de referˆencia para estimar o s´ımbolo transmitido. Durante a fase de treinamento, compara o sinal desejado (ou transmitido) d(k) com a sa´ıda do filtro y(k) calculando o sinal de erro e(k), e a partir do algoritmo de adapta¸c˜ao, minimiza a fun¸c˜ao custo.

(24)

Figura 3.1: Esquema b´asico de Filtro Adaptativo [1].

De forma geral, equalizadores podem ser classificados como lineares (LTE) ou n˜ ao-lineares (DFE e MLP). As pr´oximas se¸c˜oes apresentam as estruturas de cada tipo am-plamente utilizadas. Posteriormente, ser˜ao apresentados os algoritmos adaptativos para ajuste dos coeficientes desses equalizadores.

3.2

Equalizador Transversal

O equalizador linear transversal ´e a estrutura de filtro adaptativo FIR amplamente utilizado, tamb´em conhecido como tapped delay line, definido por uma fun¸c˜ao de trans-ferˆencia de apenas zeros (all-zeros) [1]. A linha de atrasos ´e implementada com uso de registradores e tˆem a fun¸c˜ao de armazenar as amostras.

Este tipo de equalizador ´e como um combinador linear onde a sa´ıda ´e gerada a partir da combina¸c˜ao linear dos coeficientes do filtro e as amostras do sinal recebido presentes em sua linha de atrasos [5]. A sa´ıda do filtro transversal ´e dada por

(25)

10 onde, wH(k) = [w

0(k), w1(k), ..., wN(k)]H ´e a hermitiana do vetor de coeficientes

comple-xos do filtro adaptativo e x(k) = [x(k), x(k − 1), ..., x(k − N )] ´e o vetor do sinal de entrada representado em linha de atraso.

Figura 3.2: Diagrama em blocos da Linear Transversal Equalizer [1].

A equaliza¸c˜ao com uso de equalizador transversal ´e de simples implementa¸c˜ao. O esquema ´e formado por um filtro avante, ou FIR, seguido de um elemento n˜ao-linear de decis˜ao, ou decisor, conforme mostrado na Figura 3.2. Nos chamados sistemas supervisi-onados, o sinal de sa´ıda do decisor ´e comparado ao sinal transmitido (desejado) e o erro resultante ´e utilizado para ajustar os coeficientes por meio de algoritmos adaptativos. Ao final do per´ıodo de treinamento, o c´alculo ´e feito assumindo que os s´ımbolos obtidos no decisor est˜ao corretos e correspondem a um sinal de referˆencia.

3.3

DFE

Para algumas aplica¸c˜oes, o equalizador transversal linear n˜ao apresenta bons resul-tados. Uma solu¸c˜ao alternativa ´e o Equalizador de Realimenta¸c˜ao de Decis˜ao ou DFE. Sua estrutura n˜ao-linear comporta-se melhor que o equalizador transversal para canais com nulos espectrais ou com n˜ao-linearidade e com diferentes tipos de distor¸c˜oes de canais. Canais com essas caracter´ısticas costumam apresentar maior instabilidade, dificultando a equaliza¸c˜ao. Basicamente, o DFE possui a mesma estrutura do equalizador transversal, acrescido de um filtro de realimenta¸c˜ao, como mostrado na Figura 3.3. A adi¸c˜ao do

(26)

de-cisor, um elemento n˜ao-linear, ao sistema caracteriza o DFE como um filtro n˜ao-linear. Al´em disso, a realimenta¸c˜ao de decis˜oes passadas diminui a ISI quando comparado ao transversal [6].

Figura 3.3: Diagrama em blocos do Decision Feedback Equalizer [1].

Durante a fase de treinamento, o valor assumido na sa´ıda do DFE ´e determi-nado por uma sequˆencia de treinamento (tamb´em chamada de sequˆencia de referˆencia, ou desejada). Esses s´ımbolos da sequˆencia de treinamento s˜ao realimentados no filtro de realimenta¸c˜ao, no entanto, a partir da fase de tomada de decis˜ao, os s´ımbolos equalizados passam pelo decisor e, ent˜ao, ´e admitido que estes ser˜ao os s´ımbolos desejados. Assim, os s´ımbolos decididos s˜ao realimentados na linha de atrasos do filtro de realimenta¸c˜ao.

A resposta do DFE ser´a composta pelas componentes do filtro avante e do filtro de realimenta¸c˜ao. Supondo um filtro avante, com Nf f coeficientes complexos wf f, e o filtro

de realimenta¸c˜ao, com Nf b coeficientes complexos wf b, o sinal de entrada no equalizador

´e ponderado pelos coeficientes wf f e as decis˜oes passadas s˜ao ponderadas por wf b. As

Equa¸c˜oes (3.2) e (3.3) representam as respostas do DFE yf f(k) = wH

f bx(k) (3.2)

(27)

12 onde, wf f(k) e wf b(k) s˜ao os vetores de coeficientes complexos do filtro avante e de

realimenta¸c˜ao, respectivamente. O vetor x(k) = [x(k), x(k − 1), ..., x(k − N )] ´e o sinal de entrada armazenado na linha de atraso do filtro direto. O vetor yd(k) s˜ao os s´ımbolos desejados (do sinal de referˆencia, ou da sa´ıda do decisor) e armazenados no filtro de realimenta¸c˜ao como demonstrado na Equa¸c˜ao (3.4)

yd(k) = yf f(k) − yf b(k) (3.4) onde, yf f(k) yf b(k) s˜ao as sa´ıdas geradas pelo filtro direto e pelo filtro de realimenta¸c˜ao, respectivamente.

3.4

Algoritmo LMS

O algoritmo LMS ´e amplamente utilizado como uma alternativa de aproxima¸c˜ao de baixa complexidade para a solu¸c˜ao ´otima de Wiener. Utiliza o m´etodo de minimiza¸c˜ao do erro quadr´atico m´edio entre a sa´ıda do equalizador e a resposta desejada atrav´es da atualiza¸c˜ao dos coeficientes do equalizador. O algoritmo estima os novos valores dos coeficientes atrav´es de amostras do sinal de entrada, do sinal de erro, do estado atual dos coeficientes e um fator que controla o passo de convergˆencia. O c´alculo ´e realizado de forma recursiva, amostra-a-amostra ap´os cada resultado gerado na sa´ıda do equalizador.

As equa¸c˜oes que definem o comportamento recursivo do algoritmo LMS s˜ao dadas por

e(k) = d(k) − wH(k)x(k) (3.5) w(k + 1) = w(k) + 2µe∗(k)x(k), (3.6) onde e(k) ´e a fun¸c˜ao de erro, d(k) ´e o sinal desejado na sa´ıda do equalizador, x(k) ´e o sinal recebido, w(k) ´e o vetor de coeficientes do filtro e µ ´e o fator de convergˆencia do algoritmo, que deve ser escolhido no intervalo determinado por

0 < µ < λ1

max, (3.7)

onde λmax´e o maior autovalor da matriz de correla¸c˜ao estimada do sinal de entrada. Pode

ser demonstrado que valores de µ nesse intervalo garantem a convergˆencia dos coeficientes e controlam a velocidade de aprendizado [1].

(28)

3.5

Algoritmo NLMS

O Normalized Least Mean Square (NLMS) ´e um algoritmo proposto como alter-nativa de maior velocidade de convergˆencia e sem a necessidade de c´alculo da matriz de correla¸c˜ao estimada do sinal de entrada [1]. O NLMS emprega o uso de um fator de convergˆencia vari´avel, µk, com objetivo de minimizar o erro quadr´atico instantˆaneo

resul-tante, al´em de alcan¸car a convergˆencia de forma mais r´apida em rela¸c˜ao ao LMS. Nesse contexto, µk deve ser escolhido corretamente para alcan¸car o objetivo. A demonstra¸c˜ao

matem´atica desse novo fator de convergˆencia ser´a explicada ao longo dessa se¸c˜ao.

Uma estrat´egia poss´ıvel ´e a redu¸c˜ao do erro quadr´atico instantˆaneo, representado na Equa¸c˜ao 3.9, at´e o menor valor poss´ıvel, pois o erro quadr´atico instantˆaneo ´e uma boa e simples estimativa do MSE.

Sejam as equa¸c˜oes de ajustes dos coeficientes do algoritmo LMS dadas pelas Equa-¸c˜oes 3.5 e 3.6. Substituindo o fator de convergˆencia constante µ pelo fator de convergˆencia vari´avel µk, tem-se a seguinte equa¸c˜ao de atualiza¸c˜ao

w(k + 1) = w(k) + 2µke∗(k)x(k) = w(k) + ∆ ˜w(k). (3.8)

O erro quadr´atico instantˆaneo ´e dado por e2(k) = d2(k) + 2µ

kwH(k)x(k)xH(k)w(k) − 2d(k)wH(k)x(k). (3.9)

Se a mudan¸ca dada por w = w(k) + ∆ ˜w(k) ´e feita no vetor de coeficientes, o novo erro quadr´atico altera-se para

˜e2(k) = e2(k) + 2µ

kwH(k)x(k)xH(k)w(k) − 2d(k)wH(k)x(k) (3.10)

∆e2(k) , ˜e2(k) − e2(k)

= −2∆ ˜wH(k) x(k) e(k) + ∆ ˜wH(k) x(k) xH(k)∆ ˜w(k)

(3.11) O objetivo ´e fazer com que ∆e2(k) alcance valores negativos e m´ınimos. Isso acon-tece devido `a escolha correta de µk, de forma que o fator de convergˆencia seja aumentado.

Substituindo-se ∆ ˜w(k) por 2µke(k)x(k) na equa¸c˜ao 3.11, resulta-se em

∆e2 = −4µke2(k)xH(k)x(k) + 4µ2ke

2(k)[xH(k)x(k)]2. (3.12)

O valor de µk para que ∂∆e

2(k)

(29)

14 µk =

1

2xH(k) x(k). (3.13)

Esse valor de µk leva ∆e2(k) a um valor negativo, correspondendo ao ponto m´ınimo de

∆e2(k).

Usando essa vari´avel como fator de convergˆencia, a equa¸c˜ao para o algoritmo LMS que atualiza os coeficientes ´e dada pela equa¸c˜ao

w(k + 1) = w(k) + e

(k)x(k)

xH(k)x(k). (3.14)

Normalmente, um fator de convergˆencia fixo µ ´e inserido na equa¸c˜ao de atualiza¸c˜ao para controlar o desajuste, pois todas as deriva¸c˜oes s˜ao baseadas em valores instantˆaneos dos erros quadr´aticos e n˜ao no MSE [1]. Um outro parˆametro γ deve ser inclu´ıdo tamb´em na equa¸c˜ao de atualiza¸c˜ao, para o controle do termo xH(k)x(k), quando este se torna

muito pequeno, evitando assim que os valores da Equa¸c˜ao (3.15) se tornem muito grandes. A nova equa¸c˜ao de atualiza¸c˜ao de coeficientes ´e, ent˜ao, por

w(k + 1) = w(k) + µ

γ + xH(k)x(k) e ∗

(k)x(k). (3.15) A equa¸c˜ao 3.15 ´e conhecida como algoritmo Normalized LMS (NLMS).

3.6

Equalizador Neural MLP com algoritmo

Back-propagation

O uso de redes neurais artificiais vem sendo amplamente introduzido no contexto da equaliza¸c˜ao adaptativa [6]. O equalizador neural ´e proposto como solu¸c˜ao alternativa aos equalizadores cl´assicos como o transversal ou DFE por sua capacidade de aprendizado, detec¸c˜ao de padr˜oes e por serem estruturas n˜ao lineares. Dentre as estruturas de redes neurais artificiais mais utilizadas est´a o MLP.

A estrutura do MLP ´e constitu´ıda por um conjunto de neurˆonios que est˜ao dis-postos em camadas, sendo uma camada de entrada (input layer ), uma ou mais camadas ocultas (hidden layers) e uma camada de sa´ıda (output layer ) [7]. A Figura 3.4 repre-senta a estrutura de uma rede MLP. Em cada neurˆonio de caa camada, com exce¸c˜ao da camada de entrada, calcula-se a soma dos valores de sa´ıda dos neurˆonios da camada an-terior adicionadas a um n´ıvel de ajuste (bias). Em seguida, o resultado passa por uma

(30)

fun¸c˜ao n˜ao-linear chamada de fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao f (.), que processa os sinais recebidos de cada neurˆonio. Como ´e poss´ıvel observar na Figura 3.4, todos os neurˆonios de uma camada s˜ao conectados aos neurˆonios da camada seguinte, por´em n˜ao h´a conex˜ao entre os neurˆonios da mesma camada. Al´em disso, na literatura ´e comum denominar a liga¸c˜ao entre neurˆonios de sinapses e pesos sin´apticos o coeficiente multiplicativo entre as liga¸c˜oes.

Figura 3.4: Diagrama em blocos do MLP.

A sa´ıda de um neurˆonio ´e definida como fun¸c˜ao da soma das sa´ıdas dos neurˆonios da camada anterior. Na estrutura MLP, cada neurˆonio possui sua fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao independente, por´em ´e poss´ıvel utilizar a mesma fun¸c˜ao para todos os n´os da rede [1]. Assim, supondo uma estrutura formada por M neurˆonios em uma camada oculta, com destaque para o neurˆonio k de uma camada l, o valor do i-´esimo neurˆonio da camada oculta ´e dada por

y(l)i(k) = f (PMl−1 j=0 w (l) ij (k)x (l) j (k)), (3.16)

onde os coeficientes wij s˜ao os pesos sin´apticos que ponderam as entradas xj e conectam

cada j-´esimo neurˆonio da camada anterior ao i-´esimo neurˆonio da camada posterior. A fun¸c˜ao f (.) ´e a fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao do i-´esimo neurˆonio da camada escondida.

O algoritmo amplamente utilizado para o ajuste dos pesos sin´apticos ´e o chamado algoritmo Backpropagation. O algoritmo realiza a retropropaga¸c˜ao do erro obtido entre a amostra estimada e o sinal de referˆencia atrav´es do m´etodo de minimiza¸c˜ao do erro instantˆaneo. A minimiza¸c˜ao do erro ´e feita a partir do gradiente estoc´astico do erro do estimador.

O algoritmo realiza o ajuste dos pesos sin´apticos da rede aprendendo o comporta-mento do canal e classificando padr˜oes. Assim como o LMS, tem como objetivo a redu¸c˜ao

(31)

16 do erro quadr´atico instantˆaneo entre a sa´ıda do sistema e o s´ımbolo de referˆencia. Em prol da implementa¸c˜ao correta do algoritmo Backpropagation, a fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao deve ser definida para n´umeros complexos [8]. Para tal, pode-se realizar o processamento dos sinais na rede neural atrav´es de uma fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao complexa completa ou, ent˜ao, atrav´es de uma fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao complexa dividida [9].

Na fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao dividida, ´e aplicada a fun¸c˜ao real f nas partes real e imagin´ a-ria na fun¸c˜ao do neurˆonio. Assim, ´e composta a fun¸c˜ao F , tal que F (u) = f (uRe)+if (uIm).

Em [8] ´e proposta uma fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao dividida, definida pela Equa¸c˜ao (3.17).

f (v) = Av + Bsen(Aπv) (3.17) onde v ´e um n´umero real e tanto A quanto B s˜ao constantes que definem o fator de amortecimento da fun¸c˜ao e a n˜ao linearidade.

De maneira similar ao LMS, o algoritmo aplica o ajuste aos pesos sin´apticos da rede proporcionalmente ao valor da derivada parcial da fun¸c˜ao de custo. No c´alculo da derivada parcial da fun¸c˜ao de custo do algoritmo, ´e poss´ıvel mostrar que o valor depende do valor do erro observado e da aplica¸c˜ao da derivada da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao dos neurˆonios [10]. Assim, a Equa¸c˜ao (3.18) apresenta a derivada da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao.

(32)

Cap´ıtulo 4

Simula¸

oes e Resultados

4.1

Introdu¸

ao

O objetivo dessa se¸c˜ao ´e a apresenta¸c˜ao dos resultados obtidos com as simula¸c˜oes das estruturas e dos seus algoritmos utilizados. Al´em disso, s˜ao realizadas a avalia¸c˜ao e a compara¸c˜ao dos resultados em ambiente de simula¸c˜ao. Foram considerados os equaliza-dores e algoritmos adaptativos descritos no Cap´ıtulo 3. Portanto, foram implementados para as simula¸c˜oes os equalizadores LTE e DFE com os algoritmos LMS e NLMS e o equalizador neural MLP com algoritmo Backpropagation. Todas as simula¸c˜oes foram re-alizadas atrav´es do uso do software MATLAB [11]. Os c´odigos utilizados para gerar os resultados obtidos neste trabalho est˜ao apresentados nos apˆendices.

O modelo de simula¸c˜ao do sistema de comunica¸c˜ao foi composto dos blocos des-critos no Cap´ıtulo 2. No transmissor, a sequˆencia aleat´oria de s´ımbolos discretos unifor-memente distribu´ıdos ´e gerada para compor o sinal a ser transmitido. O sinal gerado ´e mapeado em uma constela¸c˜ao de s´ımbolos QPSK de valores {0.707 + 0.707i, 0.707 - 0.707i, - 0.707 + 0.707i, - 0.707 - 0.707i}. Em seguida, o sinal foi transmitido pelo canal com resposta H(z) e foi introduzido o ru´ıdo aditivo branco gaussiano (AWGN) com densidade espectral de potˆencia de ru´ıdo N0. Na recep¸c˜ao, os s´ımbolos recebidos foram equalizados

e submetidos a um decisor que usou o crit´erio da m´ınima distˆancia euclidiana. A Figura 4.1 mostra o diagrama em blocos do modelo de sistema de comunica¸c˜ao utilizada.

(33)

18

Figura 4.1: Diagrama de blocos das simula¸c˜oes.

A fun¸c˜ao de transferˆencia do canal utilizado descrita em [12], ´e mostrada na Equa-¸c˜ao (4.1) e define um SLIT de baixa complexidade, mas que apresenta a caracter´ıstica de um sistema discreto de fase n˜ao-m´ınima. Essa caracter´ıstica ´e devido o fato de pelo menos um dos zeros da fun¸c˜ao de transferˆencia apresentar m´odulo maior que a unidade, e por conseguinte, estar fora do c´ırculo unit´ario no diagrama de zeros do sistema. Essa condi¸c˜ao implica instabilidade no sistema, dificultando o processo de equaliza¸c˜ao.

H(z) = (0.34 − j0.27) + (0.87 + j0.43)z−1+ (0.34 − j0.21)z−2. (4.1) Para avalia¸c˜ao dos equalizadores foi utilizada a t´ecnica de Monte Carlo, na qual foram feitos 1000 experimentos independentes de uma transmiss˜ao com base no cen´ario descrito anteriormente. Em cada realiza¸c˜ao uma sequˆencia aleat´oria de 100.000 s´ımbolos foi gerada, transmitida pelo canal e estimada na recep¸c˜ao. Com isso, foi poss´ıvel obter uma resolu¸c˜ao de ordem 10−8 para an´alise de BER para cada configura¸c˜ao.

A partir das simula¸c˜oes, foram geradas as curvas do erro quadr´atico m´edio (MSE) da fase de treinamento dos coeficientes de cada equalizador estudado para uma Rela¸c˜ao Sinal-Ru´ıdo (SNR) de 20 dB. Com isso, foi poss´ıvel observar a velocidade de convergˆencia dos algoritmos adaptativos, em n´umero de itera¸c˜oes, dadas as caracter´ısticas definidas para cada estrutura. Al´em disso, tamb´em foram obtidas as curvas resultantes da fase de equaliza¸c˜ao, comparando os s´ımbolos estimados na recep¸c˜ao com os s´ımbolos transmitidos. Assim, foi mensurada a BER do sistema para o uso de cada dispositivo equalizador e os gr´aficos com os s´ımbolos equalizados para cada valor de SNR.

(34)

4.2

Equalizador Transversal

Nesta se¸c˜ao s˜ao mostrados os resultados obtidos a partir das simula¸c˜oes para o Equalizador Linear Transversal (LTE) com os algoritmos LMS e NLMS. ´E mostrada a curva obtida da fase de treinamento e convergˆencia dos coeficientes do filtro equalizador e os s´ımbolos equalizados obtidos na sa´ıda dos dispositivos.

A estrutura do filtro utilizado para a constru¸c˜ao do equalizador transversal foi composta de oito atrasadores unit´arios. Dado que o canal ´e de terceira ordem, o atraso de equaliza¸c˜ao utilizado em ambos algoritmos foi de aproximadamente a m´edia entre a ordem do equalizador e a ordem do canal. Assim, o atraso de equaliza¸c˜ao entre o s´ımbolo equalizado e o s´ımbolo transmitido foi de 6 amostras.

4.2.1

Algoritmo LMS

Para o algoritmo LMS, foi utilizado um fator de convergˆencia µ igual a 0.01. Foram testados diferentes valores de µ para a estrutura e verificado que valores abaixo de 0.01 n˜ao apresentavam varia¸c˜ao do MSE ap´os a estabilidade da resposta do equalizador.

A fase de treinamento do equalizador, utilizando o algoritmo LMS, foi realizada com a passagem de 1500 s´ımbolos independentes. O MSE m´edio obtido ap´os a estabiliza-¸c˜ao do ajuste dos coeficientes do filtro foi de aproximadamente 1.26 10−2. A curva do erro quadr´atico m´edio obtido entre os s´ımbolos equalizados e os s´ımbolos transmitidos para SNR de 20 dB ´e mostrada na Figura 4.2.

(35)

20

Símbolos

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Erro Quadrático Médio (MSE)

10-3 10-2

10-1

100

101

Figura 4.2: MSE para 100 itera¸c˜oes - Equalizador Transversal LMS.

Os valores de SNR utilizados na simula¸c˜ao compreenderam o intervalo entre 2 e 20 dB, com intervalo de 2 dB. Foram obtidos os s´ımbolos equalizados na sa´ıda do equalizador utilizando o algoritmo proposto. A Figura 4.3 mostra os s´ımbolos obtidos na sa´ıda do equalizador transversal utilizando o algoritmo LMS antes de passarem pelo decisor. A Figura 4.4 apresenta os s´ımbolos equalizados para a SNR de 20 dB para melhor visualiza¸c˜ao da constela¸c˜ao formada.

(36)

Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2

Figura 4.3: S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - Equalizador Transversal LMS.

A Figura 4.4 representa de forma detalhada a sa´ıda do equalizador para a SNR de 20 dB para melhor visualiza¸c˜ao.

Fase -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Quadratura -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Sequência de símbolos equalizados

Figura 4.4: S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - Equalizador Transversal LMS. A curva da BER obtida para os valores de SNR entre 2 e 20 dB ´e mostrada na Figura 4.5.

(37)

22 SNR 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 BER 10-9 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100

Taxa de Erro de bits (BER) por Relação Sinal Ruído (SNR)

LMS LTE

Figura 4.5: Curva da BER do algoritmo LMS do LTE.

4.2.2

Algoritmo NLMS

Para o algoritmo NLMS, foi utilizado um fator de convergˆencia µ igual a 0.05. O fator utilizado foi maior que o do algoritmo LMS devido ao fato da normaliza¸c˜ao ser feita pelo m´odulo quadrado dos valores de entradas passadas, resultando em uma redu¸c˜ao do valor do coeficiente µk. Assim, a curva do MSE do NLMS apresenta convergˆencia mais

lenta se comparada `a curva do MSE referente ao LMS.

A fase de treinamento do equalizador utilizando esse algoritmo foi realizada com a passagem de 1500 s´ımbolos independentes. O MSE m´edio obtido ap´os a estabiliza¸c˜ao do ajuste dos coeficientes do filtro foi de aproximadamente 1.28 10−2. A curva do erro quadr´atico m´edio obtido entre os s´ımbolos equalizados e os s´ımbolos transmitidos para SNR de 20 dB ´e mostrada na Figura 4.6.

(38)

Símbolos

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Erro Quadrático Médio (MSE)

10-3 10-2

10-1

100

101

Figura 4.6: MSE para 100 itera¸c˜oes - Equalizador Transversal NLMS.

Os valores de SNR utilizados na simula¸c˜ao compreenderam o intervalo entre 2 e 20 dB, espa¸cados em 2 dB. Foram obtidos os s´ımbolos equalizados na sa´ıda do equalizador utilizando o algoritmo proposto. A Figura 4.7 apresenta a evolu¸c˜ao dos s´ımbolos obtidos na sa´ıda do equalizador transversal utilizando o algoritmo NLMS antes de passarem pelo decisor para o intervalo.

Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2

Figura 4.7: S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - Equalizador Transversal NNLMS.

(39)

24 A Figura 4.8 representa de forma detalhada a sa´ıda do equalizador para a SNR de 20 dB para melhor visualiza¸c˜ao.

Fase -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Quadratura -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Sequência de símbolos equalizados

Figura 4.8: S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - Equalizador Transversal NLMS. A curva da BER obtida para os valores de SNR entre 2 e 20 dB ´e mostrada na Figura 4.9. SNR 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 BER 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100

Taxa de Erro de bits (BER) por Relação Sinal Ruído (SNR) NLMS LTE

(40)

4.3

DFE

Nesta se¸c˜ao, s˜ao mostrados os resultados obtidos a partir das simula¸c˜oes para o DFE, tamb´em com uso dos algoritmos LMS e NLMS. S˜ao mostradas as curvas da fase de treinamento e os s´ımbolos equalizados obtidos na sa´ıda dos dispositivos.

A estrutura do filtro utilizado para a constru¸c˜ao do DFE foi composta de dezoito atrasadores unit´arios no filtro direto e dez atrasadores unit´arios no filtro de realimenta¸c˜ao. Essa estrutura foi escolhida depois dos testes de diferentes simula¸c˜oes e essa apresentar o melhor resultado.

Al´em disso, o atraso de equaliza¸c˜ao utilizado no processo de treinamento foi de dez amostras.

4.3.1

Algoritmo LMS

Para o algoritmo LMS dessa configura¸c˜ao, novamente foi utilizado um fator de convergˆencia µ igual a 0.01. Foram testados diferentes valores de µ para a estrutura e ve-rificado que valores abaixo de 0.01 n˜ao apresentavam varia¸c˜ao do MSE ap´os a estabilidade da resposta do equalizador.

A fase de treinamento do equalizador utilizando o algoritmo LMS foi realizada com a passagem de 1500 s´ımbolos independentes. O MSE m´edio obtido ap´os a estabiliza¸c˜ao do ajuste dos coeficientes do filtro foi de aproximadamente 1.35 10−2. A curva do erro quadr´atico m´edio obtido entre os s´ımbolos equalizados e os s´ımbolos transmitidos para SNR de 20 dB ´e mostrada na Figura 4.10.

(41)

26

Símbolos

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Erro Quadrático Médio (MSE)

10-3 10-2

10-1

100

101

Figura 4.10: MSE para 100 itera¸c˜oes - LMS DFE.

Os valores de SNR utilizados na simula¸c˜ao compreenderam o intervalo entre 2 e 20 dB, espa¸cados em 2 dB. Foram obtidos os s´ımbolos equalizados na sa´ıda do equalizador utilizando o algoritmo proposto. A Figura 4.11 apresenta a evolu¸c˜ao dos s´ımbolos obtidos na sa´ıda do equalizador transversal, utilizando o algoritmo LMS antes de passarem pelo decisor para o intervalo.

Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2

(42)

A Figura 4.12 representa de forma detalhada a sa´ıda do equalizador para a SNR de 20 dB para melhor visualiza¸c˜ao.

Fase -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Quadratura -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1

1.5 Sequência de símbolos equalizados

Figura 4.12: S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - LMS DFE.

A curva da BER obtida para os valores de SNR entre 2 e 20 dB ´e mostrada na Figura 4.13. SNR 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 BER 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100

Taxa de Erro de bits (BER) por Relação Sinal Ruído (SNR) LMS DFE

(43)

28

4.3.2

Algoritmo NLMS

Para o algoritmo NLMS, o fator de convergˆencia µ utilizado foi igual a 0.05. O fator utilizado foi maior que o do algoritmo LMS devido ao fato da normaliza¸c˜ao ser feita pelo m´odulo quadrado dos valores de entradas passadas, resultando em uma redu¸c˜ao do valor do coeficiente µk. Assim, a curva do MSE do NLMS apresenta convergˆencia mais

lenta se comparada `a curva do MSE referente ao LMS.

A fase de treinamento do equalizador utilizando o algoritmo NLMS foi realizada com a passagem de 3000 s´ımbolos independentes. Esse valor para a fase de treinamento se deu pela convergˆencia mais lenta do algoritmo NLMS nessa estrutura, sendo necess´aria a passagem de uma maior quantidade de s´ımbolos para se observar a convergˆencia. O MSE m´edio obtido, ap´os a estabiliza¸c˜ao do ajuste dos coeficientes do filtro foi de aproximada-mente 1.28 10−2. A curva do erro quadr´atico m´edio obtido entre os s´ımbolos equalizados e os s´ımbolos transmitidos para SNR de 20 dB ´e mostrada na Figura 4.14.

Símbolos

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000

Erro Quadrático Médio (MSE)

10-3

10-2 10-1

100 101

Figura 4.14: Erro quadr´atico m´edio (MSE) para 100 itera¸c˜oes - NLMS DFE. Os valores de SNR utilizados na simula¸c˜ao compreenderam o intervalo entre 2 e 20 dB, espa¸cados em 2 dB. Foram obtidos os s´ımbolos equalizados na sa´ıda do equalizador utilizando o algoritmo proposto. A Figura 4.15 apresenta a evolu¸c˜ao dos s´ımbolos obtidos na sa´ıda do equalizador transversal utilizando o algoritmo NLMS antes de passarem pelo decisor para o intervalo.

(44)

Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2

Figura 4.15: S´ımbolos equalizados para SNR entre 2 e 20 dB - NLMS DFE. A Figura 4.16 representa de forma detalhada a sa´ıda do equalizador para a SNR de 20 dB para melhor visualiza¸c˜ao.

Fase -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Quadratura -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1

1.5 Sequência de símbolos equalizados

Figura 4.16: S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - NLMS DFE.

A curva da BER obtida para os valores de SNR entre 2 e 20 dB ´e mostrada na Figura 4.17.

(45)

30 SNR 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 BER 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100

Taxa de Erro de bits (BER) por Relação Sinal Ruído (SNR)

NLMS DFE

Figura 4.17: Curva da BER do algoritmo NLMS do DFE.

4.4

MLP

A estrutura de rede neural utilizada foi implementada com 1 camada de entrada, 1 camada oculta e 1 camada de sa´ıda. Para aplica¸c˜oes em equaliza¸c˜ao de canais, trˆes cama-das ´e um valor ´otimo para finalidades pr´aticas [1]. As camadas de entrada e oculta foram implementadas com 10 neurˆonios cada, enquanto a camada de sa´ıda possui 1 neurˆonio. A camada de sa´ıda costuma ter apenas um neurˆonio, pois representa o sinal de sa´ıda do equalizador adaptativo n˜ao-linear. O atraso de equaliza¸c˜ao utilizado para c´alculo do erro entre a amostra equalizada e o sinal de referˆencia foi de 6 amostras, sendo esse valor uma aproxima¸c˜ao da m´edia entre a ordem do canal e a ordem do filtro.

Conforme apresentado na Se¸c˜ao 3.6, a rede utilizou o algoritmo Backpropagation para atualiza¸c˜ao dos pesos sin´apticos entre camadas da estrutura e uma fun¸c˜ao de ativa-¸c˜ao complexa dividida definida por F (x) = f (xRe) + jf (xIm), onde f ´e dada pela Equa¸c˜ao

(3.17). Os valores dos coeficientes A e B da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao foram escolhidos experi-mentalmente, atrav´es de testes de convergˆencia e estabilidade da rede de acordo com o

(46)

n´umero de camadas e neurˆonios por camada. Al´em disso, os valores destes coeficientes foram considerados diferentes para a fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao dos neurˆonios da camada interna e para a fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao do neurˆonio da camada de sa´ıda.

Por fim, foram propostos os coeficientes Ah = −15 e Bh = 0.01 para a camada

oculta, e Ao = 0.05 e Bo = −4 para a camada de sa´ıda. Assim, as express˜oes obtidas a

partir das Equa¸c˜oes (3.17) e (3.18), para a camada oculta, s˜ao definidas pelas Equa¸c˜oes (4.2) e (4.3).

f (v) = −(15v + 0.01sen(15πv)) (4.2) f0(v) = −(15 + 0.15πcos(15πv) (4.3) Para a camada de sa´ıda, as equa¸c˜oes da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao s˜ao dadas pelas Equa-¸c˜oes (4.4) e (4.5).

f (v) = 0.05v − 4sen(0.05πv)) (4.4) f0(v) = 0.05 − 0.2πcos(0.05πv) (4.5) Assim, os gr´aficos de f e de sua derivada para os coeficientes utilizados s˜ao mos-trados nas Figuras 4.18 e 4.19.

(47)

32 z -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f(z) -30 -20 -10 0 10 20 30 z -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 df(z)/dz -15.5 -15.4 -15.3 -15.2 -15.1 -15 -14.9 -14.8 -14.7 -14.6 -14.5

Figura 4.18: Gr´aficos da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao f e sua derivada para os coeficientes Ah e Bh.

z -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 f(z) -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 z -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 df(z)/dz -0.6 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0 0.1

Figura 4.19: Gr´aficos da fun¸c˜ao de ativa¸c˜ao f e sua derivada para os coeficientes Ao e Bo.

Foram feitas dez realiza¸c˜oes independentes do treinamento da rede e obtido o erro quadr´atico m´edio destas realiza¸c˜oes. Em cada realiza¸c˜ao, a rede foi treinada com uma sequˆencia 5000 s´ımbolos. A curva do MSE resultante ´e mostrada na Figura 4.20, que mostra uma convergˆencia mais lenta em compara¸c˜ao aos demais equalizadores.

(48)

Símbolos

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000

Erro Quadrático Médio (MSE)

10-3 10-2 10-1 100 101 102

Figura 4.20: MSE para 10 itera¸c˜oes - MLP.

Os valores de SNR utilizados na simula¸c˜ao compreenderam o intervalo entre 2 e 20 dB, espa¸cados em 2 dB. Foram obtidos os s´ımbolos equalizados na sa´ıda do equalizador utilizando o algoritmo proposto. A Figura 4.21 apresenta a evolu¸c˜ao dos s´ımbolos obtidos na sa´ıda do equalizador transversal utilizando o algoritmo NLMS antes de passarem pelo decisor para o intervalo.

Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2 Fase -2 0 2 Quadratura -2 -1 0 1 2

(49)

34 A Figura 4.22 representa de forma detalhada a sa´ıda do equalizador para a SNR de 20 dB para melhor visualiza¸c˜ao.

In-Phase -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Quadrature -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Sequência de símbolos equalizados

Figura 4.22: S´ımbolos equalizados para SNR 20 dB - MLP.

Ap´os o treinamento da rede e verificada a estabilidade do MSE, a curva de BER resultante para o MLP ´e apresentada na Figura 4.23.

SNR 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 BER 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100

Taxa de Erro de bits (BER) por Relação Sinal Ruído (SNR) BP MLP

(50)

4.5

Compara¸

ao de resultados

Conforme apresentado, foram obtidas as caracter´ısticas de desempenho do sistema de comunica¸c˜ao estudado a partir do uso dos tipos de equalizadores simulados e algoritmos utilizados.

A seguir, na Tabela 4.1, s˜ao apresentados os valores m´edios de MSE para qual a estabilidade dos dispositivos era not´oria. Atrav´es dos gr´aficos de MSE de cada confi-gura¸c˜ao utilizada foi poss´ıvel verificar o valor m´edio de convergˆencia da configura¸c˜ao e tamb´em a velocidade de convergˆencia, em s´ımbolos, que cada estrutura apresenta. Dessa forma, para cada equalizador implementado foram obtidos os seguintes resultados para a velocidade de convergˆencia m´edia e MSE para a SNR de 20 dB.

Equalizador Vel. de convergˆencia (s´ımbolos) MSE LTE - LMS 500 1.26 10−2 DFE - LMS 500 1.35 10−2 LTE - NLMS 1000 1.28 10−2 DFE - NLMS 2000 1.28 10−2 BP MLP 2500 1.25 10−2

Tabela 4.1: Parˆametros obtidos nas simula¸c˜oes.

O algoritmo LMS apresentou convergˆencia mais r´apida em rela¸c˜ao aos demais al-goritmos utilizados. No caso dos equalizadores LTE e DFE, a varia¸c˜ao do fator de conver-gˆencia µk, no algoritmo NLMS, deu-se para valores menores que o fator de convergˆencia

µ utilizado no algoritmo LMS. Por esse motivo, a convergˆencia dos filtros equalizadores com uso do algoritmo NLMS foi mais lenta.

A rede neural MLP implementada apresentou o menor velocidade de convergˆ en-cia. Naturalmente, a estrutura apresenta maior complexidade, realizando mais somas e multiplica¸c˜oes que as demais, aliado ao fato de que esta configura¸c˜ao ´e sens´ıvel `as con-di¸c˜oes iniciais dos valores dos pesos sin´apticos, uma vez que foram iniciados com valores complexos aleat´orios, a rede teve o comportamento inicial mais lento, por´em com MSE ligeiramente menor ap´os o per´ıodo de estabiliza¸c˜ao.

Para a an´alise de BER obtida nas simula¸c˜oes, era esperado que as estruturas ba-seadas no algoritmo NLMS apresentassem melhores resultados em rela¸c˜ao `as estruturas

(51)

36 baseadas no LMS. Al´em disso, esperava-se a melhor resposta no comparativo geral pro-veniente do equalizador neural, devido sua maior complexidade computacional. A Figura 4.24 mostra os valores de BER em fun¸c˜ao dos valores de SNR aplicados.

SNR 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 BER 10-9 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100

Taxa de Erro de bits (BER) por Relação Sinal Ruído (SNR)

LMS LTE NLMS LTE LMS DFE NLMS DFE BP MLP

Figura 4.24: BER para as diferentes configura¸c˜oes de equalizadores adaptativos. Portanto, todas estruturas apresentaram resultados razo´aveis e pr´oximos, sem di-feren¸cas significativas at´e a SNR de 8 dB. A partir desse valor, os equalizadores reali-mentados (LMS DFE e NLMS DFE) mostraram menor erro nos s´ımbolos estimados, e consequentemente, nos bits. Isso foi devido o uso do canal de baixa complexidade, o que favoreceu o desempenho de todas estruturas.

O equalizador neural (BP MLP) apresentou BER ligeiramente maior, na compa-ra¸c˜ao as demais estruturas para SNR entre 2 e 12 dB. Por´em, a BER passa a melhorar a partir de 14 dB, e converge a zero a partir de 18 dB.

Os filtros LTE apresentaram pior desempenho sendo a ´unica estrutura a apresentar erros de bits para SNR de 18 dB. Al´em disso, a partir de 14 dB, essas estruturas passam apresentar as maiores taxas de erro de bits.

(52)

Cap´ıtulo 5

Conclus˜

oes

O presente trabalho teve como objetivo o estudo de algoritmos adaptativos e es-truturas de equaliza¸c˜ao para a implementa¸c˜ao em software e simula¸c˜ao de um modelo de sistema de comunica¸c˜ao. Foi proposto o estudo dos algoritmos LMS e NLMS em suas ver-s˜oes complexas aplicados `as estruturas de equalizador transversal e DFE. Al´em disso, foi estudada a rede neural baseada na estrutura MLP com uso do algoritmo Backpropagation complexo.

Nas simula¸c˜oes efetuadas, foi considerado um cen´ario composto de um canal de fase n˜ao m´ınima e com modula¸c˜ao bidimensional QPSK. Foram implementados os equalizado-res estudados e seus equalizado-respectivos algoritmos de adapta¸c˜ao de coeficientes. Para avalia¸c˜ao dos equalizadores foram feitos 1000 experimentos independentes, sendo geradas sequˆ en-cias aleat´orias de 100.000 s´ımbolos em cada realiza¸c˜ao. A partir disso, foram obtidas as curvas de MSE e BER para cada dispositivo. Atrav´es destes resultados, foi poss´ıvel analisar quais as estruturas apresentaram melhor desempenho para o cen´ario proposto.

A partir dos resultados obtidos verificou-se que os filtros DFE apresentaram melhor precis˜ao nos s´ımbolos estimados. Al´em disso, o equalizador neural MLP apresentou uma melhora consider´avel nos valores de BER a partir de 18 dB quando comparado `as outras estruturas. Dentre todas as estruturas estudadas, as configura¸c˜oes com LTE apresentaram menor erro.

Todas as estruturas apresentaram resultados similares at´e 8 dB de SNR devido `a baixa complexidade do canal, favorecendo o desempenho de todas as estruturas e tornando os resultados mais pr´oximos.

(53)

38

Cap´ıtulo 6

Sugest˜

oes para trabalhos futuros

Para trabalhos futuros, ser˜ao utilizados os equalizadores adaptativos implemen-tados em c´odigo MATLAB em diferentes cen´arios. Os dispositivos ser˜ao aplicados na equaliza¸c˜ao de canais com respostas de caracter´ısticas distintas `as apresentadas nesse trabalho. Ser´a analisado o desempenho de cada estrutura para canais com fun¸c˜oes de transferˆencia de maior ordem, em modelos de canais do tipo Resposta ao Impulso Infinita (ou IIR, do inglˆes Infinite Impulse Response) e, tamb´em, para canais variantes no tempo.

(54)

Bibliografia

[1] Diniz, P. Adaptative Filtering Algorithms. Rio de Janeiro: Springer, 2013.

[2] Tranter, W. Principles of Communication Systems Simulation with Wireless Appli-cations. Prentice Hall Professional Technical Reference, 2004.

[3] Lathi, B. P. Modern Digital and Analog Communication Systems. Oxford University Press, 1998.

[4] Apolinario Jr., J. QRD-RLS Adaptive Filtering. Springer, 2009. [5] Haykin, S., Van Veen, B. Signals and Systems. Wiley, 1999.

[6] Te´ofilo, M. Equaliza¸c˜ao N˜ao-Linear de Canais de Comunica¸c˜ao. Escola Polit´ecnica, Universidade de S˜ao Paulo, 2001.

[7] Adali, T., Haykin, S. Adaptive Signal Processing: Next Generation Solutions. John Wiley & Sons, 2010.

[8] You, C., Hong, D. “Adaptive Equalization Using the Complex Backpropagation Algorithm”. Proceedings of International Conference on Neural Networks (ICNN’96) 4 (1996), pp. 2136–2141. doi: 10.1109/ICNN.1996.549232.

[9] Kim, T., Adali, T. “Fully Complex Multi-Layer Perception Network for Nonlinear Signal Processing”. Journal of VLSI Signal Processing 32.1 (2002), pp. 29–43. doi: 10.1023/A:1016359216961.

[10] Haykin, S. Neural Networks and Learning Machines. Pearson Education, 2011. 39

(55)

BIBLIOGRAFIA 40 [11] MATLAB. Communications System Toolbox. url: https://www.mathworks.com/

help/comm/index.html?s_cid=doc_ftr (acesso em 24/06/2018).

[12] Chen, S., MacLauhlin, S., Mulgrew, B. “Complex-valued radial basis function network, Part II: Aplication to digital communications channel equalisation”. Signal Proces-sing 36.1 (1994), pp. 175–188. doi: 10.1016/0165-1684(94)90187-2.

[13] Rappaport, T. Wireless Communications. New Jersey: Prentice Hall, Inc., 1996. [14] Diniz, P., Silva, E. d., Neto, S. Digital Signal Processing. Cambridge: Cambridge

University Press, 2002.

[15] Jeruchim, M., Balaban, P., Shanmugan, S. Simulation of Communication Systems. Springer, 2000.

[16] Graham, A., Kirkman, N., Paul, P. Mobile Radio Network Design in the VHF and UHF Bands: A Practical Approach. Wiley–Blackwell, 2006.

[17] Manolakis, D. G., Manolakis, D., Ingle, V., Kogon, S. Statistical and Adaptive Signal Processing. Artech House Print on Demand, 2005.

[18] Guimar˜aes, A., Pinto, E. “T´ecnicas de Simula¸c˜ao de Canais R´adio M´oveis”. Revista Cient´ıfica Peri´odica - Telecomunica¸c˜oes 4.1 (2001), pp. 24–34. issn: 1516-2338. [19] Leung, H., Haykin, S. “The Complex Backpropagation Algorithm”. IEEE

Transac-tions on Signal Processing 39.9 (1991), pp. 2101–2104. doi: 10.1109/78.134446. [20] Belfiore, C., Park Jr., J. H. “Decision Feedback Equalization”. Proceedings of the

IEEE 67.8 (1979), pp. 1143–1156. doi: 10.1109/PROC.1979.11409.

[21] Sousa, T. d. Equaliza¸c˜ao Neural Aplicada a Sistemas com Modula¸c˜ao Bidimensional em Fibra ´Optica. Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013.

[22] Santos, C. d. Estima¸c˜ao de Canais de HF Usando o Algoritmo LMS Para Aplica¸c˜ao em Equaliza¸c˜ao DFE. Instituto Militar de Engenharia, 2007.

(56)

Apˆ

endice A

odigo: Simula¸

ao do sistema de

transmiss˜

ao

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % Desenvolvimento de um modelo de sistema de % % comunica¸c~ao para an´alise de desempenho de % % equalizadores adaptativos. %

% %

% Trabalho de Conclus~ao de Curso % % Engenharia de Telecomunica¸c~oes % % Universidade Federal Fluminense %

% %

% Autores: GUSTAVO ARAUJO MACHADO % % PAULA DO NASCIMENTO WOYAMES %

% %

% Orientador: Prof. Dr. Tadeu N. Ferreira % % Co-Orientador: Prof. Dra. Leni J. de Matos %

% %

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% format long e

% Par^ametros do sistema

% ModConst - Ordem de modula¸c~ao M-´aria utilizada % bps - Bits por s´ımbolo

Referências

Documentos relacionados

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

Por último, temos o vídeo que está sendo exibido dentro do celular, que é segurado e comentado por alguém, e compartilhado e comentado no perfil de BolsoWoman no Twitter. No

Pretende-se investigar se existe relação entre a inclusão da companhia no Índice Carbono Eficiente – ICO2 com relação a outras que não estejam listadas no referido

Contribuir para o desenvolvimento de produtos finais concretos (metodologias, processos, ferramentas de trabalho, políticas públicas, etc.), que sejam “novas portas

Frondes fasciculadas, não adpressas ao substrato, levemente dimórficas; as estéreis com 16-27 cm de comprimento e 9,0-12 cm de largura; pecíolo com 6,0-10,0 cm de

Dessa forma, a pesquisa teve como objetivo geral: analisar se a adaptação do currículo regular pode ser utilizada pelos professores de Língua Portuguesa para

Apresenta a Campanha Obra-Prima, que visa a mudança comportamental por meio da conscientização diante de algumas atitudes recorrentes nas bibliotecas da

O mecanismo de competição atribuído aos antagonistas como responsável pelo controle da doença faz com que meios que promovam restrições de elementos essenciais ao desenvolvimento