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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 2018.

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Academic year: 2021

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 2018.

A DIRETORA DA FACULDADE DE ARTES, LETRAS E COMUNICAÇÃO da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, resolve:

Designar os Professores Marcos Paulo da Silva, matrícula Siape nº 1999393, Rose Mara Pinheiro, matrícula Siape nº 2319964, Márcia Gomes Marques, matrícula Siape nº 2377243, Gustavo Rodrigues Penha, matrícula Siape nº 2340247, Hélio Augusto Godoy de Souza, matrícula Siape nº 6433496, Joaquim Sérgio Borgato, matrícula Siape nº 2191531 e Ramiro Giroldo, matrícula Siape nº 2274878, para sob a Presidência do primeiro, comporem a Comissão para Revisão do Projeto Pedagógico do Curso de Cinema e Audivisual da FAALC/UFMS.

VERA LUCIA PENZO FERNANDES Documento assinado eletronicamente por Vera Lucia Penzo Fernandes, Diretor(a), em 18/05/2018, às 16:46, conforme horário oficial de Mato Grosso do Sul, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A auten cidade deste documento pode ser conferida no site h ps://sei.ufms.br /sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&

id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 0510318 e o código CRC DDE7191D.

GABINETE DA DIREÇÃO DA FACULDADE DE ARTES, LETRAS E COMUNICAÇÃO Av Costa e Silva, s/nº - Cidade Universitária

Fone: (67)3345-7550 CEP 79070-900 - Campo Grande - MS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ANÁLISE E PARECER A RESPEITO DE

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE

CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NA UFMS

Prof. Dr. Hélio A. G. Souza (Mestrado em Comunicação) - Presidente Prof. Dr. Luiz Felipe de Oliveira (Licenciatura em Música) Profa. Dra. Rosana Zanelatto (Mestrado em Estudos de Linguagem)

Prof. Me. Silvio Pereira (Bacharelado em Jornalismo)

Elaborado pela comissão institucional criada pela Instrução de Serviço CCHS nº 30, de 19 de fevereiro de 2014 a partir de solicitação da Associação de Cinema e Vídeo de MS, através de encaminhamento da Reitoria da UFMS.

CAMPO GRANDE MATO GROSSO DO SUL

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ANÁLISE E PARECER A RESPEITO DE PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NA UFMS

Comissão Institucional:

Instrução de Serviço CCHS nº 30, de 19 de fevereiro de 2014: Prof. Dr. Hélio A G Souza (Mestrado em Comunicação) – presidente Prof. Dr. Luiz Felipe Oliveira ( Licenciatura em Música)

Profa. Dra. Rosana Zanelatto (Mestrado em Estudos de Linguagem) Prof. Me. Silvio Pereira (Bacharelado em Jornalismo)

Apoio para a elaboração da análise:

Jornalista Airton Fernandes (Associação de Cinema e Vídeo de MS)

Publicitário Orivaldo Mendes Junior (Associação de Cinema e Vídeo de MS) Membros da Diretoria da Associação de Cinema e Vídeo de Mato Grosso do Sul.

RESUMO DA ANÁLISE A RESPEITO DE PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NA UFMS

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Cinema:

1) Parecer CNE/CES nº 44/2006, aprovado em 21 de fevereiro de 2006 (Anexo 1, pag. 47) que contém a Proposta de Diretrizes Curriculares para os Cursos Superiores de Cinema e Audiovisual;

2) Resolução CNE/CES nº 10/2006, de 27 de junho de 2006 (Anexo 2, pag. 57)

CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL

Objetivos: formação profissional para atuação em produção e realização audiovisual (cinema, vídeo, fotografia, televisão e áreas correlatas)

Vagas: 40 Alunos Ingressantes Carga Horária: 2.700 horas/aula Duração: 4 anos

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DEMANDA DE INFRAESTRUTURA

Espaço Físico: prédio contendo 4 salas de aulas para 50 alunos, sala para 20 computadores, sala com 4 ilhas de edição, sala de projeção para cinema digital para 100 lugares, estúdio de som com sala de mixagem de áudio, sala de almoxarifado para equipamentos de filmagem, estúdio de fotografia e vídeo, estúdio de televisão com switcher, sala de arquivo de filmes, secretaria, salas para 10 professores; com área de 1000 m2 . (descrição detalhada a seguir)

Equipamentos: câmeras de filmagem e acessórios, gravadores digitais de áudio, equipamentos para estúdio de TV, ilhas de edição de vídeo, sistemas digitais de mixagem de áudio, equipamentos de iluminação, projetor e servidor de cinema digital, computadores, e mobiliário diverso (descrição detalhada a seguir).

Custos: Espaço Físico – R$ 2.100.000,00; Equipamentos - R$ 3.109.975,87 TOTAL DE INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA – R$ 5.209.975,87

DEMANDA DE PESSOAL

Contratação de Docentes durante os 4 anos de implantação:

Mínimo: 8 docentes (sendo 3 para Teorias/História e 5 para Práticas/Tecnologia) = 2 docentes por ano de implantação durante 4 anos;

Máximo: 10 docentes (sendo 5 para Teorias/História e 5 para Práticas/Tecnologia) = 2 docentes no 1º. e 2º. Anos, por ano de implantação durante os 2 primeiros; 3 docentes no 3º. e 4º. Anos, por ano de implantação durante os últimos anos.

Contratação de técnicos administrativos no primeiro ano de implantação: Mínimo: 4 técnicos administrativos (sendo 1 secretário e 3 técnicos audiovisuais).

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PARECER A RESPEITO DE PROPOSTA DE

IMPLANTAÇÃO DE CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NA UFMS

Após estudo detalhado, apresentado na ANÁLISE DETALHADA DA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NA UFMS (pag. X), a comissão institucional considerou:

1) A origem da demanda, a partir de uma organização não governamental, que representa produtores audiovisuais interessados em fomentar a produção audiovisual no estado;

2) Que o contexto da legislação nacional é propício ao desenvolvimento de uma produção audiovisual regional;

3) A existência de normatização junto ao Conselho Nacional de Educação / MEC, a respeito das diretrizes curriculares de Cursos de Cinema e Audiovisual;

4) A existência de 14 IFES com cursos de graduação relacionados à área de Cinema e Audiovisual;

5) A ausência de Cursos de Cinema e Audiovisual em IFES num raio de aproximadamente 500Km a partir da cidade de Campo Grande (o mais próximo localiza-se na Universidade Federal de São Carlos no interior do estado de São Paulo);

6) Que no contexto regional existe um aumento de oportunidades para a atividade de produção audiovisual;

7) A existência de cursos e projetos na UFMS, que propiciariam um ambiente intelectual próprio às discussões em torno do tema Cinema e Audiovisual; 8) E finalmente que a implantação de um Curso de Cinema e Audiovisual na

UFMS, representará um avanço no desenvolvimento social, cultural e econômico do estado.

Assim, a Comissão demonstrou interesse na criação de um Curso de Cinema e Audiovisual de qualidade na UFMS.

Necessário ressaltar que a Comissão considerou também as demandas de infraestrutura e de pessoal necessárias para a implantação de um Curso de Cinema e Audiovisual de qualidade na UFMS:

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1) Será necessário um investimento da ordem de R$ 5.210.000,00 em gastos com infraestrutura (espaço físico e equipamentos);

2) Será necessária a contratação entre 8 a 10 docentes, e de pelo menos 4 técnicos administrativos.

A Comissão entende que somente com o desenvolvimento de um projeto objetivo, com recursos financeiros suficientes, será possível tal implantação.

Finalmente, frente a todas as considerações acima apresentadas, a Comissão posiciona-se favoravelmente à criação de um Curso de Cinema e Audiovisual na UFMS, com a devida implantação de infraestrutura física e de pessoal necessários a esse curso.

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ANÁLISE DETALHADA DE PROPOSTA A RESPEITO DE IMPLANTAÇÃO DE CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL NA UFMS

SUMÁRIO

1) Origem da demanda...pag. 08 2) O contexto nacional do setor audiovisual...pag. 08 2.1) O contexto dos Cursos de Cinema e Audiovisual no MEC e nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES)...pag. 14 3) O contexto regional do setor audiovisual...pag. 22 4) O contexto interno na UFMS...pag. 25 4.1) Ensino...pag. 25 4.1.1) Cursos de Graduação Relacionados...pag. 25 4.1.2) Cursos de Pós-Graduação Relacionados...pag. 28 4.2) Pesquisas relacionadas em andamento...pag. 29 4.3) Projetos de Extensão relacionados em andamento...pag.29 5) Curso de Cinema e Audiovisual: Estrutura Curricular...pag. 31 6) Curso de Cinema e Audiovisual: Infraestrutura e Pessoal...pag. 37 6.1) Demandas de Infraestrutura...pag. 38 6.1.1) Espaço Físico...pag. 39 6.1.2) Equipamentos...pag. 38 6.2) Demandas de Pessoal e Áreas de Conhecimento...pag. 41 6.2.1) Docentes...pag. 41 6.2.2) Técnicos Administrativos...pag. 44 7) Anexos

7.1) Anexo 1...pag. 47 Parecer CNE/CES nº 44/2006, aprovado em 21 de fevereiro de 2006

7.2) Anexo 2...pag. 57 Resolução CNE/CES nº 10/2006, de 27 de junho de 2006

7.3) Anexo 3...pag. 63 Ofício no. 22/2013 de 13 de dezembro de 2013, da Associação de Cinema e Vídeo de Mato Grosso do Sul

7.4) Anexo 4...pag. 69 TABELA: Curso de Cinema e Audiovisual - distribuição das disciplinas ao longo dos quatro anos

7.5) Anexo 5...pag. 73 TABELA: Estrutura do Curso de Cinema e Audiovisual - Contratação de professores ao longo dos quatro anos, cada cor representa um professor e suas atribuições didático-pedagógicas.

7.6) Anexo 6...pag. 77 TABELA: Contratação mínima de professores ao longo dos quatro anos, cada padrão gráfico representa um professor e suas atribuições didático-pedagógicas.

7.7) Anexo 7...pag. 81 TABELA: Descrição de equipamentos audiovisuais, mobiliário e conforto térmico para Curso de Cinema e Audiovisual

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1) Origem da demanda

A Associação de Cinema e Vídeo de MS (ACV-MS), encaminhou o ofício no. 22/2013, de 13/12/2013 (Anexo 3 pag. 63), à Reitoria da UFMS, no qual solicitava a implantação de um Curso de Audiovisual na UFMS que venha a contemplar:

“os requisitos da contemporaneidade tecnológica e mercadológica, a saber: a integração das novas tecnologias digitais midiáticas, os conhecimentos de linguagem acumulados ao longo de mais de 100 anos de existência do cinema, bem como as novas oportunidades propiciadas pelo mercado de games e animações.”

A solicitação foi encaminhada à Diretoria do CCHS que instituiu comissão provisória, (Instrução de Serviço no. 30 de 19 fevereiro de 2014) constituída pelos professores acima nomeados, para “elaborar proposta de criação do Curso de Audiovisual”, no prazo de 60 dias, prorrogado por mais 60 dias.

Esta comissão entende que a elaboração de uma proposta completa de criação de um Curso de Audiovisual, implicaria na produção de um Projeto Pedagógico, o que seria demasiado para essa comissão. Essa posição é justificada, pois, para a criação de um curso e a elaboração de seu projeto pedagógico, é necessário antes o posicionamento de inúmeras instâncias decisórias da UFMS.

Assim, a comissão elaborou este parecer com uma visão panorâmica do campo do audiovisual, mas com suficiente aprofundamento para subsidiar as deliberações dos órgãos superiores da UFMS.

2) O contexto nacional do setor audiovisual

A história do cinema brasileiro, de acordo com Paulo Emílio1, possui fases bastante definidas, desde o seu aparecimento em 1896 quando surgem as primeiras salas de cinema. Essa primeira fase vai até 1912 e caracteriza-se por filmes a respeito de crimes, sendo que a produção e a exibição dos filmes eram desenvolvidas pelas mesmas empresas. De 1913 a 1922 há um refluxo na produção, mas surgem os primeiros cinegrafistas brasileiros, já que anteriormente havia o predomínio de imigrantes italianos. De 1923 a 1933 ocorrem ciclos regionais, sendo destaque os filmes de Humberto Mauro, feitos na cidade de Cataguases, em Minas Gerais. É deste período também o filme Alma do Brasil de Alexandre Wulfes, feito em Campo Grande, MS.

1

Paulo Emílio Salles Gomes. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. 2ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.

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O cinema falado brasileiro desenvolve-se entre 1934 e 1949, principalmente na empresa carioca Cinédia de Adhemar Gonzaga, onde são produzidas as chanchadas musicais que entram em competição direta com os filmes importados. O cinema paulista desenvolve-se entre 1950 e 1960, com a implantação da Companhia Vera Cruz, e traz a proposta de criação de uma verdadeira indústria cinematográfica, impulsionada pela industrialização do estado de São Paulo. Entre 1960 e 1970 observa-se uma onda criativa que ficou conhecida como a fase do Cinema Novo Brasileiro, na qual o protagonista era Glauber Rocha cujo primeiro longa metragem, Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963) foi indicado para a seleção do Festival de Cannes na França . Mas, já em 1959, houve o prenuncio dessa fase com o filme Rio 40 Graus de Nelson Pereira dos Santos, no qual a atriz Glauce Rocha de Campo Grande, MS, ganhava destaque nacional.

Em 1969 foi criada a EMBRAFILME S/A, uma empresa estatal cujo objetivo era fomentar e distribuir os filmes brasileiros. Apesar do cerceamento à liberdade de expressão, característica do regime militar implantado a partir de 1964, houve grande desenvolvimento da produção cinematográfica com maior elaboração técnica e de linguagem pois os cineastas estavam amparados pela Embrafilme S/A. No período de 1970 a 1980 ocorre também uma produção independente de filmes com chanchadas de apelo sexual, produzidos em São Paulo. Interessante notar que o ator e produtor cinematográfico David Cardoso é um dos ícones desse período, tendo produzido várias películas na região do atual Mato Grosso do Sul.

O período de 1980 a 1990 caracteriza-se pelo surgimento de novos cineastas oriundos de escolas de cinema, com ênfase na produção de curta-metragens. Mas ao final do período, o setor audiovisual brasileiro sofreu sua pior crise quando a Embrafilme S/A foi dissolvida em 1990 pelo programa de desestatização durante o governo Collor. Sem o financiamento da atividade de produção cinematográfica e sua distribuição, o cinema brasileiro repentinamente ficou sem nenhum mecanismo de apoio à produção.

A partir de então foi criado um novo modelo de produção audiovisual no Brasil, influenciado pelas ideias de isenção fiscal para investimentos culturais introduzidas inicialmente pela Lei Rouanet e depois aplicadas ao setor audiovisual pela Lei do Audiovisual.

O mercado audiovisual é composto por três tipos de “players”: produtores, distribuidores e exibidores. O espectro de exibição, tradicionalmente preenchido somente pelas salas de cinema e Redes de TV aberta, atualmente ampliou-se

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consideravelmente em função da implantação da TV paga e da internet de banda larga. Necessário citar-se que a recente abertura do mercado de televisão paga para as empresas de telefonia (que já possuem sua própria rede digital de difusão) tende a se constituir em um espaço a mais para a inserção de produtos independentes ou de pequenas ou médias produtoras audiovisuais.

A maior parte das empresas produtoras de conteúdos audiovisuais está localizada no eixo Rio - São Paulo, que é a região de maior concentração de recursos financeiros destinados ao audiovisual.

Desde 2001 a atividade audiovisual é gerenciada pela Agência Nacional de Cinema que tem função de regulamentação e fiscalização do setor.

Recentemente, com a Lei da TV Paga, houve incentivo ao aumento da produção audiovisual brasileira com a obrigação das TVs pagas exibirem também conteúdo brasileiro.

O aporte de recursos originários de taxas cobradas pela Agência Nacional de Cinema (ANCINE), conhecido como Fundo Setorial do Audiovisual, vem estabelecendo novos parâmetros econômicos para o financiamento das atividades audiovisuais brasileiras.

Do ponto de vista tecnológico, a assim chamada “convergência de mídias”, tem democratizado a atividade de produção audiovisual através da digitalização do processo de captação, montagem e exibição de filmes, barateando seu custo e permitindo maior disseminação dos produtos audiovisuais.

É interessante ainda destacar as principais associações de produtores e de trabalhadores do setor do audiovisual.

SINDICINE: Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

http://www.sindcine.com.br/site/

SATED: Sindicato dos Artistas e Técnicops de Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro http://www.satedrj.org.br/

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ABCINE: Associação Brasileira de Cinematografia

http://www.abcine.org.br/

ABPITV: Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão

http://abpitv.com.br/site/

Abaixo são encontradas maiores informações (retiradas principalmente do site da Agência Nacional de Cinema - ANCINE) a respeito dos mecanismos de incentivo e de regulação do setor audiovisual brasileiro.

1) ANCINE (Agência Nacional do cinema)

Criada em 2001 pela Medida Provisória 2228-1, a ANCINE – Agência Nacional do Cinema, é uma agência reguladora que tem como atribuições o fomento, a regulação e a fiscalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil. É uma autarquia especial, vinculada desde 2003 ao Ministério da Cultura, com sede e foro no Distrito Federal e Escritório Central no Rio de Janeiro.

A ANCINE é administrada por uma diretoria colegiada aprovada pelo Senado e composta por um diretor-presidente e três diretores, todos com mandatos fixos, aos quais se subordinam cinco Superintendências: Acompanhamento de Mercado, Desenvolvimento Econômico, Fiscalização, Fomento e Registro, além da Secretaria de Gestão Interna e da Superintendência Executiva.

A missão institucional da ANCINE é induzir condições isonômicas de competição nas relações dos agentes econômicos da atividade cinematográfica e videofonográfica no Brasil, proporcionando o desenvolvimento de uma indústria forte, competitiva e auto-sustentada. Encerrado o ciclo de sua implementação e consolidação, a ANCINE enfrenta agora o desafio de aprimorar seus instrumentos regulatórios, atuando em todos os elos da cadeia produtiva do setor, incentivando o investimento privado, para que mais produtos audiovisuais nacionais e independentes sejam vistos por um número cada vez maior de brasileiros.

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2) LEI ROUANET (Lei nº 8.313/91)

A Lei de Incentivo à Cultura, popularmente chamada de Lei Rouanet, é conhecida principalmente por sua política de incentivos fiscais. Esse mecanismo possibilita que cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) apliquem parte do Imposto de Renda devido em ações culturais. Assim, além de ter benefícios fiscais sobre o valor do incentivo, esses apoiadores fortalecem iniciativas culturais incluindo o audiovisual.

Os incentivos fiscais e o Fundo Nacional de Cultura são mecanismos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC), instituído pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313) aprovada pelo Congresso Nacional em 1991.

O PRONAC tem como objetivos facilitar os meios de acesso à cultura, estimular a regionalização da produção artístico-cultural brasileira, proteger as manifestações para garantir sua diversidade, priorizar o produto cultural originário do Brasil e desenvolver o respeito aos valores culturais de outros povos e nações.

3) LEI DO AUDIOVISUAL (Lei Federal 8.685/93)

A Lei do Audiovisual, é uma lei brasileira de investimento na produção e co-produção de obras audiovisuais e de infra-estrutura de produção e exibição. A edição desta lei foi feita em 20 de julho de 1993. Prevista originalmente para vigorar até o exercício fiscal de 2003, esta lei foi prorrogada por mais 20 anos por meio da medida provisória n.° 2.228 de 2001.

Concedendo incentivos fiscais às pessoas físicas e jurídicas que adquirem os chamados Certificados de Investimento Audiovisual, ou seja, títulos representativos de cotas de participação em obras cinematográficas, a Lei do Audiovisual permite que o investimento seja até 100% dedutível do Imposto de Renda (limitado a 4% do IR devido, para pessoas jurídicas) e o desembolso pode ser deduzido como despesa operacional reduzindo a base de cálculo do próprio Imposto de Renda.

4) LEI DA TV PAGA (Lei 12.485/2011)

Um dos principais objetivos da lei é aumentar a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, diversificado e de qualidade, gerando emprego, renda, royalties, mais profissionalismo e o fortalecimento da cultura nacional. A ANCINE se empenhou em conduzir uma transição suave da realidade atual para o novo cenário, estimulando as

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empresas produtoras e programadores a negociarem a veiculação de produção audiovisual brasileira. Inicia-se assim a construção de uma cultura regulatória do setor audiovisual que seja benéfica para o desenvolvimento do mercado e, ao mesmo tempo, capaz de induzir o crescimento da atividade de produção e programação brasileiras, atraindo mais investimento privado para o setor, num ambiente de maior competitividade.

A obrigação de veiculação de conteúdo nacional começa com 1h10 por semana em cada canal que exiba predominantemente filmes, séries, documentários, animação e aumenta até chegar ao máximo de 3h30 por semana em setembro de 2013 (o que corresponde a 2,08% das 168 horas de programação semanal de cada canal).

Vale ressaltar que nenhum canal terá que mudar o perfil de sua programação para cumprir as obrigações de veiculação de conteúdos nacionais. Ou seja, canais de filmes, séries, animação e variedades continuarão a exibir filmes, séries, animação e variedades, ainda que devam incluir algumas horas semanais de obras brasileiras. Cada canal poderá escolher livremente que obras brasileiras veicular, de acordo com seu perfil de programação, e em que horário irá veiculá-las.

5) FUNDO SETORIAL DO AUDIOVISUAL - FSA (Lei nº 11.437/2006)

O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) é um fundo destinado ao desenvolvimento articulado de toda a cadeia produtiva da atividade audiovisual no Brasil. Criado pela Lei nº 11.437, de 28 de dezembro de 2006, e regulamentado pelo Decreto nº 6.299, de 12 de dezembro de 2007, o FSA é uma categoria de programação específica do Fundo Nacional de Cultura (FNC).

O FSA é um marco na política pública de fomento à indústria cinematográfica e audiovisual no país, ao inovar quanto às formas de estímulo estatal e à abrangência de sua atuação. Isto porque o FSA contempla atividades associadas aos diversos segmentos da cadeia produtiva do setor – produção, distribuição/comercialização, exibição, e infra-estrutura de serviços – mediante a utilização de diferentes instrumentos financeiros, tais como investimentos, financiamentos, operações de apoio e de equalização de encargos financeiros.

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2.1) O contexto dos Cursos de Cinema e Audiovisual no MEC e nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES)

2.1.1) Ministério da Educação

Na página web das Diretrizes Curriculares do MEC para cursos de graduação, encontra-se referência às diretrizes curriculares do Curso de Cinema e Audiovisual.

(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12991&Itemid=866)

São os seguintes documentos que regulamentam os Cursos de Cinema e Audiovisual no Brasil: 1) Parecer CNE/CES nº 44/2006, aprovado em 21 de fevereiro de 2006 (anexo) que contém a Proposta de Diretrizes Curriculares para os Cursos Superiores de Cinema e Audiovisual; e 2) Resolução CNE/CES nº 10/2006, de 27 de junho de 2006 (anexo) que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Cinema e Audiovisual e dá outras providências.

O parecer CNE/CES nº 44/2006 (publicado no DOU de 12/4/2006), que antecede a resolução, teve seu início em discussões realizadas desde 2004, em Comissão Especial criada pelo SESU/MEC, por demanda do FORCINE - Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (http://forcine.org.br/site/), que por sua vez argumentava a necessidade de elaboração de diretrizes curriculares para institucionalização de um curso autônomo em Cinema e Audiovisual. Todavia o parecer argumenta contrariamente ao posicionamento do FORCINE, afirmando que um Curso de Cinema e Audiovisual poderia ser tanto uma habilitação de um Curso de Comunicação Social, como também constituir-se como curso autônomo, desde que integrasse conhecimentos referentes à grande área da comunicação e sociedade. Assim o parecer aponta que:

“(...) há que se flexibilizar, também, o formato da estratégia de formação, admitindo-se manter a alternativa de “habilitação” nos cursos de Comunicação, a critério da IES, mantidos o perfil do egresso, as competências e habilidades, os fundamentos da estrutura curricular, os conteúdos programáticos básicos e a duração do curso, previstos na Proposta. Seja por meio de um curso autônomo, seja como “habilitação” no interior do curso de Comunicação, ambas as alternativas seriam reconhecidas como modelos adequados de formação universitária em Cinema e Audiovisual.”

A resolução CNE/CES nº 10/2006, em seu artigo 3º distribui as competências e habilidades para a formação dos egressos dos Cursos de Cinema e Audiovisual em quatro (4) áreas:

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“a) Técnica e formação profissional – voltada para a formação prática, habilita o aluno a atuar profissionalmente nas áreas de Direção, Fotografia, Roteiro, Produção, Som, Edição\Montagem, Cenografia e Figurino, Animação e Infografia.

b) Realização em cinema e audiovisual – voltada para o desenvolvimento de projetos de produção de obras de diferentes gêneros e formatos, destinados à veiculação nas mídias contemporâneas.

c) Teoria, análise e crítica do cinema e do audiovisual – voltada para a pesquisa acadêmica nos campos da história, da estética, da crítica e da preservação.

d) Economia e política do cinema e do audiovisual – voltada para a gestão e a produção, a distribuição e a exibição, as políticas públicas para o setor, a legislação, a organização de mostras, cineclubes e acervos, e as questões oriundas do campo ético e político.”

A resolução CNE/CES nº 10/2006, em seu artigo 6º ainda aponta cinco (5) eixos de atividades que devem nortear a formação dos egressos:

1. Realização e Produção – eixo que contempla o desenvolvimento de obras audiovisuais de diferentes gêneros e formatos, destinados à veiculação nas mídias contemporâneas; incorpora ainda o uso e o desenvolvimento de tecnologias aplicadas aos processos de produção e difusão do audiovisual.

2. Teoria, Análise, História e Crítica – eixo que proporciona que o exercício da análise do objeto aborde o pensamento histórico e estético acerca do cinema e do audiovisual por meio do exame das diferenças e das convergências entre os processos históricos dos diferentes meios, e que incide também sobre o campo da organização de acervos.

3. Linguagens – eixo que abarca a análise da imagem em seus diferentes suportes, apontando para a especificidade estilística de cada meio e contribuindo para a elaboração de juízos críticos dos produtos audiovisuais.

4. Economia e Política – eixo pautado pelas questões ligadas à gestão e à produção, à distribuição e à exibição, levando-se em conta o potencial de inovação tecnológica da área. Contemplam ainda as questões referentes à ética e à legislação, como também as políticas públicas para o setor, incluindo as de preservação e de restauração dos acervos.

5. Artes e Humanidades – eixo interdisciplinar, voltado para as Artes (teatro, artes plásticas, etc.) e as Humanidades (história, literatura, comunicação, etc.).

A mesma resolução em seu artigo 7º define o estágio de maneira ampla como um conjunto de atividades que estimulem a vivência na prática da atividade audiovisual, sendo descrita da forma como se segue:

“O estágio consiste em estudos e atividades práticas realizados pelo aluno dentro ou fora da unidade em que o curso é ministrado, sob a supervisão de um docente, e que permitem ao discente atuar diretamente no mercado profissional e na iniciação à pesquisa e ao ensino (...)”

Considerando que este relatório vem subsidiar um processo de decisão sobre a implantação de um Curso de Cinema e Audiovisual na UFMS, recomenda-se especial atenção ao artigo 8º da resolução CNE/CES nº 10/2006, que determina critérios para avaliação dos Cursos de Cinema e Audiovisual. Pelas características desses critérios de

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avaliação, é apontado necessariamente um caminho que deveria ser seguido pela UFMS para obter avaliação positiva, sendo avaliados os seguintes pontos:

“1) o conjunto da produção de obras audiovisuais e de atividades de cultura e extensão realizadas pelos alunos ao longo do curso;

2) o conjunto da produção de obras audiovisuais realizadas pelos professores;

3) a difusão do conjunto de obras produzidas pelo curso em festivais, mostras e diferentes mídias;

4) o parque técnico de equipamentos específicos para as atividades do curso;

5) informações sobre a inserção profissional alcançada pelos alunos egressos do curso”

Verifica-se facilmente, portanto, que não há possibilidades de avaliação positiva de um Curso de Cinema e Audiovisual sem o parque técnico de equipamentos específicos e de infraestrutura física, uma vez que os itens 1, 2 e 3 necessariamente encontram-se vinculados às condições de infraestrutura proporcionada pela instituição de ensino.

Quanto à carga horária mínima, os Cursos de Cinema e Audiovisual devem perfazer 2.700 horas, com o limite mínimo para integralização em 3,5 (três e meio) ou 4 (quatro) anos de duração, conforme consta da Resolução nº 2, de 18 de junho de 2007 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (Republicada no DOU de 17/09/2007, Seção 1, pág. 23, por ter saído no DOU de 19/06/2007, Seção 1, pág. 6, com incorreção no original.)

2.1.2) Instituições Federais de Ensino

No site do O Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (FORCINE2) encontra-se um “Mapa dos Cursos de Cinema no Brasil” (s/data, provavelmente 2011) no qual constam, dentre os tecnológicos e os de graduação, 54 Cursos de Cinema e Audiovisual em diversas instituições de ensino. Destes, observam-se 16 (dezesseis) Cursos de Cinema e Audiovisual em 14 (quatorze) Instituições Federais de Ensino. São apresentadas a seguir algumas informações desses cursos (incluindo suas estruturas curriculares), distribuídos geograficamente no sentido sul-norte:

2 O Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (Forcine) é uma sociedade civil sem fins

lucrativos que congrega e representa de forma permanente as instituições e os profissionais brasileiros dedicados ao ensino de cinema e audiovisual. Visando, desde sempre, o desenvolvimento e o fortalecimento dessa atividade. http://www.forcine.org.br/site/.

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1) UFPel (Universidade Federal de Pelotas) RS, Pelotas. (2 cursos)

Curso 1: CEARTE - Cinema e Audiovisual. Bacharelado

Professores: 13

Carga Horária: 2.908 h

Disciplinas: Introdução a linguagem audiovisual; Iconologia da Arte I; Imagem Digital I; Operação de equipamentos audiovisuais; História do Cinema; Técnicas de Criatividade; Introdução ao roteiro; Cinema Brasileiro; Iconologia da Arte II; Imagem Digital II; Design Sonoro I; Roteiro I; Fotografia; Montagem I; Laboratório de realização em cinema de ficção; Design Sonoro II; Introdução à cinematografia; Direção de Produção; Produção Executiva; Montagem II; História e Teoria do Documentário; Portfólio; Direção De Arte; Preparação de Atores; Direção I; Finalização; Direção de Fotografia I; Direção II; Distribuição e exibição; Cinema contemporâneo; Pré-produção de projeto final em cinema e audiovisual; Crítica de cinema I; Projeto em cinema e audiovisual; Metodologia da pesquisa científica para Audiovisual; Estágio curricular; Seminário de Orientação.

Curso 2: CEARTE - Cinema de Animação. Bacharelado Professores: 13

Carga Horária: 3.066 h

Disciplinas: Introdução a Animação; Iconologia da Arte I; Imagem Digital I; Fundamentos do Desenho I; História do Cinema; Fundamentos da Linguagem Visual I; Animação 2D; Iconologia da Arte II; Imagem Digital II; Desenho da Figura Humana; Fundamentos da Linguagem Visual II; História da Animação; Introdução a Linguagem audiovisual; Tecnologias da Animação; Modelagem Geométrica e Visual; Fundamentos do Desenho II; Direção para animação; Introdução ao roteiro; Design de personagens; Edição; Fotografia; Design Sonoro I; Roteiro para animação; Animação 3D; Stop-motion; Pós Produção em Animação; Design Sonoro II; História em Quadrinhos; Jogos; Projeto em Animação I; Video Arte; Efeitos Visuais; Produção Executiva; Ética e Legislação; Marketing; Projeto em Animação II; Metodologia da pesquisa científica para Cinema; Interfaces de Interação; Estágio curricular; Seminário de Orientação

2) UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) SC, Florianópolis. Curso: CCE - Cinema. Bacharelado

Professores: 8

Carga Horária: 2.700 h

Disciplinas: Linguagem Cinematográfica; Fotografia; História do Cinema I; Expressão Escrita I; Teoria da Literatura; Montagem Cinematográfica; Fotografia Cinematográfica; Cinema e Literatura; História do Cinema II; Expressão Escrita II; Dramaturgia; Estudos Culturais; Narrativa Cinematográfica; História da Arte; Cinema e Literatura Brasileira; Cinema Documentário; Gêneros Cinematográficos; Teoria do Roteiro I; Teoria do Cinema I; Cinema e Teorias do Sujeito; Cinema Brasileiro; Teoria do Roteiro II; Teoria do Cinema II; Argumento Cinematográfico; Análise Fílmica; Análise dos Meios Audiovisuais; Roteiro Cinematográfico; Produção Audiovisual; Técnicas de Projetos

3) UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) SP, São Carlos. Curso: Imagem e Som. Bacharelado

Professores: 18

Carga Horária: 2.760 h

Disciplinas: História do Audiovisual I; Oficina de Redação; História do Audiovisual II; Teoria da Comunicação; Expressão Audiovisual I; Fundamentos da Tecnologia Audiovisual; Metodologia da Pesquisa; História do Audiovisual no Brasil I; Teoria do Audiovisual I; Fotografia; Expressão Audiovisual II; História do Audiovisual no Brasil II; História do Audiovisual III; Documentário; Teoria do Audiovisual II; Fotografia e Vídeo Digitais; Introdução à Direção; Introdução à Montagem; Introdução à Cinematografia; Introdução à Produção; Introdução ao Roteiro; Introdução ao Som; Introdução à Hipermídia; Realização Audiovisual I; Trilha Sonora; Animação; Som I; Montagem e Edição I; Direção de Fotografia I; Direção I; Produção I; Roteiro I; Hipermídia I; Pesquisa I; Realização Audiovisual II;Elaboração de Projeto; Som II; Montagem e Edição II; Direção de

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Fotografia II; Direção II; Produção II; Roteiro II; Hipermídia II; Pesquisa II; Realização de Projeto; Coordenação de Projeto; Veiculação de Projeto; Coordenação de Veiculação; Estágio em Audiovisual

4) UFF (Universidade Federal Fluminense) RJ, Niterói (2 cursos) Curso: GCV - Cinema e Audiovisual. – Bacharelado e Licenciatura. Professores: 20

Carga Horária: 2760 hrs.(Bacharelado) 2850 hrs.(Licenciatura)

Disciplinas: Processo de Realização em Cinema e Audiovisual; Teoria e Linguagem Cinematográfica; Teoria e Prática da Fotografia; História das Formas de Expressão; Fotografia e Iluminação; Teoria da Percepção; História do Cinema Brasileiro; História do Cinema Mundial;Animação;Produção em Cinema e Audiovisual; Argumento e Roteiro;Oficina de Realização I; Técnicas de som; Antropologia; Direção de Arte; Oficina de Realização II; Edição e Montagem; Televisão e Poder; Ética, Legislação e Política do Cinema e do Audiovisual; Preservação, Memória e Política de Acervos Audiovisuais; Planejamento em Realização Cinematográfica; Estudos da Narrativa; Realização Cinematográfica; Pesquisa em Cinema; Realidade Sócio-Econômica e Política Brasileira; Português XVII; Filosofia; Projeto Experimental em Cinema; Introdução à Sociologia;

5) UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) MG, Juiz de Fora Curso: Cinema e Audiovisual. Bacharelado.

Professores: 11

Carga Horária: 2.400 h

Disciplinas: História e Estética do cinema I;Cinema e diálogos; Análise fílmica: metodologia e prática; História e Estética do cinema II; Teoria do Cinema e do Audiovisual I; Teoria do Cinema e do Audiovisual II; Cinema Brasileiro I; Cinema Brasileiro II; Documentário; Roteiro: teoria e prática; Direção: teoria e prática; Montagem/edição: teoria e prática; Direção de Fotografia; Animação; Produção Audiovisual e Economia da Cultura; Som: teoria e prática; Laboratório de Criação I; Laboratório de Criação II; Laboratório de Criação III; Trabalho de conclusão de curso do bacharelado em Cinema e Audiovisual

6) UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) MG, Belo Horizonte Curso: Cinema de Animação e Artes Digitais. Bacharelado.

Professores: 15

Carga Horária: 2.700 h

Disciplinas: Cinema de Animação e Artes Digitais; Contexto estético, social, educacional e mercadológico; Arte e Mídia I; Panorama das artes e seus meios: da pré-história ao início do século XIX; Cor, Forma e Composição da Imagem Digital; Relações teóricas e operacionais na constituição da imagem; Fundamentos da imagem digital; Desenho para Cinema de Animação; Fundamentos técnicos: figura humana, objetos, paisagem e movimento voltados para Animação; Cinema de Animação e Artes Digitais: Estudo de Casos; Apresentação e análise de projetos e obras; Panorama do Cinema; História do Cinema: seu processo e principais movimentos dos primórdios à contemporaneidade; Arte e Mídia II; Panorama das artes e seus meios: do século XIX à Arte Contemporânea; Panorama do Cinema de Animação; Panorama histórico e desenvolvimento técnico dos principais momentos da animação no cinema mundial; Fundamentos da Linguagem Audiovisual; A linguagem do cinema: recursos fílmicos e estratégias narrativas; Montagem e Edição; Teorias da montagem e técnicas da edição de imagem e som como construção narrativa; Fundamentos da Animação; Técnicas tradicionais para síntese de movimento: princípios físicos aplicados às mecânicas da animação; Panorama da Arte Digital; Concepções e manifestações: dos primórdios à contemporaneidade;

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7) UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) ES, Vitória. Curso: CAR - Comunicação Social - Audiovisual. Bacharelado. Professores: 23

Carga Horária: 2.700 h

Disciplinas: Processo Criativo do Audiovisual; História Estética do Audiovisual; Arte, Cultura e Visual; Ateliê do Audiovisual 1; Fotografia; Método de Pesquisa do Audiovisual; História Estética do Audiovisual 2; Ateliê do Audiovisual 2; Roteiro 1; Teoria da Comunicação (perspectivas históricas); Teorias da Imagem; Teorias da Comunicação (perspectivas contemporâneas); Fotografia para Vídeo; Roteiro 2; Ateliê de Audiovisual para a Internet; Multimídia e Artes Interativas; Infografia e Videografismo; Multimeios; Audiovisual Contemporâneo; Teorias e Linguagens do Documentário; Edição; Ateliê de Edição; Direção em Audiovisuais; Planejamento e Produção de Set; Processos Criativos no Audiovisual; Gestão de Carreira e Mercado Audiovisual; Linguagem Sonora e Produção de Áudio; Filosofia da arte.

8) UNB (Universidade de Brasília) DF, Brasília Curso: Comunicação - Audiovisual. Bacharel. Professores: 21

Carga Horária: 2.790 h

Disciplinas: Comunicação e universidade; Oficina de texto; Oficina básica de audiovisual; Fundamentos da comunicação visual; Introdução à comunicação; Linguagem cinematográfica e audiovisual; Introdução à fotografia; Ética na comunicação; História do cinema; Teorias da comunicação; Obrigatória ambiental seletiva (a ser selecionada em lista de disciplinas de áreas afins); Métodos e técnicas da pesquisa em comunicação; Tecnologias de Comunicação; Cinema brasileiro; Introdução à linguagem sonora; Teorias e estéticas do cinema e do audiovisual; Estética da Comunicação; Argumento e roteiro; Roteiro, produção e realização em áudio; Documentário I; Direção de atores; Direção; Produção; Fotografia e iluminação I; Som I; Edição e montagem; Oficina de argumento e roteiro; Documentário II; Direção em audiovisual II; Produção II; Fotografia e iluminação II; Som II; Edição e montagem II; Políticas de comunicação; Pré-Projeto em audiovisual; Legislação, desenvolvimento e produção de projetos; Projeto experimental em audiovisual (TCC); Comunicação e sociedade.

9) UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) BA, Cachoeira Curso: CAHL - Cinema e Audiovisual – Bacharelado.

Professores: 21 Carga Horária: 3.400

Disciplinas: Fundamentos de Filosofia; Dramaturgia; Roteirização I; Roteirização II; Direção; Produção; TCC; Linguagem e Expressão Artísticas; Linguagem e Expressão Cinematográficas I; Linguagem e Expressão Cinematográficas II; Sonorização; Novas Tecnologias Aplicadas ao Audiovisual; Oficina de Textos I; Cultura Brasileira; Estética da Comunicação; Montagem e Edição I; Montagem e Edição II; Novas Tendências do Documentário; Economia da Cultura e do Audiovisual; Sociologia Geral; Teorias da Comunicação; Fotografia e Iluminação; Documentário I (Mundo); Documentário II (Brasil); Gêneros do Documentário; História da Arte Moderna e Contemporânea; Cinema I (Mundo); Cinema II (Brasil e Bahia); Teorias do Cinema e do Documentário; Análise Fílmica; Crítica Cinematográfica; Metodologia da Pesquisa em Comunicação/Elaboração de Projeto; Introdução aos Estudos Acadêmicos; Oficinas Orientadas de Audiovisual I; Oficinas Orientadas de Audiovisual II; Oficinas Orientadas de Audiovisual III; Oficinas Orientadas de Audiovisual IV; Oficinas Orientadas de Audiovisual V; Oficinas Orientadas de Audiovisual VI.

10) UFBA (Universidade Federal da Bahia) BA, Salvador Curso: FACOM - Artes - Cinema e Audiovisual. Bacharelado. Professores: 15

Carga Horária: 3.080 h

Disciplinas: Ação Artística I; Ação Artística II; Ação e Mediação Cultural; Estudos sobre a Contemporaneidade I; Estudos sobre a Contemporaneidade II; Língua Portuguesa; Poder e Diversidade; Leitura e Produção de Textos em Língua Portuguesa; Produção e Difusão do Conhecimento em Artes; Cultura Humanística; Cultura Científica; Oficina de Planejamento e

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Produção em Cinema e Audiovisual; Oficina de Realização de Filmes e Produtos Audiovisuais; Oficina dos Processos Tecnológicos do Cinema e do Audiovisual; Argumento e Roteiro; Direção; Elementos de Som; Oficina de Fotografia; Edição e Montagem; Laboratório de Roteiro, Dramaturgia e Narrativas I; Laboratório de Roteiro, Dramaturgia e Narrativas II; Laboratório de Organização da Produção I; Laboratório de Organização da Produção II; Laboratório de Direção em Cinema e Audiovisual I; Laboratório de Direção em Cinema e Audiovisual II; Laboratório de Fotografia e Iluminação I; Laboratório de Fotografia e Iluminação II; Laboratório das Técnicas - Produção I; Laboratório das Técnicas - Montagem/Edição/Som/Pós-Produção II.

11) UFS (Universidade Federal de Sergipe) SE, Sergipe Curso: Comunicação Social - Audiovisual

Professores: 15

Carga Horária: sem informação

Disciplinas:Produção e Recepção de Texto I; Sociologia I; Métodos e Técnicas de Pesquisa I; Teoria da Comunicação I; História da Fotografia; Introdução à Filosofia; Fotografia Digital; Teoria da Comunicação II; História do Audiovisual I; Argumento e Roteiro I; Iluminação e Cenografia; Teoria da Imagem; História do Audiovisual II; Linguagem Cinematográfica; Argumento e Roteiro II; Tecnologia e Linguagem dos Meios de Comunicação; Estética e Cultura de Massa; Direção em Cinema e Vídeo; Laboratório de Edição e Imagem I; Animação e Infografia; Comunicação Visual; Comunicação Comparada; Direção de Arte; Laboratório de Edição e Imagem II; Laboratório de Produção Sonora; Laboratório em Mídia Digital I; História da Arte Eletrônica; Laboratório de Produção Sonora II; Produção Audiovisual I; Deontologia da Comunicação; Elaboração de Projetos Experimentais; Direção de Fotografia; Produção Audiovisual II; Computação Gráfica; Legislação e Mercado Audiovisual; Projetos Experimentais em Audiovisual

12) UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) PE, Recife Curso: Comunicação Social - Cinema. Bacharelado.

Professores: 13

Carga Horária: 2.700 h

Disciplinas: Cinema Brasileiro; Cinema e Narratividade; Cinema Latino-Americano; Cinema Mundial 1; Cinema Mundial 2; Crítica de Cinema; Teoria do Cinema 1; Teoria do Cinema 2; Anteprojeto de Conclusão; Captação de Som; Design de Som; Direção; Direção de Arte e Cenografia; Documentário Clássico; Documentário Contemporâneo; Economia Cultural 1; Economia Cultural 2; Edição e Montagem 1; Edição e Montagem 2; Estética e Cultura Visual; Iluminação e Direção de Fotografia; Pré-Produção e Produção em Cinema; Pós-Produção e Finalização; Roteiro Cinematográfico 1; Roteiro Cinematográfico 2; TCC 1; TCC 2.

13) UFC (Universidade Federal do Ceará) CE, Fortaleza. Curso: Cinema Bacharelado

Professores: 16

Carga Horária: sem informação

Disciplinas: Realização em Cinema e Audiovisual I; Dramaturgia e Narrativa em Cinema e Audiovisual I; Audiovisual e as Artes; Estética e História da Arte I; Teoria e História do Cinema e do Audiovisual I; Ética e Legislação em Cinema e Audiovisual; Fotografia e Iluminação I; Realização em Cinema e Audiovisual II; Fotografia e Iluminação II; Edição e Montagem I; Cinema e Pensamento I; Linguagem e Crítica do Cinema e do Audiovisual I; Produção I; Realização em Cinema e Audiovisual III; Dramaturgia e Narrativa em Cinema e Audiovisual II; Edição e Montagem II; Laboratório de Mídias Digitais I; Estética e História da Arte II; Teoria e História do Cinema e do Audiovisual II; Som I; Realizacao em Cinema e Audiovisual IV; Fotografia e Iluminacao III; Laboratorio em Midias Digitais II (Animação); Cinema e Pensamento II; Linguagem e Crítica do Cinema e do Audiovisual II; Producao II; Realizacao em Cinema e Audiovisual V (Não-ficção); Fotografia e Iluminacao IV; Dramaturgia e Narrativa em Audiovisual III (Roteiro não-ficção); Edicao e Montagem III; Teoria e História do Cinema e do Audiovisual III (Pós-cinemas); Som II (Gravação); Realizacao em Cinema e Audiovisual VI (Expressões contemporâneas); Edicao e Montagem IV; Laboratório de Mídias

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Digitais III; Estética e História da Arte III; Linguagem e Critica do Cinema e do Audiovisual III; Pesquisa em cinema e Audiovisual; Orientacao de Projeto experimental; Laboratorio de Midias Digiatis IV (Web art); Economia e Política do Cinema e do Audiovisual; Projeto Experimental (Cinema ficção); Projeto Experimental (Cinema não-ficção); Projeto Experimental (TV e vídeo ficção); Projeto Experimental(TV e vídeo não-ficção); Projeto Experimental(Expressões contemporâneas); Projeto Experimental(Monografia)

14) UFPA (Universidade Federal do Pará) PA, Belém Curso: Cinema e Audiovisual. Bacharelado

Professores: 7

Carga Horária: 3.286 h

Disciplinas: Antropologia Sonora e Visual; Computação para Audiovisual I; História da Arte, do Cinema e Audiovisual I; Estética e Teoria do Cinema e Audiovisual I; Cinema Brasileiro I; História da Arte, do Cinema e Audiovisual II; Roteiro I; Estética e Teoria do Cinema e Audiovisual II; Metodologia da Pesquisa; Cinema Brasileiro II; Fotografia Cinematográfica I; Roteiro II; Estética e Teoria da Fotografia; Teoria da Montagem; Teoria do Som e da Música para Cinema; Seminário Especial I; Análise do Filme; Computação para Audiovisual II; Direção de Arte I; Direção I; Fotografia Cinematográfica II; Som I; Direção de Arte I; Direção de Arte II; Direção II; Edição I; Ética, Legislação e Políticas Públicas; Produção Cinematográfica I; Som II; Seminário Especial II; Crítica Cinematográfica; Economia Cinematográfica; Edição II; Finalização do Filme; Produção Cinematográfica II; Projeto Audiovisual I; Cinema de Animação I; Cinema Documentário; Cinema Publicitário; Direção de Elenco; Estágio II; Projeto Audiovisual II; Seminário Especial III; TCC I; Cinema de Animação II; Estágio III; Cinema Amazônico; Conservação Preventiva de Acervos Audiovisuais; TCC II

A partir da análise desse descritivo dos cursos de Cinema e Audiovisual das IFES é possível deduzirem-se as seguintes considerações:

1- nas 14 IFES encontram-se 16 Cursos de Cinema e Audiovisual sendo 12 Cursos autônomos, 10 de Cinema e Audiovisual e 2 cursos de Animação; dos 10 Cursos de Cinema e Audiovisual somente 1 deles é uma Licenciatura; somente 4 cursos de Cinema e Audiovisual aparecem como habilitação em Comunicação Social; na UFPel existem dois cursos, um de Cinema e Audiovisual e outro de Cinema de Animação; na UFF existem também dois Cursos, um Bacharelado e outro Licenciatura.

2- em alguns casos são observadas características regionais nas grades curriculares na forma de disciplinas específicas (ex: “Cinema Amazônico”-UFPA; “Cinema II (Brasil e Bahia)”-UFRB);

3- é possível deduzir-se a ênfase teórico-crítico do curso da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina);

4- é possível observar-se a ênfase em Cinema Documentário na UFRB, na forma de mais disciplinas dedicadas a esse gênero cinematográfico;

5- a média do número de professores por curso é de 13,5; sendo observado um número mínimo de 07 professores e um máximo de 23 professores. Ver Tabela 1. 6- a média do número de disciplinas é de 34,4; sendo observado um número mínimo de 20 disciplinas e um número máximo de 49 disciplinas. Ver Tabela 1.

7- a carga horária média é de 2.843,8 horas; sendo observado um número mínimo de 2.400h, em desacordo com a resolução CNE/CES nº 10/2006, que prevê 2.700h; e um número máximo de 3.400h. Ver Tabela abaixo:

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IFE Prof. Cursos Tipo Disciplinas CargaHorária UFPEL 13 1 CINE 36 2.908,0 UFPEL* 0 1 ANIM 40 3.066,0 UFSC 8 1 TEORICO 29 2.700,0 UFSCAR 18 1 CINE 49 2.760,0 UFF 20 1 BACH 29 2.760,0 UFF* 0 1 LIC** 29 2.850,0 UFJF 11 1 CINE 20 2.400,0 UFMG 15 1 ANIM 25 2.700,0

UFES 23 1 COM SOC 28 2.700,0

UNB 21 1 COM SOC 38 2.790,0

UFRB 21 1 DOC 39 3.400,0

UFBA 15 1 CINE 29 3.080,0

UFC 16 1 CINE 47 2.700,0

UFPE 13 1 COM SOC 27 2.700,0

UFS 15 1 COM SOC 36 2.700,0

UFPA 7 1 CINE 49 3.286,0

Total 216 16

Média 13,5 34,4 2.843,8

Cursos de Cinema e Audiovisual nas IFES * mesmo número de professores atendendo os dois cursos

** devem ser incluídas as disciplinas pedagógicas

3) O contexto regional do setor audiovisual

A produção audiovisual em Mato Grosso do Sul pode ser dividida em produção de filmes de ficção e documentário, curta, média e longa metragem; produção de peças comerciais para o mercado de publicidade e a produção dos programas para as retransmissoras de televisão no Estado.

Nos últimos anos a produção de filmes culturais em MS está crescendo de forma considerável. Os motivos se devem ao fácil acesso a equipamentos, baixo custo do cinema digital e também ao aumento do investimento público. Entre recursos do Governo do Estado e Prefeitura da Capital, em 2013 foram destinados R$ 750 mil. Este valor foi distribuído entre o edital de produção de curtas-metragens da Fundação Estadual de Cultura, o Fundo de Investimento Cultural de MS (FIC/MS) e o Fundo Municipal de incentivo a Cultura (FMIC).

Entre 2011 e 2013 foram lançados dois longas-metragens, dois média metragens e 25 curta metragens. Os longa metragens são: “Não Eu”, de direção de Breno Benetti e

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“Frontera” de David Cardoso. Os curtas lançados no mesmo período são: “O Florista”,

de Filipi Silveira; “A Academia”, de Danieli Girelli; “Chat”, de Cid Nogueira e Jean Lima; “Lados Dados”, de Breno Benetti; “Ana”, de Breno Benetti; “Dia de Visita”, de Reynaldo Paes de Barros; “Espera”, de Fábio Flecha; “Do Sul, Mato Grosso do Sul”, de Fábio Flecha; “Red Hookers”, de Larissa Anzoategui; “Natal Vade Retro”, de Larissa Anzoategui; “Smile”, de Camila Machado; “Sanda – O Box Chinês”, de Ulíver Silva; “Projeto Big Fun”, de Gabriela Dias; “Etá”, de Alan Caferro; “Dois Cafés”, de Alan Caferro; “Psicoses de um Homem”, de Willyan Nicolay; “Hydrochoeruspedia 3D”, de Hélio Godoy; “Corixo, a mulher de branco”, de Marcelo Moreira dos Santos; “Role”, de Rafael Mareco; “Super Herói”, de Márcio Higo; “Ressaca”, de Giuliano Gondin; “Uma lei para todas”, de Ana Patrícia Nassar e Sidney Morais de Albuquerque; e, “Gargoile”, de Thiago Moraes.

Neste ano de 2014, até o mês de Abril, temos 25 filmes, lançados, em produção ou em finalização. Destes, 08 (oito) foram produzidos de forma independente, 11 (onze) com recursos estaduais e 06 (seis) com recursos municipais. Os filmes são: “Argento” de Mariana Sena; “A TV Está Ligada” de Essi Rafael; “A Rosa” de Orivaldo Mendes Junior; “Eu já disse que te amo?” de Filipi Silveira; “Desafio da Viola” de Fábio Flecha; “Enterro” de Fábio Flecha; “Sem Fim” de Fábio Flecha”; “A Dama do Rasqueado”, de Marinete Pinheiro; “Cinzas”, de Marinete Pinheiro; “O Mito Amarelo”, de Marinete Pinheiro; “Simão Morto”, de Luana Benetti; “Lucia Tem Rabo” de Camila Vilela Nham; “Flor de Guavira” de Rogerio Alexandre Zannetti; “A Disputa Final” de Alan Caferro; “Matem... os outros” de Reynaldo Paes de Barros; “Confissão” de Reynaldo Paes de Barros; “A Outra Margem” de Nathalia Tereza; “Vermelho Sobre a grama verde” de Giovani Barros e Emanueli Ribeiro; “Maria Madalena” de Franciela de Andrade; “Planuras” de Mauricio Copetti; “Nós Outros” de Rodolfo Ikeda; “T'Amo Na Rodoviária” de Givago Oliveira; “Temporal” de Kadu Fluhr; “Arapuca”, de Marcelo Moreira dos Santos; e, “Portas” de José Roberto Bastos.

Nos últimos anos, tivemos produções que foram selecionadas para festivais em outros países, como “Ela veio me ver” de Essi Rafael; “Lados Dados”, de Breno Benetti; “Red Hookers”, de Larisa Larissa Anzoategui e “O Florista”, de Filipi Silveira; este último foi selecionado para o Festival de Cannes em 2013.

Recentemente, Mato Grosso do Sul também recebeu equipes de outros estados. Em 2014 deve ser lançado o longa-metragem independente “Condado Macabro” de Marcos

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De Brito, rodado em Paranaíba. No primeiro semestre, foram filmados em Campo Grande, os documentários “Espero Que Esta te Encontre” de Natara Ney e “Ao som do Chamamé”, de Lucas de Barros.

O ano de 2013 também foi produtivo para a realização de festivais e mostras no Mato Grosso do Sul, permitindo aproximar o público do cinema local. Campo Grande sediou a primeira edição do “Festcine Vídeo América do Sul”, realizado pela Associação de Cinema e Vídeo de Mato Grosso do Sul (ACV-MS), tendo sido localizado no Cinépolis do Shopping Norte Sul Plaza, contando com a presença de personalidades como Leticia Sabatella e Ney Matogrosso. O festival trouxe filmes nacionais e sul-americanos, dando grande destaque a produção do MS. Dos 36 filmes exibidos, 21 foram filmes do Mato Grosso do Sul. Na capital também ocorreu a primeira edição da Semacine (Semana de Cineclubismo, Cinema e Educação de Campo Grande) e do SEDA (Semana do Audiovisual). Realizado pela Fundação de Cultura, O “Fuá” (Festival Universitário de Audiovisual) chegou a sua 7ª edição. Em Dourados, a UFGD realizou a primeira mostra de audiovisual da cidade. Em Ivinhema ocorreu o 10º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema.

Em Campo Grande existem 19 produtoras audiovisuais que trabalham com filmes para publicidade (e algumas delas também com filmes culturais). Essas produtoras audiovisuais são as seguintes: Bureau de comunicação e produção; Camalote Filmes; Camera Art-som; Cena1; Gamma 3; Primeiro Plano Filmes; Espaco Imaginario; Fotoluz Estúdio; Connect-s Imagem Digital; Lujje Vídeo; M2 Cinematográfica; Ndec; Olho Cine TV; Painel Florestal; Polo Cinematográfica; Set Video; Render Brasil; Quadrante Filmes; Cartunauta.

As transmissoras de televisão localizadas em Campo Grande são: TV Morena, filiada a Rede Globo; TV Guanandi, filiada a Rede Bandeirantes; Rede MS Record, filiada a Rede Record; TV Campo Grande, filiada ao SBT; TV Comunitária; e Agromix, SBA – Sistema Brasileiro de Agronegócio.

É possível observar-se através desses dados, que há potencial para um mercado de trabalho em construção tanto na produção cultural independente, como dentro de produtoras audiovisuais destinadas à atividade publicitária.

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É necessário ainda esclarecer que a nova legislação de produção audiovisual para a TV Paga poderá propiciar o desenvolvimento de uma produção regional mais profissionalizada.

4) O contexto interno na UFMS

Apresenta-se a seguir um panorama das áreas de conhecimento, cursos e atividades desenvolvidas na UFMS que são correlacionadas a um Curso de Cinema e Audiovisual.

Aqui objetiva-se apresentar um corpo crítico que pode criar um ambiente adequado para o florescimento do pensamento no campo do curso em pauta. Não se trata de aproveitamento de professores ou de infraestrutura, que por si só já se encontra sobrecarregada, mas sim, de justificar-se o ambiente acadêmico necessário para a criação de um Curso de Cinema e Audiovisual.

4.1) Ensino

4.1.1) Cursos de Graduação Relacionados ARTES VISUAIS

O curso de Artes Visuais teve sua origem em 1980 com a criação do Curso de Educação Artística no Centro de Ciências Humanas e Sociais no campus de Campo Grande da UFMS. Em 2003 o curso foi denominado “Artes Visuais”, e hoje possui duas habilitações: Licenciatura e Bacharelado.

Atualmente o curso conta com 19 (dezoito) professores, sendo que 01 (um) está cedido a um Ministério do Governo Federal, 03 (três) estão afastados para doutoramento, 03 (três) são substitutos, e 05 (cinco) são doutores. As áreas de conhecimento estão divididas entre: “artes plásticas”; “arte e tecnologia”, “cultura e teoria da arte”, e “arte e educação”.

O curso funciona no prédio denominado unidade 8 da UFMS, o qual é partilhado com o Curso de Educação Física. A parte do prédio, onde funciona o Curso de Artes Visuais durante o período diurno (manhã e tarde), é utilizado pelo Curso de Música no período noturno.

A infraestrutura física, desse prédio e dos demais laboratórios anexos, é constituída por 04 (quatro) salas de aulas genéricas, sala das coordenações, sala de secretaria e almoxarifado, salas de professores, e os seguintes laboratórios didáticos: “materiais

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diversos”, “escultura”, “cerâmica”, “madeira e ferro”, “pintura”, “desenho”, “arte e tecnologia (20 computadores e equipamentos de foto e vídeo)”.

A cada ano são admitidos 30 (trinta) alunos para a habilitação Licenciatura e 30 (trinta) alunos para a habilitação Bacharelado.

O campo de conhecimento de “Artes Visuais” dedica-se à discussão do papel expressivo da imagem no âmbito das artes com predominância para as artes plásticas; há pouco mais de 05 (cinco) anos, as disciplinas relacionadas ao ambiente tecnológico digital ganharam um pouco mais de destaque na estrutura curricular.

MÚSICA

O curso de Música – Licenciatura foi criado em 2002, no Centro de Ciências Humanas e Sociais no campus de Campo Grande da UFMS.

O objetivo do Curso de Licenciatura em Música é formar o educador musical, profissional responsável pelo ensino da música em diversos níveis de formação, da educação básica ao ensino especializado.

Atualmente o curso conta com 08 (oito) professores, dos quais 04 (quatro) são doutores, 01 (um) está afastado para doutoramento, e três são mestres. As áreas de conhecimento estão divididas entre os conteúdos de educação musical, os conteúdos teóricos musicais, as disciplinas de práticas musicais e as disciplinas pedagógicas.

O curso funciona no prédio denominado unidade 8 da UFMS, o qual é partilhado com o Curso de Educação Física. A parte do prédio, onde funciona o Curso de Artes Visuais durante o período diurno (manhã e tarde), é utilizado pelo Curso de Música no período noturno. Um bloco está em fase final de construção para alojar o curso de música, projetado de acordo com as especificidades do ensino da música.

A cada ano são admitidos 30 (trinta) alunos.

JORNALISMO

A primeira iniciativa organizada para a criação e implantação do Curso de Comunicação Social/Jornalismo na UFMS ocorreu em 1981 quando o recém-criado Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul deliberou, em assembleia geral, que a criação do curso seria uma das principais bandeiras de luta da categoria. Após a formalização do pedido à UFMS, houve um período de gestação de 04 anos, até que o curso fosse efetivamente criado, em 24 de Outubro de 1985. O Curso de Comunicação

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Social/Jornalismo da UFMS realizou o primeiro vestibular em janeiro de 1989 e começou a funcionar no primeiro semestre deste mesmo ano.

A partir de 2015 o atual curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo irá se tornar Curso de Jornalismo, de acordo com a Resolução nº 1, de 27/09/2013 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. O curso de Comunicação Social teve a primeira turma ingressando em 1990.

O curso conta hoje com 13 (treze) docentes efetivos, sendo que 5 (cinco) atuam exclusivamente na graduação e os outros 08 (oito) atuam concomitantemente na graduação e pós-graduação.

A infraestrutura do curso é composta de 08 (oito) salas de professores, uma sala de coordenação pedagógica, uma sala de secretaria administrativa, uma hemeroteca em fase de organização e os seguintes laboratórios: “laboratório/estúdio de telejornalismo”; “laboratório de radiojornalismo”; “laboratório de redação”; “laboratório de jornalismo científico”; “laboratório de ciberjornalismo”; “laboratório de fotografia analógica (fotoquímica)”; “laboratório de fotografia digital” (utiliza parte do espaço do laboratório de Jornalismo Científico).

Há ingresso anual de 50 alunos, no primeiro semestre do ano.

LETRAS

A UFMS oferece duas habilitações na área de LETRAS: Habilitação em Português e Inglês; Habilitação em Português e Espanhol; ambas com os objetivos de formar professores para atuarem no ensino de Português e Inglês ou Espanhol, com as respectivas literaturas, no ensino fundamental e no ensino médio.

A Habilitação em Português e Inglês foi criada em 1988 e a Habilitação em Português e Espanhol foi criada em 1991. O Curso possui 17 docentes, sendo que alguns desses docentes também participam do Mestrado em Estudos de Linguagem.

O Curso de Letras, ao tratar das literaturas brasileira, portuguesa e inglesa, pode contribuir com o Curso de Cinema e Audiovisual no âmbito de estudos das estruturas narrativas e respectivas adaptações para a linguagem audiovisual.

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4.1.2) Cursos de Pós-Graduação Relacionados

PROGRAMA DE MESTRADO EM ESTUDOS DE LINGUAGEM

A proposta de um curso de Mestrado em Estudos de Linguagem, criado em 2006, pretende contemplar não apenas os estudos de Língua e Literatura, mas também as interfaces desses domínios específicos com as outras linguagens (artes visuais, artes plásticas, música e teatro, propaganda e publicidade, por exemplo) e com os estudos culturais, cuja diversidade de discursos-objeto tem possibilitado uma ampliação de leituras da realidade, sem perder de vista seu fundamento histórico.

O Mestrado em Estudos de Linguagem se organiza a partir de duas áreas de concentração: Teoria Literária e Estudos Comparados; e Lingüística e Semiótica. A opção por essas áreas visa a concretizar o diálogo teórico-metodológico entre Letras, Lingüística e Artes, expresso na grande área, possibilitando a ampliação de objetos a serem pesquisados.

O programa conta com 20 professores, tendo produzido 128 dissertações de mestrado no período de 2008 até o ano de 2012.

PROGRAMA DE MESTRADO EM COMUNICAÇÃO

O Programa de Mestrado em Comunicação foi criado em 2011 com apenas uma área de concentração: Mídia e Representação Social.

Essa área de concentração pesquisa as representações sociais nos processos de produção e recepção dos produtos midiáticos. Pela transdisciplinaridade, busca refletir sobre essas representações e suas transformações a partir das práticas comunicacionais por meio do uso da linguagem, das narrativas e dos discursos. Investiga os meios de comunicação social como instrumentos culturais nas mediações do processo de construção da identidade, da sociabilidade, da memória social e das práticas sociais, políticas e culturais. Privilegia-se o estudo da construção de conteúdos midiáticos e de imagens da realidade social no contato do local com o global, bem como na formação da identidade e da cultura. Relaciona as linguagens e as narrativas midiáticas com a construção de representações e identidades sociais. Possui duas linhas de pesquisa: Mídia, Identidade e Regionalidade e Linguagens, Processos e Produtos Midiáticos.

Na linha de pesquisa Mídia, Identidade e Regionalidade são estudados os sistemas e as estruturas dos meios de comunicação nos âmbitos regional e de fronteiras, os

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