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Distribuição e hábito alimentar do peixe-fita comum, Trichiurus lepturus (Linnaeus, 1758) no Banco de Sofala, Moçambique.

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REVISTA MOÇAMBICANA DE INVESTIGAÇÃO

PESQUEIRA

RIP No. 33 pp. 15-33, 2013

Distribuição e hábito alimentar do peixe-fita comum, Trichiurus lepturus

(Linnaeus, 1758) no Banco de Sofala, Moçambique

Por

Daniel Oliveira MUALEQUE

Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Delegação de Nampula, Moçambique Email: dnllvr7@gmail.com

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Índice

Resumo

... 16

Abstract

... 16

1. Introdução

... 17

1.1. Antecedentes e objectivos ... 17 2. Materiais e métodos

... 18

2.1. Área de estudo ... 18 2.3. Fonte de dados ... 19 2.3.1.Estatísticas de pesca ... 19 2.3.2. Amostragem biológica ... 19 2.4. Análise de dados ... 20

2.4.1. Análise das tendências temporais e geográficas das capturas e rendimentos ... 20

2.4.2. Análise biométrica ... 20

2.4.3. Análise da dieta ... 21

3. Resultados e discussão

... 21

3.1 Evolução anual das capturas e rendimentos (CPUE) de T. Lepturus ... 21

3.2. Variação sazonal dos rendimentos (CPUE) de T. Lepturus ... 24

3.3. Identificação e quantificação da dieta ... 26

3.4. Relação peso-comprimento... 28

4. Conclusões e recomendações

... 31

5. Agradecimentos

... 31

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Resumo

O presente estudo tem como objectivos, definir o manancial e caracterizar o hábito alimentar do peixe-fita comum, Trichiurus lepturus, no Banco de Sofala, Moçambique. Para o efeito, foram utilizados dados de amostragem da pescaria artesanal de arrasto para a praia nos distritos de Angoche e Moma, localizados ao norte, Pebane e Nicoadala, no centro e Beira, no sul da pescaria do Banco de Sofala. Esta série de dados do período 2000-2010 permitiu investigar a distribuição geográfica das capturas e rendimentos (CPUE, Kg/rede.dia) e as variações sazonais destes. Os resultados indicam que as capturas e os rendimentos baixaram nos últimos anos, principalmente em áreas limítrofes da distribuição da população. Pebane, poderá ser o centro da distribuição geográfica no Banco, e de lá migrará a população em direcção ao norte e sul. Para o estudo da biologia (dieta e alometria), foram adicionalmente colhidos no distrito de Moma dados mensais de comprimentos totais, peso individual e dieta no periodo de Fevereiro de 2009 a Janeiro de 2010. O comprimento total variou de 16 a 80 cm e o peso variou de 1,3 a 365 g. Os resultados da análise estomacal indicam que T. lepturus é piscívoro e pratica o canibalismo, contudo são também frequentes os crustáceos e os cefalópodes na dieta. A relação entre peso total e o comprimento total mostram que o crescimento ponderal médio parece ser relativamente isométrico com PT = 0,0002*CT3,2847. Não foram observadas diferenças significativas por sexo neste crescimento e a moda dos indivíduos capturados situou-se no intervalo de 70-72 cm. Em conclusão T. lepturustem um único stoque no Banco de Sofala, o qual migra dentro da região do Banco de Sofala a procura das suas potenciais presas. Este conhecimento poderá contribuir para uma melhor gestão deste recurso alvo de pesca artesanal e melhorar o conhecimento da sua dinâmica trófica.

Palavras-chave: Trichirus lepturus; distribuição; dieta; Banco de Sofala.

Abstract

This study aims at defining the stock and characterizing the feeding habits of the Cutlassfish, Trichiurus lepturus, in Sofala Bank, Mozambique. Data from the sampling program of artisanal beach-seine fishery of Angoche and Moma districts located to the north, Pebane and Nicoadala, at the center and Beira, to the south of the Sofala Bank were used. The data series that comprised the period 2000 - 2010 allowed to investigate the geographic distribution of catch rates (CPUE, Kg/gear.day) and their seasonal variation. Results indicate that CPUE and catches decreased over the time series and mainly in areas bordering the distribution range of the population. Pebane, seems to be the center of this geographical range of the species within the bank and from there it migrates to the north or south. To study the diet and growth, monthly stomach contents, body size and weight data of Trichiurus lepturus were obtained from Moma district for the period February 2009 to January 2010. Total lenght range was 16 - 80 cm and individual body weight range was 1.3 - 365 g. Dietary analysis indicate that T. lepturus is piscivorous, pratices canibalism, but also eats frequently crustaceans and cephalopods. The length – weight relationship show that growth is relatively isometric with W = 0.0002*L3.2847. No significant differences were observed between sexes in their growth and the size mode of sampled fish was situated at 70-72 cm total length. In conclusion, T. lepturusof Sofala Bank seems to belong to a single stock and migrates within the area to feed. This knowledge may contribute to improving management of the stock and advance the knowledge on the thropic dynamics of this important fishing resource in Mozambique.

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1. Introdução

O peixe-fita (Trichiurus lepturus) é uma espécie cosmopólita que ocorre na plataforma continental em águas quentes e temperadas dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, entre 60ºN e 45ºS, com salinidade entre 33 e 36 ppm e temperaturas superiores à 16ºC (Bittar et al., 2008). Apresenta hábito demerso-pelágico e é considerada oportunista e voraz quanto a alimentação (Fischer et al., 1990; Martins e Haimovici, 2000). T. lepturus forma cardumes migradores a partir de 50 cm de comprimento (Bellini, A. T. 1980). T. lepturus é uma espécie piscívora, inclusive pratica o canibalismo, mas cefalópodes e crustáceos peneídeos também fazem parte da sua dieta (Martins et al., 2005 e Fischer et al., 1990) e Bittar et al., (2008), referem que entre os peixes se destacam as famílias Scianidae, Engaulidae e Clupeidae, para além da Trichiuridae.

Apresenta heterogeneidade espacial e temporal influenciadas pela disponibilidade de alimento (Martins et al., 2005 citados por Bittar et al., 2008). Larvas ocorrem em águas superficiais a temperaturas acima de 21°C (Martins e Haimovici, 2000), enquanto que fêmeas adultas e os juvenis permanecem na região da plataforma continental durante o inverno para se alimentarem e os machos adultos movimentam-se além dos limites da plataforma (Martins e Haimovici, 2000). A proximidade da costa acentua a intensidade alimentar para suprir as necessidades energéticas associadas ao crescimento, a reprodução e a desova (Martins e Haimovici, 2000). No sul do Brasil, a reprodução de T. lepturus, está associada a processos locais de produtividade. Um afloramento costeiro local rico em nutrientes tem ocorrido ao longo da costa durante o verão e metade do inverno (Garcia, 1997, citado por Martins e Haimovici, 2000) e T. lepturus, reproduz-se nesses locais durante esse tempo (Martins e Haimovici, 2000). O mesmo autor refere que a desova ocorre entre os meses de Novembro e Fevereiro e atinge o tamanho de primeira maturação com 63,9 cm para machos e 69,3 cm para fêmeas. Machos e fêmeas acima de 105 cm e 110 cm, respectivamente, são sexualmente maturos.

1.1. Antecedentes e objectivos

T. lepturus está entre as seis espécies com maior volume de desembarque pesqueiro mundial (Martins e Haimovici, 1997). De acordo com as estatísticas da FAO (FAO, 2005), só em 1999, foram capturadas 1.418.944 t, com 1.222.454 t só na China e 64.445 t na República da Corea. Em 2010, mais de 1.200.000 t foram capturadas. No Banco de Sofala, em Moçambique, a espécie é capturada principalmente pela pesca artesanal de arrasto para a praia. A descrição desta arte pode ser vista em Mualeque (2008). De 2006 a 2009, foram capturadas nas três províncias do Banco de Sofala (Nampula, Zambézia e Sofala), cerca de 8.464,9 t, correspondente a 6,6% da captura total da arte na região.

A ausência de determinadas famílias de peixes na pesca de arrasto para a praia no Banco de Sofala, em particular na província de Nampula (Mualeque et al., 2008) pode ser devido a exclusão trófica causada pela presença de T. Lepturus, como acontece no sul do litoral do Brasil onde grandes concentrações de T. lepturus estão associadas ao declínio de espécies de peixes comercialmente importantes, tais como Micropogonias furnieri (corvina), Umbrina canosai (castanha) e Cynoscion guatucupa (pescada) (Martins e Haimovici, 1997). Apesar da possibilidade de declínio populacional de algumas famílias de peixes na presença de T. Lepturus e da crescente exploração da espécie, não há informações referentes a sua distribuição, bem como seus hábitos alimentares no Banco de Sofala. Neste contexto, no presente estudo pretende-se saber a distribuição e o hábito alimentar de T. lepturus na região, com o intuito de contribuir para o entendimento da sua distribuição e dinâmica trófica deste peixe e auxiliar futuros estudos sobre a ecologia da espécie e sua estruturação trófica, bem como de suas potenciais presas.

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2. Materiais e métodos

2.1. Área de estudo

O presente trabalho foi efectuado nos distritos costeiros banhados pelo Banco de Sofala, cujas capitais têm as seguintes coordenadas: Beira (19º 50'S, ), Nicoadala (17º 37'S), Pebane (17º 10'S), Moma (16º 47'S) e Angoche (15º 35'S) (Figura 1). No geral, o clima da região é do tipo tropical húmido-seco, com duas estações, a seca e a chuvosa. A estação seca é a mais longa e começa desde Abril prolongando-se até ao mês de Outubro. A estação chuvosa começa em Novembro e termina em Março. A temperatura média anual é de 25ºC e precipitação média anual varia entre 800 à1000 mm (MAE, 2005).

Figura 1: Banco de Sofala e os distritos costeiros das províncias da Nampula (Angoche e Moma), Zambézia (Pebane e Nicoadala) e Sofala

(Beira) (círculos escuros), onde foram feitas as amostragens durante o estudo. As setas indicam os principais sistemas actuais de correntes: um transporte sul do mar em forma de redemoinhos e contínuas ou intermitentes costeiras que fluem para o norte (Adaptado de Mualeque D. e J. Santos. 2011).

Observações e modelos recentes indicam que o sistema de correntes costeiras ao longo do canal de Moçambique é extremamente dinâmico, existindo um certo número de vórtices persistentes que induzem fortes correntes de norte para sul, além de sistemas de contracorrente na direcção oposta (Segtnan, 2006; Lutjeharms, 2007) (Figura 2 ).

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Figura 2: Modelo da circulação da corrente de Mocambique. Fonte: Segtnan (2006), a esquerda e : Lutjeharms (2007), a direita.

2.3. Fonte de dados

A informação usada no presente trabalho divide-se em duas fontes de dados consoante a sua natureza e origem: 1) os dados da pescaria (estatística de pesca) de uma série de 11 anos (2000 a 2010) que foram cedidos pelas Delegações provinciais do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira de Moçambique (IIP) de Nampula, Zambézia e Sofala, e 2) os dados biológicos, obtidos de uma amostragem durante o período de fevereiro 2009 a Janeiro 2010 no distrito de Moma (Figura 1) foi financiada pelo IIP, Delegação de Nampula.

2.3.1.Estatísticas de pesca

Os dados estatisticos usados neste estudo são originários do sistema de amostragem da pesca artesanal do IIP (Baloi et al., 2007) nas províncias pertencentes ao Banco de Sofala, de norte ao sul, Nampula, Zambézia e Sofala. Para a província de Nampula, foram usados os distritos de Angoche e Moma, enquanto na Zambézia os distritos foram, Pebane e Nicoadala e finalmente em Sofala foi apenas usado o distrito da Beira, pois, os outros distritos não possuiam a mesma série. Foi usada a série temporal de dados de 2000 a 2010 disponivel na base de dados Pescart do IIP nestas províncias referente a arte de arrasto para a praia. Estes dados foram processados seguindo a metodologia descrita em Baloi et al., (2007) usada por Mualeque, (2008).

2.3.2. Amostragem biológica

Os dados biológicos usados são provenientes da amostragem feita por técnicos do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP), Delegação de Nampula. A amostragem foi feita entre Fevereiro de 2009 e Janeiro de 2010, com uma periodicidade mensal. As amostras eram compradas dos pescadores artesanais no centro de pesca de Mucoroge no distrito de Moma e levadas frescas em caixa isotérmica contendo gelo para o laboratório do IIP.

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peso total (g) com auxílio de uma balança de capacidade para 5 kg e precisão de 0,5 g para o estudo de relações morfométricas da espécie. Depois de medidos, cada indivíduo foi cortado ventralmente com ajuda de uma tesoura para a extracção do conteúdo estomacal para o estudo da dieta. Os estômagos bem como o seu conteúdo eram medidos com uma balança electrónica de precisão de 0,1 g.

2.4. Análise de dados

2.4.1. Análise das tendências temporais e geográficas das capturas e rendimentos

As capturas e rendimentos foram usadas para analisar as tendências temporais de modo a distinguir padrões de período curto (meses) de tendências anuais de abundância. Uma análise geográfica foi feita também para CPUE de modo a compreender a eventual ocorrência de migracões de longo período do recurso na região do Banco de Sofala. Para isso, os dados de captura e esforço de pesca, depois de processados na base de dados, de acordo com Baloi et al., (2007), foram transferidos e armazenados em folhas de cálculo Microsoft Excel e tratados usando tabelas dinâmicas (pivotTable). Com base nestes dados de captura e esforço foram calculados dados de CPUE dividindo a captura pelo respectivo esforço de pesca e foi feito o cálculo do ano médio e a média de cada mês dos diferentes anos da série. Em seguida, foram igualmente elaborados gráficos usando Microsoft Excel descrevendo as variações sazonais (anual e mensal) e espaciais (por distrito) das capturas e rendimentos (CPUE).

2.4.2. Análise biométrica

Estimou-se a relação peso-comprimento de peixe-fita (T. lepturus) no distrito de Moma em três níveis de definição: fêmeas (226 indivíduos), machos (132 indivíduos) e sexos agrupados (358 indivíduos), amostrados entre Fevereiro de 2009 e Janeiro de 2010. O intervalo de comprimento total (CT, cm) variou entre 16 a 80 cm e o peso total (PT, g) entre 1,3 e 365 g. Para estimar essa relação usou-se o modelo descrito pela equação 1 (Vazzoler, 1982). Não foi feita nenhuma transformação nos dados, pois na análise exploratória mostrou não existirem valores extremos, como também os dados ajustavam-se bem ao modelo.

PT = a*CTb (1)

Onde:

PT é o peso total do peixe,

CT é o comprimento total do peixe,

a e b são coeficientes alométricos obtidos através da relação peso-comprimento. O crescimento em peso é avaliado pelo grau de alometria como isométrico (b=3), alométrico positivo (b>3) ou alométrico negativo (b<3) (Tesch,1971 ; Silva Junior et al., 2007).

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2.4.3. Análise da dieta

2.4.3.1. Identificação e quantificação da dieta

O estudo da dieta foi feito com base no conteúdo estomacal. Foi feita a identificação dos itens alimentares até ao nível taxonómico possível usando guia de identificação descrita por Fischer et al., (1990). Para cada espécie de presa calculou-se: o percentual de frequência numérica (%FN), definido como a densidade da presa (número de indivíduos) dividida pela densidade total de presas consumidas; o percentual de biomassa (%W), definido como a biomassa da presa dividida pela biomassa total de presas ingeridas; e o percentual de freqüência de ocorrência (% FO), definido como o número de estômagos em que a presa ocorre pelo número total de estômagos com presença de itens alimentares. A importância de cada espécie de presa na dieta foi também determinada através do Índice de Importância Relativa (IIR) (Pinkas et al., 1971):

IIR= [(%FN + %W) x %FO] (2)

Devido às diferenças das presas quanto a digestibilidade e preservação de estruturas com relevância taxonômica e biométrica no conteúdo estomacal do predador, conforme relatado por Fitch e Brownell (1968) e Clarke (1986b), em Bittar et al., (2008), optou-se por calcular o IIR separadamente para cada grupo de presas (peixes, cefalópodes e crustáceos). Dessa forma, subestimativa ou superestimativa quanto à importância das espécies de presas puderam ser minimizadas. O presente estudo considera que as estimativas de biomassa e densidade (nº de indivíduos) das presas representam as quantidades mínimas consumidas pelo Trichiurus lepturus.

3. Resultados e discussão

3.1 Evolução anual das capturas e rendimentos (CPUE) de T. Lepturus

Os resultados da análise das tendências temporais e espaciais de T. lepturus foram apresentados na figura 3, do norte ao sul da área de estudo: Angoche, Moma, Pebane, Nicoadala e Beira. A espécie ocorre menos nos distritos de Angoche (a norte), Nicoadala e Beira (ao sul). Nestes distritos nenhum dos anos da série as capturas excederam as 150 toneladas. No entanto, na região centro, em particular, em Pebane, as capturas excederam em média 700 toneladas anuais. Os índices de densidade (cpue) mostram que a espécie tem uma ocorrência localizada no centro da região, parecendo o distrito de Pebane, o centro da distribuição. Exceptuando o distrito de Pebane, verifica-se uma estabilidade dos rendimentos em todos os distritos, com destaque para Nicoadala e Moma (últimos seis anos da série). No distrito de Pebane foram observadas duas modas, uma em 2001 e outra em 2006, seguido de um decréscimo até ao final da série, em 2010. Os desembarques totais (capturas) tiveram a mesma tendência que os rendimentos. Todavia, em termos de importância relativa em biomassa, a espécie é mais importante no distrito de Pebane, quase no centro da área de estudo. Neste distrito, as capturas foram mais elevadas em 2006 (1.530 t). Os valores mínimos de desembarque foram observados no distrito de Angoche seguido da Beira.

Os resultados da Figura 3, mostram ainda uma abundância relativa na região centro, todavia o pico de densidade ocorre no distrito de Pebane. A este padrão podem-se sobrepor variações anuais relacionadas provavelmente com fenómenos oceanográficos ou com a dinâmica da população e da própria exploração pesqueira. Uma análise por distrito, pode-se observar, por exemplo, os rendimentos (CPUE) no distrito de Nicoadala, a sul, foram elevados relativamente aos outros em 2010, o que pode indicar uma migração de cardumes de período longo. Mas os primeiros anos da série dos dados, 2001-2004, foram anos de bons rendimentos em todos distritos. Pressupondo

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tratar-se da mesma população, isto poderia, em princípio, significar um aumento da população ou deslocação desta junto a praia, tornando acessível a pescaria de arrasto para a praia. Nos dois últimos anos da série dos dados 2009-2010, as capturas e rendimentos têm baixado substancialmente em Pebane e aumentado em Moma (norte). Estes resultados podem suportar a hipótese de se tratar de uma única unidade populacional cujo centro de densidade (Pebane) realiza deslocações de curto período (mês) entre o norte (Moma) e o provavelmente para o sul (Beira).

A tendência geral dos rendimentos e dos desembarques é de redução nos últimos três anos da série, embora com certa estabilizaçãao no distrito de Moma. Esta espécie é potencial predadora de crustáceos (camarão) e peixes da família Engraulidae, para além da Scianidae, que é fauna acompanhante do camarão (Figura 6 e tabela 1). A densidade destes grupos na área estudada, em particular, o Ocar de cristal (Thryssa vitrirostris) da família Engraulidae, aumenta do norte para o sul, sendo Pebane o centro de distribuição (Mualeque, 2008; Mualeque e Santos, 2011). Isto poderá, em princípio, explicar o padrão de distribuição verificado para T. lepturus no presente trabalho, pois a distribuição de um recurso é determinada pela disponibilidade do alimento (Esteves e Aranha, 1999).

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23 Pebane 0 300 600 900 1200 1500 1800 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ano C ap tu ra [t] 0 10 20 30 40 50 60 C PUE [Kg /r ed e* dia] CPUE Captura Moma 0 300 600 900 1200 1500 1800 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ano C ap tu ra [t] 0 10 20 30 40 50 60 C PUE [Kg /r ed e* dia] CPUE Captura Angoche 0 300 600 900 1200 1500 1800 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ano C ap tu ra [t] 0 10 20 30 40 50 60 C PUE [Kg /r ed e* dia] CPUE Captura Nicoadala 0 300 600 900 1200 1500 1800 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ano C ap tu ra [t] 0 10 20 30 40 50 60 C PUE [Kg /r ed e* dia] CPUE Captura Beira 0 300 600 900 1200 1500 1800 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Ano C ap tu ra [t] 0 10 20 30 40 50 60 C PUE [Kg /r ed e* dia] CPUE Captura

Figura 3: Variação anual de captura e CPUE de T. lepturus nos distritos de Angoche, Moma, Pebane, Nicoadala e Beira no período entre 2000 e

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3.2. Variação sazonal dos rendimentos (CPUE) de T. Lepturus

Resultados da análise do ano médio para cada distrito não revelou a ocorrência de topos marcantes de rendimentos em épocas especiais do ano (Figura 4). Porém, uma análise mais detalhada podem-se observar dois padrões. Exceptuando o distrito da Beira, onde os rendimentos são irregulares, nos restantes distritos, os maiores rendimentos tendem a ser obtidos na estação estendida da seca (Abril-Outubro). A época chuvosa (Outubro-Março), é caracterizada por redução considerável dos rendimentos. Contudo, uma tendência crescente pode ser observada no período chuvo (Janeiro-Março) no distrito de Moma.

A variação mensal dos rendimentos (CPUE) de pesca de T. lepturus pode fornecer dados sobre possíveis migrações sazonais. No geral, a espécie apresentou no mesmo local mais de duas modas. Por exemplo, no distrito de Pebane, ocorreram três modas. No entanto, as modas salientes tendem a acorrer a partir do mês de Abril, no início da época seca. Isto, segundo Cuamba (2009), mostra que as descargas pluviométricas que acontecem, por exemplo, no primeiro trimestre não têm efeito imediato na produtividade primária local e consequentemente na disponibilidade alimentar. Por outro lado, no distrito mais ao sul (Beira) podem ser vistos modas na época estendida das chuvas (Outubro-Março), embora não pronunciadas. Estes dados sugerem a hipótese de uma migração latitudinária da população a partir do centro de distribuição na época das chuvas. Em anos especiais de migração, a fronte de T. lepturus atingiria e seria capturada no distrito de Moma nos meses de Janeiro a Abril e de novo voltaria para o centro da distribuição, o distrito de Pebane de onde de novo migraria para norte (Angoche e Moma) e para o sul (Nicoadala e Beira) ja na metade do ano (Junho). A variação inter-anual na força desta migração poderá depender de factores oceanográficos, tais como variações no transporte da água costeira para norte ou para sul, devidas a localização propícia dos vórtices ciclônicos e anti-ciclônicos (Segtnan, 2006; Lutjeharms, 2007) (Figura 2). Como referiu Mualeque (2008), estudando o Ocar de cristal (Thryssa vitrirostris), torna-se difícil estabelecer se o decréscimo dos rendimentos e capturas na região norte se deveu somente a i) excesso de pesca, ou padrão incorrecto de pesca (redes de malha fina) dentro da própria região, ii) a factores ambientais que dificultaram a deslocação da população para norte, ou iii) a pesca excessiva na região central de distribuição da população (Zambézia).

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25 Angoche 0 10 20 30 40 50

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês [2001-2010] C PU E [K g/ rede*di a] CPUE (Kg/rede*dia) Moma 0 10 20 30 40 50

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês [2001-2010] C PU E [Kg/r ede *di a] CPUE (Kg/rede*dia) Pebane 0 10 20 30 40 50

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês [2001-2010] C PU E [Kg/r ede *di a] CPUE (Kg/rede*dia) Nicoadala 0 10 20 30 40 50

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês [2001-2010] C PU E [K g/ rede*di a] CPUE (Kg/rede*dia) Beira 0 10 20 30 40 50

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês [2001-2010] CP U E [Kg/re de *di a] CPUE (Kg/rede*dia)

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3.3. Identificação e quantificação da dieta

A descrição da dieta de T. Lepturus no Banco de Sofala foi baseada na análise de 402 conteúdos estomacais de espécimes com comprimentos totais entre 16 e 80 cm, colhidos no distrito de Moma entre Fevereiro de 2009 e Janeiro de 2010 . Destes, 234 estômagos continham itens alimentares e foram utilizados na análise da dieta. Quinze espécies de presa perfazendo 438 indivíduos e 962,9 g foram registados dos estômagos com itens alimentares.

A Figura 5, mostra a densidade, a biomassa (g) e a frequência de ocorrência relativa (FO) das categorias de presa na dieta de T. Lepturus. A maior densidade, biomassa e frequência de ocorrência relativa nos estômagos foi registada para a categoria dos crustáceos, seguidos dos peixes. A categoria dos cefalópodes foi aquela que apresentou a menor densidade, biomassa e freqência de ocorrência relativa nos estômagos de T. Lepturus. Os crustáceos registados em cerca de 74,2 % (n=325) incluiram apenas duas espécies, Penaeus indicus e Acetes erythraeus das famílias Penaidae e Sergestidae, respectivamente, mostrando ser a categoria mais preferida na dieta de T. Lepturus (Tabela 1). A maior amplitude de densidade foi observada para A. erythraeus (1-112 indivíduos) e de biomassa para P. indicus (16,4-140,2 g). 0 10 20 30 40 50 60 70 80

Peixes Crustáceos Cefalópodes

Categoria de presas

%

Densidade Biomassa FO

Figura 5: Percentual da densidade (nº de indivíduos), da biomassa (g) e da freqüência de ocorrência relativa (FO) das categorias de presas

registadas no conteúdo estomacal de T. lepturus no distrito de Moma entre Fevereiro de 2009 e Janeiro de 2010 (n= 234 conteúdos estomacais).

Os peixes foram registados em 22,6 % (n=98) dos estômagos (Tabela 1). Dos peixes que foram identificados como presas, destacam-se os ocares (Thryssa sp.) e anchovetas que totalizaram 21%, ambos da família Engraulidae. Dentre os engraulídeos, o Ocar de cristal (Thryssa vitrirostris) foi a espécie mais consumida com 14,4%, enquanto as anchovetas totalizaram 4,1%. O comportamento canibal foi registado com o consumo de co-específico em cerca de

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Tabela 1: Percentual de freqüência numérica (%FN), percentual de biomassa (%W), percentual de freqüência de ocorrência (%FO) e Índice de

Importância Relativa (IIR) das espécies de presas consumidas por T. lepturus no distrito de Moma no período entre Fevereiro de 2009 e Janeiro de 2010 (n= 402).

Presas %FN %W %FO IIR

Peixes Anchoveta 4,1 1,8 3,4 20,0 linguado 0,2 0,2 0,4 0,2 Pellona ditchela 0,2 0,2 1,3 0,6 Otolithes ruber 0,9 1,4 1,3 3,0 Parupeneus bifasciatus 0,2 0,1 0,4 0,1 Thryssa baelama 0,7 0,9 0,9 1,4 Trichiurus lepturus 1,6 4,2 2,6 14,9 Thryssa setirostris 0,2 0,1 0,4 0,1 Thryssa vitrirostris 14,4 11,7 18,4 479,8 22,6 20,7 29,1 520,2 Crustáceos Acetes erytraeus 41,8 23,7 20,5 1342,4 Penaeus indicus 32,4 50,0 45,3 3733,4 74,2 73,7 65,8 5075,8 Cefalópodes Choco 0,2 0,3 0,4 0,2 Loligo duvauceli 0,9 2,5 1,3 4,5 Loligo forbesi 2,1 2,5 3,0 13,7 Octopus vulgaris 0,2 0,5 0,4 0,3

A maior amplitude de densidade e de biomassa de uma dada espécie de peixes por estômago foi registada para T. vitrirostris (2-26 indivíduos e 1,9-30,7 g respectivamente). A categoria dos cefalópodes pode ser considerada como item secundário na dieta de T. lepturus, pois foi registada apenas 3,4% (n=15) dos estômagos (Tabela 1). Três espécies foram identificadas, Loligo duvaucelli, Loligo forbesi e Octopus vulgaris, a segunda foi a mais consumida com 13,7% de IIR de todas as categorias. A maior amplitude de densidade e de biomassa por estômago correspondeu a L. forbesi (1-3 indivíduos e 0,5-8,6 g, respectivamente).

A importância de crustáceos peneídeos na dieta de T. lepturus já foi reportada por Bitar et al., (2008) no Brasil. Na área de estudo, os indivíduos adultos de P. indicus ocorrem em águas marinhas, enquanto os juvenis são estuarinos, fundos de lodo e areia, de 2-90 m de profundidade. A. erythraeus é também uma espécie de águas marinhas, podendo ocorrer em águas salobras, fundo de lodo e areia, de 0-55 m de profundidade (Fischer et al., 1990). Isto pode ser indicativo de que T. lepturus realize movimentação ao longo do gradiente batimétrico na região à procura da sua presa preferida. Os peixes da família Engraulidae foram os mais importantes na dieta com destaque para os Ocares, dentre eles, o Ocar de cristal (Thryssa vitrirostris). Esta piscivoria foi associada a espécies pelágicas, facto que também foi registado em estudo feito no Brasil. E de acordo com Bittar et al., (2008), este comportamento constituí uma estratégia para minimizar o tempo de forrageamento, favorecendo o ganho energético e/ou nutricional, e/ou ser devido a maior facilidade de captura desses animais durante seu deslocamento. O canibalismo foi também observado no presente estudo (tabela 1). Este facto já foi referenciado na literatura (Martins et al., 2005 e Fischer et

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al., 1990). O comportamento canibal é comum em peixes e tem em vista, dentre outros motivos, a redução da competição por espaço, alimento e parceiros sexuais (Dou et al., 2000).

Os dados do presente estudo pressupõem que T. lepturus pode ser considerada como uma das espécies chave na manutenção da estrutura e do funcionamento da cadeia trófica marinha na região, contudo, futuros estudos poderão ser feitos referentes ao fluxo de matéria e energia entre T. lepturus, suas presas, seus competidores e predadores, de modo a promover a elaboração de um modelo bio-energético para a espécie na região

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3.4. Relação peso-comprimento

Foram medidos 402 exemplares de T. Lepturus e o comprimento total variou entre 16 e 80 cm e uma moda que se situou no intervalo de 70-72 cm (Figura 6).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 6 -1 8 2 0 -2 2 2 4 -2 6 2 8 -3 0 3 2 -3 4 3 6 -3 8 4 0 -4 2 4 4 -4 6 4 8 -5 0 5 2 -5 4 5 6 -5 8 6 0 -6 2 6 4 -6 6 6 8 -7 0 7 2 -7 4 7 6 -7 8 Classes de comprimento (cm) % n = 402

Figura 6: Distribuição de frequência por classes de comprimento de T. lepturus amostrado em Moma no período entre Fevereiro de 2009 e

Janeiro de 2010, sexos agrupados.

Os parâmetros a e b da relação peso-comprimentos, o coeficiente de determinação (R2) e o número de indivíduos da amostra de T. lepturus são apresentados na tabela 2. Os indivíduos cujos sexos não foi possível identificá-los, foram omitidos desta análise. Esta relação de potência foi estudada a três níveis de definição: para fêmeas, machos e sexos agrupados. Os resultados mostram que não existem diferenças nos três níveis de definição, contudo optou-se por apresentar para efeitos de modelação a equação dos sexos agrupados, pois ela é intermédia dos dois sexos (Tabela 2 e figura 7).

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29

Tabela 2: Parâmetros da relação alométrica de peixe-fita (Trichiurus lepturus) amostrado em Moma no período de Fevereiro de 2009 e Janeiro de

2010, onde n é número de observações usadas para cada ajuste.

Sexo Dados de peso (g) n Parâmetros

a b R2

Fêmeas individuais 226 0,0002 3,3132 0,8995

Machos individuais 132 0,0002 3,3022 0,9678

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PT = 0.0002CT3.2847 R2 = 0.9598 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 CT (cm) PT (g )

Peso (g) Power (Peso (g))

c PT = 0.0002CT3.3132 R2 = 0.8995 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 CT (cm) PT (g )

Peso (g) Power (Peso (g))

PT = 0.0002CT3.3022 R2 = 0.9678 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 CT (cm) PT (g )

Peso (g) Power (Peso (g))

b a

Figura 7: Relação peso-comprimento de T. lepturus amostrado em Moma no periodo entre Fevereiro de 2009 a Janeiro de 2010: (a) Fêmeas; (b)

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31 A relação peso-comprimento é um dos importantes parâmetros no estudo das populações de peixes, sendo de importância fundamental para o estudo do ciclo de vida de uma população e a forma mais apropriada para estimativa do peso, a partir de um comprimento conhecido e vice-versa. Suas aplicações permitem estimar o crescimento dos indivíduos, além de ser útil como indicador do acúmulo de gordura e de desenvolvimento das gônadas. A relação obtida nas três definições do presente trabalho (fêmeas, machos e sexos agrupados) é do tipo potencial, seguindo o comportamento da maioria dos teleósteos (Silva Junior et al., 2007). De acordo com Tesch (1971) o expoente b tipicamente tem um valor próximo a 3, mas pode variar entre 2 e 4 sendo que o valor de 3 indica que o peixe tem crescimento simétrico ou isométrico. Já valores diferentes indicam crescimento alométrico, podendo ser positivo, se b>3 e negativo se b<3. No presente trabalho, os valores do expoente b (Tabela 2 e figura 7) estão dentro do intervalo referido pelo autor e semelhantes aos obtidos por Silva Junior et al., (2000) de 3,335 e Cordovil e Camargo (s,d ) de 3,40. Isto pressupõe que a espécie T. lepturus na área de estudo apresenta um crescimento isométrico.

4. Conclusões e recomendações

Os resultados deste estudo mostram que T. lepturus poderá constituir um único manancial que usa as águas costeiras do distrito de Pebane como o centro da distribuição de onde faz migrações de período curto (mês) para o norte e centro da região do Banco de Sofala, a procura das suas potenciais presas. Todavia, a densidade relativa (CPUE) tal como os desembarques totais (capturas) tendem a baixar nos últimos anos. A espécie apresenta um crescimento isométrico do peso em relação ao comprimento total e embora se registe canibalismo, os crustáceos peneídeos (camarão) e os engraulídeos (ocares) constituem as suas principais presas. Para o futuro sugerem-se estudos referentes ao fluxo de matéria e energia entre T. lepturus, suas presas, seus competidores e predadores, de modo a promover a elaboração de um modelo bio-energético para a espécie na região do Banco de Sofala.

5. Agradecimentos

Os dados usados para a realização deste trabalho foram fornecidos pelas Delegações provinciais do IIP em Nampula, Zambézia e Sofala. Por isso, o autor deixa uma palavra de agradecimento às Direcções destas Delegações por este efeito e em particular a Delegação de Nampula (dr. Borge) que financiou a colheita de dados biológicos durante um ano, o meu muito obrigado. O agradecimento é extensivo para toda equipa de amostradores de toda a região do Banco de Sofala com destaque para os distritos de Angoche, Moma, Pebane, Nicoadala e Beira que têm feito um trabalho àrduo na recolha dos dados de pescaria, o meu muito obrigado.

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6. Referências bibliográficas

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