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Professor extensionista e economista do Observatório PUC-Campinas, 2

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05/10/2020

Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20 05/10/2020

Informativo Covid-19 Campinas V1|N21|Semana 40(27/09 a 03/10)

COVID-19 na Região de Campinas Equipe:

Paulo Ricardo S. Oliveira (Coordenador) 1 André Giglio Bueno 2

Felipe Pedroso de Lima 3

Nicholas Rodrigues Neves Le Petit Ramos 4

Até o dia 03/10, o Brasil notificou 4,90 milhões de casos e 145,9mil mortes pela Covid-19, com uma taxa absoluta média de 26,9 mil novos casos e 654 novas mortes por dia.

Este levantamento apresenta as estatísticas de casos e mortes por 100 mil habitantes, bem como o comportamento das curvas de contágio e óbitos para a semana iniciada em 27/09 e encerrada em 03/10 – semana epidemiológica de número 40, no calendário das autoridades de Saúde. A última parte do documento apresenta considerações sobre as questões socioeconômicas e de saúde por parte dos especialistas.

1 Professor extensionista e economista do Observatório PUC-Campinas, e-mail:

paulo.oliveira@puc-campinas.edu.br

2 Professor e médico infectologista da PUC-Campinas/ Hospital e Maternidade Celso Pierro 3 Graduando em Geografia e extensionista da PUC-Campinas (mapas)

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

Números da Covid-19 em Campinas (DRS e Região Metropolitana)

A Tabela 1 apresenta as estatísticas semanais de casos e óbitos para os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do estado de São Paulo.

Neste momento, o DRS-Campinas é o segundo em número de casos e óbitos. Também em relação ao número absoluto de casos e óbitos por semana, o DRS-Campinas ficou atrás, apenas, da Grande São Paulo. Até 03/10, foram notificados 106,04 mil casos e 3,3 mil mortes, na região de Campinas – letalidade de 3,14%. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC5) foram 78,3 mil casos e 2,4 mil óbitos, até o momento – letalidade de 3,18%. Por fim, o município de Campinas registrou 31,,6 mil casos até o momento, com 1.247 óbitos – letalidade de 3,94% -- ver https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19/ .

5 Recorte menor do Departamento Regional de Saúde de Campinas, com 19 municípios do

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

Tabela 1 – Casos e Óbitos nos Departamentos Regionais de Saúde do Estado de São Paulo

Dep. Reg. Saúde

Acumulados

Casos

Acumulados

Óbitos

Novos

Casos

Óbitos

Novos

Abs.

Var.%

Abs.

Var.%

Grande São Paulo

473.214

21.571

10.771

-13,79%

511

19,39%

Campinas

106.045

3.326

2.549

-37,25%

78

-36,59%

São José do Rio Preto

59.891

1.523

2.913

-17,94%

94

30,56%

Baixada Santista

55.735

1.996

1.243

-29,21%

32

-58,44%

Taubaté

44.493

1.209

2.085

-15,11%

41

-58,16%

Sorocaba

43.002

1.090

1.494

-26,98%

49

4,26%

Piracicaba

42.881

1.090

1.688

-27,12%

30

-36,17%

Ribeirão Preto

39.590

1.309

1.992

5,29%

67

13,56%

Bauru

36.284

658

2.031

-14,74%

50

35,14%

Araçatuba

16.046

391

937

5,76%

24

14,29%

Araraquara

15.881

273

1.007

11,39%

16

0,00%

São João da Boa Vista

13.635

308

714

-26,54%

23

53,33%

Marília

13.219

272

712

-5,07%

9

-52,63%

Barretos

12.680

306

740

3,79%

24

242,86%

Presidente Prudente

11.917

331

704

-12,00%

22

0,00%

Franca

11.762

313

847

-14,96%

28

47,37%

Registro

6.953

170

266

8,13%

5

-50,00%

Fonte: Observatório PUC-Campinas, com base nos dados do SEADE-2020. Em linhas gerais, 12 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde apresentaram taxas decrescentes de novos casos. É importante ressaltar que as autoridades de Saúde do estado de São Paulo alegam que o aumento expressivo se deu pela testagem de casos mais leves da doença, recomendado desde 02/07 mas ainda em implementação por alguns municípios do estado.

Em relação à semana anterior, quando o ritmo de avanço da pandemia estava em queda no DRS-Campinas, os casos e mortes tiveram quedas em ritmo maior, como mostram a Tabela 1 e a Figura 1.

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20 Figura 1. Curva Epidemiológica Região de Campinas

A variação do DRS-Campinas em termos de novos casos foi de 2.549 mil casos (-37.24%); RMC, 1,8 mil casos (-37.56%) e Campinas, 517 casos (-38.30%). Em relação à semana passada, as novas mortes decresceram no DRS-Campinas, 78 óbitos (-36.58%); na RMC, 65 (-40.36%), Campinas, 22 (-48.83%).

Como mostram as Figuras 2 e 3, os coeficientes de incidência e mortalidade por 100 mil habitantes aumentaram consideravelmente em alguns municípios em relação aos níveis verificados nos últimos informativos divulgados pelo Observatório da

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PUC-05/10/2020

Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

Campinas ( https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19-na-regiao-de-campinas-v1n08semana-27-28-06-a-04-07/).6

Figura 2. Mapa de Casos da Covid-19 nos Municípios do DRS-Campinas e Engenheiro Coelho

Neste momento, os municípios com menor incidência são Serra Negra e Vargem, com 710 e 720 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Na outra ponta, Paulínia, Jundiaí e Santa Barbara D’Oeste são os municípios com maior incidência, todos com mais de 2.900 casos por 100 mil habitantes. Em relação aos demais municípios paulistas, 11 dos 42 municípios do DRS-Campinas e nove dos 20

6 Houve alterações na amplitude das faixas de incidência para comportar o crescimento

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

municípios da RMC estão entre os 25% de maior incidência – corte em 2348 casos por 100 mil habitantes.

Figura 3. Mapa da Mortalidade pela Covid-19 no DRS-Campinas e Engenheiro Coelho Até o momento, 2 dos 42 municípios do DRS-Campinas não declararam mortes pela Covid-19. Por outro lado, Jundiaí e Campinas continuam entre os municípios com maior índice de mortes do DRS-Campinas, com 99 e 106 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente.

Na RMC, Campinas e Santa Bárbara d’Oeste são, neste momento, os municípios com os mais altos coeficientes de mortalidade – 106 e 89 respectivamente, sempre por 100 mil habitantes. Esses municípios estão, inclusive, no grupo dos 25% dos municípios com maiores taxas de mortalidade, no estado de São Paulo, com corte em 64 mortes por 100 mil habitantes.

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

As últimas semanas foram marcadas pela reversão das iniciativas de flexibilização das medidas de isolamento social, baseadas no anúncio da “quarentena inteligente” do estado de São Paulo. De acordo com último relatório do Governo do estado, publicado no dia 11/09, todos os departamentos regionais de saúde se encontram na fase amarela. É importante ressaltar que as prefeituras podem estabelecer maiores restrições ao funcionamento das atividades econômicas do que as previstas pelo plano de flexibilização do estado.

Da perspectiva da saúde, Registros de novos casos e óbitos seguem em queda no município de Campinas e RMC. Conforme informações adiantadas pela prefeitura de Campinas é provável que toda a região avance para a fase verde do plano São Paulo, permitindo, de maneira geral, uma taxa de ocupação maior dos estabelecimentos, bem como um horário de funcionamento próximo do “normal” para a maioria dos setores. É necessário reforçar, entretanto, que todas as medidas de precaução devem continuar sendo adotadas de maneira cada vez mais rigorosa, uma vez que aumenta a probabilidade de ocorrerem aglomerações nos estabelecimentos.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI COVID no município de Campinas em 03/10 era de 52%, taxa que permaneceu durante quase toda a semana abaixo dos 60%, de modo que segue em andamento o processo de “reversão” dos leitos para atender outras patologias7. É importante, entretanto, que todos os serviços de saúde sigam estruturados para conseguir absorver com segurança um novo eventual aumento de necessidade de leitos para atender pacientes com COVID-19.

Nesta semana também houve o anúncio da prefeitura de Campinas adiando o retorno das aulas presenciais da rede municipal de ensino para 2021, em consonância com uma consulta pública aos pais dos alunos da rede municipal, cujo resultado apontou que 80% deles não levariam os filhos de volta às escolas neste ano. Na rede particular segue a liberação e previsão de retorno às atividades presenciais para o

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

próximo dia 07/10/20208. O tema é polêmico e complexo, pois apesar das inúmeras experiências já existentes em outros países e mesmo em outras regiões do país, é difícil prever qual seria exatamente o impacto desta retomada para o controle local da epidemia. Além disso, há heterogeneidade na capacidade das escolas de seguir com rigor os protocolos de segurança estabelecidos em cada município, sobretudo em termos de recursos humanos (em decorrência de afastamentos) e estrutura física e disponibilidade de insumos relacionados aos protocolos. Por outro lado, é absolutamente inquestionável a importância da escola e a consequente prioridade que as atividades escolares deveriam ter nas agendas de todas as esferas de governo. Na falta completa de qualquer plano do governo federal para uma retomada segura, cada estado e cada município seguem buscando soluções para resolver a questão da melhor maneira possível. Um debate de alto nível sobre o tema foi promovido pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas recentemente e está disponível para consulta9.

Do ponto de vista econômico e social, a pandemia continua afetando a atividade econômica e as oportunidades de geração de renda, mas a economia caminha para um tombo menor do que esperado pelas previsões mais pessimistas. O Departamento Regional de Saúde de Campinas está, há dois meses, na “fase amarela”, e o governo Estado de São Paulo promete “promover” a região para a fase verde, ainda esta semana. Neste momento, podem funcionar, com restrições, bares e restaurantes, salões de beleza, academias, escritórios, cursos livres, aulas práticas de autoescolas, além do relaxamento das restrições ligadas à fase anterior para o comércio e shoppings. Além disto, já é permitida pelo Plano São Paulo a realização de eventos, convenções e atividades culturais como cinema e teatro. A mudança mais expressiva na progressão para a fase verde, parece ser o aumento do limite de ocupações de bares, restaurantes e academias, para 60%.

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https://covid-19.campinas.sp.gov.br/prefeitura-define-retomada-de-aula-presencial-na-rede-municipal-de-campinas-ser-em-2021 - 30/09/2020

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

A sustentabilidade dos avanços na flexibilização, ao que tudo indica, parece estar baseada na eficiência dos protocolos na contenção da crise sanitária. Além disso, a recuperação econômica, infelizmente, vai depender de outros fatores para além das permissões para funcionamento dessas atividades.

Em relação à atividade econômica nacional, os dados recém divulgados da indústria revelam que agosto revelam que houve aumento da atividade na comparação entre julho e agosto/2020, de 3,2%. Os últimos dados do comércio e serviços, ainda referentes ao mês de julho, mostram crescimento de 5,2%, para comércio, e 2,6% para os serviços, na comparação mês a mês. No entanto, a comparação com os meses entre janeiro-julho do ano passado mostra que, à exceção do comércio, a economia ainda não se recuperou do impacto da crise do coronavírus – indústria (-9,6%), comércio varejista (+1,4%) e serviços (-8,9%).

Os dados do mercado de trabalho preocupam, já que contrastam com os resultados relativamente positivos na recuperação da atividade econômica nacional e podem indicar a debilidade da aposta em uma retomada que dependa do consumo das famílias, sobretudo com o fim ou redução dos programas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial. Na segunda semana de setembro, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, segundo patamar mais alto desde o início da série da PNAD-Covid. Além disso, as reduções de carga e salários, bem como o desalento (quando as pessoas desistem de procurar emprego), camuflam a alta subutilização do trabalho na economia brasileira – 16,3 milhões de pessoas não procuram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho em suas regiões, e 21,8 milhões (27%) de trabalhadores tiveram rendimento menor do que o normalmente recebido no mesmo período. O número de pessoas que não procuram emprego por conta da pandemia voltou a cair, o que, num contexto de baixa oferta de vagas, “aumenta” o número de desempregados, isto é, pessoas que procuram, porém não encontram emprego. Em agosto/2020, aproximadamente 34,8% dos domicílios paulistas receberam o Auxílio Emergencial, média de R$ 901,00 por domicílio.

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

As projeções para o PIB brasileiro no terceiro trimestre (3T/2020) são positivas. Tudo indica que a economia se aproxima, portanto, de uma queda mais próxima dos cenários menos pessimistas para 2020. O Ibre/FGV projeta um crescimento de 5,8% para o 3T/2020, frente ao trimestre anterior, mas um decrescimento de 5,5% em relação ao 3T/2019. Apesar do alívio, é importante frisar que estamos recuperando níveis de atividade de um pré-crise que já eram considerados ruins. Além disto, os efeitos de médio e longo prazo da crise sanitária podem dificultar ainda uma retomada de fato da economia brasileira e regional.

A retomada do consumo das famílias vai depender, criticamente, da manutenção do Auxílio Emergencial, agora reduzido para metade do benefício anterior, e do resultado do fim das reduções de carga e salários e suspensão de contratos. Caso os contratos sejam convertidos na manutenção dos postos de trabalho, com recuperação dos rendimentos, a retomada pode ser mais rápida. No entanto, há a possibilidade de que as reduções e suspensões convertam-se em demissões, caso a economia continue patinando, como ocorria antes da crise sanitária.

De forma pragmática, a sustentabilidade da retomada econômica vai depender da retomada da capacidade de consumo das famílias, da política de gastos públicos e da recuperação da economia internacional. Os dados do mercado de trabalho mostram que as reduções de salários, o desalento e o empobrecimento da população atingiram níveis bastantes altos, o que pode prejudicar a retomada do consumo nos próximos meses. Por outro lado, o governo insiste no diagnóstico de que os impactos econômicos serão de curto prazo e na manutenção do teto de gastos. O setor externo tem mostrado sinais de recuperação, sobretudo nos países que melhor controlaram a pandemia, com viés para importação de commodities agrícolas e minerais do Brasil. No entanto, é importante ressaltar que as exportações representam aproximadamente 14% do PIB brasileiro, isto é, parecem pouco suficientes para puxar taxas de crescimento significativas da produção nacional no curto prazo. Como complicador, há o aumento da preocupação com um possível movimento inflacionário, baseado em gargalos de

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

oferta em alguns setores importantes de insumos, como aço, plástico, alimentos, entre outros. Com o dólar alto, dificuldade de ajuste rápido na oferta de alguns insumos e os primeiros passos da retomada da demanda internacional, os preços para os produtores internos têm subido, já causando alguns reflexos para o consumidor final. O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado pela FGV, atingiu 14,47% em 12 meses, até agosto 2020. Esse índice captura aumentos nos custos de insumos que podem ser repassados para o consumidor final em algum momento (IPCA), sobretudo diante do reaquecimento da demanda interna ante a persistência do gargalo de oferta. Nesse contexto, a retomada da demanda interna, via consumo das famílias ou gasto do governo, deverá ser acompanhada de políticas de mitigação do aumento dos custos de insumo, como, por exemplo, a valorização do real em relação ao dólar e mecanismos de política comercial.

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20 ANEXOS ANEXO – 1 Covid-19 nos DRS-São Paulo.

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Informativo Covid-19 Campinas– V1|N21|Outubro20

ANEXO – 2 Curva de novos casos e mortes nos DRS-São Paulo – Interior

Referências

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