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Eixo Temático – Tecnologias e Qualidade Alimentar – sala nº 36 (ARTIGO)

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230)

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230) AVALIAÇÃO DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE SUBMETIDAS À

EXTRATO DE FOLHA DE LARANJA.

Kérolym Lomes da Cruz Unespar/Campus de Paranavaí, kerolymlomes@hotmail.com Franciele Mara Lucca Zanardo Bohm (Orientador), Unespar/Campus de Paranavaí fzanardobohm@gmail.com

Introdução

Desde os primórdios dos tempos já sabia-se que algumas espécies de plantas quando em contato com outras interferiam no seu crescimento, tais efeitos podem atuam de forma direta ou indireta, sendo benéficos ou prejudiciais a algumas plantas. Esta característica acaba por provocar, quando esta é prejudicial, a diminuição da radícula, a germinação, desenvolvimento e reprodução de algumas espécies.

O termo alelopatia foi criado em 1937 pelo pesquisador Hans Molish e deriva do grego allelon (de um para outro), pathós (sofrer) que resumidamente quer dizer prejuízo mútuo (FERREIRA & AQUILA, 2000).

Segundo Molish, alelopatia é a capacidade de as plantas, superiores ou inferiores, produzirem substâncias químicas que, liberadas no ambiente de outras, influenciam de forma favorável ou desfavorável o seu desenvolvimento.

Este termo também pode receber várias denominações, segundo Rice, alelopatia é “qualquer efeito prejudicial, direto ou indireto, de uma planta sobre outra pela produção de compostos químicos que são liberados no meio”. Já para a Sociedade Internacional de Alelopatia a alelopatia é “qualquer processo envolvendo metabólitos secundários produzidos pelas plantas e microrganismos que influenciam o crescimento e desenvolvimento de sistemas agrícolas e biológicos, incluindo animais”.

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Sabe-se que, este fenômeno é definido como a influência benéfica ou maléfica de um indivíduo, planta ou microrganismo, sobre outro, mediada por biomoléculas denominadas aleloquímicos (RIZVI; RIZVI, 1992). Estes aleloquímicos podem ser liberados de diversas formas no ambiente, entre elas, pela decomposição, exsudação radicular, lixiviação e volatilização.

Na decomposição os constituintes químicos dos organismos são liberados para o ambiente e são frequentemente, adicionados ao solo, este processo envolve microrganismos que agem sobre os polímeros presentes nos tecidos, levando a liberação dos compostos tóxicos. Na exsudação radicular os constituídos são substâncias sintetizadas pelas plantas e liberadas no solo pelas raízes vivas das mesmas. Na lixiviação ocorre remoção de substâncias hidrofílicas, já a volatilização ocorre em plantas aromáticas, porém nem todas estão envolvidas com o mecanismo de alelopatia.

O maior grupo de compostos secundários é o dos terpenos, que podem ser sintetizados em diferentes partes e em diferentes períodos do desenvolvimento de plantas, atuando de diversas maneiras (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2001), como, por exemplo, no crescimento e desenvolvimento vegetal (TAIZ; ZEIGER, 2013). Mais de 22.000 terpenos já foram isolados e identificados, sendo muitos deles importantes nas interações planta-planta, ocorrendo na maioria das famílias de 7 plantas (TAIZ; ZEIGER, 2013). Os terpenos são substâncias geralmente hidrofóbicas, produzidas em tecidos vegetativos, flores e, ocasionalmente, em raízes.

Os terpenos estão envolvidos em vários processos ecológicos de plantas, dentre eles as interações alelopáticas com outras plantas (TAIZ; ZEIGER, 2013). Alguns autores destacam que diferentes categorias de terpenos podem promover a inibição da germinação e crescimento de outras plantas, particularmente de plantas daninhas, sendo promissores a serem utilizados como herbicidas naturais (ABDELGALEIL et al., 2009).

Estudos de eventos bioquímicos que envolvem alelopatia em interações planta-planta (incluindo efeitos positivos e negativos) tem sido proposto como possível alternativa para o manejo de plantas daninhas (MACÍAS, 1996). Os

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vegetais apresentam determinados compostos bioativos que fazem parte do seu sistema de defesa e que são de fato herbicidas naturais (MACÍAS et al., 2000). Esses produtos naturais bioativos evoluíram por um longo período de tempo e foram selecionados para atividades biológicas específicas. A relação existente entre a estrutura química de um composto produzido por uma planta e a atividade herbicida tem tornado os aleloquímicos candidatos potenciais para conduzir ao desenvolvimento de novos herbicidas (DUKE et al., 2001).

A ação dos aleloquímicos nas plantas pode, amplamente, ser dividida em ações diretas e indiretas. As ações indiretas podem incluir efeitos que promovem alterações nas propriedades do solo, sua situação nutricional, bem como, alterações na população e ou atividade de microrganismos, insetos, nematoides e outras. O modelo de ação direta envolve os efeitos dos aleloquímicos sobre vários aspectos do metabolismo e desenvolvimento das plantas (SOUZA FILHO et al, 2002).

Alguns dos efeitos específicos incluem modificação na estrutura e no transporte das membranas, alterações das características da morfologia celular, interferência no ciclo celular (replicação, síntese de proteínas, mitose, mecanismos celulares), modificação da atividade de fitohormônios, perturbação do metabolismo energético (respiração e fotossíntese), problemas no balanço de água e na função dos estômatos, inibição de síntese de pigmentos e bloqueio da função de numerosas enzimas (EINHELLIG, 2002).

Ao longo de anos sempre foi possível verificar a capacidade com que algumas plantas acabam por inibir o crescimento de outras, um exemplo bem simples, é a capacidade com que a mangueira impede que determinadas plantas cresçam e se desenvolvam ao seu redor, determinando assim a sua capacidade alelopática.

É possível notar que outras plantas também possuem este efeito em relação a outras, porém devido ao pouco conhecimento sobre estas características, muitas espécies de plantas acabam por serem afetadas quando cultivadas próximas aquelas que possuem esta capacidade.

Os efeitos alelopáticos são mediados por substâncias que pertencem a diferentes categorias de compostos secundários. Estas substâncias ao serem liberadas poderão afetar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento normal e até

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mesmo inibir a germinação das sementes de outras espécies vegetais (SILVA, 1978). Porém, quando se trata de seu efeito benéfico estas substâncias podem determinar características que influenciam de forma positiva no crescimento de outras plantas.

Muitas vezes o fenômeno da alelopatia é confundido com competição, pelo fato de que, em determinadas situações, ambos influenciam no crescimento e/ou desenvolvimento da planta circundante. Contudo, na alelopatia ocorre adição de um fator biológico ao meio ambiente, já na competição, há remoção ou redução de algum fator ambiental (água, luz, nutrientes, etc.), necessário para o crescimento de ambas as plantas que os disputam (ZANINE; SANTOS, 2004).

Os métodos usuais de controle de plantas infestantes não atendem mais as atuais e futuras exigências da sociedade em relação à preservação dos recursos naturais e da qualidade de vida. Uma alternativa para essa questão seriam os metabólitos secundários produzidos pelas plantas, que apresentam pouco risco para o ambiente e para os interesses da sociedade (SOUZA FILHO et al., 2003).

O estudo dos aleloquímicos possui grande relevância ao passo, que o conhecimento dessas substâncias, permite a seletividade entre as culturas permitindo através de sua utilização a inibição das ervas daninhas e otimização consequente do vegetal alvo (MIRÓ, 1998; GOLDFARB, PIMENTEL & PIMENTEL, 2009). Além do mais despertam possibilidades de aplicação em pesticidas naturais. Sendo um meio natural de controle da cultura infestante sem uso de substâncias sintéticas (PICCOLO, et al. 2007).

Em contrapartida, apesar desses estudos, o conhecimento da ação alelopática de espécies nativas ainda é incipiente no Brasil, considerando-se a extensão territorial e a diversidade florística (FERREIRA et al. 1992).

O noroeste é a principal região produtora de citros do Estado do Paraná, com cerca de 70% dos pomares. A alta produção de pomares de laranja, não indica apenas a potencialidade da indústria ou clima altamente favorável, indica também a possibilidade de pesquisas científicas com todas as partes da planta e avaliar a ocorrência de alelopatia.

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Na região de Paranavaí é possível destacar a produção de diversas culturas, entre elas a de milho e alface importantes para a geração de renda e que

apresentam alta produtividade devido a boa adaptação das mesmas ao clima local. A alface (Lactuca sativa) é uma hortaliça anual ou bienal, utilizada na alimentação humana, em média um alface possui de 20 a 30 centímetro e este é altamente constituído por água. Ela é originalmente do Leste do Mediterrâneo, sendo um hortaliça mundialmente cultivada para o consumo em saladas, embora a alface pode ser usada na confecção de outros pratos cozinhados e em sopas (LÊDO, 1998).

Esta hortaliça tem inúmeras variedades de folhas, cores, formas, tamanhos e texturas. Por ser de fácil cultivo a alface é muito fácil de ser encontrada. Sua produtividade é maior em regiões em que o clima é maus frio ou em lugares que possuem sombra parcial. Possuem bastante água e preferem solos que retenham a humidade para evitar que sequem.

Estudos feitos na Bahia, utilizando cultivo de laranja Citrussinensis(L), mostraram que plantas silvestres produzem substâncias que podem ser utilizadas como herbicidas naturais no controle de plantas daninhas que interferem nesta cultura (DIAS E CARVALHO, 2010).

Silva e Áquila (2006) demonstraram que extratos foliares de CecropiapachystachyaTrec. (Urticaceae), Peltophorumdubium(Spreng.) Taub. (Fabaceae), PsychotrialeiocarpaCham. & Schltdl (Rubiaceae), Sapiumglandulatum(Vell.) Pax (Euphorbiaceae) e Soroceabonplandii(Baill.) Burg., Lanj. &Boer (Moraceae), atrasaram a germinação de aquênios e crescimento das plântulas de alface, demonstrando o potencial alelopático.

Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito alelopático do óleo essencial da folha de laranja, sobre a germinação de sementes de alface. Determinando assim, como ocorre o processo em que a planta utiliza estratégias para liberar substâncias que são produzidas pelo metabolismo secundário, o que pode caracterizar uma resposta ao estresse biótico. Isto mostra não só a alta capacidade alelopática de algumas plantas, mas a sua importante utilização em

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alternativa a insumos químicos que danificam e degradam o solo e as plantas por eles afetas, assim como prejudicam à saúde de animais e humanos.

Objetivos

Identificar os possíveis efeitos alelopáticos de extratos de folhas de laranja sobre a germinação e crescimento inicial de alface dos seguintes parâmetros:

- Determinação da porcentagem de germinação de sementes na presença e ausência dos extratos.

- Medir o comprimento do epicótilo e das raízes. - Determinação das biomassas fresca e seca.

Metodologia

Sementes de alface foram obtidas comercialmente e esterilizadas em hipoclorito de sódio a 2% e lavadas com água destilada, em seguida as sementes foram germinadas em placas de Petri contendo duas folhas de papel de germinação umidecidos em água destilada, que representou o grupo controle. O mesmo procedimento foi feito na presença dos extratos de folhas de laranja separadamente para cada tratamento.

Os extratos de folhas utilizados foram preparados a partir do método de maceração no qual foram adicionados 100 mL de água destilada para cada 10 g de biomassa seca de folhas de laranja. Posteriormente, os extratos foram filtrados até a sua total obtenção do conteúdo, este representou o extrato 100%, este extrato também foi diluído para testes nas concentrações de 50% e 25%.

Para avaliar o efeito dos extratos sobre a germinação das sementes os experimentos foram conduzidos em câmara tipo B.O.D. com controle de temperatura e fotoperíodo. As sementes permaneceram na câmara por sete dias com contagem de germinação a cada 24 horas. Considera-se a ocorrência de germinação a protrusão da radícula (FERREIRA E ÁQUILA, 2000)

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Após o experimento de germinação com auxílio de régua milimetrada, foram medidos os comprimentos de todas as plântulas, de cada repetição e os resultados foram expressos em centímetros.

Após a determinação dos comprimentos, as raízes primárias foram separadas por excisão e, imediatamente, determinadas as biomassas fresca, utilizando-se balança analítica, com precisão de 0,001 g. Valores médios das repetições foram obtidos e os resultados expressos em gramas. Após a obtenção das biomassas secas seus valores também foram expressos em gramas.

Resultados e Discussão

No presente trabalho é possível verificar que o extrato de folhas de laranja nas concentrações de 25%, 50% e 100% foi capaz de comprometer a germinação de sementes de alface e o desenvolvimento inicial das plântulas. De acordo com os resultados apresentados na tabela 1 houve uma redução de 87,7% na germinação quando comparadas as sementes de alface controle e tratamento 100%. Estes resultados indicam que aleloquímicos presentes no extrato de laranja impediram o metabolismo inicial de germinação.

Tabela 1- Porcentagem e índice de velocidade de germinação de alface, submetidas ao controle e ao tratamento com extratos de folhas de laranja, nas concentrações de 25%,50% e 100% extrato.

Alface Germinação (%) IVG

Controle 97,5% 5,571

Folhas 25% 97,5% 4,286

Folhas 50% 80,0% 4,392

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Figura 1- Gráfico de porcentagem de germinação de sementes de alface submetidas aos tratamentos com extratos de folhas de laranja.

Quanto ao comprimento das raízes e desenvolvimento inicial, conforme mostrado na tabela 2, foi possível observar uma redução de 34,5% na comparação entre o controle e o extrato 100%.

A emergência da plântula e seu crescimento são as fases mais sensíveis no desenvolvimento do indivíduo. Muitos parâmetros são usados para avaliar o crescimento, sendo o comprimento e a massa seca de raiz e da parte aérea os mais utilizados.

Os aleloquímicos comprometem a permeabilidade das membranas e interferem na respiração celular (BUCHANAN et al., 2001). Estes comprometimentos podem interferir no crescimento das raízes e provocar morte celular.

Tabela 2- Comprimento e biomassas fresca e seca de sementes de alface submetidas ao tratamento com extratos de folhas de laranja, nas concentrações de 25%,50% e 100% extrato.

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Alface Comprimento em (cm) Biomassa Fresca (g) Biomassa Seca (g) Controle 1,83±0,14 n=20 0,0187 1,100 Folhas 25% 1,64±0,14 n=20 0,0291 1,175 Folhas 50% 1,11±0,09 n=20 0,0212 0,0 Folhas 100% 1,2±0,17 n=5 0,0 0,0

Um fato interessante observado durante os experimentos foi a grande quantidade de pelos absorventes nas raízes dos tratamentos, o que pode ser uma resposta ao estresse, uma vez que a planta investe energia em desenvolver novas raízes em busca de explorar mais recursos do ambiente e deixar de obter algum tipo de composto que possa estar prejudicando o desenvolvimento inicial das plântulas. No Brasil, assim como em outros países a utilização de herbicidas é muito grande o que gera altos custos na produção além da permanência de resíduos destas substâncias no ambiente e nas plantas, contaminado os alimentos e comprometendo sua qualidade. Estudos recentes mostram que agrotóxicos podem permanecer nos alimentos e seu consumo pode desencadear doenças como neoplasias (RIBEIRO; SALVADORI; MARQUES, 2003).

Devido a isso o estudo de compostos aleloquímicos é muito importante para identificar compostos que possam ser utilizados como herbicidas naturais.

Conclusão

O extrato de folhas de laranja comprometeu a germinação e o

desenvolvimento inicial de sementes de alface, principalmente na concentração de 100% apresentando menor número de sementes germinadas e menor média de crescimento, quando comparados ao controle.

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Referência

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230)

ESTUDO DE SEMENTES DE ALFACE ORGÂNICO E CONVENCIONAL SUBMETIDOS AO ESTRESSE SALINO

Ketlyn Andriele Lomes da Cruz Unespar/ campus deParanavaí, kethy-lomes@hotmail.com

Franciele Mara Lucca Zanardo Bohm (Orientador) Unespar/campus de Paranavaí fzanardobohm@gmail.com

Introdução

De acordo com os aspectos fisiológicos, estresse é visto como uma condição causada por fatores que tendem a alterar um equilíbrio (WILLADINO; CAMARA, 2010). Desse modo há diversos fatores que alteram o equilíbrio da planta, sendo esses endógenos e exógenos. Dentre os fatores exógenos a água se apresenta como um dos fatores mais importantes para a germinação da planta, pois sua entrada acarreta na protrusão da radícula.

A água é decisiva nas reações enzimáticas, é reagente na digestão eletrolítica de tecidos de germinação de sementes, assim como está envolvido no transporte e solubilização metabólitos. (MACIEL et al. 2012). Visto que a água devido as suas características é produto e reagente da maioria dos processos químicos que acontecem na natureza, sua abundância e qualidade estão diretamente relacionadas ao processo de germinação de uma determinada plântula.

A germinação de uma semente começa com a embebição, ou seja, a absorção de água pelas células da semente. Os tecidos então são reidratados e a respiração celular intensificada, ocorre a ativação enzimática, em seguida os triglicerídeos são quebrados em ácidos graxos para gerar energia, culminando com a retomada do crescimento do eixo embrionário, que resulta na emergência da radícula, significando o final do processo germinativo da semente (MATIAS et al. 2015)

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O processo de embebição só ocorre quando o potencial osmótico do embrião da semente é menos negativo que o potencial osmótico do meio. Assim com a adição de solutos na água a embebição pode não ocorrer ou ocorrer de forma prolongada, pois o potencial osmótico não favorece a entrada de água. A água que entra através do hilo pode entrar lentamente sendo um fator determinante nos reações metabólicas seguintes. (CARDOSO, 2004)

A salinização do solo afeta tanto o processo de velocidade de embebição quanto na entrada de íons em quantidades tóxicas no protoplasma. A salinidade, ao reduzir o potencial osmótico do meio, prolonga o tempo necessário para a absorção de água pelas sementes. A sensibilidade as concentrações de sais pode variar de acordo com o genótipo de cada planta, algumas são mais resistentes e outras apresentam pouca resistência (SOUZA et al, 2010).

O metabolismo germinativo é alterado ao inibir a mobilização das reservas e ocasionar distúrbios nos sistemas de membranas do eixo embrionário. Embora a semente em seu processo de germinação não necessite de sais, mas apenas de água e aeração, os íons salinos afetam a absorção de água e sem estes íons não ocorre à quebra da dormência (SCHOSSLER et. al., 2012).

A salinidade pode ainda interferir na germinação de sementes por outros fatores, como o gasto de energia de reserva da semente para absorver água e posteriormente não dispor desse reservatório para outros processos, induzindo mudanças nas atividades das enzimas catalase, polifenoloxidase e peroxidase (DEBOUBA et al., 2006).

Já a planta a ser exposta a uma concentração elevada de cloreto de sódio desenvolve mecanismos biomoleculares de respostas ao estresse salino. Desencadeia cascatas de reações bioquímicas de percepção e expressão de genes ligados ao fator modulador do estresse. Em seguida ocorre à resposta da planta envolvendo expressão gênica, síntese de proteína e balanço hormonal (SILVEIRA et al, 2010). Além do mais o excesso de sais pode comprometer processos fisiológicos e bioquímicos. Causando na planta prejuízos na fotofosforilação, cadeia respiratória, síntese de proteínas, como também no metabolismo de lipídios e

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assimilação do nitrogênio ao inibir a síntese de enzimas que agem como cofatores nesses processos (PINHEIRO, et. al, 2013; VIUDES; SANTOS, 2014).

O metabolismo da planta se altera devido à acumulação de íons Na+ e Cl- no

protoplasma da planta. Os íons e o estresse osmótico são responsáveis tanto pela inibição quanto pela demora na germinação e estabelecimento das plântulas (SOARES, et. al, 2015). Os íons de sódio e cloro acarretam toxidade iônica e desequilíbrio nutricional, pois dificultam a entrada de íons de potássio, cálcio, magnésio, fósforo e nitrato (VIUDES; SANTOS, 2014), macronutrientes essenciais no desenvolvimento dos vegetais.

Os distúrbios metabólicos acometidos por Na+ é decorrente da competição

com K+ pelos sítios ativos dos ribossomos e enzimas. Sendo o K+ um ativador de

diversas enzimas a substituição pelo íon Na+ acaba interrompendo vários processos

metabólitos que são considerados essenciais. Outro problema decorrente da concentração de Na+ elevada no citosol é a alterações na absorção e no

metabolismo do Ca+2. O Na+ substitui o Ca+2 das membranas celulares afetando a

permeabilidade das mesmas promovendo a perda da capacidade de absorção de alguns íons (WILLADINO; CAMARA,2010).

Segundo Silva et al.(2017) o acúmulo de íons Na+ e Cl- nos tecidos das

plantas podem ocasionar produção de espécies reativas de oxigênio, provocando a interrupção de importantes vias metabólicas. O estresse oxidativo pode provocar peroxidação lipídica da membrana, inativação de enzimas decorrente da desnaturação, oxidação de carboidratos, danos na formação de ácidos nucléicos e do complexo fotossistema II.

A salinização do solo ocorre principalmente em regiões que não favorecem uma drenagem eficiente, principalmente onde o manejo da irrigação é inadequado ou a água utilizada apresenta problemas de qualidade (SOARES, et. al, 2015). Essa alteração no solo pode ocorrer de forma natural ou através de atividades desenvolvidas pelo homem.

O processo natural de salinização dos solos pode ocorrer dos fenômenos de intemperismo das rochas, assim como pela lixiviação do solo e pela deposição de sais provenientes dos oceanos pela ação das chuvas e dos ventos, sendo

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denominada de salinização primária. A salinização é denominada secundária quando a elevação na concentração de sais no solo é resultante de alguma atividade antrópica, geralmente associada ao desmatamento, ao excesso de água de irrigação, ao padrão de qualidade da água de irrigação abaixo do recomendado, uso de adubos químicos e sistemas de drenagem ineficientes (PEDROTTI, 2015; SILVA, 2016).

Visto que a demanda por alimento é cada vez maior e o Brasil é o terceiro maior mercado exportador agrícola do mundo, segundo a Organização Mundial do Comércio, a utilização de insumos agrícolas passou a ser cada vez mais frequente. De acordo com Purequeiro et. al. (2011), devido ao uso desses insumos sem conhecimento técnico e à preocupação em garantir elevada produtividade, a utilização de quantidades excessivas de fertilizantes, promove, em vários casos, após três anos de exploração, a salinização dessas áreas, inviabilizando seu uso. O processo de salinização pode ser agravado por culturas de ciclo rápido como a alface que precisa ser adubado a cada novo plantio.

Estima-se que no Brasil, os solos com problemas de salinidade sejam da ordem de 2% do território nacional (Embrapa Solos – Mapa de Solos do Brasil). A prevenção da degradação do solo, de modo geral, está relacionada com menor movimentação possível do solo nas condições adequadas de umidade, sistemas de irrigação apropriado à natureza do solo, de doses e de frequências de irrigação, águas de baixo teor salino, ao não uso de insumos químicos e rotação de cultura (MANZATTO, et. al. 2002)

Desse modo a agricultura orgânica torna-se uma forma de prevenção contra a salinização do solo, pois evita a utilização de insumos como os fertilizantes. Outro fator a ser considerado é a obtenção de sementes orgânicas. Atualmente estas sementes são de difícil acesso para produtores, mas segundo a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento de outubro de 2011; a qual diz que o cultivo de orgânicos deve ocorrer sem a adição de compostos químicos sintéticos, é correta a utilização de sementes orgânicas neste modo de produção. Além da falta de oferta de sementes orgânicas também os estudos sobre a fisiologia destas sementes são escassos.

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Objetivos

O presente estudo teve por objetivo verificar os efeitos da salinização na germinação e desenvolvimento inicial de sementes orgânicas e convencionais de alface através da análise de:

Avaliação do Índice de velocidade de Germinação (IVG) para ambas as sementes;

Determinação da massa fresca e seca das raízes das plântulas; Medida do comprimento das radículas.

Metodologia

1. Obtenção das sementes:

As sementes orgânicas de alface foram obtidas na horta orgânica da Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranavaí. Inicialmente foram acompanhadas as plantas e posteriormente adquiridas às sementes, identificadas e armazenadas sob refrigeração. As sementes convencionais foram obtidas comercialmente e também refrigeradas.

2. Germinação:

Sementes de alface foram esterilizados em hipoclorito de sódio a 2% durante dois minutos e lavadas em seguida em água destilada. De acordo com a espécie as sementes foram separadas e germinadas em placas de Petri contendo duas folhas de papel de germinação umedecidas em água destilada, que representou o grupo controle.

Em laboratório foi preparada a solução de Cloreto de Cálcio (CaCl) para a determinação do estresse salino, na concentração inicial de -0,6 MPa e posteriormente -0,3 MPa, essas concentrações foram calculadas pela fórmula de Van´t Hoff (CABRAL et. al. 2013). Essa solução foi armazenada em refrigerador para utilização nos futuros experimentos.

Em cada placa foram colocadas 10 sementes com espaço suficiente para a germinação e embebidas em água destilada ou pela solução salina. Para avaliar o

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efeito do tratamento e comparar sementes orgânicas e convencionais as placas foram acondicionadas em câmara do tipo B.O.D. por 7 dias, com fotoperíodo de 12 horas de claro e 12 horas de escuro com contagem de sementes germinadas a cada 24 horas. Considera-se a ocorrência de germinação a protrusão da radícula (Ferreira e Áquila, 2000).

3. Comprimento das raízes:

Após o experimento de germinação com auxílio de régua milimetrada, foram medidos os comprimentos das raízes de todas as plântulas, de cada repetição e os resultados foram expressos em centímetros.

3. Biomassa fresca e seca

As raízes medidas foram pesadas utilizando-se balança analítica, com precisão de 0,001 g. Valores médios das repetições foram obtidos e os resultados expressos em gramas.

Para a determinação de biomassa seca as raízes foram colocadas em secador para desidratação até peso constante. Posteriormente pesados em balança analítica.

Resultados e Discussão

Tabela 1- Índice de velocidade de germinação para as sementes orgânicas e convencionais de alface submetidas ao tratamento de cloreto de cálcio (Ca2 Cl) na

concentração de -0,6 MPa e -0,3 MPa.

Controle* -0,6 MPa Controle** -0,3 MPa

Alface orgânico 29,1% 12,07% 28,28% 24,53%

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Os resultados da tabela 1 mostraram que o IVG de sementes de alface convencionais controle apresentaram IVG de 29,1% enquanto a orgânica apresentou IVG de 23,92%. Já na concentração de – 0,3 MPa não houve diferenças significativas na germinação das sementes de alface submetidas ao estresse salino, ambas as sementes apresentaram índices similares de germinação.

Tabela 2- Comprimento da radícula em centímetros de sementes orgânicas e convencionais de alface submetidas ao tratamento de cloreto de cálcio (Ca2 Cl) na concentração de

-0,6 MPa.

Orgânico Convencional Alface

Controle 2,49± 0,33 n=60 3,73 ±0,66 n=60 Tratamento 0,15 ± 0,06 n=60 0,14 ± 0,04 n=60

Tabela -3 Comprimento da radícula em centímetros de sementes orgânicas e convencionais de alface submetidas ao tratamento de cloreto de cálcio (Ca2 Cl) na concentração de

-0,3 MPa. Orgânico Convencional Alface Controle 3,16 ± 0,3 n=60 2,94 ±0,27 n=60 Tratamento 0,81 ± 0,23 n=60 0,45 ± 0,13 n=60

Tabela 4- Biomassa fresca e seca em gramas de raízes de plântulas convencionais e orgânicas de alface nas concentrações de -0,6 MPa e -0,3 MPa.

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Biomassa Fresca(g) Biomassa Seca(g) Alface Orgânico Controle 0,0189 n=60 0,0014 n=60 -0,6 MPa 0,0027 n=60 0,0003 n=60 Controle 0,0197 n=60 0,0013 n=60 -0,3 MPa 0,0032 n=60 0,0007 n=60 Alface Convencional Controle 0,0369 n=60 0,0013 n=60 -0,6 MPa 0,0027 n=60 0,0003 n=60 Controle 0,0225 n=60 0,0014 n=60 -0,3 MPa 0,0057 n=60 0,0005 n=60

Nas tabelas 2 e 3 é possível observar uma redução significativa nas propulsões das radículas tanto para a concentração de – 0,6 MPa, como em -0,3 MPa. Na concentração de -0,6 MPa (tabela 2) a radícula do alface orgânico tratamento teve uma redução 93, 9% comparado ao seu controle, já a semente convencional de alface reduziu em 96,3% sobre tratamento. No tratamento de -0,3 MPa também é possível observar redução significativa do tamanho da radícula tanto em sementes orgânicas quanto nas convencionais. O comprimento da radícula foi reduzida em 74,4% na alface orgânica e 84,7% na alface convencional. Maciel et. al. (2012) ao trabalhar com efeito do cloreto de potássio nas sementes de brócolis (Brassica oleracea L. var. itálica) orgânicas e convencionais observou que o estresse salino diminuiu a germinação das sementes em vigor principalmente na concentração de -1,6 MPa.

A diminuição da biomassa fresca e seca (tabela 4) pode ser observada tanto nas raízes de plantas convencionais quanto orgânicas, verificando-se que o estresse salino diminuiu o desenvolvimento da plântula. Aguiar et. al. (1980) ao estudar o efeito no estresse salino em melão (Cucunis melo L.) constatou que o vigor das

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plântulas, medido pelo peso verde e peso de matéria seca, foi afetado por níveis mais baixos de salinidade, isto demonstra que, além de prejudicar a germinação, a presença de sais no solo em pequenas quantidades exerce efeitos inibidores no desenvolvimento da plântula.

O estresse salino altera a disponibilidade de recursos minerais, reduzindo a atividade dos íons em solução e alterando os processos de absorção, transporte, assimilação e distribuição de nutrientes na planta (FARIA et al, 2009). Todos estes fatores comprometem o crescimento inicial da planta que começa pela raiz. A salinidade além de promover o estresse osmótico, promove o estresse iônico e oxidativo. Em plantas o estresse salino pode promover altas concentrações de cátions como o Na+, Ca+2, Mg2+ e K+ e ânions, como Cl-, SO4-, HCO3-, CO2- e NO3-,

limitando o crescimento da planta. Outras consequências são o comprometimento do funcionamento dos estômatos, a redução no crescimento foliar e assimilação líquida do carbono, assim como a redução da biomassa. (SILVA, et al., 2017). Estas observações corroboram com os resultados obtidos neste trabalho.

Conclusão

O estresse salino na concentração de -0,6 MPa reduziu a germinação das sementes, o que não foi observado na concentração -0,3MPa. No entanto verifica-se na concentração de -0,3MPa redução no crescimento inicial de todas as plântulas. Nota-se também que embora a solução salina apresente menor inibição na germinação das sementes convencionais os efeitos salinos no desenvolvimento inicial da planta foram maiores que nas sementes orgânicas, demonstrado pelos resultados de comprimento das radículas e biomassa. Considerando que o método orgânico de produção é uma alternativa viável para a manutenção da qualidade de solo, o estudo dos efeitos do estresse salino na germinação de sementes orgânicas contribui para o conhecimento a respeito da resistência dessas, já que ainda é pouco é relatado na literatura.

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Referencias

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230) COMPONENTIZAÇÃO EM PROJETOS WEB

SENA, Willian Basseto (Graduação FAFIMAN) PROBIC – Projeto de bolsas de iniciação científica-FAFIMAN 1. Resumo

A constante evolução da tecnologia nunca foi tão evidente como nos dias de hoje. A cada dia que passa, maior a “necessidade” de equipamentos com mais capacidade de processar informações, maior velocidade de conexão, mais espaço de armazenamento. Estar online se torna a prioridade do século.

Com o surgimento do smartphones tornou-se mais fácil estar conecto transmitindo e recebendo informações em tempo real. Com a grande evolução da internet novas empresas surgiram com novos serviços, empresas como Google, Facebook, colaborando com a crescente mudança nos hábitos de nossa sociedade. Atividades como pagar uma conta, pedir comida por delivery, locar ou até mesmo locar um filme podem ser feitas a partir de qualquer dispositivo mobile.

Junto com o desenvolvimento tecnológico, os sistemas e aplicações também devem acompanhar essas mudanças. Muitos sistemas que não acompanharam essa evolução, ou que não possuem suporte foram substituídos por aplicações mais modernas. Desta maneira, os desenvolveres de software tem que acompanhar esta evolução, buscando novas técnicas, linguagens e técnicas de programação.

A componetização, é uma das técnicas aderidas por desenvolvedores para otimizar o desenvolvimento de projetos. A utilização e componentes em um projeto podem trazer diversas vantagens, o programador não precisa se preocupar em desenvolver todas as funcionalidades do projeto, aplicando somente as funcionalidades necessárias para seu projeto. Desta forma é possível dividir o processamento em serviços eternos externos, evitando o sobrecarga, tanto para o desenvolvedor quanto para sua aplicação.

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2. Introdução:

Junto com a constante evolução dos meios de comunicação, alcance das redes, e evolução dos dispositivos mobiles juntamente com dispositivos Iot foi necessário desenvolver novas técnicas para o desenvolvimento de software. Tais mudanças não afetam somente as aplicações web, aplicações projetadas exclusivamente para dekstop. A necessidade de integrar aplicações empresariais com dispositivos e sensores foi um dos fatores do surgimento de aplicações hibridas.

Este projeto tem o como objetivo demostrar as vantagens em utilizar web componentes junto ao desenvolvimento de aplicações, com o foco em aplicações mobiles e web. Serão mencionadas ferramentas utilizadas com o objetivo de trazer praticidade, e uma melhor qualidade a um projeto, onde não se torna necessário mais, o desenvolvimento de funcionalidades simples, com o comportamento de menus e botões, sendo possível que o desenvolvedor possa se dedicar mais as regras de negócio envolvidas em um projeto.

Uma vasta documentação junto a inúmeros exemplos, acompanhado de comunidades ativas e cooperativas podem facilitar também no aprendizado e na aplicação de funcionalidades, não somente para desenvolvedores experientes, mas também para novos profissionais sem muita experiência desenvolvimento de software.

Tais praticidades podem trazer não somente um avanço em aplicações, ou no tempo para desenvolver e manter aplicações, mas permite que os serviços possuam um melhor feedback, e até mesmo na correção de bug’s, pois com um número maior de usuários e desenvolvedores, torna-se mais fácil para identificar problemas e corrigi-los.

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3. Fundamentação Teórica:

3.1. HTML

Criado por Tim Bernes-Lee, originalmente desenvolvido inteiramente em uma linguagem Pascal, juntamente com Robert Cailliau, foi possível desenvolver em 1989 a primeira comunicação bem sucedida entre um client HTTP e um servidor, através da internet. A sigla HTML tem origem na do inglês HyperText Markup Language (Linguagem de marcação de Hipertexto).

Sua primeira versão, teve como base a linguagem SGML, que era utilizado para estruturar documentos. Assim como na SGML, o HTM é composto por tags, diferente do SGML, o HTML consegue fazer a integração utilizando o atributo href da tag <a> ( <a href=””>), onde referencia outro arquivo (HTML) e suas respectivas informações. Esse conceito de links que o HTML realiza é o a base para o funcionamento de toda a internet, pois consegue interligar documentos e suas respectivas informações e funcionalidades.

Desde sua primeira verão, até meados de 1995, os padrões eram definidos pela CERN e pela IETF. Em 1995 a W3C passou a ser a entidade que regulava os padrões de desenvolvimento web. O HTML só se tornou popular em sua versão 2.0, onde foi apresentado na primeira conferência mundial sobre Web, a World Wide Web Conference. Nesta versão não foram implementadas novas funcionalidades, apenas correções da versão anterior. Novas funcionalidades só foram implementadas na versão 3.2, onde a linguagem apresentava as tags tables, applets além de um texto flutuante que rodeava as imagens.

3.2. CSS

CSS é a sigla para o termo em inglês Cascading Style Sheets, que em português significa Folha de Estilo em Cascata. Basicamente o CSS é uma linguagem que pode ser aplicada junto a arquivos HTML ou XHTML, por exemplo, com o objetivo de tornar uma página web mais bonita e apresentável, no que se refere a aparência e principalmente com o design.

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3.3. Bootstrap

Toda a parte gráfica de um site, está relacionado diretamente ao CSS. As cores, os tamanhos das fontes, os espaçamentos entre parágrafos, podem ser definidas por um arquivo com extensão .css. Isso permite ao programador front-end realizar customizações a um site de acordo com sua necessidade, logos, e até mesmo definir algumas regras de responsividade.

O termo Cascading se aplica ao método de utilização, ou seja é possível utilizar diversos documentos com extensão .css para compor um único visual de uma página web, separando-os por elemento de acordo com a necessidade e os padrões adotados pelo desenvolvedor. É possível por exemplo, escrever funções de estilo para uma webpage, e dividir os elementos responsáveis pela exibição mobile, em um arquivo mobile.css e as rotinas para estilo desktop em um arquivo desktop.css. Várias folhas de estilo podem ser referenciadas a partir de um único arquivo HTML, sendo responsabilidade do navegador gerenciar e mesclar as informações encontradas

Para ALBINO (2015) a utilização de arquivos .css junto a arquivos HTML ajuda a evitar que o mesmo estilo seja escrito e diversos arquivos HTML distintos, facilitando também a manutenção de aplicações Web. Em casos de mudanças nos padrões, cores, e até mesmo de designers inteiros, muitas vezes, podem ser feitos alterando somente alguns arquivos .css.

O Bootstrap é um framwork voltado ao front-end, ou seja, toda a integração visual, que interage diretamente com o usuário final. É uma biblioteca open source, que originalmente foi desenvolvida por dois membros do Twitter, que anteriormente possuía o nome de Twitter Bluepront.

Após alguns meses de desenvolvimento o Twitter o apresentou na primeira Hack Week, um evento de uma semana realizado onde segundo SELVITELLE(2010) a equipe de desenvolvedores do Twitter receberam projetos individuais ou de equipes, que apresentavam inovações na área da Tecnologia, e daria o devido encaminhamento. Após a apresentação, o projeto serviu como direcionamento para o desenvolvimento de ferramentas internas na empresa, por mais de um ano, até seu lançamento público.

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Após sua divulgação oficial em 2011, está em constante evolução até hoje. Atualmente se encontra na versão 4.1, e acompanha as alterações arquiteturais. Tem como objetivo, ajudar os desenvolvedores web a manter as novas propriedades de CSS, sem a necessidade de reescrever algumas estruturas que já estão difundidas nos grandes navegadores modernos. É mantido por uma equipe de desenvolvedores do GitHub, e estão em uma constante busca por colaboradores que demonstre interesse em manter plug-ins javaScript ou CSS que ajudem na criação de ferramentas para front-end.

3.4. jQuery

O jQuery é uma biblioteca composta por diversas funções JavasSript que interagem de forma direta com arquivos HTML, facilitando a interpretação de scripts nos navegadores. Originalmente desenvolvido em 2005, disponibiliza recursos rápidos e eficientes de desenvolvimento web. Versátil e muito difundidas, o jQuery estabeleceu alguns padrões em códigos JavaScript.

O jQuery é uma biblioteca JavaScript rápida, pequena e rica em recursos. Ele torna as coisas como passagem e manipulação de documentos HTML, manipulação de eventos, animação e Ajax muito mais simples, com uma API fácil de usar que funciona em vários navegadores. Com uma combinação de versatilidade e extensibilidade, a jQuery mudou a maneira como milhões de pessoas escrevem JavaScript. Desenvolvida por RESIG John em 2006, sofreu diversas alterações, sendo utilizada em grande parte dos projetos Web. Atualmente é mantida pela JS Fundation e está na sua versão 3.3.1.

3.5. AdminLTE

AdminLTE é um projeto de código aberto que possui licença MIT, que permite que o desenvolvedor faça praticamente qualquer coisa que desejar, desde que inclua os direitos autorais em "todas as cópias ou partes substanciais do Software".

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A atribuição não é necessária, mas é adotadar pela grande maioria dos desenvolderos de software que a adotam

3.6. PHP

O PHP é uma linguagem de script, open source , extremamente utilizada para o desenvolvimento web, pois pode ser atribuída juntamente com o HTML. PHP é um acrônimo. recursivo para a frase hypertext Proprocessar(processador de hipertexto). Todos os códigos PHP são delimitados por tags “<?php ?>” . No PHP o comando é executado por um servidor, gerando um HTML que enviado para os clientes, seja um navegador desktop ou mobile. Eles recebem os resultados das execuções destes scripts, sem saber qual tipo de instruções foram executadas pelo servidor. É possível configurar o servidor web para processar todos os arquivos PHP e HTML, sem que o cliente tenha acesso a tais informações.

Uma das principais vantagens do PHP, é que ele é extremamente simples para a compreensão de iniciantes desta linguagem, mas oferece recurso extremamente avançados para desenvolver sua aplicação. Apesar da grande maioria de scripts serem desenvolvidos para o servidor, pode ser aplicada em diversas áreas de atuação e do mercado, basta que seja escrito scripts para isso. Atualmente se encontra na sua versão 7.1.20, mas ainda presta suporte as versões 5.6 ou superiores.

3.7. Laravel

O Laravel é um framework desenvolvido em PHP, open source, baseado no conceito RAD (Rapid Application Development), desenvolvido por Taylor Otwell, onde sua primeira versão oficial foi lançada em junho de 2011. Adota o padrão MVC (Model, View, Controller) e é utilizada quase que integralmente no desenvolvimento de aplicações web. Possui uma sintaxe concisa e simples, adota um sistema modular junto a um gerenciamento de dependências, suporte a praticamente todos os bancos de dados existentes, integração com redes sociais.

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Em 2013 Otwell lançou reorganizou toda a estrutura do framework, tendo seus componentes distribuídos pelo COMPOSER (Gerenciador de pacotes PHP), e começou a utilizar os componentes do SYMFONY. Todas as alterações foram oficializadas na versão 4, onde todos seus componentes foram totalmente reescritos.

Em 2014, Taylor notou que novamente havia realizado movimentações consideráveis na estrutura do framework, e verificou que não seria coerente oficializar tais alterações como o release 4.3, decidindo assim incrementar uma nova versão de grande porte, sendo oficializada em fevereiro de 2015, como a versão 5.

3.7.1. Blade

O Laravel possui uma comunidade ativa e atuante, uma documentação completa e disponível para qualquer usuário. Todo seu código fonte está disponível no GitHub, e possui uma licença MIT. Atualmente se encontra na versão 5.6, mas assim como o PHP, ainda mantém a versão 4.2 ou superiores.

Blade é um motor de templetes, do inglês (templete engine) embutido ao Laravel, com ele é possível criar não somente views, mas templetes completos e dinâmicos, possibilitando uma dinamização em projetos, utilizando de componentes padrões.

3.8. Componentização

A ideia da componentização surgiu em meados de 1968 com Doug Mcllroy, que sugeria a criação de componentes de software para distribuição em massa. A ideia inicial era que os componentes se tornassem rotinas que pudessem ficar disponíveis para que os programadores utilizassem em seus softwares. Tais técnicas apesar de aplicadas no desenvolvimento de aplicações desktops, foi no desenvolvimento web que foram aplicadas de foram mais eficientes.

Com a nova necessidade de padronizar as aplicações web, muitos navegadores ainda não possuem os mesmos recursos, sendo necessário a utilização de ferramentas para suprir tais recursos. Está ferramentas são denominadas Polyfills. A tendência é que com a padronização e a atualizações das

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aplicações e navegadores recentes a utilização e Polyfills seja reduzida e possivelmente até extinta.

Uma das vantagens da utilização de componentes é a sua capacidade de reutilização em aplicações distintas, ampliando não somente o alcance de tais dispositivos, mas também a possibilidade de com uma divisão de tarefas adequada a manutenção e consequentemente a durabilidade e a evolução de uma aplicação pode ser muito maiores.

A utilização de arquiteturas como a MVC do inglês Model View Controller, um padrão de arquitetura de software, em que divide uma aplicação em 3 camadas, uma de integração direta ao usuário final, denominada View, uma camada responsável por trazer os dados, denominada Model e por ultimo a camada responsável por processar e controlar as informações. Combinando as arquiteturas como a Arquitetura Orientada a Serviço, do inglês Service Oriented Architecture que utiliza de serviços externos a sua aplicação, utilizando serviços externos.

Desta forma é possível desenvolver aplicações compatíveis com os dispositivos mobiles atuais. FARIAS (2016) afirma que os “Dispositivos móveis (...) não é mais o futuro, é o presente.”, devido ao fato de muitas pessoas não acessam mais a internet através de desktops, e sim somente via smartphones. Grande parte dos templates web desenvolvidos nos dias de hoje, já são projetados para serem exibidos tanto em dispositivos desktop, quanto para dispositivos mobiles.

Segundo o GOOGLE (2018) em 2018 94% dos norte-americanos que possuem smartphones, utilizam seu aparelho para buscar informações locais, onde 77%¨das pesquisa em dispositivos mobiles ocorrem tanto no ambiente de trabalho quanto no ambiente doméstico, ou seja, ambientes que provavelmente possuem computadores ou notebooks para fazer as mesma pesquisa. Desta forma, torna evidente que garantir uma boa experiência em navegação aos seus visitantes que acessam um site.

3.9. Android

Consiste o Android segundo Lecheta (2013), em uma plataforma de desenvolvimento de aplicações moveis, baseado no sistema operacional Linux,

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apresentando uma interface gráfica com grandes recursos e diversas aplicações nativas. É responsável por uma grande revolução em dispositivos moveis, como tablets e smartphones, pois foi criada com o objetivo de agregar os usuários, concentrando em um único aparelho todos os recursos esperados por um usuário como, bom visual e de fácil usabilidade, tela touch screen, acesso a internet, câmera, Gps, musicas, gps, jogos e muito mais.

Os fabricantes de celulares são os principais beneficiados pois o fato de existir uma única plataforma consolidada, é uma grande vantagem (LACHETA, 2013). Apresentam também grandes vantagens pois é uma plataforma com o código aberto e livre, com uma licença flexível e que permite que cada fabricante realize as alterações necessárias em seu código fonte para diferenciar e customizar seus produtos. Para Lechete (2013) os fabricantes podem utilizar da plataforma Android sem precisar pagar, o que possibilita uma vantagem no mercado. Além de utilizar uma plataforma confiável.

Devido ao código do Android ser aberto, possibilitou o aperfeiçoamento da ferramenta, onde desenvolvedores podem identificar e corrigir erros além de inserir novas funções ou processos. Com uma ferramenta consolidada no mercado, como o Android é possível que os desenvolvedores de software utilizem destes recursos em suas aplicações. Com um padrão estipulado é possível projetar também componentes, que se comunicaram com as funcionalidades básicas do dispositivo, sem necessariamente a aplicação se preocupar com tais funcionalidades.

3.10. Google Maps

O Google Maps é um serviço gratuito distribuídos pela Google para pesquisar e visualizar mapas ou imagens de satélite. Um dos serviços oferecidos por ele é o de calcular um trajeto dinamicamente com base em informações de trânsito em tempo real, sugerindo até mesmo qual pista o usuário deve seguir. Possui uma navegação de GPS passo a passo, com sugestões que podem ajudar em todo o trajeto.

Dentro do Maps é possível realizar consultas de estabelecimentos em uma determina região, fazer reservas de hotel, procurar restaurantes. Com o Art Project é

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possível visualizar locais como Palácio de Versalhes Casa Branca, Museu Nacional de Tóquio de qualquer dispositivo mobile.

Existe um grande incentivo do Google a todos que queiram contribuir com seus projetos, seja um comerciante para integrar fotos de seus estabelecimentos para o Google Street View Indoor. Todos estes serviços podem ser integrados com uma aplicação web, sendo necessário apenas algumas configurações. Existe uma vasta documentação disponibilizada pela própria Google, junto com seus parceiros, além de grande contribuição da comunidade de desenvolvedores web.

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Referências

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