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Dados no R n. Dados em altas dimensões 29/03/2017

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Dados em altas dimensões

Dados no R

n

• Alguns dados são apresentados como vetores em Rn

• Alguns dados não são apresentados como vetores mas podem ser representados como vetores (e.g. Texto)

Dados no R

n

• Texto

– Cada termo uma dimensão

– Valor da dimensão: frequência da palavra – Lingua inglesa 25000 termos  dimensão alta

Dados no R

n

• Similaridade/distância entre vetores

– Distância euclideana

– Ângulo entre vetores/ produto interno

• Como essas medidas funcionam em altas dimensões?

(2)

Dados no R

n

• Colocar desenho no quadro e pedir intuição dos alunos

• Em dimensão alta pontos sorteados aleatoriamente estão mais próximos dos vértices ou do centro de um hipercubo de lado 1?

Dados no R

n

• Colocar desenho no quadro e pedir intuição dos alunos

• Em dimensão alta pontos sorteados aleatoriamente estão mais próximos dos vértices ou do centro de um hipercubo de lado 1?

– Considerar volume de hipercubo de lado 0.9 com centro na origem.

Probabilidade e Volume

• Qual a probabilidade de um ponto sorteado aleatoriamente em um quadrado de lado um com centro na origem cair em um cículo de raio 1 com centro na origem?

Propriedades do hipercubo

Fatos importantes

• Para dimensão d todo vértice do hipercubo de arestas com comprimento 2 e centro na origem tem distância d1/2 da origem

(3)

Propriedades da bola unitária

Fato. O volume de uma bola de raio r em uma dimensão fixa d é proporcional a (2r) d

– d=2: volume= r2

– d=3: volume = 4/3  r3

Justificativa:

– um hipercubo com centro na origem e lado 2r/d0.5

está contido na bola e que seu volume é (2r/d0.5)d

– A bola está contida em um hipercubo com centro na origem e lado 2r e seu volume é (2r)d

Propriedades da bola unitária

Lema (2.6). O volume de uma bola de raio 1 em

dimensão d tende a 0 quando d tende a infinito.

Corolário. A probabilidade de um ponto

escolhido uniformemente em um hipercubo de lado 1 estar dentro de uma bola de raio 1 tende a 0 quando d cresce

Propriedades da bola unitária

Fato. Em uma bola de raio 1 em dimensão d a maior parte do volume está concentrada em um ‘anullus’ de largura 1/d

Justificativa. Basta usar o fato que o volume é proporcional a rd

Teorema (2.7). Para c ≥1 e d ≥ 3, se x é um ponto

sorteado aleatoriamente em uma bola d-dimensional de raio 1 então |x1| ≤ c / (d-1)0.5

com probabilidade ≥ 1-2/(c exp(c2/2))

Propriedades da bola unitária

(4)

Teorema (2.7). Para c ≥1 e d ≥ 3, se x é um ponto sorteado aleatoriamente em uma bola d-dimensional de raio 1 então |x1| ≤ c / (d-1)0.5

com probabilidade ≥ 1-2/(c exp(c2/2))

• Para c=3, a probabilidade é maior que 99%

Propriedades da bola unitária

Propriedades da bola unitária

Consequência 1. (por simetria)

Dada uma direção v (norte). A maior parte do volume está concentrada próxima ao equador (plano normal a v), ou seja, pontos cujo produto interno com v tem valor absoluto O(1/d0.5)

Propriedades da bola unitária

Consequência 2. O volume da bola de raio 1 tende a 0 quando d vai para infinito

Seja c=2 (ln d) 0.5

• Segue do Teorema 2.7 que a probabilidade de um ponto sorteado ter coordenada maior em módulo que c/ (d-1)0.5 é menor que 1/d2 • Segue do union bound que a probabilidade de

um ponto sorteado em uma bola de raio 1 estar fora de um box de lado 2c/ (d-1)0.5 centrado na origem é menor que d (1/d ) < 1/2

Propriedades da bola unitária

Consequência 2. O volume da bola de raio 1

tende a 0 quando d vai para infinito • O volume do box é O( (ln d / (d-1))d/2).

• Quando d vai para infinito o volume do box vai para 0 e, portanto, o volume da bola também

(5)

Propriedades da bola unitária

Teorema 2.8. Sejam x1,…,xn n pontos escolhidos de forma aleatória em uma bola de raio 1. Então com probabilidade 1-O(1/n) temos

1. |xi| ≥1 – 2ln n / d, para todo i

2. |xi xj| <= (6 ln n ) 0.5 / (d-1)0.5, para todo i e j.

Em palavras ...

Dois pontos sorteados na bola são ‘quase’ ortogonais.

Geração de vetores unitários

Como gerar vetores na esfera de raio 1?

Geração de vetores unitários

Idéia 1

– Sortear pontos aleatoriamente no hipercubo de lado 1 e normalizar os pontos

• Distribuição não é uniforme já que a grande parte do volume está concentrada próximo aos vértices

Geração de vetores unitários

Idéia 2

• Sortear pontos aleatoriamente no hipercubo de lado 2 e descartar os pontos com norma maior que 1.

– Inviável para dimensão alta já que a probabilidade de cair dentro da hiperesfera de raio 1 tende a 0 (volume da esfera)

(6)

Geração de vetores unitários

• Distribuição normal com média  e desvio 

Geração de vetores unitários

Idéia 3

1. Sortear pontos: cada coordenada é obtida utilizando uma dist. normal de média =0 e desvio padrão =1.

2. Normalizar pontos obtidos.

Geração de vetores unitários

Idéia 3

A distribuição de probabilidade é dada por

Obs: distribuição simétrica em relação a esfera Obs 2: A distribuição não é uniforme em relação a bola

Geração de pontos de acordo com

uma dada distribuição f

F: distribuição acumulativa de uma função densidade de probabilidade f

F(u): −∞𝑢 𝑓 𝑥 𝑑𝑥

1. Sorteamos uniformemente um número v entre 0 e 1

(7)

Geração de pontos de acordo com

uma dada distribuição f

Explicação

• A probabilidade de obter um número no intervalo [a,b] é F(b)-F(a) = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑎𝑏 . • Segue que a probabilidade de escolher um

número b é lim 𝑒→0 𝑓 𝑣 𝑑𝑣 𝑏 𝑏−𝑒 = 𝑓(𝑏)

Redução de dimensionalidade

Motivação

• S: conjunto de N documentos representados por bag of words em dimensão d

– d é cerca de 25000 para ingles/português

• Cada documento está associado a um tópico

Redução de dimensionalidade

Motivação (cont’d)

• Ao chegar um novo documento D queremos

encontrar o documento do conjunto S mais próximo a D (distância euclidiana)

• O custo computacional é proporcional a Nxd

– inviável quando Nxd é grande

Redução de dimensionalidade

É possível representar os documentos em uma dimensão menor de modo que as características dos dados originais sejam preservadas?

(8)

Redução de dimensionalidade

Algumas possibilidades

• Random Projections: Distâncias preservadas (aproximadamente)

• SVD/PCA: Minimizar custo de reconstrução

Projeções Aleatórias

Objetivo

• projetar um conjunto de N dados em dimensão d em um espaço de n dimensões, com n<<d, de modo que as distâncias no espaço original sejam (aproximadamente) preservadas

Projeções Aleatórias

Objetivo intermediário

• projetar um ponto x em dimensão d em um ponto p(x) no espaço de dimensão n de modo que a norma de x seja preservada:

|x|=|p(x)|

Projeções Aleatórias

Abordagem 1

• Escolher n coordenadas aleatórias das d disponíveis e descartar as demais.

Exemplo

x=(21,-3,13,44,55,17,4) e n=3.

Escolhendo as coordenadas (1,4,5) temos p(x)=(21,44,55)

(9)

Projeções Aleatórias

Propriedade. Seja p(x) o ponto aleatório obtido a partir de x conforme a Abordagem 1. Temos que

E[ |p(x)| ] = (n/d) |x|

Portanto, escolhendo n coordenadas aleatórias e multiplicando os valores por (d/n)0.5 obtemos

E[ |p(x)| ] = |x|

Projeções Aleatórias

Problema

• Não temos concentração em torno do valor esperado

• Se uma coordenada é muito maior que as demais a variância é muito grande.

Exemplo

– x=(5555,0,0,0,0,0).

– Quando a coordenada 1 não for escolhida a contração será muito grande

Projeções Aleatórias

Abordagem 1

• Pode ser vista como a projeção dos pontos no subespaço gerado por n direções escolhidas arbitrariamente a partir da base canônica em dimensão d.

– ‘Adversário’ atrapalha a nossa abordagem escolhendo um ponto em uma das d direções

Projeções Aleatórias

Abordagem 2

• Projetar os pontos no subespaço gerado por n direções (quase ortonormais) escolhidas arbitrariamente a partir de um número infinito de direções.

– Fica complicado o adversário escolher um ponto ruim…

(10)

Projeções Aleatórias

Abordagem 2

• Projetar os pontos no subespaço gerado por n direções (quase ortonormais) escolhidas arbitrariamente a partir de um número infinito de direções.

Como???

Projeções Aleatórias

Abordagem 2

• Projetar os pontos no subespaço gerado por n direções (quase ortonormais) escolhidas arbitrariamente a partir de um número infinito de direções

Direções são escolhidas em uma hiper-esfera de dimensão d

Projeções Aleatórias

• N(0,1/n): Gaussiana com média 0 e variância 1/n

Geração da matriz aleatória W Para i=1,...,n

Para j=1,...,d

W(i,j) valor sorteado a partir de N(0,1/n)

Complexidade. O(nd) sorteios

Projeções Aleatórias

O que tem de especial na matriz sorteada?

• As linhas da matriz são, com alta

probabilidade, pontos em uma esfera de dimensão d e raio (d/n)0.5

• Com alta probabilidade as linhas são ortogonais entre si

(11)

Projeções Aleatórias

Lema 1. O valor esperado de |Wx|2 é |x|2

Prova

wi: i-ésimo vetor linha da matriz gerada

Projeções Aleatórias

Consequência.

Em termos de valor esperado a norma de x é preservada

Projeções Aleatórias

Lema. Seja 0 <<3 e seja x um ponto em Rd.

Então,

Prova (ideia):

Desigualdades de cauda: utiliza o fato que |Wx| tem distribuição chi-quadrada

Projeções Aleatórias

Em palavras...

• A probabilidade da norma da projeção de um vetor sobre um subespaço aleatório diferir da norma original decai exponencialmente com o crescimento de n

(12)

Projeções Aleatórias

Consequência

• A distância entre um par de pontos x e y é dada por |x – y|

• A distância entre os pontos projetados é |Wx-Wy|=|W(x-y)|

• Se (x-y) é um vetor no espaço Rd então W(x-y) é um vetor no Rn

• A probabilidade da distorsão de ||W(x-y)|| em relação a ||x-y|| ser maior que  é limitada pelo lema anterior.

Projeções Aleatórias

Lema (Johnson-Linderstrauss)

S: conjunto de N vetores em dimensão d

: número entre 0 e 1; 23 𝑛= 6 (ln (N2/ )) / 2

Então, com probabilidade 1-  temos que

para todo x=u-v tal que u e v são vetores em S

Projeções Aleatórias

Lema (Johnson-Linderstrauss) Prova (sketch)

1. Um conjunto de N vetores geram N(N-1)/2 pares de vetores.

2. Eij: evento em que a distorsão do ponto xi –xj é maior que 

3. Pelo Lema 2 a probabilidade de Eij ocorrer é limitada por 2exp(- 2n/6)

Projeções Aleatórias

Lema (Johnson-Linderstrauss) Prova (sketch)

4. Pelo bound da união temos que a

probabilidade de um dos eventos ocorrer é limitada por N(N-1) exp( - 2n/6)

5. A probabilidade de sucesso é pelo menos 1- N(N-1) exp( - 2n/6)

(13)

Projeções Aleatórias

Exemplo

Observação Importante

• O teorema não depende da dimensão original mas sim do número de pontos

N   n

10000 0.001 0.5 607 2000 0.001 0.5 530 2000 0.001 0.25 2123

Projeções Aleatórias

Implementação Prática (Achiloptas)

1. Escolher Wij segundo a seguinte distribuição Wij = 1 com prob 1/6

Wij = 0 com prob 2/3

Wij = - 1 com prob 1/6

2. Multiplicar resultados por 3/𝑛

Propriedade Importante. Aritmética inteira para

projetar

Bibliografia

• Cap 23, Understanding Machine Learning: From Theory to Algorithms by Shai Shalev-Shwartz and Shai Ben-David

• Cap 2. Foundations of Data Science, Avrim Blum, John Hopcroft and Ravindran Kannan http://www.cs.cornell.edu/jeh/book.pdf

Referências

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