29 de Março de 2016
Estabilização da Renda e Emprego
Audiência na CAE/Senado Federal
Ministro da Fazenda
•
Rápido ajuste externo
•
Redução da inflação
•
Redução do nível de aAvidade econômica pelo
segundo ano consecuAvo
•
Redução do resultado primário (queda de receita e
rigidez de despesa)
•
Necessidade de reprogramação fiscal para estabilizar
a renda e o emprego no curto prazo
•
Necessidade de reforma fiscal para conter o
crescimento do gasto em % do PIB no longo prazo.
Economia brasileira passa por um ajuste de diferentes velocidades3
Balança Comercial (% do PIB)
0,8 1,1 0,7 0,0 -‐0,3 1,0 2,5 -‐1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* Fonte: BCB *2016: Projeção do BCB.
Fonte: BCB *2016: Projeção do BCB. 4
Transações Correntes
(% do PIB)
-‐3,4 -‐2,9 -‐3,0 -‐3,0 -‐4,3 -‐3,3 -‐1,6 -‐5,0 -‐4,0 -‐3,0 -‐2,0 -‐1,0 0,0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*Fonte: IBGE e BoleAm Focus.
5
ExpectaJva de IPCA (% a.a.)
6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 7,3 6,0 5,4 5,0 4 5 6 7 8 9 10 11 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Focus de 24/03/2016 Observado
Cenário de recuperação econômica
6 MF Focus 2016 -‐3,1 -‐3,7 2017 1,0 0,4 2018 2,9 1,5 2019 3,2 2,0 2020 3,0 2,0TAXA REAL DE CRESCIMENTO DA RECEITA ADMINISTRADA (ACUMULADA EM 12 MESES)
-‐4,8% -‐10% -‐5% 0% 5% 10% 15% de z/ 07 ab r/ 08 ag o/ 08 de z/ 08 ab r/ 09 ag o/ 09 de z/ 09 ab r/ 10 ag o/ 10 de z/ 10 ab r/ 11 ag o/ 11 de z/ 11 ab r/ 12 ag o/ 12 de z/ 12 ab r/ 13 ag o/ 13 de z/ 13 ab r/ 14 ag o/ 14 de z/ 14 ab r/ 15 ag o/ 15 de z/ 15
A receita primária está em queda praJcamente desde 2010 e aJngiu um nível abaixo do observado em 2002
8
Fonte: STN/MF.
* Acumulado em 12 meses até jan/16 (exclui cessão onerosa).
Receita primária em % do PIB
21,5% 21,1% 16% 17% 18% 19% 20% 21% 22% 23% 24% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
A arrecadação com impostos e contribuições do governo federal está em queda praJcamente desde 2010. Em 2015, aJngiu o nível inferior ao
observado em 2000
9
Fonte: STN/MF. * Acumulado em 12 meses até jan/16.
Evolução da arrecadação com impostos e contribuições não previdenciárias em % do PIB
13,0% 12,8% 10% 11% 12% 13% 14% 15% 16% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Evolução das despesas primárias, em % do PIB
Exclui despesas com capitalização do FSB (2008), da Petrobrás (2010) e regularização de passivos (TCU 2015).
* Decreto extemporâneo. 16,1% 15,4% 15,9% 16,6% 16,8% 16,4% 16,2% 17,4% 16,0% 16,8% 16,9% 17,1% 18,0% 18,5% 19,1% 18,6% 12,0% 13,0% 14,0% 15,0% 16,0% 17,0% 18,0% 19,0% 20,0% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 1ª Avaliação Bimestral
Evolução das despesas obrigatórias, em % do PIB
* 1ª avaliação bimestral.
Exclui despesas com capitalização do FSB (2008), da Petrobrás (2010) e regularização de passivos (TCU 2015).
12,4% 12,3% 12,6% 13,1% 13,7% 13,5% 12,7% 13,7% 12,1% 12,9% 12,8% 13,0% 13,4% 14,6% 15,2% 11,0% 11,5% 12,0% 12,5% 13,0% 13,5% 14,0% 14,5% 15,0% 15,5% 16,0% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*
Evolução das despesas discricionárias, em % do PIB
* Decreto extemporâneo.
Exclui despesas com regularização de passivos (TCU 2015)
3,7% 3,0% 3,4% 3,5% 3,2% 2,9% 3,5% 3,7% 3,9% 3,9% 4,1% 4,2% 4,6% 3,9% 3,8% 3,40% 2,0% 2,5% 3,0% 3,5% 4,0% 4,5% 5,0% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 1ª Avaliação Bimestral
COMPOSIÇÃO DA DESPESA PRIMÁRIA (LOA 2016)
Previdência e LOAS 44,9% Pessoal aJvo 10,3% Pessoal inaJvo 10,3% FAT 4,6% Subsídios 2,2% Outras obrigatórias 6,3% Discricionárias não conJngenciáveis 13,1% Discricionárias conJngenciáveis 8,3%
Despesas EfeJvamente ConJngenciáveis do Poder ExecuJvo
Ano LOA Empenho % do PIB
2010 123,0 103,6 2,7% 2011 136,6 107,3 2,5% 2012 156,2 127,1 2,6% 2013 172,3 145,5 2,7% 2014 175,4 144,8 2,5% 2015 190,2 117,7 2,0% 2016 132,2 87,6 1,4%
* Despesas contingenciáveis (exclui convênios e doações, mas inclui os complementos aos mínimos da educação e saúde).
Estratégia de PolíJca Fiscal
15
Combinar medidas de estabilização no curto prazo com regras de maior controle do gasto público no médio e longo prazo
•
Proposta de reforma fiscal e auxílio
financeiro para os Estados
•
Proposta de reforma fiscal e medidas de
estabilização da renda e do emprego por
parte da União
•
Alongamento do prazo de pagamento da dívida
dos Estados com a União em 20 anos.
•
Alongamento das dívidas dos Estados com o
BNDES em até 10 anos, com 4 anos de carência
•
ContraparAdas de curto prazo a vigorar pelos
próximos 24 meses e contraparAdas
estruturais: LRF estadual e alteração na LC
101/2001 para dar maior rigor para as despesas
de pessoal.
Renegociação com os Estados Proposta Geral
•
Redução de até 40% na prestação por 24 meses,
limitado a R$ 160 milhões por mês com
contraparAdas adicionais
•
redução de 20% de cargos comissionados
•
limitação das despesas de publicidade
•
não realização de operações de crédito pelo
dobro do período de vigência da redução da
prestação.
Renegociação com os Estados
Proposta Complementar
Medidas de longo prazo (estruturais)
•
Limite à expansão do gasto para conter o crescimento
do gasto em % do PIB.
•
Criação do depósito voluntário remunerado no BCB
•
Criação do Regime Especial de ConAngenciamento
(REC), em períodos de baixo crescimento, para preservar
despesas essenciais e invesAmentos em fase final de
conclusão.
Medidas de curto prazo (conjunturais)
•
Redução da meta fiscal de 2016 por frustração de
receita e manutenção de invesAmentos e despesas
prioritários.
Proposta fiscal para a União
Por que é importante estabelecer um limite para o gasto? • Concentrar a discussão orçamentária na composição das
despesas públicas
• Evitar pressão recorrente por aumento da carga tributária
• Diminuir a rigidez do gasto para possibilitar ações de
estabilização quando necessário
Experiência internacional mostra que regras de gasto
contribuem para o melhor desempenho fiscal
• A LRF determinará um limite plurianual para as despesas
primárias federais como % do PIB no Plano Plurianual (PPA). • A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fixará o valor
nominal do limite de gasto para cada ano.
• A elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual (LOA)
deverá observar o limite de gasto.
• Se houver previsão de que o limite de gasto pode ser
descumprido na elaboração da LOA, serão acionadas automaAcamente medidas de redução da despesa em três estágios sequenciais.
•
Uma alternaAva às operações compromissadas;
•
BCs de economias avançadas, como o FED e o BCE,
u A l i z a m o d e p ó s i t o r e m u n e r a d o p a r a
administração da liquidez;
•
Depósitos remunerados no Brasil como
instrumento secundário de políAca monetária
minimizariam a necessidade de aportes ao BCB;
•
Maior autonomia ao BC para administração da
políAca monetária;
Depósito remunerado no BC
Balancete do BC
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ATIVO PASSIVO
Reservas internacionais Base Monetária (BM)
Empréstimos ao setor privado (E1) Emprestimo junto ao setor privado (E2) Títulos do Tesouro Nacional (T) Operações Compromissadas
Outros ativos Reservas Bancárias Compulsórias Conta Única do Tesouro
Outros passivos Patrimônio Líquido (PL) Novo Desenho Operações compromissadas + Depósitos Voluntários Remunerados
• Para dar o mesmo tratamento aplicado às operações
compromissadas, é necessário alterar o arAgo 10, inciso XII, da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, que passaria a apresentar a seguinte redação:
“Art. 10. Compete priva6vamente ao Banco Central da
República do Brasil: (...)
XII -‐ Efetuar, como instrumentos de polí6ca monetária,
operações de compra e venda de Ltulos públicos federais e o
recebimento de depósitos voluntários remunerados;
Criação de Depósito Remunerado no BC
•
C r i a ç ã o d o R e g i m e E s p e c i a l d e
ConAngenciamento (
REC
) que poderá ser
decretado quando a economia esAver em baixo
crescimento
nos termos já previstos pela LRF.
•
A hipótese de baixo crescimento já é uAlizada
na LRF para flexibilizar os limites de dívida e
pessoal.
Regime Especial de ConJngenciamento
25
Episódios de baixo crescimento nos úlJmos 20 anos
-‐5 -‐4 -‐3 -‐2 -‐1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 19 96 .I 19 96 .IV 19 97 .III 19 98 .II 19 99 .I 19 99 .IV 20 00 .III 20 01 .II 20 02 .I 20 02 .IV 20 03 .III 20 04 .II 20 05 .I 20 05 .IV 20 06 .III 20 07 .II 20 08 .I 20 08 .IV 20 09 .III 20 10 .II 20 11 .I 20 11 .IV 20 12 .III 20 13 .II 20 14 .I 20 14 .IV 20 15 .III
•
No REC poderão ser preservadas as seguintes
despesas:
i.
invesAmentos em fase final de execução e
prioritários;
ii.
essenciais para a prestação de serviços
públicos (segurança, educação, saúde, etc);
iii.
necessárias para o funcionamento dos órgãos
(água, energia, manutenção, etc).
NOVA PROPOSTA DE PROGRAMAÇÃO
FISCAL PARA 2016
• Reduzir meta fiscal da União em R$ 21,2 bilhões (de R$ 24,0 bi para R
$ 2,8 bi), de modo a recompor conAngenciamento adicional após aprovação pelo Congresso Nacional
• Aumentar possibilidade de frustração de receita administrada de R$
30,5 bi para R$ 40,3 bilhões devido aos resultados observados no primeiro bimestre deste ano
• Manter possibilidade de frustração de receita não administrada em R $ 41,7 bilhões
• Manter dedução por gastos com saúde em até R$ 3 bilhões
• Manter dedução por gastos com invesAmento em até R$ 9 bilhões
• Incluir dedução por gastos com defesa em até R$ 3,5 bilhões
• Inclui a dedução para regularização do FEX em até R$ 1,95 bilhões
DECOMPOSIÇÃO DA ALTERAÇÃO DA META FISCAL
(Em R$ bi)
24,0 21,25 -‐40,26 -‐41,70 -‐12,50 -‐3,00 -‐1,95 -‐96,65 -‐120,00 -‐100,00 -‐80,00 -‐60,00 -‐40,00 -‐20,00 0,00 20,00 40,00Situações de aplicação do REC e do Limite de
Gasto Primário
30
Gasto primário abaixo do limite
máximo
Gasto primário acima do limite
máximo
Baixo Crescimento (menor do que 1% nos úlAmos 12
meses)
REC (opcional) REC (opcional) e
Ajuste automáJco do Gasto
(obrigatório)
Crescimento
normal (maior ou igual a 1% nos
úlAmos 12 meses)
Metodologia usual Ajuste automáAco do Gasto
31 55.6% 55.8% 55.5% 56.7% 56.0% 59.2% 51.8% 51.3% 53.8% 51.7% 57.2% 66.2% 68.0% 67.0% 64.6% 63.0% 61.4% 64.7% 62.4% 60.7% 61.7% 59.8% 62.6% 72.5% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015