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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA TRILHA DE VISITAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL MATA SÃO FRANCISCO SOBRE PARÂMETROS POPULACIONAIS DE Sorocea bonplandii (Moraceae)

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Academic year: 2021

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1. IDENTIFICAÇÃO:

1.1 RELATÓRIO:

SEMESTRAL/PARCIAL ( ) FINAL/CONCLUSÃO (X ) 1.2 NOME DO BOLSISTA:

Thiago Raphael Felipe de Araújo 1.3 NOME DO ORIENTADOR:

Cristiano Medri

1.4 TÍTULO DO PROJETO

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA TRILHA DE VISITAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL MATA SÃO FRANCISCO SOBRE PARÂMETROS POPULACIONAIS DE Sorocea

bonplandii (Moraceae)

1.5 ANO/CURSO DO ACADÊMICO: 9° semestre/ Ciências Biológicas

1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Foram instaladas 40 parcelas de 100 m² (10x10) cada, sendo 20 pertencentes a área amostral 1 situada às margens da trilha de visitação do parque (A1), e 20 a área amostral 2 localizada no interior da mata (A2). Dentro de cada parcela foram amostrados todos os indivíduos de Sorocea bonplandii e observados a altura, o diâmetro a altura do solo (DAS) e o posicionamento dos mesmos em relação as arestas da parcela.

Com o intuito de estabelecer os parâmetros populacionais, os indivíduos de

S. bonplandii foram divididos em seis classes de altura, sendo elas: 1) até 0,15 m; 2)

entre 0,15 e 1,5 m; 3) entre 1,5 e 2,5 m; 4) entre 2,5 e 3,5 m; 5) entre 3,5 e 4,5 m; 6) acima de 4,5 m. As variáveis populacionais de densidade, freqüência, dominância e distribuição espacial foram interpretadas para cada classe de altura.

Para análise de cobertura de dossel, foram feitas fotos em maquina digital, de baixo para cima, a um metro do solo em 16 pontos eqüidistantes dentro de cada

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parcela, resultando num montante de 640 fotos, posteriormente manipuladas e analisadas através do softwer Canopy opnness Meter. Após leitura dos dados, foram adquiridas as médias de cobertura por parcela, e estas se encaixaram em quatro categorias de cobertura: a) >90%, b) 88% a 90%, c) 86% a 88% e d) <86%.

Para testar a influência do índice de cobertura de dossel sobre o agrupamento de indivíduos, foi utilizado o coeficiente linear de Pearson, relacionando a média de cobertura de cada parcela, com o número total e por classe de altura dos indivíduos.

Resultados

A área amostral A1 apresentou um índice de cobertura de dossel de 88,56% contra 89,09% em A2, essa diferença não foi considerada significativa segundo o teste t, indicando que a presença da trilha não causa alterações no grau de cobertura de dossel.

A densidade total de A1 foi de 1345 indivíduos/ha, enquanto A2 revelou uma densidade total de 1025 indivíduos/ha (Tabela 1). A espécie se mostrou altamente freqüente sendo encontrada em 100% das parcelas, mas sua distribuição foi muito heterogenia com parcelas variando de 1 a 42 indivíduos em A1 e de 3 a 30 em A2. Essa alta variância revelou que existiam poucas parcelas com um grande número de indivíduos, caracterizando uma distribuição espacial agregada, como indicado pelo coeficiente de dispersão para ambas as áreas (tabela 2).

Tabela 1. Variáveis populacionais distribuídas por classe de altura. De= densidade (indivíduos/ha);

Do = dominância (m²/ha); Fe = freqüência (% de parcelas ocupadas); A1= área às margens da trilha;

A2= área distante da trilha. Valores de variáveis seguidos de pelo menos uma letra igual não diferem significativamente, sendo letras minúsculas para linhas e maiúsculas para colunas ( teste t, p >0,05).

_____________________________Classes de altura_______________________________

1 2 3 4 5 6 TOTAL ___________________________________________________________________________

De A1 100Abc 710Aa 200Ab 100Abc 85Abc 150Abc 1345A De A2 80Ac 580Aa 180Ab 55Ac 60Ac 70Bc 1025A

Fe A1 25% 80% 80% 55% 60% 75% 100% Fe A2 20% 95% 80% 35% 30% 45% 100%

Do A1 0.004Aa 0.107Ab 0.112Ac 0.231Ad 0.448Ae 1.226Af 2.126A Do A2 0.007Aa 0.496Ab 0.064Ac 0.112Bd 0.102Be 0.340Bf 0.612B

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Tabela 2. Coeficiente de Dispersão dos indivíduos de S. bonplandii divididos por classe de altura. CD=coeficiente de dispersão; A1= área amostral às margens da trilha; A2= área amostral distante da trilha. Os valores das colunas seguidos por letras iguais não diferem significativamente (teste t, p>0.05)

___________________________________________________________________ Classe de altura 1 2 3 4 5 6 TOTAL ___________________________________________________________________

CD A1 5.473A 8.671A 1.578A 1.473A 0.900A 2.070A 6.912A CD A2 5.078A 6.998A 1.555A 1.430A 1.122A 1.368A 6.838A ____________________________________________________________________

O Coeficiente de Correlação de Pearson não detectou nenhuma ligação significativa entre a cobertura de dossel das parcelas e a distribuição dos indivíduos (Figura 1), isto sugere que outros fatores, como a síndrome de dispersão e a existência de micro-sítios favoráveis, podem estar influenciando na forma como os indivíduos se alocam no ambiente

Figura 1. Correlação dos Índices de cobertura de dossel de cada parcela e seu número de indivíduos. A1= área amostral às margens da trilha; A2 área amostral distante da trilha.

A dominância foi a variável que apresentou os resultados mais discrepantes entre as duas áreas amostrais, em A1 ela foi 3,4 vezes maior que em A2 (Tabela 1), essa diferença foi sustentada principalmente pelos indivíduos das classes 4, 5 e 6, (Figura 2), sendo que esta ultima, apresentou uma dominância quase duas vezes maior que a dominância total de A2, o que demonstra a colaboração desta classe para o resultado final em A1. A dominância está relacionada com a área basal dos indivíduos e consequentemente ao acúmulo de biomassa, esta por sua vez é o resultado da oferta de condições favoráveis pelo ambiente (luz e nutrientes), somado as características metabólicas dos indivíduos. A diferença de dominância entre as áreas sugere que, alterações no ambiente em A1 favoreceram a população de S.

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bonplandii ao maior acúmulo de biomassa. Entretanto, no presente trabalho, não

foram detectadas diferenças na abertura de dossel que justificassem essa diferença.

Figura 2. Dominância dos indivíduos de S. bonplandii por classe de altura.

Conclusão

Não foram encontradas alterações na cobertura de dossel e estrutura populacional da espécie às margens da trilha. No entanto, a maior dominância dos indivíduos nas ultimas classes de altura de A1 sugere que alguma modificação tenha ocorrido anteriormente no ambiente, possibilitando que as plantas daquela área apresentem hoje uma maior área basal. É possível ainda inferir que tal alteração esteja relacionada com a abertura da trilha de visitação na metade da década de 90, que promoveu uma condição de maior luminosidade não existente atualmente. Porém, para afirmar esta condição é necessária a realização de estudos que avaliem as respostas da espécie sob maiores intensidades de luminosidade e a inclusão de outras variáveis abióticas encontradas em situações adversas.

2 - ADEQUAÇÕES/ALTERAÇÕES OCORRIDAS:

A espécie Piptadenia gonoacantha foi substituída pela espécie Sorocea

bonplandii por esta se apresentar de forma abundante nas áreas amostrais podendo

ser uma indicadora mais significativa de alterações causadas pela trilha sobre parâmetros populacionais vegetais. Para coleta de dados da nova espécie foi utilizada a mesma metodologia inicialmente proposta para a Piptadenia

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gonoacantha.

O índice de cobertura de dossel foi obtido por fotos digitais analisadas em softwer específico, ao invés da detecção da luminosidade pelo luxímetro. Essa alteração de metodologia se fez necessária porque este aparelho não é viável para obter dados comparativos de duas áreas amostrais separadas por grandes distâncias.

4 - DIFICULDADES ENCONTRADAS/CRÍTICAS OU SUGESTÕES: Sugestão:

Criação de grupo de pesquisa voltado a produzir trabalhos investigativos no Parque Estadual Mata São Francisco, de forma que as pesquisas sigam um protocolo de metodologias, para facilitar as comparações e a criação de um banco de dados. Essa iniciativa se torna mais relevante frente ao fato do Parque ainda não possuir um plano de manejo, mesmo após 16 anos do seu decreto de criação ter sido validado.

5 - PARECERES DO ORIENTADOR:

5.1 QUANTO AO DESEMPENHO DO BOLSISTA NO PROJETO Desempenho satisfatório.

5.2. QUANTO AO RELATÓRIO DO BOLSISTA Relatório satisfatório.

6 PARTICIPAÇÃO DO BOLSISTA EM DIVULGAÇÕES CIENTÍFICAS:

7 INFORMAR O DESTINO DO BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA APÓS A CONCLUSÃO DO ÁREA DE GRADUAÇÃO OU ATUAÇÃO COMO BOLSISTA: 7.1. Pós-Graduação: Especialização ( ) Mestrado( ) Doutorado ( )

7.2. Mercado de Trabalho: Público ( ) Privado ( )

7.3. Outros (X): Pesquisador Colaborador junto a UESC – Ilhéus/ BA 7.4. Sem atividade futura ( )

8. DATA E ASSINATURAS:

____/____/______

____________________________ ______________________________

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Referências

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