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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA UMA AÇÃO DA POLÍTICA EDUCACIONAL

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Academic year: 2021

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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA UMA AÇÃO DA POLÍTICA EDUCACIONAL

Rosângela Caetano de Lima Apolônio1 Olga Cristina da Silva Teixeira2 Maria Alice de Miranda Aranda3

Eixo 8: Educação, políticas públicas e gestão educacional Categoria: Pôster

RESUMO: O presente artigo trata de um estudo inicial decorrente do trabalho de graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados e integra uma pesquisa maior de caráter institucional denominada “A gestão do processo alfabetizador com enfoque na política educacional: do nacional ao local”, da linha de pesquisa Política, Gestão e Educação. O objetivo é apresentar proposta de pesquisa sobre as avaliações sistemáticas legalmente colocadas com vistas a monitorar a implementação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um programa do MEC instituído pela Portaria nº 867 de 4 de julho de 2012, como um acordo entre o Governo federal, estadual e municipal que almeja alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental. Metodologicamente, o estudo em foco está pautado na pesquisa bibliográfica e documental. Espera-se com essa pesquisa apreender que concepções de sociedade, educação, escola e aluno estão subjacentes na proposta pelo PNAIC.

Palavras-chave: PNAIC. Alfabetização. Avaliação sistemática. Introdução

Neste estudo, está em destaque o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), Programa recentemente introduzido pelo Governo

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Acadêmica do Curso de Pedagogia da FAED/UFGD 2

Mestranda do PPGEDU/FAED/UFGD. 3

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Federal nas escolas públicas brasileiras com o intento de materializar nas redes municipais e estaduais uma grande meta: alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.

Assim, com base na pesquisa bibliográfica e documental, o presente artigo tem como objetivo mostrar a proposta de pesquisa que tem como objetivo apresentar inferências em relação ao eixo “Avaliação Sistemática”, do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).

Nesses termos, o artigo trata de um estudo inicial decorrente do Trabalho de Conclusão de Curso, em andamento, sobre o tema: “As avaliações sistemáticas legalmente colocadas, com vistas a monitorar a implementação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”. A pesquisa em andamento está vinculada ao Projeto de Pesquisa da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados intitulado “A gestão escolar do processo alfabetizador com enfoque na política educacional: do nacional ao local”.

No Programa do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa as “Avaliações de sistemática” é um dos eixos estruturadores do programa. São propósitos a serem buscados no decorrer da pesquisa:

 Descrever o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).  Compreender qual perspectiva enquanto ação da política educacional.  Conhecer os instrumentos e o processo avaliativo do PNAIC.

 Entender o processo de avaliação que constituem a nota da ANA nas Unidades Educacionais.

Considerando a fase inicial de estudo, neste artigo duas sessões foram elaboradas: a primeira apresenta resumidamente o PNAIC, fazendo destaque para pontos básicos do Programa que denotam a importância do pacto entre os entes federados, e a segunda apresentar o eixo três do PNAIC, “Avaliação Sistemática”, que apontam a importância dos mesmos para estruturação, implementação e êxito do programa, por meio de seus resultados.

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O Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) é um Programa elaborado pelo governo federal que se utiliza do termo Pacto para demonstrar uma articulação entre esfera federal, estadual e municipal, tem como objetivo principal a alfabetização de toda criança brasileira até os oito anos de idade. Ele traz o compromisso de garantir educação para todos, suprindo uma demanda de baixo nível de alfabetização que vem sendo discutido há algumas décadas no nosso País, como já adiantava Mortatti (2010):

A partir de então, especialmente do início da década de 1980, no âmbito do que denomino quarto Momento crucial da história

da alfabetização no Brasil, passou-se a questionar, sistemática

e oficialmente, o ensino e a aprendizagem iniciais da leitura e escrita, já que nessa etapa de escolarização se concentra (va) a maioria da população brasileira pobre, que fracassa (va) na escola pública e em relação à qual se deveriam focalizar ações públicas (2010, p. 331, grifos da autora).

Desta forma entende-se que o PNAIC configura-se como uma ação política que nasce da demanda de um país que não consegue alfabetizar suas crianças no início de sua escolarização. O Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa, instituído sob a Portaria nº. 867, de 4 de julho de 2012, decorre do compromisso previsto no Decreto nº. 6.094 de 24 de abril de 2007, de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental e está registrado na meta 5 (cinco) explicita no Plano Nacional de Educação, decênio 2014–2014 (LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014).

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um acordo formal assumido pelo Governo Federal, estados, municípios e entidades para firmar o compromisso de alfabetizar crianças até, no máximo, 8 anos de idade, ao final do ciclo de alfabetização (BRASIL, 2012).

O PNAIC é um Programa integrado cujo objetivo é a alfabetização em Língua Portuguesa e Matemática, até o 3º ano do Ensino Fundamental, todas as crianças das escolas municipais e estaduais, urbanas e rurais, brasileiras.

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Caracteriza-se, sobretudo pela integração e estruturação, a partir da Formação Continuada de Professores Alfabetizadores, materiais e referências curriculares e pedagógicas do MEC que contribuem para a alfabetização, pelo compartilhamento da gestão do programa entre Governo Federal, estados e municípios; pela orientação de garantir os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, a serem aferidos pelas avaliações sistemáticas e anuais.

O Documento que sistematiza o PNAIC está organizado em quatro eixos, a saber: 1. Formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo; 2. Materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais; 3. Avaliações sistemáticas e 4. Gestão, controle social e mobilização (BRASIL, 2012).

Avaliações sistemáticas

No eixo da avaliação o processo será sistematizado por meio de monitoramento e acompanhamento pelos conselhos de educação e escolares, a avaliação diagnóstica (Provinha Brasil) realizadas pelas próprias redes, com retorno de resultados, no início e ao final do 2º ano, a avaliação externa anual para todos os alunos concluintes do 3º ano, Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA, realizadas a fim de apresentarem resultados das Unidades Educacionais, que serão comparados com os registros realizados pelo professor docente na plataforma do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (SIMEC).

O SIMEC é uma plataforma do MEC, on line, que é alimenta com informações registrada por cada agente envolvido no programa. O sistema funciona com senha para acesso da plataforma, onde somente cada professor, orientador, coordenador, formador, supervisor e coordenador geral do PNAIC, fazem suas atividades avaliativas e de registros, além de registrar dados da sua turma na aba “Perfil da Turma”, sendo utilizados estes registros como comparativo para os resultados da avaliação de desempenho geral de cada turma de terceiro ano aplicado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Educacionais (INEP).

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Dentre os instrumentos que os profissionais usam para obter informações sobre as crianças, a Provinha Brasil – instrumento de avaliação diagnóstica disponibilizado pelo MEC a todos os sistemas de ensino – oferece sugestões acerca dos conhecimentos a serem avaliados, bem como propostas de registro do perfil da turma. A proposta pode servir de exemplo para a elaboração de outros instrumentos de registro e de arquivamento dos trabalhos realizados pelas crianças. Os portfólios, os diários de aprendizagem, os cadernos de registro são alguns modos de protocolar e acompanhar a progressão dos meninos e das meninas (BRASIL, 2012, p.24).

No início e no final do 2º ano, os professores deveram inserir os resultados obtido na Provinha Brasil no sistema informatizado para que docentes e gestores possam acompanhar e fazer ajustes no ensino com base nos descritores que subsidiam o currículo de alfabetização.

Ao final do 3º ano, todos os alunos serão conduzidos a fazer uma avaliação universal, coordenada pelo INEP, a fim de avaliar o nível de alfabetização alcançado por cada criança no fim do ciclo. Todos os custos das avaliações serão subsidiados pelo Ministério da Educação.

Analisa Aranda (2013b) que a gestão escolar do processo alfabetizador precisa ser compreendida como um princípio orientador para a ação, no caso, ações da gestão escolar que possibilitam a alfabetização da criança em decorrência da política educacional vigente, buscando analisar ações que abarcam um processo, desde os indicativos para sistematizar uma proposição no tocante à elaboração, implantação, implementação, avaliação e em termos administrativo, pedagógico, político, cultural e de financiamento.

Na perspectiva do processo educativo direcionado à alfabetização é preciso ter objetivo e clareza para garantir um resultado satisfatório, pois cada ano que passa os sujeitos da escola crescem, avançam ou não no processo, novos sujeitos adentram a instituição escolar, por isso é necessário consciência e compromisso com o acompanhamento pedagógico do ato de ensinar no sentido inovador, sempre em buscada da democratização da educação e consequentemente da sociedade, formando cidadãos ativos e críticos.

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Para tanto estamos nos propondo a estudar de forma mais detalhada as avaliações sistemáticas previstas no PNAIC. Os instrumentos previstos pelo Programa e organizados pelo INEP, como as Provinhas Brasil e a ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização conhecendo seus objetivos e princípios, por meio deste estudo.

A estrutura dessa avaliação envolve o uso de instrumentos variados, cujos objetivos são: aferir o nível de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e alfabetização em Matemática das crianças regularmente matriculadas no 3º ano do ensino fundamental e as condições das instituições de ensino às quais estão vinculadas (BRASIL, 2013, p.7)

Breves Considerações

O breve estudo tem como objetivo apresentar a proposta de pesquisa sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) com ênfase na “Avaliação Sistemática” com intuito de registrar as formulações e ações que permeiam o processo avaliativo e apresentar resultados, tendo em vista que a principal meta do PNAIC é alfabetizar todas as crianças brasileiras até os 8 (oito) anos de idade, ao final do terceiro ano do Ensino Fundamental.

As preocupações em torno da educação vêm percorrendo durante muito tempo enfrentar os desafios da alfabetização que além de ser o mais urgente, é uma ferramenta fundamental no processo de formação do cidadão e entendida por Mortatti (2006) como um instrumento de aquisição do saber e imprescindível para o desenvolvimento social.

As avaliações sistemáticas fazem parte do processo de ensino e aprendizagem, e no PNAIC é um eixo que se ocupa em trazer resultados e informações importantes para formulação e reformulação do programa.

Como aponta Luckesi (1996, p. 33), " a avaliação é como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão".

A avaliação, portanto, deve ser encarada como um processo de pesquisa, no qual os integrantes da escola analisam as condições de ensino e de aprendizagem e estabelecem estratégias para melhorar a qualidade do trabalho realizado com as crianças (BRASIL, 2012, p. 24).

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Espera-se com essa pesquisa apreender que concepções de sociedade, educação, escola e aluno estão subjacentes na proposta pelo PNAIC.

REFERÊNCIAS

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Política e Gestão da Educação Básica: desafios à alfabetização. 1ª. Ed.- São Paulo: Expressão e Arte Editora, 2013a. p.157-167

ARANDA, M. A. de M. Política educacional e gestão escolar do processo alfabetizador. VII Simpósio Internacional da Linha de Políticas e Gestão da Educação: O Estado e as políticas educacionais no tempo presente. Anais... ISSN 2237-6445. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia/MG, 2013b.1 CD-ROM.

ARANDA, M. A. de M; BRITO V. M. O projeto pedagógico e o projeto

pedagógico algumas considerações teóricas e práticas. Revista Arandu. ISSN 1415-482X. Ano 6. Nº. 23. Fev./Abril, 2003. p. 61-67

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília: MEC, 2012.Disponível em: http://pacto.mec.gov.br/. Acesso em: setembro de 2013.

BRASI. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Avaliação Nacional da Alfabetização ANA Documento Básico. Brasília: MEC, 2013. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/ana/documento/2014/docu mento_basico_ana_online_v2.pdf. Acesso em: Abril de 2015.

DOURADO, L.F. A Escolha de Dirigentes Escolares: Políticas e Gestão da Educação no Brasil. In. FERREIRA, Naura S. C. Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2006. FREITAS, D. N. T. de; POTT, F. P. GUSMÃO, M. Alfabetização de crianças no ensino fundamental: Políticas nacionais e municipais. In: SCAFF, E. A. S.; LIMA, P. G.; ARANDA, M. A. de M. (Orgs.). Política e Gestão da Educação Básica: desafios à alfabetização. 1ª. Ed.- São Paulo: Expressão e Arte Editora, 2013. p. 124-156.

LIBÂNEO, J. C; OLIVEIRA. J. F.; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2008.

LIMA M.S. L; GOMES M.O. Redimensionando o papel dos profissionais da educação: Algumas Considerações In: PIMENTA S. G; GHEDIN E. (Orgs.) Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3 ed. São Paulo: Cortez,2005.

PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evando (Orgs.) Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito.3 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

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SCAFF, E. A. S.; LIMA, P. G.; ARANDA, M. A. de M. (Orgs.). Política e Gestão da Educação Básica: desafios à alfabetização. 1ª. Ed.- São Paulo: Expressão e Arte Editora, 2013. 256.

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