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POR MARCOS FABER HISTÓRIA ILUSTRADA, VOL. 2 HISTÓRIA ILUSTRADA, VOL. 2 A IMPORTÂNCIA DOS RIOS PARA AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES

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AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES

POR MARCOS FABER

1ª Edição (Agosto 2011) www.historialivre.com

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Introdução ... 3

A Sedentarização do Homem ... 4

A Formação do Estado ... 8

A Formação do Estado ... 8

O Egito e o Rio Nilo ...

...

... 10

A Mesopotâmia e os Rios Tigre e Eufrates ...

...

... 14

A Palestina e o Rio Jordão ... 18

Conclusão ... 20

Glossário ...

....

...

..

... 21

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INTRODUÇÃO

Para entendermos como surgiram as primeiras grandes civilizações da humanidade, Para entendermos como surgiram as primeiras grandes civilizações da humanidade, precisamos compreender como nasceram as primeiras cidades. Também sendo importante entender a importância que os rios tiveram neste processo.

Neste breve estudo, analisaremos em especial a formação das cidades formadas às margens dos rios Nilo (Egito), Jordão (Israel/Palestina), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia, atual Iraque e Kuwait), ou seja, estudaremos somente a região do Crescente Fértil. Não ignorando a existência de outras civilizações nascidas às margens de outros importantes rios, tais como os Indo e Ganges (Índia) e Amarelo e Azul (China) e tantos outros casos. Estas civilizações serão analisadas em trabalhos futuros. Neste momento, a pesquisa ocorrerá somente em torno do surgimento dos Estados da região do Crescente Fértil.

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Mapa do Crescente Fértil pelo Google Maps (satélite). A imagem acima nos fornece uma visão panorâmica da região que estudaremos a seguir.

A SEDENTARIZAÇÃO DO HOMEM

Para começar, é importante entendermos que o surgimento das primeiras cidades do Crescente Fértil não ocorreram de forma homogênea*, na verdade, em cada região as cidades nasceram dentro de características próprias.

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Enquanto nômades, os seres humanos dividiam-se em caçadores (homens) e coletores (mulheres). O desenvolvimento da agricultura forçou a sedentarização dos homens, que passaram a habitar uma região fixa. (fotos: Sebastião Salgado)

Entretanto, devemos levar em consideração que praticamente todas elas surgiram como uma evolução natural das aldeias tribais que haviam nestas regiões. Aldeias, aliás, que se formaram a partir da sedentarização* do homem. Outro fator de aproximação dos homens aos rios, foram os fatores geográficos, já que boa parte do entorno do Crescente Fértil é formado por desertos.

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Mapas do Crescente Fértil, área que abrange as regiões do Egito, Israel/Palestina e Mesopotâmia.

Porém, o rio sozinho não foi o responsável pela sedentarização dos seres humanos. Este processo ocorreu como consequência direta da necessidade de alimentar toda a população tribal. Por isso, desde muito cedo, os homens procuraram habitar em regiões próximas aos rios, pois nestas regiões existia abundância* de água potável para os membros da tribo e para os seus animais.

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Imagem ao lado: rio Tigre na Mesopotâmia. Acima foto de uma tribo nômade atual (foto: Sebastião Salgado).

Até o período Neolítico (aproximadamente 5000 a.C.), os seres humanos viviam de forma nômade*, ou seja, mudavam constantemente o lugar de habitação. Não vivendo em uma terra fixa, os homens aproveitavam uma região até que esta estivesse com os recursos naturais esgotados, então se mudavam para outra área. Para que se tornassem sedentários, foi essencial o desenvolvimento da agricultura, que, por sua vez, exigia terras férteis, e estas eram proporcionadas pelos rios.

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A fertilidade do solo foi essencial para o desenvolvimento da agricultura.

A FORMAÇÃO DO ESTADO

Com o domínio da agricultura, o homem buscou se fixar próximo às margens dos rios, onde teria acesso à água potável e à terras mais férteis. Com isso, a produção de alimentos, que antes era destinada ao consumo imediato, tornou-se muito grande, o que levou os homens a estocarem alimentos. Consequentemente a população começou a aumentar, pois havia alimentos para todos. Assim, começaram a surgir as primeiras vilas ou aldeias e, depois, as cidades. A vida dos homens começava a deixar de ser simples para se tornar complexa. Tornando-se necessária a organização da sociedade que surgia.

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As primeiras cidades foram formadas nas regiões da Mesopotâmia e do Egito, locais onde os homens passaram a se organizar em sociedade.

Nestas cidades surgiu o comércio, que no início era feito somente com os excedentes* da produção, mas com o tempo se passou a plantar visando a venda e/ou a troca.

Os verdes pastos também favorecem a pecuária.

e/ou a troca.

Nas recém constituídas cidades, os homens passaram a ser classificados de acordo com a função que exerciam (sacerdotes, ferreiros, agricultores, guerreiros, comerciantes, pescadores, professores, escribas, etc.). As diferentes funções criaram diferenças sociais, afinal, uns tinham mais recursos do que os outros.

A divisão do trabalho tornou necessária a organização do Estado* e a criação de leis.

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O EGITO E O RIO NILO

O Egito Antigo surgiu e se desenvolveu no entorno do rio Nilo. Conforme afirmou o historiador grego Heródoto “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Com isso, não é incorreto afirmar que o Egito Antigo existia graças ao Nilo.

Fotos aéreas do rio Nilo.

Nilo.

Como nesta região a terra era bastante fértil, as comunidades locais logo se tornaram sedentárias, desenvolvendo a agricultura. O desenvolvimento da agricultura foi essencial para que as tribos que habitavam a região passassem a se organizar de forma mais complexa. Afinal, agora era necessário contabilizar a produção agrícola que era produzida de forma coletiva.

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Fotos de satélite do rio Nilo, Egito.

Nas ilustrações ao lado e acima. observe que a faixa de terra fértil (verde) cobre apenas o contorno do rio Nilo, o restante é formado pelo deserto. Na foz do rio (topo na imagem) está o Delta do Nilo, uma região pantanosa, mas muito fértil.

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Pequena faixa de terra fértil às margens do Nilo. Observe que ao fundo, o deserto toma conta da paisagem. Ao lado, outra foto aérea do Nilo.

A primeira forma de organização egípcia foram os

nomos, espécie de vilarejos independentes, que se

organizavam de forma cooperativada. A produção agrícola era comunitária, isto é, pertencia a todos.

A unificação dos diversos nomos resultou na formação do Estado egípcio.

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Salve, ó Nilo! Ó tu que manifestaste sobre esta terra e vens em paz para dar.

Vida ao Egito. Regas a terra em toda a parte, deus dos grãos, senhor dos peixes, criador do trigo, produtor da cevada. (...) Ele traz as provisões deliciosas, cria todas as coisas boas, é o senhor das nutrições agradáveis e escolhidas. Ele

sobre o Egito e o Nilo

(Heródoto, “História”, livro II, “Euterpe”)

produz a forragem para os animais, provê os sacrifícios para todos os deuses.

Ele se apodera de dois países e os celeiros se enchem, os entrepostos regurgitam, os bens dos pobres se multiplicam; torna feliz cada um conforme seu desejo. (...) Não se esculpem pedras nem estátuas em tua honra, nem se conhece o lugar onde ele está. Entretanto, governas como um rei cujos decretos estão estabelecidos pela terra inteira, por quem são bebidas as lágrimas de todos os olhos e que é pródigo de tuas bondades.

O Egito é uma dádiva do Nilo.

Busto de Heródoto, considerado o pai da História.

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Imagem ao lado, rios Tigre e Eufrates na Mesopotâmia. Acima, imagem de satélite da mesma região (em azul, no sul, está o Golfo Pérsico, rico em petróleo).

A MESOPOTÂMIA E OS RIOS TIGRE E EUFRATES

Mesopotâmia vem do grego e quer dizer “entre rios” (meso = meio, entre. Já potamus = rio. Potamus deu origem ao termo que designa a água que é boa para beber, ou seja, potável). “Entre Rios” faz referência ao fato da região ficar entre os rios Tigre e Eufrates.

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Fotos do rio Eufrates. Observe que a faixa de terra fértil é bastante estreita, com o deserto muito próximo.

A localização privilegiada proporcionou à Mesopotâmia um solo muito fértil, responsável por duas colheitas anuais.

A fertilidade do solo permitiu o desenvolvimento da agricultura e da pecuária na região. Porém essa abundância ocasionou numa série de disputas pelo controle das terras beira rio.

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A gravura ao lado representa os Jardins Suspensos da Babilônia de frente para o rio Eufrates. Abaixo gravura da Babilônia antiga. A cidade foi construída no entorno do rio.

Na Mesopotâmia, a formação das primeiras cidades foi muito parecida com a do Egito, mas com uma diferença muito importante, isto é, na região não existiu apenas um Estado centralizado, mas vários reinos que disputavam o controle da área.

Destes reinos destacaram-se, em ordem cronológica, sumérios, acádios, babilônicos, assírios e caldeus.

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Maquete do Portal de Ishtar, o belo portal era a entrada para a cidade de Babilônia. Acima detalhe da parede em azulejos com figuras de animais em relevo.

A riqueza natural da Mesopotâmia possibilitou o nascimento de uma próspera sociedade agrícola. A cidade da Babilônia (imagens acima) demonstra toda essa riqueza. Por sinal, a prosperidade e a riqueza que atraíram a cobiça de Ciro, rei da Pérsia, que conquistou a cidade e toda a região em 550 a.C., pondo fim na independência política mesopotâmica.

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Fotos do rio Jordão. O Jordão é um importante ponto turístico em Israel por ser o local onde Jesus foi batizado por João Batista.

A PALESTINA E O RIO JORDÃO

A fertilidade das terras do entorno do rio Jordão (e seus afluentes) criou o ambiente para que se formasse, na região, uma série de aldeias de povos pastores (em sua maioria de origem semita), que logo desenvolveram a agricultura.

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O desenvolvimento da agricultura na região, tornou a Palestina alvo de disputas por seu controle.

Foram vários os Estados formados na

Mapa atual da localização do rio Jordão e seus afluentes. Até hoje o Jordão é alvo de disputas pelo controle da água.

Foram vários os Estados formados na região. Dos reinos nascidos no entorno do Jordão se destacaram Israel, Judá, Fenícia, Filisteia e Síria.

Mas a região também sofreu com as invasões estrangeiras. Egito, Assíria e Babilônia conquistaram e controlaram a região por breves períodos de tempo.

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CONCLUSÃO

Homens tocando o gado. Foto Sebastião Salgado.

A Imensidão do deserto. Foto Sebastião Salgado.

CONCLUSÃO

Como vimos anteriormente, o acesso à água potável foi essencial na formação das primeiras aldeias e, conseqüentemente, nas primeiras cidades. A proximidade dos rios permitiu o desenvolvimento e o aprimoramento da agricultura que, por sua vez, possibilitou um aumento considerável da produção de alimentos.

O aumento da oferta de comida, permitiu um crescimento vertiginoso da população. Devido a isso, o excedente de alimentos passou a ser comercializado com outros povos.

Nascia assim a figura do Estado e a conseqüente divisão do trabalho. Com isso, as primeiras civilizações criaram diferenças entre a população, se no período nômade todos eram iguais e tinham direito igual à comida, agora era diferente, pois a divisão do trabalho criou diferenças entre as novas classes sociais.

Assim, a organização do Estado criou uma elite que não precisava trabalhar para sobreviver, pois vivia da exploração do trabalho alheio. Por tudo isso, o surgimento do Estado na Antigüidade criou as bases da sociedade como conhecemos hoje.

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GLOSSÁRIO

Quente durante o dia, frio durante a noite. Assim é o deserto.

Foto Sebastião Salgado.

Foto Sebastião Salgado.

GLOSSÁRIO

* Homogêneo: Que tem a mesma natureza, ou é do mesmo gênero que outro objeto;

idêntico no seu todo.

* Sedentário: Que tem residência ou habitat fixos.

* Abundância: Fartura, grande quantidade.

* Nômade: Diz-se das tribos humanas que não têm sede fixa e vagueiam errantes por diversas regiões.

* Excedente: Que excede ou sobeja.

* Estado: Nação politicamente organizada por leis próprias; Terras ou países sujeitos à mesma autoridade ou jurisdição; Conjunto de poderes políticos de uma nação; Divisão territorial de certos países, como o Brasil, os Estados Unidos.

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BIBLIOGRAFIA

CARDOSO, Ciro Flamarion S. O Egito Antigo. São Paulo: Brasiliense, 1982.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. Antiguidade Oriental: Politica e Religião. São Paulo: Contexto, 1990.

FABER, Marcos Emílio Ekman. A Constituição Geográfica do Egito Antigo. Disponível em: <http://www.historialivre.com/antiga/geoegito.htm> Acesso em 14 de jul. 2011.

em: <http://www.historialivre.com/antiga/geoegito.htm> Acesso em 14 de jul. 2011. FABER, Marcos Emílio Ekman. A Mesopotâmia. Disponível em:

<http://www.historialivre.com/antiga/mesopotamia.htm> Acesso em 14 de jul. 2011. FERREIRA, Olavo Leonel. Mesopotâmia. São Paulo: Editora Moderna, 1993. FOTOS

SALGADO, Sebastião. Site da Unicef. Disponível em: <http://www.unicef.org/salgado> SALGADO, Sebastião. Álbum África. Disponível em:

<http://entretenimento.uol.com.br/album/sebastiao_africa_album.jhtm> SALGADO, Sebastião. Terra. São Paulo: Cia das Letras, 1997.

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OUTROS E-BOOKS (Grátis)

Renascimento. História Ilustrada da Arte, Volume 1. Marcos Emílio Ekman Faber.

Disponível em: <http://www.historialivre.com/moderna/renascimento2.pdf>

Moda. História Ilustrada da Arte, Volume 2. Marcos Emílio Ekman Faber. Disponível em

Breve em <http://www.historialivre.com/arte/moda.pdf>.

História Ilustrada do Feudalismo. História Ilustrada, Volume 1. Marcos Emílio Ekman História Ilustrada do Feudalismo. História Ilustrada, Volume 1. Marcos Emílio Ekman

Faber. Disponível em: <http://www.historialivre.com/medieval/feudalismo.pdf>

A História dos Partidos Políticos no Brasil. Marcos Emílio Ekman Faber. Disponível em:

<http://www.historialivre.com/brasil/partidos_politicos.pdf>

A História dos Partidos Políticos na Revolução Francesa. Marcos Emílio Ekman Faber.

Disponível em: <http://www.historialivre.com/contemporanea/partidos_politicos_franca.pdf>

O Imperialismo em Charges. Marcos Emílio Ekman Faber. Disponível em:

<http://www.historialivre.com/contemporanea/imperialismo.pdf>

A História do Dinheiro no Brasil. Marcos Emílio Ekman Faber. Disponível em:

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FIM

FIM

Marcos Faber

www.historialivre.com marfaber@hotmail.com

Referências

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