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1. METODOLOGIA DE SELECÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS

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Academic year: 2021

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta

1. M

ETODOLOGIA DE SELECÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS

Em todos os povoamentos florestais existe uma variedade de seres vivos que desempenham acções específicas na dinâmica da floresta estando normalmente em equilíbrio com esta. Estes organismos, são considerados como nocivos quando atingem efectivos populacionais elevados e cuja a sua acção sobre um dado povoamento gera perdas ecológicas e económicas. Este acontecimento anormal pode ser despoletado por diversos factores, tanto associados com intervenções humanas erráticas, como também com factores climáticos, factores relacionados com a susceptibilidade das próprias espécies ou povoamentos; factores relacionados com a natureza do local, factores relacionados com a poluição atmosférica, etc. Deste modo, os ataques generalizados de pragas e doenças que a floresta é muitas vezes sujeita são consequência de desequilíbrios no ecossistema promovidos pelos factores mencionados.

Assim sendo, em situações cuja a acção de um ou mais agentes prejudiciais tenha implicações económicas na floresta, é necessário uma actuação humana activa. Esta é possível através de vários tipos de tratamentos fitossanitários.

Mas associado a esta possibilidade, existe também a relação benefício/custo que tem de ser ponderada todas as vezes que um povoamento exige tratamento, por forma a que o factor económico do povoamento não seja posto em causa.

Assim sendo, é necessário que a técnica “Prevenção” seja considerada como primordial e a implementar em qualquer povoamento. Neste sentido, o seguro florestal, que segura pragas e doenças florestais, apresenta-se como um instrumento de apoio importante pois permitirá que os proprietários/produtores/gestores florestais, ao acederem a um tipo de instrumento como este, incorporem a atitude de vigilância e se consciencializem da necessidade do controlo oportuno das pragas e patologias.

2. E

TAPA

Para determinar quais as pragas e doenças que este seguro deve cobrir, é necessário implementar uma metodologia de selecção.

Esta metodologia consiste no seguimento ordenado dos seguintes pontos:  Identificação das espécies arbóreas mais representativas;

 Identificação das pragas e doenças que afectam as espécies anteriormente seleccionadas;

 Identificação dos métodos de actuação e propagação;  Classificação dos métodos de actuação e propagação;

 Identificação dos métodos de inibição/controlo e eliminação;  Classificação dos métodos;

 Selecção das pragas e doenças com um número considerável de métodos de controlo e eliminação;

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta

Para a identificação das espécies florestais cujo o estudo das pragas e patogenias deve insidir, deve-se ter em conta:

 A importância da espécie na economia florestal;  A importância da espécie em termos ecológicos;  A representatividade da espécie a nível nacional;

 As espécies que foram consideradas nos restantes produtos do projecto;

Assim sendo, a nível nacional e a nível do projecto, estão identificadas como espécies de grande interesse, os seguintes exemplares:

 Pinheiro bravo (Pinus pinaster);

 Eucalipto globulus (Eucalyptus globulus);  Castanheiro (Castanea sativa);

 Sobreiro (Quercus suber);  Carvalho (Quercus robur);

Grande parte do estudo sobre as principais espécies foi realizado aquando a caracterização do sector florestal a nível nacional (Anexo I).

Após se ter identificado as espécies florestais com interesse para o seguro, no aspectos do estudo das pragas e doenças, é necessário fazer um breve estudo sobre as principais pragas e patogenias que afectam essas mesmas espécies. O estudo deve começar por agrupar as pragas e doenças por espécie afectada e posteriormente incidir na sintomatologia, ciclo biológico, prejuízos causados ao hospedeiro e técnicas de prevenção/combate.

Assim sendo e de forma a obter informação credível e suficiente foram contactadas várias entidades relacionadas com o sector, nomeadamente a CONFAGRI, a FENAFLORESTA, a DGRF, a FORESTIS e todos os outros parceiros do projecto. Uma outra parte da informação foi obtida também através de uma pesquisa via internet em sites do sector.

Após análise da informação obtida, conclui-se que as principais pragas identificadas são:

 No Sobreiro:

• Lagarta do sobreiro (Porthertria dispar); • Burgo (Tortrix viridana);

• Lagarta verde (Periclistta andrei);

• Cobrilha da cortiça (Coroebus undatus); • Platipo (Euproctis chrysorrhoea);

• Portésia (Euproctis chysorrhoea);

• Cobrilha dos ramos (Coroebus florentunus); • Limantria (Lymantria dispar);

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta

 No Carvalho:

 Áltica (Phyllotreta atra F.);

 Gorgulho da glande;

 Portésia (Euproctis chrysorrhoea);

 Limantria (Lymantria dispar);

 Malacosoma;

 Lagarta verde;  No Pinheiro Bravo:

 Nemátodo (Bursaphelenchus xylophilus);

 Processionária (Thaumetopoea pityocampa);

 Gorgulho das pinhas (Pissodes validirostris);

 Bóstrico grande (Ips sexdentatus);

 Bóstrico pequeno (Orthotomicus eromus)

 Hilésina (Tomicus piniperda);

 Gorgulho pequeno do pinheiro (Pissodes castaneus);

 Gorgulho grande do pinheiro (Hylobius abietis);

 Torcedoura (Rhyacionia buoliana)

 Lófiro grande do pinheiro (Diprion pini)

 Lófiro pequeno do pinheiro (Neodiprion sertifer);

 Piral do tronco (Dioryctria sylvestrella);

 Lagarta das pinhas (Dioryctria mendacella);

 Cochonilha do pinheiro (Matsucocus feitaudi).  No Castanheiro:

 Lagarta da castanha (Cydia splendana);  Gorgulho da castanha (Curculio elephas);  Portésia (Euproctis Chrysorrhoea);

 No Eucalitpo:

 Broca do eucalipto (Phoracanta semipunctata);

 Haltica (haltica ampelophaga);

 Portésia (Euproctis chrysorrhoea);

 Gorgulho do eucalipto (Gonipterus scutellatus). As principais doenças identificadas são:

 No Sobreiro:

 Carvão do entrecasco (Hypoxylon mediterraneum);  Doença da tinta (Phytophora cinnamomi);

 Armillaria (Armillaria spp.);

 Cancro cortical (Endothiella gyrosa);  Podridão agárica (Clitocybe mellea);

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta

 No Carvalho:

 Podridão agárica (Clitocybe mellea);  Oídio;

 Podridão radicular e do colo;  No Pinheiro bravo:

 Seca dos ramos (Diplodia pinea);

 Podridão agárica (Clitocybe mellea);

 Podridão annosa (Fomes annosus);

 Ferrugem vesiculosa das agulhas do pinheiro (Coleosporium senecionis);

 Seca dos ramos (Cenangium abietis);  No Castanheiro:

 Cancro do castanheiro (Cryphonectria parasitica);

 Doença da tinta (Phytophora spp.)  No Eucalipto:

 Cancro do eucalipto (Botryosphaeria berengeriana);  Podridão castanha do cerne (Polyporus sulphureus);  Bolor cinzento (Botrytis Cinerea);

Após se ter identificado as pragas e doenças que mais afectam os povoamentos florestais, é necessário identificar o seu método de actuação e de expansão por forma a que seja possível determinar qual a melhor metodologia a implementar para as controlar/eliminar.

Através do quadro seguintes pode verificar-se quais os meios de controlo de pragas passíveis de serem utilizados.

Espécie arbórea Praga/Técnic as de controlo e tratamento Limitaç ão natural Físic os Biotécnic os Biológic os Químic os Nº de tratame ntos Sobreiro Lagarta do sobreiro Burgo Lagarta verde Cobrilha da cortiça Platipo Portésia Cobrilha dos ramos

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta Carvalho Áltica Gorgulho Portésia Limantria Malocosoma Lagarta verde Pinheiro Precessionária X X X 3 Nemátodo X 1 Bóstrico grande X X 2 Bóstrico pequeno X X 2 Hilésina X X 2 Gorgulho grande X X 2 Gorgulho pequeno X 1 Torcedoura X X 2 Lófiro grande X 1 Lófiro pequeno X 1 Piral do tronco X 1 Gorgulho das pinhas Lagarta das pinhas X 1 Cochonilha Castanhe iro Lagarta da castanha Gorgulho da castanha Portésia Eucalipto Broca do eucalipto Haltica Portésia

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta

Relativamente às doenças, as técnicas de controlo e protecção podem ser resumidas no seguinte quadro: Espécie arbórea Praga/Técnicas de controlo e tratamento Li mit açã o nat ura l Fí si c o s Biotéc nicos Biológic os Químicos Nº de tratament os Sobreiro Carvão do entrecasco Doença da tinta Armillaria Cancro cortical Podridão agárica Carvalho Podridão gárica

Oídio

Podridão radicular Pinheiro

bravo

Seca dos ramos ( Diplodia pinea)

Podridão agárica Podridão annosa

Ferrugem vesiculosa das agulhas

Seca dos ramos ( Cenangium abietis Castanhei

ro

Cancro do castanheiro Doença da tinta

Eucalipto Cancro do eucalipto

Podridão castanha do cerne Bolor cinzento

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_______________________________________Florestar – Sustentabilidade da Floresta

Numa apólice de seguro florestal é necessário que todas as pragas e doenças referidas anteriormente sejam consideradas como riscos a segurar. Esta premissa é assim definida por forma a que ambos os proponentes (entidade seguradora e segurado) considerem o seguro viável. Da parte do segurado, a cobertura de todas as pragas e doenças que possam afectar o objecto de seguro (o povoamento)é de extrema importância pois a realizar um contrato deste tipo, o segurado estará a sentir que vai de encontro aos seus objectivos – protecção dos seus bens. Para a seguradora também é considerado uma mais valia, pois num contrato de seguro deste tipo, determinadas pragas e doenças cobertas pela apólice que apresentam menor probabilidade de ocorrência ou cujos danos provocados pelo ataque são tipicamente reduzidos, permitirão obter um atenuar do risco associado aquela apólice, risco este, que servirá para compensar o risco acrescido por outras pragas e doenças ou mesmo por outro tipo de catástrofes cobertas pela mesma apólice.

Referências

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