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LIVRO VERDE SOBRE O JOGO EM LINHA NO MERCADO INTERNO RESPOSTA INDIVIDUAL

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Academic year: 2021

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LIVRO VERDE

SOBRE O JOGO EM LINHA NO MERCADO INTERNO

RESPOSTA INDIVIDUAL

1 - Tem conhecimento de quaisquer dados ou estudos disponíveis sobre o mercado do jogo em linha na União Europeia que poderiam contribuir para a elaboração de políticas aos níveis da UE e nacional? No caso afirmativo, incluem esses dados ou estudos operadores licenciados exteriores à UE presentes no mercado da UE? Não tenho conhecimento de dados ou estudos.

2 - Tem conhecimento de dados ou estudos disponíveis sobre a natureza e dimensão do mercado negro de serviços de jogo em linha? (operadores não licenciados)

Não tenho conhecimento, mas é de conhecimento geral que há muitos jovens e pessoas de mais idade que se dedicam ao jogo não autorizado especialmente o poker e os jogos de casino na internet pois tal é sucessivamente noticiado e promovido nos jornais e televisões como uma actividade lucrativa que movimenta muito dinheiro.

Conheço várias pessoas com problemas de jogo na internet sobretudo estudantes do ensino superior que estão em residências de estudantes que estão “agarrados” ao jogo noite e dia como se fosse uma droga. Apenas um deles conseguiu fazer do poker profissão e ganhar dinheiro a sério. Hoje dealer de vários sites ilegais. Os outros são apenas viciados. Há alguns em tratamento e pelo menos 1 suicidou-se.

3 - Qual é a sua experiência, se é que teve, no que diz respeito a operadores de jogo em linha baseados na UE e licenciados num ou mais Estados-Membros que prestem e promovam os seus serviços noutros Estados-Membros da UE? Qual é a sua opinião sobre o seu impacto nos mercados correspondentes e seus consumidores?

Do que é possível observar dos operadores que se encontram licenciados num Estado, mas prestam serviço noutro fazem-se passar por sites legais, escudando-se na pretensa licença desse Estado para fazerem uma oferta descontrolada e muito mais agressiva ao consumidor, tendo comportamentos e usando de meios que são vedados aos operadores licenciados ou autorizados nesse Estado, por razões de interesse social e protecção do consumidor e da sociedade em geral. Este impacto, como é claro e evidente, é ruinoso, não só para os mercados correspondentes, mas, acima de tudo para os jogadores, suas famílias e a sociedade em geral.

4 - Qual é a sua experiência, se é que teve, no que diz respeito a operadores de jogo em linha exteriores à UE licenciados que prestem e promovam os seus serviços em

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Estados-Membros da UE? Qual é a sua opinião sobre o seu impacto no mercado da UE e seus consumidores?

Na mesma linha da resposta anterior, a actuação de operadores de jogo em linha sem controlo das autoridades do país do consumidor é ruinosa sobretudo porque aumenta em muito a oferta de jogo, As pessoas tendem a jogar todos os jogos que existem para tentar a sua sorte, Quanto mais sites há para jogar mais necessidade de jogar se cria nas pessoas. Estes operadores que se recusam a respeitar as leis dos países onde oferecem os seus jogos só visam o lucro, não aceitam pagar impostos superiores a 1% sobre o lucro (segundo o que vem nos jornais eletrónicos da especialidade) e têm uma grande a agressividade comercial enviando vários emails apelando ao jogo por dia para os seus inscritos. Os meios que usam para levarem os consumidores a aderir às suas ofertas, como jogo grátis, crédito para jogar até verificarem que a pessoa já começou a perder bastante dinheiro próprio além do que lhe “deram”, são imorais e são vedados nos países em que existem operadores legais como a SCML ou os casinos que não podem ter essas práticas antes oferecem os seus serviços, por razões de interesse geral. Esta actuação é, obviamente, má para os consumidores, suas famílias e comunidade em geral.

5 - Caso existam, quais são, em seu entender, os problemas jurídicos e/ou práticos que a jurisprudência dos tribunais nacionais e do TJUE levanta no domínio do jogo em linha? Em particular, existem problemas de segurança jurídica ao nível do seu mercado nacional e/ou da UE relativamente a estes serviços?

Do conhecimento que tenho a segurança jurídica existe no nosso País, uma vez que em relação ao jogo existe legislação que não deixa margem para dúvidas sobre quem pode oferecer jogo e em que moldes: Estas entidades são a Santa Casa para as lotarias e apostas mútuas e os casinos e bingos para os outros jogos

Contudo são muitos os prevaricadores que fazem tábua rasa da legislação e a violam.

6 - Considera que o direito nacional e o direito derivado da UE vigentes, aplicáveis aos serviços de jogo em linha, regulamentam devidamente esses serviços? Em particular, considera estar assegurada a coerência/compatibilidade entre, por um lado, os objectivos de ordem pública prosseguidos pelos Estados-Membros neste domínio e, por outro, as medidas nacionais em vigor e/ou o comportamento efectivo dos operadores públicos ou privados que prestam serviços de jogo em linha?

Em relação à legislação portuguesa, e como já indiquei na resposta anterior, regulam o jogo de forma clara, com vista à salvaguarda dos consumidores, famílias e sociedade em geral.

Existem vários operadores ilegais que insistem em violar a legislação portuguesa. Para esses deveria haver uma punição mais severa de modo a dissuadi-los.

O que sucede é que são punidos e continuam a sua actividade, o que é esclarecedor que, apesar de haver coimas elevadas, preferem manter a actividade e pagar as coimas porque devem ter lucros elevados uma vez que não pagam impostos

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7 - De que modo a definição de serviços de jogo em linha supra difere das definições ao nível nacional?

Penso que não diferem, e que serão coincidentes, com a diferença de o jogo em linha só poder ser oferecido e explorado pela Santa Casa da Misericórdia.

8 - Os serviços de jogo oferecidos pelos meios de comunicação social são considerados jogos de fortuna ou azar ao nível nacional? Existe uma distinção entre jogos promocionais e jogos de fortuna ou azar?

Existe diferença. Os jogos de fortuna e azar são os jogos de lotarias e apostas mútuas explorados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e ainda os jogos de casino e bingo explorados pelos concessionários, que estão sujeitos à supervisão e fiscalização da Inspecção Geral de Jogos, de exploração muito controlada, enquanto os jogos promocionais que realizam na televisão, nos jornais ou nos supermercados servem para promover um produto ou um serviço.

Além destes há os jogos sobre chamadas de valor acrescentado que não sei se estão regulados mas que me parecem um autentico assalto ao bolso dos cidadãos dado que uma chamada custa no máximo 10 cêntimos e para o prémio vão também no máximo, pelos números de telefonemas recebidos 5 cêntimos ou seja a televisão e a operadora de comunicações ficam com o o lucro de mais de 70%. É um logro que devia ser aprado não só a nível nacional mas europeu, ou pelo menos que tornassem a distribuição do dinheiro das chamadas mais justa.

9 - São oferecidos serviços de jogo em linha transfronteiras em instalações licenciadas destinadas ao jogo (por exemplo, casinos, salões de jogos ou lojas de corretor) ao nível nacional?

Em Portugal não.

10 - Quais são as principais vantagens/dificuldades resultantes da coexistência, na UE, de sistemas e práticas nacionais diferentes para o licenciamento de serviços de jogo em linha?

A principal dificuldade reside no facto de o jogo ter uma abordagem diferente face às realidades sociais e culturais de cada um dos Estados.

Esta dificuldade leva, naturalmente, a que esta seja uma área em que tem de haver entendimento mínimo nas actuações, como o combate à criminalidade relacionada com o jogo.

Contudo, e uma vez que há diferenças culturais e sociais em cada Estado, face ao jogo, deve manter-se a regulamentação deste, bem como as autorizações e licenças para a sua oferta, na esfera de cada um dos Estados.

11 - Com destaque para as categorias acima mencionadas, como se encontram reguladas ao nível nacional as comunicações comerciais relativas a serviços de jogo em linha? Existem problemas específicos nessas comunicações comerciais transfronteiras?

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A publicidade ao jogo é proibida e encontra-se vedada. Apenas os jogos da SCML têm publicidade lícita devido ao tipo de jogos que organizam e exploram.

O problema que sucede é que os operadores ilegais violam também esta lei e por isso são muitos os patrocínios e publicidade que surgem relativos aos operadores ilegais, em especial nas competições desportivas.

12 - Existem regulamentos nacionais específicos relativos aos sistemas de pagamento de serviços de jogo em linha? Como avalia esses regulamentos?

O site dos Jogos Santa Casa tem um regulamento próprio que estabelece a existência de um cartão de jogador que possibilita aceder para apostar e receber os prémios, com base numa conta bancária portuguesa e domiciliada em Portuga .

13 - As contas de jogador constituem um requisito necessário para a aplicação efectiva da lei e a protecção dos jogadores?

É um bom requisito para a aplicação da lei, em especial para a protecção dos jogadores e sua identificação.

14 - Quais são as normas e práticas nacionais vigentes em matéria de verificação dos clientes, sua aplicação a serviços de jogo em linha e sua compatibilidade com as normas em matéria de protecção dos dados? Como avalia essas normas e práticas? Existem problemas específicos associados à verificação dos clientes num contexto transfronteiras?

Os Jogos Santa Casa são os únicos com um site legal de jogo em Portugal, que cumpre os mais avançados padrões de controlo e de transparência na exploração dos jogos.

15 - Dispõe de provas de que os factores enunciados supra estão relacionados com o desenvolvimento do jogo compulsivo ou com o uso excessivo de serviços de jogos em linha, e/ou estão na sua origem? (se possível, estabeleça uma hierarquia, por favor)

A verificação de quem está a jogar, há quanto tempo e quanto dinheiro está a movimentar, pode levar a uma diminuição do jogo compulsivo.

16 - Dispõe de provas de que os instrumentos enunciados supra são essenciais e/ou eficientes para prevenir ou limitar o jogo compulsivo relacionado com os serviços de jogo em linha? (se possível, estabeleça uma hierarquia, por favor)

Penso que sim. Se houver uma sensibilização da opinião pública para os problemas associados ao jogo e como prevenir esses comportamentos de risco, o número de pessoas doentes pode diminuir.

17 - Dispõe de provas (por exemplo, estudos e dados estatísticos) sobre a dimensão do jogo compulsivo ao nível nacional ou da UE?

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Não. A nível nacional os estudos divulgados na comunicação social em 2009 apontavam para cerca de 80.000 viciados.

18 - Existem estudos reconhecidos ou provas que demonstrem que o jogo em linha é potencialmente mais ou menos nocivo do que outras formas de jogo para pessoas susceptíveis de desenvolverem um comportamento patológico relativamente ao jogo?

É de conhecimento geral que existem pessoas que estão a deixar de cumprir as suas obrigações para com as suas famílias e os seu trabalho porque se encontram a jogar, já tendo havido notícias de negligências graves motivadas pelo jogo em linha.

Quase toda a gente que conheço já ouviu falar ou tem muito perto casos desses.

19 - Há indícios que sugiram as formas de jogo em linha (tipos de jogo) mais problemáticas neste aspecto?

O facto de o jogador estar isolado, sem qualquer tipo de controlo presencial, bem como o facto de o jogo estar sempre disponível é um apelo para que se jogue cada vez mais. Acresce que estes jogos estão cada vez mais atractivos e disponíveis.

20 - Que medidas são tomadas a nível nacional para prevenir a dependência do jogo? (por exemplo, para assegurar a detecção precoce)

Não sei. Mas, penso que o sistema de saúde nacional terá algumas respostas como tem para os toxicodependentes e para outro tipo de dependentes como os de jogo dado que parece ser tudo muito parecido.

21 – Encontra-se disponível ao nível nacional o tratamento da dependência do jogo? Em caso afirmativo, em que medida os operadores de jogo em linha contribuem para o financiamento dessas acções preventivas e do tratamento?

O sistema nacional de saúde tem resposta para o tratamento através do encaminhamento para a especialidade que mais se adaptar ao seu caso.

22 - Qual é o nível de vigilância exigido pela regulamentação nacional neste domínio? (por exemplo, registo do comportamento dos jogadores em linha para detectar os prováveis jogadores patológicos)

Vê-se nos locais de venda dos jogos das lotarias e apostas mútuas um sinal de proibição de venda de jogos a menores de idade, por ser um público mais vulnerável, havendo um controlo apertado na proibição de jogar dirigida aos jovens.

23 - Em sua opinião, são os limites de idade para o acesso a serviços de jogo em linha no seu Estado-Membro, ou em qualquer outro, adequados para a consecução do objectivo prosseguido?

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Por serem os menores de 18 anos um público mais vulnerável, esta proibição também é um meio para atingir os objectivos prosseguidos.

24 - São impostos controlos de idade em linha? Qual o resultado da sua comparação com a identificação presencial fora de linha?

Para jogar no site da Santa Casa é preciso ter um cartão associado a uma conta bancária e é preciso indicar a idade que em dúvida é confirmada, e isso impede os jovens que não tenham a idade legal permitida de jogar.

25 - Como são regulamentadas as comunicações comerciais sobre serviços de jogo, tendo em vista a protecção dos menores ao nível nacional ou da UE? [por exemplo, no que se refere a limites a jogos promocionais concebidos como jogos de casino em linha, patrocínio de actividades desportivas, artigos promocionais (por exemplo, camisolas de equipas desportivas, jogos de computador, etc.) e a utilização de redes sociais em linha ou a partilha de vídeos para fins de comercialização].

Existem muitas promoções e concursos na televisão e na rádio a oferecer prémios em troca de um telefonema ou envio de sms, mas não são dirigidas aos menores de idade. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é a única exploradora de jogo em Portugal que pode fazer publicidade aos seus jogos. Todos os outros operadores ilegais que fazem publicidade encontram-se a violar a lei.

26 - Que disposições regulamentares nacionais sobre condições de licenciamento e comunicações comerciais sobre serviços de jogo em linha contemplam estes riscos e visam proteger os consumidores vulneráveis? Como avalia essas normas e práticas?

O facto de só existir um explorador em linha – a SCML – e de este ser controlado directamente pelo Estado, e de serem assegurados os controlos para protecção dos consumidores vulneráveis, dá garantias de que se visa o objectivo da protecção desses consumidores.

27 - Tem conhecimento de estudos e/ou de dados estatísticos relativos à fraude e ao jogo em linha?

Não, mas todos sabemos que muitos sites são conhecidos por serem meios para a lavagem de dinheiro, de actividades criminosas e fraudulentas e muito já foram relacionados com trafico de pessoas e terrorismo.

28 - Existem regras sobre o controlo, a normalização e a certificação de equipamentos de jogo, geradores de números aleatórios ou outro suporte lógico no seu Estado-Membro?

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Sim. Os equipamentos dos operadores legalizados (casinos e bingos) são certificados epal Inaspecção Gerla de jogos, bem como os equipamentos da Santa Casa da Misericórdia são certificados por organismos internacionais. As bolas dos sorteios por exemplo são verificadas no IPQ .

29 - Em sua opinião, quais as melhores práticas para impedir os vários tipos de fraude (por operadores contra jogadores, jogadores contra operadores e jogadores contra jogadores) e apoiar os processos de queixa?

Devia haver apoio jurídico gratuito e especializado nesses assuntos. A internet sendo um espaço anárquico por natureza necessita de ter regras muito apertadas para que se possa jogar online. Em Portugal só a Santa Casa da Misericórdia dá garantias de que os jogadores não são ludibriados e analisa todas as queixas que lhe são enviadas pelos jogadores lesados por operadores ilegais.

O sistema português de haver apenas um explorador de jogo de lotarias e apostas mútuas é um sistema que assegura a verdade na exploração e organização destes jogos e que canaliza a procura de serviços de jogo dos meios ilegais para os legais.

30 - No que se refere às apostas desportivas e ao falseamento de resultados, a que normas nacionais estão sujeitos os operadores de jogo em linha e as pessoas envolvidas em eventos desportivos/jogos para obviar a estas questões, em particular para prevenir «conflitos de interesses»? Tem conhecimento de dados ou estudos disponíveis sobre a amplitude deste problema?

Não tenho conhecimento, mas foi conhecido um caso recente numa liga de futebol na Alemanha.

32 - Que riscos existem de que um operador de apostas desportivas (em linha), que tenha celebrado um acordo de patrocínio com um clube desportivo ou uma associação, tente influenciar o resultado de um evento desportivo, directa ou indirectamente, no intuito de obter lucros?

Há sempre riscos elevados, especialmente quando os operadores não se encontram controlados pelo Estado onde promovem os seus jogos. O melhor é haver uma separação entre patrocínios e a utilização de determinados eventos desportivos para jogos de apostas desportivas.

33 - Que casos demonstraram formas de utilização do jogo em linha para fins de branqueamento de capitais?

Não tenho informação.

34 - Que sistemas de micro-pagamento necessitam de controlo regulamentar específico atendendo à sua utilização para serviços de jogo em linha?

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Não tenho informação.

35 - Tem experiência e/ou provas de melhores práticas de detecção e prevenção do branqueamento de capitais?

Não. Mas a SCML está obrigada a cumprir a lei do branqueamento de capitais e comunica vários casos suspeitos às autoridades

36 - Existem elementos que demonstrem que o risco de branqueamento de capitais através do jogo em linha é particularmente elevado no contexto da organização dessas operações em sítios Web de redes sociais?

Pode ser potenciado.

37 - Existem requisitos nacionais em matéria de transparência no jogo em linha? São os mesmos aplicáveis à prestação transfronteiras de serviços de jogo em linha e, em sua opinião, são as normas em causa efectivamente aplicadas?

Os requisitos de transparência decorrem dos controlos internos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cujos jogos são destinados aos consumidores internos.

38 - Existem outros esquemas de canalização de receitas de jogo para actividades de interesse público ao nível nacional ou da UE?

Na UE desconheço, mas em Portugal há um diploma legal que regula a atribuição dos resultados líquidos dos jogos explorados pela Santa Casa da Misericórdia, em linha e off-line.

39 - Existe um mecanismo específico como, por exemplo, um fundo, para a redistribuição das receitas serviços públicos e comerciais de jogo em linha em benefício da sociedade?

Há um diploma legal que regula a atribuição dos resultados líquidos dos jogos explorados pela Santa Casa da Misericórdia, em linha e off-line, a um conjunto de fins denominados genericamente boas causas, tais como desporto, cultura, saúde, protecção civil, assistência, etc.

40 - São os fundos devolvidos ou reafectados a medidas de prevenção e de tratamento da dependência do jogo?

Há um diploma legal que regula a atribuição de parte substancial dos resultados líquidos dos jogos explorados pela Santa Casa da Misericórdia para área da saúde, que incluirá o tratamento das dependências.

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41 - Quais são as proporções das receitas do jogo em linha provenientes de apostas desportivas reinvestidas em desportos ao nível nacional?

Há um diploma legal que regula a atribuição de parte dos resultados líquidos dos jogos explorados pela Santa Casa da Misericórdia para área do desporto não profissional.

42 - Beneficiam todas as disciplinas desportivas dos direitos de exploração do jogo em linha de forma semelhante à das corridas de cavalos? Em caso afirmativo, são esses direitos explorados?

Em Portugal não.

43 - Existem direitos de exploração do jogo em linha exclusivamente destinados a assegurar a integridade?

Penso que uma das mais fortes razões para que o jogo esteja atribuído em regime de exclusivo à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa são as garantias que dá de integridade e transparência na organização dos seus jogos, tanto pela longa tradição da instituição (que tem mais de500 anos) como pela sua ligação umbilical ao Estado, através de controlos político, orçamental e de fiscalização na exploração do jogo.

44 - Existem indícios que sugiram que o risco de «parasitismo» transfronteiras referido supra relativo aos serviços de jogo em linha está a reduzir as receitas das actividades de interesse público nacionais que dependem da canalização das receitas do jogo?

Foi noticiado que a Bwin no patrocínio que fez à Liga Portuguesa de Futebol Profissional durante três anos provocou uma quebra nas receitas do jogo de apostas mútuas desportivas denominado Totobola.

O Relatório e contas da SCML de 2010 consta que esta entregou ao Desporto 50 milhões de euros dos lucros de todo o jogo.

45 - Existem obrigações de transparência que permitam que os jogadores sejam informados dos casos e da proporção em que os operadores de jogo canalizam receitas para actividades de interesse público?

Em qualquer entrada num motor de busca na internet pode obter-se a informação sobre os valores percentuais e os próprios montantes destinados às várias finalidades de interesse público, nas diversas áreas desde o desporto, à cultura, saúde e assistência pública aos mais necessitados. Os relatórios e contas do Departamento de jogos da SCML são públicos.

46 - Existe um organismo regulador no seu Estado-Membro? Quais são o seu estatuto, as suas competências e o seu âmbito de acção relativamente aos serviços de jogo em linha, na definição do presente livro verde?

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O Governo é o responsável pela regulação dos jogos em Portugal, seja através da sua administração indirecta, como no caso dos jogos de casino e bingo (Instituto do Turismo), seja através da tutela governamental quanto aos jogos de lotarias e apostas.

47 - Existe um registo nacional de operadores licenciados de serviços de jogo? No caso afirmativo, é acessível ao público? Quem é o responsável pela sua actualização?

Não, uma vez que não há um sistema de licenças em Portugal.

48 - Que formas de cooperação administrativa transfronteiras conhece nesta área e quais as questões específicas cobertas?

Penso que os Estados-Membros cooperam a diversos níveis nas suas estruturas para troca de informações no combate ao crime e fraude, mas que essa cooperação tem que ser reforçada.

49 - Tem conhecimento de uma cooperação reforçada, de programas educativos ou de sistemas de alerta precoce nestes termos, que visem o reforço da integridade no desporto e/ou o aumento da informação entre outras partes interessadas?

Não.

50 - É aplicado algum dos métodos supramencionados - ou outro meio técnico – ao nível nacional para limitar o acesso aos serviços de jogo em linha ou restringir o pagamento de serviços? Tem conhecimento de alguma iniciativa transfronteiras que vise o reforço desses métodos? Como avalia a sua eficácia no domínio do jogo em linha?

São conhecidos os métodos de barramento de sites e de pagamentos para impedir que os operadores ilegais continuem a actuar em prejuízo da economia formal.

51 - Qual é a sua opinião sobre os méritos relativos dos métodos acima referidos, assim como de quaisquer outros meios técnicos, na limitação do acesso a serviços de jogo ou de serviços de pagamento?

Penso que tem que haver uma actuação conjugada dos Estados na UE para que o crime e a fraude sejam combatidos conjuntamente, impedindo-se a oferta de jogos ilegais nos respectivos Estados, respeitando-se as suas diferenças culturais, morais e religiosas que são fundamento para que possam existir diferentes sistemas de jogo, mas compatíveis entre si, sem qualquer reconhecimento automático de licenças.

Referências

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