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Aula 00 (Demonstrativa) Teoria do Consumidor; Efeitos Preço, Renda e Substituição; Elasticidade da Procura. Professor: Celso Natale

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Academic year: 2021

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 1

Aula 00 (Demonstrativa)

Conhecimentos Específicos - Supervisor de Pesquisas - Geral - IBGE Teoria do Consumidor; Efeitos Preço, Renda e Substituição; Elasticidade da Procura.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 2 É com enorme satisfação que parabenizo você por ter saído na frente dos seus concorrentes! Estou falando da escolha do material de estudos. Lamentavelmente, o mercado está cheio de apostilas, cursos e até livros de baixa qualidade, mas você chegou ao Ponto dos Concursos, e aqui vai encontrar tudo o que precisa para sua aprovação, como eu encontrei.

Ah sim! Permita-me uma brevíssima apresentação. Meu nome é Celso Natale e sou Analista do Banco Central do Brasil. Felizmente, minha empreitada de concurseiro durou pouco, pois consegui minha aprovação de primeira no concurso de 2013 para o Banco Central, aos 24 anos, enquanto trabalhava em um grande banco privado.

Agora, dedico-me a retribuir tudo que essa aprovação me proporciona, ajudando você a alcançar também a realização pessoal e o conforto financeiro de ser concursado.

Este curso é voltado para o recém-lançado edital do concurso para Supervisor de Pesquisa Geral do IBGE, cargo com remuneração de R$4.600, além de demais benefícios, apenas esperando sua aprovação. Lembrando que o contrato será temporário, com prazo máximo de 3 anos: uma excelente oportunidade de entrada no serviço público para alçar voos maiores.

O conteúdo de conhecimento específico da área geral será cobrado em 25 questões em sua prova objetiva, e pode ser didaticamente dividido em Microeconomia, Macroeconomia, Economia Industrial e Economia Brasileira. Para que a preparação seja completa, vamos nos encontrar em um total de

Aula 00 – Aula Demonstrativa

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 3 doze aulas (incluindo esta aula). Também teremos alguns vídeos como bônus, nos quais pretendo focar os assuntos críticos ao seu aprendizado.

Resolveremos muitas questões da Cesgranrio (pelo menos uma centena), banca responsável pelo nosso certame, mas também veremos outras bancas quando for necessário à fixação do conteúdo! Você verá que costumo utilizar diferentes abordagens ou táticas na resolução de questões, assim você pode encontrar a melhor forma para resolver as situações propostas.

Se ficar com qualquer tipo de dúvida, pode me procurar: celso.natale@pontodosconcursos.com.br.

Aula Conteúdo Programático Data

M icro economi a 0 A teoria do Consumidor - Efeitos Preço, Renda e Substituição

Elasticidade da Procura

1

A teoria da firma

30/6 Lei dos Rendimentos Decrescentes e Rendimentos de Escala

Teoria dos Custos de Produção no Curto e Longo Prazos Elasticidade da Oferta

2

Estruturas de Mercado: Concorrência Perfeita, Concorrência Imperfeita, Monopólio, Oligopólio

7/7 Dinâmica de Determinação de Preços e Margem de Lucro

Barreiras estruturais e prevenção estratégica à entrada (o conceito de Preço-limite, assimetria de custos, custos irrecuperáveis, monopólio natural, etc.)

Ec o n o mi a In d u st ri al 3 Padrão de concorrência. 15/7 Análise de Competitividade.

Análise de Indústrias e da Concorrência. Vantagens Competitivas.

Cadeias e Redes produtivas.

Competitividade e Estratégia empresarial.

4

Economia da Inovação.

22/7 Concorrência Schumpeteriana.

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M

acro

economi

a

5 Sistemas de Contas Nacionais. 27/7

6

Análise de Determinação da Renda I:

1/8 O modelo "clássico" (neoclássico);

O modelo keynesiano simples.

7

Análise de Determinação da Renda II:

5/8 O modelo IS-LM;

O modelo keynesiano completo.

8 Análise de política monetária e fiscal em economias fechadas e abertas sob diferentes regimes cambiais. 12/8

9

Modelos de crescimento de longo prazo:

19/8 Modelo de Harrod e Domar;

Modelo de Solow. Ec o n o mi a B rasi le ira

10 Reformas estruturais da década de 1990. Economia brasileira no pós-Plano Real: concepções, principais 26/8 problemas, conquistas e desafios.

11

O ajuste de 1999: a mudança do sistema cambial, a introdução do sistema de metas inflacionárias e as metas fiscais.

29/8 O desempenho do Comércio Exterior Brasileiro no período

recente.

Emprego: evolução recente, informalização e tendências. A evolução da política econômica no período recente

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 5 Tópicos da Aula 1. Introdução: Economia ... 6 2. Preferências do Consumidor ... 7 2.1 Função Utilidade ... 15 3. Restrição Orçamentária ... 16 4. A Escolha do Consumidor ... 24

4.1 Escolha Ótima do Consumidor ... 24

4.2 Variações da Renda ... 26

4.3 Variações nos Preços ... 27

5. Elasticidade ... 30

5.1 Elasticidade-preço da Demanda ... 31

5.2 Elasticidade-preço cruzada da Demanda ... 50

5.3 Elasticidade-renda da Demanda ... 52

5.4 Resumo sobre Elasticidade... 62

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1. Introdução: Economia

Antes de começarmos a ver os assuntos do nosso edital, vamos dedicar (somente) esta página a uma pequena introdução de conceitos básicos. Leia tranquilamente, sem se preocupar em decorar nada, ok? O objetivo aqui é contextualizar nossa conversa, não vai cair definição de Economia na sua prova.

A Economia é a ciência que estuda a administração da escassez. Escassez é o fato de os recursos serem limitados, ou seja, não são infinitos. Então, a Economia estuda como a sociedade toma suas decisões diante da escassez de recursos. Especialmente decisões sobre a produção e o consumo.

Podemos dividi-la em duas grandes áreas: Microeconomia e Macroeconomia. A primeira analisa a formação dos preços no mercado, por meio das decisões dos consumidores (famílias) e produtores (empresas). Seu foco é tanto em nível individual como em grupos.

Já a Macroeconomia tem por objetivo analisar o agregado (o “todo”) da economia. Faz uso de indicadores como a renda, a produção, o emprego, a inflação, os juros, a balança de pagamentos e o câmbio. Em outras palavras, é a Economia dos noticiários.

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2. Preferências do Consumidor

A partir daqui, entenderemos como o consumidor faz suas decisões sobre o que consumir e quanto consumir, considerando sua limitação de renda.

Para começar, quero que você imagine uma situação simplificada (com frequência simplificamos, em Economia). A situação é a seguinte, você consome e gosta de apenas dois bens: Pão de queijo e café. Isso significa que esses itens irão compor sua cesta de mercado.

Agora, para entender o quanto você gosta de pão de queijo, existe o conceito de Utilidade.

Utilidade: A utilidade é um valor atribuído para mensurar o quanto um consumidor aprecia determinado bem.

Digamos que, ao comer o primeiro pãozinho de queijo, você tem uma utilidade de 100 utils. O segundo pão de queijo vai te proporcionar mais satisfação, provavelmente não tanto quanto aquele primeiro, mas ainda assim você ficará mais feliz do que se comesse só um. Digamos que você obteve mais 90 utils com o segundo pãozinho.

Enquanto você continua a devorar essa iguaria, sua satisfação vai aumentando cada vez menos, mas vai chegar uma hora, talvez lá pelo 10º pão de queijo, que significou apenas 2 utils, em que você vai preferir recusar o próximo.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 8 Aí, aprendemos dois conceitos importantíssimos: Utilidade e Utilidade Marginal. A primeira já foi explicada, já a Utilidade Marginal é a utilidade obtida com o consumo de uma unidade a mais do produto. Ou seja, a utilidade marginal ao consumir o segundo pão de queijo foi de 90 utils, já a utilidade total ao comê-lo foi de 190 utils.

Vimos que a utilidade aumenta conforme aumenta o consumo. Mas a Utilidade Marginal diminui com o aumento do consumo! Chegará um ponto, inclusive, quando comer o próximo pão de queijo lhe trará uma perda de utilidade. Digamos que isso ocorra no 11º pão de queijo, quando sua utilidade marginal será negativa em 2 utils.

Conforme aumenta o consumo...

A utilidade aumenta;

A utilidade marginal diminui;

Quando a utilidade marginal chega a zero, a utilidade vai parar de

aumentar, ou seja, o ponto máximo da utilidade é quando a utilidade marginal é zero;

Quando a utilidade marginal fica negativa, a utilidade passa a

diminuir.

Certo, mas cadê o café? Vamos usar essa popular bebida para inserir outro conceito importantíssimo. A curva de indiferença.

Você já entendeu que consumir pão de queijo lhe proporciona utilidade, é evidente que consumir café também. O que a curva de indiferença vai nos

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 9 mostrar são todas as combinações de café e pão de queijo que lhe proporcionarão a mesma utilidade total.

Vamos às suposições. Para começar (situação 1), você tem 10 pães de queijo e apenas 1 xícara de café, para consumir essa semana. Puxa, que pena! É muito pão de queijo, e você gosta tanto de café... é provável que você trocasse quatro pães de queijo por mais uma xícara de café, não é mesmo (situação 2 – S2)? Assim você toma duas xícaras de café e come seis pães de queijo, ficando tão feliz quanto antes.

Mas agora que você tem uma única xícara de café, você certamente exigiria uma grande compensação em pães de queijo para abrir mão dela!

Isso nos explica o formato convexo da curva de indiferença: quando o consumidor tem muito de um bem, como os 10 pães de queijo em S1, ele está disposto a abrir mão de uma grande quantidade desse bem para obter uma menor quantidade de outro bem que ele tem pouco, como o único café em S1.

Veja, saindo da Situação 1 para a Situação 2, sua utilidade foi mantida, ou seja, em qualquer ponto da curva, sua utilidade (satisfação) será a mesma.

Agora, vamos a algumas considerações sobre a utilidade, que costumam cair nas provas.

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Premissas Básicas sobre Preferências

As premissas, ou seja, características das preferências que são admitidas como verdade, são as seguintes:

1. Integralidade: Isso quer dizer que as preferências são completas, e o consumidor sempre é capaz de dizer se prefere uma ou outra cesta de mercado, ou se é indiferente entre elas (como é o caso das cestas que vimos no gráfico anterior).

2. Transitividade: A transitividade decorre da integralidade, e significa que é possível concluir entre duas cestas, qual delas é preferida pelo consumidor, por meio de comparação indireta. Por exemplo, se você prefere a cesta A à cesta B, e prefere a cesta B à cesta C, podemos concluir que A é, para você, preferível à cesta C.

3. Mais é melhor: Essa, embora mais óbvia, é mais difícil de aceitar. Quer dizer que para desenhar nossas curvas, vamos acreditar que o consumidor sempre irá preferir consumir mais do que menos do bem. Decorre da Premissa 3 o fato de que as curvas de indiferença mais à direita são mais desejáveis ao consumidor, já que nessas curvas ele poderá consumir mais dos dois bens!

Veja no gráfico abaixo como a curva U2 deixa o consumidor em melhor

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 11 Será que as curvas de indiferença podem se cruzar? Não, elas não podem! Pois isso seria uma grande contradição. Veja no gráfico que, quando as curvas se cruzam, estamos diante de um paradoxo.

Se todos os pontos de uma reta têm a mesma utilidade, e se as curvas de indiferença mais altas têm maior utilidade, fica impossível dizer se a Cesta 1 é melhor, pior ou igual à Cesta 2.

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO

A inclinação da curva de indiferença entre dois pontos é a taxa à qual o consumidor está disposto a trocar um bem pelo outro, mantendo a mesma utilidade, ou seja, permanecendo na mesma curva.

Em outras palavras, ela nos diz quantas unidades de um produto o consumidor está disposto a abrir mão para obter uma unidade de outro produto. Vamos ver sua curva de indiferença entre café e pão de queijo?

Do ponto A para o ponto B, como você tem 10 pães de queijo, você está disposto a abrir mão de 4 para obter mais 1 cafezinho, afinal você só tem 1. Aqui, do lado esquerdo da curva, é #tudoporumcafé.

Por outro lado, no Ponto C, você tem 5 cafés e apenas 2 pães de queijo. Par abrir mão de 1 pãozinho, sua exigência será maior: serão necessárias 2 xícaras de café.

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DOIS EXEMPLOS EXTREMOS DE CURVAS DE INDIFERENÇA

O que o formato da curva de indiferença nos diz é a disposição do consumidor em trocar um bem pelo outro, mantendo o mesmo nível de utilidade. Isso depende muito da relação entre os bens: se são substitutos um do outro, ou se são complementares entre si.

Substitutos perfeitos Complementares perfeitos

Veja que tanto faz para o consumidor ter 6 notas de 50 reais (A) ou ter 3 notas de 100 reais (B), ou mesmo ter 4 notas de 50 reais e 1 de cem reais (C), que sua utilidade seria a mesma, ou seja, ficamos na mesma curva de indiferença.

Se o consumidor tiver 2 pés esquerdos e 2 pés direitos de sapatos (A), sua utilidade é a mesma se ele tiver 2 pés direitos e 4 pés esquerdos (B), pois esses bens devem ser consumidos juntos. Para o consumidor ficar em melhor situação, em uma curva mais alta, somente aumentando os dois bens (C).

A Taxa Marginal de Substituição (TMS) é constante.

A TMS é infinita na parte vertical e zero na parte horizontal da curva de indiferença.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 14 Com isso, podemos resolver com as mãos nas costas a primeira questão sobre o assunto, elaborada pela Cesgranrio em um concurso recente para Economistas!

1. CESGRANRIO/2014/CETEF-RJ – Economista

A Figura abaixo mostra algumas curvas de indiferença, típicas de certo consumidor, entre dois bens, X e Y.

O exame da figura leva à conclusão de que, para esse consumidor, X e Y são bens

a) inferiores b) substitutos c) complementares

d) com elasticidade preço cruzado positiva e) com elasticidade de substituição positiva

Comentário: Apenas pelo formato das curvas de indiferença em L, já sabemos de quais tipos de bens ela trata.

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2.1 Função Utilidade

Função utilidade é uma expressão algébrica que mostra qual o valor de utilidade atribuído pelo consumidor à cesta de bens, de forma que as cestas preferidas tenham valores maiores que as menos preferidas.

O que importa sobre a função utilidade é a forma como ela ordena as cestas, ou seja, a utilidade é ordinal. O tamanho da diferença entre duas cestas não importa.

Um exemplo de função utilidade é u(x1,x2)=x1+x2. Ela nos diz que a

utilidade total obtida com o consumo da cesta será igual a soma da quantidade de x1 com a quantidade de x2.

Vamos dizer que X1 é pão de queijo e X2 é café. A cesta A tem 3

unidades de cada, enquanto a cesta B tem 5 pães de queijo e 2 cafés. A cesta C, por fim, tem dois pães de queijo e 4 cafés. Calculando a utilidade temos:

 uA(x1,x2)=3+3=6  uB(x1,x2)=5+2=7  uC(x1,x2)=2+4=6

A cesta B possui um valor maior de utilidade que a cesta A, portanto é a preferida. O tamanho dessa diferença não importa, pois trabalhamos com a utilidade ordinal. A cesta C, por outro lado, é indiferente em relação à cesta A, que significa que tanto faz para o consumidor obter a cesta A ou C.

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3. Restrição Orçamentária

Claro que nem tudo são flores (ou pão de queijo e café). Todo consumidor possui uma renda limitada para gastar com bens.

Como você ainda não passou no concurso, vamos supor que sua renda semanal para comprar esses bens seja de R$ 80, e cada pão de queijo custe R$5, enquanto a xícara de café sai por R$4.

Se você gastar tudo em pão de queijo, dá para consumir 16 unidades durante a semana (16xR$5=R$80), enquanto se, por outro lado, toda a renda for destinada ao café, serão consumidas 20 unidades (20xR$4=R$80). Esses extremos definirão onde estarão as pontas da reta orçamentária, que chamaremos de A e B. Você pode ainda decidir diferente, e dividir a renda em 8 pães de queijo e 10 xícaras de café (8xR$5 + 10xR$4 = R$80), que será demonstrado como ponto C.

A restrição orçamentária pode ser demonstrada pela seguinte fórmula:

M=(Q1xP1)+(Q2xP2)

Em palavras: A renda total (M) deve ser igual à quantidade do bem 1 multiplicada pelo preço do bem 1, somada à quantidade do bem 2 multiplicada pelo preço do bem dois.

Os pontos A, B e C comentados acima e demonstrados no gráfico a seguir são aquelas cestas que esgotam a renda disponível, assim como qualquer ponto sobre a reta orçamentária. Contudo, qualquer ponto na área sombreada, abaixo da linha, é uma cesta possível, como o ponto D, onde são consumidas 5 unidades de café e 8 pães de queijo, com gasto total de R$60.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 17 Faremos agora algumas considerações sobre a reta orçamentária.

INCLINAÇÃO DA RETA ORÇAMENTÁRIA

A inclinação da reta orçamentária nos diz de quantas unidades de um bem temos que abrir mão para obter uma unidade de outro bem. Ou seja, é uma relação entre seus preços.

Para chegar ao valor, dividimos o preço do bem que está no eixo horizontal pelo preço do bem que está no eixo vertical. Na nossa reta, basta dividir o preço do café, pelo preço do pão de queijo: 4/5 = 0,8. Mas podemos dizer apenas que inclinação é 4/5. Quer dizer que precisamos abrir mão de 4 pães de queijo para obter 5 cafezinhos, ou 0,8 pães para 1 café, dá na mesma.

Inclinação da Reta Orçamentária = 𝑷𝟏

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ALTERAÇÕES DA RETA ORÇAMENTÁRIA

Basicamente dois fatores alteram a reta orçamentária: a renda e o preço dos bens. Veremos no quadro a seguir cada uma das situações.

Reta orçamentária original Preço do café dobrando

Preço do pão de queijo caindo a R$4. Renda caindo para R$40.

Veja que tudo aquilo que deixa o consumidor em pior situação deixa a restrição mais “para dentro”. E mais importante, se a renda aumenta, a reta é toda deslocada para fora.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 19 2. CESGRANRIO/2014/EPE – APE Petróleo/Abastecimento

Suponha que um consumidor tenha renda igual a y reais, sua cesta de bens inclua água e pão, e que sua restrição orçamentária seja representada pela reta decrescente no gráfico abaixo.

Suponha que a água custe 2 reais, e o pão, 4 reais. Na situação em que a renda do consumidor é igual a 100 reais e em outra situação na qual sua renda é de 150 reais, a inclinação da restrição orçamentária acima será, respectivamente, a) 2 e 2,5 b) 2 e 2 c) ½ e ½ d) ½ e ¾ e) 4 e 2

Comentário: Essa questão é simples, só precisamos dividir o preço do bem que está na horizontal pelo bem que está na vertical. Simples: “4/2=2”. Veja que a questão insinua que, após o aumento da renda, haveria uma mudança na inclinação. Isso não acontece!

Alterações na renda deslocam a reta orçamentária para dentro ou para fora, sem alterar sua inclinação.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 20 3. CESPE/2015/MPOG - PGCE

Considerando a restrição orçamentária linear do consumidor no espaço de bens, em que a quantidade do bem x é representada no eixo das abscissas, e a do bem y, no eixo das ordenadas, julgue o próximo item.

Se os preços dos bens x e y duplicarem e a renda do consumidor triplicar, então haverá deslocamento paralelo para a direita da restrição orçamentária.

Comentário: Se o preço dos bens dobrarem, o efeito é o mesmo de reduzir a renda pela metade, apenas para triplicar ela na sequência. O deslocamento certamente será para a direita, como está afirmado na questão. Vamos torcer para caírem questões como essa na sua prova!

Resposta: Certo.

4. FUNCAB/2014/Sesacre - Economia

A reta orçamentária pode ser definida da seguinte maneira:

a) “É a representação do conjunto de combinações máximas possíveis de bens, dados a renda do consumidor e os preços dos bens.”

b) “É o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de tempo.”

c) “É o instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do consumidor.”

d) “É a representação gráfica que demonstra a utilidade ou satisfação que um bem representa para o consumidor.”

e) “É o lugar geométrico de pontos representando diferentes combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade.”

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 21 a) “É a representação do conjunto de combinações máximas possíveis de

bens, dados a renda do consumidor e os preços dos bens.”

Definição perfeita! Pode marcar esta como gabarito, mas não deixe de conferir as próximas para fixar o aprendizado.

b) “É o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de tempo.”

O montante de renda, sozinho, não define a reta orçamentária, sendo preciso conhecer também o preço dos bens.

c) “É o instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do consumidor.”

Errado! A reta orçamentária não demonstra as preferências do consumidor, mas apenas as cestas possíveis diante da renda.

d) “É a representação gráfica que demonstra a utilidade ou satisfação que um bem representa para o consumidor.”

Também está errada! A reta orçamentária não demonstra a utilidade de bem algum, mas apenas as cestas possíveis diante da renda.

e) “É o lugar geométrico de pontos representando diferentes combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade.”

Essa alternativa descreve a curva de indiferença, e não a reta orçamentária.

Resposta: A

5. CESPE/2013/Ministério da Justiça – Economia

O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um prédio de sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 22 Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

A duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o mesmo efeito, na linha do orçamento, que a redução, pela metade, do montante fixo.

Comentário: Vamos construir toda uma situação hipotética, baseada no enunciado, para ver o que acontece com a redução da renda pela metade e com a duplicação do preço dos dois bens. Primeiro, vamos estabelecer o preço das mesas em R$500, o mesmo preço do computador. A renda total será de R$10.000. Já podemos montar nossa reta orçamentária e começar a “mexer” nas variáveis.

Reta Original A. Renda Reduzida à Metade

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 23 Como podemos ver, a reta orçamentária no gráfico A é igual ao gráfico 2. Portanto, o efeito de uma redução da renda pela metade tem o mesmo efeito que a duplicação simultânea do preço dos bens.

(24)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 24

4. A Escolha do Consumidor

Agora que já sabemos como avaliar as preferências e como sua escolha é limitada à sua renda (restrição orçamentária), chegou a hora de combinar esses dois conceitos e analisar como o consumidor escolhe.

Essa é a parte mais densa da aula, e também a mais cobrada.

4.1 Escolha Ótima do Consumidor

Já vimos que quanto mais alta a curva de indiferença, maior a utilidade obtida pelo consumidor, então ele, ou melhor, você vai desejar consumir a maior quantidade de pão de queijo e café que for possível. Por “for possível”, entenda-se o máximo que sua renda permitir.

O que precisamos fazer é combinar os dois conceitos que aprendemos: curvas de indiferença e retas orçamentárias.

As curvas de indiferença mais altas oferecem maior utilidade ao consumidor. Entretanto, a restrição orçamentária define quais cestas de

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 25 consumo são possíveis para o consumidor. Todos os pontos dentro da restrição orçamentária, ou seja, abaixo da reta, são possíveis, inclusive os pontos A e B.

O ponto C, por outro lado, embora ofereça maior utilidade, não é uma cesta possível para o consumidor, pois está acima de sua restrição, acima de sua renda.

A decisão fica, então, entre os pontos A e B. Para decidir de vez, basta observarmos que B está em uma curva de indiferença mais alta, ou seja, oferece mais utilidade do que A. O ponto B é a escolha ótima do consumidor.

Outra coisa importante: A Taxa Marginal de Substituição e a Inclinação da Restrição Orçamentária são iguais, no Ponto Ótimo. Em equação, fica assim:

TMS = P1/P2

Como a Taxa Marginal de Substituição é igual à razão entre as utilidades marginais, a equação também pode ser escrita assim:

UMg1/UMg2 = P1/P2

Sempre? Não... nem sempre. Quando, por causa do formato das curvas de indiferença e da restrição orçamentária, for impossível igualar a TMS à razão entre os preços, teremos uma solução de canto. Isso quer dizer que o ponto ótimo será uma cesta onde apenas um bem é consumido, como no gráfico abaixo.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 26 Nesse caso, o ponto ótimo ocorre onde o consumo é exclusivamente de café, sem nenhum pão de queijo.

4.2 Variações da Renda

Sabemos como o consumidor toma sua decisão de consumo. Agora, vamos descobrir como ele reage a mudanças na sua renda.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 27 Veja que, quando a renda aumenta, a restrição orçamentária é deslocada para fora, permitindo que o consumidor alcance uma nova curva de indiferença, mais alta e, portanto, com maior utilidade.

Em regra, diante do aumento de sua renda, o consumidor aumenta o consumo dos dois bens, se eles forem bens normais. Se, diante de um aumento de renda, o consumidor diminuir o consumo de determinado bem, trata-se de um bem inferior.

4.3 Variações nos Preços

Vamos supor agora que o preço de pão de queijo caia pela metade. Isso provocará um deslocamento da restrição orçamentária para fora, mas somente no eixo vertical, que é onde está demonstrada a quantidade de pão de queijo que você pode consumir com sua renda.

Veja que, com a nova restrição orçamentária, é possível alcançar uma curva de indiferença mais alta. Contudo, desta vez, diferente do que acontece quando aumentamos a renda, a quantidade de café diminuiu!

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 28 A mudança no preço de um bem gera dois efeitos no consumo: Efeito Renda e Efeito Substituição. A intensidade desses efeitos nos dirá o que acontece com o consumo dos bens diante de uma variação nos preços.

Quando o preço do pão de queijo caiu pela metade, você pode ter tido dois pensamentos:

1. Oba! Agora que o preço do pão de queijo caiu, estou mais rico. Então posso comprar mais pão de queijo e mais café. (Efeito Renda)

2. Bem... como o pão de queijo ficou mais barato em relação ao café, faz sentido eu comprar mais pão de queijo e menos café. (Efeito Substituição)

Perceba que o efeito renda é positivo para os dois bens, aumentando o consumo de ambos, enquanto o efeito substituição é positivo para o bem que teve seu preço diminuído, e negativo para o outro bem.

Podemos resumir conforme o seguinte quadro:

Bem Efeito Renda Efeito Substituição Efeito Total

Pão de Queijo

O consumidor está mais rico e

aumenta o consumo.

O bem está relativamente mais barato e seu consumo

aumenta.

Efeito renda e substituição se somam e o consumo aumenta.

Café

O bem está relativamente mais caro e seu consumo

diminui.

Efeito renda e substituição agem em

direções opostas, o que for maior determina o efeito no

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 29 6. CESGRANRIO/2010/EPE - APE

A renda monetária de um consumidor dobrou e todos os preços dos bens e serviços que ele compra quadruplicaram.

Nessa perspectiva, conclui-se que

a) ele comprará maior quantidade de bens elásticos em relação a preços. b) os preços relativos entre os bens e serviços que ele compra não

mudaram.

c) as suas compras de bens normais aumentarão. d) sua renda nominal diminuiu.

e) sua renda real dobrou.

Comentário: Vamos ver cada uma das alternativas.

a) ele comprará maior quantidade de bens elásticos em relação a preços. O conceito de elasticidade não foi previsto no edital. Peço que ignore essa alternativa que, diga-se de passagem, está errada. b) os preços relativos entre os bens e serviços que ele compra não

mudaram.

Exato! Como todas as mudanças foram feitas por multiplicação em todos os bens e na renda, os preços relativos serão mantidos.

c) as suas compras de bens normais aumentarão.

Na verdade, como o aumento dos preços (4x) foi maior do que o aumento da renda (2x), a compra de bens normais irá diminuir. d) sua renda nominal diminuiu.

Renda nominal é aquela renda que está escrita no seu holerite. E segundo o enunciado essa renda dobrou, e não diminuiu.

e) sua renda real dobrou.

Renda real é aquela que leva em consideração o poder de compra. Como a renda nominal dobrou e os preços quadruplicaram, a renda real, na verdade, caiu pela metade.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 30

5. Elasticidade da procura

Elasticidade da procura e elasticidade da demanda são exatamente a mesma coisa.

Como não poderia deixar de ser, quando iniciamos um novo assunto, começamos apresentando seu conceito: Elasticidade é uma medida da sensibilidade dos compradores às mudanças do mercado. Ela nos mostra o quanto uma variável será afetada diante de mudança de outra variável.

Por exemplo, a quantidade demandada (variável 1) diminui quando os preços (variável 2) aumentam. E a Elasticidade-preço da Demanda vai nos mostrar exatamente isso: quanto varia a demanda diante de um aumento no preço. Além dela, veremos outros dois tipos de elasticidade: Elasticidade-renda da Demanda e Elasticidade-preço cruzada da Demanda.

5.1 Elasticidade-preço da Demanda

A Elasticidade-preço da Demanda compara a variação percentual na quantidade demandada com a variação percentual o preço. Isso fica mais fácil de ver na curva da demanda, então vamos direto a ela.

(31)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 31 Nossa curva tem dois momentos: M1 e M2.

Em M1, o bem está custando R$6,00 (como mostra a linha pontilhada horizontal mais abaixo), e a quantidade demandada é de 10 milhões de unidades. Em M2, o bem passou a custar R$10,00, e a quantidade caiu para 9 milhões de unidades. Isso era esperado, afinal, quando o preço sobe, a quantidade demandada cai.

Analisando mais a fundo, vemos que o preço aumentou 67% (R$6 para R$10) e isso causou uma queda de 10% na quantidade demandada (de 10 para 9 milhões). Vê que mesmo o preço subindo muito, a quantidade demandada não caiu tanto assim?

Cálculo de variação percentual

Para calcular uma variação percentual do preço, a fórmula é a seguinte:

𝑃2−𝑃1 𝑃1 x100 Preço do bem (em R$) Quantidade do Bem (em milhões de unidades) M2 M1 10 9 10 6

(32)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 32 Para quantidade, fica bem parecido:

𝑄2−𝑄1

𝑄1 x100

No nosso exemplo, ficaria assim: Preço: 𝟏𝟎−𝟔

𝟔

x

100 = 67% (como deu positivo, significa que o preço aumentou 67%)

Quantidade: 𝟗−𝟏𝟎

𝟏𝟎

x

100 = -10% (negativo, ou seja, a quantidade diminuiu 10%)

Agora faço um desafio: diante da alteração na quantidade demanda, você acha que esse bem se parece mais com um remédio para tratamento de uma doença grave ou com um lanche fora de casa?

Preciso que você faça esse exercício. Imagine que você come X-bacon, uma vez por dia, enquanto estuda (ok, não vou julgar), e paga R$5,00. De repente o tio da barraquinha decide aumentar o preço para R$8,35. É bem provável que você reduza muito mais do que apenas 10% do seu consumo (como no exemplo anterior). Você possivelmente trocaria por hot-dogs ou outros lanches.

Essa curva de demanda pertence a algum outro tipo de bem. Provavelmente um bem que não dá muitas alternativas para os consumidores e, quando seu preço aumenta, eles continuam consumindo. O remédio se encaixa melhor. Deve ser de um bem com demanda inelástica em relação ao preço.

Mas para podermos afirmar se uma demanda é elástica ou inelástica em relação ao preço, precisamos aprender a calcular a elasticidade-preço da demanda.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 33

Elasticidade-preço da demanda= Variação % da quantidade demandada

Variação % do preço A fórmula também pode ser escrita assim:

E

PD

=

∆𝑸 𝑸 ∆𝑷

𝑷

Apenas lembrando, no nosso exemplo a variação do preço foi de 67% e a variação da quantidade demanda foi de -10%. Vamos calcular nossa elasticidade.

Elasticidade-preço da demanda= -10

67 = -0,1492

A elasticidade-preço da demanda do nosso bem é de, aproximadamente, -0,1492. Aqui cabe uma observação. Esse tipo de elasticidade, exceto para os Bens de Giffen, sempre será negativa, pois preço e quantidade demanda andam em direções opostas. Por esse motivo, os economistas (e as bancas de concurso) costumam omitir esse sinal de negativo. Podemos dizer que a elasticidade-preço da demanda é desse bem é 0,1492. “Mas professor, e se a questão tiver uma alternativa ‘-0,1492’ e outra ‘0,1492’?” Aí pode marcar o negativo mesmo, pois é mais preciso.

E isso significa o que? Bom, a elasticidade-preço da demanda pode ser classificada em cinco graus:

Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero)

Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1.

(34)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 34

Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞ (infinito)

Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞

Perceba que o menor grau é quando não tem elasticidade nenhuma, e o maior grau é quando a elasticidade é infinita.

Precisamos saber identificar, através da curva, qual o grau da elasticidade-preço da demanda. Vamos começar!

Demanda Perfeitamente Inelástica

Quando a demanda é perfeitamente inelástica em relação ao preço, como no caso dessa curva acima, não importa para onde vá o preço, que a quantidade demanda continua exatamente a mesma. Vamos calcular:

Variação % da quantidade demandada Variação % do preço

=

0 66,67

=

0

Zero divido por qualquer número é igual a zero. E assim é a demanda perfeitamente inelástica: igual a zero, não tem elasticidade nenhuma, pode mudar o preço à vontade que a quantidade demanda será sempre a mesma. Demanda Inelástica

Preço do bem (em R$)

Quantidade do Bem (em milhões de unidades) M2

M1

10 10

(35)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 35 Ora, se não é nosso exemplo do começo do assunto. Já calculamos essa elasticidade, e sabemos que é 0,1492. Isso a situa entre 0 e 1, ou seja, trata-se de uma demanda inelástica em relação ao preço.

Nesse caso, a variação da quantidade demandada é proporcionalmente menor do que a variação do preço. É como se puxássemos uma corda com pouca elasticidade: será preciso aplicar muita força (mudar o preço) para conseguir esticar a corda (alterar a quantidade demandada).

Elasticidade Unitária

Preço do bem (em R$)

Quantidade do Bem (em milhões de unidades) M2 M1 10 9 10 6

(36)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 36 Na elasticidade unitária, preço e quantidade demandada andam juntas, ou seja, variam na mesma proporção. Vamos calcular a elasticidade do caso acima, levando em conta que o preço caiu 25% e a quantidade aumentou 25%.

Variação % da quantidade demandada Variação % do preço

=

25

−25

=-

1

A elasticidade é igual a 1 (vamos adotar a convenção e ignorar o sinal, ok?). Daí vem o nome: Elasticidade Unitária.

Demanda Elástica

Preço do bem (em R$)

Quantidade do Bem (em milhões de unidades) M2 M1 10 8 8 6 Preço do bem (em R$) Quantidade do Bem (em milhões de unidades) M2 M1 12 8 8 6

(37)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 37 O gráfico acima nos mostra que o preço caiu 25% de M1 para M2. Enquanto isso, a demanda disparou em 50%! Isso é uma demanda elástica em relação ao preço; quando o preço diminui, a quantidade aumenta em maior proporção. O contrário também é válido, ou seja, se o preço aumenta, a quantidade demandada diminui em maior proporção.

Variação % da quantidade demandada Variação % do preço

=

50 −25

=

-2

A elasticidade é igual a 2. Significa que é maior que 1 e menor do que ∞, o que a torna uma demanda elástica em relação ao preço.

Demanda Infinitamente Elástica

Até acrescentei um momento adicional, apenas para deixar mais claro que, quando é infinitamente elástica, a determinado preço, os consumidores demandarão qualquer quantidade. Aqui, no nosso caso, a R$6, os consumidores podem demandar 8, 12, 16, 17, 328, 1.598.124 unidades, etc. Se o preço subir, a demanda vai para zero, ou seja, ninguém vai querer comprar mais. Se o preço cair, a demanda vai ao infinito. Tudo vai depender da oferta.

Preço do bem (em R$)

Quantidade do Bem (em milhões de unidades) M2 M1 12 8 6 16 M3

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 38 RECEITA TOTAL

A receita total é o valor total recebido com a venda de uma certa quantidade de produtos. É simples: basta multiplicar o preço unitário pela quantidade vendida e teremos nossa receita total.

Receita Total = Preço X Quantidade

Vamos analisar uma curva de demanda e sua elasticidade-preço. Assim, poderemos determinar a receita total e avaliar a decisão de aumentar o preço. Para tornar as coisas mais interessante, digamos que nosso bem em questão é cigarro.

Atualmente, são demandadas 6 milhões de unidades ao preço de R$10. Isso dá uma receita de R$60 milhões. Mas a empresa produtora de cigarro quer aumentar sua receita aumentando o preço. Mas já vimos que se ela fizer isso, a quantidade demanda vai diminuir, e o plano pode dar errado. Vamos utilizar as curvas de demanda para subsidiar essa decisão.

Momento 1 Momento 2

Ao preço de R$10, são vendidadas 6 milhões de unidades. A receita total é de R$60 milhões.

Ao preço de R$14, são vendidas 5 milhões de unidades. A receita total é de R$70 milhões. 10 6 5 14 P Q (em milhões) 10 6 P Q (em milhões)

(39)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 39 Sabe que elasticidade é essa? É a demanda inelástica em relação ao preço. Vimos que um aumento de 40% no preço causou uma queda de apenas 16,67% na quantidade. Isso dá uma elasticidade de aproximadamente 0,41.

Parece que o plano da empresa deu certo: sua receita total aumentou. Isso aconteceu por que o dinheiro a mais que o produtor ganhou por ter aumentado o preço foi maior do que o dinheiro que ele “perdeu” por causa da queda na quantidade demandada. Essa é uma característica das curvas inelásticas: o efeito preço supera o efeito quantidade.

Demanda Inelástica: o efeito preço supera o efeito quantidade. Se o preço aumentar, a Receita Total aumenta. Se o preço diminuir, a Receita Total diminui.

Demanda com Elasticidade Unitária: o efeito preço empata com o efeito quantidade. Mudanças no preço alteram a quantidade na mesma proporção, então a Receita Total não muda.

Demanda Elástica: o efeito quantidade supera o efeito preço. Se o preço aumentar, a Receita Total diminui. Se o preço diminuir, a Receita Total aumenta.

Isso faz muito sentido, e é por isso que os produtores aumentam os preços quando percebem que a maior parte dos consumidores continuará comprando, de forma que a queda da demanda não será suficiente para anular os ganhos obtidos com o preço mais alto.

Com isso, já podemos começar a ver como esse assunto é cobrado em prova. Como sempre, irei resolvendo as questões junto com vocês. Depois, ao final da aula, será a vez de você fazer sem ajuda.

(40)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 40 7. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa

Admita que determinada empresa produza uma mercadoria cuja elasticidade preço da demanda seja igual a zero.

Nesse caso, a demanda dessa mercadoria, relativamente ao preço, é a) perfeitamente elástica

b) perfeitamente inelástica c) elástica

d) inelástica

e) indeterminada

Comentário: A elasticidade zero é a demanda perfeitamente inelástica em relação ao preço. Em outras palavras, a quantidade demanda simplesmente não responde às variações do preço: a qualquer preço, a quantidade será a mesma. Resposta: B

8. CESGRANRIO/2008/BNES – Engenharia

Se a elasticidade preço da demanda pelo bem X for igual a menos 4, isto significa que

a) a quantidade demandada diminuirá 40%, se o preço de X aumentar 10%. b) a oferta de X é muito inelástica.

c) o preço de X aumentará 40%, se a quantidade ofertada aumentar 10%. d) o bem X é inferior.

e) o bem X é um bem de luxo, de difícil substituição pelos consumidores.

Comentário: A elasticidade igual a -4 significa que qualquer aumento percentual do preço provocará uma queda percentual quatro vezes maior na quantidade demandada. Vamos ver o que dizem as alternativas.

(41)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 41 a) a quantidade demandada diminuirá 40%, se o preço de X aumentar 10%.

A fórmula da Elasticidade-preço da Demanda é:

Variação % da quantidade demandada

Variação % do preço =EPD

No nosso caso, fica -40%

10%=-4, ou seja, esta é a alternativa correta. b) a oferta de X é muito inelástica.

Errado, vimos que quando o valor absoluto da elasticidade-preço da demanda é maior do que 1, temos uma demanda elástica em relação ao preço.

c) o preço de X aumentará 40%, se a quantidade ofertada aumentar 10%.

Essa alternativa inverte a lógica da elasticidade, que mede o quanto a quantidade varia em função do preço. Além disso, foi-nos dado o valor da elasticidade-preço da demanda; portanto não temos como concluir nada sobre a quantidade ofertada.

d) o bem X é inferior.

Veremos adiante que para determinar se um bem é normal, supérfluo ou inferior, usaremos outro tipo de elasticidade: elasticidade-renda da demanda. Alternativa errada.

e) o bem X é um bem de luxo, de difícil substituição pelos consumidores.

Também utiliza-se a elasticidade-renda da demanda para determinar se é um bem de luxo.

Resposta: A

9. CESGRANRIO/2013/TCE RO - Economia

Se a elasticidade preço da demanda por cigarros for igual a menos 0.4, isto significa que:

(42)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 42 a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos

produtores de cigarro.

b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda por cigarros.

c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada por cigarros vai diminuir em 8%.

d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada por cigarros vai diminuir em 10%.

e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços. Comentário: Precisamos classificar o tipo de elasticidade quando vemos seu valor. No caso em tela, -0,4 caracteriza uma demanda inelástica em relação ao preço. Com essa informação seguimos analisando as alternativas:

a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos produtores de cigarro.

Errado! Vimos que quando a demanda é inelástica, um aumento nos preços aumenta a receita total do produtor.

b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda por cigarros.

A elasticidade-preço da demanda nada nos diz sobre a renda do consumidor. Não podemos afirmar o que esta alternativa (errada) propõe.

c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada vai diminuir 8%.

Se o preço aumentar 10%, a quantidade demanda irá varia -0,4 vezes isso, ou seja, irá diminuir em 4%.

d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada vai diminuir 1,6%.

Se o preço aumentar 4%, a quantidade demanda irá varia -0,4 vezes isso, ou seja, irá diminuir em 4%.

e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços.

a. Exato! É exatamente isso que as demandas inelásticas nos dizem: variações nos preços resultam em variações menores proporcionalmente na quantidade demandada.

Resposta: E

10. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa

Admita que determinada empresa produza uma mercadoria cuja elasticidade preço da demanda seja igual a zero.

(43)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 43 Nesse caso, a demanda dessa mercadoria, relativamente ao preço, é

a) perfeitamente elástica b) perfeitamente inelástica c) elástica d) inelástica e) indeterminada Comentário: Recapitulando.

Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero)

Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1.

Demanda de Elasticidade Unitária: Elasticidade igual a 1.

Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞ (infinito)

Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞ Resposta: A

11. CESGRANRIO/2014/EPE – APE Economia de Energia

Considere a relação de elasticidade-preço da demanda de um produto. A demanda desse produto será

a) perfeitamente elástica se sua elasticidade-preço for igual a zero. b) mais elástica se não houver produtos substitutos no mercado.

c) mais elástica se o referido produto for extremamente essencial ao consumidor.

d) mais elástica a longo prazo.

e) mais inelástica se o produto for de luxo. Comentário: às alternativas, então!

a) perfeitamente elástica se sua elasticidade-preço for igual a zero.

Perfeitamente elástica é o mesmo que infinitamente elástica, e tem por característica a elasticidade igual a infinito. Alternativa errada. b) mais elástica se não houver produtos substitutos no mercado.

É justamente o contrário: quanto menos substitutos, mais inelástica é a demanda, pois o consumidor não tem “pra onde correr” quando os preços aumentam.

(44)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 44 c) mais elástica se o referido produto for extremamente essencial ao

consumidor.

Novamente, pelo contrário: quanto mais essencial, mais inelástica é a demanda do bem em relação ao preço. Afinal, não é por causa de um aumento no preço da água que você deixa de tomar banho (diz que não!).

d) mais elástica a longo prazo.

Este é nosso gabarito. No longo prazo, o consumidor tem mais tempo para se adaptar e achar alternativas de consumo.

e) mais inelástica se o produto for de luxo.

Bens de luxo, ou supérfluos, têm elasticidade alta, e são os primeiros a deixarem de ser consumidos quando há quedas na renda do consumidor, o mesmo pode-se dizer em relação ao efeito renda de uma mudança de preços.

Resposta: D

12. CESGRANRIO/2010/EPE – APE Economia de Energia

Um aumento da tarifa de energia elétrica faz com que um consumidor diminua seu consumo de eletricidade, mas o valor total que gasta com energia elétrica continua o mesmo. A elasticidade preço da demanda por eletricidade, por parte deste consumidor, é

a) nula.

b) indeterminada. c) maior que um.

d) igual à elasticidade da oferta. e) unitária.

Comentário: Hora de ser breve. Quando a o valor total gasto permanece o mesmo como consequência de uma mudança de preços, estamos diante de uma elasticidade-preço unitária.

Resposta: E

13. FCC/2014 – Auditor Fiscal da Receita Estadual RJ

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 45 I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o

que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço. II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1,

o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preço.

III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda.

IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.

Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas.

b) III e IV, apenas. c) I e III, apenas. d) II e IV, apenas. e) I, II, III e IV.

Comentário: Vamos analisar cada uma das afirmativas

I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.

Correto! A elasticidade superior a 1 significa que a demanda é elástica. Também significa que a quantidade irá variar em proporção superior ao preço.

II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preço.

Correto também! A elasticidade inferior a 1 significa que a demanda é inelástica. Também significa que a quantidade irá variar em proporção inferior ao preço.

III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda.

Errado! Quanto mais horizontal (ou “deitada”) for a curva, maior será sua elasticidade. Basta lembrarmos que a demanda infinitamente elástica é uma linha horizontal. Vale também dar uma revisada nas curvas da demanda.

IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 46 Errado também! Aqui é o contrário: quanto mais vertical (ou “de pé”) for a curva, menor será sua elasticidade. Afinal, a curva da demanda perfeitamente inelástica é uma linha vertical.

Resposta: A

15. VUNESP/2014/Agência de Fomento SP – Economia

A demanda por um medicamento de uso contínuo e vital para a sobrevivência tem elasticidade:

a) próxima de zero. b) unitária.

c) infinita.

d) maior do que um. e) difícil de determinar

Comentário: No caso de um medicamento essencial, as pessoas não costumam ser sensíveis ao preço. Significa que oscilações nos preços pouco alteram as quantidades demandas. Isso acontece por que o consumidor simplesmente não outra opção.

E a demanda inelástica é aquelas que tem elasticidade menor do que 1. Quanto mais próxima de zero, mais inelástica, até chegar no zero, quando será completamente inelástica. Isso só nos deixa uma alternativa.

Resposta: A

(47)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 47 Se a demanda por eletricidade for perfeitamente inelástica, caso o governo adote uma política de controle de preços da energia elétrica, tem-se que:

a) os consumidores irão demandar sempre uma mesma quantidade e pagarão qualquer preço por ela. Nesse caso, um controle de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;

b) o equilíbrio se dará na interseção entre a curva de oferta e demanda, sendo que a curva de demanda é negativamente inclinada, enquanto que a oferta é positivamente inclinada. Nesse caso, um controle de preços terá efeito sobre a quantidade demandada;

c) os consumidores irão demandar qualquer quantidade a um mesmo nível de preços, pois a curva de demanda é horizontal. Nesse caso, um controle de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;

d) haverá sempre um excesso de oferta de eletricidade; e) haverá sempre um excesso de demanda por eletricidade.

Comentário: Como é de costume, comentarei cada uma das alternativas. Recomendo que leia todos os comentários, pois irão reforçar seu entendimento da matéria, ainda que a resposta esteja entre as primeiras alternativa.

a) os consumidores irão demandar sempre uma mesma quantidade e pagarão qualquer preço por ela. Nesse caso, um controle de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;

A demanda perfeitamente inelástica é aquela linha vertical. Podemos andar com o preço para cima ou para baixo, que a quantidade demandada fica paradinha ali no eixo horizontal. Ou seja, teremos a mesma quantidade para qualquer nível de preço. Essa alternativa é nosso gabarito.

b) o equilíbrio se dará na interseção entre a curva de oferta e demanda, sendo que a curva de demanda é negativamente inclinada, enquanto que a oferta é positivamente inclinada. Nesse caso, um controle de preços terá efeito sobre a quantidade demandada;

Até a primeira virgula, a alternativa estava correta; de fato equilíbrio sempre se dá na intersecção ente as curvas de oferta e de demanda. Mas daí em diante, só tem afirmações falsas. A curva de demanda perfeitamente inelástica não é inclinada negativamente (sua inclinação é infinitamente positiva, mas isso é assunto para outra aula), não temos informações sobre a oferta na questão para podermos afirmar qualquer coisa sobre sua curva e, por fim, um

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 48 controle de preços não vai alterar em nada a demanda perfeitamente inelástica.

c) os consumidores irão demandar qualquer quantidade a um mesmo nível de preços, pois a curva de demanda é horizontal. Nesse caso, um controle de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;

A curva de demanda horizontal é infinitamente elástica em relação ao preço. Nesse caso, de fato, os consumidores vão demandar qualquer quantidade a um mesmo preço. Mas se houver um controle de preços, o efeito sobre a quantidade demandada será devastador: se o preço cair, a quantidade demandada vai para o infinito; se o preço subir, a quantidade simplesmente vai a zero. d) haverá sempre um excesso de oferta de eletricidade;

Não há nada no enunciado que dê suporte à essa afirmação, pois não sabemos se esse controle irá limitar os preços ou se será uma política de preços mínimos.

e) haverá sempre um excesso de demanda por eletricidade. Mesmo comentário da alternativa anterior.

Resposta: A

(49)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 49 A ELASTICIDADE-PREÇO AO LONGO DA CURVA DA DEMANDA

Até aqui, falei que a elasticidade-preço da curva era de 0,1492, ou igual a 1, etc. e que a curva tinha demanda elástica ou inelástica em relação ao preço, etc. Apesar de ser assim que os economistas falam, a verdade é que a elasticidade não é a mesma em toda a curva.

Rigorosamente, o correto seria dizer, por exemplo, que a elasticidade-preço da demanda no segmento X é igual a 0,1492, e nesse segmento a demanda é inelástica em relação ao preço. Isso acontece por que, a elasticidade varia ao longo da curva da demanda.

Preço

(R$) Demandada Quantidade Receita Total

10 0 0 9 1 9 8 2 16 7 3 21 6 4 24 5 5 25 4 6 24 3 7 21 2 8 16 1 9 9

 No segmento “A” a demanda é elástica;

Observe que, nesse segmento, quando diminui o preço, a receita total aumenta.

 No ponto “B” a elasticidade é unitária;

 No segmento “C” a demanda é inelástica;

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A

C

B

(50)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 50

FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA A forma como a demanda vai responder a uma alteração nos preços depende de alguns fatores, sendo os principais:

Bens Substitutos: se um bem tem muitos substitutos, sua demanda será mais elástica em relação ao preço. Se seu preço aumentar, a queda da demanda tende a ser grande, pois o consumidor tem opções no mercado.

Grau de necessidade do bem: os chamados bens de primeira necessidade tendem a ter menor elasticidade, enquanto os bens de luxo costumam ter sua demanda mais sensível às variações do preço.

Comprometimento da renda com o bem: quanto menor a parte da renda do consumidor gasta com o bem, menos elástica será sua demanda. Por exemplo, recentemente o cafezinho aqui perto do Banco Central aumentou cerca de 30%, e meu consumo não reduziu em nada. Se o mesmo acontecer com o seguro do meu carro, é bem possível que eu troque de seguradora (ou de carro).

Tempo para adaptação: A elasticidade costuma ser menor no curto prazo, afinal o consumidor é pego desprevenido, e não consegue reduzir seu consumo imediatamente. Na medida em que ele vai conhecendo alternativas ao bem, ele tende a diminuir mais seu consumo.

5.2 Elasticidade-preço cruzada da Demanda

A elasticidade-preço cruzada da demanda mede a variação na quantidade demandada de um bem diante da mudança no preço de outros bem.

Lembra-se dos bens substitutos ou complementares cujos preços afetam de demanda do bem em análise? Pois então, é desses bens que trata esse tipo de elasticidade.

(51)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 51

Elasticidade-preço cruzada da demanda= Variação % da quantidade demandada do bem A

Variação % do preço B A fórmula também pode ser escrita assim:

E

PCD

=

∆𝑸𝑨 𝑸𝑨 ∆𝑷𝑩

𝑷𝑩

No caso da Elasticidade-preço cruzada da demanda, o importante é saber se ela é positiva ou negativa.

Vamos considerar que nosso bem em análise, cuja quantidade demanda será verificada, é o Iphone 7. A elasticidade-preço cruzada da demanda de nosso bem em relação ao preço do Galaxy S8 certamente será positiva, pois são bens substitutos. Significa que o preço do Galaxy sobe, a quantidade demanda do Iphone sobre, e vice-versa. Com esse tipo de elasticidade positiva, temos duas conclusões: (1) são bens substitutos e (2) o preço de um e a demanda do outro andarão na mesma direção, subindo ou descendo juntos.

Por outro lado, se cruzarmos a demanda do Iphone 7 com o preço dos planos de telefonia, temos um comportamento diferente. Se o preço dos valores cobrados pelas empresas de telefonia aumentar, a demanda por celulares tende a diminuir, pois são bens complementares. A elasticidade-preço cruzada da demanda de bens complementares é negativa: os preços e quantidades andam em direções contrárias.

EPCD>0

(positiva)

Bens Substitutos Preço e quantidade vão na mesma direção. EPCD<0

(negativa)

Bens Complementares Preço e quantidade vão em direções opostas.

(52)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 52 16. FUNCAB/2014/SESACRE – Economia

A razão entre a mudança percentual na quantidade demandada de um bem e a mudança percentual no preço de um outro bem define o conceito de:

a) elasticidade-preço cruzada da demanda. b) elasticidade-preço da demanda.

c) elasticidade-renda da demanda. d) elasticidade-preço da oferta.

e) elasticidade de substituição dos bens.

Comentário: Não tem muito o que comentar nessa questão. O enunciado define exatamente a elasticidade-preço cruzada da demanda.

Resposta: A

5.3 Elasticidade-renda da Demanda

A Elasticidade-renda da Demanda compara a variação percentual na quantidade demandada com a variação percentual da renda do consumidor. Em outras palavras, ela nos diz quanto vai variar a demanda do bem diante de um aumento ou redução da renda do consumidor.

Elasticidade-renda da demanda= Variação % da quantidade demandada

Variação % da renda A fórmula também pode ser escrita assim:

E

RD

=

∆𝑸 𝑸 ∆𝑹

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 53 Há pouco, apresentamos o conceito de bens normais e de bens inferiores. Apenas relembrando, no caso dos bens normais, o aumento da renda provoca o aumento da demanda. Para os bens inferiores é o contrário: se a renda aumentar, a demanda desses bens diminui.

Assim como acontece com a elasticidade-preço da demanda, o valor da elasticidade-renda da demanda pode nos dizer algumas coisas:

Valor da Elasticidade-renda da demanda e seu significado ERD < 0

Menor do que zero

Tipo de bem: Inferior

Tipo de elasticidade: Negativa ERD = 0

Igual a zero

Tipo de bem: Consumo Saciado Tipo de elasticidade: Nula

ERD > 0 Maior do que zero

Tipo de bem: Normal

Tipo de elasticidade: Positiva 0 < ERD < 1

Entre zero e um

Tipo de bem: Normal

Tipo de elasticidade: Inelástica ERD=1

Igual a um

Tipo de bem: Normal

Tipo de elasticidade: Unitária ERD>1

Maior do que um

Tipo de bem: Superior (algumas bancas consideram normal)

Tipo de elasticidade: Elástica

Ou podemos esquematizar, como abaixo.

Pesso Bem: Inferior Elasticidade: Negativa Bem: Superior/Luxo Elasticidade: Elástica Bem: Normal Elasticidade: Inelástica

Réguas de Elasticidade-renda da demanda

Bem: Normal Elasticidade: Positiva Bem: Normal

Elasticidade: Unitária Bem: Consumo Saciado

(54)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Celso Natale 54 17. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa

A demanda por sal por parte de certo consumidor tem elasticidade renda nula. Desse fato, deduz-se que, para esse consumidor, o

a) sal não é um bem de Giffen.

b) sal é um bem com muitos substitutos. c) sal é um bem com muitos complementos.

d) aumento do preço do sal não altera a quantidade demandada de sal.

e) aumento do preço do sal não gera efeito renda sobre as demandas pelos demais bens.

Comentário: Os bens de Giffen são bens tão inferiores, que sua demanda aumenta quando seu preço sobe. Como todos os bens inferiores, quando a renda diminui sua quantidade demandada aumenta! Segundo o enunciado, a demanda por sal é totalmente insensível às alterações da renda (perfeitamente inelástica). Logo, o sal não é um bem de Giffen.

Resposta: A

18. FCC/2015/Sefaz PI - Analista do Tesouro Estadual

Conforme a teoria microeconômica, o conceito de elasticidade define a sensibilidade de uma variável dependente a mudanças em variáveis que influenciam o seu comportamento. No caso da demanda, variações no preço do bem e na renda do consumidor afetam a quantidade demandada do produto no mercado sob análise. Sobre o conceito da elasticidade é correto afirmar que a a) elasticidade-renda da demanda pode ser positiva, nula ou negativa, ao passo

em que a elasticidade-preço da demanda é sempre negativa (fora do módulo) devido à lei geral da demanda.

b) demanda é sensível em relação ao preço quando a elasticidade - em módulo - é menor que 1, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais do que a mudança no preço.

c) demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade-preço da demanda é igual a 0, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais do que o preço.

Referências

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