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Perfil da mulher mineira

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Academic year: 2021

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Lista de Tabelas ... 2 1 - Introdução ... 6 2 - Mercado de Trabalho ... 7 3 - Formação ... 16 3.1 Matrículas ... 16 3.2 - Concluintes... 22 4 - Espaços de poder ... 25

5 - Saúde e violência contra a mulher ... 29

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Lista de Tabelas

 

Tabela 1: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e mesorregiões - 2003 e 2013 ... 7 Tabela 2: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e mesorregiões - 2003 e 2013 ... 8 Tabela 3: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e especialidades - 2003 e 2013 ... 9 Tabela 4: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e especialidades - 2003 e 2013 ... 10 Tabela 5: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e setores - 2003 e 2013 ... 11 Tabela 6: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e setores - 2003 e 2013 ... 12 Tabela 7: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa etária - 2003 e 2013 ... 13 Tabela 8: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa etária - 2003 e 2013 ... 13 Tabela 9: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa de tempo no emprego - 2003 e 2013 ... 14 Tabela 10: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa de tempo no emprego - 2003 e 2013 ... 15 Tabela 11: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e tipo de admissão - 2003 e 2013 ... 15 Tabela 12: Número de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 ... 16 Tabela 13: Proporção de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 ... 16 Tabela 14: Número de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 ... 17 Tabela 15: Proporção de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 ... 17 Tabela 16: Quantidade de alunas matriculadas em cursos da área da engenharia em Minas Gerais por curso - 2010 a 2012... 18

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variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 ... 18 Tabela 18: Número de matriculados na área de engenharia, por tipo de instituição e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 ... 19 Tabela 19: Proporção de matriculados na área de engenharia, por tipo de instituição e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2009 a 2012 ... 19 Tabela 20: Número de matriculados na área de engenharia, por tipo de instituição e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2009 a 2012 ... 20 Tabela 21: Quantidade de alunas matriculadas em cursos da área da engenharia em Minas Gerais por tipos de instituição - 2010 a 2012 ... 20 Tabela 22: Nota média no Enade dos alunos de engenharia, por categoria administrativa da instituição e diferença (%) – Minas Gerais e Brasil - 2011 ... 21 Tabela 23: Nota média no Enade, por categoria administrativa da instituição e diferença (%) – Minas Gerais e Brasil - 2011... 21 Tabela 24: CPC médio, por categoria administrativa da instituição e diferença (%) – Minas Gerais - 2011 ... 22 Tabela 25: Proporção de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 ... 22 Tabela 26: Número de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 ... 22 Tabela 27: Número de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 ... 23 Tabela 28: Proporção de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 ... 23 Tabela 29: Quantidade de alunas em situação de conclusão em cursos da área da engenharia em Minas Gerais por curso - 2010 a 2012 ... 24 Tabela 30: Número de candidatos e de eleitos aos cargos de prefeito e vereador nos municípios de Minas Gerais - 2008 e 2012 ... 25 Tabela 31: Número de candidatos e de eleitos aos cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual em Minas Gerais - 2010 ... 26 Tabela 32: Distribuição dos juízes nos tribunais superiores de acordo com o gênero - 2014 ... 26 Tabela 33: Distribuição de ocupantes de cargos de assessoramento superior por gênero - 2014 ... 27 Tabela 34: Distribuição dos servidores públicos federais civis ativos do poder executivo por gênero ligados à presidência da república ... 27

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Tabela 35: Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por associação a sindicato - Minas Gerais - 2003/2013 ... 28 Tabela 36: Pessoas (%) de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, associação a sindicato - Minas Gerais - 2003/2013 ... 28 Tabela 37: Esperança de vida ao nascer dos nascidos vivos - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões- 2012 ... 29 Tabela 38: Taxa de fecundidade total - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões - 2011 ... 29 Tabela 39: Número de nascidos vivos de acordo com a idade da mãe no momento do nascimento - Brasil, Minas Gerais e Grandes regiões - 2012 ... 30 Tabela 40: Número de nascidos vivos, segundo número de consultas - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões - 2011 ... 30 Tabela 41: Taxa de incidência de HIV por 100.000 habitantes - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões - 2012 ... 31 Tabela 42: Óbitos maternos por cor/raça Brasil, Minas Gerais e grandes regiões - 2012 ... 31 Tabela 43: Proporção de óbitos por grupo de causas segundo sexo - Minas Gerais - 2011 ... 31

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1 ‐ Introdução

O presente trabalho tem como objetivo traçar um perfil da mulher mineira - com foco especial na engenheira mineira - nos aspectos relacionados ao mercado de trabalho, violência, saúde, formação e ocupação dos espaços de poder. Com isso pretende-se criar subsídios para a atuação do Coletivo de Mulheres do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais.

O trabalho está organizado em 5 seções além desta introdução. Nas seção 2 são apresentados os resultados relativos ao mercado de trabalho da engenharia a partir da investigação da evolução das condições de empregabilidade dos gêneros em Minas Gerais entre 2003 e 2013. Na seção 3 são apresentados alguns resultados relativos ao.s aspectos da formação das alunas de engenharia no estado no período entre 2010 e 2013. Na seção 4 trata-se dos aspectos relativos à colocação das mulheres nos espaços de poder. Na seção 5 os resultados que dizem respeito às questões de saúde e violência contra a mulher. Na seção 6 é apresentada breve conclusão.

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2 ‐ Mercado de Trabalho

A Tabela 1 mostra que em Minas Gerais no período entre 2003 e 2013 em todas as mesorregiões do estado a variação do número de postos de trabalho ocupados pelas engenheiras foi maior ou igual à variação do número de postos ocupados pelos engenheiros. Destaca-se a expansão verificada nos vales do Jequitinhonha e Mucuri - 800% e 700%, respectivamente. Na grande BH a expansão dos postos ocupados pelas engenheiras foi de 154,7%. Toda essa dinâmica fez com que as mulheres passassem a representar em 2013 18,9% do total dos vínculos da área contra 15,6% em 2003.

Tabela 1: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e mesorregiões - 2003 e 2013

Mesorregião Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total

Noroeste de Minas 120 15 135 280 35 315 133,33 133,33 133,33

Norte de Minas 223 18 241 470 106 576 110,76 488,89 139,00

Jequitinhonha 66 3 69 92 27 119 39,39 800,00 72,46

Vale do Mucuri 43 1 44 70 8 78 62,79 700,00 77,27

Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba 906 143 1.049 1.763 414 2.177 94,59 189,51 107,53

Central Mineira 79 8 87 105 19 124 32,91 137,50 42,53

Metropolitana de Belo Horizonte 7.124 1.544 8.668 15.695 3.933 19.628 120,31 154,73 126,44

Vale do Rio Doce 717 67 784 999 166 1.165 39,33 147,76 48,60

Oeste de Minas 233 25 258 363 90 453 55,79 260,00 75,58

Sul/Sudoeste de Minas 1.103 157 1.260 1.688 256 1.944 53,04 63,06 54,29

Campo das Vertentes 154 27 181 243 61 304 57,79 125,93 67,96

Zona da Mata 626 106 732 843 155 998 34,66 46,23 36,34

Total 11.394 2.114 13.508 22.611 5.270 27.881 98,45 149,29 106,40 Fonte: RAIS/MTE

Elaboração: DIEESE

2003 2013 Variação

Apesar de ter sido uma das regiões com maior variação no número de engenheiras, o Vale do Jequitinhonha apresentou a menor variação na remuneração média das profissionais da área (57%), inclusive menor que a variação da inflação medida pelo INPC no período (69%). Todas as demais regiões do estado apresentaram variação da remuneração média das engenheiras superior à da inflação. Como destaque negativo a região Centro-Oeste do estado, que em 2003 tinha a menor remuneração média (R$ 1.268,91) entre as engenheiras se manteve como a pior em 2013 (R$ 3.356,58), mesmo com a variação de 161% no período (Tabela 2: Tabela 2).

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gênero e mesorregiões - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Noroeste de Minas 3.541,72 2.472,89 3.422,07 7.026,14 5.896,46 6.898,54 98,38 138,44 101,59 Norte de Minas 2.815,45 2.053,20 2.763,55 5.225,87 4.143,79 5.043,54 85,61 101,82 82,50 Jequitinhonha 4.332,56 2.431,95 4.249,92 4.518,03 3.817,15 4.355,33 4,28 56,96 2,48 Vale do Mucuri 2.652,64 2.058,32 2.639,13 4.965,50 3.986,72 4.865,11 87,19 93,69 84,35 Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba 3.271,15 2.507,54 3.166,38 6.605,19 5.547,12 6.403,82 101,92 121,22 102,24 Central Mineira 3.205,66 2.521,34 3.141,26 5.540,53 5.277,93 5.499,96 72,84 109,33 75,09 Metropolitana de Belo Horizonte 4.208,51 2.976,72 3.990,42 9.221,34 7.718,46 8.919,55 119,11 159,29 123,52 Vale do Rio Doce 3.971,75 2.525,31 3.848,09 7.553,85 5.162,85 7.221,19 90,19 104,44 87,66 Oeste de Minas 2.235,63 1.286,91 2.141,14 5.324,26 3.356,58 4.934,27 138,15 160,82 130,45 Sul/Sudoeste de Minas 3.207,74 2.511,08 3.119,75 6.334,19 5.240,64 6.189,95 97,47 108,70 98,41 Campo das Vertentes 3.147,12 2.345,62 3.030,05 6.268,36 5.913,43 6.197,13 99,18 152,11 104,52 Zona da Mata 3.073,81 2.348,50 2.967,17 6.662,83 6.234,46 6.596,62 116,76 165,47 122,32 Total 3.860,19 2.821,29 3.698,01 8.382,67 7.100,21 8.140,33 117,16 151,67 120,13 Elaboração: DIEESE 2003 2013 Fonte: RAIS/MTE Variação

Na Tabela 3 são apresentados os dados relativos ao quantitativo de postos por especialidade da engenharia. Nota-se que em 2003 a maior parte das engenheiras - 74,5% - pertencia às áreas da engenharia civil, elétrica, de produção e área de pesquisa. Em 2013 esse quadro se alterou um pouco com a área de agrossilvipecuária ocupando o lugar da área de pesquisa; assim as quatro áreas passam a representar 73% do total dos vínculos ocupados pelas engenheiras.

A Tabela 3 mostra também que as áreas que apresentaram maior percentual (com exceção daquelas que não possuíam nenhuma engenheira em 2003) evolução na quantidade de engenheiras ocupadas foram as de minas, produção e civil - respectivamente, 687%, 398% e 187%. Dentre as especialidades que não possuíam nenhuma engenheira em 2003 e passaram a ter em 2013 destaca-se a ambiental com 84 postos ocupados por mulheres em 2013.

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Tabela 3: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e especialidades - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Engenheiros mecatrônicos 7 0 7 200 24 224 2.757,14 - 3.100,00 Pesquisadores de engenharia e tecnologia 576 381 957 1.353 306 1.659 134,90 -19,69 73,35 Engenheiros em computação 118 22 140 382 53 435 223,73 140,91 210,71

Físicos 32 12 44 44 17 61 37,50 41,67 38,64

Profissionais do espaço e da atmosfera 7 0 7 9 4 13 28,57 - 85,71 Geólogos e geofísicos 320 79 399 520 221 741 62,50 179,75 85,71

Engenheiros ambientais e afins 0 0 0 130 84 214 - -

-Engenheiros civis e afins 3.480 745 4.225 7.157 2.140 9.297 105,66 187,25 120,05 Engenheiros eletroeletrônicos e afins 2.199 262 2.461 2.930 332 3.262 33,24 26,72 32,55 Engenheiros mecânicos 1.153 79 1.232 2.069 125 2.194 79,44 58,23 78,08 Engenheiros químicos 203 95 298 302 162 464 48,77 70,53 55,70 Engenheiros metalurgistas e de materiais 421 46 467 568 72 640 34,92 56,52 37,04 Engenheiros de minas 251 40 291 1.339 315 1.654 433,47 687,50 468,38 Engenheiros agrimensores e engenheiros cartógrafos 43 8 51 159 21 180 269,77 162,50 252,94 Engenheiros industriais, de produção e segurança 1.253 185 1.438 3.371 922 4.293 169,03 398,38 198,54 Engenheiros agrossilvipecuarios 1.331 160 1.491 2.070 450 2.520 55,52 181,25 69,01

Engenheiros de alimentos e afins 0 0 0 8 22 30 - -

-Total 11.394 2.114 13.508 22.611 5.270 27.881 98,45 149,29 106,40 Fonte: RAIS/MTE

Elaboração: DIEESE

Especialidade 2003 2013 Variação

Quanto à remuneração a Tabela 4 mostra que as especialidades nas quais as mulheres tinham maior remuneração média em 2003 eram a engenharia de computação e a de minas. Destaque-se que em todas as áreas a remuneração das engenheiras era menor que a dos engenheiros com exceção da engenharia de computação. Em 2013 somente na área de engenharia de agrimensura as engenheiras mineiras tinham remuneração média superior à dos engenheiros.

A Tabela 4 mostra também que os maiores ganhos ocorreram entre as profissionais da física e engenharia de agrimensura, e que na maioria das áreas as engenheiras tiveram ganhos médios superiores aos dos engenheiros.

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gênero e especialidades - 2003 e 2013

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Engenheiros mecatrônicos 4.661,90 0 7.882,20 7.143,04 69,08 -Pesquisadores de engenharia e tecnologia 3.732,30 2.629,82 9.343,06 7.962,79 150,33 202,79 Engenheiros em computação 3.515,37 4.307,35 7.502,32 5.579,19 113,41 29,53

Físicos 1.622,42 985,73 5.386,16 4.812,67 231,98 388,23

Profissionais do espaço e da atmosfera 3.603,45 0 5.356,88 3.129,22 48,66 -Geólogos e geofísicos 4.855,73 3.281,91 10.406,98 8.665,50 114,32 164,04

Engenheiros ambientais e afins - - 5.805,10 4.841,98 -

-Engenheiros civis e afins 3.205,83 2.692,03 7.819,82 7.157,20 143,92 165,87 Engenheiros eletroeletrônicos e afins 4.463,83 3.388,89 8.140,85 6.710,02 82,37 98,00 Engenheiros mecânicos 4.350,13 2.558,91 9.378,67 7.469,25 115,60 191,89 Engenheiros químicos 4.001,33 3.127,89 10.328,76 7.369,53 158,13 135,61 Engenheiros metalurgistas e de materiais 4.738,43 3.258,69 9.016,61 7.242,53 90,29 122,25 Engenheiros de minas 5.456,74 3.717,77 10.449,92 9.145,64 91,50 146,00 Engenheiros agrimensores e engenheiros cartógrafos 2.735,91 2.239,47 5.988,35 7.204,92 118,88 221,72 Engenheiros industriais, de produção e segurança 4.208,16 2.819,65 8.589,05 6.604,81 104,10 134,24 Engenheiros agrossilvipecuarios 3.130,57 2.260,58 7.000,30 5.998,81 123,61 165,37 Engenheiros de alimentos e afins - - 3.450,90 3.304,23 -

-Total 3.860,19 2.821,29 8.382,67 7.100,21 117,16 151,67

Elaboração: DIEESE

2003 2013 Variação

Fonte: RAIS/MTE

Com relação aos setores ocupados pelos profissionais da área, a Tabela 5 mostra que em 2003 a maior parte das engenheiras estava empregada na administração pública (29,2%) ao contrário dos engenheiros que se encontravam em sua maioria no setor privado. Já em 2013 esse cenário se altera com as engenheiras passando a se concentrarem no setor da Administração Técnica Profissional (26%) e da Construção Civil (16,4%) além da queda da proporção daquelas ocupadas no setor público passando para 11,8%.

As maiores variações setoriais ocorreram na Indústria Extrativa Mineral - 1.311% - e na área de material de transporte - 826%.

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Tabela 5: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e setores - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total

Extrativa Mineral 331 36 367 2.119 508 2.627 540 1.311 616

Prod. Mineral Não Metálico 222 20 242 351 68 419 58 240 73

Indústria Metalúrgica 1.150 81 1.231 2.032 266 2.298 77 228 87 Indústria Mecânica 269 15 284 561 59 620 109 293 118 Elétrico e Comunic 259 36 295 503 74 577 94 106 96 Material de Transporte 250 20 270 1.434 189 1.623 474 845 501 Madeira e Mobiliário 21 2 23 45 7 52 114 250 126 Papel e Gráf 47 4 51 65 7 72 38 75 41

Borracha, Fumo, Couros 112 17 129 259 45 304 131 165 136

Indústria Química 281 49 330 500 85 585 78 73 77

Indústria Têxtil 55 6 61 37 10 47 -33 67 -23

Indústria Calçados 2 0 2 4 0 4 100 - 100

Alimentos e Bebidas 195 48 243 284 117 401 46 144 65

Serviço Utilidade Pública 1.198 157 1.355 1.146 231 1.377 -4 47 2

Construção Civil 1.872 242 2.114 4.247 868 5.115 127 259 142

Comércio Varejista 171 12 183 249 53 302 46 342 65

Comércio Atacadista 153 15 168 349 50 399 128 233 138

Instituição Financeira 81 22 103 207 79 286 156 259 178

Adm Técnica Profissional 2.113 444 2.557 4.716 1.366 6.082 123 208 138

Transporte e Comunicações 611 108 719 634 178 812 4 65 13

Aloj Comunic 205 54 259 248 83 331 21 54 28

Médicos Odontológicos Vet 89 31 120 117 62 179 31 100 49

Ensino 202 45 247 365 130 495 81 189 100 Administração Pública 1.237 618 1.855 1.600 623 2.223 29 1 20 Agricultura 268 32 300 539 112 651 101 250 117 Total 11.394 2.114 13.508 22.611 5.270 27.881 98 149 106 Elaboração: DIEESE Variação 2003 2013 Fonte: RAIS/MTE

Com relação à remuneração média a Tabela 6 mostra que as engenheiras mineiras em 2003 recebiam menos que os engenheiros em 21 dos 25 setores analisados, sendo que a maior distância entre os gêneros ocorria no setor de produtos minerais não metálicos (R$ 2.057,36) e a menor no comércio varejista (R$ 6,41). A remuneração média das mulheres era superior em três setores: Instituição Financeira, Ensino e Material de Transporte.

Em 2013 a situação apresentou piora: em 23 setores a remuneração das mulheres era, na média, inferior à dos homens e a maior distância passou a ser de R$ 3.812,49 na Indústria Têxtil. A remuneração média das mulheres era superior apenas no setor da Agricultura em um montante de R$ 408,70.

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gênero e setores - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Extrativa Mineral 5.225,34 3.495,09 5.054,69 11.163,68 9.534,93 10.848,62 113,65 172,81 114,62 Prod. Mineral Não Metálico 5.017,83 2.960,47 4.847,80 8.599,77 6.870,27 8.319,87 71,38 132,07 71,62 Indústria Metalúrgica 5.136,48 3.538,17 5.030,80 9.188,31 7.717,15 9.019,47 78,88 118,11 79,29 Indústria Mecânica 4.451,99 3.320,58 4.392,02 8.627,91 7.511,47 8.520,63 93,80 126,21 94,00 Elétrico e Comunic 3.681,39 3.279,72 3.632,04 7.714,23 6.170,25 7.515,64 109,55 88,13 106,93 Material de Transporte 4.161,59 4.302,78 4.172,09 9.142,59 8.208,81 9.033,78 119,69 90,78 116,53 Madeira e Mobiliário 2.885,45 2.106,00 2.814,59 6.979,71 4.130,19 6.596,12 141,89 96,12 134,35 Papel e Gráf 5.414,87 3.792,83 5.287,65 7.131,15 5.368,26 6.959,76 31,70 41,54 31,62 Borracha, Fumo, Couros 4.293,55 3.408,06 4.175,95 8.743,21 6.925,47 8.473,25 103,64 103,21 102,91 Indústria Química 4.363,82 2.825,78 4.132,64 10.617,14 6.830,12 10.069,54 143,30 141,71 143,66 Indústria Têxtil 2.988,42 1.567,30 2.848,64 5.893,96 2.081,47 5.082,79 97,23 32,81 78,43 Indústria Calçados 899,5 0 899,5 5.799,52 0 5.799,52 544,75 - 544,75 Alimentos e Bebidas 3.489,41 2.899,13 3.371,84 6.841,99 4.812,54 6.253,45 96,08 66,00 85,46 Serviço Utilidade Pública 6.168,61 4.726,41 6.001,46 10.941,87 9.000,00 10.616,54 77,38 90,42 76,90 Construção Civil 2.905,98 2.342,09 2.840,96 7.304,85 6.602,92 7.184,86 151,37 181,92 152,90 Comércio Varejista 1.933,01 1.926,60 1.932,58 3.421,06 2.443,21 3.248,69 76,98 26,81 68,10 Comércio Atacadista 3.645,31 2.109,64 3.508,20 7.466,60 5.708,31 7.244,59 104,83 170,58 106,50 Instituição Financeira 4.876,58 5.860,60 5.086,76 11.833,66 9.265,66 11.116,80 142,66 58,10 118,54 Adm Técnica Profissional 3.610,28 2.844,40 3.476,76 7.993,00 7.194,93 7.813,53 121,40 152,95 124,74 Transporte e Comunicações 3.588,32 2.618,05 3.443,32 7.002,90 5.553,15 6.686,17 95,16 112,11 94,18 Aloj Comunic 2.467,91 2.140,00 2.401,04 6.333,27 5.043,63 6.013,82 156,62 135,68 150,47 Médicos Odontológicos Vet 2.514,10 1.517,05 2.264,84 5.705,01 4.450,88 5.268,18 126,92 193,39 132,61 Ensino 2.825,95 3.287,46 2.910,03 7.256,28 6.987,13 7.185,68 156,77 112,54 146,93 Administração Pública 2.547,61 2.317,98 2.471,36 7.434,28 6.299,63 7.120,39 191,81 171,77 188,12 Agricultura 2.647,46 2.482,39 2.629,73 6.077,83 6.486,53 6.148,91 129,57 161,30 133,82 Total 3.860,19 2.821,29 3.698,01 8.382,67 7.100,21 8.140,33 117,16 151,67 120,13 Fonte: RAIS/MTE Elaboração: DIEESE 2003 2013 Variação

A Tabela 7 traça um perfil dos postos de trabalho da engenharia de acordo com a faixa etária de seus ocupantes. Em 2003 as engenheiras estavam majoritariamente na faixa entre 30 49 anos de idade - 67,5% - proporção que se reduz para 58% em 2013. Nesse período houve ampliação da proporção de engenheiras na faixa entre 25 e 29 anos, passando de 19,3% em 21003 para 25% em 2013. Esse aumento é resultado, dentre outros, do aumento do número de mulheres cursando as engenharias e do rejuvenescimento da mão de obra da área no últimos anos, resultado do aquecimento do mercado de trabalho.

Como conseqüência do exposto acima, as maiores variações no número de postos ocupados por engenheiras ocorreram nas faixas entre 18 e 24 anos e entre 25 e 29 anos - 291% e 221% respectivamente.

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Tabela 7: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa etária - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total

18 a 24 302 75 377 722 293 1.015 139,07 290,67 169,23 25 a 29 1.623 410 2.033 4.243 1.316 5.559 161,43 220,98 173,44 30 a 39 3.296 761 4.057 8.097 2.132 10.229 145,66 180,16 152,13 40 a 49 3.752 667 4.419 4.203 943 5.146 12,02 41,38 16,45 50 a 64 2.347 198 2.545 4.857 577 5.434 106,95 191,41 113,52 65 ou mais 70 3 73 488 9 497 597,14 200,00 580,82 Missing 4 0 4 1 0 1 -75,00 - -75,00 Total 11.394 2.114 13.508 22.611 5.270 27.881 98,45 149,29 106,40 2003 Fonte: RAIS/MTE Elaboração: DIEESE Faixa 2013 Variação

Quanto à remuneração média, em todas as faixas de idade as mulheres recebiam menos que os homens no ano de 2003 e essa diferença se acentuava na medida em que a idade era maior, chegando à R$ 1.417,23 para os profissionais com mais de 65 anos de idade. Esse padrão se modificou em 2013: a distância entre as remunerações médias aumentava na medida do aumento das faixas de idade mas até a idade de 49 anos; a partir de então a diferença começa a diminuir. Pode-se especular que, com o maior crescimento da economia, essa mudança de comportamento decorre da ampliação da demanda por profissionais com maior experiência e a conseqüente necessidade de maior remuneração para aqueles trabalhadores.

Tabela 8: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa etária - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total 18 a 24 1.847,50 1.546,19 1.787,24 4.434,08 3.879,55 4.274,30 25 a 29 2.585,85 2.281,14 2.524,36 6.398,41 5.770,75 6.249,47 30 a 39 3.422,22 2.655,62 3.278,05 8.248,07 7.266,07 8.043,59 40 a 49 4.484,32 3.377,71 4.318,84 9.276,03 8.066,27 9.056,51 50 a 64 4.647,72 3.240,22 4.540,15 10.142,47 9.633,18 10.088,65 65 ou mais 3.196,94 1.779,71 3.136,21 8.818,71 8.777,88 8.817,94 Total 3.860,19 2.821,29 3.698,01 8.382,67 7.100,21 8.140,33 2003 2013 Fonte: RAIS/MTE Elaboração: DIEESE

A Tabela 9 mostra que a distribuição dos postos de trabalho de acordo com o tempo de permanência no emprego em 2003 entre as engenheiras mineiras se concentrava entre aquelas que possuíam maior tempo no trabalho - 56% tinham três anos ou mais no emprego. Em 2013 esse cenário se

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representar 43%.

Nesse período destaca-se a expansão do número de engenheiras ocupadas entre 3 meses e 2 anos. Na faixa entre 3 e 5,9 meses houve expansão de 247%; na faixa entre 6 e 11,9 meses houve expansão foi de 246%; na faixa entre 12 e 23,9 meses houve expansão foi de 213%. Nessas faixas de permanência a proporção de engenheiras passou de 28% em 2003 para 38% em 2013, mais um sinal da dinâmica recente do mercado de trabalho da engenharia.

Tabela 9: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa de tempo no emprego - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total

Ate 2,9 meses 704 116 820 1.333 341 1.674 89,35 193,97 104,15 3,0 a 5,9 meses 713 109 822 1.635 378 2.013 129,31 246,79 144,89 6,0 a 11,9 meses 1.073 181 1.254 2.628 627 3.255 144,92 246,41 159,57 12,0 a 23,9 meses 1.521 298 1.819 3.656 934 4.590 140,37 213,42 152,34 24,0 a 35,9 meses 1.096 210 1.306 2.648 717 3.365 141,61 241,43 157,66 36,0 a 59,9 meses 1.214 230 1.444 2.755 688 3.443 126,94 199,13 138,43 60,0 a 119,9 meses 1.540 305 1.845 3.868 939 4.807 151,17 207,87 160,54 120,0 meses ou mais 3.532 664 4.196 4.085 646 4.731 15,66 -2,71 12,75 Missing 1 1 2 3 0 3 200,00 -100,00 50,00 Total 11.394 2.114 13.508 22.611 5.270 27.881 98,45 149,29 106,40 Fonte: RAIS/MTE Elaboração: DIEESE 2003 2013 Variação

A Tabela 10 mostra a remuneração média por tempo de permanência no posto de trabalho. Em 2003 em todas as faixas as engenheiras recebiam menos que os engenheiros, sendo que a maior distância se dava naqueles que tinham mais de 10 anos no posto de trabalho. Em 2013 a desigualdade entre os gêneros se mantinha, mas as maiores distâncias se davam em faixas de ocupação mais recentes: entre 3 e 5,9 meses R$ 1.545,46 e entre 6 e 11,9 meses R$ 1.605,45.

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Tabela 10: Remuneração média dos postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e faixa de tempo no emprego - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Ate 2,9 meses 2.647,77 1.929,82 2.545,84 6.685,74 5.646,49 6.475,15 3,0 a 5,9 meses 2.727,06 2.059,85 2.639,14 6.870,40 5.324,94 6.578,83 6,0 a 11,9 meses 2.901,68 2.003,71 2.769,22 7.378,56 5.773,11 7.070,75 12,0 a 23,9 meses 3.128,60 2.378,20 3.005,49 8.001,41 6.999,92 7.796,95 24,0 a 35,9 meses 3.476,55 2.686,84 3.350,02 7.930,60 6.826,60 7.694,57 36,0 a 59,9 meses 3.433,94 2.917,50 3.352,15 7.880,10 7.147,80 7.732,55 60,0 a 119,9 meses 3.361,06 2.732,22 3.257,46 8.413,48 7.551,87 8.246,57 120,0 meses ou mais 5.408,65 3.582,87 5.122,51 11.153,54 9.994,48 10.996,32 {ñ class} 24.041,54 3.600,00 13.820,77 18.760,88 0,00 18.760,88 Total 3.860,19 2.821,29 3.698,01 8.382,67 7.100,21 8.140,33 2003 2013 Fonte: RAIS/MTE Elaboração: DIEESE

A maior parte dos engenheiros e engenheiras empregados em Minas Gerais em 2003 não havia sido admitido no ano da pesquisa - 78,5% - fato que se repetiu em 2013 - 75%. Nota -se que entre as engenheiras esse padrão foi semelhante 80,7% em 2003 e 74,5% em 2013 (Tabela 11).

No caso do primeiro emprego os dados apontam uma queda da proporção tanto no caso geral como no caso das engenheiras. A contratação nessa modalidade representava 4% do total em 2003 e 2,72% em 2013. No caso especifico das engenheiras essas proporções eram de 5,5% em 2003 e 3,7% em 2013.

Tabela 11: Quantidade de postos de trabalho da área da engenharia em Minas Gerais por gênero e tipo de admissão - 2003 e 2013

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Não Admitido Ano 8.903 1.707 10.610 17.014 3.924 20.938 91 130 97

Primeiro Emprego 437 118 555 564 197 761 29 67 37

Reemprego 1.522 244 1.766 3.678 907 4.585 142 272 160

Transferência com Ônus 46 2 48 22 7 29 -52 250 -40

Transferência sem Ônus 485 43 528 1.328 233 1.561 174 442 196

Outros 1 0 1 5 2 7 400 - 600 Total 11.394 2.114 13.508 22.611 5.270 27.881 98 149 106 2003 2013 Fonte: RAIS/MTE Elaboração: DIEESE Variação

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3 ‐ Formação

 

3.1 Matrículas

No Brasil, em 2012, cerca de 30% dos alunos matriculados nos cursos de engenharia eram do sexo feminino contra 70% do sexo masculino. Respectivamente, esses valores estão 9,3% acima e 3,6% abaixo dos verificados em 2009. Isso é resultado do maior crescimento do número de matriculados do sexo feminino em relação ao número de matriculados do sexo masculino no período, 77% e 56%, respectivamente, conforme a Tabela 12 e a Tabela 13.

Tabela 12: Número de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de

variação (%) – Brasil – 2009 a 2012  2009 2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 152.121 179.155 221.703 269.196 76,96 Masculino 395.013 452.892 538.170 616.716 56,13 Total 547.134 632.047 759.873 885.912 61,92 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Tabela 13: Proporção de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012  2009 2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 27,80 28,35 29,18 30,39 9,29 Masculino 72,20 71,65 70,82 69,61 -3,58 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 0,00 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Já em Minas Gerais, em 2012, cerca de 32% dos alunos matriculados nos cursos de engenharia eram do sexo feminino contra 68% do sexo masculino. Respectivamente, esses valores estão 12% acima e 5% abaixo dos verificados em 20101. No caso do estado isso também é resultado do maior crescimento do número de matriculados do sexo feminino em relação ao número de matriculados do sexo masculino no período, 70% e 42%, respectivamente, conforme a Tabela 14 e a Tabela 15.

      

1 As tabulações relativas a gênero e raça para o estado de Minas Gerais serão feitas para o período de 2010 a 2012,

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Tabela 14: Número de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 

2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 26.024 34.715 43.639 67,69 Masculino 64.116 77.791 91.130 42,13 Total 90.140 112.506 134.769 49,51 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Tabela 15: Proporção de matriculados nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 

2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 28,87 30,86 32,38 12,16 Masculino 71,13 69,14 67,62 -4,93 Total 100,00 100,00 100,00 0,00 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Com relação às áreas escolhidas para se cursar pelas alunas de engenharia em Minas Gerais nota-se que as maiores expansões, em termos de taxa de variação, se deram em áreas não tradicionais da profissão como a aeronáutica e a ambiental como mostra a

Tabela 16. Em termos absolutos destacam -se ainda áreas tradicionais da engenharia como a civil que teve aumento de cerca de 6.00 alunas matriculados no período entre 2010 e 2012.

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Tabela 16: Quantidade de alunas matriculadas em cursos da área da engenharia em Minas Gerais por curso - 2010 a 2012

2010 2011 2012 Variação Tecnologia em gestão de telecomunicações 1 0 21 2.000,00

Engenharia aeronáutica 5 16 20 300,00

Engenharia ambiental e sanitária 740 4.431 2.557 245,54

Engenharia Biomédica 101 179 276 173,27 Engenharia civil 4.409 7.340 10.630 141,10 Engenharia aeroespacial 13 21 31 138,46 Automação industrial 14 22 30 114,29 Engenharia química 1.345 1.996 2.792 107,58 Engenharia cartográfica 48 72 98 104,17 Engenharia mecatrônica 86 114 175 103,49 Manutenção aeronáutica 10 14 19 90,00 Engenharia bioquímica 132 118 234 77,27 Engenharia metalúrgica 241 343 427 77,18 Manutenção industrial 4 9 7 75,00 Produção industrial 131 169 227 73,28 Total 26.024 34.715 43.639 67,69 Fonte: INPEC/MEC Elaboração: DIEESE

No Brasil, no ano de 2012, a maior parte dos alunos de engenharia estava matriculada nas instituições privadas de ensino – 69,7% – percentual que vem aumentando consistentemente ao longo do período de 2009 a 2012, como mostra a Tabela 17. Ao mesmo tempo, há queda da participação das instituições públicas na proporção de matriculados: 14,6% no caso das federais; 22,7% das estaduais e 75% das municipais. As quedas de participação das instituições públicas refletem apenas o aumento maior do número de matriculados nas instituições privadas, já que o número absoluto de matrículas nas instituições públicas tem aumentado como mostra a Tabela 18 (com exceção das municipais).

Tabela 17: Proporção de matriculados na área de engenharia, por tipo de

instituição e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012  2009 2010 2011 2012 Tx de variação Privada 64,31 65,97 68,02 69,69 8,37 Pública Federal 23,40 22,88 21,58 19,98 -14,61 Pública Estadual 10,00 9,48 8,57 7,73 -22,70 Especial 0,00 0,00 0,00 2,04 -Pública Municipal 2,30 1,66 1,84 0,57 -75,22 Total 100 100 100 100 0,00 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

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Tabela 18: Número de matriculados na área de engenharia, por tipo de

instituição e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012  2009 2010 2011 2012 Tx de variação Privada 351.849 416.976 516.833 617.370 75,46 Pública Federal 128.023 144.623 163.978 177.005 38,26 Pública Estadual 54.693 59.937 65.103 68.452 25,16 Especial 0 0 0 18.041 -Pública Municipal 12.569 10.511 13.959 5.044 -59,87 Total 547.134 632.047 759.873 885.912 61,92 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Em Minas Gerais o quadro geral é semelhante ao verificado no país como um todo, mas as variações são distintas. A participação das instituições privadas no total de matriculados cresceu em 5,2% no período de 2009 a 2012, enquanto que as instituições públicas tiveram queda de 12,18% (federais); 32,93% (estaduais) e aumento de 24,8% (municipais)2.

Nesse mesmo período há ampliação do número de matriculados em todos os tipos de instituições, mais uma vez com primazia das privadas – 91% (desconsiderando as municipais) – seguidas pelas federais com expansão de 60%.

Tabela 19: Proporção de matriculados na área de engenharia, por tipo de instituição e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2009 a 2012 

2009 2010 2011 2012 Tx de variação Privada 70,76 70,95 72,78 74,47 5,24 Pública Federal 27,85 27,86 26,07 24,45 -12,18 Pública Estadual 1,14 1,04 0,99 0,77 -32,93 Pública Municipal 0,25 0,15 0,16 0,31 24,75 Total 100 100 100 100 0,00 Elaboração: DIEESE Fonte: INEP/MEC       

2 Neste caso, a forte variação se deve à presença intermitente de duas instituições ao longo do período de 2009 a 2012: o

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de instituição e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2009 a 2012  2009 2010 2011 2012 Tx de variação Privada 52.436 63.957 81.884 100.360 91,40 Pública Federal 20.634 25.114 29.328 32.955 59,71 Pública Estadual 846 934 1.118 1.032 21,99 Pública Municipal 186 135 176 422 126,88 Total 74.102 90.140 112.506 134.769 81,87 Elaboração: DIEESE Fonte: INEP/MEC

No caso específico das alunas de engenharia em Minas o quadro é semelhante ao verificado no caso geral do estado. No período entre 2010 e 2012 há ampliação do número de matriculadas em todos os tipos de instituições, mais uma vez com primazia das privadas – 77% (desconsiderando as municipais) – seguidas pelas federais com expansão de 49%.

Tabela 21: Quantidade de alunas matriculadas em cursos da área da engenharia em Minas Gerais por tipos de instituição -

2010 a 2012

Tipo de instituição 2010 2011 2012 Variação

Privadas 17.956 24.589 31.716 76,63

Pública Estadual 388 477 460 18,56

Pública Federal 7.654 9.611 11.394 48,86

Pública Municipal 26 38 69 165,38

Total 26.024 34.715 43.639 67,69

Fonte: INEP/ MEC Elaboração: DIEESE

A forte participação e a tendência de crescimento do número de matriculados nos cursos da área de engenharia nas instituições privadas levam a questionamentos sobre qual o perfil (em termos de qualidade) dos profissionais formados por essas instituições em comparação com aqueles graduados pelas instituições públicas – estas de reconhecida qualidade.

Os dados do Enade de 2011 mostram que a nota média (em uma escala de 0 a 5) dos alunos concluintes de cursos de engenharia nas instituições públicas brasileiras é de 2,84, enquanto nas instituições privadas essa nota é de 2,07, uma diferença de 37,2%. No caso de Minas Gerais essa diferença era ainda maior: 64,%, sendo que nas instituições públicas a nota média foi de 3,25 e nas instituições privadas foi de 1,98%, conforme mostra a Tabela 22.

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Tabela 22: Nota média no Enade dos alunos de engenharia, por categoria administrativa da instituição e diferença (%) – Minas Gerais e

Brasil - 2011

Pública Privada Diferença

Minas Gerais 3,25 1,98 64,14

Brasil 2,84 2,07 37,20

Diferença 14,44 -4,35

Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

A gravidade da situação fica ainda mais evidente quando se avalia o caso do universo de todos os cursos investigados na edição daquele ano3. A média das notas dos alunos brasileiros foi de 2,64 nas

instituições públicas e de 2,29 nas privadas – diferença de 15,28%. Já em Minas a nota média foi de 3,10 nas instituições públicas contra 2,25 nas privadas, resultando em diferença de 15,28%.

Tabela 23: Nota média no Enade, por categoria administrativa da instituição e diferença (%) –

Minas Gerais e Brasil - 2011 

Pública Privada Diferença

Minas Gerais 3,10 2,25 37,78

Brasil 2,64 2,29 15,28

Diferença 17,42 -1,75

Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Outras variáveis extraídas do Enade atestam a pior situação das instituições privadas em comparação com as instituições públicas. O CPC – Conceito Preliminar de Curso – é uma estatística calculada com base na avaliação de desempenho de estudantes, corpo docente, infra-estrutura, recursos didático-pedagógicos entre outros aspectos relacionados à estrutura do curso superior.

A Tabela 24 mostra a média do CPC das instituições onde os alunos de engenharia em Minas Gerais estavam matriculados em 2011. Como se vê esse indicador também atesta que possivelmente a formação dada pelas instituições públicas é em média superior em termos de qualidade àquela concedida pelas instituições privadas.

      

(22)

administrativa da instituição e diferença (%) – Minas Gerais - 2011  Minas Gerais Privada 2,30 Pública 3,15 Diferença 36,96 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE 3.2 ‐ Concluintes

No Brasil em 2012, dos alunos concluintes da área de engenharia, 30% eram mulheres e 70% homens. A proporção de engenheiras no total de concluintes da área variou em 5,3% no período de 2009 a 2012, enquanto a de engenheiros caiu a ordem de 2%, conforme a Tabela 25.

A evolução do número absoluto de concluintes de curso de engenharia mostra que entre as mulheres essa expansão foi de 39% comparada a um crescimento de 29% no número de homens concluintes na área (Tabela 26).

Tabela 25: Proporção de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 

2009 2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 28,03 27,66 28,96 29,53 5,34 Masculino 71,97 72,34 71,04 70,47 -2,08 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 0,00 Elaboração: DIEESE Fonte: INEP/MEC

Tabela 26: Número de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Brasil – 2009 a 2012 

2009 2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 15.834 16.460 18.803 22.009 39,00 Masculino 40.658 43.046 46.126 52.530 29,20 Total 56.492 59.506 64.929 74.539 31,95 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Em Minas Gerais o quadro se apresentava mais favorável. A expansão do número de concluintes do sexo feminino foi de 44,6% entre 2010 e 2012, enquanto entre os homens esse crescimento foi de 26%. Isso fez com que a distribuição da proporção de concluintes na área se alterasse no período:

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em 2010 27,5% dos concluintes eram mulheres e 72,5% eram homens; em 2012 30% dos concluintes eram mulheres e 70% eram homens, situação semelhante à do país como um todo.

Tabela 27: Número de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais – 2010 a 2012 

2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 2.021 2.588 2.923 44,63 Masculino 5.315 6.109 6.718 26,40 Total 7.336 8.697 9.641 31,42 Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

Tabela 28: Proporção de concluintes nos cursos da área de engenharia por gênero e taxa de variação (%) – Minas Gerais –

2010 a 2012  2010 2011 2012 Tx de variação Feminino 27,55 29,76 30,32 10,05 Masculino 72,45 70,24 69,68 -3,82 Total 100,00 100,00 100,00 0,00 Elaboração: DIEESE Fonte: INEP/MEC

Com relação às áreas nas quais as alunas de engenharia em Minas Gerais se formavam nota-se que as maiores expansões no período entre 2010 e 2012, em termos de taxa de variação, se deram em áreas tradicionais da profissão a engenharia de minas como mostra a  

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da engenharia em Minas Gerais por curso - 2010 a 2012 2010 2011 2012 Variação Engenharia de minas 12 56 82 583,33 Engenharia mecatrônica 1 3 6 500,00 Engenharia de computação 10 23 35 250,00 Engenharia química 52 63 134 157,69 Engenharia de materiais 9 9 21 133,33

Engenharia de controle e automação 20 28 43 115,00

Engenharia civil 206 366 403 95,63

Engenharia ambiental e sanitária 55 357 106 92,73

Tecnologia mecatrônica 11 29 21 90,91 Engenharia metalúrgica 11 20 20 81,82 Engenharia de telecomunicações 27 33 48 77,78 Engenharia de produção 354 457 626 76,84 Engenharia elétrica 87 119 140 60,92 Engenharia ambiental 208 24 334 60,58 Tecnologia química 13 39 19 46,15 Total 2.021 2.588 2.923 44,63 Concluintes Fonte: INEP/MEC Elaboração: DIEESE

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4 ‐ Espaços de poder

A ocupação dos espaços de poder pelas mulheres no Brasil e em Minas Gerais, tem evoluído de forma tímida nos últimos anos. Como mostra a Tabela 30, em 2008 a proporção de candidatas às prefeituras dos municípios mineiros era de 7,72% e passou para 10,3% em 2012. Houve também expansão na proporção de eleitas, que passou de 6,12% em 2008 para 8,05% em 2012. Fato que chama a atenção é a tendência da proporção de eleitas ser menor que a proporção de candidatas.

A Tabela 30 mostra também a evolução do número de vereadoras em Minas Gerais. Em 2008 20,2% das candidaturas às câmaras municipais eram de mulheres, valor que passou para 32,6% em 2012. Entre os eleitos em 2008 10,6% eram mulheres; essa proporção passou para 11,1% em 2012, repetindo-se novamente o padrão de menor proporção de eleitas em relação à proporção de candidatas.

Tabela 30: Número de candidatos e de eleitos aos cargos de prefeito e vereador nos municípios de Minas Gerais - 2008 e 2012

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total

Nº de candidatos 2.043 171 2.214 2.005 230 2.235

Número de eleitos 797 52 849 788 69 857

Proporção de candidatos 92,28 7,72 100,00 89,71 10,29 100,00 Proporção de eleitos 93,88 6,12 100,00 91,95 8,05 100,00

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Nº de candidatos 41.525 10.544 52.069 45.000 21.760 66.760 Número de eleitos 7.030 831 7.861 7.498 940 8.438 Proporção de candidatos 79,75 20,25 100,00 67,41 32,59 100,00 Proporção de eleitos 89,43 10,57 100,00 88,86 11,14 100,00 Elaboração: DIEESE Fonte: TSE Prefeito Vereador 2008 2008 2012 2012

Na Tabela 31 nota-se a baixa participação das mulheres nas eleições para os cargos do poder executivo. Em Minas Gerais houve apenas uma candidata ao governo do estado em 2010, número que se mantém em 2014.

Para o senado a situação é parecida, sendo que em 201 havia uma candidata dentre um total de nove em 2014 são duas candidatas de um total de oito candidatos.

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cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual em Minas Gerais - 2010

Masculino Feminino Total

Nº de candidatos 7 1 8

Número de eleitos 1 0 1

Proporção de candidatos 87,5 12,5 100 Proporção de eleitos 100,0 0,0 100 Masculino Feminino Total

Nº de candidatos 9 1 10

Número de eleitos 2 0 2

Proporção de candidatos 90,0 10,0 100,0 Proporção de eleitos 100,0 0,0 100,0 Masculino Feminino Total

Nº de candidatos 456 68 524

Número de eleitos 52 1 53

Proporção de candidatos 87,0 13,0 100

Proporção de eleitos 98,1 1,9 100

Masculino Feminino Total

Nº de candidatos 802 140 942 Número de eleitos 73 4 77 Proporção de candidatos 85,1 14,9 100 Proporção de eleitos 94,8 5,2 100 Elaboração: DIEESE Governador Senador Deputado Federal Deputado Estadual Fonte: TSE

No caso dos cargos do poder judiciário, em particular dos tribunais federais analisados, nota-se que em todos os caos a proporção de ministras não chega à 30% e em apenas um deles - Superior Tribunal Militar - há uma presidente, como mostra a Tabela 32.

Tabela 32: Distribuição dos juízes nos tribunais superiores de acordo com o gênero - 2014

Mulheres % Mulheres Homens % Homens Total Atual Total Correto Vagos

Supremo Tribunal Federal 2 20,00 8 80,00 10 11 1

Superior Tribunal de Justiça 6 20,00 24 80,00 30 33 3

Superior Tribunal Militar 1 7,14 13 92,86 14 15 1

Tribunal Superior do Trabalho 5 19,23 21 80,77 26 27 1

Tribunal Superior Eleitoral 2 28,57 5 71,43 7 7 0

Fonte: Sítios dos tribunais. Acesso em 22/09/2014 Elaboração: DIEESE

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Entre os cargos de Direção de Assessoramento Superior (DAS4) do governo Federal, a proporção de

mulheres ocupadas decresce na medida em que em que se amplia a remuneração. Nos cargos com menor remuneração média a participação feminina chega perto da metade; no entanto naqueles onde a remuneração é mais alta a participação cai à 20%, como mostra a Tabela 33.

Tabela 33: Distribuição de ocupantes de cargos de assessoramento superior por gênero

- 2014 Remuneração (R$)

média do cargo Homens Mulheres

DAS-1 8.054,73 55% 45% DAS-2 9.134,40 55% 45% DAS-3 9.101,02 54% 46% DAS-4 10.942,42 63% 37% DAS-5 10.305,22 71% 29% DAS-6 12.953,71 80% 20% Elaboração: DIEESE

Fonte: Ministério do Planejamento

Em particular nos cargos ligados diretamente à Presidência da Republica a situação não é muito diferente da administração federal como um todo, sendo que a participação das mulheres varia entre 22% e 34% conforme a Erro! Fonte de referência não encontrada..

Tabela 34: Distribuição dos servidores públicos federais civis ativos do poder executivo por gênero ligados à presidência da república

Setor Masculino % Masculino Feminino % Feminino Total

Administração Direta - PR 2.790 66 1.464 34 4.254

Vice-Presidência da República - VPR 89 77 27 23 116

Agência Brasileira de Inteligência - ABIN 203 78 58 22 261

Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC 1.114 74 385 26 1.499

Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ 256 74 89 26 345 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA 304 74 107 26 411

Controladoria Geral da União - CGU 1.613 66 847 34 2.460

Total 6.369 68 2.977 32 9.346

Elaboração: DIEESE

Fonte: Ministério do Planejamento

Na vida sindical a participação dos trabalhadores em geral é muito pequena e a das mulheres não é diferente. Em 2003 em Minas Gerais das pessoas ocupadas com mais de 10 anos de idade apenas       

4 Refere -se aos ocupantes de Cargos e Funções de Confiança e Gratificações do Poder Executivo Federal

(28)

2013, 18,8% dos trabalhadores eram sindicalizados, sendo que deste percentual 39% eram mulheres. Com isso a proporção de homens sindicalizados é maior que a de mulheres como mostram a Tabela 35 e a Tabela 36.

Tabela 35: Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por associação a sindicato - Minas Gerais - 2003/2013

Variação Variação 2003 2013 2013-2003 2003 2013 2013-2003 Associadas 765 991 29,54 527 646 22,58 Não associadas 4.341 4.946 13,94 3.236 3.961 22,40 Total 4.341 4.946 13,94 3.236 3.961 22,40 Elaboração: DIEESE Homem Mulher Fonte: PNAD/IBGE

Tabela 36: Pessoas (%) de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, associação a sindicato - Minas Gerais -

2003/2013 2003 2013 2003 2013 2003 2013 Associadas 14,98 16,69 14,00 14,02 14,57 15,53 Não associadas 85,02 83,31 86,00 85,98 85,43 84,47 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Elaboração: DIEESE

Homem Mulher Total

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5 ‐ Saúde e violência contra a mulher

A expectativa de vida dos brasileiros tem crescido ao longo tempo de forma contínua. Em 1960 a expectativa era de 54,7 anos e passou para 73,6 anos em 2012. No caso das mulheres essa expectativa costuma ser ainda melhor; em 2012, no Brasil a expectativa de vida ao nascer da mulheres era de 78,2 anos contra 70,9 dos homens. Em Minas Gerais esses valores eram de 79,2 e 73,1, respectivamente (Tabela 37).

Tabela 37: Esperança de vida ao nascer dos nascidos vivos - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões- 2012 

Minas Gerais Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste

Mulheres 79,2 78,2 75 76,1 77,7 80 79,6

Homens 73,1 70,9 68 67,8 70,9 73,1 72,9

Elaboração: DIEESE Fonte: DATASUS

Em contrapartida a taxa de fecundidade das mulheres brasileiras tem declinado ao longo do tempo. Em 1962 essa taxa era de 6,2 filhos por mulher e passou a ser de 1,78 em 2011. No caso de Minas Gerais esse número é ainda menor; 1,58 filhos por mulher em média em 2011 como mostra a Tabela 38.

Tabela 38: Taxa de fecundidade total - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões - 2011

Minas Gerais 1,59 Brasil 1,78 Norte 2,26 Nordeste 1,86 Centro-Oeste 1,79 Sul 1,66 Sudeste 1,66 Elaboração: DIEESE Fontes: IBGE/MS.

Dentre os nascimentos ocorridos no país destacam-se aqueles nos quais as mães tinham entre 20 e 29 anos de idade, que representavam 50,6% do total de nascidos vivos no Brasil em 2012. Em Minas Gerais essa proporção era de 49,8%, como mostra a Tabela 39.

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Brasil, Minas Gerais e Grandes regiões - 2012 Menos de 15 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 anos ou

mais Ignorada Total Brasil 22.932 502.149 736.188 695.726 537.034 254.011 62.371 4.056 362 15.629 2.830.458 Norte 3.339 64.463 83.082 63.027 38.588 16.134 4.029 326 63 4.875 277.926 Nordeste 8.466 161.299 219.950 194.001 132.603 59.878 15.455 1.285 155 5.815 798.907 Sudeste 6.707 173.653 279.008 286.666 245.031 120.972 29.282 1.626 76 2.050 1.145.071 Sul 2.652 61.892 92.975 94.094 78.674 38.644 9.630 576 35 1.587 380.759 Centro-Oeste 1.768 40.842 61.173 57.938 42.138 18.383 3.975 243 33 1.302 227.795 Minas Gerais 1.488 40.649 64.918 64.779 54.630 26.375 6.489 383 19 727 260.457 Fonte: IBGE. Estatísticas do Registro Civil

Elaboração: DIEESE

A maior parte dos nascidos vivos no país está entre aqueles que tiveram acima de 4 consultas em 2011. Essa proporção era de 89% no Brasil e de 94% em Minas Gerais. A proporção dos que nasceram que não tiveram nenhuma consulta no país era de 2,7% em 2011 e de 1,35% no Brasil conforme a Tabela 40.

Tabela 40: Número de nascidos vivos, segundo número de consultas - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões - 2011

Número de consultas Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total Gerais TOTAL 310.303 841.623 1.133.624 376.437 224.627 2.886.614 258.639 Nenhuma 14.615 35.065 17.573 5.256 6.009 78.518 3.511 De 1 a 3 consultas 48.046 85.400 50.685 16.906 13.897 214.934 11.881 De 4 a 6 consultas 123.554 321.089 232.990 71.643 58.688 807.964 58.786 7 ou mais consultas 124.088 400.069 832.376 282.632 146.033 1.785.198 184.461 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)

Elaboração: DIEESE

A incidência de casos de HIV no país é maior entre os homens em todas as regiões. No Brasil a taxa total de 20 por 100.000 habitantes. Em Minas esse índice é de 13/100.000. Entre as mulheres 8,4/100.000 e entre os homens de 17,6/100.000 como mostra a Tabela 41.

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Tabela 41: Taxa de incidência de HIV por 100.000 habitantes - Brasil, Minas Gerais e Grandes Regiões - 2012

Região Masculino Feminino Total

Brasil 26,12 14,51 20,20 Norte 25,96 15,85 20,96 Nordeste 19,15 10,62 14,79 Sudeste 27,25 13,33 20,10 Sul 36,53 25,49 30,91 Centro-Oeste 25,87 13,27 19,54 Minas Gerais 17,62 8,42 12,94 Elaboração: DIEESE

Fonte: Ministério da Saúde/SVS/Programa Nacional de DST/Aids

Os óbitos ocorridos no país decorrentes de parto no Brasil chegaram a 1.583 em 2012, sendo que destes 88 ocorreram em Minas Gerais, correspondendo a 5,5% (Tabela 42).

Tabela 42: Óbitos maternos por cor/raça Brasil, Minas Gerais e grandes regiões - 2012 

Região Branca Preta Amarela Parda Indigena Ignorado Total

Minas Gerais 25 12 - 48 - 3 88 Norte 29 12 - 128 14 10 193 Nordeste 109 52 1 345 5 34 546 Sudeste 213 80 2 217 - 17 529 Sul 143 18 - 19 1 2 183 Centro-Oeste 40 10 - 71 3 8 132 Elaboração: DIEESE

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM

As causas de óbitos no estado de Minas Gerais se distribuem de forma relativamente uniforme com exceção das causa externas que vitimam uma proporção maior de homens e as doenças do aparelho circulatório que fazem mais vitimas entre as mulheres (Tabela 43).

Tabela 43: Proporção de óbitos por grupo de causas segundo sexo - Minas Gerais - 2011

Sexo Doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho respiratório Afecções originadas no período perinatal Causas externas Demais causas definidas Total TOTAL 4,7 17,0 30,3 11,9 1,9 12,8 21,4 100 Masculino 4,5 16,4 27,8 11,4 1,9 18,1 19,9 100 Feminino 5,0 17,8 33,5 12,7 1,9 5,8 23,4 100

Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Elaboração: DIEESE

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6 ‐ Conclusões

No mercado de trabalho da engenharia existe clara tendência de aumento da participação feminina em Minas Gerais. No período entre 2003 e 2013 a participação das mulheres cresceu em 149% superior ao crescimento da participação masculina em 51 p.p. Esse cenário fez com que as mulheres passassem a representar em 2013 18,9% do total dos vínculos da área contra 15,6% em 2003.

No que tange aos ganhos salariais a evolução da remuneração média dos postos de trabalho ocupados pelas engenheiras em Minas foi de 151% no período entre 2003 e 2013 contra 117% de crescimento da remuneração média dos postos ocupados pelos engenheiros. Essa maior expansão da remuneração média das mulheres em comparação com homens, no entanto, não foi suficiente para igualar as médias salariais: a proporção dos ganhos das mulheres em relação aos homens passou de 73% em 2003 para 84% em 2013.

Quanto à formação, no Brasil, em 2012, cerca de 30% dos alunos matriculados nos cursos de engenharia eram do sexo feminino contra 70% do sexo masculino. Respectivamente, esses valores estão 9,3% acima e 3,6% abaixo dos verificados em 2009. Isso é resultado do maior crescimento do número de matriculados do sexo feminino em relação ao número de matriculados do sexo masculino no período, 77% e 56%.

No caso de Minas Gerais em 2012, cerca de 32% dos alunos matriculados nos cursos de engenharia eram do sexo feminino contra 68% do sexo masculino. Respectivamente, esses valores estão 12% acima e 5% abaixo dos verificados em 2010. No caso do estado isso também é resultado do maior crescimento do número de matriculados do sexo feminino em relação ao número de matriculados do sexo masculino no período, 70% e 42%, respectivamente.

No caso dos concluintes, no Brasil, em 2012, 30% eram mulheres e 70% homens. A proporção de engenheiras no total de concluintes da área variou em 5,3% no período de 2009 a 2012, enquanto a de engenheiros caiu a ordem de 2%. A evolução do número absoluto de concluintes de curso de engenharia mostra que entre as mulheres essa expansão foi de 39% comparada a um crescimento de 29% no número de homens concluintes.

Em Minas Gerais a expansão do número de concluintes do sexo feminino foi de 44,6% entre 2010 e 2012, enquanto entre os homens esse crescimento foi de 26%. Isso fez com que a distribuição da

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proporção de concluintes na área se alterasse no período: em 2010 27,5% dos concluintes eram mulheres e 72,5% eram homens; em 2012 30% dos concluintes eram mulheres e 70% eram homens.

A proporção de candidatas às prefeituras dos municípios mineiros era de 7,72% e passou para 10,3% em 2012. Houve também expansão na proporção de eleitas, que passou de 6,12% em 2008 para 8,05% em 2012. Em 2008 20,2% das candidaturas às câmaras municipais eram de mulheres, valor que passou para 32,6% em 2012. Entre os eleitos em 2008 10,6% eram mulheres; essa proporção passou para 11,1% em 2012, Em ambos os casos há menor proporção de eleitas em relação à proporção de candidatas.

Nos cargos de Direção de Assessoramento Superior (DAS) do governo Federal, a proporção de mulheres ocupadas decresce na medida em que em que se amplia a remuneração. Nos cargos com menor remuneração média a participação feminina chega perto da metade; no entanto naqueles onde a remuneração é mais alta a participação cai à 20%. Nos cargos ligados diretamente à Presidência da Republica a situação não é muito diferente da administração federal como um todo, sendo que a participação das mulheres varia entre 22% e 34%.

Nos aspectos ligados à saúde e violência contra a mulher nota-se que dentre os nascimentos ocorridos no país destacam-se aqueles nos quais as mães tinham entre 20 e 29 anos de idade, que representavam 50,6% do total de nascidos vivos no Brasil em 2012. Em Minas Gerais essa proporção era de 49,8%. A maior parte dos nascidos vivos no país está entre aqueles que tiveram acima de 4 consultas em 2011. Essa proporção era de 89% no Brasil e de 94% em Minas Gerais. A proporção dos que nasceram que não tiveram nenhuma consulta no país era de 2,7% em 2011 e de 1,35% no Brasil.

As causas de óbitos no estado de Minas Gerais se distribuem de forma relativamente uniforme com exceção das causa externas que vitimam uma proporção maior de homens e as doenças do aparelho circulatório que fazem mais vitimas entre as mulheres.

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