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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO JULIANE BRANCO GERBER

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(1)

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

JULIANE BRANCO GERBER

ANÁLISE DO CUMPRIMENTO DA NR 20 EM UMA EMPRESA DE

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS NA CIDADE DE LAGES - SC

LAGES (SC)

2016

(2)

ANÁLISE DO CUMPRIMENTO DA NR 20 EM UMA EMPRESA DE

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS NA CIDADE DE LAGES - SC

LAGES (SC)

2016

Relatório de Estágio submetido à Universidade do Planalto Catarinense como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Produção.

(3)

JULIANE BRANCO GERBER

ANÁLISE DO CUMPRIMENTO DA NR 20 EM UMA EMPRESA DE

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS NA CIDADE DE LAGES - SC

Relatório apresentado como requisito para a aprovação do Estágio Supervisionado, de acordo

com o Regulamento de Estágio Supervisionado do Curso de Engenharia de Produção da

Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC.

Banca Examinadora

______________________________________

Orientador

Prof. Reginaldo Costa Brutti, Esp.

______________________________________

Supervisor de Estágio

Prof. Carlos Eduardo de Liz, M.Sc.

LAGES (SC)

2016

(4)

Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridade, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridade e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! Não tenhas medo dos tropeços da jornada. Não podemos esquecer que nós, ainda que incompleto, Fomos o maior aventureiro da história.

(5)

RESUMO

A oportunidade encontrada no estágio supervisionado foi a de analisar qual a situação da

empresa GTS do Brasil perante a Norma Regulamentadora 20. Para o desenvolvimento desta

análise foi dividido três objetivos específicos: criar um checklist para identificar os itens em

desacordo com a NR 20, analisar os itens em desconformidade com a NR 20 identificados no

objetivo anterior, propor adequações para os desvios encontrados. Com os itens identificados

uma análise foi feita mostrando que 36% itens estão conformes, 27% não estão e 37% dos

itens não se aplicam para esta empresa. Através do Gráfico de Pareto, cinco itens se

destacaram e são de extrema importante de adequação. Com os resultados desta análise

evidenciou-se a necessidade de adequação pensando na qualidade de vida dos funcionários e

da empresa perante a Norma Regulamentadora 20.

(6)

The opportunity found in the supervised stage was to analyze the situation of GTS do Brasil

before Regulatory Standard 20. For the development of this analysis was divided three

specific objectives: to create a checklist to identify the items in disagreement with NR 20,

analyze The items in disagreement with the NR 20 identified in the previous objective,

propose adequations for the deviations found. With the items identified an analysis was made

showing that 36% items are compliant, 27% are not and 37% of the items do not apply to this

company. Through the Pareto Chart, five items stand out and are extremely important to

adequacy. With the results of this analysis, it was evident the need for adequacy considering

the quality of life of employees and the company before Regulatory Standard 20.

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - GTS do Brasil unidade Campo Belo do Sul ... 15

Figura 2 - GTS do Brasil unidade Lages ... 16

Figura 3 - Armazenamento Tintas ... 51

Figura 4 - Armazenamento GLP ... 51

Figura 5 - Carrinho para transporte GLP ... 52

Figura 6 - Armazenamento Diesel/Lubrificante ... 52

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Checklist NR 20 ... 27

Tabela 2 - Diagrama de Pareto ... 49

(9)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Representação gráfica dos itens ... 46

Gráfico 2 - Representação gráfica itens que se aplicam ... 47

Gráfico 3 - Diagrama de Pareto ... 49

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Avaliação conformidade dos itens ... 46

Quadro 2 - Análise itens que se aplicam ... 46

(11)

IDENTIFICAÇÃO

Nome da Empresa: GTS do Brasil

Endereço: Rua Alcides Baccin, 3000 – Bairro: São Paulo - Lages (SC)

CNPJ: 04.043.327/0001-00

Ramo de Atividade: Montadora de Implementos Agrícolas

Orientador: Prof. Esp. Reginaldo Costa Brutti

Período de Estágio: 23/08/2016 à 26/10/2016

Duração: 45 dias

(12)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 14

1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE ... 15

1.1 Histórico da empresa ... 15

2 ELABORAÇÃO DO PROJETO ... 18

2.1 Tema ... 18

2.2 Problemática ... 18

2.2.1 Dados e/ou informações que dimensionem a problemática ... 18

2.2.2 Limites do projeto ... 18

2.3 Justificativa ... 18

2.3.1 Oportunidade do projeto ... 18

2.3.2 Viabilidade do projeto ... 19

2.3.3 Importância do projeto... 19

2.4 Objetivos ... 19

2.4.1 Objetivo geral ... 19

2.4.2 Objetivos específicos ... 19

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 20

3.1 Segurança do trabalho ... 20

3.2 NR 20 ... 21

4 METODOLOGIA ... 25

4.1 Delineamento da pesquisa ... 25

4.2 População alvo ou área ... 25

4.3 Planos e instrumentos e coleta de dados ... 25

4.4 Plano de análise de dados ... 25

5 ANÁLISE DA NR 20 ... 26

5.1 Criação e aplicação do checklist ... 26

5.2 Análises dos dados encontrados ... 46

5.3 Proposições de melhorias ... 48

5.3.1 Propostas de melhorias e sugestões de adequação ... 50

5.3.1.1 Capacitação dos Trabalhadores ... 50

(13)

5.3.1.3 Projeto de Instalação ... 50

5.3.1.4 Prontuário de Instalação ... 53

6 CONCLUSÃO ... 54

(14)

INTRODUÇÃO

O presente trabalho desenvolveu-se através do estágio obrigatório supervisionado do

curso de Engenharia de Produção da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC),

realizado na empresa GTS do Brasil no período de 23/08/2016 à 26/10/2016, no setor de

Segurança do Trabalho.

Após o período de observação, identificou-se a oportunidade de fazer uma análise da

empresa perante a NR 20, visando identificar e estabelecer possíveis medidas para os itens

que estão em desconformidade com a Norma Regulamentadora.

A NR 20 estabelece os requisitos necessários para a saúde e segurança no trabalho em

ambientes que se têm líquidos inflamáveis e combustíveis. A capacitação dos funcionários

com aulas teóricas e práticas é esse essencial, pois são eles que mantem contato direto com os

líquidos e estão expostos a riscos de acidentes e de saúde.

Neste relatório de estágio o objetivo foi analisar qual a situação da empresa GTS do

Brasil perante a Norma Regulamentadora 20, onde foi aplicado um checklist e com o mesmo

foi possível identificar que existem itens que não estão de acordo. Desta forma foram

propostas algumas sugestões para que a empresa possa estar adequando os itens da Norma.

(15)

15

1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE

1.1 Histórico da empresa

A GTS do Brasil Ltda., indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, nasceu de um

sonho de melhorar a produtividade no campo. No ano de 1994 a família Strasser, pioneira no

plantio de milho em espaçamento reduzido no Brasil, resolveu inovar o Sistema Tradicional

de Plantio praticado na época, unificando os espaçamentos das culturas de verão que

correspondem ao plantio de milho, soja e feijão. Na época não havia no país plataforma que

colhesse milho com espaçamento de 50 cm, assim os Strasser transformaram a primeira

plataforma de milho, de 70 cm para 50 cm, e animados com os excelentes resultados,

resolveram criar uma empresa para produção de plataformas, buscando parcerias no exterior.

Através da união de três famílias, Garro, Tanzi e Strasser, nasce em 14 de setembro de

2000 a GTS do Brasil. Em 2001 a GTS estabelece suas atividades na cidade de Campo Belo

do Sul (Figura 1), em 2005 tendo em vista a necessidade de maior espaço e melhor

localização a empresa se instala em Lages/SC (Figura 2).

Em 2004 a família Strasser adquire a parte societária dos investidores Tanzi e Garro,

respectivamente, a partir de então a GTS do Brasil passa a ser uma empresa com capital 100%

nacional, com Gestão Familiar genuinamente brasileira. Sendo Assis Strasser Diretor

Presidente.

Figura 1 - GTS do Brasil unidade Campo Belo do Sul

(16)

Figura 2 - GTS do Brasil unidade Lages (2015)

Fonte: http://www.gtsdobrasil.ind.br/

Centrada no que há de mais moderno no mercado internacional, a GTS do Brasil foi

pioneira no desenvolvimento de plataformas e colhedoras de milho em estrutura de alumínio

na América do Sul. Sua unidade esta localizada na cidade de Lages, no Estado de Santa

Catarina, um centro logístico no coração do Mercosul, junto a outras grandes industrias de

exportação.

Missão: Oferecer soluções inovadoras de mecanização para o campo, com qualidade,

alta performance e satisfação.

Visão: Ser uma Organização Inovadora conhecida mundialmente.

Negócio: Máquinas e Implementos Agrícolas.

Princípios:

- Excelência no atendimento;

- Responsabilidade e honestidade;

- Comprometimento;

- Respeito e Ser Humano;

- Inovação e criatividade;

- Responsabilidade social;

- Geração de empregos;

(17)

17

- Trabalho + equipe + relacionamento;

- Espiritualidade.

Empresa de fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária,

exceto para irrigação. Com CNAE 28.33-0, grau de risco 3. Grupo de risco, Ergonômico,

Físico, Químico e Mecânico.

(18)

2 ELABORAÇÃO DO PROJETO

2.1 Tema

Análise do cumprimento da NR 20 em uma empresa montadora de implementos

agrícolas.

2.2 Problemática

2.2.1 Dados e/ou informações que dimensionem a problemática

As empresas tem que estar de acordo com as normas e legislações, visando a

segurança da própria empresa e de seus colaboradores. Pensando nesse sentido e através da

análise de campo feita pretende-se identificar qual a situação da empresa perante a Norma

Regulamentadora 20.

2.2.2 Limites do projeto

Este trabalho limitasse ao setor de segurança do trabalho, onde foi feito um estudo da

situação de uma empresa de implementos agrícolas com respeito à NR 20. Através de um

checklist, foi feito uma análise dos itens da Norma identificando o que está de acordo e o que

não está tendo como objetivo mostrar a importância do cumprimento dos itens desta norma.

2.3 Justificativa

2.3.1 Oportunidade do projeto

Através do estudo desenvolvido com o checklist, foi possível identificar sugestões a

respeito da segurança e saúde no trabalho, em empresas que possuem o contato com

inflamáveis e combustíveis, visando a qualidade no ambiente de trabalho e a segurança do

trabalhador.

(19)

19

2.3.2 Viabilidade do projeto

A segurança e a saúde são fatores importantíssimos em médias e grandes empresas, a

legislação está cada vez mais rígida e a necessidade de adequação por parte das empresas se

torna obrigatória, assim sendo, este estudo trará sugestões visando a NR 20.

2.3.3 Importância do projeto

O projeto é de grande valia para a acadêmica, buscando aprimorar e adquirir

conhecimentos na área da segurança do trabalho, bem como para a empresa, na possibilidade

da acadêmica poder compartilhar os conhecimentos obtidos durante a graduação.

2.4 Objetivos

2.4.1 Objetivo geral

Analisar a situação de uma empresa de implementos agrícolas perante a Norma

Regulamentadora 20, do Ministério do Trabalho, relativa á segurança e saúde no trabalho com

inflamáveis e líquidos combustíveis.

2.4.2 Objetivos específicos

 Criar um checklist para identificar os itens em desacordo com a NR 20;

 Analisar os itens em desconformidade com a NR 20 identificados no objetivo anterior;

 Propor adequações para os desvios encontrados.

(20)

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Segurança do trabalho

Com a revolução industrial começaram a surgir as primeiras doenças profissionais e

acidentes de trabalho, devido as condições subumanas de trabalho, após muitas manifestações

no inicio do século XVIII foi aprovada a primeira lei de proteção aos trabalhadores. No Brasil

em 27 de junho de 1972, através da Portaria nº 3.237, tornava obrigatória a existência dos

serviços de medicina do trabalho e de engenharia de segurança do trabalho. Mais tarde em

1978, através da Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, a Portaria nº 3.214 aprovava as

Normas Regulamentadoras – NR.

A segurança do trabalho para Vieira (2005, p. 42) “é definida como uma série de

medidas técnicas, médicas e psicológicas, destinadas a prevenir os acidentes profissionais,

educando os trabalhadores de maneira a evita-los, como também procedimentos capazes de

eliminar as condições inseguras do ambiente de trabalho.” Sendo assim a segurança visa a

prevenção dos acidentes de trabalho através de uma série de fatores.

A área de “Segurança e a Saúde no Trabalho” visa a proteger e prevenir riscos e danos

à vida e à saúde dos trabalhadores, através de políticas públicas e ações de fiscalização. Existe

um departamento que fiscaliza os ambientes e condições de trabalho, visando prevenir e

proteger a saúde dos trabalhadores, o do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

(DSST). (Ministério do trabalho, 2016)

Os profissionais da segurança tem o dever de identificar as condições inseguras,

através do uso de recursos tecnológicos, conscientizando os trabalhadores dos riscos e sempre

lembrando que o homem não é máquina. Para um bom programa de prevenção de acidentes é

preciso ter planejamento e um envolvimento de todos os setores da empresa. (VIEIRA, 2005)

As Normas Regulamentadoras são o que regem a segurança no trabalho, se as

empresas não as cumprem estão sujeitas a penalidades previstas na legislação.

O acidente de trabalho ocorre quando o profissional está a serviço da empresa,

podendo ser considerado doença profissional, acidente típico ou acidente de trajeto. Acidentes

de trabalho geram custos para a empresa, dai a importância do cumprimento das Normas

Regulamentadoras que visam diminuir e evitar acidentes. Pantaleão (2016) cita que a doença

profissional é aquela que ocorre no exercício do trabalho em uma determinada atividade, o

acidente típico é quando o profissional está a serviço da empresa e o acidente de trajeto ocorre

(21)

21

no percurso do local de residência para o de trabalho ou vice versa, levando em conta que seu

deslocamento tem que ser compatível com o percurso do referido trajeto.

O Artigo 196 da Constituição de 1988 destaca que a saúde é dever de todos e o estado

através de politicas sociais e econômicas deve proporcionar a redução do risco de doença de

forma igualitária.

As empresas tem que dar todo o suporte de segurança para seus funcionários, sendo

que os mesmos têm direitos previstos em leis que visam a segurança e saúde do trabalhador. É

importante entender a necessidade da adequação das empresas perante as leis e normas

eliminando os riscos no trabalho e garantindo a segurança do trabalhador.

3.2 NR 20

Através da portaria nº 3214 de 08 de Junho de 1978, o Ministério de Estado do

Trabalho aprovou as Normas Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do

Trabalho. As Normas Regulamentadoras tratam das medidas relativas à segurança do trabalho

e são obrigatórias em todas as empresas sejam privadas ou públicas. São 36 Normas, sendo

elas:

 NR 01 – Disposições Gerais

NR 02 - Inspeção Prévia

 NR 03 - Embargo ou Interdição

 NR 04 - SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina

do Trabalho

NR 05 - CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

 NR 06 - EPI's - Equipamentos de Proteção Individual

 NR 07 - PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

 NR 08 - Edificações

 NR 09 - PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais

 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

 NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

 NR 12 - Máquinas e Equipamentos

 NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

 NR 14 - Fornos

(22)

 NR 15 - Atividades e Operações Insalubres

 NR 16 - Atividades e Operações Perigosas

NR 17 - Ergonomia e Análise Ergonômica

 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

 NR 19 - Explosivos

 NR 20 - Líquidos combustíveis e inflamáveis

 NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto

 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

 NR 23 - Proteção Contra Incêndios

 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

 NR 25 - Resíduos Industriais

 NR 26 - Sinalização de Segurança

 NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do

Trabalho

 NR 28 - Fiscalização e Penalidades

 NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

 NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

 NR 31 - Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura

 NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

 NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Naval

NR 35 - Trabalho em Altura

NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de

Carnes e Derivados

A Norma Regulamentadora 20 fala dos requisitos mínimos para a segurança e saúde

no trabalho relacionado as atividades que envolvem inflamáveis e líquidos combustíveis. A

Norma fala dos itens relacionados ao projeto de instalação, manutenção, prevenção e

desativação. Sua estrutura está dividida em:

Introdução

Abrangência

(23)

23

Definições

Classificação das Instalações

Líquidos Combustíveis;

Líquidos Inflamáveis;

Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP

Projeto de Instalação;

Segurança na Construção e Montagem;

Segurança Operacional;

Manutenção e Inspeção das Instalações;

Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho;

Análise de Riscos;

Capacitação dos Trabalhadores;

Prevenção e Controle de Vazamentos, Derramamentos, Incêndios, Explosões e

Emissões Fugitivas;

Controle de Fontes de Ignição;

Plano de Resposta a Emergências da Instalação;

Comunicação de Ocorrências;

Contratante e Contratadas;

Tanque de Líquidos Inflamáveis no Interior de Edifícios;

Desativação da Instalação;

Prontuário de Instalação;

Disposições Finais;

 ANEXO I - Instalações que constituem exceções à aplicação do item 20.4

(Classificação das Instalações)

 ANEXO II - Critérios para Capacitação dos Trabalhadores e Conteúdo Programático

 GLOSSÁRIO

A NR 20 não passou por nenhuma revisão desde a sua criação (1978), então através da

Portaria nº 308, em 29 de fevereiro de 2012 a Norma foi alterada pela Secretaria de inspeção

do trabalho. Visando evitar os acidentes de trabalho a Norma muda do título “Líquidos

inflamáveis” passando para “Segurança e Saúde no trabalho com Líquidos Inflamáveis e

Combustíveis”.

(24)

Para efeito desta Norma Regulamentadora – NR, atualizada em 2012, fica definido "líquido combustível" como todo aquele que possua ponto de fulgor superior a 60º C (sessenta graus Celsius) e inferior a 93º C (noventa e três graus Celsius). Antes da mudança da NR 20 o era considerado líquido combustível quando possuía ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC e inferior a 93ºC. Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido "líquido inflamável" como todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 60º C (sessenta graus centígrados) e pressão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm2 absoluta a 37,7º C (trinta e sete graus e sete décimos de graus centígrados). Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7ºC (trinta e sete graus e sete décimos de graus centígrados), ele se classifica como líquido combustível de Classe I. Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor superior a 37.7ºC (trinta e sete graus e sete décimos de graus centígrados) e inferior a 70ºC (setenta graus centígrados), ele se classifica como líquido combustível da Classe II. (TRABALHISTA, 2016, p. 1)

No caso dos inflamáveis e líquidos combustíveis serem armazenados em edificações,

existe procedimentos que precisam ser seguidos. Para o projeto de instalação devem ser

considerados os itens de segurança visando a integridade física dos trabalhadores conforme as

normas e regulamentações.

A inspeção da segurança nos ambientes de trabalho deve ocorrer periodicamente, em

conjunto com a CIPA, devem ser feitos cronogramas para as inspeções conforme os riscos das

atividades da empresa, onde as mesmas devem ser documentadas e implementadas conforme

recomendações. A Norma nos trás que os trabalhadores que trabalham em locais onde entrem

em contato com líquidos inflamáveis devem realizar capacitação conforme o anexo da NR 20,

para que estejam aptos para executar atividades. É de suma importância que todos os

funcionários tomem conhecimento dos riscos e saibam o que fazer em caso de emergência.

(25)

25

4 METODOLOGIA

4.1 Delineamento da pesquisa

O delineamento da pesquisa determina então quem vai ser pesquisado e quais questões

serão levantadas. As questões ou hipóteses de trabalho (se houver) devem ser especificadas

nesta seção. (ROESCH, 1999, p. 126)

Para o desenvolvimento deste projeto foi utilizada a pesquisa do tipo qualitativa, onde

através de um estudo de caso foi verificado se a empresa GTS do Brasil atende aos itens da

NR 20, visando a saúde e segurança do trabalhador.

4.2 População alvo ou área

O estudo de caso foi realizado nas dependências da empresa GTS do Brasil, mais

especificamente no setor de Segurança e Saúde do trabalho.

4.3 Planos e instrumentos e coleta de dados

Os dados foram coletados a partir de um checklist que identificou se a empresa atende

aos itens que estão na Norma Regulamentadora 20.

4.4 Plano de análise de dados

Após a coleta dos dados do checklist, os mesmos foram analisados através da

utilização da análise de Pareto, identificando quais itens não conformes e um possível plano

de ação para os itens que precisam ser adequados.

(26)

5 ANÁLISE DA NR 20

5.1 Criação e aplicação do checklist

O checklist conta com 156 itens, foi desenvolvido usando os critérios SIM (itens que

estão de acordo com a Norma), NÃO (itens que não estão de acordo com a Norma) e NÃO SE

APLICA (itens da Norma que não tem relação com o ramo da empresa) para os itens e

subitens da Norma Regulamentador 20. Este checklist foi aplicado em uma empresa de

implementos agrícolas, com o intuito de verificar se a mesma atende aos itens da NR 20,

visando também propor sugestões de melhorias.

A seguir a Tabela 1 trás a representação do checklist, onde com o auxílio de uma

planilha identificou-se a conformidade da empresa perante aos itens.

(27)

27

Tabela 1 – Checklist NR 20

NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

Líquidos Combustíveis SIM NÃO NÃO SE

APLICA 20.1.2 Os tanques de armazenagem de líquidos combustíveis serão construídos de aço ou de concreto, a menos que a característica do

líquido requeira material especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País.

20.1.3

Todos os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis, de superfície ou equipados com respiradouros de emergência. CAPACIDADE DO TANQUE (litros) DISTÂNCIA DO TANQUE À LINHA DE DIVISA DA PROPRIEDADE ADJACENTE DISTÂNCIA MÍNIMA DO TANQUE ÀS VIAS PÚBLICAS Acima d 250 até 1.000 1,5 m 1,5 m Acima d 1.001 até 2.800 3 m 1,5 m Acima d 2.801 até 45.000 4,5 m 1,5 m Acima d 45.001 até 110.000 6 m 1,5 m Acima d 110.001 até 200.000 6 m 3 m Acima d 200.001 até 400.000 15 m 4,5 m Acima d 400.001 até 2.000.000 25 m 7,5 m Acima d 2.000.001 até 4.000.000 30 m 10,5 m Acima d 4.000.001 até 7.500.000 30 m 13,5 m Acima d 7.500.001 até 10.000.000 50 m 16,5 m Acima d 10.000.001 ou mais 52,5 m 18 m

20.1.4 A distância entre os tanques de armazenamento não deverá ser inferior a 1,00 m (um metro).

20.1.5 O espaçamento mínimo entre 2 (dois) tanques de armazenamento de líquidos combustíveis diferentes, ou de armazenamento de qualquer outro combustível, deverá ser de 6,00m (seis metros).

20.1.6 Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem pressões internas excessivas, causadas pela exposição a fonte de calor.

(28)

Líquidos Inflamáveis

20.2.2 Os tanques de armazenagem de líquidos inflamáveis deverão ser construídos em aço ou concreto.

20.2.6

Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis, instalados enterrados no solo, deverão obedecer aos seguintes distanciamentos mínimos:

a) 1,00m (um metro) de divisas de outras propriedades; (120.010-0 / I3)

b) 0,30m (trinta centímetros) de alicerces de paredes, poços ou porão. (120.011-9 / I3)

20.2.7 Os tanques de armazenagem de líquidos inflamáveis em edifícios estão instalados no interior do edifício sob forma de tanques enterrados.

20.2.8 Tanques de armazenagem de líquidos inflamáveis devem estar equipados com respiradouros de pressão e vácuo ou corta-chama. 20.2.9 Os respiradouros dos tanques enterrados deverão estar localizados de forma que fiquem fora de edificações e no mínimo 3,50m

(três metros e cinquenta centímetros) da altura do nível do solo.

20.2.10 Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem pressões internas excessivas causadas pela exposição à fonte de calor.

20.2.11 O transvasamento de líquidos inflamáveis de um tanque para outro, ou entre um tanque e um carro-tanque, obrigatoriamente os dois deverão ser aterrados.

20.2.12 Todos os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis deverão ser aterrados segundo recomendações da NR 10.

20.2.13 O armazenamento de líquidos inflamáveis dentro do edifício só poderá ser feito com recipiente cuja capacidade máxima seja 250 litros por recipiente.

20.2.14

As salas de armazenamento interno deverão obedecer aos seguintes itens:

a) as paredes, pisos e tetos deverão ser construídos de material resistente ao fogo e de maneira que facilite a limpeza e não provoque centelha por atrito de sapatos ou ferramentas; (120.019-4 / I3)

b) as passagens e portas serão providas de soleiras ou rampas com pelo menos 0,15m (quinze centímetros) de desnível, ou valetas abertas e cobertas com grade de aço com escoamento para local seguro; (120.020-8 / I3)

c) deverá ter instalação elétrica apropriada à prova de explosão, conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10; (120.021-6 / I3)

d) deverá ser ventilada, de preferência com ventilação natural; (120.022-4 / I3)

(29)

29

f) nas portas de acesso, deverá estar escrito de forma bem visível "Inflamável" e "Não Fume". (120.024-0 / I3)

20.2.15 Os compartimentos e armários usados para armazenamento de combustíveis inflamáveis localizados no interior de salas deverão ser construídos de chapas metálicas e demarcados com dizeres bem visível “Inflamável”.

20.2.16 O armazenamento de líquidos inflamáveis da classe I, em tambores com capacidade até 250 litros, deverá ser feito em lotes de no máximo 100 tambores.

20.2.16.1 Os lotes a que se refere o item 20.2.16, que possuam no mínimo 30 (trinta) e no máximo 100 (cem) tambores, deverão estar distanciados, no mínimo, 20,00m (vinte metros) de edifícios ou limites de propriedade. (120.027-5 / I3)

20.2.16.2 Quando houver mais de um lote, os lotes existentes deverão estar distanciados entre si, de no mínimo 15,00m (quinze metros). (120.028-3 / I3)

20.2.16.3 Deverá existir letreiro com dizeres "Não fume" e "Inflamável" em todas as vias de acesso ao local de armazenagem.

20.2.17 Nos locais de descarga de líquidos inflamáveis deverá existir fio terra apropriado, conforme recomendação da NR 10 para se descarregar a energia estática dos carros transportadores, antes de efetuar a descarga do líquido inflamável.

Gases Liquefeitos de Petróleo – GLP

20.3.2 Os recipientes estacionários (com mais de 250 (duzentos e cinquenta) litros de capacidade) para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.033-0/I3)

20.3.2.1 20.3.2.1. A capacidade máxima permitida para cada recipiente de armazenagem de GLP será de 115 (cento e quinze) mil litros, salvo instalações de refinaria, terminal de distribuição ou terminal portuário. (120.034-8 / I2)

20.3.3

Cada recipiente de armazenagem de GLP deverá ter uma placa metálica, que deverá ficar visível depois de instalada, com os seguintes dados escritos de modo indelével:

a) indicação da norma ou código de construção; (120.035-6 / I1)

b) as marcas exigidas pela norma ou código de construção; (120.036-4 / I1)

c) indicação no caso afirmativo, se o recipiente foi construído para instalação subterrânea; (120.037-2 / I1) d) identificação do fabricante; (120.038-0 / I1)

e) capacidade do recipiente em litros; (120.039-9/I1) f) pressão de trabalho; (120.040-2 / I1)

g) identificação da tensão de vapor a 38ºC (trinta e oito graus centígrados) que seja admitida para os produtos a serem armazenados no recipiente; (120.041-0 / I1)

h) identificação da área da superfície externa, em m2 (metros quadrados). (120.042-9 / I 1)

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20.3.4 Todas válvulas diretamente conectadas no recipiente de armazenagem deverão ter uma pressão de trabalho mínima de 18 Kg/cm2. (120.043-7 / I2)

20.3.5 Todas as ligações ao recipiente, com exceção das destinadas às válvulas de segurança e medidores de nível de líquido, ou as aberturas tamponadas, deverão ter válvula de fechamento rápido próximo ao recipiente. (120.045-3 / I2)

20.3.6 As conexões para enchimento, retirada e para utilização do GLP deverão ter válvula de retenção ou válvula de excesso de fluxo. (120.046-1/I2)

20.3.7 Todos os recipientes de armazenagem de GLP serão equipados com válvulas de segurança. (120.047-0 / I3)

20.3.8.1 Recipientes de 500 (quinhentos) a 8 (oito) mil litros deverão estar distanciados entre si de no mínimo 1,00m (um metro). (120.050-0 / I2)

20.3.8.2 Recipientes acima de 8 (oito) mil litros deverão estar distanciados entre si de no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros). (120.051-8 / I2)

20.3.8.3 Os recipientes com mais de 500 (quinhentos) litros deverão estar separados de edificações e divisa de outra propriedade segundo a Tabela D: (120.052-6 / I2)

20.3.8.4 Deve ser mantido um afastamento mínimo de 6,00 (seis metros) entre recipientes de armazenamento de GLP e qualquer outro recipiente que contenha líquidos inflamáveis. (120.053-4 / I2)

20.3.9 Não é permitida a instalação de recipientes de armazenamento de GLP, sobre laje de forro ou terraço de edificações, inclusive de edificações subterrâneas. (120.054-2 / I4)

20.3.10 Os recipientes de armazenagem de GLP serão devidamente ligados à terra conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10. (120.055-0 / I2)

20.3.11 Os recipientes de armazenagem de GLP enterrados não poderão ser instalados sob edificações. (120.056-9 / I4)

20.3.12

As tomadas de descarga de veículo, para o enchimento do recipiente de armazenamento de GLP, deverão ter os seguintes afastamentos:

a) 3,00m (três metros) das vias públicas; (120.057-7 / I2)

b) 7,50m (sete metros e cinquenta centímetros) das edificações e divisas de propriedades que possam ser edificadas; (120.058-5 / I2)

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31

20.3.13

A área de armazenagem de GLP, incluindo a tomada de descarga e os seus aparelhos, será delimitada por um alambrado de material vazado que permita boa ventilação e de altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros). (120.060-7 / I2)

20.3.13.1. Para recipiente de armazenamento de GLP enterrado, é dispensável a delimitação de área através de alambrado. 20.3.13.2 O distanciamento do alambrado dos recipientes deverá obedecer aos distanciamentos da Tabela E: (120.061-5/I2)

20.3.13.3 O alambrado deve distar no mínimo 3,00m (três metros) da edificação de bombas ou compressores, e 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da tomada de descarga. (120.062-3 / I2)

20.13.3.4 No alambrado, deverão ser colocadas placas com dizeres "Proibido Fumar" e "Inflamável" de forma visível. (120.063-1 / I2) 20.3.13.5 Deverão ser colocados extintores de incêndio e outros equipamentos de combate a incêndio, quando for o caso, junto ao

alambrado. (120.064-0 / I3)

20.3.14 Os recipientes transportáveis para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.065-8/I3)

20.3.15 Não é permitida a instalação de recipientes transportáveis, com capacidade acima de 40 (quarenta) litros, dentro de edificações. (120.066-6 / I4)

20.3.16 O GLP não poderá ser canalizado na sua fase líquida dentro de edificação, salvo se a edificação for construída com as características necessárias, e exclusivamente para tal finalidade. (120.067-4 / I3)

20.3.17 O GLP canalizado no interior de edificações não deverá ter pressão superior a 1,5 kg/cm2. (120.068-2 / I3) Projeto de Instalação

20.5.2

No projeto das instalações classes II e III devem constar, no mínimo, e em língua portuguesa: a) descrição das instalações e seus respectivos processos através do manual de operações; b) planta geral de locação das instalações;

c) características e informações de segurança, saúde e meio ambiente relativas aos inflamáveis e líquidos combustíveis, constantes nas fichas com dados de segurança de produtos químicos, de matérias primas, materiais de consumo e produtos acabados;

d) fluxograma de processo;

e) especificação técnica dos equipamentos, máquinas e acessórios críticos em termos de segurança e saúde no trabalho estabelecidos pela análise de riscos;

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f) plantas, desenhos e especificações técnicas dos sistemas de segurança da instalação;

g) identificação das áreas classificadas da instalação, para efeito de especificação dos equipamentos e instalações elétricas; h) medidas intrínsecas de segurança identificadas na análise de riscos do projeto.

20.5.2.3 O projeto deve incluir o estabelecimento de mecanismos de controle para interromper e/ou reduzir uma possível cadeia de eventos decorrentes de vazamentos, incêndios ou explosões.

20.5.3 Os projetos das instalações existentes devem ser atualizados com a utilização de metodologias de análise de riscos para a identificação da necessidade de adoção de medidas de proteção complementares.

20.5.4 Todo sistema pressurizado deve possuir dispositivos de segurança definidos em normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, em normas internacionais.

20.5.5 Modificações ou ampliações das instalações passíveis de afetar a segurança e a integridade física dos trabalhadores devem ser precedidas de projeto que contemple estudo de análise de riscos.

20.5.6 O projeto deve ser elaborado por profissional habilitado.

20.5.7

No processo de transferência, enchimento de recipientes ou de tanques, devem ser definidas em projeto as medidas preventivas para:

a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis; b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática.

Segurança na Construção e Montagem

20.6.1

A construção e montagem das instalações para extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem observar as especificações previstas no projeto, bem como nas Normas Regulamentadoras e nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais.

20.6.2

As inspeções e os testes realizados na fase de construção e montagem e no comissionamento devem ser documentados de acordo com o previsto nas Normas Regulamentadoras, nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, e nos manuais de fabricação dos equipamentos e máquinas.

20.6.3 Os equipamentos e as instalações devem ser identificados e sinalizados, de acordo com o previsto pelas Normas Regulamentadoras e normas técnicas nacionais.

(33)

33

Segurança Operacional

20.7.1

O empregador deve elaborar, documentar, implementar, divulgar e manter atualizados procedimentos operacionais que contemplem aspectos de segurança e saúde no trabalho, em conformidade com as especificações do projeto das instalações classes I, II e III e com as recomendações das análises de riscos.

20.7.1.1

Nas instalações industriais classes II e III, com unidades de processo, os procedimentos referidos no item 20.7.1 devem possuir instruções claras para o desenvolvimento de atividades em cada uma das seguintes fases:

a) pré-operação; b) operação normal; c) operação temporária; d) operação em emergência; e) parada normal; f) parada de emergência; g) operação pós-emergência. 20.7.2

Os procedimentos operacionais referidos no item 20.7.1 devem ser revisados e/ou atualizados, no máximo trienalmente para instalações classes I e II e quinquenalmente para instalações classe III ou em uma das seguintes situações:

a) recomendações decorrentes do sistema de gestão de mudanças; b) recomendações decorrentes das análises de riscos;

c) modificações ou ampliações da instalação;

d) recomendações decorrentes das análises de acidentes e/ou incidentes nos trabalhos relacionados com inflamáveis e líquidos combustíveis;

e) solicitações da CIPA ou SESMT. 20.7.3

Nas operações de transferência de inflamáveis, enchimento de recipientes ou de tanques, devem ser adotados procedimentos para: a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis;

b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática. 20.7.4

No processo de transferência de inflamáveis e líquidos combustíveis, deve-se implementar medidas de controle operacional e/ou de engenharia das emissões fugitivas, emanadas durante a carga e descarga de tanques fixos e de veículos transportadores, para a eliminação ou minimização dessas emissões.

20.7.5 Na operação com inflamáveis e líquidos combustíveis, em instalações de processo contínuo de produção e de Classe III, o empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das tarefas operacionais com segurança.

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20.7.5.1 Os critérios e parâmetros adotados para o dimensionamento do efetivo de trabalhadores devem estar documentados.

Manutenção e Inspeção das Instalações

20.8.1 As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem possuir plano de inspeção e manutenção devidamente documentado.

20.8.2

O plano de inspeção e manutenção deve abranger, no mínimo: a) equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos; b) tipos de intervenção;

c) procedimentos de inspeção e manutenção; d) cronograma anual;

e) identificação dos responsáveis;

f) especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção; g) procedimentos específicos de segurança e saúde;

h) sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual. 20.8.3

Os planos devem ser periodicamente revisados e atualizados, considerando o previsto nas Normas Regulamentadoras, nas normas técnicas acionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, nos manuais de inspeção, bem como nos manuais fornecidos pelos fabricantes.

20.8.4

A fixação da periodicidade das inspeções e das intervenções de manutenção deve considerar:

a) o previsto nas Normas Regulamentadoras e normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais;

b) as recomendações do fabricante, em especial dos itens críticos à segurança e saúde do trabalhador;

c) as recomendações dos relatórios de inspeções de segurança e de análise de acidentes e incidentes do trabalho, elaborados pela CIPA ou SESMT;

d) as recomendações decorrentes das análises de riscos; e) a existência de condições ambientais agressivas.

20.8.5 O plano de inspeção e manutenção e suas respectivas atividades devem ser documentados em formulário próprio ou sistema informatizado.

(35)

35

20.8.6 As atividades de inspeção e manutenção devem ser realizadas por trabalhadores capacitados e com apropriada supervisão.

20.8.7 As recomendações decorrentes das inspeções e manutenções devem ser registradas e implementadas, com a determinação de prazos e de responsáveis pela execução.

20.8.8

Deve ser elaborada permissão de trabalho para atividades não rotineiras de intervenção nos equipamentos, baseada em análise de risco, nos trabalhos:

a) que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que envolvam o seu uso; b) em espaços confinados, conforme Norma Regulamentadora n.º 33;

c) envolvendo isolamento de equipamentos e bloqueio/etiquetagem; d) em locais elevados com risco de queda;

e) com equipamentos elétricos, conforme Norma Regulamentadora n.º 10; f) cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem.

20.8.9 O planejamento e a execução de paradas para manutenção de uma instalação devem incorporar os aspectos relativos à segurança e saúde no trabalho.

Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho

20.9.1 As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem ser periodicamente inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no ambiente de trabalho. 20.9.2 Deve ser elaborado, em articulação com a CIPA, um cronograma de inspeções em segurança e saúde no ambiente de trabalho, de

acordo com os riscos das atividades e operações desenvolvidas.

20.9.3 As inspeções devem ser documentadas e as respectivas recomendações implementadas, com estabelecimento de prazos e de responsáveis pela sua execução.

(36)

Análises de Riscos

20.10.1

Nas instalações classes I, II e III, o empregador deve elaborar e documentar as análises de riscos das operações que envolvam processo ou processamento nas atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e de líquidos combustíveis.

20.10.2 As análises de riscos da instalação devem ser estruturadas com base em metodologias apropriadas, escolhidas em função dos propósitos da análise, das características e complexidade da instalação.

20.10.2.1 As análises de riscos devem ser coordenadas por profissional habilitado.

20.10.2.2

As análises de riscos devem ser elaboradas por equipe multidisciplinar, com conhecimento na aplicação das metodologias, dos riscos e da instalação, com participação de, no mínimo, um trabalhador com experiência na instalação, ou em parte desta, que é objeto da análise.

20.10.3 Nas instalações classe I, deve ser elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR).

20.10.4 Nas instalações classes II e III, devem ser utilizadas metodologias de análise definidas pelo profissional habilitado, devendo a escolha levar em consideração os riscos, as características e complexidade da instalação.

20.10.4.1 O profissional habilitado deve fundamentar tecnicamente e registrar na própria análise a escolha da metodologia utilizada.

20.10.5

As análises de riscos devem ser revisadas:

a) na periodicidade estabelecida para as renovações da licença de operação da instalação; b) no prazo recomendado pela própria análise;

c) caso ocorram modificações significativas no processo ou processamento; d) por solicitação do SESMT ou da CIPA;

e) por recomendação decorrente da análise de acidentes ou incidentes relacionados ao processo ou processamento; f) quando o histórico de acidentes e incidentes assim o exigir.

20.10.6 O empregador deve implementar as recomendações resultantes das análises de riscos, com definição de prazos e de responsáveis pela execução.

(37)

37

20.10.7 As análises de riscos devem estar articuladas com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da instalação. Capacitação dos Trabalhadores

20.11.1 Toda capacitação prevista nesta NR deve ser realizada a cargo e custo do empregador e durante o expediente normal da empresa.

20.11.2

Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III e não adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem receber informações sobre os perigos, riscos e sobre procedimentos para situações de emergências.

20.11.3

Os trabalhadores que laboram em instalações classes I,II ou III e adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis, mas não mantêm contato direto com o processo ou processamento, devem realizar o curso de Integração.

20.11.4

Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando atividades específicas, pontuais e de curta duração, devem realizar curso Básico.

20.11.5

Os trabalhadores que laboram em instalações classes I,II e III, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando atividades de manutenção e inspeção, devem realizar curso Intermediário.

20.11.6

Os trabalhadores que laboram em instalações classe I, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento a emergências, devem realizar curso Intermediário.

20.11.7

Os trabalhadores que laboram em instalações classe II, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento a emergências, devem realizar curso Avançado I.

20.11.8

Os trabalhadores que laboram em instalações classe III, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento, realizando atividades de operação e atendimento a emergências, devem realizar curso Avançado II.

20.11.9

Os profissionais de segurança e saúde no trabalho que laboram em instalações classes II e III, adentram na área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o processo ou processamento devem realizar o curso Específico.

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20.11.10 Os trabalhadores que realizaram o curso Básico, caso venham a necessitar do curso Intermediário, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, nos conteúdos estabelecidos pelos itens 6, 7 e 8 do curso Intermediário, incluindo a parte prática.

20.11.11

Os trabalhadores que realizaram o curso Intermediário, caso venham a necessitar do curso Avançado I, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, nos conteúdos estabelecidos pelos itens 9 e 10 do curso Avançado I, incluindo a parte prática.

20.11.12 Os trabalhadores que realizaram o curso Avançado I, caso venham a necessitar do curso Avançado II, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, no item 11 e 12 do curso Avançado II, incluindo a parte prática.

20.11.13

O trabalhador deve participar de curso de Atualização, cujo conteúdo será estabelecido pelo empregador e com a seguinte periodicidade:

a) curso Básico: a cada 3 anos com carga horária de 4 horas; b) curso Intermediário: a cada 2 anos com carga horária de 4 horas; c) cursos Avançado I e II: a cada ano com carga horária de 4 horas.

20.11.13. 1

Deve ser realizado, de imediato, curso de Atualização para os trabalhadores envolvidos no processo ou processamento, onde: a) ocorrer modificação significativa;

b) ocorrer morte de trabalhador;

c) ocorrerem ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em necessidade de internação hospitalar;

d) o histórico de acidentes e/ou incidentes assim o exigir.

20.11.14 Os instrutores da capacitação dos cursos de Integração, Básico, Intermediário, Avançados I e II e Específico devem ter proficiência no assunto.

20.11.15 Os cursos de Integração, Básico e Intermediário devem ter um responsável por sua organização técnica, devendo ser um dos instrutores.

20.11.16 Os cursos Avançados I e II e Específico devem ter um profissional habilitado como responsável técnico.

20.11.17 Para os cursos de Integração, Básico, Intermediário, Avançados I e II e Específico, a emissão do certificado se dará para os trabalhadores que, após avaliação, tenham obtido aproveitamento satisfatório.

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39

20.11.17. 1

O certificado deve conter o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local, nome do (s) instrutor (es),nome e assinatura do responsável técnico ou do responsável pela organização técnica do curso.

20.11.17.

2 O certificado deve ser fornecido ao trabalhador, mediante recibo, e uma cópia arquivada na empresa.

20.11.18 Os participantes da capacitação devem receber material didático, que pode ser em meio impresso, eletrônico ou similar.

20.11.19 O empregador deve estabelecer e manter sistema de identificação que permita conhecer a capacitação de cada trabalhador, cabendo a este a obrigação de utilização visível do meio identificador.

Prevenção e Controle de Vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas

20.12.1 O empregador deve elaborar plano que contemple a prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a identificação das fontes de emissões fugitivas.

20.12.2 O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar os riscos de ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e explosão, bem como para reduzir suas consequências em caso de falha nos sistemas de prevenção e controle.

20.12.2.1 Para emissões fugitivas, após a identificação das fontes nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, o plano devem incluir ações para minimização dos riscos, de acordo com viabilidade técnica.

20.12.3

O plano deve ser revisado:

a) por recomendações das inspeções de segurança e/ou da análise de riscos; b) quando ocorrerem modificações significativas nas instalações;

c) quando da ocorrência de vazamentos, derramamentos, incêndios e/ou explosões.

20.12.4 Os sistemas de prevenção e controle devem ser adequados aos perigos/riscos dos inflamáveis e líquidos combustíveis.

20.12.5 Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis devem possuir sistemas de contenção de vazamentos ou derramamentos, dimensionados e construídos de acordo com as normas técnicas nacionais.

20.12.5.1 No caso de bacias de contenção, é vedado o armazenamento de materiais, recipientes e similares em seu interior, exceto nas atividades de manutenção e inspeção.

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Controle de Fontes de Ignição

20.13.1

Todas as instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis, equipamentos de comunicação, ferramentas e similares utilizados em áreas classificadas, assim como os equipamentos de controle de descargas atmosféricas, devem estar em conformidade com a Norma Regulamentadora n.º 10.

20.13.2 O empregador deve implementar medidas específicas para controle da geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.

20.13.3 Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas, calor ou centelhas, nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis, devem ser precedidos de permissão de trabalho.

20.13.4 O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição as áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis. 20.13.5 Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem possuir características apropriadas ao

local e ser mantidos em perfeito estado de conservação.

Plano de Resposta a Emergência de Instalação

20.14.1 O empregador deve elaborar e implementar plano de resposta a emergências que contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões.

20.14.2

O plano de resposta a emergências das instalações classe I, II e III deve ser elaborado considerando as características e a complexidade da instalação e conter, no mínimo:

a) nome e função do(s) responsável(eis) técnico(s) pela elaboração e revisão do plano;

b) nome e função do responsável pelo gerenciamento, coordenação e implementação do plano;

c) designação dos integrantes da equipe de emergência, responsáveis pela execução de cada ação e seus respectivos substitutos; d) estabelecimento dos possíveis cenários de emergências, com base nas análises de riscos;

e) descrição dos recursos necessários para resposta a cada cenário contemplado; f) descrição dos meios de comunicação;

g) procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado;

h) procedimentos para comunicação e acionamento das autoridades públicas e desencadeamento da ajuda mútua, caso exista; i) procedimentos para orientação de visitantes, quanto aos riscos existentes e como proceder em situações de emergência; j) cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados.

(41)

41

20.14.3

Nos casos em que os resultado das análises de riscos indiquem a possibilidade de ocorrência de um acidente cujas consequências ultrapassemos limites da instalação, o empregador deve incorporar no plano de emergência ações que visem à proteção da comunidade circunvizinha, estabelecendo mecanismos de comunicação e alerta, de isolamento da área atingida e de acionamento das autoridades públicas.

20.14.4 O plano de resposta a emergências deve ser avaliado após a realização de exercícios simulados e/ou na ocorrência de situações reais, como objetivo de testar a sua eficácia, detectar possíveis falhas e proceder aos ajustes necessários.

20.14.5 Os exercícios simulados devem ser realiza dos durante o horário de trabalho, com periodicidade, no mínimo, anual, podendo ser reduzida em função das falhas detectadas ou se assim recomendar a análise de riscos.

20.14.5.1 Os trabalhadores na empresa devem estar envolvidos nos exercícios simulados, que devem retratar, o mais fielmente possível, a rotina de trabalho.

20.14.5.2 O empregador deve estabelecer critérios para avaliação dos resultados dos exercícios simulados.

20.14.6

Os integrantes da equipe de resposta a emergências devem ser submetidos a exames médicos específicos para a função que irão desempenhar, conforme estabelece a Norma Regulamentadora n.º 7, incluindo os fatores de riscos psicossociais, com a emissão do respectivo atestado de saúde ocupacional.

20.14.7 A participação do trabalhador nas equipes de resposta a emergências é voluntária, salvo nos casos em que a natureza da função assim o determine.

Comunicação de Ocorrências

20.15.1

O empregador deve comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento a ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo inflamáveis e líquidos combustíveis que tenha como consequência qualquer das possibilidades a seguir:

a) morte de trabalhador (es);

b) ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em necessidade de internação hospitalar;

c) acionamento do plano de resposta a emergências que tenha requerido medidas de intervenção e controle. 20.15.1.1

A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência e deve conter: a) Nome da empresa, endereço, local, data e hora da ocorrência;

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c) Nome e função da vítima;

d) Procedimentos de investigação adotados; e) Consequências;

f) Medidas emergenciais adotadas.

20.15.1.2 A comunicação pode ser feita por ofício ou meio eletrônico ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento e ao setor de segurança e saúde do trabalho do órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego.

20.15.2

O empregador deve elaborar relatório de investigação e análise da ocorrência descrita no item 20.15.1, contendo as causas básicas e medidas preventivas adotadas, e mantê-lo no local de trabalho a disposição da autoridade competente, dos trabalhadores e seus representantes.

Contratante e Contratadas

20.16.1 A contratante e as contratadas são solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta Norma Regulamentadora.

20.16.2.1 Os requisitos de segurança e saúde no trabalho, adotados para os empregados das contratadas devem ser, no mínimo, equivalentes aos aplicados para os empregados da contratante.

20.16.2.2 A empresa contratante, visando atender ao previsto nesta NR, deve verificar e avaliar o desempenho em segurança e saúde no trabalho nos serviços contratados.

20.16.2.3 Cabe à contratante informar às contratadas e a seus empregados os riscos existentes no ambiente de trabalho e as respectivas medidas de segurança e de resposta a emergências a serem adotadas.

20.16.3.1 A empresa contratada deve cumprir os requisitos de segurança e saúde no trabalho especificado pela contratante, por esta e pelas demais Normas Regulamentadoras.

20.16.3.2 A empresa contratada deve assegurar a participação dos seus empregados nas capacitações em segurança e saúde no trabalho promovido pela contratante, assim como deve providenciar outras capacitações específicas que se façam necessárias.

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Tanque de Líquidos Inflamáveis no interior de Edifícios

20.17.1 Os tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis somente poderão ser instalados no interior dos edifícios sob a forma de tanque enterrada e destinada somente a óleo diesel.

20.17.2.1

A instalação do tanque no interior do edifício deve ser precedida de Projeto e de Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR), ambos elaborados por profissional habilitado, contemplando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes, e deve obedecer aos seguintes critérios:

a) localizar-se no pavimento térreo, subsolo ou pilotis, em área exclusivamente destinada para tal fim; b) deve dispor de sistema de contenção de vazamentos:

c) deve conter até 3 tanques separados entre si e do restante da edificação por paredes resistentes ao fogo por no mínimo 2 horas e porta do tipo corta-fogo;

d) possuir volume total de armazenagem de no máximo 3.000 litros, em cada tanque; e) possuir aprovação pela autoridade competente;

f) os tanques devem ser metálicos;

g) possuir sistemas automáticos de detecção e combate a incêndios, bem como saídas de emergência dimensionadas conforme normas técnicas;

h) os tanques devem estar localizados de forma a não bloquear, em caso de emergência, o acesso às saídas de emergência e aos sistemas de segurança contra incêndio;

i) os tanques devem ser protegidos contra vibração, danos físicos e da proximidade de equipamentos ou dutos geradores de calor; j) a estrutura da edificação deve ser protegida para suportar um eventual incêndio originado nos locais que abrigam os tanques; k) devem ser adotadas as medidas necessárias para garantir a ventilação dos tanques para alívio de pressão, bem como para a operação segura de abastecimento e destinação dos gases produzidos pelos motores à combustão.

20.17.2.2 O responsável pela segurança do edifício deve designar responsável técnico pela instalação, operação, inspeção e manutenção, bem como pela supervisão dos procedimentos de segurança no processo de abastecimento do tanque.

20.17.2.3 Os trabalhadores envolvidos nas atividades de operação, inspeção, manutenção e abastecimento do tanque devem ser capacitados com curso Intermediário, conforme Anexo II.

20.17.3 Aplica-se para tanques enterrados o disposto no item 20.17.2.1, caput, alíneas ”b”, ”e”, ”f”, ”g”,” h“,” i”, ”j” e ”k”, item 20.17.2.2 e 20.17.2.3, bem como o previsto nas normas técnicas nacionais e, na sua ausência ou omissão, nas normas técnicas internacionais.

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Desativação da Instalação

20.18.1 Cessadas as atividades da instalação, o empregador deve adotar os procedimentos necessários para a sua desativação.

20.18.2

No processo de desativação das instalações de extração, produção, armazenagem, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis, devem ser observados os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes em vigor.

Prontuário da Instalação

20.19.1

O Prontuário da instalação deve ser organizado, mantido e atualizado pelo empregador e constituído pela seguinte documentação: a) Projeto da Instalação;

b) Procedimentos Operacionais; c) Plano de Inspeção e Manutenção; d) Análise de Riscos;

e) Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e identificação das fontes de emissões fugitivas;

f) Certificados de capacitação dos trabalhadores; g) Análise de Acidentes;

h) Plano de Resposta a Emergências.

20.19.2 O Prontuário das instalações classe I devem conter um índice e ser constituído em documento único.

20.19.2.1 Os documentos do Prontuário das instalações classes II ou III podem estar separados, desde que seja mencionado no índice a localização destes na empresa e o respectivo responsável.

20.19.3 O Prontuário da Instalação deve estar disponível às autoridades competentes, bem como para consulta aos trabalhadores e seus representantes.

20.19.3.1 As análises de riscos devem estar disponíveis para consulta aos trabalhadores e seus representantes, exceto nos aspectos ou partes que envolvam informações comerciais confidenciais.

Referências

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