O Sistema Nacional de Inovação:
Forças e fraquezas
Carlos Américo Pacheco
Fapesp – Diretor Presidente do CTA FIA, 1 de julho de 2017
• Sistema de Inovação incompleto – mas com muitos atores • Quadro institucional complexo (leis e regulação)
• Grande dificuldade de definir prioridades e efetuar a coordenação das ações de governo e com outros atores
• Herança histórica de diferentes momentos de reformas: superposição (problemática) do desenho institucional criado no passado, com
diferentes objetivos.
• Quatro gerações de reformas:
– 50’s – criação das primeiras agências
– Reformas dos 70’s – Estado Desenvolvimentista
– 80’s – criação do Ministério de C&T
– 90’ e 00’s: novos modelos de parcerias e tema da inovação
• Consolidação do MCTIC: Criação (1985), Incorporação SAE e Institutos (1999) e Telecomunicações (2016).
• 1998/2004 – Fundos Setoriais.
• Novas instituições para coordenação, avaliação e estudos prospectivos CGEE (2001) e ABDI (2004).
• 2001 - 2016: Lei de Inovação, Novos incentivos (Lei do Bem) e Código Nacional de C&T.
• Políticas Industrias com ênfase em inovação, mas com pequenos resultados – PITCE (2003), PDP (2007), Brasil Maior e Inova
Empresa (2011).
• Pontos fortes
• Pontos fracos
Sistema universitário e de pós-graduação Conjunto respeitável de instituições de pesquisa Crescimento quantitativo da produção científica Leque diversificado de competências científicas Preocupação crescente daslideranças do setor privado com a agenda da inovação
Qualidade da produção científica
ainda longe do desejável Performance empresarial
insatisfatória no quesito inovação Fragmentação das ações e escassa
coordenação
Forte instabilidade do fomento e mudanças frequentes nas políticas Educação de baixa qualidade e
perfil de egressos inadequados
41% 36% 51% 5% 10% 18% 72% 23% 33% 10% 8% Leader Fast follower Different iation Distant follower Licensin g Bundling In 10 years Current
Posicionamento das Empresas Brasileiras em Termos Tecnológicos
Um importante número de CEOs Brasileiros gostaria de ser líder tecnológico em seu setor, num horizonte de dez anos.
Crescimento vai exigir produtividade
A inovação será o
principal
determinante da
produtividade e será
o componente mais
importante das
políticas de C&T e
industrial
Desenvolvidos Em desenvolvimentoInovação e Produtividade
Performance
muito fraca em
termos do
crescimento da
produtividade
Fonte: UNCTAD 2013 apud MEI-CNI 5 5 30 35 35 30 5 10 10 10 10 20 10 5 5 15 10 5 5 25 60 55 35 30 20 20 10 15 25 10 15 15 5 20 10 5 25 5 15 15 5
Brasil África do Sul Índia Malásia Singapura Costa Rica China
Manufaturas Sofisticadas Outros Baixa tecnologia Recursos naturais Média tecnologia Serviços baseados em conhecimento
Apud MEI/CNI
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
Participação da Indústria de Transformação no PIB (%)
Fonte: Banco Mundial
10 15 20 25 30 35 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
China Brasil EUA Alemanha Coréia do Sul Africa do Sul
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Apoio ao Setor Privado: Inconsistências
• Concentração dos incentivos fiscais em Informática • Concentração em Grandes Empresas • Dificuldades de acessar PME pelo desenho do sistema tributário (incentivos a dedução do lucro real) •Subvenção muito reduzida
Participação dos recursos para C,T&I no
Orçamento Geral da União está em queda
2,8% 2,0% 2,5% 2,3% 2,5% 2,4% 2,1% 2,2% 2,1% 2,3% 1,9% 1,8% 2,0% 2,4% 1,6% 1,9% 1,8% 1,9% 1,7% 1,4% 1,5% 1,5% 1,5% 1,3% 1,3% 1,3% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 MCTI/OGU MCTI (semFNDCT)/OGU
(**) Despesas do Executivo Federal - exclusive Judiciário, Legislativo, Previdência e Encargos Especiais FONTE: MCTI e FNDCT, a partir de 2001: Siga Brasil, consulta realizada em 14-02-2014
Participação do MCTI (órgão) no Orçamento Geral da União • A participação do MCTI no
OGU caiu de 2,8% em 2001 para cerca de 2,0% em 2013 • A queda da participação dos fundos setoriais é ainda mais expressiva
• Os Fundos Setoriais foram criados com o objetivo de aportar recursos adicionais para o MCT, o que deveria se traduzir em elevação da participação do MCT no OGU
Baixo esforço nacional em P&D
0,3% 0,4% 0,4% 0,5% 0,5% 0,6% 0,6% 0,7% 0,7% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016P&D Público e Privado (% do PIB)
P&D priv P&D pub
Baixo gasto em P&D em
comparação com outros países,
com o agravante da queda
recente, ao contrário do
aumento que ocorre no mundo
12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0% 22,0% 24,0% 26,0% 2000200120022003200420052006200720082009201020112012201320142015201618
Brasil: Reformas do Sistema de C&TI
• Incorporação da dimensão INOVAÇÃO
• Reformas Institucionais (Lei de inovação, Oss, etc.)
• Ênfase em parcerias público-privado e projetos cooperativos • Leque de Instrumentos (fomento, bolsas, crédito, subvenção) • Reforma do financiamento/fomento
• Fundos Setoriais
• Subvenção e incentivos fiscais • Crédito
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Brasil: Resultados
• Alinhamento estratégico entre liderança pública e privada • Resultados modestos de inovação nas empresas (PINTEC) • Ainda um reduzido protagonismo empresarial
• Ausência de projetos mobilizadores de longo prazo • Ênfase nos instrumentos e falta de planejamento
• Hipóteses: efeito substituição, diluição de recursos,
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Nossos desafios ... velhos e novos
• Fatores sistêmicos que comprometem a competitividade. • O mundo avança mais rápido.
• Nossas políticas de C&TI pareciam ter melhorado, vistos de uma ótica acadêmica.
• Esforços tímidos, se a tarefa é fazer política tecnológica e mudar o perfil da economia e sua inserção internacional.
Inovação: Empresas e Universidades
• O lugar da inovação é a empresa
• Aumentar o esforço de P&D empresarial no Brasil
– mais esforço próprio
• centros de P&D na indústria
• cientistas na empresa (indústria e serviços)
– mais interação com a universidade
• Limites: diferentes missões e culturas
Eindhoven (Philips): de um Laboratório Próprio para um
Campus Tecnológico
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Apud Cesar Vohringer
Patentes/ Artigos/ 100 docentes (*) 100 docentes (**) University of California 4,4 182,8 Harvard 5,2 806,0 MIT 45,3 589,5 CalTech 64,0 1.061,7 Stanford (***) 13,1 359,1 UFMG 2,0 74,4 UNICAMP 3,0 152,7 UFPr 2,0 52,7 USP 0,7 136,4 UNESP 1,0 99,3
Obs: (*) patentes depositadas em 2015 no USPTO pelas Universidades norte-americanas e no INPI pelas Universidades brasileiras; (**) artigos científicos publicados em 2014 segundo o Web of Science; (***) patentes depositadas em 2011.
Patentes Depositadas e Artigos
Publicados p/ 100 docentes 2015
Fonte: Pacheco, 2016 apud INPI e NSF. Obs: Depósitos de patentes no caso do INPI e patentes concedidas no caso do USPTO
Patentes de Universidades/total de Patentes
de Residentes (2000-1012) em %
A FAPESP
Fapesp: Fundação de Amparo à Pesquisa
no Estado de São Paulo
• Apoio à pesquisa em todas as áreas• Financiada pelo estado de SP com 1% da receita tributária
• Solicitações de financiamento selecionadas pelo sistema de revisão
por pares (25.000 propostas por ano)
– Tempo médio para decisão – 65 dias
• Dispêndio em 2016: R$ 1,2 bilhões
– Bolsas (IC, MS, DR, PD)
– Pesquisa Acadêmica (CEPID, Temáticos, Jovens Pesquisadores, Regular)
– Pesquisa Cooperativa Universidade - Empresa
– Pesquisa Invadora em Pequenas Empresas
• Estratégia de aumento da qualidade e do impacto: temáticos, JP,
cooperação internacional
FAPESP expenditures, 2012
Total: R$ 1,035 million
A ATUAÇÃO DA FAPESP NO AVANÇO
DO CONHECIMENTO
A new Synchrotron Light Source
fapesp15-CAs-20160223.pptx; © C.H. Brito Cruz e Fapesp 31
01/07/2017
FAPESP’s International Collaboration
Strategy: Two lanes
• FAPESP’s programs
– Post-doctoral fellowships, scholarships for Brazilian
researchers abroad
– Opportunities for foreign scientists in SP (young
investigators, visiting researcher)
• International agreements
– With Funding agencies (NSF, DoE, NIH, UK, etc.): fostering
joint research projects
• Conceived together, written together, performed together
– With universities: offering seed money for initial exchanges
towards preparing full research proposals
International research collaboration
fapesp10-EN-20131110-ncarolina.pptx; © C.H. Brito Cruz e Fapesp 33
A ATUAÇÃO DA FAPESP NA ÁREA SOCIAL:
PARCERIAS E POLÍTICAS PÚBLICAS
Pesquisa em Parceria
Políticas Públicas, SUS
BIOTA: cascading effects in evolution
SCIENCE 2013
FAPESP’s BIOEN research program:
84 → 148 → 212 → 381 ton/Ha??
A ATUAÇÃO DA FAPESP NA ÁREA DE
INOVAÇÃO: PARCERIAS
PITE - Programa de Apoio à Pesquisa em
Parceria para Inovação Tecnológica
• Financiar projetos em instituições de pesquisa, em
cooperação com empresas e cofinanciados por estas.
• FAPESP e Empresa se associam para convidar propostas:
– Temas propostos pela empresa
– Pesquisa exploratória (adequada à academia)
– Gestão paritária
• Embraer, Natura, Ouro Fino, Oxiteno, Microsoft
Research, Telefonica, Dedini, PadTec, Ci&T, Braskem,
Whirlpool, Sabesp, Boeing, GSK, Vale, BP
PITE: Embraer e IAE, CTA
Fluidodinâmica Computacional
Simulação CFD (Computational Fluid Dynamics) e testes: Pesquisa co-financiada pela FAPESP envolvendo várias universidadesCentros de Pesquisa em Engenharia
• Centros de Engenharia são unidades sediadas em universidades
e/ou institutos de São Paulo, constituídos em colaboração com
empresas, com pesquisa na fronteira do conhecimento e
internacionalmente competitiva.
– Equipes da Universidade e coordenação de um professor
– coordenador adjunto é um obrigatoriamente um pesquisador da empresa, vinculado à universidade como professor visitante
– Outros pesquisadores da empresa podem também ser vinculados
• Contrato por 10 anos: aportes FAPESP-Empresa, salários e
outros custos pela Universidade
Centros Já Selecionados
• Motores a Biocombustível, com a Peugeot-Citroën na Unicamp
• Química Verde, parceria com a GSK e sediado na UFSCar
• Moléculas para Fármacos, com a GSK no Instituto Butantan
• Gás Natural, parceria com a BG/Shell e sediado na Poli-USP
• Bem-Estar Humano, parceria com a Natura e sediado na USP
• Reservatórios de Óleo e Gás, com a Statoil - em seleção
Centro de Pesquisa em Engenharia:
Manufatura Avançada
A Fapesp anunciou, na
EXPOMAFE, uma chamada
para empresas ou consórcio
de empresas que queiram
criar, em parceria com
Instituições de Pesquisa,
Centros de Engenharia no
tema Manufatura Avançada.
A ATUAÇÃO DA FAPESP NA ÁREA DE INOVAÇÃO:
PEQUENAS EMPRESAS INOVATIVAS
Pesquisa Inovativa na Pequena Empresa
– PIPE FAPESP: 20 Anos de Sucesso
• Pesquisa na pequena empresa
– retorno comercial e competitividade da empresa – estimular uma “cultura de inovação permanente”
• Condições
– Até R$ 1.250.000 por projeto, sem contrapartidas – Empresas com menos de 250 empregados
– Pesquisador principal vinculado à empresa
• Histórico
– Mais de 1700 projetos e 1100 empresas apoiadas – Retorno de R$ 6 para cada R$ 1 investido
PIPE FAPESP: ampliação recente
praticamente 1 projeto / dia útil
Localização dos projetos
boas universidades atraem PE
Munic. Qtd SP 359 Campinas 224 S. Carlos 220 SJCampos 129 Rib. Preto 98 Piracicaba 28 Botucatu 23
Controle de Pragas e Endemias
A BR3 desenvolve tecnologias em química e biotecnologia para aplicações na agricultura e na saúde pública. Em 2001, a BR3 lançou o fungicida Fegatex, com um ingrediente ativo inédito no mundo e muito interessante no manejo fitossanitário, com registro para as culturas de batata, café, cenoura, citros, feijão, maçã, milho, soja e tomate. A empresa também produz o
DengueTech, com tecnologia licenciada pela FIOCRUZ, que é o mais eficaz inseticida biológico contra os vetores da Dengue, Zika e Chikungunya.
Controle de Processos
Utilizando softwares exclusivos baseados no estado da arte do controle avançado e da
inteligência artificial, a
I.Systems traz estabilidade e eficiência aos processos
industriais de seus clientes. Em pouco mais de 5 anos foram mais de 60 aplicações em diferentes equipamentos e mais de 25 grupos atendidos em diversos setores.
Mais Leve que o Ar
A ALTAVE foi criada por engenheiros qualificados com experiência
internacional e desenvolve veículos mais leves que o ar, com foco em serviços inovadores. A ALTAVE esta localizada no DCTA, em São José dos Campos, e possui parcerias com o ITA, IAE, IPEV e IFI. A ALTAVE hoje é
fabricante sem similar nacional de aeróstatos cativos para
Monitoramento da Pressão Intracraniana
Veículos Aéreos Não Tripulados
A XMobots é uma empresa de VANTs, fundada em 2007 por engenheiros
mecatrônicos em São Carlos. Ela desenvolve VANTs de
alto desempenho, que se destacam pela grande autonomia, acurácia, robustez estrutural,
resolução de imagens e facilidade de operação.
Primeira companhia brasileira com
VANTs certificados pela ANAC.
Fertilização In Vitro
A In Vitro Brasil foi fundada em 2002 para atender o mercado de produção in vitro de embriões bovinos. Ao longo dos anos a empresa fez parcerias e se consolidou em todo o Brasil e em
outros países, ampliando sua ação também para outros animais. O PIPE da FAPESP viabilizou o
desenvolvimento da tecnologia de vitrificação de embriões, um
Manejo Biológico de Pragas
A PROMIP é uma empresa de base tecnológica, criada em 2006 na incubadora da ESALQ. A empresa criou a primeira biofábrica
brasileira com registro para a comercialização de ácaros predadores para controle
biológico de pragas. Em 2014 recebeu investimento do Fundo de Inovação Paulista que reúne como cotistas a Desenvolve SP, a Fapesp, a Finep entre outros.
Controle Biológico
A Bug foi uma das 36 startups consideradas “pioneiras em tecnologia” pelo Fórum
Econômico Mundial e eleita como uma das mais inovadoras do mundo pela revista Fast Company. Fundada por estudantes de pós-graduação da Esalq/USP, com apoio do
Programa PIPE da FAPESP, a empresa produz e vende agentes de controle biológico, como vespas que parasitam ovos de pragas das
Embalagens Plásticas Bactericidas
A Nanox é uma empresa criada por pesquisadores de um dos CEPIDs da Fapesp, que desenvolveram
materiais bactericidas para embalagens plásticas de alimentos, já aprovada pelo FDA para comercialização nos Estados Unidos. A empresa também foi
selecionada pelo Global Entrepreneurship Lab
(G-LAB), do MIT, para desenvolver um plano de negócios voltado ao mercado norte-americano. O novo
material bactericida é mais uma aplicação da linha de antimicrobianos inorgânicos – batizada de
“NanoxClean” –, que a empresa vem desenvolvendo desde 2005, com apoio do Programa PIPE da Fapesp.
Tratamento da Dor
A tecnologia de estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) para o tratamento de dores é bem conhecida. Mas, o uso da TENS exige que o
paciente compareça a uma unidade médica. O TANYX® é uma solução criada pela Medecell, com apoio do PIPE da Fapesp, que é auto-aplicável, descartável e de baixo custo e que, após indicação profissional, pode ser aplicado pelo próprio paciente em seu ambiente doméstico ou laboral.
Fotônica Avançada
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A BrP fornece dispositivos optoeletrônicos para transceptores e sistemas integrados.
Através de tecnologias avançadas, a BrP prevê a convergência entre fotônica e
microeletrônica para transmissões a partir de 100 Gb/s através de links ópticos de menor consumo de energia e maior densidade.
Soluções para Internet das Coisas (IoT)
• A Nexxto foi criada em 2010 por doisengenheiros da USP, que conceberam um sistema de rastreamento de ativos baseado em RFID, com apoio do PIPEstartup. Hoje a Nexxto tem outras soluções de IoT, como o monitoramento de cadeias de frio. Em 2015 a empresa recebeu aporte do Fundo de
Inovação Paulista, mantido pela Desenvolve SP, em parceria com a FAPESP, Finep, Sebrae, CAF e cotistas privados. Em 2016, a Nexxto foi incluída na lista das 10 mais atraentes startup avaliadas pela 100Satartups.
Software de Otimização Topológica
Virtual.PYXIS
• A missão da empresa é fornecer software e serviços de otimização topológica e de
engenharia proporcionando a melhor solução de design para as necessidades do cliente.
• A metodologia de otimização topológica tornou-se uma tendência importante para o projeto de engenharia. Ela transforma uma geometria
estendida e não definida em um design inovador de um produto com peso mínimo, com máxima rigidez e máxima frequência de vibração.
Interação Universidade – Indústria
Múltiplas
possibilidades
• Egressos: currículos & skills
• Ambientes de Inovação
• Startups e spinoffs
• Pesquisa cooperativa
• Laboratórios conjuntos
• Não é um caminho para
financiar a Universidade,
mas para trazer desafios
Unicamp 454 start-ups; cerca de 22
mil empregos, fat. R$ 3 bilhões
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