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& Passeios nos Trilhos da Mata

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Academic year: 2021

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& Passeios nos Trilhos da Mata

Visitas orientadas por monitores da FMB, disponíveis em 4 línguas:

Português, Inglês, Francês e Espanhol

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Na posse do Bispado de Coimbra desde 1094, a Mata foi doada em 1628 pelo então bispo de Coimbra, D. João Manuel, à Ordem dos Carmelitas Descalços para a construção do seu Deserto em Portugal. Iniciadas as obras em agosto desse ano, a construção do convento e da sua cerca terminaria por 1630, altura em que começou a vida monástica regular.

O convento de Santa Cruz, construído na simplicidade exigida pela vocação eremítica do Deserto, apresenta uma planta única em Portugal: a igreja (onde se perceciona um plano dúbio entre a cruz grega e a cruz latina, através da junção do coro) domina um espaço sem claustro, com os pátios a imprimir a regularidade ao conjunto. Nesta originalíssima ideia de usufruto espiritual é a igreja que se inscreve dentro de um espaço claustral simulado, recuperando a organização da ideia mítica do Templo de Jerusalém. O revestimento arquitetónico da cortiça ou o embrechado como técnica decorativa alargada ao circuito conventual

traduz o espírito de despojamento adequado às práticas ascéticas dos religiosos. Dos séculos XVII e XVIII ainda permanecem obras de escultura, pintura (saliente-se a presença de Josefa de Óbidos) ou azulejaria que denunciam uma comunidade religiosa dinâmica e atenta ao sentido artístico específico dos tempos. Possui, ainda, duas celas, que se encontram abertas para visita, e onde se recorda a presença do Tenente-General Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington, que comandava as forças anglo-lusas contra o general francês André Masséna, aquando da 3.ª Invasão Francesa, cuja Batalha se deu no Buçaco a 27 de setembro de 1810.

Em 1834, com a extinção das ordens religiosas, o convento passou para a posse do Estado, sendo mais tarde parcialmente destruído para dar lugar ao Palace Hotel do Buçaco e a novas construções que ainda hoje o rodeiam.

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Convento de Sant

a Cruz do Buçaco

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Convento e Jardins do Palace Hotel do Buçaco

Em 1888, Emídio Navarro, Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, encomenda ao arquiteto italiano Luigi Manini um projeto eivado de conotações nacionalistas, pois uma vez gorada a tentativa de 1887 de transformar o deserto carmelita num parque romântico, a única forma de dinamizar turisticamente a mata do Buçaco passava pelo apelo ao fervor patriótico que varria o reino no final de oitocentos, construindo-se, para o efeito, um "Hotel para o Povo". Levantada em torno da Igreja do Convento de Santa Cruz do Buçaco, a "Hospedaria Monumental" do Buçaco é um impressionante conjunto

edificado composto pelo Palace Hotel, pelas Casas dos Brasões, dos Embrechados ou Pedrinhas, e pela Casa dos Cedros. Na sua construção estiveram envolvidos vários arquitetos e escultores de renome nacional, tais como: Norte Júnior, Nicola Bigaglia e João Augusto Machado. Completa o conjunto edificado um belíssimo Jardim que harmoniza, num discurso com o Palace Hotel, elementos dos jardins italianos (a pérgula) e franceses (o parterre), bem como do paisagismo inglês.

Extensão aproximada: 400 metro | Duração aproximada 45 minutos | Grau de dificuldade: Fácil | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Igreja do Convento, capelas

adjacentes. Arquitetura retabular e escultura devocional. A iconografia carmelita. Obras de Josefa de Óbidos (Senhora do Leite) e autores anónimos (Mapa de Jerusalém, Sinédrio).

Convento de Sant Jardins do Palace Hotel

Extensão aproximada: 1 Km | Duração aproximada: 1h30m | Grau de dificuldade: Fácil | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Igreja do Convento, capelas adjacentes.

Arquitetura retabular e escultura devocional. A iconografia carmelita. Obras de Josefa de Óbidos (Senhora do Leite) e autores anónimos (Mapa de Jerusalém, Sinédrio). Jardins do Palace Hotel. As diversas estruturas da arte do jardim: a pérgula, o parterre e os lagos. Espécies notáveis e Arboreto.

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Convento e Mat

a Nacional do Buçaco

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Mat

a Nacional do Buçaco

Fonte Fria

Extensão aproximada: 3,5 Km | Duração aproximada: 3 horas | Grau de dificuldade: Intermédio | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Igreja do Convento, capelas

adjacentes. Arquitetura retabular e escultura devocional. A iconografia carmelita... Obras de Josefa de Óbidos (Senhora do Leite) e autores anónimos (Mapa de Jerusalém; Sinédrio). Jardins do Palace Hotel. As diversas estruturas da arte do jardim: a pérgula, o parterre e os lagos. Espécies Notáveis e Arboreto. Via-sacra (Capelas dos Passos da Prisão e da Paixão de Cristo, Pretório e Calvário), Ermidas de Habitação, Fontes, Lagos, Miradouros, Espécies Botânicas Notáveis, Arboreto, Floresta Relíquia e Vale dos Fetos.

Observações: Aconselha-se calçado adequado.

A Mata Nacional do Buçaco é uma área protegida localizada na Serra do Buçaco, freguesia de Luso, concelho da Mealhada. Tal como a conhecemos hoje, a Mata Nacional do Buçaco é fruto de dois grandes programas arquitetónicos: o Deserto Carmelita, construído a partir de 1628, deixado ao abandono após a expulsão das ordens religiosas em 1834, e o programa iniciado no final do século XIX que tem como obra central o atual Palace Hotel. Estes dois programas, ambos investidos de forte simbolismo, também moldaram a configuração da Mata Nacional do Buçaco nas suas componentes florestal, botânica e paisagística.

Durante a permanência da Ordem dos Carmelitas Descalços, os monges contribuíram de forma significativa para o aumento da biodiversidade existente na

mata, replantando e introduzindo novas espécies, incluindo o célebre cedro-do-buçaco (cupressus lusitanica).

Após a extinção das Ordens Religiosas em 1834, a Mata Nacional passou para a tutela do Estado Português, sob a direção da Administração-Geral das Matas do Reino. Sob a mesma direção, destacando a ação de Eduardo Lacerda, foram introduzidas espécies exóticas de árvores como, por exemplo, o feto arbóreo (dicksonia a n t a r c t i c a ) , a s e q u o i a ( s e q u o i a sempervirens), o cedro-do-atlas (cedrus atlantica), entre muitas outras, formando a maior área da Mata Nacional, conhecida como Arboreto, e que encerra em si maravilhas ocultas, incluindo cerca de uma centena de árvores de porte notável.

Extensão aproximada: 3 km | Duração aproximada: 2 horas | Grau de dificuldade: Intermédio | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Via-sacra (Capelas dos Passos

da Prisão e da Paixão de Cristo, Pretório e Calvário), Ermidas de Habitação, Fontes, Lagos, Miradouros, Espécies Botânicas Notáveis, Arboreto, Floresta Relíquia e Vale dos Fetos.

Observações: Aconselha-se calçado adequado.

Florest

a Relíquia

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ale dos Fetos

Calvário

Pintura de Josefa de Óbidos | Convento de Sant

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A Floresta Relíquia da Mata Nacional do Buçaco localiza-se no extremo sudoeste, na zona mais elevada, declivosa e pedregosa, tendo por isso escapado às sucessivas plantações de espécies arbóreas exóticas. Ocupa cerca de 15% da mata e conserva as características de uma floresta primitiva que existiria, antes da ocupação humana, nas montanhas do centro de Portugal, formando um bosque único de copado denso, por vezes quase puro, com elevada

relevância ecológica, quer pela raridade e singularidade a nível nacional, quer pela biodiversidade que alberga, desafiando toda a imaginação. Predominam o aderno

(phillyrea latifolia), o medronheiro

(arbutus unedo), loureiro (lauros

nobílis) azevinho (ilex aquifolium) o

sobreiro (quercus suber) e o pinheiro manso (pinus pinea).

Extensão: 2.119 metros | Duração aproximada: 2h | Grau de dificuldade: Intermédio | Ponto de partida e de chegada: Convento

Observações: Aconselha-se calçado adequado.

Florest Fonte Fria

A Mata do Buçaco encontra-se inserida no extremo noroeste da Serra d o B u ç a c o , l o c a l d e r e l e v o p r o e m i n e n t e e p r e c i p i t a ç ã o abundante. Num contexto litológico favorável, permite abundante água subterrânea e superficial, propiciando uma floresta exuberante. Entre os séculos XVII e XIX, os pontos de água (nascentes) e linhas de água que se encontram na Mata do Buçaco, comportaram várias intervenções, nomeadamente a construção de lagos e fontes, entre as quais a mais célebre, a Fonte Fria. As duas linhas de água predominantes da Mata do Buçaco unem-se na Fonte Fria, originando uma linha de água que

percorre o Vale dos Fetos, nome que deriva de um conjunto de fetos de porte arbóreo, dispostos ao longo do vale.

Extensão: 3.295m | Duração aproximada: 3h | Grau de dificuldade: Intermédio | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Vale dos Fetos, Fonte Fria, Fonte do Carregal, Fonte

de Santa Teresa, Fonte de Santo Elias, Fonte de S. Silvestre, Samaritana e cascata.

Observações: Aconselha-se calçado adequado.

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Extensão: 2.479 metros | Duração aproximada: 2h | Grau de dificuldade: Fácil | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Convento de Santa Cruz do Buçaco,

Porta de Sula e posto de observação do Moinho de Sula, Obelisco e Museu Militar.

Extensão: 3.132 m | Duração aproximada: 3h | Grau de dificuldade: Média | Ponto de partida e de chegada: Convento | Pontos de interesse: Capelas dos Passos da Prisão e da Paixão de Cristo (especialmente

Pretório e Calvário).

Observações: Aconselha-se calçado adequado.

Museu Milit

ar

A Batalha do Buçaco, integrada na última das três invasões napoleónicas a Portugal (Julho de 1810 a abril de 1811), pôs em confronto os exércitos f r a n c ê s e a n g l o - l u s o , c u j a s consequências lhe conferem a maior relevância, não só pelo que ela significa nos termos mais objetivos – derrota das brigadas do Marechal André Masséna – mas, sobretudo, pelo que representou na preparação do confronto seguinte e o enfraquecimento definitivo do invasor

nas Linhas de Torres Vedras. Foi uma batalha sangrenta que retardou a chegada do exército francês a Lisboa garantindo, assim, mais tempo no reforço das Linhas defensivas de Torres Vedras. Com um resultado de cerca de 5000 baixas para os invasores e cerca de 1300 baixas para os aliados anglo-lusos, a Batalha do Buçaco passaria a significar, na História da nação portuguesa, um exemplo fulcral de táctica defensiva em contexto militar.

Calvário

A partir de 1644, sob a égide de D. Manuel Saldanha, Reitor da Universidade de Coimbra, ergueu-se, à imagem de Jerusalém, uma Via Crucis de fortíssimos contornos ideológicos e propagandísticos, destinada a representar os passos da Paixão de Jesus Cristo. Inicialmente assinalados por uma cruz de pau-brasil, foram substituídos (1694-1695) por capelas mandadas construir pelo Bispo de Coimbra D. João de Melo. Adquirem especial relevância as estações do

Pretório e do Calvário que remata o percurso da Via Sacra. Assumindo-se como a representação do Monte Carmelo na Palestina (foco originário da Ordem dos Carmelitas), o Sacromonte reivindica quer a herança do Profeta Elias como primeiro eremita quer um protagonismo espiritual que encontra na articulação ao programa definido dentro da cerca conventual a sua mais elevada expressão.

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Condições e Preçários

Visita 2 – Convento + Jardins – 4€ Visita 3 – Convento + Mata – 5€ Visita 4 – Mata – 3€

Trilhos – 5€

Formas de Pagamento:

O pagamento poderá ser efectuado directamente na sede da Fundação Mata do Buçaco, em numerário ou cheque, ou por transferência bancária para o NIB da Fundação: NIB.003800003841897577161 enviando comprovativo da transferência, via email, para atividades@fmb.pt

Os preços das visitas são por pessoa, para grupos de 15 ou mais pessoas.

Poderemos realizar visitas para grupos inferiores a 15 pessoas sendo o valor a aplicar o referente a 15 pessoas.

Qualquer visita carece de marcação prévia, estando sujeitas à disponibilidade da Fundação Mata do Buçaco.

Os preços afixados são referentes ao ano 2012, podendo vir a sofrer alterações. Para a realização dos percursos aconselha-se o uso roupa e calçado cómodos e confortáveis.

Info

A entrada na Mata nacional do Buçaco é cobrada, a veículos, aos seguintes valores:

- veículos de 2 rodas com motor - 2€ - veículos até 5 lugares - 5€

- veículos com mais de 5 lugares - 7€ - veículos pesados de passageiros - 30€ - grupos de 10 a 19 veículos ligeiros - 50€ - grupos de 20 a 49 veículos ligeiros - 100€ - grupos de 50 a 99 veículos ligeiros - 250€ - grupos de 100 ou mais veículos ligeiros - 500€ Os preços são por veículo e não por pessoa.

A modalidade grupos de veículos terá que ser previamente acordada com a Fundação Mata do Buçaco.

A1 > Saída Mealhada, direcção Luso > EN 234 IP3 > Saída Luso > EN 235

IP3 > Saída Mortágua, direcção Luso > EN 234 Coordenadas GPS: 40º 22'34.56''N e 8º 21'56.48''W

Como Chegar

Esplanada da Mata (das 10h às 19h) (esplanada sazonal – época alta)

Convento de Santa Cruz (das 10h às 13h e das 14h às 17h/ 18h) (preço: 2€ por pessoa) Aluguer de espaços (sob consulta)

Serviços da Mat

a

Cont

actos

Fundação Mata do Buçaco Mata Nacional do Buçaco 3050-261 Luso

Referências

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