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Academic year: 2021

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MARIA LUIZA DOWSLEY DE ALMEIDA CURSINO

A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO

MACEIÓ - AL

2014

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A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

Orientador: Prof. Dr. Liércio Pinheiro de Araújo

MACEIÓ - AL 2014

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MARIA LUIZA DOWSLEY DE ALMEIDA CURSINO

A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ____/____/____

________________________________________________________ PROF.DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

ORIENTADOR:

________________________________________________________ PROF. DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho às minhas filhas Katianne e Julianne que sempre me deram força, coragem e constante apoio para seguir em busca de meus objetivos.

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AGRADECIMENTO

À Deus, primeiramente, por sempre iluminar meus caminhos e por fazer com que mais esse sonho se realize.

Às minhas filhas e netas, pela compreensão e incentivo em todos os momentos. Aos professores pelo apoio e orientação necessários para a realização desse estudo.

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“Todo o homem é doido. Quem não é doido não é normal; e isso nada tem a ver com ser homem de verdade”

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RESUMO

A Avaliação Psicológica no contexto do trânsito tem recebido destaque na psicologia nos últimos anos diante das mudanças na legislação e questionamentos acerca das práticas e da sua validade. Para que ela possa se desenvolver, faz-se necessário conhecer tendências e lacunas acerca do que tem sido pesquisado nos últimos anos. A preocupação com as questões relativas ao trânsito tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, possivelmente em decorrência do elevado número de acidentes, sejam eles provocados por defeitos mecânicos dos veículos, má sinalização das vias ou comportamento dos motoristas. No que concerne aos motoristas, mais especificamente, variados fatores podem contribuir para o comportamento inadequado no trânsito, desde aqueles relativos à falta de educação, responsabilidade e noções de direito e de deveres dos cidadãos, até os relacionados às características de personalidade e às reações psicofisiológicas decorrente de situação estressante. Sabe-se que o maior índice de causas de acidentes de trânsito refere-se à conduta do próprio motorista. Mais recentemente, a responsabilidade dos profissionais envolvidos com a área da psicologia que trata das questões do trânsito tem sido potencializada principalmente nos últimos anos, em que se observa um aumento de veículos sem a correspondente estrutura viária e em que a utilização do veículo represente, em muitos casos, instrumento de poder. Some-se isso ao incremento da violência, refletida também no trânsito, Almeida (2011). A avaliação psicológica é uma área da Psicologia que permite investigar características de personalidade e diversos aspectos psíquicos por meio de instrumentos científicos. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas em diversos contextos, porém no contexto do Trânsito observa-se uma grande carência de estudos que demonstrem a validade dos procedimentos na Avaliação de motoristas. Observa-se a preocupação em realizar trabalho para revisar os estudos empíricos brasileiros sobre a avaliação psicológica de características de personalidade utilizados nos processos avaliativos de condutores. Conclui-se que as pesquisas sobre personalidade de motoristas são escassas e restritas nos seus resultados com base na generalização sem resultados conclusivos que justifiquem a necessidade de avaliação deste construto psicológico para conduzir veículos.

Palavras-chave: Avaliação Psicológica; trânsito; comportamento; personalidade;

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ABSTRACT

The Psychological Assessment in the context transit has received prominence in psychology in recent years in the face of changes in legislation and issues concerning the practice and its validity. So she can develop, it is necessary to know about the trends and gaps that have been researched in recent years. The concern with issues relating to traffic has increased considerably in recent years, possibly due to the high number of accidents, whether caused by mechanical defects of vehicles , poor signaling pathways and behavior of drivers . Regarding the drivers , specifically , several factors may contribute to inappropriate behavior in traffic , from those relating to lack of education , accountability and notions of rights and duties of citizens , even those related to personality traits and psycho physiological reactions due to stressful situation . It is known that the highest rate of accident causes traffic refers to the conduct of the driver himself. More recently, the responsibility of the professionals involved in the area of psychology that deals with the issues of transit has been increased especially in recent years, in which there is an increase in vehicles without the corresponding road structure and the use of the vehicle represents in many cases, an instrument of power. Add in that the increase in violence also reflected in traffic, Almeida (2011). Psychological assessment is an area of psychology that allows investigating personality traits and psychological aspects through various scientific instruments. Many studies have been developed in different contexts, but in the context of transit there is a great lack of studies that demonstrate the validity of the evaluation procedures of drivers . Note the concern in performing work to review the Brazilian empirical studies on the psychological assessment of personality traits used in evaluation processes of conductors . It is concluded that the research on personality drivers are scarce and restricted in their results based on the generalization without conclusive results that justify the need to review this psychological construct to drive .

Keyword: Transit; behavior; personality; accidents; drivers Psychological

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráficos 1 e 2 - Importância da realização psicológica para obtenção da CNH e os condutores, em porcentagem (%). ... 30 Gráficos 3 e 4 - A avaliação psicológica pode ajudar a identificar fatores de risco

para diminuir o índice de acidentes no trânsito. ... 31 Gráficos 5 e 6 - A avaliação psicológica no trânsito deveria ser realizada com

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 13 3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 28 3.1 Ética ... 28 3.2 Tipo de Pesquisa ... 28 3.3 Universo ... 28 3.4 Sujeitos e Amostra ... 28

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ... 29

3.6 Plano para Coleta dos Dados ... 29

3.7 Plano para a Análise dos Dados ... 29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 30

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 34

REFERÊNCIAS ... 36

APÊNDICE ... 40

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1 INTRODUÇÃO

A Avaliação Psicológica no contexto do trânsito tem recebido destaque na psicologia nos últimos anos diante das mudanças na legislação e questionamentos acerca das práticas e da sua validade. Para que ela possa se desenvolver, faz-se necessário conhecer tendências e lacunas acerca do que tem sido pesquisado nos últimos anos.

A preocupação com as questões relativas ao trânsito tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, possivelmente em decorrência do elevado número de acidentes, sejam eles provocados por defeitos mecânicos dos veículos, má sinalização das vias ou comportamento dos motoristas. No que concerne aos motoristas, mais especificamente, variados fatores podem contribuir para o surgimento de comportamento inadequado no trânsito, desde aqueles relativos à falta de educação, resposabilidade e noções de direito e de deveres dos cidadãos, até os relacionados às características de personalidades e às reações psicofisiológicas decorrente de situação estressantes. Sabe-se que o maior índice de causas dos acidentes de trânsito refere-se à conduta do próprio motorista. Mais recentemente, a responsabilidade dos profissionais envolvidos com a área da psicologia que trata das questões do trânsito tem sido potencializada, principalmente nos últimos anos, em que se observa um aumento de veículos sem a correspondente estrutura viária e em que a utilização do veículo represente, em muitos casos, instrumento de poder. Some-se a isso o incremento da violência, refletida também no trânsito Almeida (2006).

O objetivo deste estudo foi verificar se os candidatos à obtenção da CNH e os condutores habilitados consideram a avaliação psicológica importante, se tal processo auxiliaria a identificar fatores de risco para diminuir o índice de acidentes e, por fim, se é importante que a avaliação psicológica seja realizada com maior periodicidade. Os resultados evidenciaram altas porcentagens de respostas afirmativas nas três questões estudadas. A análise de variância múltipla apontou diferenças significativas nas questões referentes à importância da avaliação psicológica no contexto do trânsito e sua periodicidade, pois os candidatos à obtenção de CNH apresentaram uma pontuação média maior. Ao lado disso, as mulheres acreditam mais do que os homens que essa avaliação ajuda a identificar

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fatores de risco no trânsito. Não houve efeito de interação entre as variáveis estudadas.

Este trabalho oferece uma visão geral da literatura científica publicada no âmbito da Psicologia do Trânsito. A revisão se baseia no estudo extensivo de referências, se analisa a evolução da produção no período, se identificam as publicações mais representativas da área e os países mais produtivos. Assim, analisam as palavras-chave dos artigos com a finalidade de identificar e descrever os principais temas e áreas de investigação. Esta análise completa-se com a revisão dos resumos e artigos completos publicados na revista Transportation Research Part F: Traffic Psychology & Behaviour, que pode ser considerado o principal âmbito de publicação na área. Espera-se que este trabalho contribua para um maior conhecimento e difusão da Psicologia do Trânsito e permita o desenvolvimento de áreas de investigação na América Latina.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo Sampaio et Nakano (2011), a avaliação psicológica no contexto do trânsito tem recebido destaque na psicologia nos últimos anos diante das mudanças na legislação e questionamentos acerca das práticas e da sua validade. Para que ela possa se desenvolver, faz-se necessário conhecer tendências e lacunas acerca do que tem sido pesquisado nos últimos anos.

Para Marín Rueda et al (2009), o objetivo da pesquisa foi verificar evidências de validade para o Teste de Atenção Concentrada (Teaco-FF) em relação ao Teste Pictórico de Memória (Tepic-M) na avaliação psicológica no contexto do trânsito. Participaram 207 pessoas da cidade de Aracaju, sendo 118 estudantes de uma universidade particular e 89 pessoas que passaram pelo processo de renovação, mudança ou adição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A idade variou de 18 a 58 anos, e, em relação ao sexo, 66 foram homens e 141 mulheres. Os instrumentos foram aplicados de forma coletiva nos estudantes universitários, e individualmente no caso da avaliação psicológica pericial. Os resultados mostraram correlações positivas e significativas entre as pontuações de ambos os testes, o que forneceu a evidência de validade para o Teaco-FF. Sugerem-se outros estudos dentro do contexto do trânsito, como uma forma de aprimorar e aprofundar as informações da área.(AU).

O artigo das relações de gênero, escrito por Almeida et al (2005), teve o propósito de estudar não só as relações de gênero no âmbito do sistema de trânsito, pesquisando como a mulher motorista e o homem motorista percebem e compreendem a si mesmo e ao outro sexo, bem como o de investigar as representações sociais existentes.

A preocupação com as questões relativas ao trânsito tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, possivelmente em decorrência do elevado número de acidentes, sejam eles provocados por defeitos mecânicos dos veículos, má sinalização das vias ou comportamento dos motoristas. No que concerne aos motoristas , mais especificamente, variados fatores podem contribuir para o surgimento de comportamento inadequado no trânsito, desde aqueles relativos à falta de educação, resposabilidade e noções de direito e de deveres dos cidadãos, até os relacionados às características de personalidades e às reações psicofisiológicas decorrente de situação estressantes. Sabe-se que o maior índice

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de causas dos acidentes de trânsito refere-se à conduta do próprio motorista. Mais recentemente, a responsabilidade dos profissionais envolvidos com a área da psicologia que trata das questões do trânsito tem sido potencializada, principalmente nos últimos anos, em que se observa um aumento de veículos sem a correspondente estrutura viária e em que a utilização do veículo represente, em muitos casos, instrumento de poder. Some-se a isso o incremento da violência, refletida também no trânsito.(AU), Almeida, Nemésio Dario Vieira de (2006).

Segundo Rossana Lamounier (2005):

“A Avaliação Psicológica é uma área da Psicologia que permite investigar características de personalidade e diversos aspectos psíquicos por meio de instrumentos científicos. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas em diversos contextos, porém no contexto do Trânsito observa-se uma grande carência de estudos que demonstrem a validade dos procedimentos na Avaliação de motoristas. Diversas críticas quanto a este processo despertaram o interesse por esta pesquisa. Dessa forma, este estudo visou verificar os indicadores de controle do impulso, afetividade, agressividade e adequação às normas com relação a grupos contrastantes de motoristas infratores e não infratores, por meio do Método de Rorschach. Esse instrumento foi selecionado para este estudo, uma vez que proporciona informações ricas sobre a estrutura da personalidade e seus psicodinamismos.

Esses achados confirmaram algumas das hipóteses do estudo, no sentido de que o Método de Rorschach poderia ser considerado sensível para identificar determinadas características psicológicas de indivíduos que se envolveram em acidentes de trânsito. Nesse sentido, os resultados alcançados na pesquisa podem ser considerados uma evidência da validade do uso do Método de Rorschach no contexto de trânsito (AU).

De acordo com Silva et al (2007), todos os anos milhões de brasileiros são avaliados psicologicamente para conduzir veículos, com base na legislação vigente. O objetivo deste trabalho foi revisar os estudos empíricos brasileiros sobre avaliação psicológica de características da personalidade utilizados nos processos avaliativos de condutores. Conclui-se que as pesquisas sobre personalidade de motoristas são escassas e restritas nos seus resultados com base na generalização, sem resultados conclusivos que justifiquem a necessidade de avaliação deste construto psicológico para conduzir veículos (AU).

Ainda de acordo com Silva et al (2008), o campo da avaliação psicológica de motoristas é caracterizado por dificuldades e limitações em sua fundamentação e exercício profissional, necessitando de estudos que sistematizem os conhecimentos produzidos e ofereçam sugestões de pesquisas futuras para o seu desenvolvimento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi revisar os estudos empíricos brasileiros

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sobre instrumentos de avaliação psicológica de habilidades e inteligência utilizados nos processos de habilitação para conduzir veículos. Concluiu-se que, em cinqüenta anos, as pesquisas sobre habilidades e inteligência de motoristas trouxeram limitadas contribuições à questão da validade do processo, não sendo constatado um campo de conhecimentos sólidos em relação aos construtos e critérios da avaliação do comportamento. (AU).

De acordo com Montiel et al (2006):

“A Psicologia de Trânsito investiga o comportamento humano no contexto do trânsito, assim como os fatores que interferem em tal comportamento. É outro contexto de inserção da avaliação psicológica, objetivando a diminuição da probabilidade de motoristas envolverem-se em situações de risco. Considerando a importância dos processos atencionais e a carência de instrumentos válidos e fidedignos que avaliem esta função, o presente artigo buscou evidência de validade convergente para o Teste de Atenção Concentrada Toulouse-Piéron, por meio da comparação com o teste TACOM-A. Os resultados mostraram evidência de validade para a medida de rapidez do Teste Toulouse-Piéron. O presente estudo contribuiu para a ampliação de possibilidades de atuação e instrumentalização da área da Psicologia de Trânsito (AU).”

De acordo com Ledesma et al (2000-2006), este trabalho oferece uma visão geral da literatura científica publicada no âmbito da Psicologia do Trânsito. A revisão se baseia no estudo extensivo de referências, se analisa a evolução da produção no período, se identificam as publicações mais representativas da área e os países mais produtivos. Assim, analisam as palavras-chave dos artigos com a finalidade de identificar e descrever os principais temas e áreas de investigação. Esta análise completa-se com a revisão dos resumos e artigos completos publicados na revista Transportation Research Part F: Traffic Psychology & Behaviour, que pode ser considerado o principal âmbito de publicação na área. Espera-se que este trabalho contribua para um maior conhecimento e difusão da Psicologia do Trânsito e permita o desenvolvimento de áreas de investigação na América Latina (AU).

De acordo com Rossana Lamounier et al (2005):

“O objetivo deste estudo foi verificar se os candidatos à obtenção da CNH e os condutores habilitados consideram a avaliação psicológica importante, se tal processo auxiliaria a identificar fatores de risco para diminuir o índice de acidentes e, por fim, se é importante que a avaliação psicológica seja realizada com maior periodicidade. Os resultados evidenciaram altas porcentagens de respostas afirmativas nas três questões estudadas. A análise de variância múltipla apontou diferenças significativas nas questões referentes à importância da avaliação psicológica no contexto do trânsito e sua periodicidade, pois os candidatos à obtenção de CNH apresentaram uma pontuação média maior. Ao lado disso, as

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mulheres acreditam mais do que os homens que essa avaliação ajuda a identificar fatores de risco no trânsito. Não houve efeito de interação entre as variáveis estudadas (AU).”

Para Balbinot et al (2011) este artigo tem por objetivo apresentar as funções psicológicas e cognitivas que motoristas utilizam ao dirigir e suas implicações em relação a segurança no trânsito. O tema merecer atenção, frente aos dados estatísticos preocupantes de acidentes no trânsito, que vitimam pessoas todos os dias e ressaltam a necessidade eminente de pesquisas e investimentos nesta área. A condução de um veículo envolve múltiplos estímulos cognitivos e atitudes do motorista, sendo uma atividade complexa, que muitas vezes não é compreendida em todas as suas dimensões. O estudo realizado é de cunho teórico e exploratório. A compreensão e identificação das principais funções psicológicas e cognitivas do ato de dirigir favorecem a avaliação de fatores preditores de comportamentos de risco, assim sua relevância em corroborar para a efetividade de intervenções preventivas no trânsito.

De acordo comThielenn (2011), este artigo aborda a Psicologia de Trânsito, a partir das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Psicologia do Trânsito da Universidade Federal do Paraná (NPT-UFPR), que propiciaram a criação da Linha de Pesquisa Psicologia do Trânsito: Avaliação e Prevenção. A centralidade exercida pela avaliação psicológica é referenciada, bem como a indicação da ampliação de perspectivas de investigação, a partir de novas pesquisas e intervenções integradas. A abordagem sistêmica permite a compreensão do comportamento humano no trânsito, indicando a complexidade das interações que se estabelecem entre insumos e processos que resultam na adoção de comportamentos de risco, que geram danos a si e aos outros. A tomada de decisão no trânsito se torna um dos aspectos centrais, demandando investigações que elucidem a maneira como ocorre e como pode ser orientada, a partir do estudo de fatores que contribuem para comportamentos mais seguros e que incorporem a dimensão coletiva intrínseca ao trânsito. Destaque especial é dado às pesquisas que aprofundam a compreensão do comportamento humano em situação de trânsito a partir do referencial da percepção de riscos. (AU)

De acordo com Bianchi (2011), a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas declarou a década 2011-2020 a “Década de Ação para Segurança Viária” com a meta de estabilizar e reduzir a mortalidade mundial prevista por

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acidentes de trânsito em 2020. Nessa tarefa, a psicologia do trânsito, com seu arcabouço de teorias e dados, não pode omitir-se, e mais, está sendo chamada a ser protagonista já que um dos cinco pilares para as ações da década 2011-2020 contempla justamente o comportamento humano. Este trabalho apresenta os primórdios da psicologia do trânsito possibilitando uma melhor compreensão dos rumos desta até os dias atuais. O período abarcado pelo trabalho é aquele compreendido entre 1866 e 1930, quando a IV Conferência Internacional de Psicotécnica solicita aos poderes públicos a adoção da obrigatoriedade do exame psicológico para condutores. (AU)

Para Nakano et al (2011) considerando a importância da avaliação psicológica do trânsito, este estudo teve por objetivo investigar a inteligência e a atenção em candidatos à primeira carteira nacional de habilitação. Participaram 169 candidatos (77 feminino e 92 masculino), com idades entre 18 e 70 anos, de três níveis educacionais que responderam ao Teste de Atenção Concentrada e ao Teste R-1. Os resultados mostraram que tanto a atenção quanto a inteligência dos candidatos encontra-se acima da média normativa dos instrumentos, sendo ambos construtos influenciados pelo nível educacional dos candidatos. Verificou-se ainda a existência de correlação significativa (r=0,451, p≤0,01) entre as duas medidas. Os resultados apontam para a importância de estudos que investiguem a efetividade dos instrumentos em diferenciar candidatos aptos e não aptos, sendo recomendados estudos de validade de critério e estudos que contemplem maior diversidade amostral.(AU)

Para Luiza Neto et al (2012) este trabalho descreve o desenvolvimento e a validação de uma medida de justificativas de motoristas para o cometimento de infrações de trânsito. O instrumento foi baseado no modelo do desengajamento moral, que descreve processos de autoinfluência que neutralizam os próprios padrões morais para justificar atos transgressivos por meio de quatro esquemas em oito mecanismos. No Estudo 1 a Escala de Justificativas de Motoristas (EJM) foi aplicada em 100 motoristas, verificando-se correlações positivas de seus escores com o cometimento de infrações. No Estudo 2 os itens passaram por uma validação de juízes, foram aprimorados e aplicados em 547 motoristas. Identificou-se uma estrutura de fatores que reflete parcialmente o modelo: Reconstrução da Conduta, Minimização da Culpa e Distorção do Agente da Ação. Os resultados dos dois estudos sugerem que a EJM apresenta validade semântica, de conteúdo e construto

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e boa consistência interna, podendo ser utilizada para investigar fenômenos de transgressão no trânsito. (AU)

Para Araújo et al (2009) à medida que as cidades crescem, o trânsito transforma-se em problema urbano. Este estudo objetivou investigar as características e o comportamento de aracajuanos usuários da bicicleta, com a finalidade de discutir suas contribuições em termos de mobilidade, acessibilidade e mediação de affordances. Foram ouvidos 140 sujeitos, de ambos os sexos. A coleta foi residencial com desenho amostral de conglomerados em múltiplas etapas e técnica de entrevista estruturada. Após análise dos dados, verificou-se que usuários da bicicleta como meio de transporte encontram-se mais expostos ao tráfego e carecem de maior atenção quando do planejamento do sistema cicloviário. Usuários da bicicleta com o objetivo de lazer/esporte concentram seus passeios nas imediações de suas moradias, o que possibilita um conhecimento único das particularidades deste lugar. Conclui-se que, para que a bicicleta possa ser viabilizada como facilitadora da mobilidade urbana, é necessário direcionar investimentos para essa área, os quais se mostram relativamente baratos. (AU)

Ainda de acordo com Araújo et al (2009), atualmente, o trânsito constitui problema urbano que motiva várias soluções de engenharia, dentre elas, a transferência modal. Em Aracaju - SE, essa solução poderia ser viabilizada pelo uso da bicicleta. Este estudo objetivou investigar o uso da bicicleta e seus determinantes junto aos aracajuanos, com que finalidade a bicicleta é utilizada (lazer/esporte ou transporte) e os aspectos que medeiam esse uso. Foram ouvidos 326 sujeitos, de ambos os sexos, moradores do Conjunto Orlando Dantas. A coleta foi residencial com desenho amostral de conglomerados em múltiplas etapas e técnica de entrevista estruturada. Após análise dos dados, verificou-se que pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte estão mais expostas ao tráfego e carecem de maior atenção quando do planejamento do sistema cicloviário. Conclui-se que a bicicleta ainda não contribui efetivamente para a realização de transferências modais, mesmo apresentando um potencial a ser explorado pelos programas de organização do trânsito. (AU)

De acordo com Sílvia et al (2009), neste artigo, são abordados aspectos históricos da psicologia do trânsito no Brasil: o desenvolvimento dos primeiros estudos psicotécnicos com motoristas para a promoção da segurança no trânsito e a importância dos Departamentos de Trânsito (DETRANs) na institucionalização e

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expansão da psicologia brasileira. Ao final, são sugeridas direções futuras de pesquisa e trabalho nesta área, em face às novas oportunidades e desafios que emergem com maior intensidade no século XXI, na perspectiva de melhorar a qualidade de vida urbana, prejudicada com os congestionamentos e a poluição atmosférica.(AU)

De acordo com Sampaio et al (2011), a avaliação psicológica no contexto do trânsito tem recebido destaque na psicologia nos últimos anos diante das mudanças na legislação e questionamentos acerca das práticas e da sua validade. Para que ela possa se desenvolver, faz-se necessário conhecer tendências e lacunas acerca do que tem sido pesquisado nos últimos anos. Nesse sentido, um levantamento de artigos de periódicos sobre a temática publicados nas bases de dados Pepsic e Scielo e trabalhos apresentados nas quatro edições do Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica foi realizado. A partir das palavras-chave motorista, avaliação psicológica, trânsito e condutores, foram encontrados 22 artigos de periódicos e 38 resumos apresentados em congresso, datados entre 2000 e 2009, cujos resultados demonstraram, de uma forma geral, aumento no interesse pela área. Salienta-se que foi encontrado um número maior de trabalhos em congressos, acima do número de artigos de periódicos publicados no mesmo período, verificando-se que a maior parte dos resultados das pesquisas não chega efetivamente à publicação. Dentre os trabalhos analisados, há prevalência de estudos empíricos, focados principalmente na investigação da personalidade e atenção, fazendo uso de grande número de instrumentos (n = 24), sendo a maior parte não específicos para o contexto do trânsito, e aplicados, em sua maioria, em candidatos a motorista.(AU)

De acordo com Moraes et al ((2011), os acidentes de trânsito matam, anualmente, mais de 30.000 pessoas no País. Parte delas envolve trabalhadores em situações de trabalho, embora sejam escassas pesquisas interessadas nessas questões. São ainda menos frequentes pesquisas que se debruçam sobre aspectos dos modos de condução, como o uso do corpo no processo de pilotagem. Por meio de pesquisas operadas pela perspectiva ergológica, pudemos verificar que o processo de pilotagem urbana notabiliza-se por meio do pensamento, da inteligência, da cognição e por como eles se articulam a um corpo biológico, psíquico, cultural e histórico: um corpo-si. O uso desse conceito se impõe, visto ser impossível uma completa prescrição das condições do trânsito, que requer o uso de uma inteligência da prática. A pilotagem envolve a mobilização do corpo por inteiro,

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desenvolvendo saberes e experiências que auxiliam na execução das tarefas e dos constrangimentos enfrentados na atividade em trânsito. O reconhecimento desse corpo-si se torna, portanto, um elemento fundamental para se compreenderem os comportamentos dos condutores profissionais.(AU)

Ainda de acordo com Bianchi (2007), a questão norteadora deste trabalho se refere à intersecção entre psicanálise e trânsito, ou como a psicanálise poderia explicar alguns comportamentos no trânsito. O trabalho foi desenvolvido a partir de revisão de literatura referente a tópicos da teoria psicanalítica e a psicologia do trânsito. Conclui-se que o problema do trânsito não pode e não deve ser tratado como uma expressão a mais da constituição psicológica do sujeito: é necessário aumentar o desprazer do comportamento perigoso no trânsito, provocando uma derivação nos caminhos neurais já facilitados que possa ser traduzida em um comportamento diferente ao volante(AU)

Para Noronha et al (2008), este estudo teve por objetivo buscar evidências de validade desenvolvimental para o Teste de Atenção Dividida (AD). O AD foi aplicado em 369 candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em clínicas de avaliação psicológica do estado de Minas Gerais, com idades entre 18 e 73 anos (média de 27 anos, DP = 11,51). Foram encontradas correlações negativas entre as medidas de Velocidade com Qualidade e Concentração com a idade, sugerindo que as pontuações diminuíram conforme aumentava a idade. Os participantes foram organizados quanto às idades, tendo sido formados seis grupos (18 e 19 anos; 20 aos 27 anos; 28 aos 36 anos; 37 aos 41; 42 aos 55 e 56 aos 73 anos). Foram encontrados seis grupos etários que se diferenciaram significativamente em ambas as medidas pela prova ANOVA.(AU)

De acordo com Ledesma et al (2008), este trabalho oferece uma visão geral da literatura científica publicada no âmbito da Psicologia do Trânsito. A revisão se baseia no estudo extensivo de referências, se analisa a evolução da produção no período, se identificam as publicações mais representativas da área e os países mais produtivos. Assim, analisam-se as palavras-chave dos artigos com a finalidade de identificar e descrever os principais temas e áreas de investigação. Esta análise completa-se com a revisão dos resumos e artigos completos publicados na revista Transportation Research Part F: Traffic Psychology & Behaviour, que pode ser considerado o principal âmbito de publicação na área. Espera-se que este trabalho

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contribua para um maior conhecimento e difusão da Psicologia do Trânsito e permita o desenvolvimento de áreas de investigação na América Latina(AU)

De acordo com Rueda (2008), o objetivo da pesquisa foi verificar possíveis diferenças no Teste de Atenção Concentrada (TEACO-FF) em função da escolaridade, do tipo de avaliação psicológica pericial, em função da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e pelo fato de exercer atividade remunerada ou não relacionada ao ato de dirigir. Para isso participaram um total de 698 pessoas dos estados da Bahia e de Sergipe. A idade variou de 18 a 58 anos, sendo 374 eram homens e 324 mulheres. A escolaridade foi do ensino fundamental incompleto até cursos de pós-graduação. As aplicações ocorreram em clínicas credenciadas pelo Detran de cada estado e por psicólogos que possuíam curso de Perito Examinador. Ainda, o instrumento foi respondido de forma coletiva por estudantes de uma universidade particular do estado de Sergipe. Os resultados sugeriram que seria necessária a criação de normas específicas em função da escolaridade, do tipo de avaliação procurada (obtenção, renovação ou mudança de categoria da CNH), do tipo de CNH procurada (categoria A, AB, B, C, D ou E), e em função de exercer atividade remunerada ou não, uma vez que os seus resultados no TEACO-FF apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Dessa forma, evidências de validade relativas ao contexto do trânsito foram verificadas para o TEACO-FF. (AU)

Ainda de acordo com Sílvia et al (2008), o campo da avaliação psicológica de motoristas é caracterizado por dificuldades e limitações em sua fundamentação e exercício profissional, necessitando de estudos que sistematizem os conhecimentos produzidos e ofereçam sugestões de pesquisas futuras para o seu desenvolvimento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi revisar os estudos empíricos brasileiros sobre instrumentos de avaliação psicológica de habilidades e inteligência utilizados nos processos de habilitação para conduzir veículos. Identificaram-se as publicações nestas temáticas no país, seus principais temas e métodos, bem como se listaram os resultados obtidos. Apenas 15 publicações foram encontradas. Concluiu-se que, em cinqüenta anos, as pesquisas sobre habilidades e inteligência de motoristas trouxeram limitadas contribuições à questão da validade do processo, não sendo constatado um campo de conhecimentos sólidos em relação aos construtos e critérios da avaliação do comportamento.(AU)

Ainda de acordo com Thielen et al (2007), este artigo focaliza o excesso de velocidade no trânsito urbano e analisa o impacto da legislação sobre a percepção e

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o comportamento dos motoristas. O ponto de partida para a análise foram os textos legais sobre limites de velocidade: o Código de Trânsito Brasileiro de 1997, a legislação estadual, que modificou o enquadramento das vias no Paraná, e, em conseqüência, afetou as determinações relativas ao excesso de velocidade, e a Lei Federal de 2006, que modificou os limites de velocidade. Os textos legais apresentam ambivalências, que distorcem o conceito de limite e podem reforçar percepções inadequadas de que 'correr moderadamente' não oferece risco. Isso se deve às constantes mudanças na legislação e à divulgação confusa, que permite que os motoristas reinterpretem a lei, identificando velocidades máximas conforme seu próprio entendimento. A placa de sinalização perde a função de estímulo discriminativo e torna-se incapaz de orientar um comportamento adequado e compatível com um trânsito seguro, o que potencializa os riscos. Recomenda-se que os textos legais sejam inequívocos, a fim de impedir outras interpretações, e fixem o limite único, a partir do qual todo excesso seja considerado gravíssimo.(AU)

Ainda de acordo com Sílvia et al (2007), todos os anos milhões de brasileiros são avaliados psicologicamente para conduzir veículos, com base na legislação vigente. O objetivo deste trabalho foi revisar os estudos empíricos brasileiros sobre avaliação psicológica de características da personalidade utilizados nos processos avaliativos de condutores. Identificaram-se publicações nesta temática no país, os principais temas e métodos utilizados, bem como se listaram os procedimentos e resultados obtidos. Conclui-se que as pesquisas sobre personalidade de motoristas são escassas e restritas nos seus resultados com base na generalização, sem resultados conclusivos que justifiquem a necessidade de avaliação deste construto psicológico para conduzir veículos(AU)

De acordo com Almeida et al (2005), este artigo teve o propósito de estudar não só as relações de gênero no âmbito do sistema de trânsito, pesquisando como a mulher motorista e o homem motorista percebem e compreendem a si mesmo e ao outro sexo, bem como o de investigar as representações sociais existentes. Participaram da pesquisa 84 motoristas, com faixa etária de 18 a 60 anos de idade, sendo 42 do sexo feminino e 42 do sexo masculino. A coleta dos dados foi realizada através de contatos com homens e mulheres em universidades, locais de trabalho e em domicílio, na cidade do Recife, por meio de uma entrevista com duas perguntas e um questionário constituído por quatro questões abertas que, posteriormente, foram reunidas e organizadas segundo os dados obtidos. Inicialmente, foram

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levantadas e registradas todas as respostas obtidas para cada questão, sendo que cada uma constituiu uma temática de análise. A seguir, foi realizada uma nova leitura do material. Buscava-se aquilo que era essencial em cada resposta. Verificou-se a natureza das categorias emergentes e sua freqüência em cada tema. Cabe salientar que uma resposta possuía mais de uma categoria, por isso, o número de respostas não corresponde ao número de sujeitos. Concluímos que: (a) os papéis culturais influíram na percepção que o/a motorista possui de si mesma/o e a respeito da pessoa do outro sexo; (b) observou-se, também, diferença marcante de gênero na maneira como as pessoas encaram as relações no trânsito.

Para Alchieri et al (2006), o presente artigo apresenta os principais aspectos da práxis psicológica junto à área do comportamento humano no trânsito, colocando em evidência sua história, introdução e desenvolvimento de ações, até a apresentação e exposição como uma proposta destinada à ação da formação em psicologia, destacando aos futuros profissionais, algumas possibilidades de reestruturação das atividades. Espera-se ampliar assim as discussões sobre a formação profissional, bem como caracterizar o desenvolvimento de uma nova área de atuação no processo de formação em psicologia. (AU)

Também de acordo com Thielen et al (2006), este artigo descreve uma etapa de investigação da relação entre desenvolvimento moral e comportamento no trânsito. A aplicação piloto do Teste de Julgamento Moral, baseado nos estudos de Lawrence Kolhberg, em 10 motoristas na cidade de Maringá-PR, visou identificar a viabilidade de utilização deste instrumento, para verificar o estágio de desenvolvimento moral em situação de trânsito. Embora a amostra tenha sido limitada, o estudo permitiu algumas conclusões, descartando o uso deste instrumento. A principal questão identificada é que os resultados não permitem caracterizar em que estágio os motoristas se encontram inviabilizando qualquer análise que procure relacionar estágios e comportamentos de risco no trânsito. (AU)

De acordo com Montiel et al (2006), a Psicologia de Trânsito investiga o comportamento humano no contexto do trânsito, assim como os fatores que interferem em tal comportamento. É outro contexto de inserção da avaliação psicológica, objetivando a diminuição da probabilidade de motoristas envolverem-se em situações de risco. Considerando a importância dos processos atencionais e a carência de instrumentos válidos e fidedignos que avaliem esta função, o presente artigo buscou evidência de validade convergente para o Teste de Atenção

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Concentrada Toulouse-Piéron, por meio da comparação com o Teste TACOM-A. Participaram do estudo 139 candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação de uma clínica de avaliação psicológica do interior de Minas Gerais. Os resultados mostraram evidência de validade para a medida de Rapidez do Teste Toulouse-Piéron. O presente estudo contribuiu para a ampliação de possibilidades de atuação e instrumentalização da área da Psicologia de Trânsito. (AU)

De acordo com Sisto et al (2005), do sexo feminino, com idade variando de 17 a 47 anos. Foram aplicados coletivamente o Teste Conciso de Raciocínio - (TCR) e uma prova de conhecimento sobre trânsito, cujos itens foram classificados em habilidade, normas e condutas de risco. Foram encontradas correlações significativas e positivas entre inteligência e habilidade e normas, para as pessoas do sexo masculino, como também os grupos contrastantes formados pelo TCR foram diferenciados pelas pontuações em habilidade e normas. Assim, foi possível constatar evidências de validade de critério e por grupos contrastantes para o TCR em relação ao conhecimento sobre trânsito, para os motoristas do sexo masculino. As condutas de risco não apresentaram correlações com inteligência. (AU)

De acordo com Santos et al (2012) no Brasil, a avaliação de traços de personalidade em condutores é obrigatória. No entanto, as pesquisas na área não apresentam resultados conclusivos de que determinadas características de personalidade estariam associadas com maiores ocorrências de infrações de trânsito e acidentes. Assim, o presente estudo objetiva revisar estudos empíricos internacionais que tenham avaliado a possível ligação entre envolvimento em infrações ou acidentes de trânsito e características de personalidade em motoristas, a fim de verificar se a instituição de tal obrigatoriedade possui embasamento científico. Trata-se de artigo de revisão de literatura breve, não sistemática. Foi realizada busca de artigos na base de dados eletrônica Scopus, com os descritores (personality) AND (traffic accidents OR automobile driving OR traffic violations), retirados do MeSH. Foi possível concluir que existe base empírica por detrás da necessidade de avaliação dos traços de personalidade, que podem ser considerados fatores preditivos distais dos índices de acidentes e infrações.(AU)

Para Thielen (2011) este artigo aborda a Psicologia de Trânsito, a partir das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Psicologia do Trânsito da Universidade Federal do Paraná (NPT-UFPR), que propiciaram a criação da Linha de Pesquisa Psicologia do Trânsito: Avaliação e Prevenção. A centralidade exercida pela

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avaliação psicológica é referenciada, bem como a indicação da ampliação de perspectivas de investigação, a partir de novas pesquisas e intervenções integradas. A abordagem sistêmica permite a compreensão do comportamento humano no trânsito, indicando a complexidade das interações que se estabelecem entre insumos e processos que resultam na adoção de comportamentos de risco, que geram danos a si e aos outros. A tomada de decisão no trânsito se torna um dos aspectos centrais, demandando investigações que elucidem a maneira como ocorre e como pode ser orientada, a partir do estudo de fatores que contribuem para comportamentos mais seguros e que incorporem a dimensão coletiva intrínseca ao trânsito. Destaque especial é dado às pesquisas que aprofundam a compreensão do comportamento humano em situação de trânsito a partir do referencial da percepção de riscos. (AU)

Segudo Sousa et al (2011), visando contribuir para sistematizar reflexões sobre as implicações do transitar na Metrópole, iremos, neste artigo, discutir aspectos relacionados a previsibilidade e imprevisibilidade na área do trânsito, bem como os limites da avaliação psicológica, neste quadro. Apontamos que o morador da metrópole experimenta, no seu transitar, uma realidade perpassada por algo que escapa, em grande parte, ao seu controle. Mostramos o entrelaçamento, neste contexto, de conflitos com os quais nos defrontamos na circulação urbana, muitos provenientes de nossos modos de relacionamento na cidade contemporânea. Ao considerar que viver e circular, efetivamente, estão associados a uma certa imprevisibilidade, constatamos, por outro lado, que a avaliação psicológica encontra muitos limites frente ao agir cotidiano das pessoas, e envolve aspectos bem mais amplos, que fogem ao âmbito restrito da avaliação. Mostramos que a discussão destas questões tem que ser colocada em uma dimensão mais abrangente, propiciando assim, abertura de novos espaços de reflexão para os profissionais que trabalham na área da psicologia, vinculada ao trânsito. Ressaltamos que cabe a estes profissionais, levarem em consideração, de maneira mais efetiva, durante suas avaliações, aspectos associados ao convívio social, muito presentes na forma de organização do trânsito. Concluímos que a avaliação psicológica deve ser pensada, de modo não tão restrito ao que é apreendido pela mediação dos testes, mas, contrariamente, de modo mais abrangente, podendo levar os profissionais envolvidos a uma implicação mais efetiva com a circulação na cidade contemporânea.(AU)

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Na visão de Lamounier (2005), a Avaliação Psicológica é uma área da Psicologia que permite investigar características de personalidade e diversos aspectos psíquicos por meio de instrumentos científicos. Muitas pesquisas tem sido desenvolvidas em diversos contextos, porém no contexto do Trânsito observa-se uma grande carência de estudos que demonstrem a validade dos procedimentos na Avaliação de motoristas. Diversas críticas quanto a este processo despertaram o interessa por esta pesquisa. Dessa forma, este estudo visou verificar os indicadores de controle do impulso, afetividade, agressividade e adequação às normas com relação a grupos contrastantes de motoristas infratores e não infratores, por meio do Método de Rorschach. Esse instrumento foi selecionado para este estudo, uma vez que proporciona informações ricas sobre a estrutura da personalidade e seus psicodinamismos. Portanto, para a realização da pesquisa participaram 42 condutores. 21 infratores de trânsito que se envolveram em acidentes com vítimas fatais e 21 motoristas que não cometeram infrações de nenhum tipo no intervalo de um ano. Não participaram da amostra motoristas remunerados e/ou condutores de veículos de urgência e emergência. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significativas nos indicadores Nota AdjD, Xu por cento, AG e FC:CF+C. No caso das Notas AdjD, AG e FC:CF+C foi verificado que o grupo de infratores apresentou maiores pontuações, enquanto que, na nota Xu por cento a pontuação deste grupo foi menor que a do grupo de não infratores. Esses achados confirmaram algumas das hipóteses do estudo, no sentido de que o Método de Rorschach poderia ser considerado sensível para identificar determinadas características psicológicas de indivíduos que se envolveram em acidentes de trânsito. Nesse sentido, os resultados alcançados na pesquisa podem ser considerados uma evidência da validade do uso do Método de Rorschach no contexto de trânsito. (AU)

Para Carvalho, este estudo de caráter exploratório investiga as variáveis do comportamento psicológico que influem no envolvimento em acidentes de trânsito, com vítimas ou sem vítimas, utilizando a Escala de Neuroticismo (EFN) e o Psicodiagnóstico Miocinético (PMK). Os dados da amostra, formada por estudantes de uma universidade, apontam como fatores de risco de acidentes de trânsito: dirigir com sono, sob efeito de álcool, estimulantes e outras drogas, início precoce de direção (antes dos 18 anos) inexperiência, e excesso de velocidade predominante em homens. As variáveis de gênero, idade, prática do racha, desrespeito a

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sinalização, categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa não apresentam relação estatisticamente significante como fatores de risco de acidentes de trânsito. As variáveis que predominam como fatores de risco para todos os tipos de acidentes, entre os 208 participantes que alegam ter se envolvido em acidentes são a idade acima de 25 anos e a posse da CNH há seis anos. Todos os participantes submetidos a avaliação psicológica não apresentam diferenças importantes nas características de personalidade entre os que se envolvem ou não em acidentes e revelam tendência ao envolvimento em acidentes. Nao podemos afirmar que esta subamostra sirva como parâmetro para determinar que os outros indivíduos com características semelhantes possam se envolver também em acidentes. Os resultados do estudo apontam a necessidade de outras investigações sobre o perfil dos condutores: gênero, idade, profissão, escolaridade, em diferentes regiões do país, validade, uso adequado e padronização dos instrumentos de avaliação psicológica em âmbito nacional para servir de parâmetro aos profissionais envolvidos no exame para obtenção e renovação da CNH. Tais estudos, podem contribuir para o desenvolvimento de ações nas areas da Saúde e Educação, visando a prevenção dos acidentes de trânsito (AU).

Na visão de Silva et al (2010), este estudo analisou a possibilidade de prever infrações de trânsito cometidas por motoristas profissionais a partir dos resultados dos testes psicológicos aplicados no processo de habilitação. Coletaram-se os dados de 68 condutores que exercem atividade remunerada em dois momentos, o primeiro, na aquisição da habilitação, e, o segundo, cinco anos depois, na renovação. As análises não demonstraram diferenças significativas nos escores médios dos testes entre os grupos de motoristas com e sem registro de infração. Também não foram evidenciadas correlações significativas entre os escores dos testes e as pontuações das infrações. Concluiu-se que altos ou baixos escores nos diversos instrumentos não são critérios capazes de definir se um motorista cometerá mais ou menos atos infracionais.(AU)

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Ética

A presente pesquisa segue as exigências éticas e científicas fundamentais conforme determina o Conselho Nacional de Saúde - CNS nº 196/96 do Decreto nº 93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos: A identidade dos sujeitos da pesquisa segue preservada, conforme apregoa a Resolução 196/96 do CNS-MS, visto que, não foi necessário identificar-se ao responder o questionário. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram coletados dados a respeito de idade e o grupo ao qual o participante pertencia para que se possa obter maiores informações sobre a população pesquisada.

3.2 Tipo de Pesquisa

Este trabalho oferece uma visão geral da literatura científica publicada no âmbito da psicologia do trânsito. Trata-se de um estudo extensivo de referências com abordagem qualitativa, onde se identificam as publicações mais representativas da área. Assim, analisam-se as palavras-chave dos artigos com a finalidade de identificar e descrever os principais temas e áreas de investigação.

3.3 Universo

Participaram da pesquisa 783 sujeitos, 65,5 por cento do sexo masculino, de seis clínicas de Minas Gerais, sendo que 401 realizavam avaliação psicológica pela primeira vez e 382 estavam renovando-a.

3.4 Sujeitos e Amostra

A amostra deu-se por conveniência quando lançou-se mão dos candidatos à obtenção da CNH e os condutores habilitados, que se submeteram à avaliação psicológica.

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3.5 Instrumentos de Coleta de Dados

Construiu-se um instrumento estruturado, um questionário com perguntas objetivas que levavam a respostas fechadas, com alternativa de resposta “sim” ou “não”. Composto por 03 perguntas, que abrange a caracterização dos sujeitos, cujas variáveis incorporadas tais como sexo e o grupo ao qual os participantes da pesquisa pertenciam.

3.6 Plano para Coleta dos Dados

Na oportunidade, o questionário foi entregue pessoalmente aos candidatos à CNH e os condutores, num total de 783 participantes, que concordaram em responder e participar da pesquisa.

3.7 Plano para a Análise dos Dados

Quanto à parte qualitativa recorreu-se a análise de conteúdo técnica para dar sentido as falas dos sujeitos entrevistados.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados evidenciaram altas porcentagens de respostas afirmativas nas três questões estudadas. A análise de variância múltipla apontou diferenças significativas nas questões referentes à importância da avaliação psicológica no contexto do trânsito e sua periodicidade, pois os candidatos à obtenção de CNH apresentaram uma pontuação média maior. Ao lado disso, as mulheres acreditam mais do que os homens que essa avaliação ajuda a identificar fatores de risco no trânsito. Não houve efeito de interação entre as variáveis estudadas.

Na questão referente à importância da realização psicológica para obtenção da CNH e renovação, 99,3% dos participantes candidatos à obtenção da CNH responderam “sim”, consideram essa avaliação importante (conforme demonstrado no gráfico 1), enquanto o grupo de renovação da CNH apresentou 93,7% de respostas afirmativas (conforme demonstrado no gráfico 2).

Gráficos 1 e 2 - Importância da realização psicológica para obtenção da CNH e os condutores, em porcentagem (%).

Fonte: Dados da Pesquisa. Minas Gerais. 2013.

Aprofundando o resultado em relação à importância da realização psicológica para obtenção e renovação da CNH, pode-se observar que essa questão apresentou uma alta porcentagem de concordância sobre a importância da avaliação psicológica. Esse resultado corrobora o resultado da pesquisa de Lamounier e Rueda (2005) em que se concluiu que a avaliação psicológica nesse contexto de trânsito era importante para a população estudada; contudo ambos os

Sim Não

Sim Não

Candidatos à obtenção da CNH Grupo de renovação da CNH

(1) (2)

0,7% 6,3%

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resultados vão de encontro com os achados de Gouveia et al (2002), que verificaram justamente o oposto. Uma hipótese é a de que as pesquisas mais recentes, em 2005 e a presente pesquisa de 2012, já revelam um resultado positivo, o que pode ser atribuído a uma maior valorização da avaliação psicológica no trânsito.

A questão referente a se a avaliação psicológica poderia ajudar a identificar fatores de risco para diminuir o índice de acidentes no trânsito, apresentou que 93,5% dos candidatos à obtenção da CNH responderam positivamente a questão (conforme demonstrado no gráfico 3) e 88,7% no grupo de renovação (conforme demonstrado no gráfico 4).

Gráficos 3 e 4 - A avaliação psicológica pode ajudar a identificar fatores de risco para diminuir o índice de acidentes no trânsito.

Fonte: Dados da Pesquisa. Minas Gerais. 2013.

A questão referente a se a avaliação psicológica pode ajudar a diminuir o risco de acidentes de trânsito teve na sua grande maioria uma percepção positiva.

Para Carvalho, nessa questão da pesquisa, investigou-se as variáveis do comportamento psicológico que influem no envolvimento em acidentes de trânsito, com vítimas ou sem vítimas, utilizando a Escala de Neuroticismo (EFN) e o Psicodiagnóstico Miocinético (PMK). Os dados da amostra, formada por estudantes de uma universidade, apontam como fatores de risco de acidentes de trânsito: dirigir com sono, sob efeito de álcool, estimulantes e outras drogas, início precoce de direção (antes dos 18 anos), inexperiência e excesso de velocidade predominante em homens. As variáveis de gênero, idade, prática do racha, desrespeito a sinalização, categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa não

Candidatos à obtenção da CNH Grupo de renovação da CNH

(3) (4) 6,5% 11,3% 93,5% 88,7% Sim Não Sim Não

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apresentam relação estatisticamente significante como fatores de risco de acidentes de trânsito. Não podemos afirmar que esta sub-amostra sirva como parâmetro para determinar que os outros indivíduos com características semelhantes possam se envolver também em acidentes. Os resultados do estudo apontam a necessidade de outras investigações sobre o perfil dos condutores: gênero, idade, profissão, escolaridade, uso adequado e padronização dos instrumentos de avaliação psicológica em âmbito nacional para servir de parâmetro aos profissionais envolvidos no exame para obtenção e renovação da CNH. Apesar de tais estudos, percebe-se que não é possível prever que uma pessoa que apresenta traços agressivos e impulsivos vá manifestar esse comportamento no trânsito, pois ela pode canalizar esse comportamento quando dirige e manifestá-lo em outro ambiente. Em virtude de ser um trabalho preventivo, torna-se necessário evitar que essa pessoa dirija e venha a se expor em uma situação de risco podendo envolver outras vítimas.

Por fim, em relação a se a avaliação psicológica deveria ser realizada com maior periodicidade, obteve-se por resultado 85,5% de respostas “sim” do grupo de candidatos iniciantes (conforme demonstrado no gráfico 5), enquanto que para a mesma pergunta, a resposta “sim” obteve 72% para o grupo de renovação (conforme demonstrado no gráfico 6).

Gráficos 5 e 6 - A avaliação psicológica no trânsito deveria ser realizada com maior periodicidade.

Fonte: Dados da Pesquisa. Minas Gerais. 2013.

Candidatos à obtenção da CNH Grupo de renovação da CNH

(5) (6) 14,5% 28% 85,5% 72% Sim Não Sim Não

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Com relação à questão da maior periodicidade da realização da avaliação psicológica, sendo realizada no grupo de renovação da CNH, também teve alto índice positivo. Visto que, a avaliação psicológica só é realizada em caso de renovação da CNH dos condutores que exercem atividades remuneradas (condutores profissionais), como estabelecido no novo Código de Trânsito (resolução número 168/2004). Contudo, os condutores não profissionais, só precisam passar pela avaliação psicológica em um primeiro momento, na obtenção da primeira habilitação. Isso equivale dizer que, a avaliação psicológica é válida para toda vida, e assim, não há possibilidade de acompanhamento da vida psicológica do condutor, já o exame de aptidão física e mental é feito a cada renovação da CNH.

Torna menos eficaz o trabalho do psicólogo, pois assim como uma pessoa pode vir a desenvolver com o passar dos anos uma dificuldade na visão, ela também pode apresentar um transtorno psicológico ou mudar características do comportamento, se tornando mais agressivo. O ser humano vive em contínua transformação, então dificilmente um psicólogo poderá prever que ele terá características de um bom condutor ao longo de toda a sua vida. Portanto, assim como percebido pela maioria dos participantes da pesquisa, é realmente importante que o exame psicológico seja realizado com maior periodicidade.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Avaliação Psicológica no contexto do trânsito tem se destacado na psicologia nos últimos anos diante das mudanças na legislação e questionamentos acerca das práticas e da sua validade.

A ética e a capacitação dos profissionais envolvidos com a área da psicologia que trata das questões de trânsito têm sido potencializadas principalmente nos últimos anos no contexto em que se observa um aumento de veículos sem a devida preocupação com a infra-estrutura das vias para acompanhar esse crescimento. Espera-se ampliar assim as discussões sobre a formação profissional, bem como caracterizar o desenvolvimento de uma nova área de atuação no processo de formação em psicologia.

Observa-se também no contexto do trânsito uma grande carência de estudos que demonstrem a validade dos procedimentos na Avaliação de Motoristas.

Conclui-se que as pesquisas sobre personalidade de motoristas são escassas e restritas nos seus resultados com base na generalização, sem resultados conclusivos que justifiquem a necessidade de avaliação deste construto psicológico para conduzir veículos, bem como que o problema do trânsito não pode e não deve ser tratado como uma expressão a mais da constituição psicológica do sujeito: é necessário aumentar o desprazer do comportamento perigoso no trânsito, que possa ser traduzida em um comportamento diferente ao volante.

A Psicologia de Trânsito investiga o comportamento humano no contexto do trânsito, assim como os fatores que interferem em tal comportamento. É outro contexto de inserção da avaliação psicológica, objetivando a diminuição da probabilidade de motoristas envolverem-se em situações de risco.

Considerando a importância dos processos atencionais e a carência de instrumentos válidos e fidedignos que avaliem esta função, o presente estudo contribuiu para a ampliação de possibilidades de atuação e instrumentalização da área da Psicologia de Trânsito.

O campo da avaliação psicológica de motoristas é caracterizado por dificuldades e limitações em sua fundamentação e exercício profissional, necessitando de estudos que sistematizem os conhecimentos produzidos e ofereçam sugestões de pesquisas futuras para o seu desenvolvimento.

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Concluiu-se que, em cinqüenta anos, as pesquisas sobre habilidades e inteligência de motoristas trouxeram limitadas contribuições à questão da validade do processo, não sendo constatado um campo de conhecimentos sólidos em relação aos construtos e critérios da avaliação do comportamento.

O estudo realizado é de cunho teórico e exploratório. A compreensão e identificação das principais funções psicológicas e cognitivas do ato de dirigir favorecem a avaliação de fatores preditores de comportamentos de risco, assim sua relevância em corroborar para a efetividade de intervenções preventivas no trânsito.

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REFERÊNCIAS

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