• Nenhum resultado encontrado

FILOSOFIA, DIVERSIDADE E INCLUSÃO. A prática da comunidade de investigação como possibilidade pedagógica.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "FILOSOFIA, DIVERSIDADE E INCLUSÃO. A prática da comunidade de investigação como possibilidade pedagógica."

Copied!
32
0
0

Texto

(1)

FILOSOFIA,

DIVERSIDADE E

INCLUSÃO

A prática da comunidade de investigação

como possibilidade pedagógica.

(2)

Programa Filosofia para

Crianças

 Criado por Matthew Lipman, educador

americano, na década de 60;

Preocupava-se com o pensar melhor: como

levar jovens e crianças a investigação

filosófica?

 Desafio: conteúdo e metodologia

 Professor: como tornar-se um bom mediador

(3)

Como Lipman juntou as

ideias Filosofia e

Educação para o Pensar?

Investigação filosófica: pensar sobre o pensar;Filosofia: educadora do nosso pensar;

 Investigação: prática autocorretiva;

 Filosofar: pode ser um bom meio de nos ajudar a desenvolver a capacidade de pensar melhor.

(4)

Relação entre pensar e agir

Pensar: “processo de descobrir relações e de

criar ou imaginar novas relações”.

Agir: a forma pela qual os seres humanos

concretizam sentidos ou direções na realidade é sempre a sua prática, ação.

(5)

Habilidades cognitivas

ou de pensamento

Ocorrem de forma integrada em cada contexto ou

situação problemática em que são exigidas.

As habilidades são divididas em 4 grandes grupos:

1º GRUPO: Habilidades de Investigação

Saber observar bem, formular questões ou perguntas substantivas, formular hipóteses, saber buscar comprovações e desenvolver disposição à autocorreção.

(6)

Habilidades cognitivas

2º GRUPO: Habilidades de Raciocínio

Ser capaz de produzir bons juízos, estabelecer relações adequadas entre idéia, inferir, tirar conclusões.

(7)

3º GRUPO: Habilidades de Formação de Conceitos

Saber explicar o significado de qualquer palavra, analisar e reconstruir conceitos, saber buscar significados de palavras e adequá-los ao contexto, saber definir algo.

(8)

4ºGRUPO: Habilidades de Tradução

Desenvolve a capacidade de interpretar, parafrasear, dizer por outras palavras ou por outros meios (mímica, desenho etc) sem alterar o significado.

(9)

Comunidade de

Investigação

 COMUNIDADE  Espírito de cooperação  Cuidado  Confiança  SegurançaSenso de objetivo comum  INVESTIGAÇÃO  Prática de autocorreção  O problemático, o intrigante e o confuso tornam-se compreensíveis como um todo  Julgamento

(10)

O que veríamos em uma sala de

aula que pretende tornar uma

comunidade de investigação?

 Configuração física circular;

Participantes criando, modelando, e

modificando as idéias uns dos outros;

Investigação aberta: perguntas, respostas,

hipóteses, ponderações;

Persistência para chegar ao mais fundo das

(11)

 Participantes com coragem para modificar seu ponto de vista ou corrigir o raciocínio;

Harmonia de virtudes intelectuais: persistência,

coragem, humildade, tolerância, pensamento justo;

 Respeito pelas pessoas que estão no processo de investigação;

Desenvolvimento pessoal: tempo e espaço para

crianças tímidas ou agressivas;

 Incentivo às disposições naturais de curiosidade e encantamento das crianças;

(12)

Forma de prática ética em que cuidado,

confiança, respeito e bom pensamento têm a mesma importância;

 Valorização do que é feito, tanto quanto o que é pensado, dito e escrito;

Ajuda na melhoria dos julgamentos fora da

sala de aula, julgando as opiniões como sustentadas ou não por bons motivos.

(13)

Estamos combinados?

Regras para o trabalho...

Manter o círculo organizado.  Lugar seguro.

Respeitar a fala do outro.

Escutar o outro atentamente.

Falar na sua vez e a partir da fala do outro.  Participar.

(14)

Momentos da Sessão

Filosófica

1. Aquecimento ou incentivação

2. Apresentação do texto

3. Problematização

4. Agrupamento das questões (opcional)

5. Escolha da questão

6. Discussão ou diálogo investigativo

7. Avaliação

(15)

COMUNIDADE DE INVESTIGAÇÃO

COMO IDEAL EDUCACIONAL

Atitude investigativa em relação ao mundo e ao próprio ser humano.

(16)

RAZOABILIDADE

“CRENÇA NA CAPACIDADE HUMANA DE PRODUZIR ALGUNS ACORDOS, MESMO QUE PROVISÓRIOS, SOBRE A VERDADE”.

RACIONALIDADE

RACIOCÍNIO HÁBIL CUIDADOSO CRÍTICO

ATITUDE SOCIAL RESPEITO AOS OUTROS CAPACIDADE DE DIÁLOGO SABER OUVIR AUTOCORREÇÃO

(17)

RAZOABILIDADE

(18)

Pensar cuidadoso

 Lipman incorporou a noção de cuidado ao

pensar, para ligar os aspectos intelectual e afetivo.

A conjunção do pensamento crítico, criativo e

cuidadoso – ou que cuida – é capaz de fazer com que as pessoas julguem melhor.

Pensar mostrando cuidado significa pensar

ética, afetiva, normativa e valorativamente e com decisão de participação ativa na sociedade.

(19)

O cuidado se manifesta no agir, na

participação, na construção, na

contribuição e no relacionamento com os outros.

 O campo pedagógico é um espaço

privilegiado para o cultivo desse

pensamento que deve ocorrer em uma comunidade de pessoas, num ambiente de investigação conjunta.

(20)

Crescimento ético

Consciência de nós mesmos: como vemos e

valorizamos nós mesmos como pessoas?

Consciência dos outros: como vemos e

valorizamos os outros como pessoas?

Importância das relações recíprocas: nossos

pensamentos, sentimentos e ações dirigidos a outros.

(21)

Educação ética: encorajar crianças a se

sentirem bem consigo mesmas,

identificando e exercitando seu interesse próprio, mas compreendendo a teia de

inter-relacionamentos que formam o

(22)

Como se tornar responsável

no mundo?

Entender que desejos, objetivos, interesses,

esperanças e sonhos próprios fazem parte também da existência de outras pessoas.

 Ao tomar decisões e fazer julgamentos éticos, cada um deve ampliar sua perspectiva , considerando os outros.

Empatia, imaginação moral e descentralização

de si mesmo são estratégias éticas

(23)

Pergunte-se:

 Em que tipo de mundo (sociedade, comunidade) eu quero viver?

O que significa ser uma pessoa no mundo?

Como eu me sentiria se isso acontecesse comigo?Como eu me sentiria se isso acontecesse como

você?

(24)

 Quais são as implicações do comportamento e das experiências de outra pessoa para minha vida?

O que faz a vida valer a pena?

Nos conhecemos como pessoas dividindo experiências,

pensamentos, ideias e sentimentos com outras pessoas.

Nossa própria identidade está ligada a nossa

interdependência.

É preciso estabelecer conexões razoáveis entre o

(25)

Reciprocidade

Reciprocidade e interdependência na

comunidade de sala de aula: apoio mútuo, cooperação, valorização de ideias do outro.

Ausência de reciprocidade: intolerância às críticas, dificuldade em dar uma resposta crítica às ideias dos outros.

Reciprocidade Interação social

(26)

Sugestões de histórias para

pensar a diversidade

RUIZ, Hérica Elaine Barbosa. Inclusão e literatura infanto - juvenil: uma parceria que “tem história pra contar...”. Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov/portals/pde/arquivos/1037-2.pdf>. Acesso em: 28 out 2011.

ALVES, Rubem. O gambá que não sabia sorrir. São Paulo: Edições

Loyola, 2001.

DANSA, Lecticia; DANSA, Salmo. A fábula da Convivência. São

Paulo: FTD, 2002.

JAFFÉ, Laura; SAINT-MARC, Laure. Convivendo com as Diferenças. São Paulo: Ática, 2006.

MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de fita. São Paulo:

Ática, 2000.

MELO, Regina Célia. Uma joaninha diferente. São Paulo: Paulinas,

(27)

SILVA, Conceil Correa da; RIBEIRO, Nye.

Mirradinho.

 “Mirradinho é uma pequena árvore que ainda não descobriu o seu valor. Rodeada de espécies famosas e imponentes (ipê, carvalho) sentia-se triste e

diminuído por não conhecer suas raízes.

Oportunidade de ajudar a criança a reconsctruir sua própria história, tarefa importante na construção da sua identidade.

 Assuntos: busca da identidade, aceitação social, família, solidão, preconceito, natureza.

(28)

Por que Heloisa?

 Lançado no dia 12 de outubro, Dia das Crianças, o curta-metragem em animação “Por Que Heloisa?”. Uma adaptação do livro homônimo, escrito por Cristiana Soares, que conta a história de uma menina com paralisia cerebral.

 “O livro trata sobre inclusão, conta a infância de uma menina com paralisia cerebral, seus relacionamentos familiares e o início da vida na escola. Ele aborda temas como convivência, diversidade, deficiência e inclusão, que podem ser levadas para as salas de aula. Por meio da leitura e do vídeo, crianças e professores podem refletir e trabalhar a inclusão nos colégios de maneira didática e lúdica. A história foi inspirada na experiência da escritora, mãe de uma criança com deficiência”.

(29)

Como Estrelas na Terra –

Toda Criança é Especial

 Belo, sensível, impactante…

 “O filme é o relato da história de Ishaan Awasthi, um garoto de nove anos, disléxico, que é incompreendido pela escola e sofre pelo desconhecimento e abandono dos pais, que se preocupam apenas em torná-lo produtivo, competente para o trabalho e apto à concorrência. Na escola, Ishaan é dispersivo e encanta-se com um mundo que só ele vê. A mente criativa e prodigiosa do menino é ignorada pelos professores. O menino sonha e seus sonhos não cabem no currículo escolar”.

 Rotulado e estigmatizado, se isola. Reprovado de ano é encaminhado pelos pais a um internato onde é entregue à própria sorte, tido como preguiçoso, relapso e desorganizado. Nada mais faria sentido para ele, se um professor substituto não o resgatasse desta triste história.

(30)

Diversidade

Tatiana Belinky

Um é feioso, outro é bonito. Um é certinho, outro esquisito

Um é magrelo, outro é gordinho. Um é castanho, outro é ruivinho,

Um é tranqüilo, outro é nervoso. Um é birrento, outro dengoso...

Um é ligeiro, outro é mais lento. Um é branquelo, outro sardento

Um é preguiçoso, outro animado. Um é falante, outro calado

Um é molenga, outro é forçudo. Um é gaiato, outro é sisudo

Um é moroso, outro é esperto. Um é fechado, outro aberto,

Um carrancudo, outro, tristonho. Um divertido, outro enfadonho

Um é enfezado, outro é pacato. Um é briguento, outro cordato

(31)

Olho redondo, olho puxado. Nariz pontudo ou arrebitado

Cabelo crespo, cabelo liso. Dente de leite, dente de siso

Um é menino, outro é menina. (Pode ser grande ou

pequenina)

Um é bem jovem, outro, de idade. Nada é defeito ou

qualidade

Tudo é humano, bem diferente. Assim,

assado... todos são gente

Cada um na sua e não faz mal

DI – VER – SI – DA – DE É que é legal...

(32)

Referências

SHARP, Ann Margaret; SPLITTER, Laurence J.

Uma nova educação: a comunidade de

investigação na sala de aula. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.

 SHARP, Ann Margaret. A outra dimensão do pensamento que cuida. In: KOHAN, Walter O. (org) Lugares da Infância: Filosofia. Rio de

Referências

Documentos relacionados

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

5.2 Importante, então, salientar que a Egrégia Comissão Disciplinar, por maioria, considerou pela aplicação de penalidade disciplinar em desfavor do supramencionado Chefe

No entanto, quando se eliminou o efeito da soja (TABELA 3), foi possível distinguir os efeitos da urease presentes no grão de soja sobre a conversão da uréia em amônia no bagaço

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

segunda guerra, que ficou marcada pela exigência de um posicionamento político e social diante de dois contextos: a permanência de regimes totalitários, no mundo, e o

Considerando a formação da equipe de trabalho, o tempo de realização previsto no projeto de extensão e a especificidade das necessidades dos catadores, algumas

As variedades linguísticas registradas no Atlas Linguístico da Mesorregião Sudeste de Mato Grosso evidenciam a influência da fala de outras regiões do Brasil, como ficou