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USO DA GLUTAMINA EM PACIENTES CRITICOS:

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Academic year: 2021

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_____________________________________________________________ Revista Interdisciplinar de Ciências Médicas - Anais - Teresina-PI CNPJ:14.378.615/0001-60

Registro:

USO DA GLUTAMINA EM PACIENTES CRITICOS: revisão de literatura PEREIRA1, I. C.; PEREIRA2, A. G. C.; OLIVEIRA3, A. S. S. S.; MACEDO1, J. L.; LIMA JUNIOR1, W, S.; SOUSA1, H. P.; BRITO1, E. H. S.; SALES1, S. L. O.; MAGALHÃES4, N. J.

S.; MAGALHÃES5, M. J. S. 1

Acadêmicos do Curso de Nutrição na Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (FACEMA); 2

Acadêmica de Enfermagem na Universidade Federal do Piauí; 3Nutricionista- Especialista em Nutrição Clínica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (FACEMA); 4Enfermeira- Especialista em Enfermagem do Trabalho pelo Instituto de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX); 5Nutricionista- Doutoranda em Biologia Celular

e Molecular Aplicada à Saúde na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

RESUMO: Introdução: Um paciente é classificado como crítico, quando encontra-se

em uma situação grave, com risco de vida iminente e os diversos órgãos necessitam de ventilação mecânica e um suporte nutricional especifico. A glutamina consiste em um aminoácido livre abundante presente no organismo humano, que atua principalmente nas respostas orgânicas aos estresse oxidativo e/ou inflamatório. Portanto o objetivo deste trabalho foi revisar sobre o uso da glutamina em pacientes críticos. Metodologia: Consiste em uma revisão integrativa de estudos publicados entre anos de 2007 a 2017, disponíveis nos bancos de dados Scielo, PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, totalizando 7 trabalhos. Resultados e Discussão: Verificou-se que o uso da glutamina foi capaz de preservar as estruturas de diversos órgãos. A glutamina apresenta um papel fundamental na biossíntese de nucleotídeos, glutadiona, NAD+, que atuam também na proliferação celular, ela consiste em um fator limitante para síntese de proteínas de fase aguda e necessária para produção de glutadiona. Entretanto alguns estudos não obtiveram os mesmos resultados quando comparados a terapia nutricional sem glutamina. Conclusões: Portanto pode-se perceber que a utilização de glutamina em paciente críticos apresenta alguns benefícios como redução do estresse oxidativo e metabólico, diminuição do período de hospitalização.

Palavras-chave: Cuidados Críticos; Unidades de Terapia Intensiva; Imunomodulador.

ABSTRACT: Introduction: A patient is classified as critical when they are in a serious situation, with imminent risk of life and the various organs require mechanical ventilation and a specific nutritional support. Glutamine is an abundant free amino acid present in the human body, which acts primarily on the organic responses to oxidative and / or inflammatory stress. Therefore, the objective of this study was to review the use of glutamine in critically ill patients. Methodology: It consists of an integrative review of studies published between years 2007 to 2017, available in the databases Scielo, PubMed, Virtual Health Library, totaling 7 papers. Results and Discussion: It was found that the use of glutamine was able to preserve the structures of several organs. Glutamine plays a key role in nucleotide biosynthesis, glutathione, NAD +, which also act in cell proliferation, it is a limiting factor for the

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synthesis of acute phase proteins and necessary for the production of glutadione. However, some studies did not obtain the same results when compared to nutritional therapy without glutamine. Conclusions: Therefore, it can be observed that the use of glutamine in critical patients presents some benefits such as reduction of oxidative and metabolic stress, reduction of hospitalization period.

Keywords - Critical Care; Intensive Care Units; Immunomodulator.

INTRODUÇÃO

Um paciente é classificado como crítico, quando encontra-se em uma situação grave, com risco de vida iminente e os diversos órgãos necessitam de ventilação mecânica e um suporte nutricional especifico. Este paciente critico geralmente encontra-se em unidades de terapia intensiva, devido principalmente politraumatismo, queimaduras, sepse, complicações cardíacas e pulmonares (BERGER; PICHARD, 2012).

A sobrevida dos pacientes críticos elevou nos últimos anos devido aos avanços tecnológicos, científicos e da melhor interação entre as equipes profissionais. Entretanto ainda observa-se algumas complicações decorrentes da imobilidade na unidade de terapia intensiva, o que gera elevados custos para saúde pública, redução da qualidade de vida durante e pós-alta (DESAI; LAW; NEEDHAM, 2011).

O período crítico é constituído por três etapas. A etapa inicial também definida como fase de choque, inicia após a lesão, ocasiona a redução da taxa metabólica, do consumo de oxigênio, da temperatura do corpo e da pressão arterial, ocorre ainda a diminuição dos níveis de insulina e elevação da liberação do glucagon. A segunda etapa é caracterizada pela liberação de proteínas de fase aguda, mediadores lipídicos, citocinas, também há elevação dos níveis de glucagon, catecolaminas, glicocorticoides. A terceira e última etapa ocorre redução da resposta hormonal e dos hipermetabolismos e aumento da capacidade de reparo das lesões (WINKLER; MALONE, 2010).

Devido essas diversas alterações, os pacientes críticos possuem necessidades nutricionais complexas, pois ocorre elevação do gasto energético, intenso catabolismo, hiperglicemia acompanhada de resistência à insulina, redução da massa magra, diminuição dos níveis de alguns minerais, diminuição da produção de proteínas viscerais, retenção de líquidos (BERGER; PICHARD, 2012)

Nutrientes específicos evidenciam em vários estudos in vitro e in vivo, são capazes de modular imunidade e inflamação em pacientes graves, principalmente obtidos através de dietas imunomoduladoras e farmaconutrientes, com destaque de vitaminas antioxidantes, nucleotídeos e a glutamina (JAYARAJAN; DALY, 2011).

A glutamina consiste em um aminoácido livre abundante presente no organismo humano, que atua principalmente nas respostas orgânicas aos estresse oxidativo e/ou inflamatório, contudo sua disponibilidade é determinada através do equilíbrio entre a produção endógena e sua utilização pelos órgãos (ROTH, 2008). Portanto o objetivo deste trabalho foi revisar sobre o uso da glutamina em pacientes críticos.

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METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa sobre o uso da glutamina em pacientes críticos. Este tipo de revisão possibilita a análise de estudos relevantes que poderão dar apoio a pratica clínica e tomada de decisões, permitindo a síntese de informações sobre um dado assunto, além de indicar lacunas do conhecimento que necessitam ser preenchidas com desenvolvimento de novas pesquisas, pois este método possibilita a sínteses de diversos estudos realizados e publicados e permite ainda a elaboração de conclusões gerais sobre uma determinada temática (POLIT; BECK, 2006).

Foram utilizados estudos na língua portuguesa, inglesa e espanhola, disponíveis nas bases de dados Scielo, PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os seguintes descritores “Cuidados Críticos”, “Unidades de Terapia Intensiva” e “Imunomodulador”. Foram excluídos estudos incompletos, não científicos, em duplicata e publicados em anos anteriores a 2007. Após análise e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, utilizou-se de sete trabalhos para compor esta revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No estudo realizado por Fabiani; Rocha (2017) com intuito de avaliar a influência da glutamina nas alterações morfo-histológicas da sepse, verificou-se que o uso da glutamina foi capaz de preservar as estruturas de diversos órgãos. A glutamina apresenta um papel fundamental na biossíntese de nucleotídeos, glutadiona, NAD+, que atuam também na proliferação celular, ela consiste em um fator limitante para síntese de proteínas de fase aguda e necessária para produção de glutadiona (GARRETT et al., 2009).

Na pesquisa desenvolvida por Peixoto et al. (2015) notou-se que a suplementação com glutamina oral com doses de 0,3g/Kg/dia e 0,65g/Kg/dia foi capaz que conservar o estado nutricional, melhorando sintomas gastrointestinais. A glutamina é uma substancia que quando usada em tratamento de pacientes hospitalizados colabora com a diminuição com gastos relacionados com suporte nutricional parenteral, exames laboratoriais e período de hospitalização (PACIFICO; LEITE; CARVALHO, 2005).

No trabalho de Estívariz et al. (2008) averiguou que a suplementação de dipeptideo alanil-glutamina via parenteral não foi capaz de reduzir as taxas de infecções após a cirurgia de pancreatite necrotizante, contudo diminuiu expressivamente as infecções em pacientes após cirurgias cardíacas, intestinal e vascular. Um estudo randomizado, duplo-cego, em que os autores avaliaram os efeitos metabólicos do uso de alanil-glutamina por meio de suporte nutricional enteral e parenteral, em quarenta e quatro pacientes, no qual notou-se que os efeitos metabólicos positivos em pacientes que receberam por meio do suporte parenteral (LUO et al., 2008).

Segundo Heyland et al. (2007) o uso de glutamina por meio da nutrição enteral foi capaz de exercer efeitos terapêuticos desejais em pacientes críticos, atuando na manutenção da estrutura, função e atividade imunológica do trato gastrointestinal. Pesquisas experimentais revelam que a glutamina atua na proteção de células, tecidos, órgãos de estresse metabólico e oxidativo assim como de lesões

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por meio da atenuação do fato nuclear, elevação da expressão da proteína de fase aguda, melhora da integridade intestinal, aumento da imunidade (OLIVEIRA et al., 2010)

Na pesquisa intitulada “Efeitos da suplementação de glutamina em sistema antioxidante e peroxidação lipídica em pacientes críticos com nutrição parenteral” os autores verificaram que a glutamina em paciente críticos melhorou os parâmetros relacionados as defesas antioxidantes, diminuiu a peroxidação lipídica e menor período de hospitalização (ABILÉS et al., 2008).

No estudo realizado por Soto et al., (2013) compararam os efeitos do uso do suporte nutricional parenteral com glutamina e sem glutamina em pacientes com sepse e verificou-se que não houveram efeitos significativos relacionados ao estado nutricional, resposta metabólica.

CONCLUSÃO

Portanto pode-se perceber que a utilização de glutamina em paciente críticos apresenta alguns benefícios como redução do estresse oxidativo e metabólico, diminuição do período de hospitalização, redução da peroxidação lipídica, entretanto alguns estudos divergente em relação aos efeitos positivos, sendo necessário estudos detalhados e com maior número de participantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DESAI, S. V.; LAW, T. J.; NEEDHAM, D. M. Long-term complications of critical care.

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ESTÍVARIZ, C. F.; GRIFFITH, D. P.; LUO, M.; SZESZYCKI, E. E.; BAZARGAN, N.; DAVE, N.; DAIGNAULT, N. M.; BERGMAN, G. F.; MCNALLY, T.; BATTEY, C. H.; FURR, C. E.; HAO, L.; RAMSAY, J. G.; ACCARDI, C. R.; COTSONIS, G. A.; JONES, D. P.; GALLOWAY, J. R.;SO ZIEGLER, T. R. Efficacy of parenteral nutrition supplemented with glutamine dipeptide to decrease hospital infections in critically ill surgical patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2008.

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LUO, M.; BAZARGAN, N.; GRIFFITH, D. P.; ESTÍVARIZ, C. F.; LEADER, L. M.; EASLEY, K. A.; DAIGNAULT, N. M.; HAO, L.; MEDDINGS, J. B.; GALLOWAY, J. R.; BLUMBERG, J. B.; JONES, D. P.; ZIEGLER, T. R. Metabolic effects of enteral versus parenteral alanyl-glutamine dipeptide administration in critically ill patients receiving enteral feeding: a pilot study. Clin Nutr. 2008

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SOTO, J. L. V.; CRUZ, K. M. T.; CARRASCO, O. V.; ROJAS, F. B. B. Soporte nutricional en el paciente séptico: ¿cuál Es el rol de la inmunonutrición con glutamina En los pacientes postoperados de sepsis Abdominal? Rev Med La Paz, 2013.

WINKLER, M. F.; MALONE, A. M. Terapia médica nutricional para estresse

metabólico: sepse, trauma, queimaduras e cirurgia. In: Mahan LK, Escott-Stump

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