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Essas pessoas modernas que andam por aí se fazem de besta. Sabem por quê?

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Academic year: 2021

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Boa noite meus irmãos, meus companheiros.

Essas pessoas modernas que andam por aí se fazem de besta. Sabem por quê?

Pensam que comandam Deus, Jesus e os anjos do céu. Mas eles não sabem o que fazem.

Por isso é que eu sou amiga desses companheiros que tem o coração puro, que vêm ao Centro Espírita onde se faz a caridade, onde se pratica o amor ao próximo de verdade.

Lugar cristão onde não se lida com dinheiro, não se preocupa com coisas materiais. É um lugar onde todos têm o espírito aberto aos ensinamentos de Jesus. Nós sabemos que no Centro Espírita ocorre a limpeza psíquica das pessoas.

Os espíritos que trabalham aqui vão, em caravanas, até a residência do irmão e fazem a higienização do local; afastam e encaminham os espíritos que ali estão por qualquer motivo; impregnam tudo com a benção de Deus. Lógico que a vida da pessoa tem que melhorar, porque se melhora o astral, a parte material tende a ficar arrumada.

Certo dia contei uma história aos meus irmãos e amigos, em uma festa de aniversario de uma colega de vocês, e eu pedi ao Dr. Bezerra para repeti-la, no que ele concordou.

Quando morávamos no interior, em nossa região do Contestado, havia em nosso lugarejo uma igreja pequenina, sem pintura, daquelas que ainda falavam com Jesus.

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Ali aprendi a amar Jesus e Nossa Senhora.

Num domingo, quando completei 12 anos, ganhei de meu pai um vestido cor de rosa.

Ele comprou o vestido na venda do seu Chico que ficava mais pra frente, lá no estradão.

Depois de haver vendido algum mantimento e de haver trabalhado como diarista para os fazendeiros, reuniu dinheiro e me comprou o vestido e um par de sapatos.

Eu era uma moça de 12 anos, bonita, olhos escuros, cabelos negros, encaracolados, e tinha no rosto a alegria de viver, o que se via no meu sorriso faceiro.

Foi o presente mais lindo que havia recebido em toda a minha vida.

Saímos bem cedo de nossa casa. Trajada com o vestido cor de rosa fomos à igreja onde cantamos e rezamos hosanas a Jesus e a Nossa Senhora. Como eu gostava de cantar para Deus.

Eu tinha Jesus como o meu símbolo de amor, Aquele a quem eu tinha que seguir para sempre. Vocês não imaginam o amor que eu tinha pelo moço bonito e atraente da Galiléia.

Depois das celebrações fizemos um piquenique como almoço, porque pobre também pode fazer isso. Comemos pão, cuca, frango recheado e como sobremesa compota de pêssego.

E eu olhava as dezenas de pessoas em volta. Crianças brincavam de pega-pega, de se esconder, e alguns casais caminhando sob o arvoredo frondoso.

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Então eu pensei: eu gostaria de conhecer alguém. Um moço que me respeitasse, que me amasse.

Gostaria de constituir uma família, ter uma casinha simples, cuidar do meu trabalho. Gostaria de ter meus filhos; amamentá-los, carregá-los em meu colo; cuidar de seus cabelos, dar um banho bem gostoso e beija-los com toda a ternura que o coração de uma mulher e mãe pode conter.

Isso eu pedi a Jesus de todo o meu coração. Com que fervor eu pedi a Jesus esse presente.

Então eu seria tão feliz quanto eu estava feliz em meu vestido novo.

Mas os homens fazem a guerra. Adoram fazer guerra. Utilizam o braço forte das armas para dominar o povo.

Os homens doaram as terras, as nossas terras, onde estávamos havia dezenas de anos, vivendo às nossas custas.

Quinze quilômetros de cada lado da ferrovia, o que equivale a uma região imensa, foram

doados às companhias e milhares de sertanejos foram tocados a ferro e fogo para fora de suas terras.

E, em vez de Jesus me permitir ter alguém ao meu lado, constituir uma família, criar os meus filhos, eu tive como presente a guerra.

Eu via os espíritos e conversava com eles, principalmente José Maria que havia morrido nos combates em Irani.

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E fiz isso por amor à minha terra, por amor à minha gente desesperada. Eu havia crescido em meio à lida com os serviços no campo e no mato, por isso tinha destreza e força no manejo do facão. Para empunhar e manejar um fuzil foi fácil. Logo me adestrei com as armas.

Mas o mais forte em mim foram as visões espirituais que me fizeram comandante dos revoltosos.

Lutávamos pela liberdade e pela reconquista de nossa terra.

Os soldados eram mandados para nos matar a troco de soldo, em pagamento que o governo fazia, pelo desejo dos coronéis, a mando dos latifundiários e das autoridades do Rio de Janeiro. Nós nos defendíamos por amor à nossa terra e à nossa gente.

Então guerreamos. Todos nós perdemos e vencemos. Todos os que entram na guerra, perdem. Todos os que se levantam contra a opressão vencem.

Lutei com muita garra até o dia em que tombei vencida pela morte. Morreu meu corpo, mas eu estava muito viva em espírito. Vaguei por muito tempo pelos campos até encontrar a luz.

Então Jesus me permitiu ter a força espiritual e receber o auxilio do Dr. Bezerra de Menezes que me tirou das andanças naquelas regiões perdidas e sem fim.

E se vocês me perguntam hoje se estou bem, respondo que estou feliz porque recebi esta força espiritual imensa e, vejo que meus amigos e companheiros que comigo andavam também receberam essa luz.

E eu posso dizer a vocês que conheci um pai espiritual que é Bezerra de Menezes, que eu considero como mestre.

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E recebi dias atrás uma mãe espiritual que se chama avó Maria porque ela veio e me abraçou e me disse com sua voz materna:

- “Maria rosa eu também sou Maria. Nós somos duas Marias e somos filhas de Maria de

Nazaré. Então somos três Marias para receber a benção do divino Jesus e de Deus nosso Pai. Nós somos iguais às estrelas do céu e que também se chamam Três Marias”.

Pude pela primeira vez abraçar a avó Maria como minha mãe.

Quem consegue entender a sensação de amor que eu tive desse espírito amigo e que tocou lá dentro de meu coração?

E hoje quando lembro disso eu choro porque tenho um pai e uma mãe espiritual.

A ligação dela comigo vem de muitos anos, centenas de anos, e eu pude sentir isso em meu coração.

Por isso eu digo para vocês que tudo se encaixa nos trâmites divinos.

O Dr. Bezerra de Menezes retirou aquelas brumas que me deixavam cega e me amarravam, e através deste Centro Espírita, através da mediunidade desse nosso irmão, pude concentrar e ver essa mãe maravilhosa que tanto me ajudou.

Jesus Cristo faz tudo certo.

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E essa mãe me abraçou e eu chorei muito porque os espíritos têm as emoções mil vezes mais desenvolvidas que as das pessoas do mundo material.

Se Jesus me permitir um dia eu quero voltar para a Terra e trabalhar num Centro Espírita igual a esse. Se Ele permitir volto através da reencarnação para cumprir uma missão espiritual de grande valor.

Num lugar assim, cheio de paz, só podemos crescer porque temos muito trabalho a fazer e nossa vontade de evoluir é muito grande.

Obrigada meus irmãos. Que Deus, Jesus e Nossa Senhora abençoe todos vocês. Que abençoe todos nós.

Maria Rosa.

Mensagem recebida por psicofonia, pelo médium Luiz Marini, no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, de Pato Branco, em sessão pública no dia 09-12-08.

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