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REQUERIMENTO. (Do Sr. Luis Carlos Heinze) Senhor Presidente:

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REQUERIMENTO

(Do Sr. Luis Carlos Heinze)

Requer o envio de Indicação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sugerindo alterações no Decreto nº 4.074, de 2002, no que concerne ao registro de iscas formicidas (agrotóxicos).

Senhor Presidente:

Nos termos do art. 113, inciso I e § 1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a V. Exª. seja encaminhada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a Indicação anexa, sugerindo alterações no Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, no que concerne ao registro de iscas destinadas ao controle de formigas cortadeiras.

Sala das Sessões, em de de 2012.

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Sugere alterações no Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, no que concerne ao registro de iscas formicidas (agrotóxicos).

Excelentíssimo Senhor Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:

Formigas cortadeiras constituem importantes pragas das lavouras, das pastagens e das florestas cultivadas. Quando não controlados, esses insetos podem construir formigueiros de grandes dimensões e ocasionar grandes danos às atividades agropecuárias e florestais, bem assim em ambientes urbanos, como hortas domésticas, jardins, parques e praças.

O emprego de iscas formicidas constitui um método eficaz, econômico e seguro de controle dos referidos insetos. Trata-se de produtos de baixa toxicidade e reduzida periculosidade ambiental. Quando destinados ao uso domissanitário, são registrados no Ministério da Saúde, ao amparo da Lei nº 6.360, de 1976, e seu regulamento. Quando utilizados no meio rural, os mesmos produtos são considerados “agrotóxicos”, devendo ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, observados todos os rigorosos procedimentos estabelecidos na Lei nº 7.802, de 1989, e no Decreto nº 4.074, de 2002, bem assim em normas estaduais.

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É elevadíssimo o custo de registro de um produto (isca formicida) quando considerado “agrotóxico”, mesmo quando confeccionado com ingrediente ativo antigo e sobejamente conhecido. Inicialmente, há que se efetuar o Registro Especial Temporário – RET e, posteriormente, o registro definitivo; exigem-se exaustivos testes com animais em laboratório — inúteis, repetitivos, demasiadamente caros e demorados; pagam-se ainda elevadas taxas relativas a cadastros estaduais, entre outras despesas.

Para a comercialização de iscas formicidas, há exigências relativas a depósitos, CREA, receituário agronômico por unidade de produto comercializado e muitas outras. Tudo isso tende a inviabilizar a produção industrial e o comércio de iscas formicidas, que são insumos de baixo valor comercial e tem seu principal canal de venda em pequenas revendas agropecuárias e cooperativas.

Tantas exigências podem ser necessárias para agrotóxicos de alta toxicidade, moléculas novas e pouco estudadas, mas são desnecessárias e desproporcionais quando se trata de iscas destinadas ao controle de formigas cortadeiras. Neste caso, a extenuante burocracia e custo elevadíssimo desestimulam a pesquisa e o registro de formulações modernas.

Pelos motivos expostos, nos últimos 16 anos nenhuma nova isca formicida foi registrada junto ao MAPA. As exigências da legislação de agrotóxicos inviabilizam o registro de produtos de baixo valor comercial, tanto pelo custo (cerca de um milhão de reais), quanto pelo longo tempo de tramitação.

Cumpre observar que as monografias técnicas dos ingredientes ativos utilizados em iscas formicidas, bem assim suas eventuais alterações, já foram exaustivamente analisadas e aprovadas pelos três órgãos federais incumbidos dessa apreciação. Nesses documentos se estabelecem os critérios e restrições para a autorização de uso agrícola, não agrícola e domissanitário, de parte da Anvisa, do Ibama e do MAPA. Acreditamos que,

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com base nas referidas monografias técnicas, seja possível estabelecer-se um registro específico e único para as iscas destinadas ao controle de formigas cortadeiras.

Relembramos, a propósito, que as iscas formicidas registradas na Anvisa para uso em jardinagem amadora, mediante procedimentos muito mais simples, têm formulações e ingredientes ativos idênticos aos daquelas registradas no MAPA para uso agrícola e florestal.

Em seu art. 12, o Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, estabelece que “os produtos de baixa toxicidade e periculosidade terão a tramitação de seus processos priorizada, desde que aprovado pelos órgãos federais competentes o pedido de prioridade, devidamente justificado, feito pelos requerentes do registro”.

Os arts. 12-A e 12-B foram acrescentados ao Decreto nº 4.074, de 2002, respectivamente, pelos Decretos nº 5.981, de 2006, e nº 6.913, de 2009, para estabelecer regimes de tramitação própria, quando se tratar do registro de produtos técnicos equivalentes; de produtos formulados com base em produtos técnicos equivalentes; ou de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica.

O regulamento também dispõe sobre as condições em que poderão ser dispensados o Registro Especial Temporário, estudos de resíduos, estudos agronômicos, toxicológicos e ambientais. Em seu art. 67, estabelece a possibilidade de “dispensa da exigência de receituário para produtos considerados de baixa periculosidade” e, nos termos do parágrafo único desse artigo, “a dispensa da receita constará do rótulo e da bula do produto, podendo neles ser acrescidas eventuais recomendações julgadas necessárias pelos órgãos competentes”.

Com base no exposto e priorizando o interesse público, apresentamos a V. Exª. sugestão no sentido de que se modifiquem e

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acrescentem dispositivos ao Decreto nº 4.074, de 2002, no sentido de unificar o registro de iscas formicidas de forma a contemplar todos os usos (agrícola, florestal, não agrícola e/ou domiciliar) previstos nas monografias de cada ingrediente ativo; reduzir as exigências aplicáveis ao registro de novas iscas formicidas destinadas ao controle de formigas cortadeiras; e dispensar a obrigatoriedade de receita agronômica em sua comercialização; providências estas compatíveis e proporcionais à baixa toxicidade e periculosidade ambiental desses produtos.

Sala das Sessões, em de de 2012.

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