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ORGANIZAç.ÃO DE

UM

SERVIÇO DE ENFERMAGEM

EM NíVEL CENTRAL

I . Introdução

Hyeda Maria Rigaud de Cadro Maria U nica Alcala Sumie Tanaka Waldira Gasparoto Chande

(* )

( * * )

( * * )

( * �: )

A implantação do Serviço de Enfermagem ( HHEN ) do Departa­ mento de Técnica Hospitalar da Coordenadoria de Assistência Hos­ pitalar da Secretaria da Saúde de Estado exigiu, "a priori", a de­ terminação de metas a curto, médio e longo prazo, baseada :

1 . na estrutura existente, cuj a organização interna apresentava pontos fortes e fracos ;

2 . na análise dos recursos disponíveis, e das condições gerais encontradas nos Serviços de Enfermagem ;

3 . na expectativa existente em relação à enfermgaem e à atua­ ção deste Serviço, na Coordenadoria de Assistência Hospita­ lar ( CAR ) .

A tentativa de conduzir o Serviço de Enfermagem, baseada nos obj etivos propostos, foi uma parcela mínima de atuação, dentro da complexa estrutura públic a ; somente a partir de 1970, com as medi­ das para a reforma administrativa da Secretaria de Saúde, as au­ toridades tomaram consciência e começaram a proporcionar meios para a implantação de uma nova orientação.

(') (*") Diretora e Enfermeiras do Serviço de Enfermagem do Departa­ mento de Técnica Hospitalar - Coordenadoria de Assistência Hospitalar - Secretaria da Saúde - S. P.

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REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM 483

Fines, em seu livro, refere-se ao início desta revolução de con­

ceito, em 1906, e à efetivação destes conceitos, após o término da Segunda Guerra, por volta de 1 947 ; exatamente vinte e quatro anos depois, iniciamos a nova orientação.

Inicialmente, traçamos nossa meta na necessidade de implantar o Serviço de Enfermagem e vender os resultados positivos que a en­ fermagem é capaz de produzir, para os demais elementos da equipe, que até aquele momento, estiveram trabalhando com um mínimo de pessoal profissional, em outras unidades, até mesmo sem nenhum pessoal profissional, pelo que vinham mantendo uma rotina imedia­ tista, sem outros obj etivos .

Por outro lado, a expectativa da comunidade de uma crescente melhora do padrão de serviços de saúde, graças à conscientização de povo, no direito à saúde e aos resursos técnicos que a medicina vem conquistando, fez com que meditássemos na responsabilidade da atuação da equipe do Serviço ( HHEN ) perante a comunidade, e nos muitos profissionais que desej am e sentem a necessidade de mudança da situação : sair da rotina imediata do atendimento im ­ provisado para a fase de planej amento e da participação organizada, já que hoj e isso se torna possível, graças aos caminhos que a pes­ quisa abriu dentro da enfermagem, da medicina, das ciências sociais e administrativas .

Não obstante a série de problemas ou obstáculos, a m edit..;..;ão das proposições e a convicção de que só uma filosofia de trabalho e uma ação contínua e decisiva poderão transpor as barreiras e os muitos obstáculos existentes, nos têm impulsionado a continuar no alcance dos obj etivos a longo prazo .

Acreditamos ter havido uma crescente melhora, mais acentuada em algumas unidades, onde houve por parte do grupo receptor, me­ lhor acolhida e aceitação.

Outro fator sentido foi a falta de preparo e de liderança das enfermeiras chefes, o que contribui para dificultar a implantação de uma nova sistemática de trabalho.

A nossa participação na Divisão de Fiscalização tornou-se válida como auditoria, tanto na área das nossas unidades, como de outras Coordenadorias e nas unidades particulares filantrópicas ou lucra­ tivas.

o Departamento de Técnica Hospitalar tem procurado cada vez mais incentivar um sistema de orientação, nas áreas onde possui pessoal técnico, decorrente do trabalho de auditoria. A função de auditor se encerra no ponto extinto da ação da auditoria ; contudo,

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48 4 REVISTA BRASILE :RA DE ENFERMAGEM

a continuidade depende dos interessados sentirem necessidade de novas recomendações ou orientações nos problemas que proporcional­ mente são levantados, sempre numa tentativa de melhorar os re­ cursos existentes na prestação da assistência médica e de enfermagem .

Na recente pesquisa ( dezembro de 1972 ) realizada pela Dra. Ma­ ria Ivete Ribeiro de Oliveira, na sua tese de doutouramento, enfo­ cando a enfermeira como coordenadora da assistência ao paciente,

alerta as enfermeiras na responsabilidade de seu pap21, em propor­ cionar uma melhor assistência ao paciente , evidenciando quão gran­ de é a responsabilidade dos Serviços que atuam na área da assis­ tência de enfermagem.

A nossa tarefa não se tem limitado somente aos hospitais, mac também às Escolas e Cursos de formação de auxiliares de enfer­ magem, d a Coordenadoria de Assistência Hospitalar e daque-1c ( a s ) que mantêm convênios com a mesma . A nossa atuação

tf m visado promover ou manter um padrão de ensino, através de orientação, a . .ssistência e fiscalização, uma vez que , por outro lado. te mos promovido a abertura de mercado de trabalho nas nossas tnstituições ou incentivando a abertura naquelas outras. em que te­ mes tido cportunidade de atuar.

Gostaríamos, a esta altura, de poder apresentar um " know-how" (l c enfermagem ; porfm é desej ar muito para um serviço que so­ mente a partir de setembro de 1 97 1 , começou suas atividades, e s ­ t8.ndo o mesmo inserido dentro da complexa estrutura d o serviço público. Mas, dados quantitativos de pessoal qualificado e o resumo das atividades efetuadas, aliado ao esforço de penetração em áreas resistente s , poderão traduzir a atuação do Serviço no presente tra­ balho.

2 . Organização

O Serviço de Enfermagem está situado no Departamento ce Técnica Hospitalar da Coordenadoria de Assistência da Secretaria. da Saúde do Estado de São Paulo (Decreto n.o 52 . 182 de 1 6 . 07 . 69 ) . O Serviço foi implantado, em j unho de 1971, com uma enfer­ m eira ; atualmente conta com sete .

Na época do Decreto, j á existia a Escola de Auxiliares de En­ fermagem de Assis, subordinada ao Departamento de Técnica Hos­ pitalar ( HH . ) , um dos cinco departamentos constituintes da Coor­ denadoria de Assistência Hospitalar.

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REVISTA BRASILE,IRA DE ENFERMAGEM 485 Hoj e existe mais uma escola de auxiliares de enfermagem : Es­ cola de Auxiliares de Enfermagem, Hospital Regional Vale do Ri­ beira, e uma equipe técnica que , no momento, com a crescente de ­ manda de serviço e irreversível filosofia de regionalização, j á S 3 terna insuficiente .

Suas atribuições e funções, serão apresentadas no decorrer deste t rabalho .

Quadro de Pessoal

o Serviço de Enfermagem ( HHEN ) conta atualmente com uma d j retora e seis enfermeiras.

De acordo com o quadro abaixo, houve uma proj eção quanti­ t.ativa de pessoal ; todavia, não foi alcançado o número previsto , dadas a s dificuldades de conseguir e manter pessoal qualificado com experiência de trabalho, na função de planej amento, organização, assessoria e supervisão, dentro da área da assistência de enferma­ gem e ensino . Outro problema que influi é o sistema de admissão

( titulo precário, credenciamento ) da Secretaria, que desestimula �

8.dmissão e a permanência de pessoal mais bem qualificado.

QUADRO -HHEN EXISTENTES ATUAL PREVISTO IDEAL

1971 - 1972 1973 1974 Diretor Técnico 1 1 1 Supervisora da Equipe Técnica 2 3 Enfermeiras Inspetoras 1 6 7 1 1 T O T A L 2 7 10 15

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486 REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM N Í V E I S 1 . Diretor Técnico 2 . Supervisor da E quipe Técnica ( CD - 7 ) 3. Enfermeira Inspetora Q U A L I F I C A Ç Ã O

1 . Título de especialização em Ad­ ministração Hospitalar ou Servi­ ço de Enfermagem, legalmente reconhecido.

1 . 2 - Experiência aprovada em administração de Serviço de En­ fermagem de cinco (5) anos. 1 . 3 - Outras qualificações exi­ gidas pela legislação do acesso .

2 . Diploma de curso de graduação em enfermagem, 4 anos, legal­ mente reconhecido.

2 . 1 - Título de Especialização 2 . 1 . 1 - Administração Hospita­

lar ou Serviço de Enfermagem legalmente reconhecido.

2 . 1 . 2 - Diploma de licenciatura em Enfermagem ou Pedagogia, legalmente reconhecido.

2 . 2 . - Outras qualificações exi­ gidas pela legislação do acesso.

3 . Diploma do Curso de Graduação em Enfermagem, 4 anos, legal­ mente reconhecido.

3 . 1 - Experiência comprovada em administração de Serviço de Enfermagem de dois ( 2 ) anos .

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FUNÇõES FU NÇõES 1. Planej ar, org anizar e dirigir o Serviço de En­ fermagem , em nível cen tral, dar assessoria técnica aos Serviço s da C.A.H. Orientar e supervisio­ nar as chefias de en­ fer magem dos ho pitais da rede. Trabalhar so b a o rien­ tação do Diretor do De­ par tamento de Técnica Ho spita lar. DA EQUIPE DE ENFERMAGEM (H HEN ) ÁRE A 1. Planeja men to : -Regulamento, normas e ro­ tinas, planos de trabalho, para a eq uipe técnica e Ser­ viços de Enfermagem dos hospitais da C. A. H. -Realiza estudos e pe squisas neces sárias à o rganização e reorganização dos Serviço s de Enfermagem a curto , médio e long o prazo . -Planej a' e solicita recursos mate riai s para o funciona­ me nto do HHEN , atravé s de apresentação do orçamen­ to-progra ma. 2. Or ga niza e Coordena As Unidades do Serviço de En ­ fermagem a nível central. -Propõe a organizaçã o o u reorganização dos S erviços de E nfermage m da rede e outros, quando houver so ­ licitação . Diretor x x ATUA Ç ÃO Supervisor

I

Inspetora Participa Col abora Participa Co la bora

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FUNÇÃO ÁRE A -Propõe normas técnicas ne­ c: ssárias à boa organi za­ ção e coordenação do Ser­ viço de E nfe rmagem . -Recomenda tipo de equi pa­ ment o e material espe cífic o de enf ermagem à aquisição e reposiç ão. -Estabelece sistema de co­ m unicação no Serviç o d e Enfer magem. Mantém e n­ trosamento co m as Equipes Técnicas d o Departament o de Técnica Hospitalar, Di­ retores dos Ho spitais da re­ de e co nvênios, com órgãos da C. A. H. e outras insti­ tuições de saúde . 3 . Direção e Controle Dirig e e controla ativid ad2s dos Serviços de Enfermagem . -Orienta a equipe técnica quanto às normas admi­ nistrativas da C. A. H. -Estabelece mé todo de tn. ­ balho, sistem a de co ntrole e avaliaç ão. Orienta quanto à atuação do Serviç o de Enfer magem ATUAÇ ÃO Diretor

I

Supervisor

I

Inspetora x Substitui Colabora Colabora

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2. As sessora o Diretor Téc ­ nico de En fermagem ; participa no plan ej a­ mento e o rganização dos Serviços de Enfer ma­ gem ; estabelece planos de trabalho para a equi­ pe técnic a. Trabalh a sob a orientação do Dire-nos Hos pitais em convê­ ni o com a Secretaria de Saúde do Estado de São Pa ulo . -Prepara relatório da s ativi­ dades do Ser vi ço de En­ fermagem . -Indica seu substituto legal nos seus impedime ntos . Convoca e preside reuniões com a Equipe Técnica e Chef es d e Enfermagem . !. Ou tras At ividades -Pa rticipa de reuniões de classe e outras de interesse pro fissional . -Represe nta o HHEN ju nto a Coordenadoria, órgãos of iciais e entidades profis­ siona is. Co opera co m outros depar­ tamentos em proj etos e ro­ tinas e stritam ente rela cio­ nada s com o Serviço de Enfer magem. 1. As sistê nc ia aos Paci entes -De fine padrões e critéri 8s para os cuidados de enfer­ magem a s�rem disp ensa­ dos nos hos pitais . -Pr epara um sistema de ava­ liação da assistência de en­ fe rmagem e audito ria. -Analisa necessidade de ma-x Pa rt ici!)a Colabon. x Part icipa

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FUNÇAO tor Técnico do Serviço de Enfermagem . (H HE N) . Substitui o Diretor em seus impedimentos. ÁREA te rial de enfermagem e re­ comenda a aqui sição, nos hospitai s da rede ou nos de convênio, quand o solicitad o. 2. A ss i st ênci a Educ ativa -Planej a prog ramas de tr ei­ n ament o e atual ização, para pes soal não pro fissional . -Propõe planos e program as, para cursos de treinam en­ to e atualiz ação d o pessoal técnico . -Colabora na sel eção de pes­ soal, para cursos regulares e pa ra pro moção . -Ava liação os cursos de trei­ namen to e atualiz açãJ de pes soal em serv iço. 3. Pes quisa -Identifica problema de en­ fermagem, através de estu­ d o e pe squisa . -Orienta a equipe, em tra­ balho de co leta de dados e infor mações . 4. Técnico-Admin istrativo -Elabora planos anuais de trabalh o, para a eq uipe ATUAÇ AO Diretor

f

Super visor

I

Inspetora x Par ticipa x Colabora x Pa rticipa

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3. Faz "in loco" a verifi ­ cação das condições de trabalho dos Serviços d e Enfermagem dos Hos­ pitais da rede . Orienta ­ ção dos che fes de en­ ferma gem, para a im ­ plan tação das n ormas e planos de trabalho, elaborado a nível cen­ tra . técnica e orienta n a exe ­ cução dos mesmos . Colabora com o Diretor técnico do Serv iço de En­ fermagem, na orient ação do pessoal técnic o e inte r­ pretação das diretrizes, pla­ nos e normas de trabalho em geral . Co ntrola e avalia os resul­ tado s do trabalho da Eq ui­ pe Técnic a. 1. As sistência a os Pacientes Analisar as condições e assistência direta de enfer­ ma gem aos pa cientes. -Id entificar problemas ou necessidades de enfer ma­ gem, não atendidos . Executar os programas de auditoria em enfermagem . -Apresenta rela tório das a ti­ vidades desemp enhadas. 2. As sistência Educativa -Faz levantamento das ne­ cessidade s de educação do pes soal técnico de enfer­ magem . -Ori e nta as chefias dos S er­ viços de Enfermagem, no planej amento de progra ­ mas de ed ucação em Ser­ viç o, para o pessoa l. x

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FUNÇÃO ÁREA Colabora nos programa s de atualização do pessoal de enfermagem . 3. Pesquisa Coleta dado s e infor mações para estudo e pesquisa, programados a nível cen­ tral . Or ien ta r o p essoal técnico de enfermagem no preparo de planos de cuidad cs e análi se de problemas de enfermag em. 4. Técnico -A dminis trativa Dá parecer sobre condições do s ser v iços de enfermagem e atuação do pessoal au­ xiliar. Encaminha os resultados dos programas de audit o ­ ria, para os órgãõs compe­ tentes . Exec utar trabalh o interno do Serviço, rel ativo a pro­ cess os e documentação es­ pecíf ica . -Apresenta relatório das ati­ vidades desempe nhadas. ATUAÇ ÃO Diretor

I

Sup e rvisor

I

Ins petora

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REVISTA BRASILEIRA DE ENFERl'.IAGEM 493 3 . Obj etivos

Este trabalho tem como obj etivo central, a análise da atuação do Serviço de Enfermagem, desde sua implant ação, até o momento atual, favorecendo a avaliação dos obj etivos inciais dos obstáculos encontrados e das realizações parciais ou totalmente atingidas, a meditação das proposições feitas e a abertura de novos campos de pesquisa, dentro da área de enfermagem .

4 . Metodologia

Os métodos usados foram :

Uso de questionário, para a investigação inicial da situaçao das unidades.

Reuniões com os chefes de serviço, diretoras e enfermeiras chefes. Reuniões com as encarregadas ( não profissionais ) atendentes, que respondem pelo cargo, em caráter temporário.

Reuniões mult iprofissionais com as demais equipes técnicas do Departamento ( HH ) , para tomada de posição e entrosamento dos

programas de trabalho.

Observações direta nas diversas unidades.

Levantamento de recursos humanos e materiais disponíve:s . Análise de relatórios, entrevistas e contatos informais com pes­ soal de enfermagem : auxiliares, atendentes .

Reuniões diversas, de caráter administrativo interdepartamen­ tais, com diretores e administradores das diversas unidades da CAR.

Posteriormente , foi feita análise da investigação, determinaçã.­ das mudanças que se faziam necessárias, face a pesquisa da situação. Considerando os recursos disponíveis, foi traçado um plano de atuação para a equipe técnica, concentrando sua atuação na área e m que se poderiam alcançar alguns resultados imediatos para ser­ vir de apoio e incentivo às demais unidades.

"i . Áreas de Atuação

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494 REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

área Hospitalar - assistência de enfermagem, a paciente::; hospitalizados e de ambulatório ;

- área de Ensino - escolas ou cursos de auxiliares de enfer­ m agem .

- Na área hospitalar, a Coordenadoria apresenta um total de 22 Unidades Hospitalares, nas quais o serviço de enfermagem é constituído em :

- três ( 3 ) Serviços de Enfermagem ( Diretoria ) ;

- dezessete ( 17 ) Seções de Enfermagem ( Enfermeiras Chefes ) ; - dois ( 2 ) Setores de Enfermagem ( Encarregadas de Setor) . EEsas Unidades estão localizadas nas onze ( 1 1 ) regiões admi­ nistrativas do Estado . Além dessas Unidades, existem seis ( 6 ) Uni­ dades Hospitalares em convênio com esta Coordenadoria, especifi­ cando por Departamento, Especialidade, Capacidade e Localização . Na área d e Ensino, a Coordenadoria apresenta duas ( 2 ) Escolas de Auxiliares de Enfermagem, além de oito ( 8 ) Escolas ou Cursos de Auxiliares, que mantêm convênio com a Secretaria da Saúde, através desta Coordenadoria .

6 . Atividades

Na área hospitalar foi dada ênfase ao aspecto de organização dos Serviços de enfermagem, através da provisão de recursos hu­ manos e materiais, da conscientização dos responsáveis no serviço que se implantava e na necessidade de uma nova orientação na atuação da enfermagem .

Chamamos a atenção para o número irrisório de pessoal de en­ fermagem nos Hospitais do CAH,. em março de 197 1 .

Tentou-se melhorar a situação, reivindicando a profissão de pessoal técnico, através de levantamento que diagnosticava a pre­ c ariedade dos recursos humanos existentes .

o aumento de profissionais de enfermagem nas unidades da CAH. foi de 3 6 5 , sendo 200 enfermeiros e 175 auxiliares . A seleção :oi efetuada através de prova e indicação para as vagas existentes cu criadas.

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REVISTA BRASILEIRA DE ENFE�MAGEM 495

A situação de pessoal está longe de atingir a meta almej ada, mas se voltarmos nossa atenção para alguns anos atrás, verificare­ m os que o profissional enfermeiro era quase inexistente no quadro da Secretaria. O caminho é árduo para alcançar a meta, mas sen­ timos que estamos no rumo, o que pode ser comprovado pela atual política do Govêrno Estadual, traduzida no Documento de Dimen­ sionamento de Pessoal, para todas as Coordenadorias, no qual este Serviço ( }IHEN ) participou do Sub-Grupo de Enfermagem, sob a l iderança da Dra . Circe de Melo Ribeiro, na elaboração do documento . Aliada ao contingente de pessoal, a qualidade dos serviços de­ pende de um processo evolutivo, de conscientização e atuação , de­ finido no decorrer deste trabalho, a ser alcançado a médio e longo prazo.

Foi dado início a um processo de padronização de normas e rotinas de enfermagem, visando a simplificação e racionalização d o trabalho. Destacamos : Padronização da Assistência de Enfermagem a o Recém-Nascido ; Padronização de Uniformes e Roupa Hospitalar. Esses trabalhos estão concluídos, aguardando para entrar em vigor, R sua publicação .

Em fase de experimentação, realçamos o Plano de Cuidados de Enfermagem, visando a indução da enfermeira no planej amento da assistência ao paciente, dentro da atual filosofia de enfermagem, d a utilização do método científico, motivando a valorização do seu trabalho na atuação como coordenadora na assistência ao paciente. Na área do ensino, destacamos o Trabalho de Levantamento das Escolas e Cursos de Auxiliares de Enfermagem, existentes atualmente no Estado de São Paulo, pela amplitude da visão e do preparo desse profissional. Trabalho efetuado e apresentado pelo Serviço ( HHEN ) , na I Jornada de Enfermagem do INPS, realizado recentemente em São Paulo.

A atuação deste Serviço, nas escolas ou cursos de auxiliares de enfermagem, está amparada nos convênios celebrados entre a Se­ cretaria da Saúde e as escolas. Cabe à Coordenadoria de Assistência Hospitalar, a elaboração, o controle e supervisão das cláusulas do convênio. Dentro da CAH, estas atribuições são delegadas ao Sfrviço de Enfermagem . Este trabalho de auditoria e controle tem propiciado uma atuação direta ao Serviço, na exigência de melhorar o padrão, no que se refere à direção da Escola por enfermeiro, corpo docente, instalações. Ao mesmo tempo, efetua-se um trabalho de orientação e incentivo, j unto aos profissionais existentes, na sua especialização e preparo, para a atuação na área do ensino.

A atuação relativa à implantação e e fetivação do Serviço de Enfermagem ( HHEN ) , bem como a função executiva, diretiva das atividades fins e meios, são apresentadas no quadro a seguir.

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6.1 -Impla ntaç ão do Serviço 6.1. 1 -Estrutura do HEEN (n ível ce ntra l) . 6.1.2 -Filosofia e obj etivos . 6.1. 3 -Estudo dos recursos necessários no funci onamento (á rea física, material e pessoal ) . 6.1.4 -Ad mis .são de pessoal especifico . 6.1. 5 -Pro gramação de trabalho relativo à efetivaçã o da estrutura do serviç o. 6.1.6 -C o ntato e en trosament o com cs De­ pa rtam entos da C. A. H., órgãos ofi­ ciais, enti dade s e associaçã o de c:ass� . 6.1. 7 -Divulg ação, o rie nta çã o da prop o sição e eos objet ivos do Servi ço. ti.�

-E/etívação

do

Serviço ti. 2.1 -Levantament o das necessidades de enfer magem, na s áreas de : cuida doé: ao paciente, pessoal, organi zação , plan ­ ta física , material e equipamento dcs Hospitais da rede e outros. 6.2.2 -Levantam e nto da sit uaçã o da enfer­ magem, n o s hospit ais da C. A. H .. 6.2.:3 -Elaboração da programaçã o de traba­ lho de acordo com as necessidades .sen­ tidas e as prioridades levant adas.

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6.3 -ATIVIDADE S RELATIVAS A

FUNÇÃO

ADMINIS TRATIVA 6. 3.1 -ORGA NIZA ÇÃO At ividades Fins Participação e colaboraçã o na org aniza çã o do Ser­ viço de En fermagem de Hospitais da rede, convê .. nios e outro s . Trabalh o sobre normas de Assistência de Enfer ­ magem aos Recém-Na scidos ; partici pação no gru­ po de trabalho sobre Berçário (e m fase de pu­ bli cação ) . Manual de Pad roni zação de Uniformes para a C.A.H. da Secretaria da Saúde (p acientes, amb u­ lantes, aca mado s e funcionário s) . At ividades Meios Participaçã o n o Tra balho de Dimensiunamento df' Pes soal, Sub-g rup o de Enfermagem , para todos os profissi o nais e não profissionais, na s quatr o Co­ ordenadorias da Secretaria da Saúde . Participação no Trabalho para o Conselho de Po­ lítica Salarial , sobre a carreira de enfermagem no Estado de Sã o Paulo . :3 .3.2 -DIREÇÃO Das atividades especificas do HHEN . Treinamento do pessoal n ovo admi tido do HHEN ; indic ação de enf ermeir o para o curso de especia­ lizaçã o em Administ ração Hospitalar . Elaboração de instru ções para : -Escolas de

1

uxil iares de Enfermagem da C.A.H. e as de convênio ; -Cursos de treinamento de Ate ndente s; -Elaboraçã o de Manual de procediment o de hos-pitais da C.A .H. Reuniõe s com o s che fes dos serviço s de enferm a­ gem e c om os responsáveis não pr ofissionais dos Hospitais da C. A.H. Reuniões com dir etores e professorers de Escol as de Curs os de Auxiliar de Enfermagem da C. A. H . ou de convên io. Reuniões com outras equip es, para entrosa mento. Equipes de : nutrição, assistência social , educaçã o e outras . E. ncaminhamento de proce sso s administrativos re­ la tivos a diver sas atividad e s.

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6.3.3 -COORDE NAÇÃO Visitas de supervisão, a Hos pitais da C. A. H. em convênio, filantrópicos, que recebem subvençã o do governo. Visita s de supervisão às Escola s de Auxi liar es de Enfermag em da C. A. H. e em co nvênio com a Se· · cretaria da Saúde . Levantamentos da situação da Enfermagem, nos Hosp itais da C. A. H. Pa rticip ação n aDivisão de Fis calização em Hos­ pitais fil antrópic os e de fins lucrat ivos, para ava­ liação das condições de enfermagem . Le vantament o da sit uação da Enfermagem, nos Hospitais da Coor de n adoria da Saúde Mental . 6.3.4 -CONTROLE Da pr ogra mação, de acor d o com o plano previsto para o HHEN -orça ment o -progra ma. Aval iação dos traba lh os executados, através de re­ latórios, plano de tr abalh o e reuniões per iódicas da eq ui pe. Visitas de auditoria, para controle das pr oposições nas Escola s de Auxil iares, para indicação de con­ vênio ou manutençã o do mesmo . Levantament o da sit uação das Escolas de Auxi­ liares de Enfermagem d o Estad o de São Paulo . Pa rti c ipação em comissões da Assoc iação de Clas­ se, reuniões, jo rnadas e outros de interesse da profis são. 6.3.5 -PREVISÃO Programaçã o para o pe río do seguinte, de acordo co m os recur sos disponíve is pr evistos, e priorida ­ des estabelecida s. EI aboração do orçamen to-programa. De pessoal, equip ament o e ma terial necessár io, p ara hospitais de convênios e outros, de acordo com a sol icitação do D epartamento de Técnica Hospitalar .

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REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM 499 7 . Conclusão

Avaliando os resultados obtidos, consideramos que os obj etivos propostos foram parcialmente atingidos, apesar das muitas dificul­ dades : limitado número de pessoal, distância de determinadas uni­ dades, carência de recursos materiais, transporte e inadequação das próprias instalações do Serviço. O saldo foi bastante positivo, o que impele a continuar no alcance da meta almej ada : Oferecer um bom padrão de assistência de enfermagem, dentro das Instituições da CAH.

A estrutura apresenta o Serviço como órgão normativo, sem uma linha de subordinação técnica. No trabalho em campo, foi sentida a limitação do Serviço, na atuação direta em algumas unidades, o que traduz as barreiras encontradas, por p arte dos responsáveis pela execução do trabalho.

Sentiu-se que, na fase atual, o Serviço precisa do amparo, na sua atuação, de uma subordinação técnica dos serviços de enferma­ gem das unidades da rede.

9 . Recomendações

1 - Que sej a e fetivada a estrutura do quadro de enfermagem

ela Secretaria, baseado no trabalho de Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. realizado pelo Sub-grupo de Enfermagem.

2 - Que sej am previstos recursos para o preparo do pessoal

aos cargos de chefia, através de cursos de especialização e de pós­ graduação.

3 - Que sej a incluída na equipe de planej amento, o elemento

enfermeiro.

4 - Que sejam integrados os recursos das quatro Coordenado­

rias, visando o entrosamento nos programas, e uma filosofia única de trabalho .

5 - Que a medida de convênios com as Escolas ou Cursos de

Auxiliares de Enfermagem sej a ampliada, atingindo maior número de escolas ; porém, que sej a estabelecido que os recursos m ateriais do mesmo sej am específicos para pagamento de professores.

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Referências

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