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REFLEXÕES SOBRE FÓRUM DOS TRABALHADORES DO SUAS NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE POÇOS DE CALDAS

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Academic year: 2021

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REFLEXÕES SOBRE FÓRUM DOS TRABALHADORES DO SUAS NA

POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE POÇOS DE CALDAS

Leila Aparecida dos Santos (discente/mestrado); Prof.ª Dr.ª Helen Barbosa Raiz Engler (orientadora).

Programa de Pós Graduação em Serviço Social da Universidade Estadual Paulista –UNESP/Franca

Resumo: Este trabalho levanta as reflexões preliminares de uma pesquisa a ser desenvolvida que consiste em desvelar se o espaço de participação denominado FÓRUM dos Trabalhadores do SUAS/FMTSUAS-PC constitui-se num espaço de reflexão política ao trabalhador que executa a política de assistência social no município de Poços de Caldas. Para isso, é necessário estudar a trajetória de construção histórica da política de assistência social no Brasil; compreender a ação do trabalhador que executa a política de assistência social dentro da categoria trabalho; entender o espaço do FMTSUAS-PC como instância de participação prevista dentro do Controle Social da Política de Assistência Social. O método é o materialismo-histórico dialético, que permite a apreensão das contradições do movimento socioeconômico da sociedade. A pesquisa, ainda em fase de desenvolvimento pretende caracterizar-se como bibliográfica, documental e de campo sendo que a abordagem é qualitativa. Dada a análise, pretende-se entender se a participação de trabalhadores do SUAS no FMTSUAS-PC tem contribuído para a materialização do Projeto Ético Político Profissional do Serviço Social, pois, entre esses trabalhadores figura-se o assistente social.

Palavras-Chaves: Trabalhador do SUAS. Política de Assistência Social. Participação. 1 Contextualização Histórica

A nova proposta de direcionalidade da política de Assistência Social no Brasil entende a assistência social como direito universal de cidadania em contraposição à assistência social concebida como ajuda pública ou como acesso ao direito pela lógica do risco. No campo da Proteção Social brasileiro, a consolidação da política de assistência social no âmbito do direito “trata-se, efetivamente, de operar um modelo emancipatório, que requeira, então, a provisão das medidas da Política de Assistência Social que responda às necessidades sociais e coletivas (BRASIL, 2005, p. 89)”.

Percebe-se, neste pressuposto, um projeto ético-político de comprometimento com um projeto de sociedade. Quando se diz em perspectiva emancipatória, considerando toda trajetória de construção da política, entende-se que as ações desenvolvidas serão empreendidas na busca da autonomia do sujeito.

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De fato, a busca de ações que objetivam a emancipação do sujeito acontecem dentro do engendramento histórico da Política de Assistência Social. Apesar da construção assistencialista por meio da filantropia que perpetuou no trato da questão social no Brasil, com a Constituição Federal de 1988 conquistou-se a Política de Assistência Social por via da garantia de direitos.

Com a nova perspectiva da Política de Assistência Social, a questão social passou a ser tratada enquanto Política Pública de responsabilidade do Estado, que propicia ao sujeito o acesso a direitos sociais e a oportunidade de superação da exclusão social.

A consolidação da Política de Assistência enquanto direito teve seu marco consolidado com a promulgação da Lei Nº 8742 de 07 de dezembro de 1993 - Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS e, mais precisamente, com a criação da Política Nacional de Assistência Social – PNAS em 2004, que implementou o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, “o SUAS é um sistema público não-contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira (BRASIL, 2005, p. 86)”.

Sabe-se que na construção histórica da Política de Assistência Social efetivou-se a luta de segmentos da sociedade para que a assistência fosse um direito, em face da questão social resultante dos processos capitalistas de produção e reprodução material da sociedade. Entre estes segmentos encontra-se o assistente social.

Os envolvidos na construção da política social imprimiram o caráter ético-político na condução das ações. Por isso objetivam o caráter emancipatório do sujeito, via ações que realmente contribuam com a reprodução de um outro projeto societário diferente do que vivemos.

No entanto, a construção da Política de Assistência Social superar o caráter assistencialista e conformador com a ordem do capital e prever a emancipação do sujeito por via dos direitos conquistados pela luta política de segmentos da sociedade, foi engendrada no bojo da consolidação do neoliberalismo no Brasil, principalmente no que tange à configuração do “estado mínimo”, e este impôs entraves à sua construção.

O chamado “estado mínimo” é a configuração do estado direcionada a atender as necessidades do capital monopolista, ou seja, sua expansão. A principal medida que efetiva-se no estado mínimo é o reajuste fiscal, ou por outra, o corte de gastos com as políticas públicas e a transferência desta responsabilidade para o chamado terceiro setor, que não segue o princípio do atendimento universal das demandas (IAMAMOTO, 2010).

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Neste contexto fica a Política de Assistência Social reduzida a ações pontuais que se esvaziam de todo conteúdo emancipatório previsto pelo projeto ético-político. O que temos na realidade são políticas focalizadas, apesar de todos os esforços na construção de uma política que realmente objetive a autonomia do indivíduo, isto é, sua emancipação.

Uma política focalizada está a serviço da reprodução do capital, como salienta Pereira e Siqueira (2010).

[...] os conceitos de pobreza com base apenas no critério de renda conduzem a uma natural focalização baseada em linhas ou faixas de elegibilidade. Isso acarreta o enfraquecimento das políticas sociais, visto que, contraditoriamente, elas são implementadas com o objetivo de reduzir o gasto social e de redirecionar os recursos da assistência pública para o atendimento das necessidades do capital (PEREIRA & SIQUEIRA, 2010, p.218).

A focalização seria uma forma de implementar políticas com redução de financiamento para a mesma, atendendo de forma paliativa a questão social. Tal fato está corroborado com o estado mínimo no contexto neoliberal.

As ações da Política de Assistência Social, nesta perspectiva, podem servir para culpabilizar o usuário ao invés de apontar uma falha do Estado na execução de serviços como saúde e educação, por exemplo, enquanto políticas públicas. As questões relacionais entre sujeitos, por meio da família, acabam destacadas como objeto de intervenção.

Ocorre que, ao culpabilizar o usuário por sua situação, tira-se o foco das questões estruturais que realmente lhe são afetas e reforça-se a coerção social. Essa forma de como o Estado enxerga a questão social é chamada de modelo de gestão do risco. Vejamos o que Guerra, 2014 traz:

O modelo de gestão do risco está focalizado em um determinado grupo da população, cuja condição de se localizar abaixo da linha da pobreza, exerce uma ameaça à sociedade. Cabe ao Estado deter certo controle dos desejos e necessidades sociais e das frustrações dos sujeitos, resultantes da inacessibilidade aos bens e serviços da sociedade. Tal modelo seleciona os mais pobres dentre os pobres, estando no nível de pobreza a centralidade dos critérios de elegibilidade dos programas focalizados (GUERRA, 2014, p.37).

Conforme Guerra (2014), o capitalismo contemporâneo e suas novas bases de expansão e reprodução do capital por via do neoliberalismo subjugam a humanidade à barbárie. A autora, ao citar Harvey (1994), diz que a nova lógica do capital provoca nas pessoas um encolhimento e perda da dimensão temporal-espacial frente às exigências do capital.

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Guerra (2014) remetendo a Netto (1981), a autora afirma que o capital não afeta somente a esfera do trabalho, mas perpassa por todos âmbitos da vivência do ser humano. Guerra descreveu o que acabaria por se tornar a política de assistência social neste contexto.

O que muda na condição da barbárie atual é o fato de que o Estado de Direito, constituído com base na regulação da vida social, através do que exerce o controle sobre a sociedade e mantém o ordenamento que define direitos e deveres, não apenas não mais detém a capacidade de manter os direitos conquistados, como se converte no próprio agente de negação destes direitos. No contexto atual, à medida que o braço do Estado, que busca a legitimidade e consenso via a garantia de direitos, especialmente os direitos sociais e culturais, se atrofia, como resultado do modelo de política social, através do que ele fica refém das necessidades e interesses do capital, mais se desenvolve o braço armado, que se utiliza da força, do controle, da violência. [...] Neste momento histórico, para além de exercer sua função precípua de intervir no controle da força de trabalho ocupada e excedente, tem que controlar a miséria que a exploração capitalista gera, amplia e aprofunda, decorrência da concentração da riqueza, e o faz pela via da normatização e implementação de políticas e programas sociais de um lado; e, através de seu braço coercitivo, punindo, reprimindo e criminalizando os pobres, de outro (GUERRA, 2014, p. 34).

O que ocorre é que o Estado utiliza da Política de Assistência Social para garantir a livre expansão do capital. Essa utilização consiste em manter a questão social num patamar que não gere a contestação. O Estado apropria-se da construção histórica da Política de Assistência Social enquanto direito que rompe com o assistencialismo e tem por eixo ético-político a busca de outro projeto societário.

Para aqueles que trabalham na política, os trabalhadores do SUAS, entre os quais figura-se o assistente social, resta uma contradição cruel. De um lado estão comprometidos com a emancipação historicamente construída dentro da política social e, no caso dos assistentes sociais, de seu projeto ético-político profissional, do outro não conseguem efetivá-la devido ao contexto econômico e político desfavorável.

Sabemos que a objetivação da emancipação do sujeito está corroborada com a materialização do projeto ético-político do assistente social. Sem uma reflexão crítica, a materialização do projeto ético-político do Serviço Social através do Trabalho Social da Política de Assistência Social não ocorre de fato, muito pelo contrário, pode o negar.

O núcleo do projeto ético-político do Serviço Social, de acordo com Netto (2008), tem a liberdade como valor fundamental em torno do qual se estruturam “o compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais” (NETTO, 2008, p. 15), e a busca de uma nova ordem societária “sem exploração/dominação de classe, etnia e gênero” (NETTO, 2008, p. 15).

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Netto (2011) levanta o pressuposto de que o Serviço Social, enquanto profissão, emerge historicamente nas relações sociais da sociedade de reprodução material capitalista enquanto uma necessidade de sua consolidação. No caso do contexto do Estado Burguês e de capital monopolista, o espaço ocupacional onde o assistente social se coloca é na condição de um trabalhador assalariado inserido nas relações sociais de trabalho. Este é o terreno das políticas públicas sociais.

Neste contexto, Netto (2011), salienta que a profissão se coloca num terreno de contradições que visa atender o Estado a favor do capital, efetuando práticas que reproduzem a classe proletária nas necessidades materiais não atendidas pelo trabalho assalariado e pela coesão social na administração de conflitos, sobretudo aqueles que advêm dos setores excluídos do acesso à renda.

Netto (2011) ressalta que é justamente por esta profissão estar diretamente ligada à classe proletária no terreno conflituoso do Estado burguês sob o jogo de forças ideo-políticas de interesses de classes diferentes, ou seja, trabalha em meio às contradições, que pode encontrar as possibilidades de reafirmação crítica de sua opção ético-política.

O campo onde se objetivam essas relações e se dá a contradição é por excelência a arena do Estado onde se efetiva os direitos sociais. Por isso, é necessário que se entenda qual é a relação desses direitos dentro do sistema capitalista. A concepção do que hoje se entende por “direito” está diretamente ligada à construção histórica das condições materiais que eram necessárias para a consolidação da sociedade capitalista.

Iamamoto (2009) diz que para que ocorresse a livre expansão do capital era necessário que os homens fossem livres para que uma classe pudesse ter força de trabalho suficiente para comprar. Esta classe era a burguesia em ascensão. Nesse contexto a Revolução Francesa foi necessária visto que era preciso uma relação jurídica entre homens livres. A noção de liberdade, portanto, foi uma condição histórica necessária para a expansão do capital.

Com o desenvolvimento das forças produtivas e os ciclos de reprodução do capital era preciso que houvesse condições dessa força de trabalho se reproduzir. O salário do trabalhador no dado contexto do capitalismo não é suficiente para essa reprodução material. Nisso, o Estado entra, mais uma vez, para reproduzir de alguma forma essas condições de modo que os mínimos sociais sejam garantidos (IAMAMOTO, 2009).

Além do trabalhador é necessário também que se reproduza a sua família, que gestará novos trabalhadores. É nesse contexto que surgem as políticas públicas, surgem da necessidade de reprodução material da classe trabalhadora, já que, o salário que esta classe recebe pela venda da força de trabalho, considerando a necessidade de acumulação de capital

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pela classe detentora dos meios de produção através da mais-valia, não é suficiente para a classe trabalhadora e sua família se reproduzirem (IAMAMOTO, 2009).

Os direitos sociais são consolidados a partir das necessidades históricas que se colocam para a expansão do capital. Pensar então numa política pública de Estado é pensar que está se reproduzindo a classe trabalhadora para compra e venda da força de trabalho e não para superação do sistema capitalista e emancipação humana.

Criar os mínimos sociais também é condição para não gerar contestação social, ou seja, que a classe trabalhadora se veja na condição de explorada e tome consciência deste fao. O assistente social é o profissional que ocupa este espaço de efetivação das políticas públicas (IAMAMOTO, 2009).

Como este profissional pode imprimir seu projeto ético-político na busca pela emancipação humana graças à reformulação crítica da teoria que norteia esta profissão, se está diretamente ligado à reprodução material da classe trabalhadora com vislumbre à manutenção do sistema capitalista?

Corre-se o risco de, no atual contexto em que se efetiva as ações da Política de Assistência Social, utilizar-se dos pressupostos da emancipação, construídos historicamente por segmentos da sociedade que lutam por outro projeto societário alternativo ao do capital, a favor do sistema e sua reprodução. Sem a reflexão desse contexto o trabalhador do SUAS, onde encontra-se o assistente social, pode não perceber como o sistema está, aos poucos, apoderando-se de toda uma metodologia de trabalho para sua reprodução.

Dado todo contexto de construção da Política de Assistência Social que se propôs a um comprometimento maior com a classe trabalhadora e outro projeto de sociedade que se efetiva em meio às contradições do capitalismo neoliberal é possível dizer que existe uma possibilidade de concretizar uma ação de fato emancipadora como foi construída? Teria esse trabalhador dessa política consciência do projeto contraditório em que está inserido?

É nas contradições que se dá o movimento histórico e é nas contradições onde se despontam as possibilidades de superação da realidade dada. Dentro do processo contraditório de efetivação da Política de Assistência Social é possível encontrar esta possibilidade?

Conforme a PNAS um dos eixos que estruturantes que compõe o SUAS é o Controle Social.

O controle social tem sua concepção advinda da Constituição Federal de 1988, enquanto instrumento de efetivação da participação popular no processo de gestão político-administrativa-financeira e técnico-operativa, com caráter democrático e descentralizado. Dentro dessa lógica, o controle do Estado é exercido pela sociedade

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na garantia dos direitos fundamentais e dos princípios democráticos balizados nos preceitos constitucionais (BRASIL, 2005, p. 50).

A diretriz para o controle social das políticas públicas pela sociedade civil só foi possível pela ampla mobilização popular no processo de redemocratização brasileiro vivenciado nos anos 80. “Esses atores reivindicavam a elaboração de uma nova Constituição para a República, que fosse capaz de estabelecer novas bases para relação entre o Estado e a sociedade (BRASIL, 2016, p.11)”.

A participação popular foi incluída como diretriz da lei 8742 de 7 de dezembro de 1993, Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS em seu artigo 5º, inciso III,

Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo;

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;

III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo (BRASIL, 1993).

Os espaços onde se objetivam esse controle social pela participação popular são constituídos através das Conferências e dos Conselhos de Assistência Social. As Conferências conforme o artigo 18, inciso VI, da LOAS “têm o papel de avaliar a situação da assistência social, definir diretrizes para a política, verificar os avanços ocorridos num espaço de tempo determinado (BRASIL, 2005, p.51)”.

Já os Conselhos de Assistência Social conforme o artigo 18, inciso VI, da LOAS,

[...] têm como principais atribuições a deliberação e a fiscalização da execução da política e de seu financiamento, em consonância com as diretrizes propostas pela conferência; a aprovação do plano; a apreciação e aprovação da proposta orçamentária para a área e do plano de aplicação do fundo, com a definição dos critérios de partilha dos recursos, exercidas em cada instância em que estão estabelecidos. Os conselhos, ainda, normatizam, disciplinam, acompanham, avaliam e fiscalizam os serviços de assistência social, prestados pela rede socioassistencial, definindo os padrões de qualidade de atendimento, e estabelecendo os critérios para o repasse de recursos (BRASIL, 2005, p.51-52).

Como atores desses processos participativos estão, além de representantes governamentais, a sociedade civil composta por representantes de entidades socioassistenciais, usuários da política de assistência e trabalhadores.

Além desses espaços instituídos para a participação da sociedade civil no Controle Social, são reconhecidas outras formas de organização tanto de usuários quanto de trabalhadores que estejam em consonância com os objetivos de defesa da Política de

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Assistência Social onde inclui-se a criação de fóruns – tanto de usuários, quanto de trabalhadores. A inserção da sociedade civil nesses espaços é uma ação política.

Esses são espaços de debate e de deliberação democrática sobre a política de Assistência Social, representam diferentes interesses em constante disputa. Estes segmentos participam no controle da política pública, conforme sua inserção na política. Essa participação se torna fundamental não só para a qualidade das ações, mas também para a autonomia e emancipação social, especialmente dos usuários, beneficiários dessas ações. Participar, portanto, significa acompanhar, propor, debater, decidir, articular, exercer controle social nas diferentes instâncias e organizações, desde aquelas criadas pela própria sociedade até as instituídas no âmbito do poder público, como conselhos e conferências (BRASIL, 2016, p. 13).

É reconhecido, portanto, o espaço dos Fóruns como instância de controle social. O Fórum dos Trabalhadores nasceu de um processo de Conferência. Em 02 de dezembro de 2009, durante a VII Conferência de Assistência Social, criou-se o Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS - FNTSUAS e lançou-se a base para a criação de outros Fóruns a nível de estados, municípios e Distrito Federal.

O FNTSUAS é um espaço coletivo de organização política dos/as trabalhadoras/es do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, de caráter permanente, que envolve os/as trabalhadoras/es com formação de ensino fundamental, médio e superior que atuam na Política de Assistência Social na rede socioassistencial pública e privada, os/as quais apresentam vínculo com entidades/ associações representativas, sob diversas formas (MINAS GERAIS, 2017, p.135).

Entre os princípios que o norteiam estão “o compromisso com a construção de uma nova ordem social sem dominação-exploração de classe, etnia ou gênero; afirmação de identidade do/a Trabalhador/a do SUAS como classe trabalhadora e como protagonista na Qualificação da Política de Assistência Social (MINAS GERAIS, 2017, p. 174 e 175)”.

No município de Poços de Caldas, o Fórum dos Trabalhadores do SUAS, denominado FMTSUAS-PC consolidou-se oficialmente no dia 31 de agosto de 2016 em assembléia onde trabalhadores do SUAS, tanto de segmentos governamentais, como de entidades socioassistenciais aprovaram Carta de Princípios e Regimento Interno em consonância com as diretrizes e objetivos propostos pelo FMNTSUAS.

O Fórum Municipal de Trabalhadores/as do Sistema Único de Assistência Social do Município de Poços de Caldas, doravante denominado FMTSUAS-PC é um espaço coletivo de organização política dos/as trabalhadores/as do SUAS com formação no Ensino Fundamental completo e incompleto, Médio e Superior, de caráter permanente, que se constituí por meio de representações de entidades Municipais (de natureza sindical, acadêmico-científica, de fiscalização do exercício profissional, de representação/categoria profissional) (FMTSUAS-PC, 2016).

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Acreditamos que o espaço do Fórum é muito pouco pesquisado dado sua recente criação, mas se constitui num potencial espaço do Controle Social com capacidade de dar conta das respostas que se colocam no terreno contraditório de interesses conflitantes em que se implementa a Política de Assistência Social.

De antemão, salienta-se que estas respostas nascem de uma reflexão dos trabalhadores a cerca das contradições que perpassam seu fazer profissional no cotidiano da efetivação das políticas. Essas respostas não figuram-se a principio como solução de toda problemática apontada, mas como início de um processo que critica a realidade posta e ainda requer muitas ações e autores para se reconfigurar dentro de um dado contexto sócio-histórico.

2 A categoria Trabalho

Percebeu-se a necessidade de um espaço para reflexão política dentro da Política Nacional de Assistência Social. A pesquisadora enquanto trabalhadora do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, assistente social no município de Poços de Caldas no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS/Centro, teve como pressuposto para a necessidade desta reflexão, um questionamento construído por alguns trabalhadores da política de assistência neste município: por que apesar do avanço da política de assistência social no Brasil enquanto direito não consegue-se uma mudança efetiva na vida da família ou indivíduo?

Outro questionamento surgiu enquanto experiência da pesquisadora no Conselho Municipal de Assistência Social, questionamento levantado por conselheiros, todos os meses, nas reuniões, no momento em que apreciavam os relatórios quantitativos das ações realizadas pelos serviços. Questionavam, ainda que de modo primário, o teor qualitativo destes dados, visto que os próprios conselheiros reconheciam tal instrumento de Controle Social como uma ferramenta de viés ideológico, ou seja, como esses dados são percebidos pelos destinatários dos serviços, os usuários? De fato, houve alguma mudança efetiva na vida destes sujeitos?

Importante ressaltar o processo de construção destes questionamentos. Primeiramente, não foram questionamentos individualizados, mas de uma categoria: os trabalhadores do SUAS. Em segundo, este processo só foi possível por meio da participação destes em espaços coletivos que permitiram a reflexão. Primeiramente, nas reuniões coletivas de técnicos e assistentes sociais fora do espaço de trabalho – seminários e supervisões técnicas para debater a efetivação da política de assistência social. Segundo, num momento de mais maturidade,

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com a proposta que surgiu a partir destas reuniões coletivas que foi a criação do Fórum dos Trabalhadores do SUAS de Poços de Caldas – FMTSUAS-PC.

Trata-se de uma construção que se objetivou num processo dialético que só foi possível por meio da participação dos trabalhadores num espaço onde puderam refletir a sua ação profissional em meio às contradições e se reconhecerem enquanto categoria de trabalhadores inseridos num contexto societário maior, que é o mundo do trabalho e suas particularidades no atual estágio do capitalismo financeiro. Até então, esses se reconheciam enquanto simples técnicos, nomenclatura dada pelas próprias diretrizes e normas que regulamentam a política de assistência social, alijados de sua condição de trabalhador, sufocados pelas inúmeras tarefas que se colocam no cotidiano profissional, principalmente as que se caracterizam burocráticas.

Este processo de conscientização de forma coletiva permitiu que a pesquisadora levantasse o pressuposto para entender o porquê da Política de Assistência Social estar conformando suas ações a favor do Capital apesar de toda sua construção histórica e direcionamento ético-político a favor do usuário e sua emancipação.

Esta apreensão só foi possível a partir do momento que um grupo de trabalhadores da política de assistência começaram a questionar suas próprias condições de trabalho. Nos debates iniciais, as condições salariais, a precariedade no quadro de funcionários, a revisitação à legislação específica entre outros foram as questões iniciais que levaram a problematização da própria execução contraditória das políticas públicas.

Isso levou ao entendimento de que é preciso, antes de mais nada, entender a condição do trabalhador que executa esta política. É necessário que esse trabalhador tenha condições de refletir as inúmeras determinações que perpassam sua ação profissional. Para que isto aconteça é necessário um espaço de reflexão para conscientização desses trabalhadores. Se no cotidiano profissional isto não é possível, então o FMTSUAS-PC desponta como possibilidade de ser um espaço para esta reflexão política.

A contribuição da teoria critica marxista desenvolvida, sobretudo por Lukács reconhece a categoria trabalho como abstração fundamental à compreensão de todas as categorias que compõe a totalidade da humanidade.

Quando nos colocamos na posição de operadores de políticas públicas sociais poucas considerações são feitas quanto nossa condição de trabalhador. Não nos enxergamos como trabalhadores e muito menos enxergamos a nossa ação profissional como potencial direcionamento de caráter político.

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Mesmo dado caráter específico de nosso trabalho dentro da sociedade capitalista, por ser trabalho ele “[...] se torna o modelo de toda práxis social, na qual, com efeito – mesmo que através de mediações às vezes muito complexas-, sempre se realizam pores teleológicos, em última análise, de ordem material (LUKÁCS, 2013, p.47)”.

Por isso de antemão considera-se fundamental refletir o fazer profissional do trabalhador do SUAS considerando-o como trabalhador, pois,

[...] o fato simples de que no trabalho se realiza um pôr teleológico é uma experiência elementar da vida cotidiana de todos os homens, tornando-se isso um componente imprescindível de qualquer pensamento, desde os discursos cotidianos até a economia e a filosofia (LUKÁCS, 2013, p. 47).

Desvelar o caráter ontológico do trabalho e nos inserirmos enquanto trabalhadores do SUAS nessa reflexão, pode ser um caminho para traçar estratégias de ação em meio às contradições que se colocam ao nosso fazer profissional onde, de um lado está dado o projeto ético-político emancipador previsto e, do outro, a necessidade de atender uma demanda do capital, pois “o trabalho pode servir de modelo para compreender os outros pores socioteleológicos, já que, quanto ao ser, ele é sua forma originária (LUKÁCS, 2013, p.47)”.

Antunes (2005) a apontar as novas morfologias do trabalho na atual configuração do capital monopolista-financeiro salienta que é de extrema importância o resgate da categoria ontológica do trabalho para compreensão da sociedade. O autor chama a atenção de que existe uma tendência dentro das ciências sociais que subjugam a importância da categoria trabalho ou mesmo a eliminam a sua centralidade dos estudos.

Sem esgotar todas as apreensões de Antunes revisitando diversas correntes teóricas que pregam o fim da sociedade do trabalho. O autor salienta que é necessário mais que nunca dar centralidade a categoria trabalho e entender sua atual e complexificada centralidade na sociedade capitalista ao invés de eliminá-la ou colocá-la num plano secundário.

Entretanto, enquanto se opera no plano gnosológico a desconstrução ontológica do trabalho, paralelamente, no mundo real, este se reconverte em uma das mais explosivas questões da contemporaneidade. Trabalho e desemprego, trabalho e precarização, trabalho e gênero, trabalho e etnia, trabalho e nacionalidade, trabalho e ecologia, trabalho e corte geracional, trabalho e materialidade, trabalho e imaterialidade, trabalho e qualificação trabalho e desqualificação; muitos são os exemplos da transversalidade, da vigência e, acrescentemos, da centralidade da forma social trabalho no mundo contemporâneo (Antunes, 2005, p 25 e 26).

A tendência a descentralizar o trabalho dos estudos da sociedade recorre as mais variadas justificativas em questões que antes de alijadas são imbricadas dentro da centralidade

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do trabalho. Antunes (2005) coloca que o uso da tecnologia e os rearranjos da produção para o modelo flexível estão entre as colocações dos que defendem o fim do trabalho.

Sumariamente neste trabalho colocamos que o Antunes (2005) rebate que o uso da tecnologia avançada na substituição da mão de obra não substituiu a ação humana, ainda que esta for em alguns casos de ordem intelectual. Os rearranjos da produção que passou do modelo taylorista-fordista ao flexível, onde se supõe uma rotatividade nos processos de produção, não eliminou o caráter alienado do trabalho. A massa de desempregados, terceirizados e subempregados engrossa o leque daqueles que vivem do trabalho, ainda que estejam alijados do mesmo.

Antunes (2005) diz que para entender a classe trabalhadora na sua totalidade é preciso considerar aqueles que não estão diretamente ligados ao setor de produção material da riqueza, mas que vendem sua força de trabalho, ainda que intelectual e estão diretamente ligados a reprodução do capital ainda que indiretamente.

Mas a classe trabalhadora incorpora também o conjunto dos trabalhadores improdutivos, cujas formas de trabalho são executadas por meio da realização de serviços, seja para uso publico, como os serviços públicos tradicionais, seja para o uso privado, para uso do capital [...] (Antunes, 2005, p 51).

Nestes trabalhadores improdutivos, podemos situar a classe de trabalhadores que opera as políticas públicas sociais – os trabalhadores do SUAS que, como todos trabalhadores improdutivos, “[...] sendo geradores de um antivalor no processo de trabalho capitalista, vivenciam situações objetivas e subjetivas que tem similitude com aquelas vivenciadas pelo trabalho produtivo (Antunes, 2005, p 51).”

Entender o trabalhador das políticas sociais como componente da classe trabalhadora é resgatar mesmo que no âmbito contraditório das políticas públicas a centralidade ontológica da categoria trabalho. O cotidiano deste profissional é permeado pelas mais adversas contradições porque alem dos rebatimentos da precarização que atinge a classe trabalhadora na sua totalidade, lida com a questão social no cotidiano que atinge uma parcela de trabalhadores sucumbindo à luta pela sobrevivência, que são os subempregados e desempregados.

O trabalhador do SUAS está diretamente em contato com a expansão da barbárie em nosso país dado pela criminalização da pobreza e expansão de idéias totalitárias. Entender este trabalhador e principalmente levá-lo a reflexão é urgente quando se considera a necessidade ontológica de resgate da categoria trabalho.

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3 Considerações Finais

Espera-se com esta pesquisa contribuir com o momento presente no contexto socioeconômico da sociedade brasileira onde vemos sob as mais variadas formas explícitas ou não o avanço da barbárie. Setubal (2002, p.17) diz que “é nos momentos de maior tensão social que as questões sociais se tornam mais visíveis, e que ocorre o maior chamamento do Serviço Social para a pesquisa”. O primeiro resultado esperado com esta pesquisa é atender esta prerrogativa.

Para Lessa (2007) existe conforme Marx a emancipação política e a emancipação humana.

Emancipação política e emancipação humana, [...] são categorias marxianas precisas. A primeira é o “enorme progresso” de constituição histórica da sociabilidade regida pela propriedade privada burguesa. A emancipação humana, por sua vez, é a superação da propriedade privada e a constituição de uma sociabilidade comunista (LESSA, 2007, p. 46).

Sem esgotar o que a reflexão marxista diz sobre emancipação, preliminarmente podemos apreender que é importante identificar de qual emancipação estamos objetivando. A emancipação política é prevista dentro da democracia burguesa sob o aparato estatal para sua regulação, já a emancipação humana diz respeito à superação da propriedade privada e até mesmo da superação do Estado e do sistema capitalista dado (LESSA, 2007).

Com a revisitação a constituição histórica da política de assistência encontraremos o fato de que, apesar do avanço histórico de liberdade humana propiciada na arena do Estado, o mesmo se compromete também com a reprodução do capital. Por isso, dentro de uma política pública social é possível objetivar a emancipação política dentro de limitações, apesar de muitos documentos que norteiam a implementação da política se comprometerem com a emancipação do sujeito e lançar bases para um novo projeto societário que seria a emancipação humana.

O levantamento do atual contexto leva à reflexão de que na atual configuração do estado para atender as necessidades do capital monopolista se engendrou o estado mínimo. Houve uma regressão em todo avanço que foi possível, quando consideramos a emancipação política, na política pública de assistência social. E pior, apropria-se desta construção para servir-se aos interesses do capital.

Dentro das políticas públicas sociais, sobretudo de assistência, há a previsão de inserção de entidades, ONG’s e afins na execução indireta de serviços de atendimento

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àpopulação. Apesar de existir um repasse de verba normatizado, na realidade, sabemos que não é suficiente para que estas promovam ações eficazes. Nas normativas também é previsto um controle dessas ações pela própria população usuária e do próprio Estado através dos chamados Conselhos de políticas públicas.

Nos Conselhos de políticas públicas há uma participação paritária entre a chamada sociedade civil e governo. Na sociedade civil compõem trabalhadores e usuários das políticas. A dinâmica,porém,não se dána correlação de forças de forma igualitária. Existe um déficit de participação, sobretudo de trabalhadores e usuários nestes conselhos.

Para refletir o que se constituia priori o espaço do controle social das políticas públicas sociais é importante recorrer aos pressupostos que Marx, ainda nos seus escritos da juventude, levantou acercada concepção filosófica de Hegel a respeito do papel da sociedade civil dentro do Estado, em sua obra “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel.”

Marx (2010)contrapõe a ideia de Hegel de que tanto a família quanto a sociedade civil são categorias subordinadas ao Estado, que estas não têm nem existência e nem essência ontológica, a não ser na relação jurídica de direito e dever que possuem dentro do Estado. Família e sociedade civil desaparecem enquanto instâncias e se refletem em forma de aparente autonomia num Estado que é para si e em si. Marx (2010) diz que família e sociedade civil são a materialização do Estado.

Nesta relação onde prevalecem as relações aparentes, o Estado mostra-se como única instituição capaz de permitir um consenso de opiniões. Mas por trás desta idéia de democracia via o livre arbítrio contratual das relações jurídicas de direito positivo (impositivo),estão escamoteados interesses de classe, e, da classe burguesa.

Trazendo esta reflexão para a formação dos Conselhos de Direitos nas Políticas Públicas atuais é possível dizer que existe realmente uma participação da sociedade civil ou ela é mera aparência reificada de uma democracia onde prevalecem os interesses da classe dominante?

Sabemos que a história, nisto concordam Marx e Hegel, é o que determina a razão dentro da filosofia política. No atual momento o Estado é burguês de direito positivo na defesa da propriedade privada sob a aparente relação jurídica de liberdade e igualdade. O Estado é Mínimo para atender as demandas da atual configuração monopolista do capital.

Mas só foi possível incluir a pauta dos direitos sociais no Estado a partir da reivindicação de movimentos oriundos das camadas populares, principalmente da classe trabalhadora. Foi a partir da luta e mobilização destes que se incluiu no rol das leis que

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compõem a relação jurídica do Estado, as demandas da classe proletária e dos excluídos do processo de produção.

Ainda que o atendimento destas demandas constituem-se numa resposta do estado à população com objetivos de evitar uma possível contestação que promova reformas de fato estruturais na sociedade, é este processo um movimento político contestador. Neste momento a sociedade civil não mais aparece como instância subordinada, mas como segmento atuante na relação política.

No entanto, no atual Estado Mínimo há uma aparência de que a sociedade civil tem existência e atuação plena dentro do Estado. Existe uma transferência de responsabilidades no trato da questão social pelas políticas publicas ao terceiro setor. Esta transferência é prevista normativamente na própria execução da política pública, inclusive com transferência de recursos.

Existe ainda toda uma regulação das ações e a previsão de que estas junto a segmentos de atores governamentais e trabalhadores participem do controle da política via os conselhos de direitos das políticas públicas sociais. Entretanto, não nem materialidade financeira e recursos humanos suficientes para efetivar a política como ela é de fato, também pela falta de recursos públicos (investimento).

Os trabalhadores inseridos neste processo não têm consciência deste fato devido ao seu próprio fazer profissional estar alienado. Acreditamos que o espaço do FMTSUAS-PC atende a uma demanda da política de assistência que vem sendo deixada em segundo plano ao longo dos anos, que é a da mobilização popular para a participação política. Possível saída dialética dentro da contradição.

Prever uma emancipação humana dentro de um espaço onde até a emancipação política encontra-se inviabilizada é um apontamento desta reflexão. Mas efetivar a mobilização popular dentro das limitações de uma política pública do Estado pode ser o caminho dentro da contradição de lançar bases para que a ação política saia do espaço institucional via a conscientização dos próprios sujeitos.

Para que essa possibilidade se concretize antes de mais nada é necessário que os trabalhadores deste segmento se enxerguem como trabalhadores dentro deste contexto maior que caracteriza o atual mundo do trabalho e tenham como elaborar uma ação reflexiva do processo de trabalho onde eles também sofrem com as conseqüências nefastas da reprodução material de contexto neoliberal. Para isso é preciso romper com a cotidianidade e elevar a ação técnica a um patamar político. Esperamos que diante de todas as contradições apontadas

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que impede este processo no dia a dia profissional, o FMTSUAS- PC seja um espaço que promova esta reflexão.

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