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10.4 SALDO FINANCEIRO DE CAIXA

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e mantiverem”, bem como de parcelas dos produtos de arrecadação do ITR, IPVA, ICMS e do FPM. (...) constituindo a taxa tributo, essa deve ser computada, para fins de cálculo do duodécimo a ser repassado pelo Executivo ao Legislativo municipal (Consulta n. 642574. Rel. Cons. Simão Pedro Toledo. Sessão do dia 27/06/2001).

10.4 SALDO FINANCEIRO DE CAIXA

[Aquisição e formalização de terreno para construção de sede da Câmara Municipal] a) Não há vedação para a compra de terreno e a construção de sede

própria tanto pelo Poder Executivo municipal quanto pela Câmara Municipal, desde que tal despesa esteja vinculada a programa governamental inserto no plano plurianual e esteja também prevista na lei de diretrizes orçamentárias, devendo ainda existir dotação orçamentária própria na lei orçamentária anual e serem cumpridas as exigências da Lei de Licitações, além de se observar o limite constitucional estabelecido no art. 29-A da Constituição da República. b) O registro de propriedade de um bem público, seja ele móvel ou imóvel, não poderá ser feito em nome de órgãos despersonalizados, como são a Prefeitura Municipal e a Câmara Municipal, mas tão somente em nome da pessoa jurídica de direito público correspondente, isto é, do município; c) A aquisição de bem imóvel deve ser formalizada por escritura pública, realizando-se, posteriormente, a devida transcrição no Cartório de Registro de Imóveis (art. 531, Código Civil). d) Em regra, verifica-se que a aquisição de imóvel pela Câmara Municipal e pelo Poder Executivo municipal opera-se, por meio de desapropriação. Todavia, caso a Câmara Municipal e a Prefeitura optem pelo contrato de compra e venda, o administrador deverá atentar para os requisitos da lei civil (bem, preço, consentimento e forma) e do regime jurídico-administrativo (processo administrativo, prévia avaliação, lei específica de iniciativa do Poder Executivo, demonstração do interesse público, observância do devido procedimento licitatório, ressalvado esse último a hipótese do inciso X do art. 24 da Lei nº 8.666/93 (Consulta n. 837547. Rel. Cons. Eduardo Carone Costa. Sessão do dia 24/11/2010).

[Aquisição de terreno e construção de uma sede própria para o Legislativo municipal.  Cumprimento das exigências da Lei de Licitações e observância ao art.  29-A da Constituição da República. Sobra de duodécimos da Câmara Municipal. Devolução ao final do exercício] (...) 1) É possível a compra de terreno

e a construção de sede própria da Câmara Municipal, pelo Poder Legislativo, em virtude da autonomia administrativa e financeira dos Poderes, desde que tal despesa

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esteja vinculada a programa governamental inserto no plano plurianual e esteja também prevista na lei de diretrizes orçamentárias, devendo ainda existir dotação orçamentária própria na lei orçamentária anual e serem cumpridas as exigências da Lei de Licitações, além de observado o limite constitucional estabelecido no art. 29-A da Constituição da República. 2) É obrigatória a devolução do montante não utilizado dos recursos repassados à Câmara Municipal para suas despesas, no final do exercício, não sendo possível a utilização direta de tais valores para a realização de despesa de capital com a compra de terreno para a construção de prédio destinado à sede do Poder Legislativo, prescindindo-se indevidamente das cautelas e exigências normativas supra (Consulta n. 800718. Rel. Cons. em Exerc. Licurgo Mourão. Sessão do dia 02/09/2009).

[Câmara Municipal. Saldo financeiro. Devolução mensal] (...) caso o Legislativo

queira efetuar a devolução ao Caixa Único do saldo mensal de Caixa e Bancos poderá fazê-lo observando as exigências legais da Contabilidade Pública. (...) “a Mesa da Câmara deve verificar a conveniência e razoabilidade da devolução mensal do saldo de Caixa e Bancos à Contabilidade central, considerando as obrigações da edilidade já assumidas e compromissadas a pagar, ao longo do exercício financeiro, as despesas de caráter continuado e outras previsões de despesas que possam ocorrer, zelando pelo equilíbrio de sua execução orçamentária, de modo a evitar o indevido procedimento de deixar restos a serem pagos no exercício seguinte, diante da inexistência de disponibilidade financeira para despesas processadas e não pagas durante o exercício.” (Consulta n. 748002. Rel. Cons. Antônio Carlos Andrada. Sessão do dia 21/05/2008).

[Devolução de saldo de numerário pelo Poder Legislativo para o caixa do Município. Verificação de conveniência e razoabilidade. Garantia de disponibilidade financeira para pagamento das despesas processadas e não pagas durante o exercício] (...) Considerando os princípios orçamentários

da universalidade e da unicidade, tratados nas normas constitucionais e infraconstitucionais de natureza financeira, e à vista dos (...) dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal e ainda as orientações normativas deste Tribunal, acerca da consolidação mensal das informações contábeis da Câmara à contabilidade geral do município faz-se necessária, no regime de distribuição de créditos orçamentários e de repasses financeiros, a incorporação da execução orçamentária a cargo da Câmara à contabilidade central do município. Nesse sentido, o Legislativo, por meio da Câmara Municipal, deve enviar mensalmente os seus balancetes orçamentário e financeiro à contabilidade central, com planos de contas uniformes e detalhados, para que os saldos dos balancetes mensais se

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fazê-lo, observando as exigências legais da contabilidade pública. Ressalto, porém, que a Mesa da Câmara deve verificar a conveniência e a razoabilidade da devolução mensal do saldo de Caixa e Bancos à contabilidade central, considerando as obrigações da edilidade já assumidas e compromissadas a pagar, ao longo do exercício financeiro, as despesas de caráter continuado e outras provisões de despesas que possam ocorrer, zelando pelo equilíbrio de sua execução orçamentária, de modo a evitar o indevido procedimento de deixar restos a serem pagos no exercício seguinte, diante da inexistência de disponibilidade financeira para despesas processadas e não pagas durante o exercício (Consulta n. 713085. Rel. Cons. Wanderley Ávila. Sessão do dia 09/08/2006).

[Duodécimos. Devolução mensal do saldo de caixa] (...) possibilidade de devolução

do saldo de numerário da Câmara existente em caixa/bancos, no encerramento do exercício, para o Caixa Único do Município, em observância aos princípios da unidade orçamentária e ao da universalidade, aplicáveis aos orçamentos públicos. Não há impedimento legal, entretanto, para que a citada devolução ocorra mensalmente, apesar de ser mais usual aquela ocorrida ao final do exercício financeiro, quando, além do inventário de bens sob a sua responsabilidade, a Câmara Municipal também deverá enviar à contabilidade central da Prefeitura a relação dos Restos a Pagar

processados e não processados, para fins de incorporação ao balanço patrimonial

do município (Consulta n. 695431. Rel. Cons. Simão Pedro Toledo. Sessão do dia 09/08/2006).

[Câmara Municipal. Saldo financeiro. Dedução no repasse devido no exercício seguinte] (...) devo enfatizar que, havendo saldo positivo não devolvido pela Câmara

no final do exercício, esse deve ser tratado como parte liberada dos recursos financeiros para execução de programas de trabalho da Câmara durante o exercício seguinte, ou seja, o saldo retido deverá ser deduzido dos repasses duodecimais do Executivo ao Legislativo no exercício seguinte (Consulta n. 684661. Rel. Cons. Wanderley Ávila. Sessão do dia 01/06/2005).

[Câmara Municipal. Devolução do saldo financeiro ao final do exercício. Caixa único]  (...) [há] necessidade de devolução do saldo de numerário do Legislativo

existente em caixa/bancos ao final do exercício, para o Caixa Único do Município, visto que devem ser observados os princípios da unidade orçamentária e o da universalidade, aplicáveis aos orçamentos públicos (Consulta n. 682149. Rel. Cons. José Ferraz. Sessão do dia 02/06/2004).

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[Devolução do excedente de recursos financeiros repassados] (...) no contexto

orçamentário, em realidade, embora o Poder Legislativo detenha autonomia e possa gerir os recursos financeiros que lhe são garantidos e repassados mensalmente, a Câmara de Vereadores é unidade orçamentária ou unidade gestora do orçamento da Administração Pública municipal. Nesse passo, e segundo a melhor doutrina, no regime de distribuição de créditos orçamentários e de repasses financeiros, é necessária a incorporação da execução orçamentária e financeira a cargo da Câmara à contabilidade central da Prefeitura. Para tanto, a Câmara deverá enviar, mensalmente, os seus balancetes orçamentário e financeiro à contabilidade central da Prefeitura e, ainda, os planos de contas devem ser uniformes e detalhados, para que os saldos dos balancetes mensais se incorporem às contas sintéticas. (...). Trata-se apenas de rotinas para a consolidação da execução orçamentária, financeira e patrimonial do município, uma vez que a Câmara Municipal é unidade orçamentária ou unidade gestora do orçamento municipal, como demonstrado. Salienta-se ainda que, no citado regime, o encerramento do exercício financeiro e a apuração de resultados ocorrerão na unidade centralizadora da contabilidade municipal. (...) é inafastável a conclusão do aludido autor [Heraldo da Costa Reis] de que: “os valores monetários apurados em caixa, no encerramento do exercício, na Câmara Municipal, identificado como saldo financeiro da execução do programa de trabalho no âmbito deste órgão, podem ser entregues ao Executivo municipal a fim de integrar o saldo final da Tesouraria na Prefeitura. Para complementar, a Câmara deve inventariar os bens (móveis e imóveis) e outros valores que se encontrem sob a sua posse e encaminhar para o Executivo a fim de integrar os respectivos valores já escriturados”. (...). E arremata Heraldo da Costa Reis: “por outro lado, o saldo de caixa do exercício anterior, se continuar em poder da Câmara, deve ser contabilizado à responsabilidade desse órgão e ser tratado como parte liberada dos recursos orçamentários do presente exercício para execução do seu programa de trabalho, em consonância com o determinado pela Constituição Federal” (Consulta n. 642715. Rel. Cons. Eduardo Carone Costa. Sessão do dia 27/06/2001).

[Envio mensal, pela Câmara, dos balancetes orçamentário e financeiro à contabilidade central da Prefeitura] Em verdade, a Câmara fixa tão somente as suas

despesas de capital, como também as de custeio necessárias ao desempenho de suas atividades, tais como, subsídios dos vereadores, remuneração de servidores, material de expediente, energia elétrica, água, telefone, obedecidos, por imperativo, os limites de gastos fixados sobretudo no art. 29-A da Lei Maior, dispositivo acrescido ao texto constitucional pela Emenda nº 25, de 14 de fevereiro de 2000. E, nos termos do art. 168 da Carta Magna, os recursos financeiros destinados à Câmara de Vereadores,

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no regime de distribuição de créditos orçamentários e de repasses financeiros, é necessária a incorporação da execução orçamentária e financeira a cargo da Câmara à contabilidade central da Prefeitura. Para tanto, a Câmara deverá enviar, mensalmente, os seus balancetes orçamentário e financeiro à contabilidade central da Prefeitura e, ainda, os planos de contas devem ser uniformes e detalhados, para que os saldos dos balancetes mensais se incorporem às contas sintéticas (Consulta n. 618952. Rel. Cons. Eduardo Carone Costa. Sessão do dia 09/05/2001).

10.5 OUTROS

[Utilização de veículo oficial da Câmara Municipal para o transporte de vereadores no cumprimento de incumbências parlamentares. Possibilidade] (...)

possibilidade de a Câmara Municipal, por deliberação de seus membros e obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação, permitir aos edis o uso do veículo oficial para o cumprimento de suas funções parlamentares. (...) havendo conveniência de ordem pública e obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação que regulamenta o uso do veículo oficial, poderá a Câmara Municipal, por deliberação de seus membros, permitir aos edis o uso do carro oficial, em caráter exclusivo ou não, para o cumprimento de suas incumbências parlamentares. (...) o uso do carro oficial é disciplinado por lei e normas administrativas, não caracterizando regalia, mas necessidade e segurança da autoridade pública em seus deslocamentos destinando-se exclusivamente aos agentes públicos que tenham a obrigação de representação oficial, pela natureza do cargo ou função (Consulta n. 862428. Rel. Cons. Eduardo Carone Costa. Publicada no D.O.C. em 14/12/2011).

[Condução de veículo oficial pelos próprios Vereadores] (...) havendo conveniência

de ordem pública, a Câmara Municipal poderá, mediante lei autorizativa, cuja regulamentação dar-se-á por meio de resolução, permitir que vereadores, devidamente habilitados, conduzam veículo oficial, em caráter exclusivo ou não, para participar de cursos, congressos e outros eventos afetos à atividade parlamentar. Para tanto, não poderá haver no âmbito do Poder Legislativo municipal servidor ocupante do cargo de motorista em exercício ou contrato de terceirização de serviços de transporte em vigor. Demais disso, a norma regulamentadora deverá estabelecer os critérios e limites para o uso de veículos oficiais por vereador, bem como sua responsabilidade em razão da utilização de bem público (Consulta n. 859008. Rel. Cons. Eduardo Carone Costa. Sessão do dia 26/10/2011).

Referências

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