• Nenhum resultado encontrado

PREVALENCE OF WORK-RELATED MUSCULOSKELETAL DISORDERS (WMSDS) AMONG RECEPCIONISTS IN A REHABILITATION CENTER IN THE CITY OF GOIÂNIA GOIÁS.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PREVALENCE OF WORK-RELATED MUSCULOSKELETAL DISORDERS (WMSDS) AMONG RECEPCIONISTS IN A REHABILITATION CENTER IN THE CITY OF GOIÂNIA GOIÁS."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Pesquisa de Campo

PREVALÊNCIA DOS DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO

TRABALHO (DORTs) EM RECEPCIONISTAS DE UM CENTRO DE

REABILITAÇÃO DA CIDADE DE GOIÂNIA- GOIÁS.

PREVALENCE OF WORK-RELATED MUSCULOSKELETAL DISORDERS (WMSDS) AMONG RECEPCIONISTS IN A REHABILITATION CENTER IN THE CITY OF

GOIÂNIA – GOIÁS.

Camilla Monteiro Alves1, Thays Candida Flausino2

Resumo

Introdução: Os DORTs (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são patologias de

origem ocupacional que podem acometer os segmentos corporais e se associam às várias características do trabalho. Objetivo: identificar e verificar a prevalência dos DORTs nos recepcionistas do CRER na cidade de Goiânia-GO. Método: O presente estudo de prevalência, descritivo e quantitativo, foi realizado com os recepcionistas do CRER, através da aplicação do questionário sociodemográfico e Questionário Nórdico. Resultados e Discussão: Amostra de 38 voluntários, prevalecendo-se 86,8% do sexo feminino com idade média de 27,32 anos. Constatou-se na prevalência anual e semanal respectivamente, sintomas osteomusculares em: parte inferior das costas (60,5% e 42,1%), parte superior das costas (57,9% e 39,5%), pescoço (57,9% e 31,6%) e punhos/mãos (52,6% e 23,7%).

Conclusão:Conclui-se que foram identificados sintomas osteomusculares nas diversas regiões corporais

e sugere-se a implantação de medidas preventivas aos DORTs e um maior incentivo à prática de atividade física

Descritores: Fisioterapia, DORT, Saúde do trabalhador.

Abstract

Introduction: Work-related musculoskeletal disorders (WMSDS) are pathologies of occupational origin which can affect parts of the body and are associated to several work characteristics. Objective: Identify and verify the prevalence of the WMSDS among CRER recepcionists in the city of Goiânia–GO. Methods: The present study of prevalence, descriptive and quantitative, was performed with the recepcionists of CRER, by applying the sociodemographic and the Nordic Questionnaires. Results and Discussion: In a sample of 38 volunteers, 86,8% of them were female with 27,32 average age. It was found in the annual and weekly prevalence respectively, musculoskeletal symptoms in: lowerback (60,5% e 42,1%), upperback (57,9% e 39,5%), neck (57,9% e 31,6%) and wrists/hands (52,6% e 23,7%). Conclusion: is concluded that musculoskeletal symptoms were identified in various parts of the body and suggest the implementation of preventive measures to WMSDs and greater encouragement for physical activity.

Keywords: Physical therapy, WMSDS, Occupational Health.

1. Fisioterapeuta do Programa de Saúde da Família (PSF) do Município de Itapirapuã- GO. Pós-graduanda em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva pelo CEAFI Pós-graduação– Goiânia/GO. camilla.fisioterapia@gmail.com

2. Fisioterapeuta do CRER. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela PUC-GO. Orientadora da especialização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva CEAFI/PUC-GO. Professora da Faculdade Padrão – Goiânia/GO.

(2)

Introdução

São denominadas DORTs (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) as patologias com origem ocupacional que podem acometer músculos, tendões, nervos, fáscias, ligamentos, de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração de tecidos, atingindo, geralmente, os membros superiores, região escapular e pescoço, mas também podendo atingir os membros inferiores e a coluna vertebral1,2,3.

Segundo a Comissão de Reumatologia Ocupacional (2011) os distúrbios osteomusculares ocupacionais mais habituais são as tendinites (particularmente do ombro, cotovelo e punho), as lombalgias (dores na região lombar) e as mialgias (dores musculares) em diversos locais do corpo4.

Estas abrangem quadros clínicos caracterizados pela ocorrência de vários sintomas, concomitantes ou não, tais como auto-relato de dor, parestesia, sensação de peso e fadiga, de aparecimento insidioso2,3

.

No Brasil, estas afecções, foram reconhecidas pelo Ministério da Previdência Social como Lesões por Esforços Repetitivos (LER), por meio da Norma Técnica de Avaliação de Incapacidade (1991). Em 1997, com a revisão dessa norma, foi introduzida a expressão Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs)5

e representavam, em 1998, 80% de diagnósticos que resultaram em concessão de auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez pela Previdência Social6 .

O aumento nos casos de DORTs pode ser associado a vários fatores do trabalho, como: a repetitividade de movimentos, a manutenção de posturas inadequadas, o esforço físico, a invariabilidade de tarefas, a pressão mecânica sobre determinados segmentos do corpo, o trabalho muscular estático, impactos e vibrações7,3.

Os DORTs são considerados uma epidemia mundial, de tratamento clínico e fisioterapêutico com difícil resolução, em virtude de sua causa multifatorial8.

Segundo Battisti, Guimarães & Simas (2005) e Conte (2003) é clara a importância do trabalho para a qualidade de vida das pessoas, se considerarmos que é no trabalho que se passa a maior parte do tempo, geralmente 8 horas por dia, durante pelo menos 35 anos de nossas vidas e que esse fato irá refletir, de forma acentuada, sobre o seu bem estar mesmo quando não estão trabalhando9,10

.

O recepcionista tornou-se hoje um agente de informações, de relacionamento interpessoal, perfil multiprofissional, com habilidade para lidar com pressão constante e

(3)

superiores de diferentes personalidades e apto a interagir com a esfera organizacional a qual faz parte de maneira holística11,12

.

Perante tais informações, justifica-se o interesse pelo tema, destacando a importância dessa categoria de trabalhadores que estão o tempo todo expostos aos fatores de risco dos DORTs.

Neste contexto o objetivo do estudo é identificar a presença dos DORTs, segundo o Questionário Nórdico para Distúrbios Osteomusculares, e sua prevalência nos recepcionistas do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER).

Método

Trata-se de um estudo descritivo, analítico e quantitativo, cuja coleta dos dados foi realizada no mês de fevereiro de 2014, no CRER.

A amostra do estudo foi de conveniência e composta por 38 sujeitos. Foram incluídos homens e mulheres com idade de 18 a 60 anos, com tempo de contrato de trabalho de mais de seis (06) meses e não portadores de necessidades especiais (PNE), sendo estes, recepcionistas do CRER.

Os critérios de exclusão englobaram indivíduos que não apresentaram disponibilidade para este estudo, que não concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que não trabalham como recepcionistas da citada instituição e aqueles que não preencheram os critérios de inclusão.

Foram utilizados os seguintes instrumentos para a realização da coleta de dados: - questionário de informações sociodemográficas e ocupacionais, elaborado pelos pesquisadores e composto por dados pessoais (nome, idade, estado civil, gênero, tempo de prestação de serviço, carga horária de trabalho, se trabalha em outro estabelecimento e prática de atividade física);

- questionário nórdico para distúrbios osteomusculares, formado por uma figura humana dividida em nove regiões anatômicas, para avaliar se há algum sintoma nessas regiões; compreende também questões a cerca da presença de dores musculoesqueléticas anual e semanal, se houve incapacidade funcional e se houve procura por algum profissional da saúde nos últimos 12 meses13

. É um instrumento adaptado culturalmente para a língua portuguesa por Barros & Alexandre em 2003.

Inicialmente, buscou-se a autorização do CRER através do contato com os responsáveis pelo Centro de Estudos (CENE) e pelo Setor de Recepções da instituição e

(4)

coube aos responsáveis à aceitação da pesquisa assinando e carimbando a Declaração da Instituição Coparticipante e o Termo de Consentimento de Manuseio de Dados, respectivamente, atendendo a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Logo em seguida, entrou-se em contato com os trabalhadores descritos (recepcionistas) para convidá-los a participar da pesquisa e, simultaneamente, passar todas as informações necessárias; após leitura minuciosa do TCLE e aceite, estes o assinaram. A partir deste momento, os elegíveis foram submetidos ao preenchimento do questionário de informações sociodemográficas e ocupacionais.

Após o preenchimento deste questionário, aos participantes que estiveram dentro dos critérios de inclusão foi aplicado o questionário nórdico para distúrbios osteomusculares, visando verificar a presença destes distúrbios.

Os preceitos ético-legais do estudo foram estabelecidos de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

A análise dos dados foi efetuada com o uso do programa estatístico StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS, versão 22.0). As variáveis quantitativas foram apresentadas em médias e desvios padrão, e as variáveis qualitativas foram apresentadas em proporções. Para a análise de correlações, foram utilizados Índice de correlação de Spearman, considerando um intervalo de confiança de 95% e um nível de significância de 5% (p<0,05).

Resultados

A amostra foi composta por 38 voluntários, sendo a média de idade dos mesmos de 27,32 anos (±7,70). Participaram da pesquisa cinco (05) homens (13,2%) e trinta e três (33) mulheres (86,8%). A amostra foi de conveniência e não houve nenhum voluntário que se enquadrasse nos critérios de exclusão da pesquisa.

A Tabela 1 apresenta informações descritivas referentes à idade, sexo, estado civil, escolaridade e prática de atividade física do pesquisados.

(5)

Tabela 1. Perfil sociodemográfico da amostra (n=38). Goiânia, 2014.

Dados avaliados Resultados

Idade (anos) – Média (DP) Mínima – Máxima 27,32 (±7,70) 19 - 54 Sexo – n (%) Feminino Masculino 33 (86,8) 5 (13,2) Estado civil - n (%) Solteiro(a) Casado(a) Viúvo(a) 24 (63,2) 13 (34,2) 1 (2,6) Escolaridade - n (%)

Ensino médio completo Ensino superior incompleto Ensino superior completo Faz atividade física – N (%)

Não Sim 16 (42,1) 15 (39,5) 7 (18,4) 24 (63,2) 14 (36,8)

% - porcentagem; DP – desvio padrão

A Tabela 2 apresenta o perfil laboral dos voluntários, abrangendo o tempo de trabalho na instituição avaliada, carga horária, se trabalha em outro lugar, se faz intervalo durante o expediente e a duração deste.

Tabela 2. Perfil laboral da amostra (n=38). Goiânia, 2014.

Dados avaliados Resultados

Tempo de trabalho nessa instituição (em anos) – Média (DP) Mínima - Máxima

2,64 (±2,55) 0,5 – 10 Carga horária diária de trabalho: - n (%)

4 horas 6 horas 12 horas 1 (2,6) 36 (94,7) 1 (2,6) Trabalha em outro lugar: - n (%)

Não Sim

31 (81,6) 7 (18,4) Realiza intervalos de descanso durante a jornada de trabalho: - n (%)

Sim Não 35 (92,1) 3 (7,9) Duração do intervalo (n=35): - n (%) 15 minutos 20 minutos 60 minutos 33 (94,3) 1 (2,9) 1 (2,9)

(6)

A Figura1 apresenta a prevalência anual e semanal de sintomas osteomusculares por região corporal, obtidos com a aplicação do Questionário Nórdico.

Figura 1. Prevalência dos sintomas osteomusculares entre recepcionistas do CRER nas diferentes regiões corporais. Goiânia, 2014.

Discussão

Ao analisar os dados sociodemográficos dos sujeitos desta pesquisa (38 trabalhadores), observou-se uma média de idade de 27,32 anos (±7,70), valores estes que entraram em concordância com dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012) onde cerca de 63,9% das mulheres e 60% dos homens trabalhadores brasileiros têm entre 25 e 49 anos de idade14.

Com relação ao gênero, ao estado civil e a escolaridade, os resultados encontrados nos recepcionistas estudados indicaram que a maioria é do sexo feminino (86,8%), solteiras (63,2%) e tem ensino médio completo (42,1%), nível este contemplado, pelo processo seletivo da instituição estudada, para o cargo; 39,5% estão cursando o nível superior, demonstrando que há cada vez mais mulheres jovens entrando no mercado de trabalho e investindo mais na qualificação profissional15

(7)

Demais estudos também demonstraram que a inserção das mulheres no campo de trabalho e consequentemente as mudanças no perfil das mesmas, favorecem a uma maior predisposição a desenvolverem DORTs, por questões hormonais, pela falta de preparo muscular para determinadas tarefas, pela dupla jornada de trabalho (seja em casa ao cuidar da família, seja por manterem mais de um emprego ou, seja por se dividirem entre trabalhar e estudar) ocasionando desgaste físico e mental16,17.

Foi constatado também que 63,2% dos sujeitos da pesquisa não praticam atividade física, estando este fato provavelmente relacionado à falta de tempo e disposição para a prática, devido à dupla jornada de trabalho, e que ao ser adotado um estilo de vida sedentário os trabalhadores se expõem a fatores de risco para o desenvolvimento ou agravamento de certas condições médicas, entre elas, os DORTs18.

Na análise dos dados laborais dos sujeitos da pesquisa observou-se que o tempo médio de trabalho na instituição é de 2,64 anos (±2,55) e que 81,6% não trabalham em outro lugar, fato relacionado à que a maioria além de trabalhar também estuda e/ou cuidam de suas respectivas famílias.

Com relação à carga horária diária de trabalho, 94,7% dos recepcionistas pesquisados, trabalham por um período de 06(seis) horas, segundo o artigo 58º do Decreto-Lei de Consolidação das Leis do Trabalho: “A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 08 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite19

.” corroborando que a carga horária dos recepcionistas pesquisados é respeitada pela instituição estudada.

Quanto ao tempo de intervalo, foi constatado que 92,1% dos trabalhadores fazem intervalo durante o expediente e que para 94,3%, o intervalo tem duração de 15 (quinze) minutos, estando estes dados também de acordo com o Decreto-Lei nº 5.452, onde em seu artigo 71º, parágrafo 1° homologa que quando a duração do trabalho ultrapassar 04 (quatro) horas, mas não exceder de 06 (seis) horas, será obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos19, tal fato é de extrema importância para a prevenção dos DORTs e demonstra que a Instituição pesquisada cumpre com as leis em prol dos seus funcionários.

Quanto à prevalência dos sintomas osteomusculares obtidos com a aplicação do Questionário Nórdico, observou-se a ocorrência destes nas diversas regiões corporais, sendo que as mais citadas, na prevalência anual e semanal foram, concomitantemente: parte inferior das costas (60,5% - 42,1%), parte superior das costas (57,9% - 39,5%), pescoço (57,9% - 31,6%) e punhos/mãos (52,6% - 23,7%).

(8)

Segundo a Classificação Brasileira de Ocupação – CBO, estabelecido pela Portaria nº 397, de 09/10/2002, do Ministério do Trabalho e Emprego, o recepcionista em ambiente médico/hospitalar tem como principais funções: recepcionar os pacientes, procurando identificá-los, averiguando as necessidades e o histórico clínico dos mesmos, para prestar-lhes informações, receber recados ou encaminhá-los; efetuar o controle da agenda de consultas; controlar o fichário e/ou arquivo de documentos relativos ao histórico do paciente, organizando-os e mantendo-os atualizados20.

Uma das justificativas para os achados da pesquisa está no fato dos recepcionistas executarem tais funções na postura sentada, sendo importante ressaltar que permanecer sentado durante longos períodos é desgastante para o corpo, porque embora possa tirar o peso dos pés, a tensão nas costas aumenta em até 50% em relação a permanecer de pé. Ocorre também pequena atividade física geral (sedentarismo); adoção de posturas corporais desfavoráveis; estase sanguínea nos membros inferiores, situação agravada quando há compressão da face posterior das coxas ou da panturrilha contra a cadeira, se esta estiver ergonomicamente mal posicionada21,22

.

O segundo ponto seria o uso frequente do computador como principal ferramenta de trabalho. O ambiente laboral dos trabalhadores que fazem uso de computadores e consequentemente digita excessivamente, é formado por alguns elementos que precisam ser adequados individualmente, entre eles a cadeira (tipo de cadeira, regulagem de assento e encosto, ajustamento de assento e encosto, apoio para os braços), o apoio para os pés, a mesa (espaço para as pernas, ajustes de altura, adequação com outros elementos de mobília, espaço para mobilidade e disposição de outros equipamentos) e a altura do monitor e teclado23,24

.

Além destes aspectos, também é considerada a existência de instruções para utilização do mobiliário e de orientação aos trabalhadores, visto que eles não têm um lugar fixo e individual para trabalharem, ou seja, cada dia eles trabalham em um computador diferente dentro do seu setor.

Em menor prevalência foram constatados sintomas osteomusculares em ombros (44,7% - 18,4%), tornozelos/pés (36,8% - 10,5%), quadril/coxas (28,9% - 7,9%) e joelhos (26,3% - 13,2%), provavelmente devido à menor exposição destes profissionais aos fatores de risco destas regiões corporais, especificamente, porém existem e podem influenciar negativamente o desempenho do trabalhador durante sua função, pois a sobrecarga imposta pela postura sentada vai sendo sentida gradualmente por todas as

(9)

partes do corpo, desencadeando dores, formigamento, sensação de peso nas costas, pescoço, pernas, braços e mãos21

.

Características do trabalho de recepcionistas, como o esforço físico, associados aos fatores biomecânicos presentes na atividade, de exigências repetitivas e desenvolvidas em ambientes ergonomicamente inadequados, são aspectos importantes que somados às características individuais do estilo de vida de cada trabalhador propiciam o aparecimento dos DORTs22,25.

Conclusão

Os resultados mostraram que os recepcionistas pesquisados apresentaram DORTs, sendo a parte inferior e superior das costas as regiões corporais mais acometidas. Tais achados corroboram a hipótese entre a atividade exercida, a ergonomia do posto de trabalho e o estilo de vida podem influenciar de forma direta a saúde e o desempenho do trabalhador.

Pode-se afirmar que os resultados encontrados relacionam-se às características da pesquisa, levando em consideração os métodos utilizados, o reduzido número amostral, as poucas referências específicas encontradas e a dificuldade em aprofundar a discussão. Demonstrando a necessidade de novos estudos com esse grupo de profissionais, com um número maior de voluntários, permitindo uma análise mais detalhada, com foco também na ergonomia do ambiente de trabalho e na importância de medidas educativas e preventivas dos DORTs.

Referências

1. Renner JS. Prevenção de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Boletim da Saúde, 2005; 19(1): 70-77.

2. Carvalho AJFP & Alexandre NMC. Sintomas osteomusculares em professores do ensino fundamental. RevBrasFisioter. 2006; 10(1): 35-41.

3. Mussi G. Prevalência de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) em profissionais cabeleireiras do Instituto de Beleza de dois distritos da cidade de São Paulo, em São Paulo/SP [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo/USP; 2005. 156 p.

(10)

4. SBR- Comissão de Reumatologia Ocupacional. Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT). Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2011.

5. Augusto VG, Sampaio RF, Tirado MGA, et al. Um olhar sobre as LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta. RevBrasFisioter. 2008;12(1):49-56.

6. Brasil. Ministério da Saúde. Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho In: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2001a.cap 18, p. 425-82.

7. Merlo ARC, Jacques MGC & Hoefel MGL. Trabalho de grupo com portadores de LER/DORT: relato de experiência. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001; 14(1):253-58. 8. Caetano VC, Cruz DT, Silva GA, et al. O lugar ocupado pela assistência fisioterapêutica:

representações sociais de trabalhadores com DORT. Fisioter Mov. 2012; 25(4):767-76. 9. Battisti HH, Guimarães ACA & Simas JPN. Atividade física e qualidade de vida de

operadores de caixa de supermercado. RevBrasCi e Mov. 2005; 13(1): 71-78. 10. Conte AL. Qualidade de vida no trabalho. Rev. FAEBUSINESS, 2003; 7: 32-4.

11. Tanaka, SH. Análise ergonômica do trabalho dos recepcionistas do pronto socorro no âmbito das cadeias produtivas complexas. ENEGEP, 2002.

12. Casarin, A, Alves APM, Rodrigues BA et al. A Classificação Brasileira de Ocupações e o Estudo das Ocupações das Secretárias Executivas e Bilíngues, Recepcionistas e Técnicos em Secretariado. Revista das Faculdades Integradas Claretianas 2012; 5: 20-32.

13. Barros ENC & Alexandre NMC. Cross-cultural adaptation of the nordic musculoskeletal questionnaire. International Nursing Review, 2003; 50(2): 101-108.

14. IBGE. Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas. Pesquisa Mensal de Emprego, 2012.

15. Soares S, Izaki RS. A participação feminina no mercado de trabalho. IPEA, 2002.

16. Martarello NA & Benatti MCC. Qualidade de vida e sintomas osteomusculares em trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43(2):422-8. 17. Ferreira LL, Dias A, Delatimet FM et al. Investigação de queixa dolorosa em grupos de

funcionárias de uma instituição de ensino superior. Rev Dor. São Paulo, 2010 jul-set;11(3):203-207.

18. Silva RS et al.Atividade física e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1):115-120, 2010.

19. Brasil. Decreto-Lei n° 5452, de 01 de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). 20. Brasil. Classificação Brasileira de Ocupação – CBO, portaria n° 397. Ministério do Trabalho

(11)

21. Lima JB, Cruz GA. Trabalho sentado: riscos ergonômicos para profissionais de bibliotecas, arquivos e museus. Rev Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 3 - Edição Especial.

22. Silva HPL, Jesus CS. Sintomas osteomusculares em cirurgiões-dentistas da rede pública. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 57 (1): 44-48, jan.-mar. 2013

23. Silveira EM, Souza TFP. Estudo sobre dores lombares na atividade de digitadores – um estudo de caso. UNESC, 2007.

24. Norma Regulamentadora Nº17 – Ergonomia do Ministério do Trabalho (Portaria Nº 3.751, de 23/11/91).

25. Fernandes MH, Rocha VM, Costa-Oliveira AGR. Fatores associados à prevalência de sintomas osteomusculares em professores. Rev. Salud Pública. 11 (2): 256-267, 2009.

Referências

Documentos relacionados

A distinção entre juízos de facto e juízos de valor tem uma longa tradição e está bem enraizada no discurso quotidiano, dado que pode desempenhar uma função útil

El plan de búsqueda se dividió en cuatro etapas. En la primera etapa, se iden- tificaron 197 publicaciones potencialmente elegibles para revisión. Luego, en la se- gunda etapa,

Apesar destes não virem expressamente previstos na CEDH, o art.º 2.º, do Protocolo I, refere-se ao direito à educação, e o TEDH já se pronunciou sobre o direito à saúde, o

Comissões de Valores Mobiliários), entre outras. Com a avaliação da forma e quantidade de internacionalização que será observada de normas de contabilidade, será também analisada a

Por fim, no último período, o autor apresenta uma tentativa de se construir um modelo de gênese do Estado; para tanto, se vale da análise, em longa duração,

suggestive of hemoparasitosis that were treated at the Veterinary Hospital of the Federal University of Goiás (UFG), in the city of Goiânia, state of Goiás,

A alta prevalência de baixa acuidade visual entre os alunos de 12 a 17 anos (25%) encontrada neste estudo aponta para a realidade brasileira, em que a grande maioria das

The high prevalence of low visual acuity among students aged 12 to 17 years (25%) found in the present study shows the Brazilian reality, in which the great majority of Brazilian