Mestrado em Engenharia do Ambiente
4º ano / 1º semestre
Lei nº 48/98, de 11 de Agosto - Lei de Bases da Política de
Ordenamento do Território e Urbanismo
(alterada pela Lei
54/2007, de 31 de Agosto)
Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro, alterado pelo
Decreto-Lei nº 316/2007 de 19 de Setembro -
Regulamentação dos instrumentos de gestão territorial
Lei 58/2007, de 4 de Setembro – Programa Nacional da PolíDca de
Ordenamento do Território (RecDficada pelas Declarações de
recDficação n.º 80‐A/2007 e n.º 103‐A/2007, de 2 de Novembro)
Decreto‐Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto ‐ Regime Jurídico da REN
(RecDficada pela Declaração de RecDficação n.º 63‐B/2008 de 21 de
Outubro)
Decreto‐Lei n.º 129/2008 de 21 de Julho ‐ Regime dos Planos de
Ordenamento dos Estuários
(alterada pela Lei 54/2007, de 31 de Agosto)
Estabelece as bases da políDca de ordenamento do território e de urbanismo.
Art.º 5º: PRINCÍPIOS GERAIS da políDca de ordenamento do território e de
urbanismo:
a) Sustentabilidade;
b) Economia;
c) Coordenação;
d) Subsidiariedade;
e) Equidade;
f) ParDcipação;
g) Responsabilidade;
h) Contratualização;
i) Segurança jurídica
.
L
ei 48/98, de 11 de Agosto – Lei de Bases da Polí6ca de
Ordenamento do Território e Urbanismo
Âmbito regional :
Planos regionais de ordenamento do território Âmbito municipal:
a) Planos intermunicipais de ordenamento do terrritório;
b) Planos municipais de ordenamento do território, compreendendo os
planos directores municipais, os planos de urbanização e os planos de pormenor
Art.º 7.º SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL:
Âmbito Nacional: Define o quadro estratégico para o ordenamento do espaço
nacional, estabelecendo:
→ Directrizes a considerar no ordenamento regional e municipal;
→ A compaDbilização entre os diversos instrumentos de políDca sectorial
com incidência territorial, insDtuindo quando necessário os instrumentos de
natureza especial.
Âmbito Regional: Define o quadro estratégico para o ordenamento do espaço
regional em estreita arDculação com as políDcas de desenvolvimento nacional e de
desenvolvimento económico e social, estabelecendo as directrizes orientadoras do
ordenamento municipal.
Âmbito Municipal: Define, de acordo com as directrizes de âmbito nacional e
regional e com opções próprias de desenvolvimento estratégico, o regime de uso do
solo e respecDva regulamentação
Lei 48/98, de 11 de Agosto – Lei de Bases da Polí6ca de
Ordenamento do Território e Urbanismo
Estabelece o regime jurídico dos instrumentos de gestão
territorial (RJIGT)
Desenvolve as bases da polí6ca de ordenamento do
território e de urbanismo
Define o regime de coordenação dos âmbitos nacional,
regional e municipal do sistema de gestão territorial
Define o regime geral de uso do solo
Define o regime de elaboração, aprovação, execução e
avaliação dos instrumentos de gestão territorial
Decreto‐Lei nº 380/99 de 22 de Setembro ‐ Regime jurídico dos
instrumentos de gestão territorial (alterado pelo DL nº 310/2003,
PMOT – Planos Municipais de Ordenamento do Território PDM – Plano Director Municipal PU – Plano de Urbanização PP – Plano de Pormenor PIMOT – Plano Inter‐Municipal de Ordenamento do Território PROT – Plano Regional de Ordenamento do Território PNPOT – Programa Nacional para a PolíDca de Ordenamento do Território PEOT – Plano Especial de Ordenamento do Território Plano Sectorial Natureza Estratégica NA CIONAL LOCAL RE GIONAL Natureza Regulamentar
Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro - Regime jurídico
dos instrumentos de gestão territorial (alterado pelo DL nº
310/2003, de 10 de Dezembro e pelo DL nº 316/2007 de 19 de
Setembro)
Os instrumentos de gestão territorial procedem à
identificação de recursos territoriais com relevância
estratégica para a sustentabilidade ambiental e a
solidariedade intergeracional, designadamente:
art,. 26º
Estabelece as grandes opções com relevância para a organização do
território, consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboração
dos outros instrumentos de gestão territorial, consDtui um instrumento de
cooperação com outros Estados da UE para a organização do território da
EU.
Conjunto de directrizes e orientações que traduzem um modelo de
organização espacial que tem em conta o sistema urbano, as redes, as infra‐
estruturas e os equipamentos de interesse nacional, bem como as áreas de
interesse nacional em termos agrícolas, ambientais e patrimoniais
hjp://www.territorioportugal.pt/pnpot
Lei 58/2007, de 4 de Setembro – Programa Nacional da Polí6ca de
Ordenamento do Território (RecDficada pelas Declarações de
recDficação n.º 80‐A/2007 e n.º 103‐A/2007, de 2 de Novembro)
Objec6vos estratégicos: 1. Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagís6co e cultural, uDlizar de modo sustentável os recursos energé6cos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos; 2. Reforçar a compe66vidade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços ibérico, europeu e global; 3. Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra‐estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais; 4. Assegurar a equidade territorial no provimento de infra‐estruturas e de equipamentos colecDvos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social; 5. Expandir as redes e infra‐estruturas avançadas de informação e comunicação e incenDvar a sua crescente uDlização pelos cidadãos, empresas e administração pública; 6. Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a par6cipação informada, acDva e responsável dos cidadãos e das insDtuições.
Lei 58/2007, de 4 de Setembro – Programa Nacional da Polí6ca de
Ordenamento do Território (RecDficada pelas Declarações de
recDficação n.º 80‐A/2007 e n.º 103‐A/2007, de 2 de Novembro)
1.Recursos naturais e sustentabilidade ambiental
a) Recursos hídricos e política da água
b) Protecção e valorização da zona costeira
c) Energia e alterações climáticas
2.Uso do solo e ordenamento agrícola e florestal
a) Evolução da ocupação e uso do solo
b) Agricultura e ordenamento dos espaços rurais
3. Infra-estruturas e equipamentos colectivos
a) Abastecimento de água, saneamento básico e
tratamento de resíduos e efluentes
São instrumentos de programação ou de concretização das
diversas políticas com incidência na organização do território.
Incluem:
Instrumento de concretização da política
nacional de conservação da diversidade
biológica, visando a salvaguarda e valorização
das ZPE e dos Sítios (SIC e ZEC)
Estabelece o âmbito e enquadramento das
medidas referentes à conservação das
espécies da flora, da fauna e dos habitats
naturais e tendo em conta o desenvolvimento
económico e social das áreas abrangidas.
Objectivos
(RCM nº 66/01, de 6 de Junho)
:
• Estabelecer orientações para a gestão territorial das ZPE e
Sítios
• Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores
naturais dos locais (…) fixando os usos e o regime de gestão
compatíveis com a utilização sustentável do território
• Representar cartograficamente (…) habitats nos Sítios e ZPE
• Estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função
das características e prioridades de conservação
• Definir medidas que garantam a valorização e a manutenção
num estado de conservação favorável dos habitats e espécies (…
e) tipologias de restrições ao uso do solo (…)
• Fornecer orientações (…para) PMOT e PEOT (…)
• Definir condições, critérios e o processo a seguir (…) em AIA e
na análise de incidências ambientais
Orientações de gestão genéricas:
• Informação para a gestão da RN2000
• Programas de monitorização
• Reforço da fiscalização
• Informação e sensibilização
• Ligação a programas internacionais de conservação das
espécies
• Planos de acção para espécies ameaçadas
• Implementar medidas de conservação ex-situ
• Combater doenças fitossanitárias
Linhas estratégicas para gestão dos Sítios e
ZPE:
• Ordenamento do uso do espaço (integração dos objectivos de
conservação nos IGT)
• Contratualização e estabelecimento de parcerias
• Gestão integrada de bacias hidrográficas
• Planos de gestão de sítios ou ZPE
• Erradicação de espécies invasoras
Estabelece o regime dos Planos de Ordenamento dos Estuários (POE) Os POE têm por objecto o estuário e a orla estuarina. Visam (Artº 4º) a protecção das suas águas, leitos e margens e dos ecossistemas que os habitam, na perspecDva da sua gestão integrada, assim como a valorização ambiental, social, económica e cultural da orla estuarina, com os objecDvos gerais: a) Proteger e valorizar as caracterísDcas ambientais do estuário, garanDndo a u6lização sustentável dos recursos hídricos, assim como dos valores naturais associados;
b) Assegurar a gestão integrada das águas de transição com as águas interiores e costeiras confinantes, bem como dos respecDvos sedimentos; c) Assegurar o funcionamento sustentável dos ecossistemas estuarinos; d) Preservar e recuperar as espécies aquáDcas e ribeirinhas protegidas ou ameaçadas e os respecDvos habitats; e) GaranDr a ar6culação com os instrumentos de gestão territorial, planos e programas de interesse local, regional e nacional, aplicáveis na área abrangida pelos POE.
Decreto‐Lei n.º 129/2008 de 21 de Julho ‐ Regime dos
Planos de Ordenamento dos Estuários
Os estuários sujeitos a POE são:
→ Estuário do rio Douro;
→ Estuário do rio Vouga;
→ Estuário do rio Mondego;
→ Estuário do rio Tejo.
Os POE são, segundo o RJIGT, Planos Especiais de Ordenamento do Território,
estando por isso sujeitos a Avaliação Ambiental (DL 380/99 Artº nº 45º).
A sua elaboração compete às Administrações das Regiões Hidrográficas, I. P.
(à data apenas uma – Tejo – se encontra consDtuída) ou ao InsDtuto da Água,
I. P. (INAG).
Devem ser acompanhados por um programa de execução e de financiamento
o que facilita a sua concreDzação (Anexo II).
Decreto‐Lei n.º 129/2008 de 21 de Julho ‐ Regime dos
Planos de Ordenamento dos Estuários
ORIENTAÇÕES PARA PReg, MAOTDR, 2006
Promover a integração das políticas sectoriais e
ambientais
Recursos territoriais, protecção e valorização ambiental
-
opções estratégicas de base territorial
-
Normas orientadoras
Recursos específicos a salvaguardar (sistemas
aquíferos, valores paisagísticos
Objectivos (art 61º) ….articular as estratégias de
desenvolvimento económico e social dos
municipios envolvidos, designadamente nos
seguintes domínios:
a)
Estratégia intermunicipal de protecção da
Os planos municipais de ordenamento do território visam estabelecer:
a)
A tradução, no âmbito local, do quadro de desenvolvimento do território estabelecido nos instrumentos de natureza estratégica de âmbito nacional e regional;b)
A expressão territorial da estratégia de desenvolvimento local;c)
A articulação das políticas sectoriais com incidência local;d)
A base de uma gestão programada do território municipal;e)
A definição da estrutura ecológica municipal;f)
Os príncipios e as regras de garantia da qualidade ambiental e da preservação do património cultural;g)
Os princípios e os critérios subjacentes a opções da localizaçãode infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções;
h)
Os critérios de localização e distribuição das actividadesindustriais, turísticas, comerciais e de serviços;
i)
Os parâmetros de uso e fruição do espaço público;j)
Outros indicadores relevantes para a elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial.a)
A caracterização económica, social e
biofísica
, incluindo da
estrutura fundiária da área de intervenção
b)
A definição e caracterização da área de intervenção
identificando as redes urbanas, viária, de transportes e de
equipamento de educação, de saúde, de abastecimento
público e de segurança, bem como os sistemas de
telecomunicações, de abastecimento de energia, de
captação, de tratamento e abastecimento de efluentes e
de recolha, depósito e tratamento de resíduos
;
c)
A definição dos sistemas de protecção dos valores e
recursos naturais, culturais, agrícolas e florestais,
identificando a estrutura ecológica municipal
;
h)
A referenciação espacial dos usos e das actividades
nomeadamente através da definição das classes e categorias
de espaços
i)
A identificação das áreas e a definição de estratégias de
localização, distribuição e desenvolvimento das actividades
industriais, turísticas, comerciais e de serviços;
Plano de urbanização prossegue o equilíbrio da composição urbanística nomeadamente estabelecendo:
a)
A definição e caracterização da área de intervenção identificando os valores culturais e naturais a proteger;b)
A concepção geral da organização urbana, a partir da qualificação do solo, defenindo a rede viária estruturante, a localização deequipamentos de uso e interesse colectivo, a estrutura ecológica, bem como o sistema urbano de circulação de transporte público e privado e de estacionamento;
c)
A definição de zonamento para localização das diversas funções urbanas, designadamente habitacionais, comerciais, turísticas, de serviços e industriais, bem como identificação das áreas a recuperar ou reconverter;d)
A adequação do perímetro urbano definido no plano director municipal em função do zonamento e da concepção geral da organizaçãourbana definidos;
e)
Os indicadores e os parâmetros urbanísticos aplicáveis a cada uma das categorias e subcategorias de espaços;Estabelece o Regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional
(REN)
Art.º 2º ‐ A REN é uma estrutura biofsica que integra o conjunto
das áreas que, pelo valor e sensibilidade ecológicos ou pela
exposição e suscep6bilidade perante riscos naturais, são
objecto de protecção especial.
É uma restrição de u6lidade pública que visa contribuir para a
ocupação e o uso sustentáveis do território e tem por objecDvos:
Decreto‐Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto ‐ Regime
Jurídico da REN (RecDficada pela Declaração de
RecDficação n.º 63‐B/2008 de 21 de Outubro)
a) Proteger os recursos naturais água e solo, bem como salvaguardar sistemas e processos biorsicos associados ao litoral e ao ciclo hidrológico terrestre, que asseguram bens e serviços ambientais indispensáveis ao desenvolvimento das ac6vidades humanas;
a) Prevenir e reduzir os efeitos da degradação da recarga de aquíferos, dos riscos de inundação marí6ma, de cheias, de erosão hídrica do solo e de movimentos de massa em vertentes, contribuindo para a adaptação aos efeitos das alterações climá6cas e acautelando a sustentabilidade ambiental e a segurança de pessoas e bens;
b) Contribuir para a conecDvidade e a coerência ecológica da Rede Fundamental de Conservação da Natureza;
c) Contribuir para a concreDzação, a nível nacional, das prioridades da Agenda Territorial da União Europeia nos domínios ecológico e da gestão transeuropeia de riscos naturais.
Decreto‐Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto ‐ Regime
Jurídico da REN
Art.º 4º ‐ Tipologias de áreas a integrar na REN:
→ Áreas de protecção do litoral
→ Áreas relevantes para a sustentabilidade do ciclo
hidrológico terrestre
→ Áreas de prevenção de riscos naturais
Art.º 5º ‐ A delimitação da REN ocorre a dois níveis:
Nível da Delimitação Estratégico Nível Territorial Nacional Comissão Nacional da REN , CCDR e ARH ResponsabilidadeOpera6vo Municipal Câmaras Municipais, Comissão Nacional da REN e CCDR
Decreto‐Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto ‐ Regime
Jurídico da REN
Art.º 20º ‐ Usos interditos e compatveis com a REN Interdito em área de REN: → Operações de loteamento; → Obras de urbanização, construção e ampliação; → Vias de comunicação; → Escavações e aterros;
→ Destruição do revesDmento vegetal, não incluindo as acções necessárias ao normal e regular desenvolvimento das operações culturais de aproveitamento agrícola do solo e das operações correntes de condução e exploração dos espaços florestais.
Permi6do em área de REN:
→ As operações referidas são permiDdas em algumas Dpologias de áreas, consoante o seu fim e dependendo de autorização ou comunicação prévia como consta no Anexo II
Decreto‐Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto ‐ Regime
Jurídico da REN
Permi6do em área de REN (Anexo II alterado pela
Declaração de RecDficação ):
Sujeito a autorização
Sujeito a comunicação prévia
Isento de autorização ou comunicação prévia
Decreto‐Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto ‐ Regime
Jurídico da REN
Regulamento administrativo, que se rege pelo Decreto-Lei nº 196/89, de 41 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei nº274/92, de 12 de Dezembro
Objectivo: “Defender e proteger as áreas de maior
aptidão agrícola e garantir a sua afectação à agricultura,
de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da
agricultura portuguesa e para o correcto ordenamento do
território”
A RAN constitui uma restrição de utilidade pública, de acordo com a classificação de tipos de servidão da DGOTDU e constitui uma dascondicionantes obrigatórias na Planta de Condicionantes das figuras de plano formalmente existentes em Portugal.