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CONDIÇÕES DE TRABALHO E IMPLICAÇÕES NA SAÚDE DE PROFISSIONAIS ATUANTES EM CENTRO CIRÚRGICO

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CONDIÇÕES DE TRABALHO E IMPLICAÇÕES NA SAÚDE DE PROFISSIONAIS ATUANTES EM CENTRO CIRÚRGICO

WORKING CONDITIONS AND IMPLICATIONS FOR HEALTH PROFESSIONALS ACTING ON SURGICAL CENTER

CONDICIONES DE TRABAJO E IMPLICACIONES EN LA SALUD DE PROFESIONALES ACTUANTES EN CENTROS QUIRÚRGICOS

Luisa Denise Portes de Lima1 Isabel Cristine Oliveira2 Rafael Marcelo Soder3 Adriane Marines dos Santos4 Luiz Anildo Anacleto da Silva5 Éder Luís Arboit6 RESUMO:

Objetivo: conhecer o que tem sido produzido sobre as condições de trabalho e os fatores de

risco para os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico. Método: revisão narrativa da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado em maio de 2014 nas bases da Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Base de dados em Enfermagem (BDENF). Utilizaram-se os descritores “Equipe de Enfermagem”, “Condições de Trabalho” e “Centro Cirúrgico Hospitalar”.

Resultados: foram analisados treze estudos publicados entre 2008 e 2013. Observam-se

algumas incongruências em nível de organização na estrutura física, equipamentos, materiais, medicamentos e recursos humanos interferindo na qualidade da assistência prestada ao cliente. Conclusões: Os achados revelam ponto de reflexão do enfermeiro na prática cotidiana

1 Enfermeira, Especialista em Saúde Coletiva: ênfase Saúde da Família pela URI- FW. Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde- UFSM.luisa.denise@hotmail.com

2Acadêmica do 10º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem UFSM/Campus Palmeira das Missões. E-mail: isakbel@hotmail.com

3 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem. Professor no Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Palmeira das Missões. Rio Grande do Sul. E-mail: rafaelsoder@hotmail.com

4 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de

Santa Maria, campus Palmeira das Missões. E-mail: adriane_santos82@hotmail.com

5 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem. Professor no Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Enfermagem,

Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Palmeira das Missões. E-mail: Luiz.anildo@yahoo.com.br

6 Enfermeiro, Mestre em Enfermagem, Docente no Curso de Enfermagem da Universidade de Cruz Alta -

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nos serviços de complexidade tecnológica e de inovação, sendo o caminho para busca da autonomia no processo de trabalho e na resolução de conflitos.

Descritores: Enfermagem; Condições de Trabalho; Centro Cirúrgico Hospitalar.

ABSTRACT

Objective: to know what has been produced on the working conditions and the risk factors

for professionals working in the Surgical Center. Method: narrative review of the literature. The literature review was conducted in May 2014 on the basis of the Latin American and Caribbean Health Sciences (LACHS), Scientific Electronic Library Online (SciELOL) and Nursing Database (NDb). They used the descriptors "nursing staff", "Working Conditions" and "Center Surgical Hospital". Results: thirteen published studies were analyzed between 2008 and 2013. Some level of organization in inconsistencies are observed in the physical structure, equipment, materials, medicines and human resources interfering with the quality of care delivered to the customer. Conclusions: the findings reveal the nurses' point of reflection in daily practice in technological complexity and innovation services, and the way to search for autonomy in the work process and in conflict resolution.

Descriptores: Nursing; Working Conditions; Surgery Department, Hospital.

RESUMEN

Objetivo: conocer lo que ha sido producido sobre las condiciones de trabajo y los factores de

riesgo para los profesionales que actúan en el Centro Quirúrgico. Método: revisión narrativa de la literatura. La recolección bibliográfica fue realizada en mayo de 2014 en las bases de la Literatura Latino Americana y del Caribe en Ciencias de la Salud (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) y Base de datos en Enfermería (BDENF). Se utilizaron los descriptores “Equipo de Enfermería”, “Condiciones de Trabajo” y “Centro Quirúrgico Hospitalario”. Resultados: fueron analizados trece estudios publicados entre 2008 y 2013. Se observan algunas incongruencias en nivel de organización en la estructura física, equipos, materiales, medicamentos y recursos humanos interfiriendo en la calidad da asistencia prestada al cliente. Conclusiones: Los datos revelan un punto de reflexión del enfermero en la práctica cotidiana en las actuaciones de complejidad tecnológica y de innovación, siendo el camino para la búsqueda de la autonomía en el proceso de trabajo y en la resolución de conflictos.

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INTRODUÇÃO

A saúde do trabalhador e as condições de trabalho não são temas recentes. O desenvolvimento de doenças relacionadas ao trabalho devido à exposição do trabalhador aos fatores de riscos requer a construção de um ambiente de trabalho digno e seguro para o desenvolvimento das atividades profissionais. Com isso, torna-se indispensável à participação ativa dos gestores e das equipes para realizar um plano de ação que objetiva a resolução de problemas e minimização de riscos que possam afetar o grupo como um todo.

A padronização de condutas para o diagnóstico das doenças relacionadas ao trabalho favorece a exposição mínima do grupo de trabalho aos fatores de risco. No contexto atual, o avanço da tecnologia contribuiu para a modificação do ambiente de trabalho, requerendo outro perfil do trabalhador para o cumprimento de suas atividades devido às exigências do mercado (SOUSA, 2011). Esse processo vem ocorrendo de forma intensa nos serviços de saúde, em especial no centro cirúrgico hospitalar.

De acordo com Santos e Rennó (2013, p. 280), “o centro cirúrgico, por suas particularidades e características, constitui uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar” e isso origina-se em “consequência dos equipamentos e da tecnologia disponível, da variação intrínseca nos seus principais processos, e de uma complicação logística para o suporte de seu funcionamento.”

No contexto relacionado aos serviços de enfermagem, pela natureza de sua ocupação são exercidas ininterruptamente por 24 horas, divididos em turnos conforme organização de cada instituição. Silva; Fontana; Almeida (2012) apontam que esse profissional depara-se com ritmos de trabalho fatigantes, instabilidade nas relações interpessoais e profissionais, alterações do ritmo biológico ou outras situações geradoras de adoecimentos, por vezes, negligenciadas.

Salienta-se que os profissionais estão suscetíveis a agravos e risco ocupacionais sendo as características inerentes à ocupação geradoras de alterações fisiológicas responsáveis por morbidades e co-morbidades, os quais deverão ser reconhecidos como agente causal.

Dentre os sinais e sintomas associados ao ambiente e condições de trabalho tais destaca-se a dificuldade para dormir, fadiga excessiva, problemas osteomusculares, alterações no relacionamento com filhos e/ou companheiros, isolamento social, sobrecarga e estresse, fatores que contribuem para o desgaste, gerando sofrimento e adoecimento (SILVA; FONTANA; ALMEIDA, 2012).

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Diante do exposto percebe-se o aparecimento de doenças como ansiedade, depressão e estresse. Situações estas que por sua vez, acabam por interferir de forma bastante significativa na saúde do trabalhador e com isso, diminuindo a qualidade da assistência e a segurança prestada ao cliente no ambiente de trabalho.

Diante do exposto, o estudo ora proposto, justifica-se, pela necessidade de conhecer a relação do trabalho com os processos de saúde e adoecimento no contexto do centro cirúrgico. A partir do exposto, o objetivo deste estudo consiste em conhecer o que tem sido produzido sobre as condições de trabalho e os fatores de risco para os profissionais que atuam no centro cirúrgico.

MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo realizado por meio de revisão narrativa da literatura, visto que ela possibilita a aquisição e atualização de conhecimento sobre um determinado tema em curto período de tempo. Comumente, as revisões narrativas não mencionam as fontes de informação utilizadas, a metodologia para busca das referências, nem os critérios utilizados na avaliação e seleção dos trabalhos. Constitui-se de interpretação e análise crítica pessoal do autor (ROTHER, 2007).

Uma vez que a revisão narrativa não se orienta por passos metodológicos específicos, a operacionalização desta revisão seguiu, em parte, os passos preconizados para uma revisão integrativa. Primeiramente foi realizada a identificação do tema e seleção da questão norteadora; estabelecimento dos critérios para a seleção da amostra; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados e categorização dos estudos; análise dos dados e discussão dos resultados (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008).

O levantamento bibliográfico foi realizado no mês de maio de 2014, tendo como bases de dados a Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Base de dados em Enfermagem (BDENF). A pesquisa se deu por meio do método avançado utilizando-se o operador booleano “AND” quando foram realizadas as combinações dos descritores: “Equipe de Enfermagem”, “Condições de Trabalho” e “Centro Cirúrgico Hospitalar”. Não foi estabelecido recorte temporal para a busca dos documentos/publicações. Foram selecionados 753 artigos, sendo 366 na base de dados LILACS, 127 no SCIELO e 260 na BDENF.

Elencou-se como critérios de inclusão: tratar-se de artigo original disponível online, publicados entre os anos de janeiro de 2008 a dezembro de 2013, no idioma português que

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focalizasse aspectos relacionados às condições de trabalho e os fatores de risco que estão vulneráveis os profissionais de saúde, e a equipe de enfermagem atuante no Centro Cirúrgico. Foram excluídos resumo de anais, teses, dissertações, relatórios de gestão, documentos oficiais, livros, e estudos que não respondiam a pergunta de pesquisa inicialmente. Foram excluídos artigos de revisão, comentários, editoriais, livros, publicações governamentais, teses e/ou dissertações, relatos de experiência e artigos com enfoque a equipe de enfermagem em atuação em outros setores e aqueles encontrados em mais de uma base de dados, que foram considerados somente uma vez.

Como ferramenta para a coleta das informações nos artigos selecionados, utilizou-se de um quadro sinóptico visando responder à questão norteadora da revisão. O quadro contempla: código, autores, título do artigo, periódico / ano de publicação, base de dados / métodos e sujeitos envolvidos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a leitura criteriosa dos títulos, resumos, palavras-chave e/ou descritores de todas as publicações, foi possível realizar a organização do conteúdo destes, conforme as áreas temáticas. Os artigos foram identificados pela letra “A” de artigo, seguido de uma numeração (A1, A2, A3...). Assim sendo, 13 publicações foram analisadas, cujos elementos pré-textuais estão sintetizados no quadro n0 1.

A apresentação dos resultados e discussão dos dados foi realizada de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão narrativa elaborada, de forma a atingir o objetivo da metodologia, impactando de modo positivo na qualidade da prática de enfermagem, fornecendo subsídios ao enfermeiro na tomada de decisão cotidiana.

Dos artigos selecionados, 06 (seis) foram encontrados na base de dados SCIELO, 04 (quatro) no LILACS e 04 (quatro) na BDENF. A data de publicação variou entre 2008 a 2013, sendo 2009 com 04 e 2013 com 04, ambos os anos com maiores número de publicações. O periódico responsável pelo maior número de publicações no total de quatro foi a Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online.

Dois publicados na Revista Mineira de Enfermagem, dois na Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), os demais foram publicados um em cada periódico descrito: Revista Texto & Contexto de Enfermagem, Revista Brasileira de Enfermagem, Revista Gaúcha de Enfermagem, Revista Eletrônica de Enfermagem, Revista de

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Administração em Saúde, Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Quadro 1- Elementos pré-textuais dos artigos que compuseram o corpus da análise.

Nota: Elaborado pelos autores em 2014.

N0. Atores Título Periódico

/ ano Base / Método Sujeitos A1 Stumm et al.,

Estressores e sintomas de estresse vivenciados por profissionais em um

Centro Cirúrgico Rev. Min Enferm. / 2008 LILACS Qualitativo Equipe enfermagem e medicina A2 Schmidt, et al.,

Estresse Ocupacional entre os profissionais de Enfermagem do Bloco

Cirúrgico Texto & Contexto Enferm. / 2009 LILACS / Quantitativo Equipe de Enfermagem A3 Stumm, et al.,

Ações do Enfermeiro na recepção do paciente em Centro Cirúrgico

Rev. Min. Enferm. / 2009 LILACS / Qualitativo Enfermeiros A4 Silva; et al.,

Ambiente do Centro Cirúrgico e os elementos que o integram: Implicações para os cuidados de

enfermagem Rev. bras. enferm / 2010 LILACS / Qualitativo Enfermeiras A5 Oliveira; et al.,

Acidente ocupacional por material perfuro- cortante entre profissionais de

saúde de um Centro Cirúrgico

Rev. esc. enferm. USP/ 2010 LILACS / Quantitativo Equipe de enfermagem, medicina e Serviços gerais A6 Pancieri, et al.,

Checklist de Cirurgia Segura: análise da segurança e comunicação das

equipes de um hospital escola

Rev Gaúcha Enferm / 2013 LILACS / Qualitativo Equipe de enfermagem, medicina A7 Barbosa; et al.,

Utilização de máscara facial cirúrgica descartável no ambiente cirúrgico

Rev. Eletr. Enf. / 2009 SCIELO / Quantitativo Profissionais de saúde e acadêmicos A8 Schmidt; et al.,

Ansiedade e depressão entre profissionais de enfermagem que

atuam em Blocos Cirúrgicos

Rev. esc. enferm. USP /2011 SCIELO / Quantitativo Equipe de enfermagem A9 Pereira, et al., Compreensão de Enfermeiros de Centro Cirúrgico a respeito do seu

processo de trabalho R. pesq.: cuid. fundam. Online / 2013 SCIELO / Qualitativo Enfermeiros A10 Pereira; et al.,

O estresse ocupacional da equipe de enfermagem em setor fechado

R. pesq.: cuid. fundam. Online / 2009 BDENF / Qualitativo Equipe de enfermagem A11 Francisco, et al.,

Análise da estrutura física do Centro Cirúrgico de um Hospital Universitário

segundo a RDC 50: contribuições de enfermagem R. pesq.: cuid. fundam. Online / 2010 BDENF / Qualitativo Enfermeiros e acadêmicos A12 Silva; et al.,

Diagnósticos de Enfermagem na Saúde do Trabalhador: estudo de caso com

profissionais de enfermagem R. pesq.: cuid. fundam. Online / 2012 BDENF / Qualitativo Técnicos e Auxiliares de Enfermagem A13 Barboza, et al.

Estresse ocupacional em enfermeiros atuantes em setores fechados de um

hospital de Pelotas/RS Rev. Enferm. UFSM / 2013 BDENF / Qualitativo Enfermeiros

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Oito artigos eram pesquisa de campo, sendo três realizados em hospitais públicos, três em hospitais de ensino e um em hospital de ensino e publico. O restante dos artigos eram pesquisas de revisão integrativa de literatura (um), estudo de caso com abordagem qualitativa (dois), pesquisa epidemiológica com delineamento transversal (um) e pesquisa coorte transversal descritiva (dois).

Conforme Santos e Rennó (2013) o ensino, a pesquisa e a assistência desenvolvida nos hospitais de ensino contribuem significativamente no processo da melhoria da qualidade da assistência à saúde devido a realização de procedimentos de alta complexidade nesse hospital contando com equipe de profissionais, estudantes, residentes de diversas especialidades implementado conhecimentos científicos teórico-práticos.

Os 13 artigos selecionados para compor o estudo são de autoria de enfermeiros assistenciais, enfermeiros mestres, doutores; sendo que houve a participação de um discente de enfermagem e uma doutora em engenharia elétrica. Os resultados foram sistematizados em três eixos temáticos: “Contexto do ambiente de trabalho do Centro Cirúrgico Hospitalar”, “Contexto do paciente cirúrgico e o profissional de enfermagem” e “Contexto relacionado às condições de trabalho e os fatores de risco para os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico”.

Contexto do ambiente de trabalho do Centro Cirúrgico Hospitalar

O Centro Cirúrgico (C.C.) é uma unidade fechada com características peculiares em relação às demais unidades de internação hospitalar devido às suas características e assistência especializada, caracterizado como um setor complexo e classificado como uma área crítica. “Este setor é destinado à realização de atividades cirúrgicas no qual o paciente é recebido para realizar procedimento cirúrgico eletivo, de emergência ou de urgência bem como a recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata.”

““O Centro Cirúrgico é um setor específico, o qual requer estrutura física, localização e equipamentos adequados para atender aspectos técnicos – administrativos, a fim de controlar riscos e dar subsídios éticos – legais a equipe e instituição” (FRANCISCO et al.,, 2010, p. 770). Também afirmam, que nas relações que envolvem ao controle de infecção, este setor é dividido em áreas restritas – estéril, semi-restritas – limpa, irrestritas – proteção necessitando uso de uniforme privativo, gorros, máscaras e propés.

Ressalta Francisco (2010) que o uso de máscara facial cirúrgica apresenta eficácia de filtração bacteriana, garantindo a proteção do paciente contra a contaminação de

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microrganismos advindos da boca e nariz dos profissionais bem como contra as secreções principalmente sanguinolentas.

Em relação à estrutura física no CC, são obrigatórios os seguintes ambientes: área de recepção de pacientes; salas de cirurgias pequenas, médias e grandes dependendo a especialidade; área de escovação; área de indução anestésica; posto de enfermagem e sala de recuperação pré-operatória e de recuperação pós-anestésica; sala de guarda e preparo de anestésicos; área para prescrição médica; sala de utilidades, banheiro com vestiários para funcionários, sala de preparo de equipamentos, sala de materiais e expurgo (SILVA; ALVIM, 2010; FRANCISCO et al., 2010 ).

Entretanto, Francisco et al., (2010) realizaram um estudo sobre a análise da Estrutura física do Centro Cirúrgico com base na RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002 proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e aponta algumas incongruências em nível de organização da estrutura física e de equipamentos como ausência de uma área para a recepção de pacientes, sala de preparo e/ou indução anestésica, carros de emergência incompletos, falta de medicamentos, recebimento de pessoas no Centro Cirúrgico sem vestimenta adequada.

Em termos de gerenciamento do CC, os estudos analisados destacam o papel da enfermeira no Centro Cirúrgico, sendo: chefia de serviço e de unidade de enfermagem, organização e direção das atividades técnicas, auxiliares e de empresas prestadoras de serviços, realização de procedimento privativo, circulação nas salas cirúrgicas para supervisão da equipe de enfermagem, tomada de conhecimento da demanda de determinada sala, material ou pessoal; atendimento as solicitações necessárias ao prosseguimento das cirurgias, promoção de um ambiente tranquilo e livre de ruídos, garantia de um ambiente físico e social favorável para o desenvolvimento do cuidado (SILVA; ALVIM, 2010; FRANCISCO et al., 2010).

Seguindo esse contexto, os estudos nos remetem a realizar o apontamento sobre a compreensão de Enfermeiros a respeito do seu processo de trabalho no CC. As ações de cuidar, gerenciar, pesquisar e educar constitui-se um grupo integrado de sub-processos tocante ao processo de trabalho em enfermagem, no qual destaca o papel gerencial do enfermeiro para a realização de atividades nesse setor em detrimento as demais facetas do processo de trabalho (PEREIRA et al., 2013). O mesmo autor destaca através da análise em seus estudos realizados que o enfermeiro ao desempenhar função burocrática e organizacional afasta-se do cuidado ao usuário e sua família, avaliação e coordenação da equipe de enfermagem gerando insatisfação e conflito interno na equipe bem como comprometimento na assistência.

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Diante desse cenário aponta para a necessidade da administração participativa por meio da criação de espaços coletivos e democráticos estabelecendo uma comunicação horizontal entre equipe de enfermagem, usuário e família objetivando o planejamento da assistência integral e a implementação de cuidados seguros livre de riscos. Destaca-se a educação permanente para os profissionais de saúde em relação à ressignificação das práticas a partir da construção de novos saberes bem como o desenvolvimento do processo de trabalho visando à criação de meios e instrumentos para permitir uma assistência integral.

A Organização Mundial da Saúde considera a qualidade um conjunto de atributos que inclui um nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos, mínimo de riscos ao paciente/cliente além do alto grau de satisfação por parte dos usuários (SANTOS; RENNÓ, 2013). Pertinente a isso, Donabedian (1991) um dos principais estudiosos da temática da qualidade na área da saúde, considera três dimensões necessárias para a assistência à saúde quais sejam: estrutura, processo e resultados.

A estrutura entendida como recursos físicos, humanos, materiais, equipamentos e financeiros; o processo envolvendo profissionais da saúde e usuários incluindo diagnóstico, tratamento, aspectos éticos, relação profissional, equipe de saúde e paciente e o resultado produto final da assistência prestada envolvendo saúde, satisfação de padrões e expectativas dos usuários.

Nesse sentido, por estar diretamente ligado na prestação de cuidados assistenciais Peri operatório cabe a equipe de enfermagem a construção de indicadores de qualidade da assistência no intuito da melhoria do processo de qualidade da assistência por meio da avaliação contínua dos resultados obtidos.

Em seus estudos Santos e Rennó (2013), destacam os indicadores mais relevantes avaliados no CC estando relacionados à “Sistematização de Assistência em Enfermagem Peri operatória com destaque para a visita pré-operatória, indicadores de lesão de pele e queda, indicadores de infecção e registro de enfermagem”.

Em relação ao indicador taxa de infecção apontam falha técnica nos processos cirúrgicos com resultados elevados em cirurgia limpa, bem como contaminação ambiental e por último, referente ao indicador registro de enfermagem avaliando a eficácia e sua eficiência em relação à transmissão de informação precisa e segura servindo também para avaliar a qualidade da assistência de enfermagem no CC. Em suas conclusões referentes aos indicadores citados anteriormente, a sua aplicabilidade no Centro Cirúrgico possibilita a avaliação da organização, do cuidado individualizado, do planejamento da assistência que

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visa a identificação e a prevenção de eventos causadores de danos, através da realização de ações preventivas que promovam a segurança do paciente no CC e a melhoria da qualidade da assistência prestada.

Contexto do paciente cirúrgico e o profissional de enfermagem

Nas relações que envolvem o contexto do paciente cirúrgico, os estudos sustentam que a pessoa necessita de tratamento o qual implica na realização de um procedimento cirúrgico. Assim, na maioria das vezes, o paciente é diagnosticado com determinada doença, lesão ou deformidade e apresenta a necessidade de uma intervenção cirúrgica para reparar, corrigir ou aliviar um problema físico, porém na maioria das vezes, este não está preparado para submeter-se ao ato anestésico cirúrgico.

Todavia, o período que antecede a internação é o período de pouca informação, no qual o cliente tem pouco conhecimento do que acontecerá com ele, ficando bastante vulnerável ao ambiente hospitalar. A partir do momento que ocorre a internação é obrigado a adaptar-se ao novo mundo do ambiente hospitalar, o que nem sempre é fácil, uma vez que traz consigo sentimentos, mitos, percepções em relação a doença desenvolvidas na sua cultura, educação e bagagem de vida.

A intervenção cirúrgica poderá representar uma agressão orgânica, psíquica uma vez que o ato anestésico-cirúrgico desencadeia ao paciente uma condição de medo, apreensão, ansiedade, insegurança e de instabilidade (STUMM et al., 2009). É indispensável que a equipe de enfermagem possua habilidade para identificar e conhecer os sentimentos do cliente quando surgir para interpretá-lo e auxiliá-lo, de modo que as sensações sejam controladas e minimizadas, através do apoio e compreensão.

No relacionamento enfermeiro-paciente, é importante este ter a percepção de levar em conta as grandes expectativas criadas individualmente; para poder atender e sinceramente demonstrar interesse e honestidade com o ser cuidado. Cabe ao enfermeiro ajudar o paciente a compreender o problema de saúde, prepará-lo para o procedimento anestésico-cirúrgico.

No contexto envolvendo o profissional de enfermagem, em especial, o enfermeiro, estudos apontam que é responsabilidade deste profissional o planejamento da assistência Peri operatória, focalizando a atenção no cuidado ao cliente numa visão holística. Com isso, destaca-se a visita pré-operatória realizada pela Enfermeira do Centro Cirúrgico, a qual favorece o conhecimento e interação com o paciente possibilitando cuidar melhor no decorrer do processo cirúrgico, minimizando a ansiedade bem como complicações pós-operatórias.

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A visita pré-operatória consiste na avaliação emocional, avaliação das condições físicas, história anestésica prévia, identificação de alergias, momento em que também se promove a educação em saúde objetivando à preparação do cliente para o ato cirúrgico e recuperação anestésica (ALVIM; SILVA, 2010; STUM et al., 2009).

A Sistematização da Assistência em Enfermagem ou Processo de Enfermagem é um método quepossibilita ao enfermeiro a realização do levantamento de dados sobre o paciente, o diagnóstico de enfermagem, a prescrição e a implementação de um plano de cuidados e a avaliação dos cuidados em termos dos resultados alcançados pelo paciente.

Em seus estudos Stumm et al. (2009) e Pancieriet al. (2013) apontam as ações do enfermeiro na recepção do paciente no Centro Cirúrgico enfatizando que quando a visita pré-operatória não foi possível, a recepção do paciente no momento da cirurgia reveste-se de importância. Compete ao enfermeiro do Centro Cirúrgico receber o paciente e verificar o prontuário, conferir se os medicamentos pré-anestésicos foram administrados, avaliar níveis de consciência, verificar sinais vitais, confirmar retirada de próteses, esmaltes e adornos, alergias e as condições emocionais.

Segundo Pancieriet al. (2013, p. 72), “cuidados como a checagem dos dados do paciente, informações clínicas da pessoa e do órgão, disponibilidade e bom funcionamento de todos os materiais e equipamentos podem fazer a diferença entre sucesso e fracasso de um procedimento”. Com os avanços tecnológicos em relação ao manuseio de materiais e equipamentos exige- se que os profissionais de enfermagem estejam mais preparados em relação a conhecimentos técnicos e teóricos.

Contexto relacionado às condições de trabalho e os fatores de risco para os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico

A partir da expansão e do crescimento da economia devido aos avanços científicos e tecnológicos, o trabalho está interferindo diretamente na saúde dos trabalhadores. Nesse sentido em 2004 foi criada a Política Nacional de Saúde do Trabalhador articulando os Ministérios do Trabalho, Previdência Social e da Saúde estabelecendo a partir de suas diretrizes que o trabalho contribua para a melhoria da qualidade de vida, realização social e pessoal, não seja causador de danos físicos e mentais aos trabalhadores devendo ser desenvolvido em condições que promovam a melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2004).

O Centro Cirúrgico é uma unidade com a atuação de diferentes profissionais no qual se relacionam e interagem para realização de procedimentos cirúrgicos e cuidados, sendo

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indispensável que o trabalho seja desenvolvido de forma harmoniosa através do respeito mútuo e confiança. Segundo Stumm et al., (2008, p.55) “os profissionais da saúde têm como o objeto de trabalho o bem-estar e a vida das pessoas, estando vulneráveis ao estresse em razão de tais responsabilidades”. O mesmo autor aponta que os profissionais enfrentam situações referentes às condições dos pacientes bem como a dinâmica organizacional da unidade, envolvendo relacionamentos interpessoais, administrativos e assistenciais.

Conforme Schmidt et al. (2009, p.331), concernente a enfermagem do bloco cirúrgico, “o estresse está presente em seu cotidiano, resultantes de inúmeros fatores relacionados ao tipo de ambiente, complexidade das relações humanas e de trabalho, grau de exigência quanto as competências e habilidades, responsabilidade e planejamento de recursos [...].” É possível evidenciar que fatores de risco contribuem para o desenvolvimento do estresse ocupacional relacionado ao ambiente e às condições de trabalho, o qual coloca em risco a saúde dos profissionais tendo como consequências o desempenho baixo, baixo moral, alta rotatividade, absenteísmo, violência no local de trabalho e transtornos depressivos.

Com base nas considerações foi realizado o levantamento acerca dos agravos que comprometem a saúde do trabalhador no CC. Através da leitura dos artigos selecionados foi possível identificar os estressores potenciais tais como estressores decorrentes da relação entre os profissionais; estressores oriundos da falta ou insuficiência de materiais e equipamentos; estressores decorrentes da falta de pessoal, aspecto administrativos e gerenciais, qualificação da equipe e demanda de procedimentos cirúrgicos; estressores relacionados à condição do paciente e acidente ocupacional por material perfurocortantes (STUMM et al., 2008; OLIVEIRA; GONÇALVES, 2010).

Estudos apontam que o principal fator estressor está relacionado às relações interpessoais. No CC ocorrem com maior frequência os conflitos entre os profissionais, sendo os principais motivos: falta de infra-estrutura para atender a demanda, o desrespeito, o erro da equipe, dificuldade no relacionamento entre equipe médica e de enfermagem, postura inadequada em sala cirúrgica referente ao respeito ao paciente bem como entre a equipe, mal-entendidos, desconfiança, sentimentos de coerção e irritação. (STUMM et al., 2008; PEREIRA; MIRANDA; PASSOS, 2009; BARBOZA et al., 2013).

Cabe ao enfermeiro criar estratégias que promovam a integração e a comunicação entre os profissionais favorecendo um clima agradável e harmonioso. Para minimizar os agentes estressores o profissional gerente da unidade deverá ter controle sobre o processo de trabalho, criar boa impressão, fazer negociação, abrir espaço para diálogo, reduzir a pressão

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sobre a equipe visando melhor relação entre os profissionais, desempenho do cuidado com o cliente e qualidade de vida no trabalho (PEREIRA; MIRANDA; PASSOS, 2009).

Em relação à falta de pessoal para Stumm (2008) o número insuficiente de profissionais é responsável pela sobrecarga de trabalho na equipe de enfermagem, contribuindo para tensão, fadiga e esgotamento se tornando fator desencadeante de estresse ocupacional.

O estresse ocupacional está relacionado intrinsecamente com os aspectos de organização administração, sistema de trabalho e qualidade das relações humanas no ambiente de trabalho podendo afetar a saúde do trabalhador. Destaca Schmidt et al. (2009, p. 331) que, “o estresse contínuo relacionado ao trabalho constitui um importante fator determinante dos transtornos depressivos, síndrome metabólica, distúrbios do sono entre outros”. Assim diante da situação analisada nos estudos reveste-se de importância a elaboração de medidas preventivas para o ambiente de trabalho hospitalar, visto que esse ambiente é o local repleto de fatores predisponentes a ansiedade e a depressão em seus trabalhadores.

Além disso, conforme os estudos em relação aos trabalhadores de enfermagem que apresentam duplo vínculo empregatício e trabalham no período noturno tendem a apresentar inúmeros fatores repercutindo em sinais e sintomas, tais como dificuldade de dormir na noite de descanso, fadiga excessiva, problemas osteomusculares, alterações no relacionamento com os filhos ou companheiros, isolamento social, sobrecarga, estresse. Fatores esses responsáveis pelos agravos e risco ocupacionais sobre os quais estão suscetíveis determinantes de alterações fisiológicas responsáveis por morbidades e co-morbidades (STUMM et al., 2008; SILVA; FONTANA, ALMEIDA; 2012).

Outro estressor diz respeito ao estresse do enfermeiro no gerenciamento/ administração do ambiente fechado. Estudos apontam que a sobrecarga de atividades técnicas e burocráticas como responsabilidade sobre a equipe técnica, organização funcional da unidade, elaboração de escala de trabalho, férias e planilhas são determinantes ao estresse ocupacional no enfermeiro. (BARBOZA et al., 2013)

Nesse sentido, o enfermeiro necessita de conhecimentos específicos e habilidades para exercer atividades de cunho assistencial e administrativo, como também ser capaz de mobilizar conhecimentos, informações e atitudes para realização de conduta administrativa em termos de julgar situações concretas tanto individuais como na equipe de trabalho.

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O penúltimo fator estressor está relacionado às condições do paciente no Centro Cirúrgico. Segundo Stumm (2008), os profissionais que atuam em ambientes críticos deparam com eventos situacionais relacionados a complicações do cliente no trans-operatório, principalmente hemorragia no qual coloca a dualidade entre a vida e a morte, devendo ser contornadas pela equipe multiprofissional reduzindo danos psíquicos e o comprometimento da assistência ao cliente, necessitando do profissional controle emocional.

O mesmo autor destaca que frente aos desafios vivenciados pelos profissionais torna-se relevante a criação de espaços de escuta visando minimizar os fatores determinantes de estresse e criar estratégias adequadas ao enfrentamento deste. A influência dos fatores de risco e seu real impacto sobre a saúde do trabalhador necessitam ser melhor estudadas nos diferentes ambientes bem como a aplicação de uma padronização de condutas para o diagnóstico das doenças relacionadas ao trabalho.

O último fator estressor evidenciado repercute no acidente ocupacional por material perfuro cortante. De acordo com Oliveira, Gonçalves (2010) devido a característica de atendimento realizado no Centro Cirúrgico, exigindo habilidade e precisão associado ao estresse dos trabalhadores contribui para ocorrência do acidente com material perfuro cortante contaminado por microrganismos e fluídos corporais. Isso por sua vez, constitui uma constante preocupação para as instituições e trabalhadores da saúde.

Com base nas considerações, destaca-se que a vigilância epidemiológica deve promover busca ativa e contínua dos acidentes ocupacionais para traduzir a realidade em relação a saúde dos trabalhadores, de modo que ocorra criação de protocolos e condutas para a prevenção, notificação dos acidentes, adoção de estratégias, além de educação permanente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo evidenciou que o centro cirúrgico por apresentar características peculiares em relação aos demais setores da instituição hospitalar é considerado um setor complexo. Para que haja o bom funcionamento, organização e gerenciamento são imprescindíveis à presença de recursos humanos, materiais para que possam atender as demandas com agilidade, eficiência e precisão, possibilitando assim, a qualidade da assistência oferecida aos clientes.

Associado ao processo de trabalho no CC salienta-se que existem vários fatores que propiciam o risco para o desenvolvimento de doenças ocupacionais prejudicais a saúde dos trabalhadores. Conforme citado anteriormente foi estruturados e definidos três eixos

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temáticos, desta forma essa definição possibilitou melhor organização e estruturação dos conteúdos relacionados a cada delimitação do tema respectivamente.

Partindo do pressuposto relacionado ao ambiente de trabalho, a partir dos estudos analisados observam-se algumas incongruências em nível de organização na estrutura física e de equipamentos, como ausência de uma área para recepção de pacientes, sala de preparo e/ou indução anestésica, falta ou inadequação dos materiais/equipamentos interferindo na qualidade da assistência prestada ao cliente. Além disso, contribui para desajuste na relação Inter profissional e interpessoal dos trabalhadores, em especial, relação do médico com enfermeiro gerando conflitos.

Em relação ao paciente cirúrgico e o profissional de enfermagem observou-se principalmente que o enfermeiro ao desempenhar a função burocrática e organizacional do centro cirúrgico, favorece o afastamento do seu objeto de trabalho que é o cuidado ao usuário e a família, avaliação e coordenação da sua equipe, contribuindo para insatisfação do enfermeiro e da equipe de enfermagem.

A baixa remuneração, a responsabilidade excessiva, a grande duração da jornada de trabalho e o déficit de profissionais foram pontos críticos, podendo ser responsável pelas agressões à saúde do trabalhador, sobretudo quanto à função psíquica gerando ansiedade, depressão e estresse. Nesse cenário, através dos fatores estressores no ambiente de trabalho observados nos estudos, evidencia-se a necessidade de criação de espaços institucionais para o desenvolvimento do momento de interação.

Entretanto, os achados apontam ponto de reflexão do enfermeiro na sua prática cotidiana nos serviços de complexidade tecnológica e de inovação, por meio do centro cirúrgico sendo o caminho para busca da autonomia no processo de trabalho da enfermagem.

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