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Símbolo internacional de pessoas com deficiência visual. Cela Braille. Sinalização visual e tátil em portas Exemplos

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Academic year: 2021

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Símbolo internacional de pessoas com deficiência visual

Cela Braille

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Superfície inclinada contendo informações táteis –

Exemplo

Sinalização de corrimãos

Sinalização tátil de alerta – Modulação do piso

Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos –

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Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das

calçadas — Exemplo

Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das

calçadas – Exemplo

Sinalização tátil de alerta nas escadas – Exemplo

Sinalização tátil de alerta junto à porta de elevador

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Sinalização tátil de alerta junto a desnível em

plataforma de embarque e desembarque

Exemplo

Sinalização tátil direcional — Modulação do piso

Composição de sinalização tátil de alerta e direcional

– Exemplo

Composição de sinalização tátil de alerta e

direcional –

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Composição de sinalização tátil de alerta e

direcional nos rebaixamentos das calçadas

Exemplo

Composição de sinalização tátil de alerta e direcional

nos rebaixamentos das calçadas

Exemplo

Composição de sinalização tátil de alerta e direcional

junto às portas de elevadores

Exemplo

Rebaixamento de calçada com

Faixa elevada com sinalização

sinalização tátil de alerta e direcional tátil de alerta e direcional

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Sinalização tátil no ponto de ônibus – Exemplo

Tratamento de desníveis – Exemplo

Soroban

É um aparelho de cálculo que teve sua origem no ábaco, utilizado pelos povos orientais. O sorobã já era utilizado bem antes da era cristã pelos chineses e foi levado ao Japão no século XV, onde passou a ser difundido. Os imigrantes japoneses trouxeram o sorobã para o Brasil no início do século XX, pois ele era considerado por esse povo um aparelho indispensável para a realização de operações matemáticas.

O sorobã é um retângulo que contem 21 eixos divididos em duas partes por uma régua. Essa régua separa a parte mais larga do aparelho, onde cada eixo tem quatro rodinhas móveis, da mais estreita, com apenas uma rodinha em cada eixo. Os números são lidos e as operações são realizadas colocando-se as rodinhas junto à régua, sendo que cada rodinha da parte mais larga possui valor um e as da parte mais estreita possuem valor cinco cada uma. Por ser um aparelho portátil, leve, de fácil manejo e custo reduzido, o sorobã representa para os deficientes visuais um importante material de apoio ao ensino matemático. Com esse aparelho, o deficiente visual tem plenas condições de acompanhar o ritmo de atividades da matemática desenvolvidas em classes comuns ou em situações da vida diária. Com treinamento adequado o deficiente visual é capaz de escrever números e realizar operações com o sorobã tão ou mais rápido que um vidente escreve à lápis em um caderno. O sorobã, pela possibilidade de também ser utilizado por alunos videntes, favorece a integração entre os alunos cegos e os demais colegas de turma.

Reglete e punção

A reglete é uma placa de metal dobrável que é encaixada a uma tábua de madeira de

aproximadamente 30X20 cm, onde é preso o papel. Ela contem quatro linhas com 27

pequenos retângulos vazados cada. Esses retângulos são chamados de celas e neles estão

os seis pontos do sistema Braille, que são impressos no papel com um objeto chamado

punção. O texto deve ser escrito da direita para a esquerda, pois ele será lido pelo verso,

onde aparecem em relevo os pontos pressionados pelo punção. Esse processo é

relativamente complicado, lento e trabalhoso.

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Recursos ópticos e não-ópticos

Os recursos ópticos são dispositivos prescritos por um oftalmologista para melhorar a eficiência visual dos portadores de

baixa visão. Os recursos ópticos são compostos de uma ou mais lentes que aumentam ou ajustam a imagem. Para a

visualização a uma pequena distância são utilizadas lentes positivas de grau elevado, lupas manuais ou de apoio e

circuito interno de tv (CCTV).

As lupas manuais são portáteis mas devem ser utilizadas somente em leituras curtas, pois é cansativo segura-las por

muito tempo. As lupas de apoio são mais recomendadas para leituras prolongadas pois a sua base já as coloca na

distância correta e as mãos podem ficar livres.

O circuito interno de tv é um aparelho acoplado a um monitor de tv que amplia em até 60 vezes as imagens e as transfere

para o monitor. Com esse dispositivo a pessoa pode ler livros e mapas comuns, além de fazer tarefas com uso de caneta,

lápis ou máquina de escrever. O circuito interno de tv é utilizado quando a pessoa não consegue mais ler com lupas e

lentes positivas.

Para visualização a longa distância são usados telescópios, também chamados de telelupas, que podem ser monoculares

ou binoculares. As telelupas exigem treinamento não podem ser usadas em movimento, pois o campo visual é reduzido.

Quanto maior o grau, menor o campo de visão. Sendo assim, elas são mais utilizadas para a visualização do quadro negro

na escola, da tv, para o reconhecimento de linhas de ônibus ou de pessoas.

Recursos ópticos e não-ópticos

O desempenho visual do portador de baixa visão também pode ser melhorado com o uso de recursos não ópticos, ou seja,

sem o auxílio de lentes. São exemplos de recursos não ópticos:

- iluminação adequada,

- apoio adequado para leitura e escrita

- cadernos com pautas ampliadas

- lápis 6B ou 3B

- canetas hidrográficas que permitem maior contraste

- livros com letras ampliados

- guia de leitura

- a leitura pode ser facilitada com o uso de uma régua para marcar a linha ou uma cartolina preta com uma abertura no

centro , que serve para destacar uma ou mais linhas

- chapéus e bonés podem contribuir para diminuir a reflexão excessiva da luz em ambiente externo .

Uma iluminação adequada é muito importante , em geral para quase todos os portadores de baixa visão embora alguns

prefiram ler com pouca luz devido ao seu problema ocular. A fonte de luz deve ser posicionada próxima ao material de

leitura, vindo do lado do ombro esquerdo, e luminárias com braços ajustáveis são muito úteis para esta finalidade.

Máquina de escrever em Braille

É uma máquina de datilografia que, ao invés de imprimir caracteres comuns, imprime os

pontos do sistema Braille em alto relevo. Ao invés de letras e números, o teclado da

máquina possui seis teclas que representam os pontos da célula Braille.

Impressoras Braille

São impressoras especiais de computadores, que produzem material em Braile. É possível

imprimir, em Braille, qualquer arquivo, mesmo em disquete. Existem hoje, no mercado

mundial, diferentes tipos de impressoras Braille, seja para uso individual (pequeno porte)

ou para produção em larga escala (médio e grande porte). A velocidade de produção é

muito variada. Algumas impressoras Braille podem utilizar folha, mas a maioria funciona

com formulário contínuo.

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Bengala

A bengala é um instrumento que serve como "prolongamento do tato" para o cego. Ela

ajuda a pessoa portadora de deficiência visual a locomover-se tanto em ambientes

conhecidos quanto desconhecidos como ruas e calçadas. Com o auxílio da bengala a

pessoa tem condições de "perceber" os obstáculos que estão à sua volta.

Existem muitos modelos de bengala, mas a mais comum é a dobrável. Esse modelo de

bengala é dividido em luva, gomos, ponteira e elástico. A luva é o local onde a pessoa

segura a bengala. Os gomos são o corpo da bengala, e são unidos por um elástico que fica

preso na luva e na ponteira. A ponteira é a parte que fica em contato com o chão. Quando

a bengala não está em uso, basta ir puxando os gomos que ela se dobra. Para usá-la basta

soltar que ela se abre rapidamente.

As bengalas são feitas normalmente de latão, alumínio e outros materiais leves. A pessoa

deve segurá-la a uma distância de 20 cm do umbigo e a abertura lateral em movimento

deve ser de 4 cm. A altura correta da bengala corresponde à distância entre o apêndice

xifóide da pessoa, que fica um pouco acima do umbigo, e o chão. Portanto, a bengala deve

ser feita sob medida para cada usuário, sendo que bengalas de tamanhos errados podem

causar problemas de coluna.

Futsal B2/B3

Esta modalidade não diferencia muito do futsal regular. Tem apenas algumas regras adaptadas e uma certa preocupação com a luz, esta deve ser homogênea, sem variações para que não atrapalhe o desenvolvimento do jogo. A bola deve ter uma cor chamativa, podendo ser verde, amarela ou branca para facilitar a localização.

Até hoje foram realizados três Mundiais: Brasil 1998; Itália 2004 e Inglaterra 2004. Em todas as edições a Bielorrússia foi campeã.

Como é Jogado

Nessa modalidade atletas com classificações oftalmológicas diferentes jogam na mesma equipe. Em quadra, cada time deve escalar pelo menos dois jogadores B2, que devem estar identificados por uma faixa, adesivo ou braçadeira, e no máximo dois B3.

O goleiro tem sua atuação limitada e não pode sair da área de seis metros. Se tocar com o pé fora do limite é falta, punida com cartão amarelo. Toque com as mãos implica em cartão vermelho direto.

No Brasil

O melhor resultado da seleção brasileira em um Mundial foi na Itália em 2004, na ocasião ficamos com a quarta colocação. Por aqui, quem organiza as competições da modalidade é CBDC. O principal torneio é a Copa Brasil, realizada todo ano.

Futsal B2/B3

Futsal B2/B3

REGULAMENTO DE JOGO PARA A CATEGORIA B2/B3

O regulamento para esta categoria será o mesmo da FIFA com as seguintes adaptações da IBSA:

Deve-se proteger os possíveis reflexos solares ou de luz que possam produzir na quadra e que possam alterar ou limitar o desenvolvimento do jogo como o movimento dos jogadores;

A luz deverá ser uniforme em toda a quadra e da mesma intensidade durante todo o jogo, não podendo sua intensidade sofrer variações em nenhum caso;

A bola do jogo nesta categoria poderá ser da cor branca, verde ou laranja, ou qualquer cor que ajude na sua localização;

Os árbitros deverão pertencer ao grupo de arbitragem internacional da IBSA;

Será desqualificado todo jogador que cometer durante o transcurso da partida 05 (cinco) faltas pessoais, devendo abandonar a quadra, podendo ser substituído imediatamente por outro jogador;

Os jogadores classificados B3 precisam usar um bracelete vermelho no braço direito;

Futsal B2/B3

Na quadra, no mínimo deverão jogar durante toda o desenvolvimento da partida, 2 (dois) jogadores B2;

Em caso de lesão de um jogador na categoria B2, deverá ser substituído por outro jogador B2, Em caso de não dispor de jogadores B2 para tal substituição, deverá terminar a partida com 3 (três) jogadores;

Goleiros podem ser videntes ou deficientes visuais (B2/B3);

Em nenhum caso o goleiro pode sair de sua área penal. Caso saírem e jogar com o pé, receberão cartão amarelo e será sancionado um tiro livre direto (falta acumulativa e pessoal) desde o lugar onde tocou a bola ou participou do jogo. O tiro será cobrado por um jogador da equipe adversária, caso reincida tal situação, será expulso com cartão vermelho, por dois cartões amarelos;

Caso o Goleiro toque na bola com as mãos fora de sua área, ele deverá receber um cartão vermelho, tendo ou não já recebido um cartão amarelo anteriormente;

Em nenhuma circunstância o goleiro poderá cobrar um tiro livre fora de sua área penal (pênalti, etc).

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ESPORTES PARA CEGOS SUBCOMITÊ DE FUTSAL

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Futebol B1 (atletas cegos)‏‏‏‏

O Futebol de cinco (como também é conhecido o futebol de cegos) é uma adaptação do futsal convencional. As regras do esporte são as oficiais Fifa, com algumas adaptações. As medidas da quadra são as mesmas do futsal, de 38x18m até 42x22m. As laterais da quadra são cercadas de bandas (proteções que impedem que a bola saia da quadra), tornando o jogo mais dinâmico. Só há cobranca de lateral com os pés, se a bola ultrapassa essas bandas, Caso contrário, o jogo continua normalmente.

A bola é igual a de futsal e possui guizos dentro para que os jogadores possam localizá-la. Os times têm quatro jogadores de linha cegos. Eles devem usar vendas nos olhos, pois alguns jogadores B1 (cegos) têm uma leve percepção da luz e isso seria uma vantagem. O goleiro, que enxerga normalmente, utiliza uma área reduzida de 5 X2 m para a defesa das bolas (ele não pode sair dessa área. Se sair, é pênalti). A equipe ainda conta com um “chamador”, que fica atrás do gol adversário, orientando o ataque dos jogadores.

As partidas oficiais têm dois tempos de 25 minutos, com 10 minutos de intervalo. Em cada tempo são permitidas três faltas coletivas. A partir da quarta, todas são cobradas na forma de tiro direto. As cobranças de pênalti (6m) e tiro direto (8m) têm um ritual específico: o chamador bate uma pequena barra de ferro nas três traves (direita, esquerda e acima) para dar ao atleta a dimensão do gol. As partidas são disputadas preferencialmente a céu aberto ou em quadras com aberturas nas laterais, para evitar ecos que possam atrapalhar os jogadores. As medidas da quadra são as mesmas do futsal, de 38mx18m até 42mx22m.

As competições internacionais oficiais usam a bola de fabricação brasileira, confeccionadas por presidiários no programa "Pintando a Liberdade", do Ministério do Esporte. Essas bolas são distribuídas gratuitamente pelo mundo todo.

No Brasil, o esporte começou a ser praticado na década de 60, em escolas e institutos para cegos. Desde 1984, a CBDC organiza partidas de futebol no Brasil, mas a primeira competição nacional reconhecida pelo IPC (Comitê Paraolímpico Nacional) foi realizada na Espanha, em 1986. Hoje o esporte já é praticado em 21 países. A primeira vez que a modalidade foi disputada numa Paraolímpíada foi em Atenas 2004. O Brasil ganhou a medalha de ouro.

Títulos:

Nosso país é uma superpotência na modalidade. A Seleção Brasileira de Futebol de Cegos é tri-campeã da Copa América (97, 2001 e 2003), Bi-campeã mundial (98 e 2000), única seleção do planeta a conquistar a medalha de ouro numa Paraolimpíada (Atenas 2004) e campeã dos Jogos Parapan-americanos Rio 2007. Já tivemos três jogadores eleitos melhores do mundo: Mizael Conrado (98 e 2000), João Batista da Silva (2004) e atual melhor do mundo: Ricardo Alves, o Ricardinho (2006) .

Atletismo

O Atletismo é hoje o esporte mais praticado nos mais de 70 países filiados à Federação Internacional de Desportos para Cegos - IBSA. Além dos Jogos Paraolímpicos, fazem parte de seu calendário, maratonas, Jogos Mundiais e Campeonatos Mundiais para Jovens. O que contribui para a difusão da modalidade é o fácil acesso e a naturalidade dos movimentos, já que correr, saltar, lançar e arremessar são ações que proporcionam a sobrevivência do Homem.

Como é competido

O Atletismo para Deficientes Visuais é constituído basicamente por todas as provas que compõem as regras oficiais da Federação Internacional de Atletismo - I.A.A.F., com exceção das provas de salto com vara, lançamento do martelo, corridas com barreira e obstáculos. As provas são divididas por grau de deficiência visual (B1, B2 e B3) e as regras são adaptadas para os atletas B1 e B2. Para esses, é permitido o uso de sinais sonoros e de um guia, que corre junto com o competidor para orientá-lo. Eles são unidos por uma corda presa às mãos e o atleta deve estar sempre à frente. As modalidades para os competidores B3 seguem as mesmas regras do atletismo regular.

No Brasil

A CBDC realiza competições nacionais de atletismo desde a sua institucionalização, em 1984, e concentra um grande número de atletas praticantes no país.Hoje a modalidade é destaque tanto nacional, quanto internacional. Os excelentes resultados em eventos realizados fora do país e em competições nacionais credenciam o atletismo como o esporte de maior ascensão no cenário paraolímpico brasileiro. Nos Jogos de Atenas, por exemplo, os atletas deficientes visuais conquistaram 12 das 16 medalhas da modalidade. Foram 2 de ouro, 6 de prata e 4 de bronze.

A velocista brasileira Anelise Hermany - B2, foi a primeira medalhista Paraolímpica entre os deficientes visuais. Ádria Santos é a maior medalhista cega da história paraolímpica brasileira com 12 medalhas.

Goalball

Esta modalidade foi criada especialmente para os deficientes visuais, ao contrário de outras, que foram adaptadas. Em 1946 o austríaco Hanz Lorenzen e o alemão Sepp Reindle desenvolveram uma atividade para ajudar na reabilitação de soldados veteranos que haviam adquirido a deficiência visual durante a Segunda Guerra Mundial. Era o goalball.

Nos Jogos Paraolímpicos de Toronto, em 1976, o esporte foi disputado em caráter de exibição e a partir dos Jogos de Arnhem 1980, na Holanda, entrou para o programa da competição. As mulheres fizeram sua primeira participação nos Jogos de Nova York 1984. Em 1978, na Áustria, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial da modalidade. Atualmente é praticado nos cinco continentes do mundo.

Como é jogado

É um esporte coletivo, onde participam duas equipes de três jogadores, com no máximo, mais três atletas reservas. Competem, na mesma classe, atletas classificados como B1, B2 e B3, segundo as normas de classificação desportiva da International Blind Sports Federation (IBSA), separados nas categorias masculina e feminina.

O desenvolvimento do jogo é baseado no uso da percepção auditiva para a detecção da trajetória da bola, que tem guizos, e requer uma boa capacidade de orientação espacial do jogador para saber onde está localizada. Por isso o silêncio absoluto é muito importante para o desenvolvimento da partida.

O principal objetivo é que cada equipe jogue a bola rasteira para o campo adversário e marque o maior número de gols em dois tempos de 10 minutos jogados. Os três jogadores atacam e defendem.

O local de competição deve ser um ginásio com uma quadra retangular, dividida em duas metades por uma linha central, com um gol (de 9 metros de largura e 1,3 de altura) em cada extremo. Não é permitido o uso de próteses, óculos ou mesmo lentes de contato. Todo jogador deve usar vendas de pano totalmente opacas (ou óculos opacos de esqui), de modo que aquele que possui visão residual não possa obter vantagem sobre um companheiro seu, totalmente cego.

Natação

Um dos esportes mais populares do mundo, a natação pode ser praticada com finalidades diferentes, como competição, saúde ou lazer. Os benefícios gerais desta atividade física são evidentes, tanto para quem enxerga como para quem é deficiente visual. A possibilidade de interagir com um meio que não o terrestre viabiliza independência de movimentos, segurança e, principalmente, auto-estima. Muitas vezes o que começa como terapia, acaba virando esporte de rendimento.As principais competições internacionais são os Jogos Paraolímpicos, Jogos Mundiais da IBSA e Mundial de Jovens.

Como é disputada

Poucas regras foram adaptadas para a prática de deficientes visuais. Elas se baseiam nas normas da FINA - Federação Internacional de Natação - e as provas disputadas são as mesmas: livre, costas, peito e borboleta, divididas por categorias de classificação oftalmológica B1, B2 e B3, sendo que cada uma disputa entre si.

No início da década de 1980 foi introduzido o tapper nas provas para atletas B1 e B2. O tapper nada mais é do que um técnico que fica à beira da piscina segurando um bastão com uma bola de tênis na ponta, que serve para tocar nas costas do atleta para que ele saiba a hora exata da virada. Para os nadadores B1 é obrigatório o uso de uma venda totalmente opaca.

Foi apenas em 1988, nas Paraolimpíadas de Seul, que a natação para deficientes passou a fazer parte do quadro paraolímpico.

No Brasil

Todas as competições de natação exclusiva para deficientes visuais são organizadas pela CBDC. A cada ano a modalidade cresce mais ainda, dando destaque internacional ao Brasil.

A primeira participação do Brasil nos Jogos Paraolímpicos foi em Atlanta, 1996, nos Estados Unidos. Em Sidney, 2000, Fabiana Harumi Sugimori se consagrou campeã paraolímpica ao ganhar a prova dos 50m livres, categoria B1, feito repetido em 2004, nas Paraolimpíadas de Atenas.

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Judô

O judô é a única arte marcial dos Jogos Paraolímpicos. Essa modalidade se tornou paraolímpica em Seul, 1988. A estréia das mulheres foi feita em 2004, nos Jogos de Atenas.

Com a filosofia de ética, respeito ao oponente e às regras, o esporte dá ao atleta um grande aperfeiçoamento do equilíbrio estático e dinâmico, fundamentais no cotidiano dos deficientes visuais. Aprender a cair é também muito importante para dar segurança ao judoca. Insegurança gera tensão muscular, o que atrapalha os movimentos.

As principais competições internacionais são as Paraolimpíadas, Jogos Mundiais da IBSA, Campeonato Mundial, Campeonatos Continentais e a Copa Mundial.

Como é disputado

Judocas das três categorias oftalmológicas, B1, B2 e B3, lutam entre si e o atleta cego (B1) é identificado com um círculo vermelho em cada ombro do quimono. As regras são as mesmas da Federação Internacional de Judô -I.J.F., com as seguintes adaptações:

•A luta é interrompida quando os competidores perdem contato; •Os judocas não são punidos quando saem da área de combate; Atletas cegos e surdos também podem participar.

O sistema de pontuação é igual ao olímpico. O Judô também pode ser disputado entre deficientes visuais e não-deficientes.

Xadrez

Considerado o "Esporte dos Reis", o xadrez tem sua origem incerta. Existem evidências de que os egípcios jogavam algo parecido há 3 mil anos. Hoje em dia o estilo oficial é o modelo Inglês. A organização mundial da modalidade fica a critério da Internacional Braille Chess Association - IBCA, entidade fundada em 1958, que segue as regras da Federação Internacional de Xadrez – FIDE.

Como é disputado

O xadrez teve de sofrer algumas adaptações para a prática dos deficientes visuais. Passou a ser jogado com o toque das mãos, o que permite o enxadrista "visualizar" a partida e montar sua estratégia. As casas pretas são ligeiramente elevadas para facilitar na orientação, assim como as peças pretas que possuem uma ponta de metal. As categorias B1, B2 e B3 disputam entre si e devem "cantar" suas jogadas e podem tocar livremente as peças, que são encaixadas, sem a obrigação de mexer, desde que não a retire do lugar.

No Brasil A CBDC é responsável pela organização do calendário de competições da modalidade. Campeonatos como Jogos Brasileiros, Jogos Escolares e Copa Brasil crescem a cada edição. O enxadrista Roberto Carlos Hengles conquistou a medalha de bronze no III Pan-americano da IBCA – São Paulo 2005, esta que foi a primeira medalha brasileira em competições internacionais de xadrez.

Powerlifting

O powerlifting é um tipo de levantamento de peso pouco difundido no Brasil. O esporte começou a se desenvolver na década de 60 e é praticado por homens e mulheres. A modalidade para atletas cegos é bastante difundida no leste europeu e na Ásia, principalmente na Turquia e no Irã.

Competidores das três classificações oftalmológicas (B1, B2 e B3) competem juntos e as regras são exatamente as mesmas das competições convencionais.

Como é praticado

Diferentemente do levantamento olímpico (weightlifting), no qual o competidor levanta a barra e a mantém sobre sua cabeça, a competição de powerlifting consiste em três movimentos:

- Supino: deitado num banco, o atleta retira a barra do apoio, após a ordem do árbitro, baixa até o peito. Em seguida, levanta até que os braços estejam totalmente estendidos;

- Agachamento: em pé, o atleta se posiciona e retira a barra do apoio. Após a ordem do árbitro, ele se afasta para trás e agacha até que os quadris fiquem abaixo da linha do joelho. Para finalizar o movimento, o atleta levanta até que aos joelhos fiquem completamente estendidos.

- Terra: o atleta se posiciona em frente à barra, agacha e segura a barra com as mãos. Após o sinal do árbitro, ele levanta a barra até que seus braços fiquem estendidos ao longo do corpo e as pernas eretas. Ao novo sinal do árbitro, o atleta volta à posição inicial.

Para cada atleta são permitidas três tentativas de cada movimento e a melhor é valida para o final da competição. Vence quem conseguir levantar a barra mais pesada proporcionalmente ao seu peso. O powerlifting para cegos ainda não é uma modalidade paraolímpica.

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