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PROTOCOLO DE CUIDADO ÀS CRIANÇAS DE 5 A 14 ANOS DO MUNICÍPIO DE FELÍCIO DOS SANTOS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA EQUIPE SAÚDE E SORRISO.

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ILVANA GOMES BIE DOS SANTOS

PROTOCOLO DE CUIDADO ÀS CRIANÇAS DE 5 A

14 ANOS DO MUNICÍPIO DE FELÍCIO DOS

SANTOS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA

EQUIPE “SAÚDE E SORRISO”.

ARAÇUAÍ/ MINAS GERAIS 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

ILVANA GOMES BIE DOS SANTOS

PROTOCOLO DE CUIDADO ÀS CRIANÇAS DE 5 A

14 ANOS DO MUNICÍPIO DE FELÍCIO DOS

SANTOS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA

EQUIPE “SAÚDE E SORRISO”.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Universidade Federal de Minas de Gerais, para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientadora: Estela Aparecida Oliveira Vieira

ARAÇUAÍ/ MINAS GERAIS 2010

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PROTOCOLO DE CUIDADO ÀS CRIANÇAS DE 5 A 14 ANOS DO MUNICÍPIO DE FELÍCIO DOS SANTOS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA EQUIPE “ SAÚDE E SORRISO”.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do Certificado de Especialista

Orientadora: Estela Aparecida Oliveira Vieira

Banca Examinadora

Prof.--- Prof.---

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo elaborar um protocolo para organizar a demanda e diminuir a prevalência de cárie das crianças de 5 a 14 anos das escolas municipais e da escola estadual da área de abrangência da equipe “Saúde e Sorriso” do município de Felício dos Santos. As condições de higiene, mudanças de hábitos e conscientização dos cuidadores preocupam os profissionais de Odontologia devido a perdas precoces de dentes permanentes nessa faixa etária. Este trabalho foi dividido em duas etapas: a primeira compreende um estudo descritivo e quantitativo de acordo com os dados do levantamento epidemiológico realizado no município em 2008. A segunda etapa compreende a construção do protocolo de cuidado baseados na analise do levantamento de epidemiológico de 2008.

Palavras chaves: cárie dentária; saúde escolar; índice CPO-D, Protocolo de

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ABSTRACT

The present study had as objective elaborates a protocol to organize the demand and to reduce the prevalence of the children's decay from 5 to 14 years of the municipal schools and of the state school of the area of inclusion of the team "Health and Smile" of the municipal district of Felício of Santos. The hygiene conditions, changes of habits and the caretakers' understanding worry the professionals of Dentistry due to precocious losses of permanent teeth in that age group. This work was divided in two stages: the first understands a descriptive and quantitative study in agreement with the data of the epidemic rising accomplished in the municipal district in 2008. The second stage understands the construction of the care protocol based in the it analyzes of the rising of epidemic of 2008.

Key words: dental decay; school health; index CPO-D, service Protocol, attention to the child's health.

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SUMÁRIO 8 10 11 12 12 13 12 14 15 15 19 20 21 1. Introdução 2.0 Objetivo Geral 2.1 Objetivos Específicos 3.0 Desenvolvimento 3.1 Caracterização do Problema 3.2 Efeitos da Cárie Dentária 3.3 Determinantes 4.0 Metodologia 5.0 Resultados 5.1 Fluxograma de Atendimento 6.0 Considerações finais 7.0 Referências 8.0 Anexo

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Lista de siglas e abreviaturas

ESF- Equipe de Saúde da Família SUS- Sistema único de Saúde

ACD- Auxiliar de consultório dentário ACS- Agente Comunitário de Saúde UBS- Unidade Básica de Saúde TSB- Técnico em Saúde Bucal

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1 INTRODUÇÃO

A saúde bucal das crianças de 5 a 14 anos da área de abrangência da equipe “Saúde e Sorriso necessita de atenção de acordo com o último levantamento epidemiológico do município. As condições de higiene, mudanças de hábitos e conscientização dos cuidadores preocupam os profissionais de Odontologia devido a perdas precoces de dentes permanentes nessa faixa etária (VARGAS, ABREU, FERREIRA, 2002).

O módulo de protocolo apresentado durante o transcorrer do curso de especialização serviu de amparo para o desenvolvimento do meu trabalho de conclusão de curso. Mostrou a importância de se desenvolver um protocolo de cuidado em saúde bucal com intenção de organizar a demanda e melhorar o atendimento.

Os agravos da cavidade bucal são de grande preocupação da Odontologia brasileira, merecendo maior atenção nas medidas educativas globais e técnicas preventivas, mas também através de tratamentos conservadores. (CHIBINKI, WAMBIER, 2005).

A cárie dentária é também a mais incidente doença do mundo, permanecendo como um grande problema de saúde pública nos diversos países (ANDRADE, 2000; BRASIL, 2001). Caracteriza-se pela desmineralização dos tecidos dentários, possuindo etiologia multifatorial dependente da microbiota, hospedeiro, dieta e tempo, além de ser considerada uma doença infecciosa e transmissível.

A presença freqüente de carboidratos fermentáveis e a microbiota residente na cavidade bucal são fatores importantes para o desenvolvimento de cavidades nos dentes em função da fermentação dos carboidratos e produção de ácidos pelas bactérias do biofilme presente sobre a estrutura dentária, formando um complexo ecossistema (CARVALHO, 2005).

O Brasil tem sido freqüentemente referido como um país detentor de altos índices de prevalência de doenças bucais, em particular a cárie dentária e a doença periodontal (OLIVEIRA, 2002). Sendo tão incidente, vários trabalhos procuram não só estudar sua etiologia e progressão, como também as medidas preventivas e curativas a ela relacionadas. As medidas preventivas e curativas mais difundidas são: a higiene bucal (escovação dos dentes com dentifrício fluoretado e o uso do fio/fita dental) e a utilização de substâncias químicas como o flúor nas suas mais variadas formas (NARVAI, 2000; CURY, 2001).

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Nosso país vive uma fase de transição epidemiológica típica de países com desigualdades sociais, passando as condições de doenças agudas para crônicas. Isso leva a crer que os serviços odontológicos são precários, aliados à crescente perda de elementos dentários. Isso demonstra a subutilização dos serviços de saúde, contribuindo com o estabelecimento da cárie dentária na infância como doença mais prevalente (MANSSONI, et al, 2009).

Sabe-se que a cárie dentária está entre as doenças mais prevalentes especialmente na faixa etária de 6 a 12 anos, não desconsiderando o restante da população adulta (OLIVEIRA et al., 1998, MIRANDA et al., 2000). No Brasil, quase 70% das crianças de 12 anos apresenta-se pelo menos um dente com experiência de cárie, sendo o principal acometido o primeiro molar permanente devido à erupção mais precoce em relação aos demais dentes permanentes (MINISTÈRIO da SAÚDE, 2007; BRASIL, 2001).

O uso de dentifrício fluoretado e melhorias na qualidade de vida são considerados os principais fatores de diminuição da prevalência de cárie aos 12 anos de idade nas últimas décadas. Associado a fluoretação da água de abastecimento é considerado um método seguro e eficaz a prevenção da cárie dentária que atinge toda população sem distinção, principalmente em nosso município que inexiste tratamento de água até o momento atual. Na saúde pública, os métodos mais empregados têm sido educação para saúde bucal e prevenção principalmente através de palestras (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007, MIRANDA, et al 2000).

O conceito de promoção é abrangente, ultrapassando a prática corrente, que entende mudanças de comportamento e prevenção de doenças através do autocuidado, repasse de informações e manutenção à saúde. Educando e informando as pessoas sobre o efeito da dieta, higiene, uso de fluoretos, do fumo, do consumo de álcool no processo saúde-doença é que estaremos desenvolvendo hábitos de vida mais saudáveis (BACK, et al, 2006). Acreditamos que a promoção de saúde é capaz de gerar mudanças comportamentais na família, principalmente quando temos uma atenção às crianças, refletindo no perfil epidemiológico da região de abrangência do programa (MELLO, et al, no prelo)

O impacto da doença cárie é significante por várias razões, a começar pela etiologia que é um reflexo da qualidade de vida, sendo influenciado pelos fatores sócio-culturais e econômicos (MENEZES, 2009).

Em relação à cárie dentária, o índice mais freqüentemente utilizado é o CPO-D (dentes cariados, perdidos e obturados), para dentes permanentes. Seu valor expressa a média do número de dentes permanentes cariados, extraídos, “perdidos” e restaurados, “obturados”

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num grupo de indivíduos. A idade de 12 anos é utilizada por ser uma das “idades-índice” preconizada pela OMS para estudos de saúde bucal em populações e também encontramos a dentição decídua substituída pela permanente (NARVAI et al., 2001).

Desde a implantação do PSF (programa de saúde da família) a assistência baseia-se na reorganização das práticas sanitárias vigentes (REIS, et al 2009). A equipe odontológica deve agir conjuntamente aos demais membros da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e com a população gerando um impacto sobre os agravos da cavidade bucal, humanizando o atendimento dando uma maior resolutividade das ações de saúde. Assim trabalhos de promoção e prevenção têm gerado resultados positivos em relação ao processo saúde doença evitando agravos da cárie na população jovem e diminuição do custo das ações em saúde (DJEHIZIAN; SPÏNOLA, 2005).

Tendo em vista a magnitude do problema no âmbito da Saúde Pública o protocolo tem como propósito instrumentalizar a equipe para executar ações capazes de fortalecer a prevenção e promoção, melhorando as condições de saúde bucal da população de nosso município ( INFORME TËCNICO, 1995).

Essa proposta surgiu da necessidade de se construir uma referência para as ações de saúde bucal na Atenção Primária baseando-se no parâmetro proposto pela OMS 2000, que visa alcançar CPOD menor que 3,0 para a na faixa etária de 12 anos.

Assim, objetivou-se a criação de um protocolo de atendimento odontológico para as crianças de 5 a 14 anos devido a não cobertura de atendimento, cujos índices seguem em anexo justificando o que está sendo dito. O CPO-D de referência aos 12 anos foi 4,1, considerado alto, já que o desejado é 3,0 (INFORME TÉCNICO, 1995).

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2 OBJETIVO GERAL

Organizar um protocolo de cuidado odontológico destinado a crianças de 5 a 14 anos da área de abrangência da equipe “Saúde e Sorriso” do Município de Felício dos Santos/MG.

2.1 Objetivos específicos:

• Organizar o acesso ao tratamento odontológico das crianças de 5 a 14 anos da área de abrangência da equipe “Saúde e Sorriso” do Município de Felício dos Santos/MG.

• Qualificar as ações de prevenção e promoção de saúde bucal da população em questão.

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3 METODOLOGIA

Esse trabalho foi desenvolvido com base em referências bibliográficas e dados do levantamento epidemiológico de 2008, encontrado no anexo 1. Foi justificado pela necessidade de organização da demanda pelo serviço odontológico do município de Felício dos Santos/ MG. Levando a construção de um protocolo de cuidado. Os protocolos são conjuntos de regras para se fazer uma ação dando embasamento científico e metodológico para se resolver os problemas (FARIA CAMPOS, WERNECK, 2008).

A equipe “Saúde e Sorriso do município de Felício dos Santos/ MG é composta por um médico, um enfermeiro, uma dentista, uma auxiliar de consultório dentário uma auxiliar de enfermagem e sete agentes comunitários de saúde (modalidade 1). A população adscrita é 2505 sendo que as famílias cadastrados nas duas equipes de PSF são 5415. Na unidade básica de saúde (UBS) são desenvolvidas pela equipe atividades preventivas com os grupos operativos de Hipertensão , Diabets, Gestantes e atividade físicas para a terceira idade. O atendimento na UBS é feito por demanda espontânea e programática porém na Odontologia as atividades preventivas ainda são deixadas de lado por exigência do gestor municipal de saúde.

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4 DESENVOLVIMENTO

O protocolo de cuidado proposto pela equipe foi elaborado a partir dos dados obtidos do levantamento epidemiológico de 2008 e das leituras e pesquisas bibliográficas sobre o tema.

4.1 CARACTERIZAÇÕES DO PROBLEMA

• Magnitude: CPOD acima do preconizado pela OMS na idade de 12 anos, apresentado segundo o levantamento epidemiológico do ano de 2008 e que é realizado de 2 em 2 anos no município de Felício dos Santos/MG.

Os CPO-Ds médios por faixa etária são representados da seguinte forma:

0 1 2 3 4 5 5

anos anos7 anos9 anos11 anos13

Leste Oeste Norte

Idade 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos

CPOD 0,1 0,49 0,74 1,5 1,32 2,92 2,9 4,1 3,96 4,6

A prevalência de cárie na faixa etária de 5 a 14 anos é preocupante levando em consideração os altos índices de CPO-D mostrado acima. As faixas em que os indivíduos apresentam praticamente todos os dentes permanentes, ou seja, dos 12 aos 14 anos, requerem mais da equipe um cuidado especial devido à perda precoce dos mesmos. Isso não significa que as demais idades serão deixadas de lado.

• Transcendência: Maior número de pessoas acometidas pela cárie dentária na idade de 12 anos em comparação ao levantamento realizado no município em 2008.

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A população em geral dá importância à prevenção da cárie dentária devido aos danos causados por ela. Mesmo assim, culturalmente sabemos que os hábitos de saúde bucal ainda são precários nos jovens e cuidadores.

• Vulnerabilidade: A equipe desenvolve ações de promoção, prevenção e tratamento, porém não têm controle sobre as principais medidas de prevenção (acesso água fluoretada, acesso a escova e dentifrício fluoretado a toda população e controle da dieta (MIRANDA, 2000; AUAD, PORDEUS, 1999).

Os hábitos culturais e a política geral do município priorizam o tratamento curativo em detrimento aos trabalhos de prevenção e promoção associados à deficiência de recursos humanos e a falta de controle sobre as principais medidas de prevenção (MIRANDA, 2000; MINISTÉIO DA SAÚDE, 2007).

• Efeitos: A cárie é uma doença que resulta de desequilíbrios na microflora local, determinados por um aumento dos microrganismos patogênicos através da interação complexa entre inúmeros fatores, dentro do ambiente bucal e nos tecidos duros do dente. Na saúde bucal, esta patologia, por sua importância estratégica na formação e desenvolvimento da face humana, requer medidas mais eficazes que proporcionem a diminuição da sua prevalência, especialmente em crianças (FREITAG, NUMMER, 2008).

Diante disso detectamos:

• Aumento no número de edentulismo.

• Maior probabilidade de problemas ortodônticos devido à perda precoce dos dentes.

• Risco aumentado em desenvolver problemas digestivos e endocardite bacteriana.

• Aumento da demanda do serviço de saúde. • Aumento do absenteísmo escolar.

• Determinantes:

• Presença de microorganismos na placa bacteriana, a concentração de flúor na cavidade bucal, a freqüência de ingestão de açúcar, o fluxo e a capacidade tampão da saliva são fatores locais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).

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• Fatores culturais e sócio-econômicos da população

• Falta de acesso a água tratada com flúor na sua composição (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).

• Falha nos trabalhos de promoção e prevenção dificultando o repasse de informações a população de risco.

• Dificuldade de acesso ao serviço de saúde pública e baixa resolubilidade dos mesmos gerando maior número de indivíduos com cárie dentária.

• Falta de acompanhamento das famílias.

• Objetivo do protocolo: realizar a promoção e atendimento odontológico de crianças entre as faixas etárias de 5 a 14 anos da área de abrangência da equipe “Saúde e Sorriso” do Município de Felício dos Santos/MG.

O objetivo deste trabalho é por em prática o protocolo criado pela equipe saúde e sorriso.

Elenco de atividades: As atividades serão realizadas conforme áreas e faixas etárias prioritárias

Quadro 1. Protocolo de saúde bucal - elenco de atividades

ATIVIDADES CD ENF ACS ACOMPANHAMENTO

1.Identificar e cadastrar a população alvo

x x x Fazer a busca ativa de crianças não cadastradas

pela ESF 2.Orientar a busca de

atendimento a unidade

x x x Comparar os registros de atendimentos na

unidade tratando das crianças acometidas pela cárie dentária. 3.Avaliar o grau de acometimento da cárie através de levantamentos epidemiológicos e de necessidade, instituindo medidas propedêuticas e terapêuticas ás crianças acometidas e esclarecendo os familiares e professores.

x Observar se houve diminuição dos casos de

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4.Encaminhar para o serviço

de referência na

odontopediatria no CEO e na UFVJM em Diamantina de acordo com a ficha de TFD (tratamento fora de domicílio) do município quando necessário e garantir a continuidade da assistência.

x x x Observar se houve conclusão dos casos

encaminhados

5.Realizar ações educativas como ações educativas, e atividades interativas com as crianças); técnica de escovação e escovação supervisionada com entrega de 1 escova dental para cada criança, e um creme dental por sala; revelação de placa bacteriana; escovação com flúor gel nas crianças com risco de desenvolver cárie, distribuição de desenhos educativos entre outros. (Consultar manual de fluorterapia.)

x x x Verificar o grau de mudança de hábitos diante

da saúde bucal através de levantamento de necessidades e visitas domiciliares. O maior número de crianças acometidas significa que deve-se mudar a estratégia de trabalho.

6.Realizar acompanhamento escolar e domiciliar as crianças, com prioridade as de alto risco de cárie dentária

x x X Checar a evolução dos casos encaminhados e os

efeitos sobre o problema

7.Sensibilizar pais e educadores através de atividades educativas mostrando a importância de

x x X Verificar se houve mudança nas atitudes dos

pais e educadores diante das crianças de sua tutela. Deve-se observar através de participação dos mesmos nas palestras.

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se ter dentes saudáveis e como é como a perda prejudica os indivíduos esteticamente,

emocionalmente e nas saúde geral. 8.Realização de procedimentos coletivos como escovação supervisionada, aplicação tópica de flúor trimestralmente e bochechos fluoretados semanalmente. Orientação sobre higienização bucal: demonstrar técnica de higienização bucal com o uso do creme dental. Iniciar quando diariamente, pelo menos após as principais refeições com pouca quantidade (‘sujar’ a escova) e orientação para ensinar a criança a cuspir o excesso da pasta.A ingestão do açúcar deve ser controlada, fazer o uso inteligente do açúcar, onde o ideal é usar a menor quantidade e menor freqüência e a consistência menos aderente possível. Salientar sobre o perigo da ocorrência de cárie rampante ou de mamadeira, como pode ocorrer a transmissibilidade da doença

x x X Verificar se há continuidade de trabalhos

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cárie.

9.consultas odontológicas* x X Examinar e orientar crianças sobre as condutas

de higiene bucal; orientar pais e professores sobre cuidados bucais em crianças.

*Ainda não contamos com o THD na equipe de saúde bucal

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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO

O protocolo foi importante porque foi construído coletivamente pela equipe de saúde “Saúde e Sorriso”.

O fluxograma apresentado na Figura 1 organiza a seqüência de passos do cirurgião dentista no momento da avaliação da condição de saúde bucal orientando a sua tomada de decisão sobre o tipo de tratamento e ou encaminhamento a ser seguido. No quadro 1 apresentamos o protocolo para atendimento de crianças de 5 a 14 anos.

Figura 1 - Fluxograma para abordagem de crianças de 5 a 14 anos na atenção primária Identificação e captação das crianças até 12 anos. médico enfermeiro Odontólogo ACS Encaminhamento da criança ao CD na UBS.

CD avalia e classifica quanto ao grau de acometimento

Sem lesão cariosa Lesões Lesão C3 com Lesão C3 Agendar

Encaminhar para o CEO

Anamnes

CEO realiza o tratamento e retorna a UBS de referência

A UBS realiza tratamento restaurador Exodontia Educação em saúde; Escovação supervisionada; Aplicação tópica de flúor trimestral e bochecho semanal nos maiores de 6 anos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este protocolo de cuidado às crianças de 5 a 14 anos do município de Felício dos Santos proposto neste trabalho visa a manutenção da saúde bucal incluindo a educação e motivação de todo o núcleo familiar como instrumento para o sucesso do tratamento. Baseado no atual conceito de etiopatogenia da cárie e no conhecimento geral da demanda, a proposta nesse protocolo é diminuir o índice CPO-D da faixa em questão (CHIBINKI, WAMBIER, 2005).

Conforme os resultados obtidos no levantamento epidemiológico de 2008 cujo CPOD foi de 4,1 para a faixa de 12 anos notamos ainda a precariedade de atendimento às crianças de 5 a 14 anos no município de Felício dos Santos/MG . Isto resulta da forma de atendimento por demanda espontânea e por ordem de chegada, levando a uma menor cobertura de assistência. O atendimento odontológico baseia-se na resolução imediata das necessidades de tratamento restaurador, cirúrgico e emergências postergando a prevenção (ARAÚJO, 2000).

Espera-se que a proposta de protocolo apresentada neste estudo sirva para organizar o acesso aos serviços de saúde bucal, priorizando as pessoas com maior necessidade de tratamento odontológico, promovendo a eqüidade e facilitando o agendamento por parte dos cirurgiões-dentistas (DUMONT, et al, 2008).

A Odontologia não se restringe apenas ao da prevalência e incidência da cárie dentária, mas principalmente a resolução dos problemas em saúde bucal nos indivíduos e nas populações. Sabendo-se que a meta preconizada pela OMS para o índice CPO-D no ano de 2000, na idade de 12 anos, era 3,0, no presente estudo, esta foi utilizada como valor de referência para comparação com os dados obtidos (SOUZA, et al, 2007).

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7 REFERÊNCIAS

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2. ARAÚJO, N.C.B.I. Prevalência de cárie dentária em crianças portadoras de síndrome de Down na faixa etária de 0 a 06 meses. JBP- Jornal Brasileiro de

Odontopediatria & odontologia do bebê . vol.3.n.12. Cuiabá, Mato Grosso, 98/

2000.

3. AUAD, S.M., PORDEUS, I.A. Nutrição e sua influência nos processos de odontogênese, erupção e desenvolvimento da cárie dentária. Revista do CROMG, v.5, n.3, Setembro/Dezembro, 1999.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Saúde Bucal. Projeto SB2000: condições de saúde bucal da população brasileira no ano 2000: Manual do examinador. Brasília, DF, p.49 2001.

5. CARVALHO, F.G., Colonização e Identificação de Streptococcus grupo mutans e Candidaspp. em lesões de cárie associadas ou não a Síndrome da Cárie de mamadeira. Araraquara, 2005.

6. CHIBINKI,A.C.R.: WAMBIER, D.S. Protocolo de Promoção de Saúde Bucal para a criança portadora de cárie de estabelecimento precoce. Pesquisa Brasileira de

Odontopediatria da Cínica Integrada de João Pessoa, v.5,n.3,p.281-290, set/dez,

2005.

7. CURY, J. A. Uso do flúor e controle da cárie como doença. In: BARATIERI L. N. Odontologia restauradora: fundamentos e possibilidades. São Paulo: Santos, p. 33-67, 2001.

8. DJEHIZIAN, V.S.; SPÍNOLA, A.W.P. Mudanças – Psicologia da saúde – Saúde Pública: a interferência de crenças, valores sociais e atitudes em odontologia preventiva para bebês, 13 (1), jan/jun, p. 1-269, 2005.

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22

9. DUMONT, et al, Índice de necessidade de tratamento odontológico: o caso dos índios Xakriabá. Ciência e saúde coletiva. vol.13 nº. 3. Rio de Janeiro. May/June 2008.

10. FARIA H.P.; CAMPOS, K.F.C.; WERNECK, M.A.F. Protocolo de Cuidado à Saúde e Organização do Serviço. NESCON-UFMG, 2008.

11. FEITAG,F.S.; NUMMER, F.V. Prevalência de cárie dentária em escolares de 12 anos em 2002 a 2007 em Lajeado RS, Boletim da saúde 21 nº2 – Agosto. P.65 34. 2008.

12. FREYSLEBEN, G.R.; PERES, M.A. A; MARAVES, W. Prevalência de cárie e CPOD médio em escolares de doze a treze anos de idade nos anos de 1971/1997.

Revista de saúde pública, vol.34.n.3, São Paulo, junho. Região Sul, Brasil. 2000.

13. INFORME TÉCNICO, Saúde Bucal Para Crianças E Adolescentes- Manual Diagnóstico e Avaliação. Sistema Único De Saúde De Minas Gerais, 1995.

14. MACEDO, D.M.F; LEITE, I.C.G. Saúde bucal coletiva no município de Juiz de Fora. Análise subjetiva da universalidade e integridade das ações. Revista do CROMG, vol.9.Jan/Fev/Mar, 2003.

15. MANSSON, ACLT, et al. Utilização dos serviços odontológicos e necessidade de tratamento de crianças de 5 a 12 anos, na cidade de Recife, Pernambuco, Revista

odontologia da UNESP, 38 (2): 73-7 2009.

16. MELO N.S.F.O., et al, UFPR. PROEC – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura – Coordenadoria de Extensão. Atenção a Saúde da Criança, no prelo.

17. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Atenção Básica, Departamento de Atenção Básica, Caderno de Atenção Básica, no 17, BRASÍLIA, DF. p.31-35, 2007.

18. MIRANDA, J.L., et al. Promoção de Saúde Bucal em Odontologia: Uma questão de conhecimento e motivação. Revista do CROMG, v.6, n.3, Setembro/Dezembro, 2000.

19. NARVAI, P. C. et al. Diagnóstico da cárie dentária: comparação dos resultados de três levantamentos epidemiológicos numa mesma população. Revista Brasileira de

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20. OLIVEIRA, A.G.R.da.C., et al. Influência de modificações nos critérios de cárie nos levantamentos epidemiológicos. Revista do CROMG. V.4, n.1,Jan/Jun, 1998.

21. OLIVEIRA, AGRC. Perfil epidemiológico de saúde bucal no Brasil 1986-1996.

22. SHIMAZAKI, M.E. et al Atenção em Saúde Bucal. Saúde em Casa. Secretaria de

Estado de Saúde de Minas Gerais, 1a edição. Belo Horizonte, p.63-65, 2006.

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24. VARGAS, A M. D.; ABREU, M. V.; FERREIRA, E.P.Avaliação de método de higiene bucal. Revista do CROMG, v.8. Abril/maio/junho, 2002.

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Anexo 1

Quadro 2 -Ficha LE3 - levantamento epidemiológico de 2008 de Felício dos Santos.

N0 DE INDIVÍDUOS EXAMINADOS: 538 DE 5 A 14 ANOS MÊS/ANO: DEZ/2008

Idade N0 de indiví- duos Dentes Permanentes presentes Dentes presentes Hígidos Cariados C2+C3 Perdidos Restau- rados CPO-D EX Ei N0 MD PER N0 MD N0 N0 N0 N0 MD 05 55 50 0,90 48 1 0,01 0 0 0 1 0,10 06 55 240 4,36 202 23 0,41 0 0 4 27 0,49 07 55 524 9,52 461 29 0,52 0 0 12 41 0,74 08 55 637 11,50 519 42 0,76 3 1 37 83 1,50 09 55 818 14,87 673 64 1,16 4 5 41 73 1,32 10 55 1091 19,83 892 72 1,30 6 2 81 161 2,92 11 55 1297 23,50 1105 63 1,14 13 6 78 160 2,90 12 55 1391 25,20 1106 135 2,45 10 5 78 228 4,10 13 55 1480 26,90 1190 115 2,09 17 4 82 218 3,96 14 38 1045 15,93 802 71 0,14 15 3 86 175 4,60 Total 538 8883 152,51 5893 615 122,84 68 26 499 1167 22,63

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