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CONTABILIDADE BÁSICA I UIA 2 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS

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Academic year: 2021

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(1)

                 

C

ONTABILIDADE BÁSICA

I

UIA

2

|

P

ROCEDIMENTOS CONTÁBEIS

(2)

Este material é destinado exclusivamente aos alunos e professores do Centro Universitário IESB, contém informações e conteúdos protegidos e cuja divulgação é proibida por lei. O uso e/ou reprodução total ou parcial não autorizado deste conteúdo é proibido e está sujeito às penalidades cabíveis, civil e criminalmente.

(3)

S

UMÁRIO

Aula 5 | Débito e Crédito ... 4  

1. O Senso Comum ... 4

 

2. Origem e Aplicações de Recursos ... 5

 

3. Visão Tradicional de Débito e Crédito ... 7

 

Aula 6 | Lançamentos Contábeis ... 8  

Aula 7 | Regimes Contábeis ... 11  

4. Exercício Social ... 11

 

5. Regimes de Escrituração ... 12

 

6. Despesa Antecipada ... 13

 

Aula 8 | Balancete de Verificação ... 14  

7. Razonetes ... 15

 

8. Problematização ... 15

 

8.1. Lançamentos ... 16   8.2. Razonetes ... 18   8.3. Balancete ... 19  

Referências ... 20  

Glossário ... 20  

(4)

A

ULA

5

|

D

ÉBITO E

C

RÉDITO

Caro(a) estudante, iniciamos, aqui, mais uma Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Vamos, nesta primeira aula, entender exatamente o que é o débito e o crédito. Partiremos do senso comum e chegaremos à visão formal no que se refere a esses conceitos. Boa aula!

n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n

Acesse o material de estudo, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e assista à videoaula.

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Você entendeu os primeiros conceitos da Contabilidade. O Principal desses conceitos está relacionado a compreensão do que é patrimônio e do que é resultado. Caso ainda tenha alguma dúvida em relação a esses conceitos, é recomendável que volte nas aulas iniciais, estude novamente e faça uma pesquisa um pouco mais ampla.

Nosso próximo ponto de estudo é conhecer como a contabilidade registra as variações no patrimônio e nas contas de resultado (ingressos de receitas e execução de despesas).

Os registros efetuados pela a contabilidade é feito por meio de uma técnica chamada de Escrituração Contábil. Escriturar é registrar os fatos contábeis de acordo com as técnicas contábeis.

Entenda essa técnica assistindo ao vídeo disponível no link abaixo. http://tinyurl.com/kxoa7wf

E você sabe como é feita a escrituração? Por meio dos lançamentos contábeis.

Os lançamentos contábeis serão estudados de maneira mais aprofundada em aula específica. Agora vamos nos dedicar a dois conceitos necessários a compreensão da técnica contábil conhecida como lançamento: Débito e Crédito.

1.

O

S

ENSO

C

OMUM

Qualquer pessoa tem por conceito básico que débito é que se perde e crédito é o que se ganha. Ou Seja, crédito é algo bom, e débito é algo ruim. Essa seria a definição de débito e crédito? Não.

Compreender o conceito de débito e crédito é fundamental para compreender o técnica contábil; para compreender a lógica e os procedimentos de registro feito pela contabilidade e com isso compreender o significado de seus relatórios e demonstrações.

Por isso é fundamental que esse senso comum de que débito é saída de ou perda de dinheiro, que está relacionado a dívidas ou despesas, precisa ser esquecido. De outro lado, também precisa ser esquecido o conceito de que crédito está relacionado a coisa boa, a valores a receber.

(5)

2.

O

RIGEM E

A

PLICAÇÕES DE

R

ECURSOS

Para uma melhor compreensão dos conceitos de débito e crédito vamos voltar aos conceitos patrimoniais.

Conforme  pode-­‐se  depreender  da  figura  acima,  o  patrimônio  é  composto  de  Ativo,  Passivo  e  Patrimônio   Líquido.  As  organizações  captam  recursos  de  seus  acionistas1,  origem  de  recursos  própria,  e  de  terceiros,  

para  aplicarem  em  seus  ativos.

Reforce o entendimento, assistindo ao vídeo sobre Origem dos Recursos, disponível no link a seguir.

http://tinyurl.com/q3dp3kz

Assim, as origens de recursos podem ser própria ou de terceiros. E a aplicação de recursos é efetuado em bens e direitos. Vamos a um exemplo.

Suponha que duas pessoas resolvem constituir juntas uma empresa comercial2, dedicada a venda de

óculos de sol e de grau, a Ótica Goodeye Ltda. Cada uma delas pode capitalizar R$ 20.000,00, totalizando um capital social de 40.000,00. Esse capital é totalmente integralizado em dinheiro, depositado no Banco Banca S.A.

Uma vez constituído esse capital, como seria a estrutura do patrimônio dessa ótica?

                                                                                                                         

1 Proprietário de ações de uma companhia ou sócio de uma companhia 2 É aquela que se constitui com o fim de exercer atividade mercantil.

(6)

É possível observar na figura 5.2 que o patrimônio da organização tem como origem dos recursos o patrimônio líquido, e a aplicação no ativo. Vamos relacionar isso aos conceitos de débito e crédito?

O crédito representa a origem do recurso e o débito a aplicação.

Assim, no exemplo acima, a conta capital foi creditada e a conta bancos foi debitada, pois a origem do recurso foi em capital e a aplicação foi em bancos.

Suponha agora que os sócios resolvem compra um imóvel para a empresa, só que financiado. Assim, os recursos para aquisição desse imóvel tem origem no passivo, é um recursos de terceiros emprestado para a empresa. Considerando que o imóvel custaria R$ 300.000,00, teríamos a seguinte situação patrimonial:

Veja que agora há duas fontes de recursos: própria, no valor de R$ 40.000,00; e de terceiros, no valor de R$ 300.000,00. Assim na aquisição do imóvel foi creditado R$ 300.000,00 na conta Financiamentos, no passivo e debitado o mesmo valor na conta Imóveis.

Dessas operações podemos observar um fato extremamente importante na contabilidade: O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS.

O que diz esse método?

A contabilidade como técnica surgiu junto com esse método e segundo essa técnica para crédito (origem) haverá sempre um débito (aplicação) no mesmo valor. Veja que não necessariamente a partida dobrada representa um debito para um crédito.

Assim, para as partidas dobradas, o que importa é que o valor debitado será sempre igual ao valor creditado.

Partidas Dobradas

Pode haver mais de uma origem para uma única aplicação: compra a prazo de um veículo, parte com capital próprio parte

com empréstimo.

O valor total da origem é igual ao valor da aplicação Pode haver uma única origem para várias aplicações:

Utilização de empréstimos parte para aquisição de mercadorias parte para deixar em caixa com objetivo de usar em capital de giro.

O valor total da origem é igual ao valor da aplicação

(7)

Além dos lançamentos a débito e a crédito, também é importante conhecer o conceito de saldos das contas. O saldo representa o valor final líquido, somados e diminuídos os débitos e os créditos feitos nas contas. Assim, os saldos das contas são:

ATIVO Tem saldo devedor

PASSIVO Tem saldo credor

PATRIMÔNIO

LÍQUIDO Tem saldo credor

Deve-se ressaltar que, apesar de o saldo do Ativo ser DEVEDOR, as contas que compõem o Ativo (bens e direitos) podem sofrer lançamentos tanto de débito quanto de crédito, não podendo, no entanto, apresentar saldo credor. O mesmo raciocínio vale para o Passivo (obrigações com terceiros) e o PL (obrigações com acionistas), cujas contas podem ter lançamentos de débito e crédito, mas não podem apresentar saldo devedor.

3.

V

ISÃO

T

RADICIONAL DE

D

ÉBITO E

C

RÉDITO

Como funciona o mecanismo de Débito e Crédito?

Quando o fato contábil afetar o ATIVO (conjunto dos bens e direitos), ocorrerá: • Um DÉBITO: para aumentar.

• Um CRÉDITO: para reduzir.

Quando o fato contábil afetar o PASSIVO ou PL (conjunto das obrigações), ocorrerá: • Um DÉBITO: para reduzir.

• Um CRÉDITO: para aumentar.

Também é importante ressaltar que as contas de receitas e despesas são denominadas Contas de Resultado e que sempre apresentarão saldos credores e devedores, respectivamente.

• Despesas = Sempre Debitadas • Receitas = Sempre Creditadas

Lançamentos de débito nas contas de Receitas (que possuem saldo Credor) ou de crédito nas contas de Despesas (que possuem saldo Devedor) somente ocorrerão nos casos de estornos de lançamentos indevidos.

Estudante, depois de entender o mecanismo de débito e crédito, vamos para a aula 6 aprender como se faz lançamentos contábeis. Continue os estudos desta disciplina e até breve!

Confirme seu conhecimento por meio do vídeo: http://tinyurl.com/qe98y5d

(8)

A

ULA

6

|

L

ANÇAMENTOS

C

ONTÁBEIS

Chegamos à aula 6 da nossa disciplina. Aqui, os lançamentos contábeis serão o assunto principal. Continue estudando para desenvolver as competências e habilidades necessárias a essa área de atuação e do conhecimento. Boa aula!

O Lançamento Contábil caracteriza-se como a ferramenta para se fazer o registro dos fatos. Ele é composto das contas que serão creditadas e debitadas em razão do fato que alterou o Patrimônio da organização e necessita dos seguintes elementos essenciais:

• O local e a data da ocorrência do fato contábil; • A conta devedora e a conta credora;

• O histórico do fato contábil, ou seja, a descrição sucinta e compreensiva da ocorrência; • O valor, que é a expressão monetária do fato contábil.

Veja um exemplo de lançamento:

São Paulo, 03 de Janeiro de 2014-02-26 Debita: D = CAIXA

Credita: C = CAPITAL

Histórico: valor referente a integralização de capital pelo sócio Agnaldo Rayol, nesta data, conforme contrato registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo, sob o número no 1.132.235

Valor: R$ 5.000.000,00

Tais lançamentos podem ser de quatro formas diferentes. Dependendo da quantidade de fontes de origem e de aplicação de recursos. Vejamos:

1ª Fórmula

Contém uma conta de débito e uma de crédito. § Ex: Compra a prazo de mercadorias para revenda.

D = Estoque de Mercadorias (bem).

C = Fornecedores (obrigação com terceiros).

2ª Fórmula

Uma conta de débito e várias de crédito.

§ Ex: Compra de mercadorias; entrada de 50% à vista e o restante em 6 parcelas mensais.

D = Estoque de Mercadorias (bem). C = Caixa (bem).

C = Fornecedores (obrigação com terceiros).

3ª Fórmula

Apresenta várias contas débito e uma de crédito. § Ex: Pagamento das despesas de água e energia elétrica.

D = Despesas de Água (despesa).

D = Despesas de Energia Elétrica (despesa). C = Caixa (bem).

4ª Fórmula

Possui várias contas débito e várias de crédito.

§ Ex: Compras de mercadorias e móveis, sendo 50% à vista e o restante a prazo.

D = Estoque de Mercadorias (bem). D = Móveis e Utensílios (bem). C = Caixa (bem).

C = Fornecedores (obrigação com terceiros)

(9)

Fórmulas

Conta Credora 1 mais de 1 1 mais de 1

Conta Devedora 1 1 mais de 1 mais de 1

Vamos agora fazer alguns lançamentos contábeis. Voltando a Ótica Goodeye Ltda., exemplo da Aula 4, em que os sócios capitalizaram R$ 60.000,00. Esse capital é totalmente integralizado em dinheiro, depositado no Banco Banca S.A. Como seria esse lançamento contábil?

Vamos deixar as formalidades do lançamento de lado neste momento e nos ater ao mecanismo de débito e crédito. Sendo assim, temos que a origem dos recursos vem dos sócios, no PL e a aplicação está em bancos.

Assim, considerando que as origens são creditadas e as aplicações debitadas, temos que: D – Bancos

C – Capital – 60.000,00

O lançamento seguinte foi de aquisição de imóvel, no valor de R$ 300.000,00. Vejamos como seria o lançamento contábil:

D – Imóveis

C – Financiamentos – 300.000,00

Agora suponha que a ótica comprou, a vista, pagando com emissão de cheque, R$ 10.000,00 por armações de óculos para revenda. O Lançamento contábil seria:

D – Mercadorias C – Bancos – 10.000,00

Veja que temos origem de recursos em bancos, por isso crédito nessa conta, e a aplicação na conta mercadorias, por isso o débito. Veja como ficaria a estrutura patrimonial depois desse lançamento:

Vamos considerar agora o pagamento da primeira parcela do financiamento, no valor de R$ 2.000,00. Assim, o origem do recurso é em bancos e a aplicação é em financiamentos. Portanto, o lançamento seria:

E a estrutura do patrimônio seria:

D – Financiamentos C – Bancos – 2.000,00

(10)

Agora vamos entender os lançamento de receitas e despesas. Considere que a Ótica incorreu em despesas relacionadas a:

Energia Elétrica R$700,00

Água R$500,00

Pessoal R$4.000,00

Impostos R$2.000,00

Considerando que essas despesas foram pagas, temos que a origem é de bancos e a aplicação nas próprias despesas. Temos então:

D – Despesa de Energia Elétrica – 700,00 D – Despesa com Água – 500,00

D – Despesa com Impostos – 2.000,00 D – Despesa com Pessoal – 4.000,00 C – Bancos – 7.200,00

Como visto anteriormente, apuração de resultado é confronto entre receita e despesa. Já temos o total de despesas, apresentada no lançamento acima no valor de R$ 7.200,00. Vamos supor então que a empresa prestou serviços e teve receitas no valor total de R$ 8.000,00. Essas receitas foram todas recebidas em dinheiro. Assim a origem é em receitas e a aplicação em bancos. O lançamento contábil então ficaria:

D – Bancos

C – Receita de Serviços – 8.000,00

Considerando agora que houve R$ 8.000,00 de entrada em bancos, decorrentes da receita, e saída de R$ 7.200,00 decorrentes da despesa. Assim, temos que houve uma entrada líquida de R$ 800,00. Esse também é o valor do lucro do período, que deverá ser registrado no PL.

(11)

Caro(a) estudante, como vimos nesta aula, as receitas foram recebidas e as despesas pagas. No entanto, às vezes, isso não acontece. Entenderemos como tratamos essa situação na próxima aula. Até lá.

A

ULA

7

|

R

EGIMES

C

ONTÁBEIS

Olá, estudante, trataremos aqui dos regimes contábeis. Veremos, assim, o exercício social, os regimes de escrituração e as despesas antecipadas. Boa aula!

4.

E

XERCÍCIO

S

OCIAL

Vamos começar essa aula assistindo ao vídeo do professor José Carlos Marion sobre Regimes de Contabilidade, disponível no link a seguir. http://tinyurl.com/otw3o9j

 

Visto o vídeo, vamos compreender o conceito de exercício social.

As organizações, de acordo com o que pressupõe o princípio da continuidade, continuarão em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância.

Se estão em continuidade, para que se possa efetuar uma avaliação correta dessas organizações, é fundamental que se faça um corte no tempo. O corte é para que se estabeleça um período no qual se avaliará o desempenho da organização.

Esse período de tempo é conhecido como Exercício Social.

Assim, o Exercício Social é, portanto, o período administrativo em que se avalia a gestão desempenhada pela administração de uma organização. É possível avaliar nesse período: o resultado gerado na atividade econômica (lucro ou prejuízo), o equilíbrio financeiro (caixa) e a situação patrimonial da empresa.

Para a maioria das empresas o exercício social coincide com o ano civil, ou seja,

inicia-se em 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro do mesmo ano. Podem

ocorrer casos em que o exercício social é mais longo, por exemplo, um estaleiro,

(12)

onde a atividade de construir navios pode durar de três a cinco anos, não sendo

necessária a avaliação da gestão administrativa em períodos curtos como de um

ano.

Para as instituições financeiras

3

, dentre elas os Bancos, que possuam ações

negociadas em Bolsas de Valores, o exercício social é anual e coincide com o ano

civil, mas é obrigatória a divulgação das demonstrações contábeis a cada seis

meses.

5.

R

EGIMES DE

E

SCRITURAÇÃO

Regime de Escrituração é considerado por Sá (2005) como “o processo de registro na Contabilidade; ou as normas que orientam o controle e o registro dos fatos patrimoniais”.

Conforme o registro das receitas e despesas, existem dois regimes distintos: Caixa e Competência. O Regime de Competência é um princípio da Contabilidade que determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Assim, o princípio da competência, ao qual a contabilidade está vinculada, determina que para o reconhecimento da receita e da despesa não importa se os valores relativos a operação foram ou não recebidos/desembolsados. Para o regime de competência o que importa é o fato gerador da receita e da despesa.

Diante disso, no exercício das funções de contador e do registro dos fatos contábeis, é obrigatória a utilização desse tipo de regime.

O Regime de Caixa, apesar de não aceito, considera o registro das despesas e receitas no momento em que os recursos entram ou saem do caixa, respectivamente.

Para uma melhor compreensão, suponha despesas com salários de funcionários:

O funcionário Abreu de Maios prestou serviços à empresa XYZ Ltda. no mês de fevereiro de 2013 e possuiu um salário mensal de R$ 2.400,00.

A empresa XYZ Ltda. efetua o pagamento dos salários de seus empregados no 5º dia útil do mês seguinte, ou seja, no dia 5 de março de 2013, forma da legislação do trabalho. A empresa XYZ Ltda. irá registrar na contabilidade, em que mês (fevereiro ou março), a despesa de R$ 2.400,00 com o salário de Abreu de Maios?

No Regime de Caixa (não aceito na Contabilidade): em março, pois o dinheiro só vai sair

do caixa da empresa no dia 5 de março de 2013.

No Regime de Competência: em fevereiro, pois foi neste mês que o empregado prestou

serviços para a empresa. O fato gerador da despesa é a prestação de serviço pelo                                                                                                                          

3 Segundo a Lei No 7.492, de 16 de Junho De 1986, considera-se instituição financeira a pessoa jurídica de direito público ou privado,

que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.

(13)

empregado à empresa, e isto ocorreu em fevereiro de 2013.

Esse exemplo esclarece melhor o que representa o regime de competência para os casos em que houve a despesa mas o valor não foi recebido. Vamos entender agora o caso em que houve o pagamento mais a despesa ainda não aconteceu.

6.

D

ESPESA

A

NTECIPADA

O Princípio da Competência um fato muito comum para a contabilidade e que por vezes, gera algumas dúvidas em estudantes iniciantes no assunto. Tal situação ocorre quando a organização paga por despesas que ainda não incorreram.

Veja o vídeo sobre despesas antecipadas, disponível no link a seguir. http://tinyurl.com/mv7mw6k

Há situações específicas em que encontramos esse problema; vamos exemplifica-la. Suponha que uma organização deseja alugar uma loja onde fara a instalação de um showroom. Suponha que o início do aluguel ocorreu em 01 de agosto de 2013 e que o locador exigiu pagamento antecipado de um ano de aluguel. Considerando que o aluguel é de R$ 1.000,00 mensais, e que a empresa pagou antecipadamente por esse alugue no dia 1/8/2013. perguntamos: qual o valor da despesa de aluguel no ano de 2013?

Ao observar a figura acima podemos verificar que em 01 de agosto de 2013 a empresa paga, antecipadamente, R$ 12.000,00 de alugueis cujo fato gerador só ocorrerá mês a mês. Assim, em 1 de agosto de 2013 teríamos o seguinte lançamento:

D – Despesa antecipada de aluguel C – Bancos – 12.000,00

Nesse momento a despesa ainda não aconteceu. Como a despesa não aconteceu e a empresa pagou por ela, passou a ter o direito de usufruir desse aluguel. Como adquiriu um direito, essa conta de registro é um ativo. Ficando assim a situação patrimonial:

(14)

Em 31 de dezembro de 2013, fim do exercício social, para apurar o resultado do exercício, a despesa do ano é lançada. E seria assim:

D – Despesas de aluguel

C – Despesa antecipada de aluguel – 5.000,00

Assim, a despesa de 2013 foi de R$ 5.000,00 e o saldo da conta de despesa antecipada de aluguel foi de R$ 7.000,00.

Estudante, até aqui entendemos a lógica dos débitos e créditos, como fazer lançamentos contábeis e até uma lógica importante da contabilidade, o regime contábil. Para fecharmos a lógica dos procedimentos contábeis, vamos compreender o balancete na próxima aula. Até lá!

A

ULA

8

|

B

ALANCETE DE

V

ERIFICAÇÃO

Prezado(a) estudante, chegamos à última aula da nossa UIA 2 sobre procedimentos contabéis. Veremos aqui o balancete de verificação. Os conceitos apreendidos nesta parte do conteúdo têm grande valia para a sua formação. Continue estudando!

O Balancete de Verificação serve para verificar a exatidão dos lançamentos feitos no Diário e Razão e se a soma dos saldos devedores está igual à soma dos saldos credores. Ele pode ter três colunas (a de débito, a de crédito e a do saldo entre as duas primeiras) ou de quatro colunas (a primeira é do saldo anterior de cada conta, a de débito, a de crédito e a última, que seria o saldo atual, que é fruto da soma das outras três colunas).

O balancete, como visto acima, tem por objetivo verificar lançamentos contábeis, portanto, não é uma demonstração. Mas tem sido muito utilizado como forma de informar usuário que não precisam de informações mais detalhadas. Por isso, é comum vermos informações contábeis sob a denominação de balancete.

Por esse uso comum, vamos dedicar uma aula inteira a sua elaboração, baseando-se em uma problematização, em que aplicaremos todos os conceitos aprendidos até aqui.

Antes de continuarmos, vejam os vídeos a seguir, para compreender melhor balancete de verificação:

http://tinyurl.com/mxhoo4h http://tinyurl.com/m9yuct5

(15)

7.

R

AZONETES

Antes de começarmos com nosso problemas, vamos iniciar aqui uma forma de efetuar lançamentos contábeis em contas em T, ou razonetes. O razonetes é uma forma gráfica de apresentar contas contábeis em que os lançamentos são acumulados e apresentados por contas, em formato “T”, conforme figura abaixo: Conta Lançamentos a débito Lançamentos a crédito Saldo devedor Saldo credor

Então, supondo a operação de aquisição de veículo com pagamento a vista, no valor de R$ 20.000,00, e que em banco havia saldo de R$ 50.000,00, teríamos:

8.

P

ROBLEMATIZAÇÃO

Vamos supor que uma empresa X apresente as seguintes operações em Janeiro de 2014: • Integralização de capital em dinheiro, no valor de R$ 10.000,00;

• Deposito do valor total da integralização em banco;

• Aquisição de material para estoques no valor de R$ 2.000,00;

• Aquisição de veículo no valor de R$ 9.000,00, pagando R$ 1.500,00 de entrada, a vista, e financiando o restante;

• Compras de mercadorias para revenda no valor de R$ 400,00, pagas com um cheque da conta bancária;

• Compra de componentes de instalações (prateleiras, balcões, mesas, cadeiras etc.) no valor de R$ 500,00, sendo em dinheiro R$ 100,00 e o restante a prazo;

• Vendas de mercadorias no valor de R$ 700,00, sabendo que o custo dessa mercadoria é de R$ R$ 350,00, a venda foi efetuada com R$ 500,00 de entrada em dinheiro e o restante a prazo.

(16)

8.1.

L

ANÇAMENTOS

Como seriam os lançamentos e a estrutura patrimonial ao fim de cada uma das operações? Vamos resolver:

• Integralização de capital em dinheiro, no valor de R$ 10.000,00.

ATIVO PASSIVO

Caixa – 10.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital – 10.000.00

10.000,00 10.000,00

• Deposito do valor total da integralização em banco.

ATIVO PASSIVO

Caixa – 10.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital – 10.000.00

10.000,00 10.000,00

• Aquisição de material para estoques no valor de R$ 2.000,00.

ATIVO PASSIVO

Bancos – 8.000,00

Estoque – 2.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital – 10.000.00

(17)

• Aquisição de veículo no valor de R$ 9.000,00, pagando R$ 1.500,00 de entrada, a vista, e financiando o restante. ATIVO PASSIVO Bancos – 6.500,00 Estoque – 2.000,00 Veículos – 9.000,00 Financiamento – 7.500,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital – 10.000.00 17.500,00 17.500,00

• Compras de mercadorias para revenda no valor de R$ 400,00, pagas com um cheque da conta bancária. ATIVO PASSIVO Bancos – 6.100,00 Estoque – 2.000,00 Veículos – 9.000,00 Mercadorias – 400,00 Financiamento – 7.500,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital – 10.000.00 17.500,00 17.500,00

• Compra de componentes de instalações (prateleiras, balcões, mesas, cadeiras etc.) no valor de R$ 500,00, sendo em dinheiro R$ 100,00 e o restante a prazo.

(18)

ATIVO PASSIVO Bancos – 6.100,00 Estoque – 2.000,00 Veículos – 9.000,00 Mercadorias – 400,00 Instalações – 500,00 Financiamento – 7.500,00 Contas a pagar – 400,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital – 10.000.00 17.900,00 17.900,00

• Vendas de mercadorias no valor de R$ 700,00, sabendo que o custo dessa mercadoria é de R$ R$ 350,00, a venda foi efetuada com R$ 500,00 de entrada em dinheiro e o restante a prazo.

ATIVO PASSIVO Bancos – 6.100,00 Estoque – 2.000,00 Veículos – 9.000,00 Mercadorias – 400,00 Instalações – 500,00 Clientes – 200,00 Financiamento – 7.500,00 Contas a pagar – 400,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital – 10.000.00 Lucro – 350,00 18.250,00 18.250,00

8.2.

R

AZONETES

Veja como ficaram os razonetes do exercício acima:

Caixa Capital Contas a Pagar Estoques

10.000,00 10.000,00 10.000,00 400,00 2.000,00

(19)

Veículos Financiamentos Instalações Bancos

9.500,00 7.500,00 500,00 10.000,00 2.000,00

500,00 1,500,00

400,00 100,00

Receita de Vendas Custo Clientes Mercadorias

700,00 350,00 200,00 400,00 350,00

50,00

8.3.

B

ALANCETE

Vamos testar esse relatório contábil com a problematização anterior?

Conta Anterior Saldo Débito Crédito Saldo Atual

Caixa 0,00 10.000,00 -10.000,00 0,00 Mercadorias 0,00 400,00 -350,00 50,00 Veículos 0,00 9.500,00 0,00 9.500,00 Clientes 0,00 200,00 0,00 200,00 Contas a Pagar 0,00 0,00 -400,00 -400,00 Financiamentos bancários 0,00 0,00 -7.500,00 -7.500,00 Capital 0,00 0,00 -10.000,00 -10.000,00 Receita de vendas 0,00 0,00 -700,00 -700,00 Custo 0,00 350,00 0,00 350,00 Estoques 0,00 2.000,00 0,00 2.000,00 Bancos 0,00 10.500,00 -4000 6.500,00 Totais 0,00 32.950,00 -32.950,00 0,00

Veja que o total de débitos e o total de créditos é o mesmo. Assim, a verificação para a qual se presta o Balancete foi efetuada, e os lançamentos estão corretos.

Estudante, finalizamos a nossa segunda unidade. As noções que vimos até aqui são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da área. Se você ficou com alguma dúvida, retorne ao conteúdo ou busque esclarecimentos no Fórum de Dúvidas. Até a nossa próxima unidade!

 

Você terminou o estudo desta unidade. Chegou o momento de verificar sua aprendizagem. Ficou com alguma dúvida? Retome a leitura.

Quando se sentir preparado, acesse a Verificação de Aprendizagem da unidade no menu lateral das aulas ou na sala de aula da disciplina. Fique atento, essas questões valem nota! Você terá uma única tentativa antes de receber o feedback das suas respostas, com comentários das questões que você acertou e errou.

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R

EFERÊNCIAS

FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23a ed. São Paulo: Atlas, 1997.

GONÇALVES, Eugênio Celso; BAPTISTA, Antônio Eustáquio. Escrituração. In: ______. Contabilidade geral. 3a ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 45-84.

IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade introdutória. 10a ed. São Paulo: Atlas, 2006. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 12a ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços. 6a ed. São Paulo: Atlas, 2003.

PEREZ JR. José Hernandez; BEGALLI, Glaucos Antonio. Elaboração das demonstrações contábeis. 2a ed. São Paulo: Atlas, 1999.

PINHEIRO, Paulo B.; NAKAGAWA, M. Origem genética da contabilidade. In: ANAIS DO 4º CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE. 2004, São Paulo. Anais. São Paulo, 2004.

G

LOSSÁRIO

Acionista: Proprietário de ações de uma companhia ou sócio de uma companhia

Empresa Comercial: é aquela que se constitui com o fim de exercer atividade mercantil.

Instituições Financeiras: Segundo a Lei No 7.492, de 16 de Junho De 1986, considera-se instituição

financeira a pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.

Referências

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