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UMA ANALISE DE NECESSIDADES DO CURSO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DA FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS. CONTABEIS E ADMINISTRA~AO DE

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1292 UMA ANALISE DE NECESSIDADES DO CURSO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DA FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS. CONTABEIS E ADMINISTRA~AO DE EMPRESAS CAMILO CASTELO BRANCO - SP.

VENILTON ARTUR DOS SANTOS PUC/SP.

Esta comunica98o trata de uma analise de necessidades realizada com professores do curso de Processamento de Dados da Faculdade de Ci~ncias Economicas. Contabeis e Administra980 de Empresas Camilo Castelo Branco e tem objetivo: apresentar os resultados obtidos das entrevistas previamente

existentes

estruturadas; e fazer um diagnostico das necessidades a partir de pontos convergentes e divergentes dos dados obtidos.

A pesquisa se justifica pela constata980 de lacunas entre 0 conteudo proposto pela disciplina Lingua Pottuguesa e as reais necessidades que estes alunos tem. e que devem ser supridas a fim de se tornarem futuros profissionais. Assim sendo. a pesquisa esta embasada no ensino especifico de linguas.

A abordagem do Portugues especifico e um ensino centrado nos conhecimentos do aluno e em suas necessidades e interesses cuja verifica980 se da pela Analise de Necessidades. Esta ..."baseia-se em principios gerais que focalizam a atitude e a motiva9aO de alunos e professores para 0 processo de aprendizagem ..."(CINTRA. 1992). cabendo ao professor. nesse processo. definir as fun90es da abordagem especifica e quais vantagens sao o~erecidas aos alunos em rela980 aos seus estudos.

Sabe-se que 0 processo de aprendizagem dentro da abordagem especifica sofre uma avalia980 continua mediante as necessidades reais do grupo. as quais permitirao ao professor. diantes das necessidades detectadas. 0 perfilamento das finalidades e 0 planejamento do curso. os quais possibilitam. ao professor. 0 desenvolvimento de estrategias do curso. sem perder. sobretudo. os anseios. os conhecimentos e 0 interesse da area

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especifica.

Por fim. a analise de necessidades possibilita 0 "desenho" do curso de acordo com as exigencias do grupo. restaurando a imagem do professor. como facilitador do processo de aprendizagem e nao como "reprodutor de conteiidos".

Ao abordarmos sobre nossa atual situa9ao do ensino de Lingua Portuguesa como lingua materna. Poderiamos dizer que a eduaca9ao nas escolas de 12 e 22 graus volta-se exclusivamente para 0 processo de "longa escala".c ou seja. assume dentro do ensino procedimentos lIecanicos. tanto na alfabetiza9ao. quanto na matematica pois a intencionalidade deste sIstema sintetiza-se em ler. escrever. contar e ser pontual (Cf.

SCOOT, 1984).

Nota-se. poram. que esta educa9ao universal contrasta com a das elites que. na verdade. nunca deixou de existir e. sendo assi •• tornou-se a iinica. ja que a Revolu9ao Industrial se expandiu a partir do continente europeu. trazendo 1 sistema altamente patriarcal. autoritario e mecanicista.

Consequentemente a este paternalismo desenfreado. a qualidade do ensino deixou a desejar. pois 0que era mecAnico ontem. constrastando com a realidade. passa hoje. a ter a alta tecnologia. onde nao so saber ler. contar e ser pontual dao conta dos problemas educacionais que a aproximadamente 200 anos contaminam 0mundo apos 0racionalismo. E. mais. apos estes problemas. em especial no Brasil. a figura do professor. nas escolas. nao a vista como facHi tador e sim como "controlador comportamental".

Hoje ha necessidade de mudan9a: a de preparar individuos com habilidades especlficas para a vida academico·-profissional, a fim de que sejam capazes de solucionar de forma inovadora os problemas exi~tentes. diferentemente do passado quando os individuos eram conqicionados a

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agirem mecanicamente frente as dificuldades.

Portanto. a metodologia na abordagem especifica nao deve ser caracterizada como UII "pacote fechado" em nivel de uma educa9ao universal e paternalista (Cf. SCOTT. 1984). Ela tem como prioridade trabalhar as habilidades que sao necessarias a vida acadAmico-profissional do aluno e. por ser um abordagem centrada no aluno. prioriza-se seu conhecimento de mundo adquirido durante a sua vida.

Embora possamos encontrar varias obras e artigos na pesquisa do ensino especiflco. tanto em L •. quanto em L3 • no que se refere ao Portugu~s. como lingua materna. para alunol de Processamento de Dados. nao ha estudos especificos. Esta lacuna justifiea a pesquisaque vem sendo realizada e que busca no seu termino uma proposta COllO uma nova dire9ao.

A entrevista foi realizada com 05 informantes-professores das disciplinas espeeificas do curso de Process ••ento de Dados (EeonOllia; Analise de Sistemas; Tecnieas Avan9adas e Linguarem de procr ••a9io; Elementos de Software/Hardware; Elementos de Computa9ao e Sistemas Computaeionais) do ZR e 3R anos. pois estes tAm maiores eondi90es de apresentar as suas queixas em rea19ao a produ9ao escrita dos alunos e. para tanto. sao nesses dois anos que ha a eXig~ncia dos professores de textos escr itos.

A entrevista eonstou de: - grava90es;

- dura9aO de 1 hora cada entrevista; - conversar dirigida por itens:

1) EM QUE A DISCIPLINA CONTRIBUI PARA 0 CURSO DE PROCESSAMENTO DE DAOOS?

2) QUAIS OS PONTOS MAIS IMPORTANTES QUE SUA DISCIPLINA TRATA PARA QUE ESSA CONTRIBUICAO SEJA EFETIVA?

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1295 3) 0 QUE ~ EXATAMENTE PROCESSAR DADOS DO PONTO DE VISTA DO ANALISTA. DO

PROGRAMADOR E DO USUARIO?

4) NO FINAL DA PROGRAMACAO EXISTE A REDACAo DE ALGUM TEXTO? QUE TIPO DE TEXTO ~ EXIGIDO?

5) VOC~ CONHECE UN TEXTO DE CADA TIPO MUlTO BEM ESCRITO? QUAIS? SERIA POSSlVEL ME ENTREGAR ESTES TEXTOS PARA ANALISE?

6) QUE TIPO DE RELATORIO 0 PROGRAMADOR DE DADOS ESCREVE?

sAc

TODOS IGUAIS?

7) 0 QUE ~ UM TEXTO QUE REGISTRA DADOS? HA UM S6 TIPO? PODERIA DIFERENCIA-LOS E PODERIA ME DAR UM MODELO DE CADA UM PARA ANALISE? 8) QUAL ~ 0 PERFIL IDEAL DO PROGRAMADOR PARA A EMPRESA? ENUNERE AS SUAS

CARACTERlSTICAS.

9) 0 QUE ELE DEVE SABER BEM? E FAZER BEM?

10) QUAIS AS DIFICULDADES QUE OS ALUNOS DE PROCESSAMENTO DADOS APRESENTAM ENQUANTO LEITORES E PRODUTORES DE TEXTOS?

12) QUAL ~ 0 TIPO DE REDACAO EXIGIDA EM SUA DISCIPLINA?

1) A maioria dos informantes-professores enfoca que a sua discip1ina contribui para a forma980 tecnica do a1uno. fornecendo subsidios para

2) A maioria dos informantes-professores admite que os pontos mais importantes de sua discip1ina. re1aciona-se a uma ViS80 gera1 de gerenciamento e administra980 da empresa. Apenas um professor se referiu que a sua contribui980 nao e t80 efetiva devido

a

carancia de

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1296 para agilizar 0 trabalho do usuario. posteriormente. ele processa os dados e compila os programas. Depois entra 0 usuario com as planilhas de dados e as contas que devem ser feitas. Para 0 segundo. a ele que vai operar no dia a dia. agilizando a conclusao ou as respostas de alguns problemas e as respostas de muitos dados inseridos no computador.

4) A maioria dos informantes-professores respondeu "sim". estabelecendo as seguintes distin90es: Para 0 analista ou todo programador cabe a elabora9ao do amnual tacnico de procedimentos do usuario. Ja ao usuario compete a reda9ao do texto inerente ao dia a dia.

5) A maioria dos informantes-professores alam de conhecerem. forneceram textos para analise.

G) A maioria dos informantes-professores respondeu "nao" devido a variabilidade de ambientes onde a implantado ou implementado 0 software.

7) A maioria dos informantes-professores indicou que 0 texto que registra dados a a propria listagem. nao havendo. assim. distin90es basicas entre elas.

8) A maioria dos informantes-professores indicou que 0 profissional desta area deve ser um generalista. ou seja. ele deve conhecer a empresa como um todo e nao s6 a parte tacnica ou l6gica da empresa.

9) A maioria dos informantes-professores respondeu que alam de programar. o profissional deve saber bem sobre as limita90es do software e deter conhecimentos de como funciona a empresa na sua totalidade. Ja 0 fazer bem. a maioria remeteu-se ao escrever bem. pois. segundo eles. trata-se de saber entender a realidade e expressa-la adequadamente. Em suma. a conhecer os varios tipos de textos da empresa.

10) A maioria dos informantes-professores indicou que estes alunos. enquanto leitores. sao deficientes na interpreta9ao de textos por nao saberem onde se localizam as informa90es centrais de um texto.

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Ja enquanto produtores de textos. estes deficiencias basicas de lQ e 2Q graus.

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professores detectarm em nivel morfologico e sintatico. e. tambem. a falta de coerencia no texto confeccionado. 12) A maioria dos informantes-professores respondeu a confeC9aO de

relatorios apos algumas aulas expositivas ou mesmo de leituras e. no final do semestre ou ano letivo. a confeC9ao de uma monografia. Os resultados obtidos indicam. nesta pesquisa. a caracteriza9aO do curso de Processamento de Dados e. tambem. as deficiencias de leitura e prodU9aO de textos destes alunos verificadas pelos docentes da referida Faculdade.

Os resultados aqui apresentados sac parciais que completam parte da

complementada com outras etapas da pesquisa.

Serao feitas analises destas informa90es e inclusive os tipos de textos que estes profissionais utilizam. para requisito de um trabalho bem sucedido. A partir de entao. serao feitos um diagnostico e uma proposta para a revisao da disciplina Lingua Portuguesa para 0 cuso de Processamento de Dados de uma Universidade periferica da Capital de Sao Paulo.

BIBLIOGRAFIA 1. BULLETIN DE FRANyAIS INSTRUMENTAL

Instrumental - PUC/SP. nQ 1/14.

2. CIN!RA. A.M.M. &MARQUESI. S.C. (1992) - Portugues Para a Area de Ciencias Contabeis - SP.: Atlas

3. HOLMES. J. (l98l)-"What dowe by ESP?". Sao Paulo. Working Papers 2. CEPRIL. PUC-SP.

4$. (1983)-"Some approaches to courses design". Sao Paulo. WORKING PAPERS7. CEPRIL. PUC-SP.

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filo-1298

sofico de uma metodologia centrada no aluno". CADERNOS PUC-SP. 17 - EDUC.

6. SANTOS. V.!.(1992)-"Uma analise de necessidades do curso de Processamento de Dados da Faculdade de Ciencias Economicas Con tabeis e Administaayao de Empresas Camilo Castelo Branco".-

Yl

SEMINARIO DO CENTRO DE ESTUDOS LINGtilsTICOS E LITERARIOS DO PARANA. PARANA. UEM.

Referências

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