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PARECER INDEPENDENTE. Debêntures Verdes da CPFL Energias Renováveis S.A.

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Academic year: 2021

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PARECER INDEPENDENTE

Debêntures Verdes da CPFL

Energias Renováveis S.A.

Este parecer avalia os impactos socioambientais dos Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos, financiados parcialmente por debêntures caracterizadas pela Emissora como Debêntures Verdes.

É nossa opinião que projetos de energia eólica são elegíveis ao enquadramento como um ativo verde que pode lastrear uma emissão de títulos verdes.

O projeto financiado pelas debêntures em questão atendeu a padrões de desempenho socioambiental de forma confortável. A Emissora avaliou e tomou medidas adequadas para mitigar e compensar os impactos sociais e ambientais negativos do projeto, mantendo-se em conformidade com a legislação brasileira aplicável.

A emissora também se compromete a reportar anualmente o desempenho socioambiental do projeto conforme indicadores apontados neste parecer.

SITAWI Finanças do Bem

Rua Voluntários da Pátria, 301/301 – Botafogo

22270-003 – Rio de Janeiro/RJ

contact@sitawi.net | +55 (21) 2247-1136

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d

Sobre a SITAWI

A SITAWI é uma organização brasileira que mobiliza capital para impacto socioambiental positivo. Desenvolvemos soluções financeiras para impacto social e assessoramos o setor financeiro a incorporar questões socioambientais na estratégia, gestão de riscos e avaliação de investimentos. Somos uma das 10 melhores casas de pesquisa socioambiental para investidores pela Extel Independent Research in Responsible Investment – IRRI 2015.

Sumário

I. Escopo ... 1

II. Método ... 1

III. Elegibilidade dos Projetos ... 2

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I.

Escopo

O objetivo deste Parecer Independente é prover uma opinião sobre as características sociais e ambientais dos Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos, compostos pelos nove parques eólicos abaixo:

Sociedade de Propósito

Específico Parque eólico

Capacidade instalada

(MW) Campo dos Ventos I Energias

Renováveis Ltda. Campo dos Ventos I 25,2

Campo dos Ventos III Energias

Renováveis Ltda. Campo dos Ventos III 25,2

Campo dos Ventos V Energias

Renováveis Ltda. Campo dos Ventos V 25,2

Santa Mônica Energias Renováveis

Ltda. Ventos de Santa Mônica 30,0

Santa Úrsula Energias Renováveis

Ltda. Ventos de Santa Úrsula 27,3

São Benedito Energias Renováveis

Ltda. Ventos de São Benedito 23,1

Ventos de Santo Dimas Energias

Renováveis Ltda. Ventos de Santo Dimas 29,4

São Domingos Energias Renováveis

Ltda. Ventos de São Domingos 25,2

Ventos de São Martinho Energias

Renováveis Ltda. Ventos de São Martinho 14,7

TOTAL 225

As sociedades de propósito específico são controladas indiretas pela CPFL Energias Renováveis S.A. (“Emissora”), cujas debêntures a serem emitidas pleiteiam a classificação de Debêntures Verdes, em linha com o Guia para Emissão de Títulos Verdes no Brasil 2016 (Febraban e CEBDS). A CPFL Energias Renováveis S.A é controlada pela CPFL Energia S.A. (“Acionista”).

A SITAWI Finanças do Bem aplicou seu método proprietário para avaliar se os Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos possuem performance socioambiental positiva que permitiria qualificá-los como um ativo “verde”.

Por fim, avaliamos as cláusulas da Escritura da emissão das debêntures de maneira a entender qual o compromisso da Emissora com a destinação dos recursos e com relato periódico dos resultados socioambientais alcançados. Assim, investidores e demais partes interessadas podem compará-los com as conclusões desse parecer para garantir que os critérios de elegibilidade e performance dos títulos como Debêntures Verdes ainda permaneçam válidos.

II. Método

Nosso parecer sobre a viabilidade de classificar um título de dívida como “verde” consiste em duas etapas:

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2 | PARECER INDEPENDENTE DEBÊNTURES VERDES DA CPFL ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.

1) Elegibilidade dos projetos – o primeiro passo é avaliar se os projetos possuem potencial de impacto socioambiental positivo condizente com a condição de Debêntures Verdes. Para isso, comparamos sua aderência aos critérios dos Green Bond Principles1e à Climate Bonds Taxonomy2;

2) Performance Socioambiental dos projetos – utilizando informações e documentos fornecidos pela CPFL Energias Renováveis S.A., alguns de caráter confidencial, bem como pesquisa de mesa e monitoramento de partes interessadas, avaliamos os Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos com base no atendimento à legislação socioambiental brasileira e melhores práticas contidas nos IFC Performance Standards3, com 5 dimensões e 14 temas socioambientais.

III. Elegibilidade dos Projetos

Atualmente, existem dois conjuntos de critérios reconhecidos internacionalmente para a caracterização de um título como “verde”: os Green Bond Principles (GBP) e a Climate Bonds Taxonomy.

Os GBP são diretrizes que auxiliam o mercado a compreender os pontos-chave de um título de dívida e como ele se caracteriza como título verde. Estes possuem quatro componentes:

1) Uso dos recursos (use of proceeds);

2) Processo de avaliação e seleção de projetos (process for project evaluation and selection);

3) Gestão dos recursos (management of proceeds); 4) Relato (reporting).

A aderência aos GBP, embora seja um processo voluntário, sinaliza a investidores, subscritores e outros agentes de mercado que os emissores do título atendem padrões de performance em sustentabilidade e transparência.

Por sua vez, a Climate Bonds Taxonomy provê definições gerais para emissores sobre quais tipos de projetos estariam aptos a receber o rótulo verde.

Nas subseções a seguir, analisaremos o alinhamento das debêntures da CPFL Energias Renováveis S.A. com os quatro componentes dos GBP e o enquadramento na Climate Bonds Taxonomy.

Uso dos Recursos

Os recursos da emissão das Debêntures Verdes serão integralmente destinados a reembolsos de gastos já realizados, despesas e dívidas dos Parques Eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III, Campo dos Ventos V, Ventos de Santa Mônica, Ventos de Santa Úrsula, Ventos de São Benedito, Ventos de Santo Dimas, Ventos de São Domingos e Ventos de São Martinho, por intermédio da CPFL Energias Renováveis

1http://www.icmagroup.org/assets/documents/Regulatory/Green-Bonds/GBP-2016-Final-16-June-2016.pdf 2http://www.climatebonds.net/standards/taxonomy 3 http://www.ifc.org/wps/wcm/connect/c8f524004a73daeca09afdf998895a12/IFC_Performance_Standards.pdf?MOD=AJ PERES e http://www.ifc.org/wps/wcm/connect/Topics_Ext_Content/IFC_External_Corporate_Site/Corporate+Governance/CG+De velopment+Framework/

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S.A., controladora das nove SPEs responsáveis pela implementação dos empreendimentos.

Os GBP reconhecem explicitamente a geração de energia renovável como uma das categorias de projeto elegíveis para caracterização como título verde.

Objetivos do Projeto

1) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Campo dos Ventos I, com 12 aerogeradores e capacidade instalada de 25,2 MW, localizada nos municípios de João Câmara e Parazinho, no estado do Rio Grande do Norte (RN);

2) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Campo dos Ventos III, com 12 aerogeradores e capacidade instalada de 25,2 MW, localizada nos municípios de João Câmara e Parazinho, no estado do Rio Grande do Norte (RN);

3) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Campo dos Ventos V, com 12 aerogeradores e capacidade instalada de 25,2 MW, localizada no município de Parazinho, no estado do Rio Grande do Norte (RN);

4) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Ventos de Santa Mônica, com 14 aerogeradores e capacidade instalada de 30 MW, localizada no município de Touros, no estado do Rio Grande do Norte (RN);

5) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Ventos de Santa Úrsula, com 13 aerogeradores e capacidade instalada de 27,3 MW, localizada no município de Touros, no estado do Rio Grande do Norte (RN);

6) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Ventos de São Benedito, com 14 aerogeradores e capacidade instalada de 23,1 MW, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no estado do Rio Grande do Norte (RN); 7) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Ventos de Santo Dimas, com 14 aerogeradores e capacidade instalada de 29,4 MW, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no estado do Rio Grande do Norte (RN); 8) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Ventos de São Domingos, com 12 aerogeradores e capacidade instalada de 25,2 MW, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no estado do Rio Grande do Norte (RN);

9) Implantação da Central Geradora Eólica denominada Ventos de São Martinho, com 7 aerogeradores e capacidade instalada de 14,7 MW, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no estado do Rio Grande do Norte (RN).

Adicionalmente, a categoria dos projetos dos Parques Eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III, Campo dos Ventos V, Ventos de Santa Mônica, Ventos de Santa Úrsula, Ventos de São Benedito, Ventos de Santo Dimas, Ventos de São Domingos e Ventos de São Martinho está incluída nas definições do Climate Bonds Taxonomy:

Setor eólico e a Climate Bonds Taxonomy

Estão incluídos nas diretrizes gerais para empresas visando a emissão de Green ou

Climate Bonds as seguintes atividades:

 Desenvolvimento e construção de complexos eólicos;

 Unidades produtivas ou operacionais integralmente dedicadas ao desenvolvimento de energia eólica;

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4 | PARECER INDEPENDENTE DEBÊNTURES VERDES DA CPFL ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.  Infraestrutura de transmissão totalmente dedicada a complexos eólicos.

Fonte: Climate Bonds Initiative

Portanto, os Parques Eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III, Campo dos Ventos V, Ventos de Santa Mônica, Ventos de Santa Úrsula, Ventos de São Benedito, Ventos de Santo Dimas, Ventos de São Domingos e Ventos de São Martinho estão alinhados aos GBP nesse componente e à Climate Bonds Taxonomy.

Processo de avaliação e seleção dos projetos

O processo de seleção de um projeto para a emissão de um título verde, incluindo a identificação de uma categoria elegível, os objetivos socioambientais e demais critérios de performance ficam a cargo da respectiva emissora, através de processo interno. É importante frisar que a Emissora, CPFL Energias Renováveis S.A., tem como objeto social a exploração de empreendimentos de geração de energia elétrica que não utilizem combustível fóssil, tais como pequenas centrais hidrelétricas – PCHs, eólicas, termoelétricas de biomassa e energia fotovoltaica. Mais ainda, a escritura da debênture restringe os dispêndios aos Parques Eólicos de Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III, Campo dos Ventos V, Ventos de Santa Mônica, Ventos de Santa Úrsula, Ventos de São Benedito, Ventos de Santo Dimas, Ventos de São Domingos e Ventos de São Martinho, via suas respectivas SPEs, o que garante projetos de categoria elegível (como veremos ao longo dessa seção) e com desempenho socioambiental confortável (seção IV), de acordo com avaliação da SITAWI.

A CPFL Energias Renováveis S.A., como grupo controlador, tem como responsabilidade a divulgação periódica do desempenho social e ambiental dos Projetos e seus respectivos indicadores. Esses resultados devem ser acompanhados para garantir que os recursos alocados e a performance dos Projetos permaneçam alinhados aos critérios de elegibilidade.

Gestão dos Recursos

Será realizada uma emissão de Debêntures Verdes, relativa aos parques eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III, Campo dos Ventos V, Ventos de Santa Mônica, Ventos de Santa Úrsula, Ventos de São Benedito, Ventos de Santo Dimas, Ventos de São Domingos e Ventos de São Martinho, no valorde R$ 200 milhões, cujos recursos serão destinados integralmente, via aportes de capital, para as nove SPEs por meio da Emissora.

Os recursos da emissão serão totalmente utilizados para reembolso de gastos já realizados, despesas e dívidas relacionados aos Parques Eólicos, representando, aproximadamente, 13% dos usos totais estimados dos Projetos, conforme indicado na tabela a seguir.

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Usos totais dos projetos e fontes de financiamento (em milhões)

Projetos

Usos totais (R$ milhões)

Fontes de financiamento (R$ milhões) Debêntures

verdes (R$ milhões

BNDES Capital próprio Campo dos Ventos I R$ 160,8 R$ 20,9 R$ 79,6 R$ 60,3 Campo dos Ventos III R$ 160,8 R$ 20,9 R$ 79,6 R$ 60,3 Campo dos Ventos V R$ 160,8 R$ 20,9 R$ 79,6 R$ 60,3 Ventos de Santa Mônica R$ 201,1 R$ 26,1 R$ 99,5 R$ 75,4 Ventos de Santa Úrsula R$ 187,1 R$ 24,3 R$ 92,6 R$ 70,2 Ventos de São Domingos R$ 171,7 R$ 22,3 R$ 85,0 R$ 64,4 Ventos de Santo Dimas R$ 199,4 R$ 25,9 R$ 98,7 R$ 74,8 Ventos de São Benedito R$ 199,4 R$ 25,9 R$ 98,7 R$ 74,8 Ventos de São Martinho R$ 103,2 R$ 13,4 R$ 51,1 R$ 38,7

Total R$ 1.544 R$ 200 R$ 764 R$ 579

A formatação dos nove projetos de geração de energia eólica em distintas SPEs, que serão as receptoras dos recursos da emissão, impede que tais recursos sejam desviados de sua finalidade original.

Os recursos captados através da emissão de debêntures verdes serão integralmente destinados ao reembolso de investimentos já realizados pela Emissora, por si ou suas controladas, nos Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos. A emissora se compromete a comprovar através de balancetes a destinação integral dos recursos oriundos de captação para reembolso dos aportes já realizados pela emissora nos Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos. Ademais, foram incluídas cláusulas de vencimento antecipado na escritura da emissão, que tornam as debêntures exigíveis da emissora, caso os recursos não sejam destinados para os Complexos Eólicos São Benedito e Campo dos Ventos.

Até a data, sete dos nove parques eólicos já foram finalizados, reconhecidos pela ANEEL como aptos a operar e iniciaram a geração em abril (Campo dos Ventos III), maio (Campo dos Ventos V), junho (Campo dos Ventos I), julho (São Benedito), agosto (São Domingos), setembro (Santo Dimas) e outubro (Santo Martinho) de 2016.

Relato

A Emissora se compromete a fornecer informação pública sobre os projetos em sua página na rede mundial de computadores, com periodicidade anual. Adicionalmente, os indicadores de projeto apontados nesse relatório como prioritários também serão apresentados todos os anos pela empresa, incluindo montante de energia produzida (MWh) e uma estimativa do volume de gases efeito estufa evitados em decorrência da implantação dos referidos empreendimentos.

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6 | PARECER INDEPENDENTE DEBÊNTURES VERDES DA CPFL ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.

IV. Performance socioambiental dos Projetos

4

Ambiental

confortável

Áreas protegidas (IFC-PS nº6)

Os Projetos não impactam áreas de alto valor de conservação ou incluídas em convenções internacionais (UNESCO Natural World Heritage Sites e Convenção de RAMSAR).

! De acordo com o Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais (RDPA) dos projetos, na área de implantação dos parques eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III, Campo dos Ventos V, Santa Mônica e São Martinho existem APPs relativas a faixa marginal do curso de água intermitente que drena a área. Foi realizada supressão vegetal nestas áreas após autorização emitida pelo órgão ambiental (IDEMA).

As Licenças de Operação para os parques eólicos que já estão operacionais foram emitidas pelo órgão estadual responsável (IDEMA): Campo dos Ventos I (13 de junho de 2016), Campo dos Ventos III (31 de março de 2016), Campo dos Ventos V (17 de maio de 2016), Santo Dimas (23 de setembro de 2016), São Benedito (22 de julho de 2016), São Domingos (16 de agosto de 2016), Santa Úrsula e São Martinho (licença simplificada em 21 de outubro de 2016). As licenças ambientais simplificadas das linhas de transmissão foram obtidas em 10 de agosto de 2015 (Bloco Sul) e em 13 de agosto de 2015 (Bloco Norte). Parques não operacionais (Santa Mônica) ainda estão pendentes

Não foram encontrados questionamentos administrativos ou judiciais de natureza ambiental, contestações quanto aos processos de licenciamento ou mobilizações sociais contra os empreendimentos

O Relatório Ambiental Simplificado (RAS) e Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais (RDPA) foram aprovados pelo IDEMA

As licenças ambientais obtidas para implantação dos parques eólicos estão disponíveis para consulta no site do órgão ambiental, conforme determina a legislação

Os projetos possuem Planos de Gestão Ambiental (PGA) previstos no RAS e no RDPA

! Não há um Plano de Ação Emergencial (PAE) previsto no RDPA

Os resultados dos programas ambientais, assim como dos estudos desenvolvidos pelo programa de gestão ambiental terão monitoramento contínuo periódico, cujos resultados são consolidados em relatórios. Estes relatórios não estão disponibilizados publicamente.

As propriedades onde se localizam os projetos possuem Cadastro Ambiental Rural (CAR) em situação regular e

4 Baseado nos oito IFC Performance Standards (IFC-PS), legislação brasileira aplicável e demais temas críticos setoriais

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com, no mínimo, 20% de Reserva Legal, em conformidade com a Lei nº12.651/12 (Novo Código Florestal)

Impacto na biodiversidade local

(IFC-PS nº6)

Os projetos incluíram a avaliação de seus impactos no solo, fauna e flora, de acordo com o Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais

Os projetos possuem Programa de Controle de Erosão e Sedimentação, Programa de Controle de Desmatamento, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Programa de Monitoramento de Fauna entre os componentes do RDPA

Tais planos possuem monitoramento contínuo periódico, cujos resultados são consolidados em relatórios

Os projetos possuem planos de Controle do Desmatamento para garantir mitigação dos impactos resultantes da supressão vegetal dos projetos, além de planos de monitoramento da fauna e de controle de erosão e sedimentação

As pás e linhas de transmissão podem representar riscos significativos para as aves e morcegos da região e também para animais terrestres. Os projetos possuem Plano de Monitoramento de Fauna de acordo com as condicionantes estabelecidas pelo IDEMA e cujos resultados foram acompanhados ao longo de 30 meses

As ações de monitoramento da fauna (incluindo avifauna e quiropterofauna) ocorrerão em um período mínimo de 6 meses antes do início da operação e 24 meses após o início da operação do empreendimento. O Plano de Monitoramento de Fauna está em linha com as melhores práticas internacionais.

Utilização de materiais de menor impacto

(IFC-PS nº3)

Nos projetos aprovado serão utilizados 107 aerogeradores Gamesa modelo G114 - 2,1 MW de capacidade

O parque eólico Campo dos Ventos I possui 12 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 25,2 MW)

O parque eólico Campo dos Ventos III possui 12 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 25,2 MW)

O parque eólico Campo dos Ventos V possui 12 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 25,2 MW)

O parque eólico Ventos de São Benedito possui 11 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 23,1 MW)

O parque eólico Ventos de São Domingos possui 12 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 25,2 MW)

O parque eólico Ventos de São Martinho possui 7 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 14,7 MW)

O parque eólico Santa Mônica possui 14 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 29,4 MW)

O parque eólico Santa Mônica possui 13 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 27,3 MW)

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O parque eólico Ventos de Santo Dimas possui 14 aerogeradores, modelo Gamesa G114 - 2,1 MW (totalizando 29,4 MW)

Os parques eólicos possuem plano de manutenção preventiva dos aerogeradores

Resíduos e ciclo de vida do projeto (IFC-PS nº3)

Todos os parques eólicos possuem um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que visa minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a segregação na origem e assegurar o correto manejo, tratamento e disposição

Os Programas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos apontam os principais resíduos gerados pelos projetos, métodos de acondicionamento, transporte e disposição final

Os projetos possuem outorgas para captação de água subterrânea aprovadas pela CAERN (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte)

Os projetos eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III e Campo dos Ventos V possuem programas de desativação do parque eólico que consiste no descomissionamento e disposição dos equipamentos após o fim de sua vida útil (20 anos). O prazo estimado para desativação e descomissionamento é de 180 dias. O plano de descomissionamento dos demais parques será realizado durante a unitização (quando o parque entrar em operação comercial) ainda em 2016

Social

confortável

Diálogo com comunidades no entorno

(IFC-PS nº4)

O impacto dos projetos eólicos no RN foram avaliados no RAS e RDPA, com ações de mitigação definidas e aprovadas pelo IDEMA

! Foi realizada somente uma consulta pública, no dia 12 de julho de 2012, referente aos Estudos Ambientais dos parques eólicos Campo dos Ventos I, Campo dos Ventos III e Campo dos Ventos V

Os parques eólicos possuem Programa de Comunicação Social, incluindo campanhas de divulgação sobre os empreendimentos, ouvidoria e levantamento de informação das partes interessadas. Também foram realizadas reuniões com associações de moradores locais e foram elaborados relatórios de acompanhamento

Os parques eólicos possuem Programa de Educação Ambiental para moradores, estudantes e trabalhadores locais sobre os temas socioambientais relevantes e a realidade local após a efetivação dos projetos, com apresentações e palestras

Reassentamento involuntário (IFC-PS nº5)

Os projetos não envolvem qualquer reassentamento involuntário pois em seu desenho foi considerada uma distância mínima para residências e benfeitorias de propriedades onde os mesmos são desenvolvidos

Os parques foram implementados em terras particulares, com consentimento de seus proprietários e através de contratos de arrendamento, seguindo protocolo da empresa para esse tipo de operação

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Impacto em comunidades tradicionais (IFC-PS nº7)

Os Projetos não estão situados em áreas próximas a comunidades tradicionais, conforme indicado pela FUNAI e pelo INCRA

Os Projetos foram dispensados da apresentação do componente Indígena/Quilombola no Estudo Ambiental Impacto em sítios

culturais e arqueológicos (IFC-PS nº8)

Os projetos não impactam áreas de patrimônio cultural ou incluídas em convenções internacionais, como UNESCO

World Heritage Sites.

Os projetos contemplam um plano de acompanhamento e monitoramento arqueológico das obras, além de um projeto de educação patrimonial, considerados adequados pelo IPHAN.

No RAS são previstos programas de prospecção e resgate arqueológico com base na portaria Nº 230/2002 do IPHAN.

O Estudo Arqueológico com parecer conclusivo do IPHAN referentes aos parques eólicos e linhas de transmissão associadas foi aprovado.

Trabalhista

confortável Condições de trabalho de empregados diretos e terceirizados (IFC-PS nº2)

O desenvolvimento dos projetos contou com um Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança do Ambiente de Trabalho para garantir a segurança e saúde da força de trabalho, além de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

O Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais (RDPA) aponta alguns dos principais riscos trabalhistas durante o desenvolvimento dos projetos, assim como medidas mitigadoras

Não foram identificados casos críticos de descumprimento da legislação trabalhista nos projetos, assim como acidentes ou incidentes graves

O Programa de Proteção ao Trabalhador e Segurança do Ambiente de Trabalho inclui medidas de monitoramento das condições trabalhistas, treinamentos sobre o tema, iniciativas de prevenção de riscos, e dispõe sobre aplicação e uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC). Em caso de subcontratação, a empreiteira contratada estenderá as obrigações para os demais empregados

O programa ainda acompanha periodicamente indicadores de eficácia como: i) número de campanhas educativas realizadas; ii) número de acidentes de trabalho com afastamento; iii) número de acidentes de trabalho sem afastamento

Não foram encontradas notícias ou evidências de violações de direitos trabalhistas relacionados a saúde e segurança e condições de trabalho diretamente ou através de terceirizados Ações de não-discriminação na contratação e ambiente de trabalho (IFC-PS nº2)

A CPFL Energias Renováveis S.A. possui política própria contra preconceito, discriminação e assédio no ambiente de trabalho, em seu Código de Ética. A política se aplica para todas as subsidiárias, incluindo as SPEs responsáveis pelo desenvolvimento dos nove projetos eólicos.

! Em 2012, a CPFL Energia S.A., controladora da empresa desenvolvedora dos projetos foi processada em R$ 6

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10 | PARECER INDEPENDENTE DEBÊNTURES VERDES DA CPFL ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.

milhões por conduta discriminatória contra funcionários com deficiências físicas, incluindo diferenciação salarial. ! Em 2015, a CPFL Energia S.A., foi condenada a pagar R$

12 milhões de indenização a 112 trabalhadores que sofriam assédio moral.

Gestão

confortável

Sistema de Gestão Socioambiental (IFC-PS nº1)

No RAS está previsto um Plano de Gestão Ambiental para controle e monitoramento dos impactos socioambientais identificados nos projetos. O PGA deverá implementar e acompanhar os programas ambientais para mitigação dos impactos do empreendimento e estabelecer o cumprimento de normas de instalação e operação das obras.

O Plano de Gestão Ambiental será conduzido por duas equipes: Equipe de Supervisão Ambiental das Obras e Equipe de Acompanhamento dos Programas Ambientais. Essas equipes serão ligadas por um Coordenador Geral que será responsável pelo gerenciamento das duas equipes, desempenhando também o papel de canal de comunicação entre o “empreendimento”, os órgãos ambientais e as comunidades locais.

O Plano de Gestão Ambiental dos projetos eólicos é realizado internamente pela equipe da Gerência de Licenciamento Ambiental, com apoio de consultorias ambientais para execução de inspeções e monitoramento. A Equipe da Gerência de Licenciamento Ambiental responde diretamente à Diretoria de Engenharia e Diretoria de Operação e Manutenção (O&M).

A CPFL Renováveis possui ao menos um colaborador com atuação em campo e equipe para acompanhamento e gestão ambiental da obra.

A CPFL Renováveis possui certificação ISO 14001:2004 para seu sistema de gestão ambiental, incluindo as atividades de desenvolvimento e execução de parques eólicos

Transparência (IFC-PS nº1)

Dentro do plano de gestão ambiental está previsto o acompanhamento e monitoramento ambiental do status do programa e planos de mitigação dos impactos, emissão de relatórios, boletins, laudos e fotografias, que deverão ser enviados ao órgão ambiental competente.

! Atualmente estes relatórios não são disponibilizados publicamente.

Impacto socioambiental

superior

Capacidade e geração de energia renovável

(IFC-PS nº3)

Os parques eólicos possuirão capacidade instalada de 225 MW, com expectativa de geração anual de 1.069,2 GWh até 2033.

A empresa emissora se compromete a divulgar essas informações anualmente em sua página na rede mundial de computadores.

Redução das emissões de GEE (IFC-PS nº3)

Os parques eólicos permitirão a redução de emissão de 122,96 MtCO2 por ano em comparação à média da matriz elétrica brasileira em 2013, que foi de 115 kgCO2/MWh.

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A emissora se compromete a divulgar esses dados anualmente em sua página na rede mundial de computadores.

Declaração de Responsabilidade

As análises contidas nesse parecer são baseadas em uma série de documentos, parte destes confidenciais, fornecidos pela Emissora. Não podemos atestar pela completude, exatidão ou até mesmo veracidade destes. Portanto, a SITAWI5 não se responsabiliza pelo uso das informações contidas nesse parecer.

Nesse sentido, também frisamos que todas as avaliações e opiniões indicadas nesse relatório não constituem uma recomendação de investimento ou compra dos títulos, assim como também não servem para atestar a rentabilidade ou liquidez dos papéis.

Equipe técnica responsável

_________________________ Gustavo Pimentel Sócio-Diretor gpimentel@sitawi.net _________________________ Cristóvão Alves Analista ASG calves@sitawi.net

5 A responsável final por esse relatório é a KOAN Finanças Sustentáveis Ltda., que opera sob o nome fantasia de SITAWI

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Anexo

I

– nível de performance/impacto

socioambiental do projeto/empresa

não se enquadra (E)

A performance do projeto ou seus efeitos naquela dimensão específica são nulos ou não aplicáveis.

A empresa não apresenta evidências de seu desempenho na dimensão específica. insuficiente (D)

A performance do projeto ou seus efeitos naquela dimensão específica não são suficientes para diferenciá-lo de um investimento “tradicional”.

A empresa não cumpre os requisitos mínimos de conformidade com a legislação no tema específico.

satisfatório (C)

A performance do projeto naquela dimensão específica, além de cumprir os requisitos legais, é superior à de investimentos “tradicionais”. Em relação a efeitos, contribuem para os objetivos de uma economia de baixo carbono e mais resiliente às mudanças climáticas, embora não possua implicações de longo prazo.

A empresa está em conformidade com as exigências da lei e/ou normas técnicas relacionadas àquela dimensão específica.

confortável (B)

A performance do projeto naquela dimensão está alinhada a padrões internacionais (ex:

IFC Performance Standards) e mais elevada até mesmo entre aqueles projetos que possuem objetivos sociais e ambientais específicos. Quanto aos efeitos, tem impacto na construção de uma economia de baixo carbono e resiliente às mudanças climáticas, inclusive com implicações de longo prazo.

A empresa possui processos e práticas acima do exigido pela legislação, alinhada a melhores práticas setoriais, diferenciando-a da média do mercado.

superior (A)

O projeto segue as melhores práticas naquela dimensão, se tornando referência no desempenho socioambiental. Contribui de maneira efetiva e com visão de longo prazo para os objetivos de uma economia de baixo carbono e resiliente às mudanças climáticas.

A empresa age como referência a seus pares no setor, com melhores práticas reconhecidas internacionalmente ou estabelecendo novos modelos de atuação.

Referências

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