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e cc PARECER Proposta de lei em alteração do regime das agências privadas de colocação de emprego

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CONFEDERAÇÃO DO COMERCIO E SERVIÇOS PORTUGAL

PARECER

Proposta de lei em alteração do regime das agências privadas de colocação

de emprego

• Em geral

Nos termos expressos da sua Exposição de Motivos, vem a vertente proposta proceder à simplificação do regime de acesso e exercício da actividade das agências privadas de colocação de candidatos a emprego.

Ora, se nos afigura louvável tal desiderato — temos por meritórias todas as tentativas de simplificação ou desburocratização das actividades económicas, mormente no que toca ao facilitar o acesso ao emprego —, já não podemos deixar de lamentar que, uma vez mais, o sector do trabalho temporário tenha sido votado ao esquecimento1.

É

que parece teimar-se em ignorar o importante papel das empresas do trabalho temporário de agência nesta área, elas que constituem o verdadeiro motor do sector privado de

emprego

2

. Na verdade, salvo melhor opinião, quem lê a exposição de motivos do diploma ficará com a ideia — errónea — de que se vai intervir com expressão no sector privado de emprego, o que não corresponde à realidade dos factos, quando se olvida o papel do trabalho temporário de agência, que é quem efectivamente promove a empregabilidade, aproximando os candidatos ao emprego.

1

O «esquecimento» do trabalho temporário de agência tem muito a ver com a o léxico adotado pelo legislador nacional, que não se encontra alinhado com o resto da europa.

2

Segundo informação, existem, de momento, 191 empresa deTTAlicenciadas e nenhuma APC. Ou seja, está a ser alterado um diploma para o qual não existe atividade “conhecida”, em Portugal. Por outro lado, com a nova proposta de lei, sem haver mecanismos que permitam à ACT identificar APC, haverá sempre um limbo entre as APC e as empresas de recrutamento e seleção que dificilmente desaparecerá. Por esse motivo, será importante considerar numa inclusão das empresa de recrutamento e seleção num diploma semelhante.

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CONFEDE.RAÇÃO

DO COMERCIO E SERVIÇOS PORTUGAL

Por último, a alteração deste regime das APC, apenas fará sentido, caso o governo, efetivamente, promova a cooperação público privada

Em especial

- Da correcta definição lexicológica do que é Serviço Privado de Emprego (SPrE)

No ordenamento jurídico português, as entidades que aqui se versam são definidas como Empresas de Trabalho Temporário (EU).

No Decreto-Lei das Agências de Colocação, as mesmas continuam a ser definidas como ETT. Têm o estatuto de Empresa, num terreno de igualdade com os outros agentes económicos. Quando foi mudada a designação da Associação representativa do sector, de APETT para APESPE, seguindo a linha definida no seio da CIETT (Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego), surgiram problemas de tradução/adopção ou não da palavra “agência”, tendo-se optado por Sector Privado de Emprego. Trata-se do Sector Privado de Emprego em complementaridade com o Sector Público de Emprego (IEFP).

Tanto Portugal como os outros países latinos optaram pela designação de Empresas até pela conotação negativa que as “Agências de Colocação” tinham nesses países pelo facto de receberem comissão do trabalhador a colocar.

Esta actividade foi “condenada” pela OIT que veio reformular a Norma, dando abertura ao Trabalho Temporário de Agência Organizado que enquadrou nesse documento fundamental para esta actividade, que veio assim a reconhecer.

Os Anglo-saxónicos optaram pela via de considerar “agency” todas as empresas prestadoras de serviços de RH fossem elas ETT’s, Empresas de RS ou Agências de

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CONFEDERAÇÃO

DO COMERCIO E SERVIÇOS PORTUGAL

colocação propriamente ditas, e actualmente usam a designação de “Agency Work.”

A comunidade científica nacional adoptou a designação “Trabalho Temporário de

Agência”, através de uma Agência Privada de Emprego (APE) ou Sector Privado de Emprego (SPrE), para distinguir este das outras formas de trabalho temporário (contrato a termo, subcontratação, etc.).

Assim, dever-se-á adoptar a designação Agência Privada de Emprego (APE) ou Empresa do Sector Privado de Emprego (SPrE), constituído pelo seu vector mais dinâmico inovador e criador de emprego, que é a actividade típica destas empresas que no mercado representam o Trabalho Temporário de Agência (TTA). Deste modo, em obediência aos ditames da comunidade científica, por um lado, e de adaptação à terminologia internacional, entendemos que todo o regime legal do trabalho temporário deverá merecer a correspectiva adaptação terminológica, reajustando a respectiva terminologia em todos os normativos legais que integrem o respectivo regime legal.

Em suma e em obediência a esta nova terminologia, teremos que o Sector Privado

de Emprego faz Trabalho Temporário de Agência (TTA) por intermédio das Agências Privadas de Emprego ou Sector Privado de Emprego (SPrE).

Assim se obterá uma almejada uniformização de linguagem e uma identidade própria de acordo com a designação internacional.

Numa altura em que se vai alterar o Decreto-Lei n.2 260/2009, de 25 de Setembro,

consideramos que é o momento para se promover igualmente e em definitivo esta alteração de léxico.

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DO COMERCIO E SERVIÇOS PORTUGAL

II - Da carga burocrática retirada às APC e mantida nas ETTA do SPrE

Aquilo a que a vertente proposta de lei conduz é, objectivamente, a que um sector de actividade (APC) que tinha a mesma carga burocrático-administrativa que oTTA

veja agora essa carga diminuída de forma muito sensível.

Ora, convirá não olvidar que o traço de aproximação da oferta à procura de emprego, matriz das APC, pode ser igualmente garantido — e com adicionais

garantias, note-se — pelas empresas de TTA. Aliás, na prática, como é público e

notório, são as ETTA que promovem essa aproximação e não as APC cuja existência é muito residual.

E se o que se pretende é contribuir para o crescimento económico e para a criação

de emprego, através do aliviar da burocracia e implementação de procedimentos mais rápidos e acesso mais fácil ao exercício de actividade, então não se entende como possa deixar-se oTTA de fora.

E nem se alegue que o escopo das ETTA é mais abrangente, assim se justificando

pretensamente a manutenção da carga burocrático-administrativa para o TTA, pois que, se assim é, então, em coerência com a alteração agora proposta, tal carga sempre deverá ser ao menos parcialmente aliviada.

E uma forma muito simples de o fazer é. desde logo, e sem prejuízo de outras, o tomar em

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DO COMERCIO E SERVIÇOS PORTUGAL

A alteração da caução de “onfirst demand” para um seguro de caução normal.

É

que o custo da caução em é de € 130.707,50 (Cento e trinta mil setecentos e sete euros e cinquenta cêntimos). Por se tratar de uma caução “on flrst demand”, a Banca considera

este Valor como um crédito concedido à empresa. Quando uma ETTA necessita de recorrer ao crédito bancário para fazer face a problemas de tesouraria tem o crédito dificultado, pois a Banca considera que já concedeu um crédito bancário no valor acima indicado. Esta caução causa, assim, constrangimentos severos sobretudo às PME’s que são um importante motor do sector e equilibrador da concorrência. A que acresce ainda a circunstância de esta situação acarreta custos acrescidos paras as empresas, custos estes

que naturalmente estas têm que repercutir nos custos do serviço, com os óbvios reflexos

no preço final. Pelo que a alteração aqui preconizada beneficiaria não apenas o sector, mas igualmente as empresas utilizadoras. Por outro lado, o FCT e FGCT asseguram parte do que estava previsto para o regime das cauções, por essa razão, não faz sentido onerar duplamente as ETTA.

IV - Do reforço das contra-ordenações, e da tipificacão de ilícito criminal; Das incompatibilidades

No que toca ao reforço do montante das contra-ordenações aplicáveis e à tipificação de um ilícito criminal para os casos de colocação de trabalhadores no estrangeiro sem que a agência promova o repatriamento do trabalhador em caso de incumprimento do contrato de trabalho ou da violação da promessa de trabalho feita ao candidato a emprego pela entidade contratante, colocando aquele em situação de perigo para a vida ou de grave ofensa física, ou em situação desumana ou degradante, nada a opor.

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CONFEDERAÇÃO DO COMERCIO E SERVIÇOS PORTUGAL

Entendemos, porém, que seria de toda a utilidade a instituição de um regime de incompatibilidades relativamente a pessoas que tenham passado do sector público para o sector privado de emprego antes de decorrido um período de «nojo» de pelo menos 2 (dois) anos.

Efectivamente, pensamos que só assim se poderá garantir que não exista alguma «promiscuidade» entre sectores, que em nada contribui para a clarificação.

Não se promove aqui uma concreta proposta em letra de lei, na medida em que este regime de incompatibilidade nenhuma particularidade regista em relação a outros em sectores de atividade análogos.

Referências

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