M
CM
3145
UN|vERs1DADE
FEDERAL
DE
sANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
~
DEPARTAMENTO
DE
cLíNlcA
MÉDICA
AVALTAÇÃO
DA
c¡TOLOGlA
POR
ESCOVADO NO
D1AONÓsT¡cO
DO
OÃNOER
GAsTROEsOFÁGlcO.
VILTO
IVIICHELS
JUNIOR
FLORTANÓPOLIS.
sc
1996
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENID
DE
CLÍNICA
MÉDICA
Iv
AVALIACAD
DA
CIToI.oGIA
PCR
ESCDVADD
No
DIAGNÓSTICD
Do
CANCER
GASTRCESDFAGICC.
TRAEALIID
DE
CoNCLuSÃo
DE
CuRso
APRESENIADD
NA
12!
FASE
Do
CURSO
DE
GRADUACÃD
Em
MEDICINA
Do
CEN'rRo
DE
CIENCIAS
DA
SAÚDE
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA.
VIL1¬o
MICIIELS
.IUNIDR
oRIENTADoRz
ofrÁVIo
GALVÃO
EILIIO
Co-oRIENTADoRA=
IRENE
VIEIRA
SoUzA
I=I.oRIANÓPoI,IS.
SC
AGRADECIMENTOS
Em
especial
ao
Dr.
Antônio
Carlos
F.
Marasciulo
e,
também,
ao
Serviço
de
Arquivo
Médico,
ao
Serviço
de
Patologia
do
Hospital
Universitario
e
a
todos
que
de
alguma
forma
contribuiram
para
a
realização
deste
ÍNDICE
REsu|v|o
... ..ABSTRACT
... .. 1|NTRoDuÇÃo
... _.2
REv|sÃo
DA
UTERATURA
... ..3
MATER|A|s E
MÉToDos
... .. n | n » z ‹ z ‹ z . - z . z . . . . . . I n z z - - - - . - - « - . o « - « . . ú ú u z z ¢ « ‹ . ‹ ‹ ‹ - . . - . | . « « . z . . . . I z ‹ I I z zu z ‹ ¢ - . . « . z z - ‹ | z - ‹ . - - . . - . . . - . . . - z ú . ¢ - . - - | « z z z z | - - z . z . z ~ ¢ ‹ n ‹ ¢ ¢ ¢ - . - -z iv QR)-\<4
RESULTADOS
... ..12
5
DISCUSSÃO
... ..6
CONCLUSÃO
... ..7
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
... .. ... ..15 ... ..18 ... ..19RESUMO
O
papelda
citologia por escovadocomo
coadjuvanteda
biópsia via endoscópicano
diagnóstico
do
câncer gastroesofágico é controverso e seu uso, às vezesnão
parece trazerbeneficio
na
condutaem
relação ao paciente.Um
estudo retrospectivo foi feito para avaliar sua utilidadena
diferenciação entre lesões benignas e malignas. Duranteo
período de1989
a 1995,foram
obtidos66
casos de65
pacientes atendidosno
Hospital Universitário,da
UniversidadeFederal de Santa Catarina,
onde foram
colhidas citologia e biópsia de lesões gastroesofágicassuspeitas endoscopicamente para malignidade. Seis casos não
puderam
ser incluídos nesteestudo e dos restantes,
o
diagnóstico de câncer foiconfirmado
em
27
deles.A
histologia e acitologia
foram
positivasem
18 casos.A
biópsia fez o diagnóstico,com
a citologia negativaem
6 casos.
Houve
l caso de citologia positivacom
biópsia negativa e 1 caso de citologia falso-positivo.
Em
2
casos,ambos
os resultadosforam
negativos.A
biópsia alcançouuma
sensibilidade de 88,9%, especificidade de100%,
valor preditivo positivo de100%
e valor preditivo negativo de91,7%
A
citologia teveuma
sensibilidade de 70,3%, especificidade de97%,
valor preditivo positivo de95%
e valor preditivo negativo de80%.
Com
o
uso concomitanteda
citologia, a sensibilidadeda
biópsiaaumentou
de88,9%
para 92,6%.A
conclusão,
do
nosso estudo, é deque
a citologia gastroesofágicapode
ser útilcomo
auxiliarna
investigação de pacientes
com
lesõesmucosas
suspeitas.ABSTRACT
The
roleof
brushing cytology asan
adjunct to endoscopic biopsy in the detectionof
gastroesophageal malignancy is controversial insofar as
some
claim that its use isof
littleclinical benefit.
A
retrospective studywas
designed in order to evaluate the roleof
cytology inthe diferentiation
of
benignfiom
malignant mucosal lesions. In66
cases during the periodof
1989
to 1995 cytology and biopsywere
takenfrom
65 pacientswho
underwent esophagogastroscopywich
revelead suspicious lesions in the Hospital Universitarioof
theFederal University
of
Santa Catarina, settled in Brazil. Six cases could not be included in thisstudy and
from
the remaining , malignancywas
confirmed
in27 of
them.Both
endoscopicbiopsy
and
cytologywere
positive in 18 cases. Endoscopic biopsy provided the diagnosis in thepresence
of
negative cytology in 6 cases, while cytologywas
positive with a negative biopsy inl case. There
was
1 caseof
false-positive cytology. In2
cases patientswere
not diagnosedusing either modality.
Endoscopy
biopsy yielded a sensitivityof
88,9%, specificityof 100%,
positive predictive value
of
100%
and negative predictive valueof
91,7%
in the diagnosisof
thegastroesophageal cancer. Cytology alone, in contrast, yielded a sensitivity
of
70,3%, specificityof
97%,
positive predictive valueof
95%
and negative predictive valueof
80%. With
theadditional use
of
citology, the sensitivityof
biopsywas
increasedfrom
88,9 to 92,6%.We
concluded that gastroesophageal brushing cytologymay
bean
useful adjunct in the investigationof
pacients vvith suspicious mucosal lesions.1
1NTRoDuçÃo
O
diagnósticodo
câncer gastroesotãgico é suspeitado a partirde
vários elementos.Um
grande passo foi
dado
com
a criação dos endoscópios de fibra ópticaque
possibilitaram a visualização diretadaslesões
e, ainda mais importante, permitiram a retirada, atravésda
visualização direta, de amostrasda
lesão parauma
análise mais detalhada e confiável. Assim, a citologia e a biópsia via endoscópica, se tornaram técnicas muito importantesno
diagnósticodessas neoplasias.
O
objetivodo
presente estudo é fazeruma
análise retrospectiva dos casosaonde foram
colhidas citologia e biópsia, de lesões endoscopicamente suspeitas para malignidade
no
Hospital Universitário,
da
Universidade Federal de Santa Catarina,no
período de1989
a 1995e verificar a importância
que
tem
tido a citologiacomo
coadjuvanteda
biópsiano
diagnóstico2
REVISÃO
DA
LITERATURA
Vários elementos entram
no
diagnóstico das neoplasias gastroesofágicas, a começar,pelo quadro clínico
que no
casodo
câncer de esôfago é inespecíficoou
só iniciacom
obstruçãode cerca de
70%
da
luzdo
órgão,quando
já é incurável.O
principal, nesse caso, é a disfagia,inicialmente para alimentos sólidos
que
evoluiem
2 a 3meses
para pastosos e líquidosfO
câncer gástrico, nos seus estágios iniciais,
também
parece ser assintomáticoou
estarrelacionado a queixas vagas.
Como
o câncer esofágico, acaba sendo diagnosticado, nessa fase,avançado,
quando
cursacom
emagrecimento, dor epigástrica, anorexia e vômitos,principa1mente.2
O
câncer esofágico mais fiequente é o carcinoma de células escamosas eem
menor
proporção,
o
adenocarcinoma.O
carcinoma esofágico superficial é a lesão malignaconfinada
àcamada
epitelial (in sim)ou
que
invade superficiahnente a lâmina própriaou
submucosa.O
carcinoma de células escamosastem
a seguinte fiequência de localização:20%
são localizadosno
terço superior;50%
no
terçomédio
e30%
no
terço inferiordo
esôfago. Precocemente, se apresentam a nivel macroscópico,como
pequenas lesões espessadasou
elevadasda
mucosa,3
padrões macroscópicos são descritos:
o
tipo protuso,em
60%
dos casos, é caracterizado por lesão polipóide que cresceem
direção aolúmen
esofágico; o tipo plano, lesão difusa infiltrada,responsável por
15%
das apresentações avançadas; os25%
restantes sãodo
tipo escavado,uma
neoplasia ulceradaque
escava profundamente para as estruturas subjacentesfO
adenocarcinomatem
suaorigem
no
esôfago de Barrett e dessa maneira envolvecom
maior fiequência, o terço distaldo
esôfago,podendo
acometer aicárdia. Iniciahnente
têm
aaparência de
manchas
planasou
elevadasnuma
mucosa
normal eevoluem
para massasnodulares
ou
ainda,podem
ter características infiltrativa difusaou
ulcerativa profundasO
câncer gástrico precoce é definidocomo
uma
lesãoconfinada
amucosa
e asubmucosa, independente
da
presençaou
ausência de linfonodos metastáticos perigástricos.O
câncer gástrico avançado é
uma
neoplasiaque
atravessa asubmucosa
alcançando, pelo menos,a muscular própriaf
A
localização dos carcinomas gástricos é a seguinte: piloro e antro50
a60%,
cárdia25%
e o restanteno
corpo efimdo
gástrico.A
pequena
curvatura é envolvidaem
40%
doscasos e a grande curvatura
em
12%.
A
regiãoda pequena
curvaturapróxima
a regiãoantropilórica,
merece
especial atenção.Embora menos
freqüente,uma
lesão ulceradada
grandecurvatura
tem
maiores chances de ser maligna.3Os
tipos mais importantes de câncer gástrico são o tipo intestinal e difusoda
classificação de Laurens.
Há
três padrões de crescimento macroscópicodo
câncer gástrico,quepodem
ser evidentes tanto precoce quanto tardiamente.No
tipo exofiticohá
a protusãoda
massa
tumoral para olúmen
gástrico,no
planoou
deprimido,nenhuma
massa
tumoral é visível4
confundidas
com
úlcera péptica benigna crônica.Num
estágio mais avançado, a neoplasia émais facilmente diferenciada
da
úlcera péptica.3O
diagnóstico radiológicotambém
pode
auxiliarno
diagnóstico de neoplasiasgastroesofiígicas, ainda mais, se feito
com
duplo contraste.A
visão dinâmica obtida durante a fluoroscopia auxilia epode
até mostrar sinais mais precoces de alterações possivehnenteneoplásicas
como
por exemplo, diminuiçãoda
elasticidadedo
órgão e diminuiçãoda
velocidadedas contrações
do
órgão.Niun
estágio mais avançado, rigidez, fixação, falhade
enchimento edistorções
do
desenhomucoso,
entre outrasfCom
o adventoda
endoscopia por fibra óptica, o diagnósticode
anormalidades,eventuahnente neoplásicas, nas
mucosas
esofágica e gástrica,melhorou
significativamente e atémesmo
lesões intramiiraissubmucosas não passam
sempre despercebidasf'Apesar
de suas grandes utilidades a radiologia e a endoscopia não são suficientes parao
diagnóstico definitivo, apenas
levam
aum
diagnóstico presuntivo a nível macroscópico.O
diagnóstico definitivo de malignidade é baseado
em
critérios histopatológicossigÉ
necessárioentão, a
combinação
dessesmétodos
com
a biópsia e eventuahnentecom
a citologia viaendoscópica,
que levam
auma
informação mais precisa a nível microscópico. Estes0 ~ 0 A 0 u r 0 0 I 0 0 A I I 1
procediinentos sao de importancia especial nos estagios iniciais
do
cancer gastroesofagico.Embora
tenha sido repetidamente mostradoque
o usocombinado da
citologia porescovado
da
mucosa
(brushing cytology) e biópsia leva auma
maior probabilidade de detectaruma
neoplasia maligna,”`19o
usoda
citologia gastroesofágicacomo
imia rotina, apesar defacilmente acessível,
tem
sido questionado.Há
uma
grande variabilidade nos resultados das acurácias diagnósticasda
citologia e biópsiaem
lesões gástricas e esofágicas,°'7'1'2'“'16'172°”A
5
apenas
em
casos especiais12'“'l6'2°'2°'29ou
nunca,21 pornão
ter mostradonenhuma
vantagem
com
a sua adição.A
bióP
sia,em
al guns estudos2°*22'28'29mostrou
ser suP
erior à citolog
ia. Apesar disso,sua acurácia diagnóstica não é tão alta quanto considerada anteriormente.
Muitos
fatoresinfluenciam sua acurácia diagnóstica.
O
número
de fragmentos colhidos éum
dos fatores maisimportantes para os resultados das biópsias” e varia entre diferentes autores de 5 a 10.5
No
caso de lesões ulceradas,
devem
ser retiradas amostrasdo
assoalhoda
úlcera, assimcomo
dasmargens.5'2°
A
localização anatômicado
câncerpode
dificultar a coleta de múltiplosfragmentos.7
A
positividadeda
biópsia é baixano
câncerda
regiãoda
cárdia edo
esôfagoi11ferior.7'“'1°'l8'3l
É
baixa,também,
em
carcinomas infiltrativosou
ulcerativos.7'23Quando
aneoplasia é coberta por
mucosa ou
tecido necrótico, a biópsiapode
ser muito superficial.7'22'23A
estenoseda
cárdiaou
do
antro gástricotambém
podem
dificultaro
acesso ao tumor7'2°'22'27 ea distribuição
do
tecido neoplásicopode
não ser uniforme, fazendocom
que
mesmo
múltiplas biópsias nãoobtenham
material relevante.7'23 Nestas circunstâncias, é esperadoque
a citologiatraga informação adicional.7'“"°'“'2°'22'23'25'27'31
A
citologiatem
avantagem
de cobriruma
área contigua mais abrangente euma
tendência para coletar seletivamente células mais
fiacamente
aderidas. Istopode
explicar asuperioridade
da
citologiaem
detectaro
câncer e o câncer precoce,em
alguns casos.7'23'26Além
disso, a citologia parece ser
um
método
simples, seguro, rápido e valioso parao
diagnósticodo
câncer gastroesofágico.7°9'2°'25'2°'28
Alguns estudos a consideram superior à biópsia
no
diagnóstico de lesõesgastroesofágicas, principahnente malig11as.°*”'”'l8*23'29 Shroíf et al,23 por exemplo, ao avaliar a
6
acurácia diagnóstica de
97,1%
para a citologia e75,4%
para a biópsia.Zagar
et almmostraram
um
aumento
de10,9% na
acurácia diagnósticada
citologia, de82,6%
para93,5%, quando
realizada antes
da
biópsia,sem
alterar os resultados desta.Os
resultadosda
citologia,entretanto, não
parecem
alterar a condutaem
relação ao paciente.“'2¡'22'32 e,mesmo,
não
érecomendado
o tratamento cirúrgico baseado apenasem
citologia positivaou
suspeita, devido ao risco de falsos-positivos.7'8'13'2°'22As
causas, entre outras, estão nas dificuldades deinterpretação2°'22 e
o
uso de escova não-descartável,22'”além
de problemasna
sua preparação.Para que a citologia tenha melhores resultados,
em
todos os aspectos, ênfase édada
paraque
sua técnica seja utilizada corretarnente.7'8°”*2°'24A
observaçãoda
técnica melhora inclusive ataxa de falsos-positivos.”
Em
outros estudos, a taxa de falsos-positivos encontrados variou de0%
a3%,
se 8undo Lan.”
Também
se 81111do
ele, a taxa de falsos-ne ativos8
em
outros estudos, varia de5%
A
9%.
Para comparação, a Tabelal mostra resultados de outros autores para a sensibilidade
da
7
Tabela
I - Sensibilidades diagnósticasda
citologia e biópsia via endoscópicana
detecção
do câncer
gastroesofágicoem
diferentes estudos.SENSIBILIDADE
(%)
AUTORES
CITOLOGIA
BIOPSIA
COMBINADA
Wiúzel nú a1° 85 83
96
Shangai
Group”
77
74
88Cook
ez al” 85só
91Bnhnard
er aff92
só
ND
-
Young
andHuguesfl
92
69
ND
Kobayashi and Kasugairs84
77
88Qizilbash er al”
89
9395
O'Donoghue
et alE
79
88ND
slnnffaú ai 2*
97
75ND
Lan”
94
9198
Chambers
and claflê*82
90
96
3
MATERIAIS
E
Múronos
Com
base nos arquivosdo
Serviço de Patologiado
Hospital Universitário,foram
selecionados os laudos de casos
onde foram
.colhidas amostras para citologia e biópsia delesões esofágicas e gástricas suspeitas endoscopicamente para malignidade,
no
período de1989
a 1995. Deste período
de
6 anos, aque
se propôs o presente estudoforam
coletados, ao todo,65 casos.
Foram
consideradas lesões suspeitas endoscopicamente para malignidade, asque
seguem
os padrões macroscópicos descritosna
Revisãoda
Literatura.Foram
incluídospacientes atendidos tanto à nível ambulatorial, quanto intemados.
Os
prontuários dessespacientes
foram
obtidos atravésdo
Serviço de ArquivoMédico do
Hospital Universitário, paraque
outros dados eventualmente presentes auxiliassemno
estabelecimentodo
diagnóstico final.As
amostrasforam
colhidas e analisadas por diferentes profissionais dos serviços de Endoscopia e Patologiado
HU,
respectivamente. Para a coleta das amostras foi utilizado endoscópio de visão fiontal.O
material para citologia é de rotina colhido depoisda
biópsia, utilizando-se escova não descartável.Uma
vez feito o esfiegaçoem
duas lâminas, a rotina a sertomada
é de fixação imediataem
álcool etílico a95%
e subsequente coloraçãocom
a técnica de9
fragmentos
da
lesãoque
sãofixados
em
formol a10%
e posteriormente, submetidos a processamentoem
laboratório e coloraçãocom
hematoxilina-eosina.Os
laudos de citologia e biópsia considerados suspeitos foram, para fins de análise,considerados positivos para malignidade, enquanto os laudos
com
células atípicasou
inadequados, considerados negativos para malignidade.
O
diagnóstico final para malignidade foi feitotomando
como
padrão-ouro os achadoshistológicos subsequentes de peça cirúrgica, biópsia de linfonodos
ou
metástases,estadiamentos e
na
evolução clínica presenteno
prontuário compatívelcom
malignidade.O
diagnóstico final de
doença
benigna foi assim considerado,quando
ambos
os resultadosforam
negativos,
tomando
como
base achados histológicos de peças cirúrgicas,ou
ainda,na
evoluçãoclínica
do
paciente.Do
esôfago,foram
coletados22
casos. Destes, 3 nãopuderam
ser incluídosno
protocolo por não apresentarem, por diferentes razões,
o
parâmetro final, paracomparação
dosresultados.
Em
2 desses casos, tanto a citologia quanto a biópsiaforam
positivos paramalignidade.
No
terceiro, a biópsia encontrou malignidade, ao contrárioda
citologiaque
foienviada ao Serviço de Patologia dessecada,
mas
não
inadequada, segundo seu laudo.Do
estômago, foram encontrados
44
casos e, destes, 3também
nãopuderam
ser incluídos, pelomesmo
motivo.Num
destes a citologia encontrou malignidade e a biópsia, a presença de células atípicas,sem
caracterizar malignidade.Nos
outros dois casos, a biópsia foi positivaem
contra partida à citologia
que
não encontrouem
um
casomas
teve o laudo de suspeitano
outro. Essas duas citologias
foram
enviadas dessecadas.Os
dados dos casos encontradosque
preencheram os requisitos para o protocoloforam
10
casos de
doença
dos não-doença,da
citologia e biópsiacomo
testes diagnósticos.Não
foram
considerados os fatores
que determinam
sua validade externa e sua exequibilidade.”A
sensibilidade é definidacomo
a proporção de pessoascom
adoença
com
mn
resultado positivono
teste, verdadeiro-positivo.Em
outras palavras, a sensibilidade é acapacidade
do
testeem
detectar os casos positivos.Quando
o resultado é negativo e a pessoatem
a doença,o
resultado é dito falso-negativo.A
especificidade deum
teste se refere àproporção de pessoas
sem
adoença
com
um
resultado negativo, verdadeiro-negativo.Ou
ainda, é a capacidade
do
testeem
detectar os casos negativos.Na
ausência de doença,quando
o teste é positivo, o resultado é falso-positivo.O
valor preditivo deum
resultado positivoou
valor preditivo positivo
do
teste, se refere à probabilidadedo
paciente estar doentena
presençade
um
resultado positivono
teste.O
valor 'preditivo negativo, avalia a probabilidadedo
paciente estar livre
da doença
com
um
resultado negativo.Também
foram
avaliados a acuráciadiagnóstica e as taxas de falsos-positivos e falsos-negativos.
A
acurácia deum
teste diagnósticoé a proporção de todos os resultados corretos dos testes, tanto os positivos quanto os negativos.
A
taxa de falsos-positivos éo
número
de resultados positivosem
indivíduossem
adoença, enquanto a taxa de falsos-negativos representa o
número
de pacientescom
adoença
eum
resultado negativo.”A
construção teórica destes testes baseia-seno
teorema de probabilidades condicionaisou
Teorerna de Bayes.”As
fórmulas que serviram de base parao
cálculo desses valores de1 1
Tabela
II -Fórmulas
utilizadas neste estudopara
os valoresde
confiabilidade.Sensibilidade
(%)
[VP/(VP
+
FN)]
. 100Especificidade
(%)
[VN/(VN +
FP)] . 100Valor preditivo positivo
(%)
[VP/(VP
+
FP)] . 100Valor preditivo negativo
(%)
[VN/(VN +
FN)] . 100Acurácia diagnóstica global
(%)
[(VP
+
VN)
/(VP
+
VN
+ FP +
FN)]
. 100Taxa
de falsos-positivos(%)
[FP/(FP+
VN)]
. 100Taxa
de falsos-negativos(%)
[FN/(FN
+
VP)]
. 100FONTE:
IENICEK,
M.
1995VP-
Verdadeiro-positivo;VN
- Verdadeiro-negativo;FP
- Falso-positivo;FN
- Falso-negativo.Os
testes diagnósticos estão sujeitos a erros de classificação,denominados
erros tiposa
e B (Tabela III).
O
erro tipoB
é mais grave, jáque
representa o resultado falso-negativo.Entretanto, ao buscar diminuir
o
erro tipo B, forçamos a distribuição dos casos nas três opçõesrestantes, inclusive erro tipo ot
que
representa o resultado falso-positivo. Desta maneira,podemos
concluirque
os erros de classificação são eventos inversamente dependentes,ou
seja,na medida
em
que
se busca reduzirdado
erro de classificação, invarialvelmente, seaumenta
outro.”
Tabela
III - Distribuição dos errosde
classificaçãoem
tabelade
contingência entreteste diagnóstico e padrão-ouro.
DOENÇA
+
_TESTE
+
1 - zz(VP)
oz (FP) B(FN)
1 -B (VN)
FONTE:
JENICEK,
M.
1995VP
- Verdadeiro-positivo;FP
- Falso-positivo;VN
- Verdadeiro-negativo;FN
- Falso-ll-
RESULTADOS
Os
achadosda
citologia esofágicaforam
positivosem
10 dos 14 casos,comprovados
como
neoplasias malignasdo
total de 19 casos. (Tabela IV) Desses, 1 laudo era suspeito.Houve
4
casos de falsos-negativos enum
deles, a amostra foi considerada inadequada. Cincocasos
foram
verdadeiros-negativos enão houve
nenhum
caso falso-positivo.Os
resultadosobtidos
com
essesdados
estão descritosna
Tabela V.A
biópsia esofágica foi positivaem
100%
dos casos de neoplasias
comprovadamente
malignas e negativaem
todos os casosaonde
foiexcluída a malignidade.
Não
houve, portanto, falsos-positivos e falsos-negativos.O
usocombinado da
citologiacom
a biópsia teve,no
casodo
esôfago, osmesmos
resultadosda
biópsia usada sozinha. (TabelaV)
Os
resultadosda
citologia eda
biópsia esofágicaforam
diferentesem
4,do
total de 19 casos.A
citologia gástrica, deum
total de 41 amostras, foi positivaem
9 dos 13 casosconfirmados
para malignidade (Tabela IV). Desses, 1 laudo era suspeito, segundo seu laudo.Houveram
4 casos de falsos-negativos, 2 delesforam
enviados dessecados.Os
verdadeiros-negativos
somaram
27
casos, desses, 4foram
enviados dessecados e 1 teve o laudocom
células13
suspeita pelo seu laudo.
Os
resultados obtidos estãona
Tabela V.A
biópsia gástrica foi positivaem
10 dos 13 casosconfirmados
de malignidade. Três casosforam
falsos-negativos e 1 delesteve o laudo
com
células atípicas.Os
verdadeiros-negativossomaram
28
casos e dois delestiveram o laudo
com
células atípicas.Não
houve
caso de falso-positivo.Os
resultados estãona
Tabela V. Juntas, a citologia e a biópsia gástrica diagnosticaram 11 dos 13 casos. Fizeram l
diagnóstico falso-positivo e 2 diagnósticos falsos-negativos.
Nenhmn
procedimento foi capazde detectar todas as neoplasias gástricas e seus resultados
foram
discordantesem
4 do
total de41 casos.
Seu
resultadocombinado
está nas TabelasIV
e V.Dois casos
merecem
especial atenção.São
casos de lesões gástricas.Em
um
deles, alesão estava localizada
no
antro gástrico e tinhao
aspecto endoscópico de lesão infiltrativa,vegetante e ulcerada.
Na
primeira coleta, tanto a citologia quanto a biópsiaforam
negativas.Seis
fiagmentos da
lesãoforam
colhidosna
primeira biópsia e setena
segundaque
também
teveo resultado negativo para malignidade enquanto a citologia fez o diagnóstico posteriormente
confirmado
pela peça cirúrgica, de câncer.No
outro caso, a descrição endoscópica era de lesão mamilonada, rígida, espessada e recobertaem
parte por fibrina a nívelda
cárdia. Havia,também,
a observação deque
a localização dificultou a biópsia que foi negativa, assimcomo
acitologia.
Foram
retirados sete fragmentosna
primeira biópsia e oitonuma
segunda,também
negativa e
não
acompanhada
de citologia,que
não entrou nos cálculos para análise deste testediagnóstico.
O
pacienteacabou
sendo levado à cirurgia por estadiamento porimagem
e a análiseda
peça cirúrgicaconfinnou
os resultados falso-negativos.Tabela
IV
- Neoplasiascorretamente
diagnosticadas14
NEOPLASIA
EsôFAGo
EsTôMAGo
c1ToLoo1A
1o S 9 sóB1ÓPs1z§
14 10CITOL.
+ BIOPSIA
14 11APENAS
CITOLOGIA
p-JAPENAS
BIÓPSIA
4
NNENHUM
¡_¡TOTAL
NEOPLASIAS
14 ›-1 U)TOTAL
CASOS
19 -À ›-Is - 1 Citologia suspeita para malignidade
sd - 1 Citologia suspeita e 1 dessecada.
Tabela
V
- Distribuiçãodas
classificações dos testes diagnósticos e apresentaçãode
suasrespectivas
medidas
de
confiabilidade.EsôFAGo
EsTôMAGo
GAsTRoEso1‹¬ÁG1co
C
W
C+B
C
B
C+B
C
B
C+B
VP
›-I -À 14 9 (IS, 1D) 10 11 19 24 25VN
10 (1D, 5 IS) UI 28 32 33 32FP
0 C 5 27 (4D,lA) 28 (2A) 0 0 1 (D/S) 1 1 0 lFN
0 0 4 (2D) 3 (IA) 2 8 3 2 S (%) 4(1I) 71,4 100 100 69,2 76,9 84,6 92,6E
(%) 100 100 100 96,4 100 96,6 70,3 97 88,9 100 97VP+(%)
100 100 100 90 100 91,6 95 100 96,1VP-
(%) 55,5 100 1oo 87,1 90,3 93,3 80 91,7 94,1AD
(%) 100 92,7 92,9 85 95 95TFP
(%) 78,9 0 0 100 87,8 0 3,6 0 3 0 3TFN
(%) 28,6 0 0 30,8 23,1 3,4 15,4 29 ,6 11,1 7,4C
- Citologia;B
- Biópsia;D
- Dessecado;S
- Suspeito; I - Inadequado;A
- Células Atípicas;VP
- Verdadeiro-positivo;VN
- Verdadeiro-negativo;FP
- Falso-positivo;FN
- Falso-negativo;
S
- Sensibilidade;E
- Especificidade;VP+
- Valor preditivo positivo;VP-
Valorpreditivo negativo;
AD
- Acurácia diagnóstica;TFP
-Taxa
de falsos-positivos;TFN
-Taxa
5
mscUssÃo
O
presente estudo volta aconfirmar
a importânciada
citologia e biópsiacomo
testesdiagnósticos
no
câncer-gastroesofágico.8'“'19 `As
diferenças encontradas quanto ao valorda
citologiaquando
esofágicaou
gástrica,refletem a controvérsia
que
existeem
paralelona
Literatura acercade
sua importânciano
diagnóstico
do
câncer gastroesofágico. Kill et alf'ao
avaliar a citologia ea
biópsia gástricas,chegaram
a conclusão deque
nãohá vantagem no
seu usoem
relação à biópsia sozinha.A
maioria, entretanto, a considera complementar à biópsia,mas
divergem quanto à realização derotir1a,°`9'“'22'25
ou
apenasem
casos especiais.l2'“'*°*2°'26'29A
citologia,no
caso de esôfago, teveuma
sensibilidade de71,4%
(Tabela V),mas
nãoacrescentou
nenhuma
vantagem no
diagnósticodo
câncer esofágico feito pela biópsia.A
biópsia foi capaz de detectar todas as neoplasias malignas esofágicas. Esses resultados
chegam
a
um
resultado semelhante ao de Kill et al,21onde
concluíramque
a citologianão
acrescentou16
Entretanto, este achado difere
do
de outros autores7”“'1°'l8'"que
encontram, pelo contrário, melhores resultados para a citologiado que
para a biópsia esofágica.Na
investigaçãodo
câncer gástrico (Tabela V), a citologia teveuma
sensibilidade de69,2%.
A
biópsia teveuma
sensibilidade de76,9%
.Um
resultadopouco
satisfatório,em
setratando de testes diagnósticos e
quando comparado
com
outros estudos (Tabela I). Juntas acitologia e a biópsia gástrica atingiram a sensibilidade de 84,6%.
Não
fizeram
o diagnóstico de 2 casos.A
biópsia,mostrou
ser melhorque
a citologia para fazero
diagnóstico de malignidade,assim
como
em
outros estudos.2°'22'29As
dificuldades encontradas pela biópsia,que
levaramaseus 3 resultados falsos-negativos, estão de acordo
com
as relatadasna
Literatura.Dois
destesresultados
foram
em
mn
mesmo
pacientecom
lesão situadano
antro gástrico, localizaçãoconsiderada de dificil acesso para a biópsia,
quando há
estenose.7'2°'22'27Sua
característicaaparente via endoscópica de lesão infiltrativa e ulcerada
também
pode
ter contribuído para esteresultado falso-negativo.4'2°
No
outro caso, a lesão se situava à nívelda
cárdia,também
uma
localização de baixa sensibilidade para a biópsia.7'“°l6'l8'3l
Considerando a investigação
como
gastroesofágica, a citologia teve70,3%
de sensibilidade, enquanto a biópsia88,9%
e juntas 92,6%. Suas acurácias diagnósticasforam
de85%
para a citologia e de95%
para a biópsia, a adiçãoda
citologiamanteve
a acuráciadiagnóstica
da
biópsia inalterada. (TabelaV)
Isso se deve ao fato jácomentado
anteriormente,nos Materiais e Métodos, sobre os erros de classificação.
O
uso concomitanteda
citologiaamnenta
asensibilidadeda
biópsia por aumentar onúmero
de verdadeiros-positivos, aomesmo
tempo
que diminui os falsos negativos,ou
erros Bda
biópsia. Diminui dessa maneira, o erro de17
do
tipo ot, a citologiatomou
mais baixos os resultadosque
dependem
dessa variável, entre eles,a especificidade, o valor preditivo positivo, a acurácia diagnóstica e
também,
a taxa de falsos-positivos. Demonstrou-se assim a relação inversamente proporcional entre os erros de
classificação,
aonde
na medida
em
que
reduzimosum
erro, o outro éaumentado.”
Neste estudo, a taxa de falsos-positivos
da
citologia para o câncer gastroesofágico foide
3%.
É
um
achado esperado, segimdo a Literatura.7'8'l3'2°'22'27 Já sua taxa de falsos-negativosfoi alta, de 29,6%, considerando a variação encontrada por
Lan”
que oscilou entre5%
e9%.
Pelo
menos
10 citologias tiveram problemaem
sua técnica, 3 delasforam
falsos-negativos,uma
considerada inadequada, de esôfago e as outras 2, consideradas dessecadas,
que
representaram50%
dos falsos-negativos gástricos. Isso mostra a necessidade deque
a técnicada
citologia sejaobservada, assim
como
érecomendado
em
outros trabalhos7'8'"2°'24 paraque
seja feita demaneira correta a
fim
deque
setome
um
exame
mais confiável, jáque
muitas vezes seusresultados não
parecem
alterar a condutaem
relação ao paciente.“'21'22°32Vale, ainda, considerar
que o
usoda
citologia antesda
biópsia,pode
aumentar suaacurácia diagnóstica.” Zargar et al” encontraram urna acurácia diagnóstica de
93,5%
para acitologia realizada antes
da
biópsia e de 82,6%,quando
feita depois.A
rotina, neste Serviço é6
coNcLUsÃo
De
acordocom
os resultados encontrados, as conclusões deste estudo foram:1)
A
citologia esofágica não acrescentounada
ao diagnóstico feito apenas pela biópsia.2)
A
citologia gástricaaumentou
a sensibilidadeda
biópsia gástrica, de76,9%
para 84,6%,com
seu uso associado.3)
A
citologiapode
auxiliar a biópsiano
diagnóstico de lesões gastroesofágicas suspeitasem
casos especiais.
O
valorda
citologia, talvez possa ser aumentado, desdeque
um
maior cuidado sejatomado
em
relação à sua técnica euma
melhor análise desses fatos depende deum
estudocom
um
número
maior de casos,com
um
controle mais rigoroso das variáveis envolvidas.A
realizaçãoda
citologiacomo
rotina traria mais experiência para todas as partes envolvidasno
resultado final deste teste diagnóstico, fazendocom
que
esta seja ainda mais útil e confiável,7
REFERÊNCIA
B1BuoGRÁF1cA
1
MALAFAIA,
O.. Tumores. In Dani, Renato; Castro, Luiz de Paula. Gastroenterologia Clínica. 3ed.,Guanabara-Koogan
: Rio de Janeiro,l993, v.l, cap. 31, p. 428-445.2
CARVALHO,
DG..
Tumores. In Dani, Renato; Castro, Luiz de Paula. Gastroenterologia Clínica. 3.ed.,Guanabara-Koogan
: Rio de Janeiro,1993, v. 1, cap. 43, p.642-660.3
CRAWFORD,
JM..The
Gastrointestinal Tract. In Robbins, Stanley L.;Kumar,
Vinay;Cotran,
Ramzi
S. Pathologic Basis of Disease. 5.ed.,W.B.
SaundersCompany
: Riode
Janeiro, 1994, cap 17, p. 755-329.
4
MÓDENA,
JLP.. Esofagogastroduodenoscopia. In Dani, Renato; Castro, Luiz de Paula. Gastroenterologia Clínica. 3.ed.,Guanabara-Koogan
: Rio de Janeiro,1993, v. 1, cap.13, p. 235-252.
5
DEKKER
W,
TYGAT
GN.. Diagnosis accuracyof
fiberendoscopy in the detectionof
upper intestinal rnaiígnancy:A
followup
analysis. Gatroenterology 1977; v.73: p.7lO-714
6
MORENO
OR,
MARTINEZ-RAPOSO
A,CANTERO
J,PAJARASJM..
Exfoliativecytodiagnosis
of
gastric adenocarcinoma:Comparison
with biopsy and endoscopy.Acta
Cytol, v.27, p.484-488, 1983
7
SHANGHAI GASTROINTESTINAL
ENDOSCOPY
COOPERATIVE
GROUP,
PEOPLE°S
REPUBLIC
OF
CHINA:
Valueof
biopsy and brush cytology in thediagnosis
of
gastric cancer.GUT,
v.23, p.774-776, 198220
8
PROLLA
J,REILLYW,
KIRSNER
JB,COCKERI-IAM
L.. Direct vision endoscopiccytology and biopsy in the diagnosis
of
esophagealand
gastric tumors: Currentexperience.
Acta
Cytol, v.2l, p.399-402,1977
9
KOBAYASI-H
S,KASUGAI
T.. Brushing cytology for the diagnosisof
gastric cancerinvolving the cardia or the lower esophagus.
Acta
Cytol, v.22, p.155-157, 197810
HOWELL
LP,WRIGHT
AL,
CALAFATI
SA,
ROSEN
S,KOPROWSKA
I..Cytodiagnosis
of
in situ and early carcinomaof
the upper gastrointestinal tract.Acta
Cytol, V. 29, p.269-273, 1985
11
OOHARA
T,TOHMA
H,
TAKEZOE
K
UKAWA
S, et al.Minute
cancers less than 5mm
in diameter. Cancer, v. 50, p. 801-810, 1982
12
KOBAYASHI
S,YOSHII
Y,KASUGAI
T.. Biopsy and cytology in the diagnosisof
earlygastric cancer: Ten-year experience with direct vision techniques at a Japanese institution.
Endoscopy,
v.8, p.53-58, 197713
SMITHIES
A,LOVELL
D,
HISHON
L,POUNDER
RE,
NEWTON
C, et al. Valueof
brush cytology in the diagnosis
of
gastric cancer.Br
Med
J, v.4, p.326, 197514
COOK
J,CARLE
DJ,HANEMAN
B, et al.The
roleof
brushing cytology in the diagnosisgastric malignancy.
Acta
Cytol 1988; v. 32, p.461-46415
BEHMARD
S,SADEGI-II
A,BAGHERI
SA.. Diagnostic accuracyof endoscopy
withbrushing cytology and biopsy in upper gastrointestinal lesions.
Acta
Cytol, v.22,p.153-154, 1978
16
WITZEL
L,HALTER
F,GRETILLAT
PA,
et al. Evaluationof
specific valueof
endoscopic biopsies and brush cytology for malignancies
of
the oesophagus andstomach. Gut, v.l7, p.375-377,
1976
17
YOUNG
JA,HUGHES
I-IE.. Three year trialof
endoscopic cytologyof
the stomach andduodenum. Gut,
v.2l, p.24l-246,1980
21
18
KOBAYASHI
S,KASUGAI
T.. Brushing cytology for the diagnosisof
gastric cancerinvolving the cardia or the lower esophagus.
Acta
Cytol, v.22, p.l55-157, 197819
KOBAYASHI
S,PROLLA
JC,KIRSNBR
JB.. Brushing cytologyof
the esophagus and stomach under direct visionby
fiberscopes.Acta
Cytol, v. 14, p.219-223,1970
20
QIZILBASH
AH,
CASTELLI
M,
KOWALSKI
MA,
CHURLY
A..Endoscopy
brushcytology and biopsy in the diagnosis
of
cancerof
the upper gastrointestinal tract.Acta
Cytol, v.24, p.313-318,
1980
21
KII-IL J,ANDERSON
D,
JENSEN
OM..
Biopsy and brush cytology in the diagnosisof
gastric cancer.Scand J
Gastroenterol, 1979; v. 14, p. 189-19122
O'DONOGHUE
JM,
HORGAN
PG,
O'DONOHOE
MK,
et al. Adjunctive endoscopicbrush cytology in the detection
of
upper gastrointestial malignacy.Acta
Cytol, 1995;v. 39, p. 28-34
23
SHROFF
CP,NANIVADEKAR
SA.. Endoscopic brushing cytologyand
biopsy in thediagnosis
of
upper gastrointestinal tract lesions.Acta
Cytol 1988; v.32, p.455-46024
AU
FC,KOPROWSKA
I,BERGER
A,MAIER
WP,
et al.The
roleof
cytology in thediagnosis
of
carcinomaof
the stomach.Surg
Gynecol
Obstet, v. 151, p.601-603, 198025
ZARGAR
SA,
KHUROO
MS,
JAN GM,
MANAJAN
R,SHAH
P.. Prospectivecomparison
of
the valueof
brushings before and afier biopsy in the endoscopic diagnosisof
gastroesophageal malignancy.Acta
Cytol, 1991; v. 35, p. 549-55226
WANG
HH,
JONASSON
JG,DUCATMAN
BS.. Brushing cytologyof
the upper gastrointestinal tract.Acta
Cytol, 1991; v.35, p. 195-19827
LAN
C-S.. Critical evaluationof
the cytidiagnosisof
fibrogastroendoscopic samplesobtained under direct vision.
Acta
Cytol, 1990; v.34, p.217
-22028
CHAMBERS
LA,
CLARK
WE..
The
endoscopic diagnosisof
gastroesophageal22
29
KASUGAI
T,KOBAYASHI
S,KUNO
N.. Endoscopic cytologyof
the esophagus, stomachand
pancreas.Acta
Cytol 1978; v.22. p.237-330
30
GIACOMJNI
G..Accuracy
in diagnostic cytology.Acta
Cytol, v. 25, p. 4-5, 198131
YOUNG
JA.. *Evaluation
of
endoscopic brush and biopsy, touch smear cytology andbiopsy histology in the diagnosis
of
carcinoaof
the lower oesophagusand
cardia.J
Clin Pathol 1980; v.33, p. 811-814
32
MONTFORD
RA,
BROWN
P,SALMON
PR,
ALVARENGA
C,NEWMAN
CS,READ
AE.. Gastric cancer detection in gastric ulcer disease.Gut
1980; v. 21, p. 9-1733
KEIGI-ILEY
MRB,
MAKURIA
T,MOORE
J,THOMPSON
H.. Preventing malignant-celltransfer during endoscopic brush cytology.
Lancet
1979; v.1, p.298-29934
FLETCHER
RH:
FLETCHER
SW;
WAGNER
EH.. Diagnóstico. In: Epidemiologia clínica. 2.ed., ArtesMédicas
: Porto Alegre, 1989. cap.3, p.68-10835
MEYER,
PL.. Probabilidade condicionada e independência. In: Probabilidade -aplicações à estatística. Livros Técnicos e Científicos : Rio de Janeiro, 1969. cap. 3,
p.39-55 .
36
FLEISS
JL. “StatisticalMethods
for Ratesand
Proportions”,New
York:John
Wileyand Sons, 1981.
37
JENICEK,
M.. Identifying casesof
disease. Clinimetricsand
diagnostics. In:Epidemiology.
The
Logic
ofModem
Medicine. Ed.Epimed
: Montreal, Canada,1995,. cap. 4, p. 79-118
Tcc
UFSC
CM
0314 Ex.l r N-Chflm-TCC UFSC
CM
0314 Autor: Michels Junior, ViTítulo: Avaliação da citologia por escov
_ V 972802171 Az; 253475