DE
%1›EPAm^=
% % ~BAGESTAÇÃQ'
%% ySIMONE
~ }F1mââanôpøfis,¢2o¬¢%&elúé
1994
'TO
015
@)2
sumluuo
O Pag.RESUMO
... ...2
1m*RoDUÇÀo
... ... ..3
MATERIAIS
E
MÉTODOS
._ ... ..7
RESULTADOS
... ... ..9
DISCUSSÃO
... .. 12CONCLUSÕES
... .. - 16ABSTRACT
... ._..; ... ... 17REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..18
_, // _RESUMO
-~
retrospectivamente,5$
de
hemorragia
do
39. trimestreda
gestação, ocorridosno
HospitalHomem
de
Miranda
Gomes
(Regionalde
São
José),no
períodode
janeiro'de
1992
a
janeirode
199§.~
a sua
distribuiçãode
acordocom
a
causa
da
hemorragia, idade materna, idade gestacional, paridade,história
de
hipertensão, tipode
parto, sexo_,e condiçõesde
vitalidade fetal e mortalidadematerno-fetal. ' `'
`
H
A
causa
mais
freqüente foi odescolamento prematuro
da
placenta (DPP)com
uma
incidênciade
i43,1%
dos
casosde
hemorragia
do 32
tri~mes1re.ÍA placenta prévia (PP) foiencontrada
em
20,7%
dos
casos..A
hipertensão arterial sistêmica foi associadaao
DPP
em
40%
dos
casos enão
foi encontradanos
casosde
PP.Não
houve
registro
de
mortalidadematerna
eo
óbito fetal foi «encontradoem
32,8%
dos
casos. '»
A
via de- partoempregada
foia eesãreaem
84%
dos
1
3
INTRODUÇÃO
O
tema
hemorragias
do
terceiro trimest.re sugere, por sisó, caráter
de
gravidade eemergência
médica, já que, nesta etapada
gestação, tanto ap gestante
como
o fetotêm
maior
riscode
nmorbimortalidade, justificando-se desta
maneira
.a importânciade
qualquer trabalho ou. pesquisa
que
sepretenda
desenvolver sobre-,otema.
,
A
As
patologiashemorrâgicas
do 32
trimestreincidem
em
2a
3%
das
gestantes.Sua
origemabrange desde causas menores,
taiscomo
pólipos, erosões cervicaisou
dilataçãodo
colono
iníciode
trabalho
de
parto, atécausas
mais
gravescomo, por
exemplo, ocarcinoma de
coloou
a
ruptura uterina.No
entanto,as causas
mais
freqüentes se relacionamcom
a
placenta:o descolamento
prematuro
da
placenta (DPP) ea
placenta préviaExtremamente
raras sãoas
hemorragias provocadas
pelavasa
prévia e' pelaruptura
do
,seiomarginal
da
placenta(Cunningham,
1989). __ _
A
PP
assume
posiçãode
destaque,não
tanto pelafreqüência,
que
orçaem
tomo
de
l:l500
partosnas
primigràvidas e1:20
na
grande
multiparidade (Hibbard, 1980),mas,
e sobretudo, pelamorbíletalidade
materna
e perinatal,que
apesar
de
reduzida através,
4
V
Em
visão panorâmica, e apoiadona
experiênciade
Hibbard
e Jefi`coat (1966),Green
(1989) dizque os sangramentos do
32
trimestre complicam,
aproximadamente,
38%
de
todasas
prenhezes;a
PP
esta neles representadapor
22%
dos
casos,documentada
a
inserçãoanõmala
peloexame
vaginalou
durante acesârea.Na
Santa
Casa
de
Misericórdiado
Riode
Janeiro ena
Maternidade-Escolada
UFRJ,
a
incidênciade
PP
tem
osciladode
1a
1,75% do
partos havidos (Rezende, 1992). :_.
~
Em um
estudo realizado 'no
Hospital-Matemidade
Royal, Belfast (Irlanda)
em
1986
procurou-se estabelecer o valorprognóstico
na
identificação precoceda
PP, atravésde
exames
ultrassonogrãficos
às
_18
semanas
de
gestação.Os
resultadosmostraram que
_a posiçãoda
placenta nestaépoca
não
apresentava relevância prognõsticapara
PP
no
último trimestre,já
que
à
termo
a
placenta encontrava-se
em
posiçãonormal
em
muitos
casos; estando,desta
maneira
de
acordocom
Newton
(1984) e Ruparelia eChapman
(1985). _
_ `
-A etiologia
da PP
é desconhecida e várias teoriastêm
tentado explica-la. Entre
os
fatores predisponentesmais
comuns
temos
a
idadeavançada
ea
multiparidade.Segundo
Cunningham
(1989),a
freqüência
de
PP
ê I 1 vezesmaior
nas
pacientesacima de
40
anos
e7
vezes
maior naquelas
com
5
partosou
mais. '_
A
principal complicaçãoda
PP
êa
hemorragia
-gravecom
choque
emorte
materna,que
pode
sernula
em
estatísticas
ou
excederos
15%
nos
paísesem
desenvolvimento(Rezende, 1992).
A
mortalidade perinatal estariacompreendida
entre4
e
24%
sendo
mais
onerada
a
neonatal precoce e devendo-sefundamentalmente
ã
prematuridade
eã
anemia
aguda (Mauad
e cols.,.». 5‹›I*'
o *
_ s
No
manejo da
pacientecom
PP
deve seradotada
a
conduta
expectanteem
gestaçõescom'
menos
de
36
semanas,
obselvadas, é claro,as
condições clínicasda
paciente.Se
a
pacienteencontra-se
com
36 semanas ou mais de
gestação deve-se .interrompera
gravidez (Freitas e cols. , 1993).“
_
'
Com
referência aoDPP, temos
que
pode
ser encontradodesde
o22
trimestre até o termo.Ocorre
em
0,4a 3,5%
de
todas as gestações (Sher e Statland, 1985;Karegard
e Gannser, 1986).Segundo
Rezende
(1992),a
incidênciade
DPP
nos
últimos2
decênios oscílado entre 0,51 e0,62%
dos
partos havidos._
A
hipertensão 'arterial sistêmica' (HAS) ê
sem
dúvida
a
patologiamais
comumente
associadaao
DPP
(De Valera, 1968;Pritchard, 1970).
Em
DPP
suficíentemente
gravespara causar
a
morte
fetal, Pritchard e colaboradores relatam
uma
incidênciade
47%
de
hipertensão sistõlica.
Há
também
uma
incidênciamaior
em
mulheres
que
fumam
pelomenos
um
cigarropor
diaquando comparadas
com
grávidas
não-fumantes (Goodman,
1990). A'
De
acordocom
Lynda
Voigt e colaboradores,em
um
estudo realizado
na
Universidadede Washington,
em
1990, obsenrou-se
que
as
mulheres fumantes apresentavam
maior
riscode
desenvolver
DPP.
Este estudodemonstrou
também que
mulheres que
apresentavam
esta patologiaeram
2,6vezes-mais
propensas
a
terem
pequenas
para
a
idade gestacional,independente
de serem
fumantes. " “
Conquanto pouco
freqüente,o
DPP
pode
decorrerde
traumaüszmos
diretos sobre -oabdome,
especialmente se estáa
placenta inserida
na
parede
ventraldo
útero (Rezende, 1992). Kettel ecols. (1988) e Staflbrd (1988) salientam
que
DPP-determinados por
~_ó
traumatismos
matemos
relativamente pequenos,podem
ocasionaróbito fetal. ”
1
O
prognóstico fetal émais
desalentadorque
o
matemo.
A
mortalidade perinatalno
DPP
variade
40 a
80%
dos
casos,enquanto
a
mortalidadematema
oscila entre 1a
2%
(Hagashi, 1986).No
.Hospital
das
Clínicasde
São
Pauloa
mortalidade perinatal foide
90,3%
(casos graves:100%;
moderados: 66,6%;
leves: 23,8%),de
zacordo
com
Rezende
(1992). . â.Em
estudo realizadono
serviçode
Obstetríciada
EscolaPaulism az
Mzóicina,no
períodode 1979
a
1983, `obsmou-sz
mortalidade perinatalmaior
nos
partos vaginais, devidoa
,natimortalidade, e
em
78%
dos
casosde
DPP
foi realizadoo
partocesâreo. `
-
A
roturado
seio marginal estáfreqüentemente
associada
à
placenta prévia (Ferguson e Hattor, 1959),à
circunvalada(Pavoni, 1954) e
ao
descolamentoprematuro
da
placenta:normalmente
inserida.~__
Na
opinião _ _d_e__Eastman,
dois terços' das_A__hemorragias<_._,anteparto
não
podem
ser positivamente atribuídosà
PP
ou
ao DPP,
~o
motivados por
pequenos descolamentos
marginais.Para
Fish .(1960)
a
incidência desta patologia atinge40%
das
hemorragias.anteparto. .
_
_
Compondo
o elencodas
hemorragias
do 32
trimestretemos
a
rotura uterina,um
dos
maigkdmmâticos
acidentes obstétricose
de
grave prognósticomaternofetal.
Sua
ocorrênciavem
setomando
cada
vezmais
rara;com
Astedt (1967)encontrando
1:-4908 eEastman
(1956) 1:2000.Para
R.Benson
(1976) ocorrea
rotura uterina~7
A
multiparidadecomo
causa
predisponentede
rotura uterina avultaem
todasas
estatísticas. Pareceque
gestações,abortamentos
e partos sucessivos,mesmo
fisiológicos,condicionam
na
fibra
uterinamodificações
que
a
tomam
predispostaà
rotura;assim
como
as
infecções, osmiomas,
as
cicatrizes, circunstâncias freqüentesnas
multíparas. '_
'L
O
prognóstico fetalna
rotura uterina émuito
grave;há
mortalidade
de
50
a 70%.
Com
relação ao_ prognósticomaterno
as
estatísticas referem mortalidade entre10
e25%.
O
presente trabalhode
revisão visa avaliara
prevalência
das
principaiscausas
de
~hemorragia
no 32
-trimestre," umaanalisar
os
fatores predisponentesa
esta entidade e asconsequencias
mrznms
E
MÉ'ronos
Este estudo retrospectivo foi realizado
no
HospitalHomero
de
Miranda=Gomes,
Regionalde São
José (HRSJ),no
períodode
janeirode 1992
a
janeirode
1994,em
58
gestantesque
apresentavam
dados
clínicosde hemorragia
no 32
trimestregestacional. '
,
~ ~
A
pesquisa
foizlzbømdz
revendo-semâ
aos
livros
de
registroda
sala de'admissão
e, posteriormente, obtidosos
respectivos prontuários
preenchimento de
um
protocolopara
a
coletade
dados.'
Foram-analisados
dados
sobre~~acausada
-hemorragia,idade
da
paciente, paridade, idade gestacional, históriade
HAS
ou
trauma, recidiva
de DPP,
tabagismo, tipode
parto, mortalidade materno-fetal; sexo,apgar
epeso
do
recém-nascido.Em
muitos
casos, o diagnóstico clínico foi acrescidodo
ultrassonográfico,ou
atravésda
comprovação
pôs-parto.No
entantoem
alguns prontuáriosnos
baseamos apenas
em
dados
clínicos,ocorrendo'
muitas
vezes casosde
gestantesque permaneceram
.com odiagnóstico
de
sangramento
vaginalà
esclarecer (SVE),na
qualnão
seencontrava referência
à
uma
causa
definidapara
tal.- r
9
A
idade gestacional foi analisadade
acordocom
a
datada
últimamenstruação
e,em
alguns casos, peloexame
ultrassonogrâfico. Naqueles' casos
em
que
ambos
os dados
encontravam-se
nos
prontuários,descrevemos
o' valorda
idadegestacional através
da
ultrassonografia. "A
viade
parto foi divididaem
vaginal e cesárea.A
HAS
foi analisadacom
dados
da
históriada
pacienteou
atravésdos
niveis tensionais apresentados 'durantea
internação,sendo
considerados aqueles valores iguaisou
maiores
a
140/90
mmHg.
O
óbito fetalabrange
os casosde
natimortzalídade emortalidade neonatal. _
»
Devemos
ressaltar que,em
termos
genéricos, placenta préviaabrange
hoje todasas
inserçõesda
placentano
segmento
inferior
do
útero e, neste sentido, foiempregado
em
nosso
trabalho. (Rezende, 1992)RESULTADOS
Os
resultados,com
o objetivode
proporcionar idéiade
conjunto
de nossos
casos, estão expressosnumericamente nas
tabelas abaixo.A
~
'
Tabela 1: Óausasde == -zz =enton‹›39t1'imestmda;-
Caufiflfi
22
PP
%
20,7 _DPP
43,1`-V
SVE
36,2íbml-
` 100,0 sAMEHRsJ,.Jzm92-.Jzm94 'l`abela2:Idademaíerna. 1dfl<*°ÉÍÉÍ
SVE
›-A991-\U'||-A1-:Pc (anos)/
1 015 --20
À 8,320
-- 25*_ 8,3 ff/25,--30
2 41,7 ,ao--as
1^^‹1^^^ °~as
--40
3,3 25,0 ~,,,),¿W,JQ
40--45
8,3 ooâuwocúmfi, Á› 20,0 12,0 36,0 20,0 12,0 0,0 o-›0›~1-›o›¡'-ë ~ ` IÃ.O'%
14,3 19,0 33,3 14,3 19,0 0,0 T0181 12 100,025
100,0
21 100,0 AW”
”ld¿°sAMEHRsu,Jzm.92-J.m94
Tabala Paridade I
_
ParidadePP
DPP
SVE
%
16,7 16,7 16,7 16,7 33,3 -¡›1o1o1o1×>F°.Gesta
1 'Gesfa 2
Gesta
3
-Gesta
4
Gesta
›=5
'%
32,0 20,0 12,0 12,0 24,0 woomoofà 6 no-r›o=›o1¡'2,Ê
23,3 138,1 z 19,0 9,52
À 9,5 Total 12 100,025
100,0 21 ,100,0 SAMEHRSJ,Jan. 92~Jan.94Tabela 4: Idade z -tacional das › cientes.
Idade gestacional
PP
.DPP
SVE
›-› :Quiz IO °° 5,9' W ×1o o~o~o1-:› (semanas) até
28
29
--32
33
--36
37 ou mais
O\Fê
50,0 ,__%
010001»-f§,ä
.U1 3, cú ~ - 19,0 23,8 28,6 28,6 26,3 42,1 Total`
` ' 12 1oo,o 21 1oo,o 19 100,0 SAMEHRSJ,Jan.'92-Jan.94 TabelaHAS
5:
Hem
= ;z= s do 39 trimestne associadas à HAS.<áP›
Sim
Não
Em
sAME
Pmsú, Jazz. 92 _ Jan. 94°/O
n_
/0 Pna
%
o,o 109 40,0 2 9,5 90,5PP
›DPP
svE
2 0 0 2 , í12,1oo,o
15
50,0 19 121oo,o1oo,o1oo,o
12 Tàbcla 6: Peso dos recém-nascidos. _
_ _ ¬ Peso
PP
DPP*
. sv1:* (gy /0 ~ /O%
1000
--2000
2000
--2500
2500
--3000
3000--3500
3500--4000
›=4000
o0››-o~oz0Ê O owmflmwfl, OÉ
15,7 10,5 o,o 25,3 50,0 9 30,5 8,3 15,8 ~ 25,0 10,5 1 0,0 0,0 10-hO\C›)l\)(9 15,0 10,0 15,0 30,0 20,0 10,0 2Toml
'P 12 ,100,0 19 :100,020
100,0 SAMEI-lRSJ,Jan.92-Jan.94 *Fa1tamdadose1n6prontuà¡iosdeDPPeem lprontuáriodeSVETabela 7: A ;,;‹= dos recém-nascidos no 19 minuto.
Apgar
PP
HDPP
SVE
%`‹%
--õ
\|~|> ›-o 0) ~o<.~›ooE, PP oo ›-~t×>`O\% .4~.°°§ oo~o 25,0É
%
4,8 0,0 4,8=7
_ 75,0 01664,01
19 90,5 T0011912
100,025
100,0 21 100,0 'sAME
1-1125.1, Jan. 92 - Jazz. 94Tabela 8: A ;;›=- dos recém-nascidos no 59 minuto.
Apgar
-O
1 -- 3_4-- 6
7ou
mais
ooos .°.°.° OOO 1-O,<7\b .¬=~.°§ oobPP
DPP
SVE
°/0%
12, 100,0 18 72,020
OO*-'F3%
4,5 , 0,0 0,0 95,2 Ífotal "12
100,025
100,0 21100,0
Tabela 9' Sexo dos recém nascidos
šézó
I*'PPP
_
DPP*
svE*
1 8 "na
%
na
%
Mzscufinol
óó,7 17 70,3 11 55,0Fzmizúnø
3 33,37
29,2
9 45,0 -|>oÉ›P° É3 ._ ITotal 12 1oo,o 24-, 1oo,o
20
1oo,oSAME
HRSJ, Jan. 92 -Jan. 94*Nâooonstamdadoscm lprontuãriodeDPPeem lp:-ont`uâri0deSVE
Tabela 10: Ti de -›› .
Via
de
partoPP
ÍDPP
WSVE
%'
oo 0 o Vaginal -491% 4» U-Ú 58,3 ¬~z=à/
n.
/6 ,7 _ 16,0 13 61,92
1 84,08
38,1Cesârea
Total 12 100,025
100,0 21 100,0 sAMEHRsJ,Jzzz92-JzzL94 .Tabela 11: Óbito fetal.
ofà
o
"o “Ê no ~on 'cz~fè
-› "oo
Óbito fetal Ú
PP
DPP
. SVEA%
%
n%
Sim
Não
` 12 100,0 18, 72,020
95,2 Total 1_2_ 100,025
100,021
100,0 SAMEI-lRSJ,Jan.92-Jan.94DISCUSSÃO
Entre as principais
causas de
hemorragiasdo 32
trimestre observadas
em
nosso trabalho,encontramos maior
prevalência
do
DPP
(43,1%).A
PP
foiobservada
em
20,7%
dos
casos, e36,2%
permaneceram
sem
causa definida para
a
hemorragia.Em
análise comparativa,
nossos
resultados estão concordescom
Mauad
(1983),
que
observou
oDPP em
0,8%
dos
casos,enquanto
a
PP
foiencontrada
numa
incidênciade
0,6%
pe, contrários aosdados
de
Rezende
(1992),onde
a
incidênciade
PP
ê superiora
de DPP.
.Quanto
a
idade materna, foi observadoum
predomínio
de
acidentes hemorrâgícosdo
32
trimestrenas
pacientescom
idadeentre
25
e30
anos.Na
PP
a
ocorrênciados
casos foi nitidamentemaior
após
os25
anos de
idade, estando desta maneira,de
acordocom
Costa
e cols. (1987)que
observou
uma
incidênciade
0,35%
de
PP
abaixodos
21 anos de
idade,enquanto
na
faixa etáriaacima
dos
34
anos, tal cifi'aascendeu 3,58%.
Tem
tanta representaçãoa
idadeque nas
estatísticasdivulgadas
por'Eastman
eHellmann
(1966) sobrepujaa
paridade.As
mulheres
acima de
35
anos surgem
3,5 vezesmais
propensas
à
PP
que
as
abaixode
25
anos, independentedo
número
de
partos havidos. ¿`'
De
acordocom
a
literatura, êconhecida
a
influênciada
multíparídade
em
grande
partedos
casos de'PP
eDPP. Nosso
estudo,15
pacientes
que tinham
dois filhosou
mais.Segundo
Costa e cols.(1987),
41,8%
dos
casos
de
PP
são observadosem
grandes
multíparas.Hibbard
(1972, 1980) escreveque
na
PP
a
paridadegrande
é fatoróbvio e o
processamento
da
nidificaçãofica
afetado pelo endométrio doente; se osegmento
superior está lesado, infectadoou
pobremente
vascularizado,o
ovo se implantapróximo ao
istmo eao
procurarzonas
sadias,
a
placenta se desenvolveno
rumo
das
porções inferiores.A
nossa
incidênciade
PP
após
a 332 semana
de
gestação foi
de 58,3%,
enquanto
a
encontradapor
Maciel e Viggiano(1983) foi
de
60,4%.
Para
Foote e Fraser (1969),79%
dos
casosde
PP
ocorreram
após
32
semanas
de
gestação.Em
relaçãoao DPP, nosso
estudodemonstrou
que
57%
dos
casosocorreram após
a
332:semana.
Naye
e cols. (1977)mostraram
maior
ocorrência desta patologia entre20
e28
semanas
eapós
a 372
semana.
''
Notamos
maior
número
de
recém-nascidosdo
sexoNm.
0,43/§z‹zu/›¿Ízz<2> .masculino
em
todas
'ascausas de hemorragia
do 32
trimestreobservadas
em
nosso
trabalho.Hibbard
(1962, 1980) e.Rhodes
(1965)chamaram a
atenção para
o predomínio insõlitodo
sexomasculino
(120:100)
nos
recém-nascidosde mulheres
com
PP;apresentando
concordância
com
a
nossa
casuísticaque
revelou66,6%
de
recém-nascidos
do
sexomasculino
em
PP. .Um
dos
fatoresque
contribuem_para
cncorparas
de
mortalidade perinatal ê o pesodo
neonato.De
acordocom
estudos sobrePP
realizadospor
Mauad
e cols. (1983) eCosta
e cols. (1987) 'foram encontrados40,5%
e40%,
respectivamente,de
recém-nascidos
com
peso
.inferiora
2500
g
(baixo peso); divergindode
nossa
casuísticaque
foide
.16,7%
É~
As
pacientescom
PP
têm
16
inadequadas
condiçõespara
o desenvolvimentoda
placenta eda
perfusão
sangüínea
insuficiente(Chapman
e cols., 1979).H
Segundo
Nardozza
e cols. (1991)em
estudo realizadona
Escola Paulistade
Medicinanum
periodode 10
anos,hà
maior
incidênciade
pequenos
para
a
idade gestacional (26,5%)em
infantesoriundos
de DPP. Nossos
resultadosapontam
36,7%
de recém- nascidoscom
baixopeso
em
DPP.
'»
Em
relação ao :índicede apgar
no
12 e52
minutos,chamou-nos
a
atenção o elevadonúmero
de
recêm-nascidoscom
apgarmaior
ou
iguala
7
nos
casosde DPP; demonstrando, que
apesarda
gravidade desta patologia,houve predomínio do
recém-nascido vigoroso.Com
referênciaao
modo
de
resoluçãodos
casosapreciados,
foram submetidos
à
cesâreasegmentar
58,3%
dos
casosde
'
P; contrariando os
dados
relatadosem
trabalhode
conclusãode
cursoealizado
na
Universidade Federalde Santa
Catarinano
ano de
1980,em
que
a
cesárea foiadotada
em 100%
dos
casosde
PP.Segundo
.Costa e cols. (1987)
a
incidência.de
cesáreaem
PP
foide
72%.
A
via altatambém
foia
mais
empregada
nos
casosde
DPP
estudados
porMauad
e cols. (1983) eNardozza
e cols. (1991)com
incidências
de
60,5%
e78%,
respectivamente; estandode
acordocom
nossos
resultados, «quedemonstram
uma
incidênciade 84%` de
cesâreas
emiDPP.
.xr
9”
Amortalidade
perinatalêíe-lš a
20%
(10 vezesmaior
do que
em
gestações normais)nos
casosde
PP,segundo
Burrow
(1982);
enquanto
em
nossos
resultadosa
incidência foide
0%
de
óbitos fetais.Às
principaiscausas de
mortalidade perinatalna PP
estãona
17
asfixia intra-uterina,
na
prematuridade,nas anomalias
congênitas enos
tocotraumatismos (Rezende, 1992). '_ -
`
No
DPP,
a
mortalidadematerna
variade
0%
a
3%
dos
casos (Kotsala, 1958;
Cavanagh
e cols., 1978).'ea
mortalidade perinatalé
de
15a
25%
(Karegard e Gannser, 1986).Nossos
resultadosapontam
28%
de
óbitos fetaisnos
casosde DPP.
Quase
todosos
fatoresque
agravam
o prognósticomatemo, como
os antecedentes toxêmicos, osdistúrbios
de hemocoagulaçâo
e o estado de -choque,agem
no
mesmo
sentido
em
relaçãoà
mortalidade perinatalno
DPP.
Soma-se
aqui,porém,
fatormuito
importante,a
prematuridade.Não
houve
casosde
mortalidadematema
nos 58
casosabordados
neste estudo.Devemos
salientarque
osdados de
tabagismo, históriade
trauma ou
esforço fisico e recidivade
DPP
que
possam
interessar aotema
por nós
enfocado,não
foram
encontradosanotados
em
grande
partedos
prontuários revisados, impossibilitando-nosde
tirarconclusões
ou
efetuarcomparações
estatísticas.CONCLUSÕES
1.
O
DPP
foia
causa
mais
freqüente entre ashemorragias do
39. trimestre. .2.
Os
casosde
PP
ocorreram principalmenteem
pacientes
com
idade superioraos
25
anos.3.
A
HAS
esteve associada aoDPP em
40%
dos
casos enão
foiobservada
nos
casosde
PP. .dos
casos.4.
O
número
de
óbitos fetais foimais
freqüenteno
DPP.
5.A
operação cesariana foia
viade
eleiçãona
maioria¡ms'rRAc'r
A
retrospective studywas
carriedon 58
cases of thirdtrimester
hemorrhage
that occurred at the HospitalHomero
de Miranda
Gomes
(Regionalde
São
José), during the period from January,1992
toJanuary, 1994. Distribution
was
described according tomaternal
age,gestacional age,
number
of gestafions, .hipertensíve history,method
of delivery, sexand
conditions of fetal vitality,maternal
and
fetal mortality index. _ - i _ ' i _ 'The
most' frequentcause
was
abruptio placentae withan
incidence of43,1%.
The
placenta previawas
found
in20,7%
of cases.The
hipertansive stateswere
associated toabmptio
placentae in40%
of casesand
were
not present in cases of placenta previa.No
maternal
death occurredand
the rate of fetal martality reached-32,8%.
The
main
,method of deliverywas
oesarean section in84%
of abruptio placentaeand
58,3%
of placenta previa.nzrmnfincms
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no
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óoooolomonzo
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41 _ `.TCC
UFSCTO
0015 Ex.l N-Charm TCC UFSC TO 0015Autor: Alexandre, Simone .
Título: I-Iemorragias do terceiro trimestr
972813049 '
Az. 254161
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