(CCC 1192
CRYSTIAN
JOSUÉ
TIIOLL
EXPERIÊNCIA
INICIAL
COM
PRÓTESE
VALVAR
DE
DUPLO
EOLIIETQ
MQDELO
TRI
®
~Trabalho apresentado à Universidade
. Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de
Graduação
em
Medicina.ELQRIANÓPQLIS
CRYSTIAN
JOSUÉ
THOLL
EXPERIÊNCIA
INICIAL
COM
PRÓTESE
VALVAR
DE
DUPLO FOLHETO
MODELO
TRI
®
Trabalho apresentado à Universidade '
Federal de Santa Catarina, para a conclusão
no
Curso deGraduação
em
Medicina.PRESIDENTE
DO
COLEGIADO:
Prof.EDSON
JOSÉ
CARDOSO
ORIENTADORz
Prof.JAURO
COLLAÇO
'
OO-ORIENTAI)ORz
Prof.AMÃNDIO
RAMPINELLI
~
FLORIANÓPOLIS
eo
Tholl, Crystian Josué. Experiência inicia/ com prótese valvar de duplo folheto mo- dela 7R1@. Florianópolis, 1998.
42p
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina. - Universidade Fe-
deral de Santa Catarina.
l..PrÓtese valvar cardíaca 2.PrÓtese valvar TRI® 3.Cirurgia cardíaca 4.Cirurgia de troca valvar
EPÍGRAFE
~“Apesar
de otempo
e de a verdadeserem
distintosum
do
outro,mantêm
um
ponto de contato.É
que
a descobertada
verdade se faz degrau por degrau e,subir os degraus
da
verdade, significacaminhar
no
tempo. Assim,o
tempo
passaà proporção
que
a verdade vaidando
plenitude à nossa vida.”A
DEUS
pela criação demeu
espírito,meus
paisFRANCISCO
THOLL
(inmemoriam)
eDALMA
MARIA
ZIMMERMANI\I
THOLL
por teremdado
uma
casa ao
meu
espírito, pela vida e ensinamentos.A
ADRIANA
DUTRA
THOLL,
minha
esposa, pela compreensão, apoio eAGRADECIMENTOS
Aos
ilustres cirurgiõesJAURO
COLLAÇO,
AMANDIO
RAIVIPINELLI
eLOURIVAL
BONATELLI
FILHO,
hábeisem
suas profissões, quemuito
bem me
acolheram
desde O primeiro diaem
que
fomos
apresentados, estiveram aomeu
lado nesta caminhada,
sempre
me
impulsionando
para ocaminho
corretoquando
desteme
distanciava.'
A0
amigo, Pfofêssor Dr.ARMANDO
JOSE
d°AcÁ1\/IPORA,
pm
terdespertado
em
mim
o espírito cientifico, a necessidade contínua doaprimoramento
intelectual, através
do
exercícioda
dúvida,sendo sempre
aqueleamigo
de
todas ashoras.
Ao
professor Dr.NEWTON
MARQUES
DA
SILVA,
exemplo
deformação
ética e profissional, pelo apoio ao longo de
minha
vida acadêmica.Ao
meu
amigo
e colega deCurso
RODRIGO CLASEN
MORITZ,
que
em
todos os
momentos
esteve presente,sempre
com
disposição,sem
medir
esforços para cumprircom
nossoscompromissos no
Internato.Ao
colegaROBSON ALEXANDRE
VIEIRA
DE
SOUZA,
pelo apoio dado,pelas horas de auxílio
na
confecção deste Trabalho.Aos
companheiros
deCurso
ALEXANDRE
KLEIN,
CYNTHIA
GOLDIBERG,
DIANA
OLIVEIRA,
EMERSON
DA
SILVEIRA,
FABIO
BERNARDES, FABIO
ZANINI,
GIOVANIO
SILVA,
HUMBERTO
SILVA,
MARCOS
DIAS,
RAFAEL
CAMPOS
eTÂNIA
MAZZUCO,
que
em
todos osmomentos
desta nossacaminhada
inicial de 6 anos se portaram deforma
ímpar,Sempre
auxiliando edemonstrando-se amigos.
, _
ARQUIVO
MEDICO
eASSISTÊNCIA
SOCIAL
do
Hospital Regionalde
São
José
~
Homero
deMiranda
Gomes
pela possibilidadeda
realização esempre
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO
... ... ..07
2.OBJETIVO
... 11 3.MÉTODO
... _. 123.1.1>ÃCIENTES
... _. 12 3.2.AMBIENTE
... ._ 12 3.3.GRUPOS
DE
PACIENTES
... .. 12 3.4.PROCEDIMENTO
ÃNESTESICO
... .. 13 3.5.PROCEDIMENTO OPERÃTÓRIO
... .. 133.5.1.
Posicionamento
do
paciente, Antissepsia eColocação
decampos
13 3.5.2.Toracotomia
... ... .. 143.5.3. Anticoagulação e Neutralização
da
anticoagulação ... .. 163.5.4.
Tubos
conectores,Canulação
e Retirada das cânulas ... .. 163.5.5. Solução cardioplégica ... ._ 17 3.5.6.
Troca
valvar .... ... .. 17 3.5.7.Pós
operatório ... .. 18 3.6.COLETA
DE
DADOS
... .. 18 3.7.ANÁLISE
ESTATÍSTICA
... .. 13 4.RESULTADOS
... .. 1.9 5.DISCUSSÃO
... ..29
ó.CONCLUSÃO
... ..33
7.REFERENCIA
... ..34
NORMAS'
ADOTADAS
... ..37
RESUMO
... _.38
SUMMÃRY
... ..39
APÊNDICE
... ..40
1.
INTRODUÇAO
A
cirurgiano
coraçãohumano
é algo realmentenovo
na
Medicina, 'pois teveseu início
no
começo
deste século atravésda
tentativa de desobstrução de valvas estenosadas".Assim,
foiuma
conquista lenta e gradualdevido
à impossibilidade,na
época, de interromper adinâmica do
coração.Há
100 anos,SUMWAIS
25,em
1898, sugeriu a secção deuma
valvamitral
estenosada e
somente
15 anos apósque
TUFFIER
2°,em
1913, realizou dilatação digitalda
valva aórticaem
um
homem
com
estenose severa damesma.
Já aabordagem
da valva mitral só veio a acontecerem
1925,quando
SOUTTAR
24realizou a primeira dilatação de valva mitral
com
a introduçãodo dedo
indicador atravésda
auricula esquerdaem uma
mulher
de 19 anos.A
primeira prótese cardíaca datade
1952,quando
HUFNAGEL'2
implantouuma
próteseem
bolana
aorta descendente deum
pacientecom
insuficiência aórtica severa 2._
O
grandemarco na
cirurgia cardíaca sedeu
em
1953 quando
GIBBON“
desenvolveu a circulação extra corpórea
com
oxigenador, possibilitando assimo
acesso direito às cavidades cardíacas. '
Em
1960,STARR
&
EDWARDS
22realizaram a primeira substituição de
uma
valva natural poruma
prótese, implantandouma
prótesede
bolaem
posição mitral.Com
este acontecimento, a utilização de prótesesmecânicas
foicada vez
maior, surgindo outros
modelos
denprótesescomo
válvulasem
disco,em
duas cúspides, de oclusores planos, entre outros.Porém,
estes tipos valvares aindaapresentavam
problemas,como
trombose, hemólise e infecções, (etc).Detenninando
assim a necessidadeda
criação de08
Porém,
estes tipos valvares aindaapresentavam
problemas,como
trombose, hemólise e infecções, (etc).Detemiinando
assim a necessidadeda
criação denovas
prótesescom
outro material,que
apresentassem complicaçõesmenores
do
que
as das valvas já existentes. .Desta necessidade então, surgiram as biopróteses,
que poderiam
ser devalvas naturais
ou
de tecidos biológicos ".BINET
et al 2,em
1965
utilizaramuma
prótese porcinaem
posiçãoaórtica e
SENNING
22,no ano
seguinte utilizoucomo
material para aprótese, a fascia lata
do
próprio paciente, jáPUIG
et al 22,em
1970
utilizaram duramáter
humana
tratada
com
glicerol para confecçãoda
prótese.Í
A
grande utilização de valvas heterólogascomeçou
a partirdo final da
década
de 60,com
o
trabalho deCARPENTIER
et al 6,quando
sepassou
a utilizar glutaraldeídoem
baixa concentraçãona
preservação dos tecidos.As
valvascom
duplo folheto ecom-
disco basculante sócomeçaram
a
ser utilizadasno
finalda década
de 70,como
as dos tipo Medtronic-Hall e Björk- Shiley.A
evolução desde os padrões iniciais das próteses valvares é crescente acada
dia, aliada à
preocupação
desempre
produzirnovas
prótesesque tragam o
mínimo
de prejuízos para o paciente, aliado ainda à melhoriada
tecnica cirúrgica, circulação extracorpórea, oxigenadores e proteção miocárdicafazem
com
que
neste curto espaço detempo
em
que
a cirurgia cardíaca sedesenvolveu
dê aos -pacientes
uma
boa
qualidade de vida,com
um
pós operatório tranqüilo euma
longa durabilidade das próteses.Buscou-se na
literatura, obter informações sobreo
contexto atualda
utilização de prótese, observado
que
apesardo
grandeavanço
de nossas válvulas, ainda estamosmuito
longedo
modelo
valva artificial ideal909
Não
ser trombogênica, ter baixo perfil,boa
durabilidade,não
apresentarperda de carga através da prótese,
não
ter refluxo,não
ser hemolisante.Visto
que
até omomento
aindanão
existeuma
prótese valvarmecânica não
trombogênica, o efeito
trombogênico
éuma
grandepreocupação
risco deprodução
detrombos
com
liberaçãomais
tardiamente deêmbolos
sistêmicos(1/3 dos
êmbolos
responsáveis por acidentes vasculares encefálicosisquêmicos
têm
como
origem
o coração), o índicede
eventostromboembólicos
em
pacientescom
anticoagulaçãoadequada chega
a valores de l a3%
porano
para prótesesaórticas e 3 a
5%
para próteses mitrais *~ ”~ '°~ “*~ 2°f 2”.Em
pacientesque
apresentam recorrência de episódiostromboembólicos,
mesmo
com
terapia anticoagulante adequada, observa-seque
só ocorremelhora
dos eventos
tromboembólicos
quando
a prótesemecânica
é substituídapor
uma
bioprótese,
como
porexemplo
uma
valva porcina 4.l
Com
isso faz-se necessário instalar-se terapia anticoagulantecom
warfarinasódica
(MAREVAN
®
), gerahnenteno
segundo
ou
terceiro dia após a cirurgia,ajustando-se a dose para
que
se tenhao
valordo
tempo
deprotrombina
1,5 vezeso valor
normal
para o paciente 2°~2'. lProblemas
relacionados a antigoagulaçãotêm
sua freqüênciaem
tomo
de1%,
geralmente relacionados asangramentos
como
estomatorragia e hematúria, solucionadoscom
o ajusteda
dosedo
anticoagulante X» 2°» “_ ›A
hemólise e observadaem
pacientesque receberam
próteses cardíacasmecânicas, geralmente é de
pequeno
graunão
apresentando sintomas e e' devidoao estresse
mecânico maciço
com
que
ashemácias
são submetidas, turbulência,zonas de alta e baixa velocidade de
fluxo
echoque mecânico
entre os elementos sangüíneos 9* “f 18.Com
respeito a durabilidadeda
prótese, é observado a superior vida útil daspróteses
mecânicas
quando comparadas
com
as biopróteses,podendo
inclusive10
Observa-se
que
a presença de outras doenças associadasaumentam
amorbidade
dos pacientes submetidos a troca valvar,como
doença
coronariana,diabetes mellitus, infecção, principalmente 1~°~ *°~ ”~ “Í `
A
endocarditeem
próteses valvares é outracomplicação
que .passível deocorrer e
que
quando
esta presente (tantoprecocemente
quanto tardiamente, a incidência e' inferior a1%), o tratamento geralmente é a reoperação
com
a trocada valva, pois pé
uma
entidade de dificil tratamento vistoque
neste caso, osmicrorganismos
envolvidos são diferentes das espéciesque
geralmentecausam
endocardite
em
valvas nativas,além do
fato destes outrosmicrorganismos
serem
antibiótico-resistentes 8.
_
O
refluxo que
as valvasmecânicas apresentam
sedeve que
ofechamento do
disco é devido afluxo
retrógradoque quando
éda
ordem
de até5%
não
compromete
a eficáciada
valva ".A
prótesemecânica
valvar cardíacamodelo
TRI
®
(Labcor Ltda,Belo
Horizonte, M.G.),motivo
de nosso estudo éuma
primeira prótesemecânica
valvar fabricadano
Brasil, tendo início de sua utilizaçãoem
1995, pois atéentão todas as próteses
mecânicas
utilizadasem
nosso Paíseram
importadas. iEla é caracterizada por ter duplo folheto de configuração semilunar e ter baixo perfil.
Os
folhetos são acondicionadosem
um
anel rígido de titânioque
permite a rotação
da
valva dentrodo
referido anel paraque
se tenhauma
boa
orientação
da
prótesena
sua implantação e reduzir as deformidades e escapes.Os
discosda
valva são de carbono pirolítico,que
tem
como
característicadiminuir os efeitos
trombogênicos
e adesãode
tecidos.Estas características
fazem
com
que semelhore
o fluxo sangüíneo e sereduza
a turbulência,aumentando
assim a vida útilda
prótese.Em
nosso estudo realizamos oacompanhamento
dos pacientessubmetidos
a troca valvar eque receberam
a prótesemodelo
TRI
®no
período entre janeirode
2.
OBJETIVO
3.
MÉTODO
3.1.
PACIENTES
Foi realizado estudo retrospectivo longitudinal descritivo e
seguimento de
morbi-mortalidade
em
36
pacientes, oriundosdo
estado de Santa Catarina,que
foram
submetidos a ato cirúrgico de troca valvar eque receberam 44
próteses valvares cardíacas, implantadas entre janeiro de1996
a fevereiro de 1998.Os
pacientesforam
distribuídos por sexo,sendo
21do
sexo feminino e '15do
sexo masculino,
com
idade variando entre20
a 65 anos, independenteda
etiologia existente.
Foi objeto de estudo, os pacientes
que
estavam
na
primeiraou segunda
trocavalvar, e excluídos aqueles
que
seencontravam na
terceiraou
quarta cirurgias para troca valvar, devidoo
estágioavançado da doença
cardiovascularpor
elesapresentada. -
3.2.
AMBIENTE
Os
pacientesforam
submetidos aprocedimento
cirúrgico de troca valvar,no
centro cirúrgico
do
Instituto de Cardiologia de Santa Catarina(INCA)
localizadono
Hospital Regional deSão
José- Homero
deMiranda
Gomes
(HRSJ-HMG).
3.3.
GRUPOS
DE
PACIENTES
Os
pacientes forarn distribuídosem
3 subgrupos, de acordocom
a classificaçãodo procedimento
cirúrgico realizado, assim distribuídos:O
primeirosubgmpo
de pacientes (n=
9),denominado
Ao,
foicomposto
por
13
O
segundo subgrupo
de pacientes (n=
19),denominado
Mi,composto
por
pacientes
que
foram
submetidos a implante único de prótese mitral.O
terceirosubgrupo
de pacientes (n«= 8),denominado MiAo, composto
por
pacientes
que foram
submetidos a implante duplo mitro-aórtico.3.4.
1>RocED1M1‹:NTo
ANEsTÉs1co
No
preparo pré anestésico dos pacientes, foi utilizado diazepan (10 al5mg),
administrado por via oral,na
noite anterior a cirurgia e duas horas antesda
mesma.
-Para a indução anestésica,
com
o
pacienterecebendo
oxigênio a100%
viamáscara
inalatória administrou-sebrometo
de pancurônio (1 a2mg),
viaendovenosa, seguido de citrato de fentanila (20
a 50
ug/Kg),por
viaendovenosa,
midazolan
(0,15mg/Kg),
por viaendovenosa
e finalizandocom
brometo
de pancurônio( 0,1 a 0,15mg/Kg),
por via endovenosa.Terminado
a indução anestésica, os pacienteseram
submetidos a intubaçãooro-traqueal utilizando cânula de
tamanho
adequado
ao paciente e anestesiageral inalatória
com
isoflurano e propofol (3a
7 mg/Kg/hora), viaendovenosa
em
infusão continua e assistência ventilatória.3.5.
PROCEDIMENTO
OPERATÓRIO
3.5.1.
Posicionamento
do
paciente, Antissepsia eColocação dos
campos
Após
a indução anestésica esondagem
vesical, os pacientesforam
posicionados
em
decúbito dorsal horizontal sobre amesa
cirúrgica,em
seguidaera colocado
um
coxim
(decampo
enrolado) sobo
plano das escápulas paraelevar o terço superior
do
tórax e retificar o planodo
estemo, osmembros
superiores
ficavam
dispostos paralelamente ao corpo.A
placado
bisturi eletrico era posicionada sob a panturrilha direita.14
A
seguir realizava-se antissepsia das regiões da mandíbula, queixo,membros
superiores, tórax,abdômen,
membros
inferiores e por fim os genitais,com
uma
compressa
grandeembebida
com
degemiante
iodado.O
degennante
eraremovido
com
outracompressa
e aplicado solução de iodopovidona
tópico(2%)
em
toda a áreadegennada
previamente.Inicialmente os primeiros
campos
cobriam
o planodo
umbigo
e genitais, aseguir, cobria-se os
membros
inferiores até o terço superior das coxas, outrosdois
campos
eram
estendidos longitudinalmente sobre a região medialdo
tóraxaté as coxas e por último, dois
campos
localizadosna
cabeceirada
mesa
até os suportes extemos, cobrindo a face do paciente.As
bordas doscampos
eram fixadas
à pele pormeio
de pontos separadosde
algodão 2 zeros aplicados
em
cada ângulo,também
fixando-se
os cabosdo
bisturi elétrico, aspirador externo e pás
do
desfibrilador.Finalizando, utilizava-se para cobrir o
campo
operatóriodo
tóraxdo
paciente,
campo
cirúrgico adesivo, de poliéstercom
iodo forado. 3.5.2.Toracotomia
Realizou-se
uma
incisãona
linha médio-esternal,aproximadamente
a lcentímetro
acima do
planoda
fúrcula estemal, estendendo-se cercade
6centímetros abaixo
do
apêndice xifóide, atingindo os planos da pele e tecidocelular subcutâneo
com
bisturi convencionalcom
lâminanúmero
21,sendo
realizada a hemostasiacom
bisturi elétrico concomitantemente.Nas
camadas
muscular
e periósteo foi utilizadoo
bisturi elétrico, continuando-seaproximadamente
5 centímetrosno
sentido caudal pela linhamédia
da
aponeurose
do
músculo
reto abdominal.O
plano para a divisão estemal eramarcado
com
o eletrocautériono
periósteo estemal.
Em
seguida, 0 anestesiologistadesconectava
temporiariamente ospulmões do
circuito ventilatório para evitar a abertura dasl5
O
estemo
era Serrado através de serra elétricano
sentido caudocranial, nas reoperações procedia-se a aberturado
estemo,com
cautela, devido a aderênciado
ventrículo direito, evitando-se assim a sua laceração, e ospulmões eram
imediatamente reconectados ao ventilador tão logo o
estemo
fosse .serrado.Os
vasos
do
periósteo estemaleram
cauterizados e aplicava-se sobre aporção
medular do estemo
cera de osso.Era
utilizado a seguir, afastador auto-estático (Finochetto)menor,
entre as bordasdo
estemo, gradualmente aberto pelo cirurgião, àmedida
que o
tecidoareolar frouxo
do
mediastino anterior erasubmetido
a divulsãoromba
e seccionadocom
bisturi elétrico, ampliada a abertura, o afastadorde
Finochetto era trocado porum
maior,do
tipoAnkeney,
gradualmente aberto até a exposiçãodo
pericárdio.O
pericárdio parietal era pinçado e seccionadoem
sua extensão longitudinal,desde
areflexão
aórtica (tendo-se o cuidado denão
lesar a veiainominada)
até areflexão
diafragmática e a seguirampliada
paraambos
os lados sobreo
diafragma,no
plano entreo
tecido areolar e o músculo.Após
nova
revisãoda
hemostasia, colocação de dreno multiperfurado tubular(polivinil) de tórax
número
30
em
posição mediana, para adrenagem
da
cavidade pericárdica, procedeu-se o
fechamento do
tórax, optando-se pelatécnica de deixar aberto
o
pericárdio (evitarcompressão da
via de saídado
ventrículo direito).Passa-se então a colocação de
fios
de açonúmero
O5no
estemo, variando entre os pacientes, de 6à
8 fios, a seguir,fechamento da
camada
muscular
com
fio poliéster trançado 2 zerosem
pontos separados, o subcutâneo erafechado
em
sutura contínuacom
fio
absorvívelde
colágeno biológico 4 zeros e a pele erafechada
com
fio denylon
monofilamentado
4
zeroscom
suturaem
pontosló
Na
cicatriz cirúrgica era aplicado solução de iodopovidona
tópico(2%)
erecoberta
com
gaze estéril,sendo
fixada a pele por esparadrapo hipoalergênico.3.5.3.
Anticoagulação
eNeutralização
da
anticoagulaçãoOs
pacientesforam
anticoaguladoscom
heparina sódicaendovenosa na dose
de
5mg/Kg
de peso logo após o ténninoda
aberturado
pericárdio e revisãoda
hemostasia,o
ajusteda
dose da heparina era realizado atravésda
mensuração
do
tempo
de coagulação ativada(TCA)
acada 20
minutos,sendo
estemantido
em
valores superiores a
350
segundos.A
neutralizaçãoda
anticoagulação foi realizada através da infusão de sulfato de protamina,na
dose delmg
de sulfato de protamina para cada100
unidadesde heparina utilizada, e ajuste das doses
conforme
controledo
TCA.
3.5.4.
Tubos
conectores,Canulação
eRetirada
da cânulas
Os
tubos conectores estéreis, passadosdo
campo
cirúrgico para amáquina
de circulação extracorpórea, utilizados para a
conecção do
paciente ãmáquina
de circulação extracorpórea
eram
confeccionados de policloreto de vinila(PVC),
e consistiamem
tubo arterial, tubo venoso, três tubos aspiradores e tubo parainfusão de solução cardioplégica, todos dispostos
com
uma
extremidadeno
campo
operatório e a outra extremidade conectada àmáquina
de
circulação extracorpórea.Para a derivação
da
circulação procedia-se a canulação das vias arterial e venosa.A
via arterial poderia ser de duas formas, a primeira era a canulaçãoda
aorta ascendente
com
suturaem
bolsa utilizandofio
polipropileno 3 zeros,em
re-operações e
em
situações especiaiscomo
alteraçãoda
parededa
aorta ascendente, procedia-se a dissecçãoda
artéria femoral esquerdacom
aberturatransversal
da
mesma
e fixaçãoda
cânulacom
tomiquete de fita cardíaca.A
viavenosa
por canulação das veias cavas, atravésdo
átrio direito el7
Para a infusão
da
solução cardioplegica,em
cirurgias de troca valvar mitral,procedia-se a
punção da
aorta ascendentecom
agulhanúmero
14 G,sendo
fixada a
mesma com
suturaem
bolsacom
fio polipropileno 3 zeros e nas trocas. valvares aórticas, a infusãoda
solução cardioplegica foi realizadacom
aintrodução direta
com
cânulas metálicas para coronarias,no
óstio das artériascoronárias direita e esquerda.
ç
Após
a canulação procedia-se o resfriamentodo
coraçãocom
colocaçãode
gelo (soro fisiológico0,9%
congelado) triturado envolvidoem
compressas
~
cirúrgicas sobre o coraçao.
As
cânulasforam
retiradas após ofechamento
dos acessos valvares (aorta eátrio esquerdo),
desclampeamento da
aorta, retirada de compressas cirúrgicascom
gelo, estabelecimento de cardioversão elétricado
coraçãocom
cargade
20
Joules para oretomo
dos batimentos cardíacos e revisãoda
hemostasia,sendo
constituído por retirada
da
cânula e ligadurada
suturaem
bolsa realizada,na
artéria femoral era realizado o seu
fechamento
através de sutura contínuacom
ño
polipropileno 6 zeros.3.5.5.
Solução
cardioplégicaA
solução cardioplégica eraempregada
na
dose delml
paracada
l0Kg
de pesodo
paciente,sendo
amesma
constituída por sangue resfriado e potássiona
dose de 15
mEq
para cada litro de solução cardioplégica.5
3.5.6.
Troca
valvar
Uma
vez estabelecido a conecção ao circuito extracorpóreo iniciava-se acirculação extracorpórea
com
produção
de hipotermiamoderada
(28°C) eclampeamento da
aorta,com
infusão de solução cardioplégica,determinando a
parada dos batimentos cardíacos. `
Para as cirurgias de troca valvar aórtica, procedia-se a abertura transversal
da
l8i
Sendo
ressecada e implantada a próteseTRF”
aórticado
tamanho
adequado
ao
medidor
utilizado, sua fixação era procedidacom
suturaem
pontos separadoscom
fio poliéstermultiñlamentado
2 zeros,com
Teflon®,
tendo-sesempre
tocuidado de observar durante a sutura a pen/iedade dos óstios coronários.
O
fechamento da
aorta era realizadocom
sutura contínuaem
dois planoscom
fiopolipropileno 4 zeros.
Na
troca valvar mitral, o átrio esquerdo era aberto longitudinalmenteem
suaextensão,
com
visão diretada
valva mitral, que era ressecada e implantada aprótese
TRI®
mitraldo
tamanho
adequado
aomedidor
utilizado, suafixação
eraprocedida
com
suturaem
pontos separadoscom
fio poliéstermultifilamentado
trançado 2 zeros,
com
Teflon®.
O
fechamento do
átrio esquerdo era realizadocom
sutura continuaem
dois planoscom
fio
poliéstermultifilamentado
2 zeros.3.5.7.
Pós
operatórioTodos
os pacientes submetidos a troca valvareram
levados até àUnidade
depós-operatório de cirurgia cardíaca
do
INCA
para cuidados intensivos e controleda
evolu ão ›P
ennanecendo
em
média
or uarenta e oito horas _3.6.
COLETA
DE
DADOS
Os
dadosforam
obtidospor
protocolo elaborado pelo Serviçodo
CirurgiaCardiovascular
do
INCA,
(apêndice 1), dispostosem
tabelas e figuras. VO
seguimento variou de 6 a 31 meses, os dadosforam
coletados de duas formas distintas.A
primeira, através de consulta a prontuáriosmédicos do
Serviço de
Arquivo
Médico
do
HRS]-HMG.
A
Segunda, atravésde
obtenção das informações por contato telefônicodo
pesquisadorcom
o
paciente.3.7.
ANÁLISE
ESTATÍSTICA
A
análise estatísticaempregada,
visto as características deste trabalho foi a4.
RESULTADQS
Num
total de36
pacientes,observamos
as seguintes característicaspor
subgrupo.
No
subgmpo
dos pacientesque receberam
implante exclusivo de próteseaórtica (Ao), tivemos 9 pacientes,
sendo
6do
sexomasculino (66,6%)
e 3do
sexo feminino (33,3%).
Quanto
a cirurgia valvar prévia,4
pacientes(44,4%)
estavam
em
sua primeira cirurgia e 5 pacientesestavam na segunda
cirurgia(55,5%).
Com
relação a doenças associadas tivemos 1 paciente(ll,l%) que
apresentava insuficiência coronariana (ICo), 1 paciente
(ll,l%)
com
fibrilaçãoatrial(FA), 2 pacientes (22,2%)
com
bloqueio deramo
(BR)
ecom
outrasdoenças 3 pacientes (33,3%). Existiram' pacientes
que apresentavam mais de
uma
das doenças prévias citadas anteriormente. (Tabela I)TABELA
1_
CARACTERÍSTICAS
Dos
PACIENTES
QUE
C
RECEBERAM
IMPLANTE ÚNICO DE
PRÓTESE
vALvAR
MoDELo
TR1®
EM
1>oS1ÇÃo
AÓRTICA.
3Número
de Pacientes%
Pacientes 9 25 Masculino - Feminino 1” Troca valvar 2” Troca valvar ICoDM
DBPOC
AVC-
FA
BR
Outras doenças 6 L,›¡\)._.QQQ›-«U1-£>u› 66,6 33,3 44,4 55,5 ll,1 O O 0 ll,l 22,2 33,320`
No
subgrupo
dos pacientesque receberam
implante exclusivode
prótesemitral (Mi), tivemos l9 pacientes,
sendo
5do
sexomasculino (26,3%)
e 14do
sexo feminino (73,6%).Quanto
cimrgia valvar prévia, 10 pacientes(52,6%)
estavam
em
sua primeira cimrgia e 9_pacientes(47,3%) estavam
na
segunda
cirurgia.
Com
relação a doenças .associadas tivemos 2 pacientes(l0,5%) que
apresentavam insuficiência coronariana (ICo), 2 pacientes (l0,5%)com
diabetesmellitus
(DM),
l paciente (5,2%)com
doença broncopulmonar
obstrutivacrônica
(DBPOC),
3 pacientes(15,7%)
com
acidente vascular cerebral(AVC),
7 pacientes (36,8%)com
fibrilação atrial (FA), 2 pacientes (lO,5%)com
bloqueiode
ramo
BR
e 6 pacientescom
outrasdoenças
prévias (3l,5%). Existirampacientes
que apresentavam mais
deuma
das doenças prévias citadasanteriormente. (Tabela II)
TABELA
[I-
CARACTERÍSTICAS
DOS
PACIENTES
QUE
RECEBERAM
IMPLANTE
ÚNICO
DE PRÓTESE
VALVAR
MODELO
TRI®
EM
POSIÇÃO MITRAL.
.
Número
de Pacientes%
u Pacientes Masculino Feminino 1” Troca valvar 2” Troca valvar ICODM
DBPOC
AVC
FA
BR
Outras doenças 19 5 14 10 9 2 CDi\)\ICà>-\|\) 52,7 26,3 73,6 52,6 47,3 10,5 10,5 5,2 15,7 36,8 10,5 31,5No
subgrupo
dos pacientesque receberam
implante duplomitro-aómco
(MiAo), tivemos 8 pacientes, sendo 4
do
sexomasculino (50%)
e 4do sexo
feminino (50%).
Quanto
cirurgia valvar prévia, 1 paciente(l2,5%)
estavaem
21-
Com
relação a doenças associadas, l pacientecom
DBPOC
(l2,5%), 1paciente (12,5%)
com
acidente vascular cerebral(AVC),
1 paciente(l2,5%)
com
fibrilação atrial (FA), 1 paciente (l.2,5%)com
bloqueio deramo
(BR)
e “lpaciente (l2,5%)
com
outras doenças prévias. Existiram pacientesque
apresentavam mais
deuma
das doenças prévias citadas anteriormente. (TabelaIII).
TABELA
III-
CARACTERÍSTICAS
DOS
PACIENTES
QUE
RECEBERAM
IMPLANTE ÚNIco
DE
PRÓTESE
vALvAR
MoDELo
TR1®
EM
1>os1ÇÃo
Mimo-
AÓRTICA.
1Número
de Pacientes%
Pacientes Masculino Feminino 1” Troca valvar 2” Troca valvar ICoDM
DBPOC
AVC
FA
BR
Outras doenças 8 4 ._¡_›_\_.\_x@@\|...\-À 22,2 50 50 12,5 87,5 O O 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5A
tabela IV,demonstra
as características gerais dos valores obtidosnos
pacientes que
foram
submetidos a implanteda
prótese valvarmodelo
TRI®.
Num
total de36
pacientes estudados,sendo
15do
sexomasculino (4l,6%)
e21
do
sexo feminino(58,3%) que foram
submetidos a primeira troca valvar, 15pacientes (4l,6%) e 21 pacientes que
estavam na segunda
cirurgia (5 8,3%).Com
relação a doenças associadas, 3 pacientes (8,3%)
com
insuficiência coronariana (ICo), 2 pacientes (5,5%)com
diabetes mellitus(DM),
2 pacientes(5,5%)
com
doença broncopulmonar
obstrutiva crônica(DBPOC),
4
pacientes (11,1%)
com
22
Ao
eletrocardiograma, 9 pacientes(25%)
com
fibrilação atrial (FA), 5pacientes
(l3,8%)
com
bloqueio deramo (BR)
e 10 pacientesapresentavam
outras doenças prévias (27,7%). Existiram pacientesque apresentavam mais
deuma
das doenças prévias citadas anteriormente. _TABELA
IV -
CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES
QUE
RECEBERAM
IMPLANTE
DE
PRÓTESE
VALVAR
MoDELo
TR1®
-RESUMO
Dos
VALORES.
p
Número
de Pacientes%
Pacientes 36 100 Masculino A 15 41 ,6 Feminino 21 1” Troca valvar 15 2” Troca valvar 21 58,3 41,6 58,3 ICo . 8,3DM
5,5DBPOC
5,5AVC
1 1,1FA
25BR
13,8 Outras doenças 27,7 5“o1co-|>_|\â|×.›o›1NDIcAÇÃo
DA
TROCA
VALVAR
A
distribuição dos subgrupos de pacientessegundo
a indicaçãoda
troca valvar é a seguinte:No
subgrupoAo,
2 pacientes(22,2%) tinham
como
indicação a causareumática, 5 pacientes (55,5%) devido a disfunção de prótese e 2 de etiologia desconhecida.(22,2%). (Figura 1)
No
subgmpo
Mi, 5 pacientes(26,3%) tinham
como
indicação a causareumática, 1 paciente (5,2%) devido a degeneração
mixomatosa,
9 pacientes(47,3%)
devido a disfunção de prótese e4
de etiologia desconhecida (21%).23
No
subgrupo
MiAo,
separando-se os grupos valvares,temos na
valva mitral 2 pacientes(25%) que
tinhamcomo
indicação a causa reumática e 6 pacientes(75%)
devido a disfunção de prótese.Na
valva aóitica 2 pacientes(25%)
de causa reumática, 2 pacientes(25%)
devido a endocardite e 4 pacientes(50%)
devido a disfunção de prótese. (Figura 3 e 4)INDICAÇAÚ
DA
TRÚCA VALVAR
N
U
SUBGRUPU
An
I
1Reumática
22%
22%
III2Degeneração
Mixuniato
sa E1 3 Endocardite55%
-4
Dísfwlçãü
de PróteseI
5 Desconhecida
n.Figura
1:Indicação
da
troca valvarno
Subgrupo
Ao.
INDICAÇÃÚ
DA
TRUCA VALVAR
ND
SUBGRUPO
IbíiI
1 Reumática31%
25%
I2
DegeneraçãoMixomatosa
5%
~
E1 3 EndocarditeI
4Disfimção
de 4 8%
Ú W” pfútzzzI
5 DesconhecidaINDICAÇÃÚ
DA
TROCA VALVAR
MITRAL
NU
SUBGRUÍPD
IkffiáoI1
Reumátiea
E1 2 Degeneraçän Mixernatosa E1 3 Endecardite15%
I4
Diz-,fimçäú de Prótese ' E1 5 Desconheeídei0%
25%
Figura
3:Indicação
da
troca valvar mitralno
Subgrupo
MiAo
INDICAÇÃ-3
Dé.
TRUCA
và.LvAR
AÓRTICA
No
SUBGRUPU
Mim
0% 0%
50%
.
`I1
Reumática
III 2 DegeneraçäuMixnmatosa
I
3 EnducarditeI
4 Disfunção de Prótese E1 5Desconhecida
25%
2 5%
Figura
4:Indicação
da
troca valvar aórticano
Subgrupo
MiAo
25
TAMANHO
DA
PRÓTESE
EMPREGADA
No
que diz respeito aotamanho
da
prótese valvarempregada,
a distribuiçãodas próteses aórticas foi a seguinte: 3.próteses (h7,6%) de
tamanho
21mm
, 5próteses de
23mm
(29,4%) e 9 próteses de27mm
(52,9%).As
próteses mitrais ficaram distribuidas deforma que
12 prótesesforam
detamanho
27mm
(44,4%), 13 próteses detamanho
29mm
(48,1%)
e 2 detamanho
31mm
(7,4%). (Figura 5)DIS
TRIBUIÇÃO
DD
TAMANHÚ
f_VALVAR
IMPLAN
TADG
'id
sn
--“Ú
I
àórúzz
IEU
.I
Mitml
U r 21 2325
2? 2931mm
Figura
5: Distribuiçãodo
tamanho
das
prótesesimplantadas
ÓBiTos
Ocorreram
2 óbitosno
período pós operatório (5,5%).FALHA
ESTRUTURAL
~Nao
foi observadoem
nossoseguimento
falha estrutural das próteses implantadas.26
COMPLICAÇÓES
(Tabelavi
Tromboembolismo:
Em
um
paciente (2.7%) que havia recebido prótese aortica ocorreu episódio deAVC
isquêmico.TABELA
V
-
COMPLICAÇÕES OBSERVADAS
NO
SEGUIMENTO
DOS
PACIENTES.
INúmero
de Pacientes Í%
AVC
l '> 7 Distúrbios da Coagulação 8,3Trombose
2,7 Endocardite 2,7 “'› ._¡_¡(¿) Endocardite:A
endocardite foi observadaem
um
paciente (2,7%)que
havia recebidoprótese aóitica.
Distúrbios
da
Coagulação:Distúrbios
da
coagulaçãoforam
observadosem
três pacientes (8,3%), doispacientes
com
coagulação intravascular disseminada eum
paciente apresentou equimoses, hemoartroses e estomatorragia.Trombose:
Foi observado
em
um
paciente (2,7%)que
realizou implante de valva mitral.CLASSE
FUNCIONAL
(Figura 6).A
Classe Funcional,segundo
New
York
Heart Association, (apêndice 2),27
Classe I:
nenhum
paciente;Classe II: 9 pacientes (25%);
Classe III:
26
pacientes (72,2%);Classe IV: l paciente (2,7%).
-No seguimento pós operatório,
observamos
a seguinte disposição de ClasseFuncional:
Classe I: l7 pacientes (50%);
Classe II: 15 pacientes (44,l%);
Classe III: 2 pacientes (5,8%);
Classe IV:
nenhum
paciente.CLAS
SE
FUN CIDNAL
NYHA
-100 _ V _ _59
._É
I
Sflglllltlentü ez; ~I
Pré-opzmtúzizz
o
Flv
ai
I _nr
H
IIIW
H'fH.‹=~.Figura
6: Classe funcional(NYHA),
dados
obtidosno
pré-operatório eseguimento
28
Reoperaçâo:
Um
paciente (2,7%) necessitou de reoperação devidotrombose na
prótese5.
DISCUSSÃO
O
espaço detempo
que
a cirurgia cardíaca teve para se desenvolver foimuito
curto, as doenças cardiovasculares estãono
topo das causas de Óbito, necessitando assim demuita
cautela visto asmudanças
no
ritmo de vidado
serhumano,
seus hábitos alimentares, sua vida sedentária, necessitando deuma
especialidade
médica
mais
preventivado que
intervencionista.Acredita-se
que
com
o
passar dos tempos,mais
técnicas'não
intervencionistas surjam para 0 tratamento das doenças
do
coração,diminuindo
assim as indicações cirúrgicas
no
coração, ficando estas reservadas a casosdistintos e
bem
fundamentados
em
sua indicação cirúrgica.Assim,
sendo a cirurgia cardíacamuito jovem,
faz-se a necessidadedo
contínuo
aprimoramento
das técnicas cirúrgicas e materiais utilizados,promovendo
oretomo mais
rápidodo
paciente as suas atividades, ecom
aumento
da
vida útil e qualidade dos materiais utilizados, representandomenos
reoperações e complicações para os pacientes.
A
prótese por nós estudada éuma
nova
opção no
meio
de valvas cardíacasmecânicas, visto que a
mesma
é de fabricação nacional,sendo
fabricada a partirde 1995,
onde
até então era necessário importar de outros paises prótesesmecânicas, o
quê
aumentava
aindamais
os custosda
intervenção cirúrgica.O
nosso estudo consistiuno
seguimento
dos pacientesque apresentavam
indicação cirúrgica de troca valvar, independente da etiologia, ecom
escolha demodelo
a ser utilizado o de prótese mecânica, visto suas indicações,sendo
em
primeiro lugar o desejo
do
paciente, a seguir, a necessidadedo
uso continuado de anticoagulantecom
acompanhamento
mensal
do
tempo
de protrombina, classe socio-econômica, idadesmais
jovens (maior risco de acidentes).30
Visto estas questões preliminares,
acompanhamos
todos os pacientesque
receberam
implante destanova
prótese, excluindodo
estudo àquelesque
estavam na
terceira e quarta trocas valvares, visto o estagioavançado da doença
cardiovascularalém
de suas complicações, acreditando assim, que nestes casosnão
teríamosuma
amostra da verdade, visto o grauavançado da doença
de bases que osmesmos
apresentavam.De
nosso universo de36
pacientes implantadoscom
a prótese TRl®,separamos
osmesmos
em
três subgruposconforme
a cirurgia realizada,observando
as características decada
um.
Os
características de cadasubgrupo foram
peculiares,no subgrupo
Ao
tivemosum
maior
número
pacientes -do
sexo masculino,
em
semelhante
incidência
estavam
osque
seencontravam na
primeiraou
segunda
trocar valvare tendo
quando comparado
com
os outros subgruposum
menor número
de
doenças associadas.No
subgrupo
Mi, tivemosum
maior
número
de pacientesdo
sexo feminino, estandocomo
no
subgrupo
Ao em
incidência semelhante os pacientesque
seencontravam
em
sua primeiraou segunda
troca valvar ecom
relação adoenças
associadas tivemos nestesubgrupo
um
maior
número
de pacientesque
apresentavam
outra doençasalém da
lesão valvar.No
último subgrupo,MiAo,
com
omenor
número
de pacientes (n=8), a distribuição por sexo foi semelhante, e apenasum
pacienteque
realizava suaprimeira troca valvar e
com
relação a doenças associadas, os pacientesapresentavam
doença broncopulmonar
obstrutiva crônica, episódio de acidente vascular cerebral prévio, fibrilação atrial, entre outras.Analisando-se os pacientes submetidos a implante
da
prótese valvarmodelo
TRI®,houve
um
número
maior
de pacientesdo
sexo feminino, os pacientescom
cirurgia de troca valvar realizada previamente
também
estavam
em
maior
3 l
“
Com
relação as doenças associadas, amaior
delas foi a fibrilação atrial, apóso bloqueio de
ramo
(visto ao eletrocardiograma), seguido de acidente vascular cerebral e insuficiência coronariana. _'
t
Com
relação a etiologiada
troca valvar,vimos
que
no subgrupo Ao,
um
pouco mais da metade
dos pacientes era devido a disfunção de prótese, ficandoo
restante dividido entre causa reumática e causa desconhecida.
No
subgrupo
Mi
tivemoscomo
etiologiada
troca valvar,semelhante
a encontradano subgrupo Ao,
porém
nestesubgrupo
tivemosum
casodevido
a degeneraçãomixomatosa.
Analisando desta vez o subgrupo
MiAo
separadamente
a etiologiada
troca valvarem
cadagrupo
valvar,vimos
nos mitrais,um
grandenúmero
devido
adisfunção de prótese e nos aórticos a
metade
devido a disfunção de prótese,ficando
o
restante dividido entre endocardite e causa reumática.Otamanho
da
prótesevalvartambém
foi objeto de estudo,sendo observado
que
as prótese aórticas utilizadas variaram entre ostamanhos
de 21, 23 e25
milímetros,sendo
otamanho
25
milímetros aqueleque
representou valorem
que
um
pouco mais da metade
dos pacientes utilizaram.O
tamanho
da prótese valvar mitral utilizada variou entre 27,29
e 31 milímetros, estando ostamanhos 27
e29
milímetros
com
amaior
parte dos implantes,em
razões semelhantes.Ocorrerarn 2 Óbitos
no
período pós operatório,sendo
um
no
períodode 24
horas após a cirurgiaem
um
pacienteque
realizou troca de valva aórtica estando omesmo
enquadrado
em
classe funcional(NYHA)
IV, devido endocardite bacteriana echoque
cardiogênico.O
segundo
óbito ocorreu doze diasapós
a cirurgia de troca de valva mitral, tendocomo
causa insuficiência respiratória emitral, levando a
síndrome
da
angústia respiratória aguda.Em
nossoseguimento não
foi observado falha estrutural das próteses32
As
complicaçõesforam
divididasem
tromboembolismo,
endocardite,distúrbios
da
coagulação e trombose, sendo analisadas então a seguir.O
tromboembolismo
foiobservado
em
um
pacienteque
no
seguimento
desenvolveu
episódio de acidente vascular cerebralisquêmico
portrombo
liberado
da
prótese implantada. 'A
endocardite foi observadaem
um
pacienteque
havia recebido implanteda
prótese
em
posição aórtica.Os
distúrbiosda
coagulação apresentadosno seguimento ocorreram
em
três pacientes,sendo
doiscom
coagulação intravascular disseminada eum
com
sangramentos
relacionados a dose de anticoagulante,sendo
a dose ajustada paramanter o
tempo
de protrombina 1,5 vezes o normal. 'Obsewou-se
em
um
paciente a presença detrombo na
prótese implantadaem
posição mitral.A
classe funcional(NYHA)
que
o paciente apresentou após a troca valvarmelhorou
significativamente,sendo
no
periodo pré-operatório os pacientesem
maior
número
estavam
na
classe III e após a troca valvarapresentavam
classe I e II, visto este fatorcomo
a importância da troca valvarem
pacientescom
indicação, pois caso
não houvesse melhora não
seria justificado oprocedimento
cirúrgico de troca valvar.
Finalizando, foi necessário a reoperação para substituição
da
próteseimplantada
em
apenasum
paciente,que
apresentoutrombo
aderido a próteseTRI®
de posição mitral.ó.
CONCLUSÃO
O
desempenho
destanova
prótese valvar,modelo TRl®
foi satisfatório,apesar de
tromboembolismo
efenômenos
hemoirágicosserem complicações
ainda presentes
em
próteses mecânicas, apresentadasem
nossoseguimento
inicial
em
valores pequenos,demonstrando
inicialmente estemodelo
valvar defabricação nacional
um
bom
desempenho
com
baixa taxa decomplicações
prótese-relacionadas.7.
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Tuffier
T. Etat actuel de la chimrgie intrathoracique. In: TransactionsNORMAS
ADOTADAS
Para digitação, formato,
margens
e paginação deste trabalho,foram
seguidas asnormas
estabelecidas pela resoluçãonúmero
001
/ 97,do
colegiadodo Curso
de
Graduação
em
Medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina, deliberadasem
sessãodo
dia 21 / O8 / 97, presidida pelo ProfessorEdson
José Cardoso.Para as referências bibliográficas,
foram
seguidas asnormas
no
estilode
Vancouver,
conforme
a Sê edição dos “RequisitosUniformes
.para Originaissubmetidos a Revistas Biomédicas,
com
algumas
adaptações.Os
nomes
dos periódicosforam
abreviadosconforme
os critériosda
Intemational Serials
Data System
&
Intemational Organization forRESUMO
EXPERIÊNCIA
INICIAL
COM
PRÓTESE
VALVAR
DE
DUPLO FOLHETO
MODELO
TRI
®
~INTRODUÇÃO:
Visto a cirurgia Cardíaca seruma
especialidademuito
jovem
e a necessidade deaprimoramento
constante da qualidadedos
materiaisempregados
nas próteses valvares mecânicas, visando diminuir ascomplicações
e
aumentar
a vida útil,temos
então à disposição diversos tiposde
prótesesvalvares, seja próteses
em
bolaou
prótesescom
carbono pirolítico.MÉTODO:
Realizou-seseguimento
de morbi-Inortalidade nos pacientesque
receberam
a prótese valvarmodelo
TRI®,que foram
implantadasem
número
de
44,
em
36
pacientesno
período de janeiro de1996
a fevereiro de 1998,sendo
17em
posição aórtica e27
em
posição mitral, a idade dos pacientes variou entre20
a 65 anos, sendo realizado
seguimento de
6 a 31 meses.RESULTADOS:
Na
etiologiada
troca valvar ressaltou-se a disfunçãode
prótese e a causa reumática.Ocorreram
dois óbitos (5,5%),não sendo observada
falha estrutural
da
prótese.As
complicaçõesque
ocorreramforam
distúrbiosda
coagulação (8,3%),tromboembolismo
(2,7%), endocardite (2,7%) etrombose
(2,7%).Houve
melhora da
classe funcional(NYHA)
dos pacientesoperados
eum
caso de reoperação (2,7%) devido a presença detrombo na
prótese.CONCLUSÕES:
O
desempenho
destanova
prótese valvar foi satisfatório,apesar das complicações das valvas mecânicas,