• Nenhum resultado encontrado

BR 17 - Gurgueia: nova cultivar de caupi com resistencia a virus para o Piaui.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "BR 17 - Gurgueia: nova cultivar de caupi com resistencia a virus para o Piaui."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

(i)

Mln.ISIPno da AgnCUIIU.ra. do AbaSle.ClmenlOe.da Refanaa A.grana· MMRA ~ Empresa Braslielfa de Pesquisa Agropecuaria· EM.BRAPA

~ Centro de Pesquisa Agropecuarla do Melo-Norte - CPAMN Av. Duque de CdXlas. 5650 - Bairro Buenos Aires CalXa Posfal 01 Cep 64006-220 Teresina. PI

Fone (OS6) 225-1141 - Fax(086) 225-1142 - Telex862337

COMUNICADO

,

TECNICO

BR 1.7 -GtJ'R.GOiU: SOVA CULTIVAR. DE CAUPI COM: USISTDC::tA

A ViRUS PARA 0

p~f

Franc:Lsco Rodrigtl.es Freire ~ilhol Antonio Apoliano dos Santos

Milton Jose Cardoso1

Paulo Henrique Soares da Silva2 Valdenir Queiroz Ribeiro2

ices semi-aridas, em envolve urn risco

con-risco::orna-se maior na medida em

ao ambience e

as

izadas

tivo

Na cultura do Vigna unguiculata (L.) Walp.),

tambem conhecido como feij m.d.cassar ou jao-de-corda, um dos

fatores ~le contribuem para esse sco as viroses que ocorrem

t,::n:lpraticamente cQdas as areas de prOdtH;ao do Nordeste

brasilei-roo Lima & Nelson (1977) relatam que a infecyao par virus pede

causar perdas na pro~u~aode 60 a 80%, em cultivares suscetiveis. Confirmando essa afirmacao, Santos & Freire Filho (1988)

detecta-ram perdas de ate 77,8%, causadas pela infec<;ao do virus do •

Mo-saico Dourado {Cowpea Golden Mosaic Virus - CpGMVi. Desse modo 0

melhoramento do caupi alem de buscar uma melhoria na produtivida-e na qu.alidadprodutivida-e dprodutivida-evprodutivida-e tambem buscar uma melharia da resistencia a doen<;as, particularmente

as

causadas par vir~s.

""Bng.-Agr., Dr. BMBRAPA/Centro de pesquisa Agropecuaria do

Norte (CPAMN) , Cx. Postal 01, CEP 64006-220 Teresina, PI. 2Eng.-Agr. M.Sc., EMBRAPA/CPAMN.

3Eng.-Agr., M.Sc. Empresa Pesquisa Agropecuaria do

(EPACE), Av. Rui Barbosa, 1246, CEP 60115-221 Fortaleza,

Ceara

(2)

Nos ultimos anos tem-se constatado um aumento do inte-resse pela cultura do caupi, tanto no cultivo tradicional de se-queiro como no cultivo irrigado. Neste, 0 caupi vem constituindo

uma importante o~Ao, nAo s6 pelo aspecto de rota~Ao de culturas mas ta1.1lbempelos bons pre~os que alcan~a na entressafra,· notada-mente quando se trata de senotada-mente. Com iS80 tam cre8cido a demanda por novas cultivares que atendam melhor as expectativas dos pro-dutores e as exig~ncias de qualidade impostas pel0 mercado.

Nesse contexto 0 Centro de Pesquisa AgropecuAria do

Meio-Norte (CPAMN) coloca Adisposi~Ao dos produtores de caupi do Piaui a cultivar BR 17 - Gurgu~ia, que reUne boa qualidade de se-mente, boa produtividade e ban nivel de resist~ncia a virus. Vale ressaltar que a me8ma tem sementes de colora~Ao tipo "sempre-ver-de", que

e

muito bem aceita no mercado piauiense e geralmente confere melhores pre~os ao produto.

A cultivar BR 17 - Gurgueia corresponde

a

linhagem TE 86-75-37B.1, obtida do cruzamento entre as cultivares BR 10 - Pi-aui e CE - 315 (TVu 2331).

E

imune ao virus do mosaico severo do caupi - CpSMV (Cowpea Severe Mosaic Virus) e a algumas estirpes de potyvirus, que sao virus transmitidos por pulgao, e

e

altamen-te resisaltamen-tenaltamen-te ao virus do mosaico dourado do caupi - CpGMV (Cow-pea Golden Mosaic Virus) (Santos et al., 1987). Tem como paren-tais as cultivares CNC 0434, que

e

imune ao CpSMV (Rios et al., 1982) e a TVu 612, que

e

imune ao CpAMV (Cowpea Aphid-Born Mosaic Virus) (Ladipo & Allen, 1979; Patel et. al., 1982), ambas alta-mente resistentes ao CpGMV (Santos & Freire Filho, 1986). A cul-tivar CE 315 (TVu 2331) e originaria da India (Ladipo & Allen, 1979) e apresentou imunidade a isolados de CpAMV da Tanzania (Pa-tel et al., 1982), hipersensibilidade, suscetibilidade e imunida-de, respectivamente, a isolados dos Estados Unidos, Kenia e Nig~-ria (Ladipo & Allen, 1979) e alta resistencia a isolados do CearA (Lima et al., 1986). TatI'ibemapresentou alta resistencia ao CpGMV (Santos & Freire Filho, 1986).

o

cruzamento foi realizado no Setor de Plantas Aut6go-mas do Departamento de Genetica da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), em Piracicaba, SP, em 1986, com 0

ob-jetivo de se obter progenies com uma ampla base de resist~ncia genetica a virus e com sementes com tegumento de colora~ao tipo

"sempre-verde".

As sementes F1 foram enviadas para a Empresa de Pesqui-sa Agropecuaria do Ceara (EPACB), onde na gera~ao F2 foi feita uma sele~ao para resistencia mUltipla a virus. As sementes F3 de 63 plantas individuais foram remetidas ao CPAMN em 1988, tendo-se a partir dessa gera~ao iniciado a sele~ao pelo metodo geneal6gi-co.

(3)

Em 1990 a 1 inhagem TE 86-75-37E.1 foi incluida nos en-'

saios estaduais tendo sido testada durante quatro anos. em sete

locais. num total de doze ensaios de sequeira e dois irrigados

POI" aspersao. Em todos esses ensaios Toi avaliada para rendimento

e rea~ao a virus (infec~ao natural). tendo em ambos os casos

apresentado um excelente padrao de comportamento.

Habitode crescimento: indeterminado Porte: enramador

Tipo de folha: globasa Flara~ao inicial: 43 dias Flora~ao media: S2 dias CicIo media: 75 dias Cor da flor: raxa

Cor da vagem imatura: verde Cor da vagem seea: amare1a

Comprimento media da vagem= 17 em NQ media de sementes POl" vagem: 15

Peso medio de 100 sement£s: 12.5 9

Cor da semente: esverdeada (tipo sempre-verde)

Em cultlvo de sequeiro. em doze ensaios. a BR 17 -

Gur-guela apresentou urn rendimento Media de sementes de 976 kg/hay

superanda as cultivares BR 10 - Piau; e CE - 315 em 18 e 49%.

respectivamente (Tabela j). Nesse tipo de cultivo 0 seu

rendimen-to maximo foi de 1.606 kg/haM

TMElA 1. R•• i•• to

.nio at

seIIlltes <kgllla), " cll1tivo it •• iro, Ita cult ivar II U..g.,."ia r Astestaunllas

sa

it-'i.ir(I-315.

Rlllllilllllto

rrlative

1

lih- Terr- Aqieal Eli:m Ten- Elizeu Terr- Mtinl Ili,.l Terr- Aqieal 6ilM

Ilia sina Pi.i !tartillS Silli KartillSsin Pi.i Alvessiu 'iui

Ui7-iiur..ril 358 t.-475 967 111tfiali 262 1.311 8&6 CE-315 ••• 917 693 448 978 1.545 1.616 419 469 715 1.641 1.158 .,. 447 61. 626 1.119 758 679 9lM 269 717 713 224 364 534 1.431 "" 1.20 818 1.211 M3

(4)

No cultivo irrigado por aspersAo, em dois locais, 0

rendimento medio de sementes foi de 1.695 kg/ha, superando a BR 10 -Piau! e a CE - 315, respectivamente, em 32 e 60t. Nesse sistema 0

rendimento maximo foi de 2.008 kg/ha (Tabela 2) .

TABELA 2. Rendimento medio de sementes (kg/ha), em cultivo irri-gada por aspersAo, da cultivar BR 17-Gurgu~ia e das testemunhas BR 10-Piau! e CE-315. 19911.

LuzilAndia Cristino castro Rendimento relativo Media t BR17-Gurgueia BR10-Piau! CE-315 2.008 1.653 1.795 1.381 903 330 1.694 1.278 1.063 132 100 83 160 120 100 Reac;i.oa virus

A cultivar BR 17 - Gurgueia a nivel de campo sempre apresentou um born ~adrAo fitossanitario. Nos testes de resist~n-cia em laborat6rio mostrou-se imune ao CpSMV e ao CMV (Cucumber Mosaic Virus) e altamente resistente ao CpAMV. Ha tambem fortes evid~ncias de que seja imune ao CpGMV, uma vez que durante a fase de sele~Ao, mesmo com 0 campo muito infectado, nunca apresentou

sintoma da doen9a.

E

importante ressaltar que com rela~ao ao CpAMV esta cultivar e apenas altamente resistente, podendo POrtanto ser in-fectada. Desse modo, deve-se evitar que a infec9Ao ocorra na fase inicial da cultura quando as plantas sAo ainda frageis e os danos pod.em vir a ser mais severos.

A cultivar BR 17 - Gurgueia tem sementes de cor esver-deada tipo "sempre-verde" e aproximadamente reniformes, que estao na faixa de aceita~Ao comercial de produtores e consumidores pi-auienses.

Nos testes de coc~ao foi classificada como de cozimento rapido a medio e na palatabilidade como de boa a excelente.

2Laborat6rio de Virologia do Centro de Ci~ncias Agrarias da Uni-versidade Federal do Ceara.

(5)

A principio, a cultivar BR 1.7 - Gurgul:ia e recomendada para cultivo no Bstado do Piaui, nas MicrorregiOes de Teresina, Medio Parnaiba Piauiense e Bertolinia, em cultivo de sequeiro, e Baixo Parnaiba Piauiense e Alto Mbdio Gurgueia em cultivo irriga-do.

o

espa~amentoentre fileiras pede ser de 0,80 a 1.,om e a densidade de 8 a 1.0sementes por metro linear. Para essas con-di~oes a necessidade de sementes varia de 1.0a 16 kg/ha.

Recomenda-se que seja feita a analise de fertilidade do solo e que a calagem e aduba~ao sejam realizadas com base em ori-enta~io tecnica.

LADlPO, J.L.; ALLEN, D.J. Identification of resistance to cowpea aphid-born mosaic virus. Tropical .agriculture, v. 56, n. 4, p. 353-359, 1.979.

LIMA, J.A.A.i SANTOS, C.D.G.; SILVEIRA, L.P.S. Comportamento de gen6tipos de caupi em relacio aos dois princiPais virus que bcorrem no Ceara. Pitopatologia Brasil.ira, v. 1.1., n. 1., p. 1.51.-1.61.,1.986.

LIMA, J .A.A.; NELSON, N.R. Etiology and epidemiology of mosaic of cOWPea in Ceara, Brasil. Plant Di ••••• aepater, v. 61., n. 1.0, p. 864-867, 1.977.

PATEL, P.N., MLlGO. J.K .• LEYNA, H.K., KUWlTE, C. e MMBAGA, E.T. Sources of resistence, inheritance, and breeding of cowpeas for resistence to a strain of cowpea aphid-born mosaic virus from Tanzania. XDdian Journal of Genetic., v. 42, p. 221.-229, 1982.

RIOS, G.P., WA'rI',E.E., ARAUJO, J.P.P. de e NEVES, B.P. dos. CUl-tivar CNC 0434 imune ao mosaico severo do caupi. In: REUNlAo NACIONAL DE PESQUISA DE CAUPI, 1, 1982, ••• ~ ••.. GoiAnia: EMBRAPA-CNPAF, 1.982. p. 1.1.3-115.

SANTOS, A.A. dos; FREIRE PILHO, P.R. Gen6tipos de caupi com. re-sist~ncia de campo ao virus do mosaico dourado do caupi. In: SEMlNAR-IO DE PESQUISA AGROPECUARIA DO PIAUI, 4, 1.976, Teresi-na, PI, ADais. Teresina, EMBRAPA-UEPAE de Teresina, 1.986. p. 1.91-203.

(6)

,----:---.::.---COMUNICAOO

TeCNICO-SANTOS, A.A. dos; PRBlRE FILHO, F .R. RedU<;&O da produ<;l.ode fei-jao Macassar (Vigna uoguicu1aea (L.) Walp.) causada pelo virus do mosaico-dourado-do-caupi. In: SEMlNARIO DE PESQUlSA AGROPE-CUARIADO PlAut,S, Tereina, PI, 1988. ADai •... Teresina: EMBRAPA UEPAE de Teresina, 1988. p. 91-93. (EMBRAPA-UE~AE de Teresina. Documento, 9).

SANTOS, A. A . das; FREIRE FILHO, F.R; CARDOSO, M.J. BR. 10 - Piaui: Cultivar de feijao Macassar (VigDa uaguicu1ata) com resistin-cia m'Ultipla a virus. l'itopatologia Braaileira, v. 12, n. 4, p. 400-402, 1987.

Referências

Documentos relacionados

Esta candidatura tem ainda como premissa a criação de um espaço na Quinta do Tarujo que permita a algumas pessoas do território ter um local onde possam desenvolver uma..

O motivo que me levou a estudar o problema dos fatores que os casais homossexuais masculinos consideram como determinantes para estabelecer uma relação estável, além de compreender se

Geographic distribution and habitat: endemic to Brazil, occurring in the states of Tocantins, Piauí, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Goiás, Minas Gerais and Espírito

Haja vista a conjugação de elementos gerais (panorama do império islâmico e do contexto africano) aos mais específicos (a rihla do viajante tangerino) é

Desses casos analisados sobre o fenômeno do meretrício em Minas, entre os anos de 1721 e 1780, investigo nessa pesquisa 276 suspeitas de meretrizes, 90 ocorrências

IKK-α protein levels were significantly higher in the MNU-BCG group in relation to the MNU, MNU-P- MAPA and CONTROL groups, which showed intense, moderate, weak and

Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de Fundos Renda Fixa – Duração Baixa – Grau de Investimento – Soberano ou em ativos permitidos a estes,

Algumas das características são a grande conservação e sintenia entre seus genes nas diferentes espécies, o editoramento de RNAs mitocondriais e a transcrição