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Mortalidade por Agressão: um exercício com as informações do Atestado de Óbito georreferênciadas para município de São Paulo

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Academic year: 2021

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Mortalidade por Agressão: um exercício com as informações

do Atestado de Óbito georreferênciadas para município

de São Paulo

Paulo Borlina Maia

Glauber Ferreira Cardoso

Daniel Waldvogel Tomé da Silva

Palavras-chave: Mortalidade, Violência, Georreferenciamento.

Resumo

As mortes por agressões no município de São Paulo tiveram um aumento significativo ao longo desta última década, atingindo mais acentuadamente uma parcela específica da população segundo sexo e idade, além de outros atributos demográficos. Estas causas também se distribuem de forma heterogênea no espaço. Com relação a esta última característica, o registro de endereços contidos nas bases de dados do Registro Civil da Fundação SEADE oferece a possibilidade de trabalhar em uma escala mais detalhada, localizando os eventos em qualquer unidade geográfica desejada tais como, setores censitários, áreas de ponderação, distritos, etc.

Em função da importância das mortes por agressões no município e da interferência da escala espacial sobre os resultados obtidos nos cálculos de suas taxas, este trabalho teve dois objetivos. Em primeiro lugar, analisar a evolução desta causa de morte segundo sexo e idade, além de outras características demográficas derivadas do atestado de óbito. Em segundo lugar, através dos dados de mortalidade da fundação SEADE, georreferenciados segundo os logradouros da cidade de São Paulo para o ano de 2001, realizar um breve exercício, estimando-se os níveis de mortalidade por agressões nas favelas e em suas proximidades.

A análise dos dados mostrou que as mortes por agressões têm diminuído na cidade de São Paulo, embora ainda apresentem níveis muito elevados. Com relação às favelas, os dados sugerem que a mortalidade por agressões é maior nas áreas próximas a elas. Contudo, em algumas regiões (sub-prefeituras) em que a mortalidade é muito elevada, não houve diferença muito acentuada entre áreas próximas de favela e as demais áreas.

“Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, 20 - 24 de Setembro de 2004”

Analistas de Projetos da Fundação SEADE. Analista de Sistema da Fundação SEADE.

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Mortalidade por Agressão: um exercício com as informações

do Atestado de Óbito georreferênciadas para município

de São Paulo

Paulo Borlina Maia

Glauber Ferreira Cardoso

Daniel Waldvogel Tomé da Silva

1. Introdução

As mortes violentas no Brasil ao longo destas últimas décadas vêm assumindo proporções cada vez maiores, o que tem gerado um intenso debate nos mais variados setores da sociedade. Embora não seja um fenômeno exclusivo da sociedade brasileira, uma vez que ela atinge vários países com diferentes níveis de desenvolvimento variando apenas de intensidade e padrão, muitos estudos têm se dedicado a este problema. Em geral, apontam que as principais vítimas por agressões são jovens do sexo masculino, de cor parda ou negra, com baixa escolaridade e pouca qualificação profissional (Mello Jorge, 1988; Szwarcwald, 1989; Souza e Assis, 1989; Souza, 1994; Minayo, 1994; Saad et al. 1998). Alguns trabalhos têm mostrado que esse fenômeno vêm provocando uma regressão no padrão de mortalidade da população, retardando o aumento da esperança de vida da população (Ferreira e Castiñeira, 1996, Maia, 2000, Camargo, 2002). Na grande maioria, consideram mais especificamente a questão da violência urbana, cuja expressão maior pode ser observada em suas áreas metropolitanas (Camargo et al, 1995). Este fenômeno tem vitimado, principalmente, a população que vive nas periferias destas cidades, carentes de infra-estrutura urbana básica bem como de alguns aparatos sociais do setores de saúde, educação, justiça, segurança, entre outros.

Desta forma, as informações do Registro Civil têm sido de fundamental importância para acompanhar a evolução e o perfil da vítimas de agressões, bem como avaliar a forma como estas mortes se distribuem no espaço. Neste sentido, a fundação SEADE, conta com uma base de informação de várias décadas para todos os municípios do estado de São Paulo e os distritos da capital, permitindo acompanhar a evolução e distribuição desta causa de morte.

Recentemente, através de um trabalho conjunto entre a Fundação SEADE e o Centro de Estudos da Metrópole, do Cebrape, foram mapeados todos os nascimentos e óbitos de 2001, segundo os logradouros da cidade de São Paulo utilizando um Sistema de Informação Geográfico (SIG), tornando possível ampliar as possibilidades de agregações geográficas, além das tradicionais áreas utilizadas até então tais como municípios e distritos da Capital.

“Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, 20 - 24 de Setembro de 2004”

Analistas de Projetos da Fundação SEADE. Analista de Sistema da Fundação SEADE.

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Assim, este trabalho teve como objetivos, primeiro, descrever brevemente a situação da mortalidade por agressões no contexto internacional e nacional e sua evolução, bem como traçar um perfil da vítima de agressão da população do município de São Paulo, através dos dados existentes na Declaração de Óbito. Em segundo lugar, foi feito um exercício com os dados de óbitos por agressões de 2001, que foram georreferenciados segundo os logradouros do município de São Paulo, o que tornou possível calcular as taxas de mortalidade por agressões nas favelas e em suas proximidades.

2. Material e Métodos 2.1. Fonte de dados

2.1.1. Declaração de Óbito

As Declarações de Óbitos referentes ao Município de São Paulo são recolhidas dos cartórios pela Fundação SEADE, e codificadas, de acordo com as regras da Organização Mundial de Saúde, quanto às causas básicas de morte.

Os óbitos ocorridos no município de São Paulo podem pertencer a três grupos distintos:

1) Óbitos de residentes no município de São Paulo;

2) Óbitos de residência ignorada. Fazem parte deste grupo as declarações nas quais não consta o endereço do falecido (local onde não se sabe literalmente a residência) e aquelas em que não foi possível localizar o distrito ou o sub-distrito de residência do óbito pois o endereço encontrava-se muito genérico, não havendo referência ao bairro;

3) Residentes de outros municípios. São pessoas que moravam em outras áreas do Estado de São Paulo e que morreram no município de São Paulo.

O procedimento adotado neste trabalho foi o mesmo que do órgão responsável pela consolidação e divulgação das informações, ou seja, foram considerados os óbitos ocorridos no município de São Paulo de residentes no município de São Paulo, inclusive aqueles de residência ignorada. Entretanto, este procedimento foi adotado somente quando a análise englobou todo o município de São Paulo. Quando a análise considerou as diferentes áreas do município, os óbitos de residência ignorada não foram considerados.

Para a análise da mortalidade do município de São Paulo, os óbitos por agressões foram estudados segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e problemas Relacionados à Saúde – CID-10 (OMS, 1995), da classificação de Causas Externas, códigos “X85 a Y9”.

2.1.2. População

Para a análise do município como um todo utilizou-se a população estimada e projetada pela Fundação SEADE.

Para a analise das favelas foram utilizados os dados de população dos setores censitários de 2000 do IBGE. Esta população foi ajustada para 2001 com base na população projetada pela fundação SEADE.

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2.2. Mapeamento dos Eventos Vitais

As informações referentes aos nascimentos e óbitos são enviadas mensalmente para a fundação SEADE pelos cartórios de registro civil. Estas são processadas e organizadas, sendo que até recentemente o menor nível de desagregação geográfica obtida eram os municípios do Estado de São Paulo e os Distritos da Capital de São Paulo. Através de um convênio de cooperação entre a Fundação SEADE e o Centro de Estudo da Metrópole, coube a primeira instituição endereçar e mapear os nascimentos e óbitos infantis dos residentes nos municípios da Região Metropolitana de São Paulo referentes ao ano de 2001, segundo os logradouros, utilizando um Sistema de Informação Geográfico (SIG). Entretanto, todos os demais óbitos da Região Metropolitana foram endereçados, o que possibilitou a realização deste trabalho.

Parte destas informações são enviadas pelos cartórios de registro civil do Estado de São Paulo por meio magnético (em disquete ou via e-mail). Entretanto, nem todos os cartórios da RMSP estão informatizados, fazendo com que o endereçamento de uma série de municípios fique precária. Já no Município de São Paulo, todos os cartórios estão informatizados, tornando mais ágil o processamento destes eventos, principalmente no que se refere ao endereçamento dos mesmos. Desta forma foi possível mapear os óbitos segundo os logradouros do município (vide Figura 1).

Figura 1

Nascidos vivos e óbitos segundo local de residência

Detalhe da Cidade de São Paulo (Distrito Jardim São Luís) - 2001

2.3. Técnica de Sobreposição Cartográfica (overlay)

A técnica de sobreposição cartográfica ou overlay é uma técnica bastante trivial em geoprocessamento. Ela permite que diferentes suportes zonais (polígonos) ou dados pontuais sejam sobrepostos e valores associados a uma das subdivisões zonais, ou pontuais, sejam atribuídos a outra subdivisão zonal a partir de critérios como proporcionalidade de áreas ou contagem de pontos.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             

Jardim São Luís

REPRESA DE GUARAPIRANGA RIO PIN H EIRO S Map Layers Quadras Distritos Hidro Nascidos Vivos Óbitos

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Tabela 1

Taxa de mortalidade por agressões, segundo o sexo para alguns países selecionados

Países Homens Mulheres

Colômbia (1991) 167,6 12,6 Município de São Paulo (2002) 105,8 7,2 Rússia (1993) 49,5 13,5 Brasil (1997) 46,9 4,4 México (1992) 33,9 3,7 EUA (1991) 16,7 4,4 Argentina (1991) 7,3 1,4 Hungria (1993) 5,2 3,1 Itália (1991) 5,2 0,7 Finlândia (1993) 4,7 2,0 Canada (1992) 2,9 1,4 China (1992) 2,8 1,0 Portugal (1993) 2,1 1,0 Grécia (1993) 1,9 0,7 Noruega (1992) 1,6 0,6 Holanda (1992) 1,6 0,6 Dinamarca (1993) 1,5 0,9 Alemanha (1993) 1,4 1,0 França (1992) 1,3 0,7 Japão (1993) 0,8 0,5

Fonte: Organisation Mondiale de la Santé, 1995;

Ministério da Saúde. 1998. Fundação SEADE.

Assim, os óbitos e nascimentos, representados por pontos, serão contados quando estiverem contidos na área zonal que queremos analisar. No caso da população censitária, esta poderá ser estimada a partir de critérios de proporcionalidade entre polígonos (figura 2).

Figura 2

Categorias Representacionais (polígonos e pontos) usuais em SIG

Para este trabalho, foram utilizadas quatro bases cartográficas:

1) a base de logradouros da Fundação SEADE, que gerou a 2a base cartográfica;

2) base cartográfica de ruas com endereçamento dos óbitos – 2001. (Fundação

SEADE);

3) base de cartográfica dos perímetros das favelas – 2000. (Base cartográfica

desenvolvida pela Secretaria de Habitação Popular / HABI da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano / SEHAB-PMSP em parceria com o Centro de Estudo da Metrópole / CEM ligado ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento / CEBRAP, e

4) base cartográfica dos perímetros dos Setores Censitários – 2000. (Fundação IBGE).

3. Agressões no Município no contexto Nacional e Internacional

As mortes por agressões, estão disseminadas em vários países do mundo e têm apresentado índices bastante distintos. Na tabela 1 são apresentadas as taxas de mortalidade por agressões segundo sexo, para alguns países selecionados e para o município de São Paulo. Apesar de os dados apresentarem uma defasagem no tempo, e de as áreas analisadas se referirem apenas a países, e não municípios ou

Polígono 1

Polígono 2

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aglomerados urbanos, a comparação destes indicadores permite estabelecer uma dimensão da mortalidade por agressões no Município de São Paulo, em relação a outras áreas do mundo.

Uma característica comum a grande maioria os países analisados é que os índices de mortalidade por agressões na população masculina são muito superiores em relação à população feminina. A taxa de mortalidade masculina do Município de São Paulo, já neste período, mostrou-se uma da mais elevadas, perdendo apenas para a Colômbia, cujo índice é 58% maior que no município, seguidos em termos de importância pela Rússia, Brasil,

México e EUA1. Enter as mulheres, apesar destes índices serem bem inferiores ao dos

homens, ele apresentou um nível bastante elevado em relação aos demais países, perdendo apenas para a Rússia, Colômbia e EUA (Tabela 1).

Através dos dados do Ministério da Saúde, relativos ao ano 2001, é possível comparar a situação da mortalidade por agressões do Município de São Paulo com as demais Capitais Brasileiras. Assim como na Tabela anterior, o Gráfico 1 revela que os índices de mortalidade por agressões entre os homens foram superiores aos das mulheres em todas as Capitais. Entre os homens, os maiores coeficientes foram registrados em Recife, Cuiabá, Porto Velho, Vitória e São Paulo, todas com índices superiores a 100 óbitos por 100 mil homens. Entre as mulheres, estes índices foram bem menores, inferiores a 20 óbitos por 100 mil mulheres e as capitais com índices mais elevados de morte por agressões foram Porto Velho e Vitóra respectivamente, com índices superiores a 10 óbitos por 100 mil mulheres.

1 Vale salientar, que esta comparação apresenta algumas limitações, uma vez que alguns dos países classificados como subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, não dispõem de informações relativas às causas de morte. A maior parte destas informações refere-se a países desenvolvidos, cuja situação de mortalidade, em geral, é melhor em vários aspectos.

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3.1. Evolução das Agressões segundo Sexo e Idade no Município de São Paulo

A tendência da mortalidade por agressões como uma das principais causas de morte da população paulista tem-se tornado cada vez mais preocupante, apresentando um cenário grave ao longo destes anos. Entre 1980 e 2002, as mortes por agressões no Município de São Paulo passaram de 1.470 para 5.719.

A principal responsável pelo aumento registrado foi a participação da população masculina, que passou de 1.333 óbitos em 1980 para, aproximadamente, 5.320 óbitos em 2002. Entre as mulheres, apesar desse volume ser bem inferior, verifica-se que houve um aumento destas mortes, passando de 138 óbitos em 1980 para 399 óbitos em 2002.

Fonte: Datasus; IBGE.

Gráfico 1

Taxa de mortalidade por agressões segundo sexo Capitais do Brasil 2001 0 20 40 60 80 100 120 140 160 Reci fe Cui a bá Porto Velh o Vitó ria São P aulo Mac eió Rio de Janei ro Arac aju Maca pá João Pes soa Rio B ranc o Boa Vi sta Brasí lia Belo Hor izont e Cam po G rande Porto A legr e Pal m as Fort alez a ManausSão L uís Curit iba Bel é m SalvadorTere sina Flor ianópol is Goi ânia Nata l Homens Mulheres (P or 100 m il habit antes) Capit ais

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Com relação a essa causa específica de morte, verifica-se que ela vem apresentando uma pequena redução nos seus índices nestes três últimos anos. Em 1999, ano em que apresentou o maior índice deste período, sua taxa foi de 64,24 óbitos por 100 mil habitantes e passando para 54,20 óbitos por 100 mil, em 2002 (Gráfico 2). Apesar dessa redução em seus índices, a mortalidade por agressões continua bastante elevada, visto que ela é três vezes maior que a observada em 1980. O aumento da mortalidade por agressões deve-se, basicamente, ao crescimento da mortalidade masculina. Até 1982, suas taxas eram inferiores a 20 óbitos por 100 mil habitantes, e desde esse momento verificou-se um aumento significativo da mortalidade, quando as taxas oscilaram entre 40 e 55 óbitos por 100 mil. A partir de 1993, houve um aumento gradativo, atingindo o patamar de 64,24

óbitos por 100 mil em 1999 e depois começa a diminuir. Entre as mulheres, estes índices foram bem inferiores, contudo, elas praticamente triplicaram entre 1980 e 1999, passando de 3,18 óbitos por 100 mil mulheres para 8,83 óbitos por 100 mil. A partir deste ano os coeficientes diminuem paulatinamente, atingindo um nível de 7,22 óbitos por 100 mil em

2002 (Gráfico 2)2.

Além do aumento gradativo da mortalidade ao longo destes vinte e três anos de estudo, houve também uma forte concentração na população jovem e adulta.

2 As informações referentes às mortes por agressões foram atualizadas para 2002 apenas no Gráfico 2. As demais informações referem-se ao ano de 2001.

Fonte: Sistema de Estatísticas Vitais, Fundação SEADE. Gráfico 2

Taxa de mortalidade por agressões segundo sexo Município de São Paulo

1980-2002 0 20 40 60 80 100 120 140 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Homens Mulheres Total

(9)

9

Nos Gráficos 3 e 4 são apresentadas as curvas de mortalidade por homicídios segundo sexo e idade. Foram selecionados três momentos deste período para melhor visualizar o comportamento destas taxas.

Observa-se que a maior concentração das taxas de mortalidade por homicídio encontra-se na população entre 15 e 39 anos de idade. Novamente é possível constatar que as taxas de mortalidade masculina são bem superiores às femininas. Por este motivo, os gráficos foram construídos com escalas distintas para permitir uma melhor avaliação das diferenças entre as taxas de mortalidade.

Fonte: Sistema de Estatísticas Vitais, Fundação Seade.

(*) Devido ao grande diferencial existente entre os níveis de mortalidade de homens e mulheres, os gráficos 3 e 4 são apresentados com escalas diferentes.

Gráfico 3

Taxa (*) de mortalidade por agressões masculino segundo idade Município de São Paulo

1980/82 - 1989/91 - 2000/02 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 3940 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e+ 1980/82 1989/91 1999/02 Idade Homens

(por 100 mil hab.)

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Constata-se que para a população masculina, as curvas de mortalidade por homicídios aumentam gradativamente com a idade até atingir o pico no grupo etário de 20 a 24 anos de idade (Gráfico 3). A partir destas idades, os índices de mortalidade diminuem paulatinamente. Entre as mulheres, estas curvas apresentam algumas oscilações, principalmente no início do período (1980/82), quando as taxas eram menores. À medida que os anos passam, estas oscilações desaparecem, e o pico da mortalidade tende a se concentrar nos grupos etários de 20 a 24 anos de idade (Gráfico 4).

Fonte: Sistema de Estatísticas Vitais, Fundação Seade.

(*) Devido ao grande diferencial existente entre os níveis de mortalidade de homens e mulheres, os gráficos 3 e 4 são apresentados com escalas diferentes.

Gráfico 4

Taxa (*) de mortalidade por agressões feminino segundo idade Município de São Paulo

1980/82 - 1989/91 - 2000/02 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 0 a 4 5 a 9 10 a 1 4 15 a 1 9 20 a 24 25 a 2 9 30 a 3 4 35 a 3 9 40 a 4 4 45 a 4 9 50 a 5 4 55 a 5 9 60 a 64 65 a 69 70 a 7 4 75 e+ 1980/82 1989/91 1999/02 Idade Mulheres

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11 3.2.Características das Mortes por Agressões

Um aspecto importante no estudo da mortalidade por agressões refere-se ao aumento do número de mortes provocadas por armas de fogo. Embora as declarações de óbitos não forneçam informações mais precisas com relação à forma como a agressão foi praticada, elas possibilitam algumas observações. Em 1980, do total de agressões no Município de São Paulo, 15% eram provocados por armas de fogo, enquanto 85% representavam as demais agressões. No transcorrer deste período, verifica-se um aumento da participação das agressões provocados por armas de fogo, passando a ser a principal responsável por esta causa de morte em 1996, mais de 60% (Gráfico 5). Este aumento, deve-se à melhoria da classificação desta causa de morte, visto que o as agressões por meios não identificados têm diminuído ao longo dos anos.

Outra característica importante refere-se à sazonalidade das agressões. No Gráfico 6 são apresentados os óbitos por agressões no Município de São Paulo, ocorridos no ano de 2002, segundo os dias da semana. Constata-se aqui que a maior ocorrência de mortes por agressões deu-se no domingo e no sábado, com concentração de cerca de 20% e 19%, respectivamente. Nos demais dias, essas proporções são bem menores, ficaram em torno de 12% e 13%, apresentando uma redução até quarta-feira e, a partir deste dia, um aumento gradativo.

Outra variável importante derivada da declaração de óbito, que também permite melhor avaliar o perfil da vítima por agressão, é apresentada no Gráfico 7. Nele,

Fonte: Funfação SEADE.

Distribuição percentual dos óbitos por agressões segundo sexo Município de São Paulo

1999-2002 Gráfico 5 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

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encontram-se as proporções de óbitos por agressões no Município de São Paulo, em 2001, conforme o estado civil. Cerca de 69% dos óbitos por agressões ocorreram entre solteiros. Entre os casados, esta proporção foi 16% e entre os demais estados civis representou 7% das ocorrências. A proporção de ignorados, ou seja, aqueles casos em que não se sabe o estado conjugal da pessoa, é de 7,9% As taxas de mortalidade nos dá um panorama mais real da do risco de morte por agressão segundo o estado civil. No gráfico 8, verificamos que o risco de um cidadão solteiro morrer por agressão é muito superior aos dos demais estados civis, cerca de 106 óbitos por cem mil habitantes, seguem em termos de importância os separados judicialmente (20 óbitos por cem mil), os casados (13 óbitos por cem mil), os que vivem em união consensual e os viúvos representam cerca de 13 e 8 óbitos por cem mil, respectivamente.

Gráfico 7

Distribuição dos óbitos por agressões segundo o estado civil Município de São Paulo

2002

Fonte: Sistema de Estatísticas Vitais, Fundação Seade.

7,9 16,2 69,2 1,0 2,8 3,0 Solteiro Casado Ignorado União Cons. Separado Judicialmente Viúvo

Fonte: Sistema de Estatísticas Vitais, Fundação Seade.

Gráfico 8

Taxa de mortalidade por agressões segundo o estado civil Município de São Paulo

2002 0 20 40 60 80 100 120 Solteiro Separado

Judicialmente Casado União Cons. Viúvo

(por 100 mil hab.) Fonte: Sistema de Estatísticas Vitais, Fundação SEADE.

Gráfico 6 2002

Distribuição dos óbitos por agressões segundo os dias da semana e sexo Município de São Paulo

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 Domingo Segunda-feira

(13)

13

Até este momento, procurou-se avaliar a evolução e mostrar algumas características das vítimas de morte por agressões da população da cidade de São Paulo. No próximo item, pretende-se fazer um breve exercício com as informações georreferenciadas para a cidade, e avaliar a mortalidade destas causas nas proximidades de favelas.

4. Mortes por agressões nas favelas no Município de São Paulo

Tradicionalmente os diferenciais geográficos são contemplados nos estudos de mortalidade. Assim O registro de endereços nas bases de dados do Registro Civil oferece a possibilidade de trabalhar numa escala mais detalhada, localizando os endereços dos eventos em qualquer unidade geográfica desejada.

Desta forma, com a utilização dos dados de mortalidade da fundação SEADE georreferenciados por logradouro do município da cidade de São Paulo em 2001, foi possível fazer um breve exercício estimando-se os níveis de mortalidade por agressões nas favelas e em suas proximidades, visto que alguns trabalhos sugerem que a violência nas favelas seria maior que fora delas.

O calculo das taxas de mortalidade (óbitos e população) foi feito utilizando o recurso de sobreposição cartográfica (overlayer) disponível no sistema de informação geográficos (GIS). Desta forma, foram utilizadas quatro bases cartográficas: a base de ruas, de favelas, de setores censitários e de óbitos.

Assim sendo, efetuou-se a sobreposição dos óbitos e dos setores censitários do Município de São Paulo à malha das favelas. Esta técnica permite saber quantos óbitos ocorreram dentro ou fora de uma favela. No caso da população, o programa calcula o percentual de setor censitário contido na base de favelas e assim estima-se a população (Mapas 1 e 2).

Mapa 1

Óbitos por agressões segundo logradouros e localização de favelas

Ci dade Ade ma r Ci da de Dutra G ra j a ú Ja rdim Ange la Ca pã o Re dondo Ja rdim Sã o Lu¡s Ca mpo G ra nde q REPRESA GUARAPIRANGA REPRESA BILLINGS S ocorro Pe drei ra 0 .9 1.8 2.7 Kilometers Map Lay e rs Qua dras SP GRSP-HidroP Distric ts Fa v2000 Homi cídio !

(14)

Com relação aos óbitos, verificou-se que dos 5.980 óbitos por agressões dos residentes no Município, foram endereçados por meio automático 4.638, cerca de 77,6%. Os demais óbitos, 122 (2%) referem-se a capital sem especificação, ou seja, a rua não consta no cadastro e 1220 (20,4%) são ruas cujo programa não conseguiu endereçar. Após executar este procedimento foi calculada a taxa de mortalidade por agressões da população residente nas favelas do município de São Paulo como um todo e verificou-se que esta foi pouco maior que a taxa da população que vive fora delas (N. Favela), cerca de 45,8 e 44,0 óbitos por 100 mil habitantes, respectivamente (tabela 2). Uma hipótese provável para a taxa não ser tão elevada nas favelas é que, muitas das ruas das favelas não têm nome (por exemplo, Rua A, Rua B, Rua 1, Rua 2, etc.), portanto os óbitos não podem ser endereçados. A outra possível hipótese é que, as taxas nestas 2 áreas são, de fato, semelhantes.

Ao observar-se mais detalhadamente o mapa de pontos (óbitos) e de áreas (ruas e favelas), percebeu-se que grande parte dos óbitos por agressões encontravam-se concentrados nas proximidades das favelas. Desta forma, o procedimento seguinte, foi de utilizar um recurso do GIS (Bands) que permite construir áreas (bandas ou faixas) ao longo do perímetro destas favelas. Assim, foram construídas bandas a cada 25 metros do perímetro das favelas até uma distancia máxima de 500 metros da favela(Mapa 3).

Verificou-se que, a 25 metros de distância, ou seja, o equivalente ao outro lado da rua da favela, a taxa de mortalidade por agressão subiu para 74,8 óbitos por 100 mil habitantes e na N. Favela, .essa taxa foi de 39,7 óbitos por 100 mil habitantes. As taxas de mortalidade nas favelas, mantiveram-se superiores a 70 óbitos por 100 mil até uma distância de 100 metros da favela (o equivalente a uma quadra), perímetro este que concentra cerca de 42% dos óbitos por agressões (Tabela 2).

Mapa 2

Base cartográfica de favelas e setores censitários

0 .3 .6 .9 Kilometers Map Layers Fav2000 Setor 2000 GRSP-HidroP Districts

Grajaú

REPRESA BILLINGS REPRESA BILLINGS

!

(15)

15

Dado que a mortalidade por agressão não é homogênea no Município de São Paulo, o passo seguinte, foi aplicar este mesmo procedimento para as 31 sub-prefeituras do Município, porém com o perímetro pré definido em 100 metros de distância da favela.

Mapa 3

Óbitos por agressões segundo logradouros e proximidade das favelas

0 .2 .4 .6 Kilometers Map Layers Distritos Fav2000 Quadras SP Agressão 2001 Favelas (Bands 25m) Favelas (Bands 100m) Favelas (Bands 2000m) Favelas (Bands 300m) Favelas (Bands 500m)

!

População Agressões Taxa % Agressões

Favelas 773.317 354 45,78 7,63 Favelas Banda 25m 1.333.043 997 74,79 21,50 Favelas Banda 50m 1.827.205 1.325 72,52 28,57 Favelas Banda 75m 2.299.595 1.697 73,80 36,59 Favelas Banda 100m 2.742.575 1.953 71,21 42,11 Favelas Banda 125m 3.154.445 2.189 69,39 47,20 Favelas Banda 150m 3.534.410 2.387 67,54 51,47 Favelas Banda 175m 3.888.903 2.564 65,93 55,28 Favelas Banda 200m 4.218.701 2.706 64,14 58,34 Favelas Banda 300m 5.343.577 3.202 59,92 69,04 Favelas Banda 500m 6.873.242 3.735 54,34 80,53 N Favelas 9.734.901 4.284 44,01 92,37 N Favelas Banda 25m 9.175.175 3.641 39,68 78,50 N Favelas Banda 50m 8.681.013 3.313 38,16 71,43 N Favelas Banda 100m 7.765.643 2.685 34,58 57,89 N Favelas Banda 125m 7.353.773 2.449 33,30 52,80 N Favelas Banda 150m 6.973.808 2.251 32,28 48,53 N Favelas Banda 175m 6.619.315 2.074 31,33 44,72 N Favelas Banda 200m 6.289.517 1.932 30,72 41,66 N Favelas Banda 300m 5.164.641 1.436 27,80 30,96 N Favelas Banda 500m 3.634.976 903 24,84 19,47 Total 10.508.218 4.638 44,14 100,00 Capital 10.508.218 5.980 56,91

Taxa de mortalidade por homicídios de residentes em favelas e em seus ar Município de São Paulo - 2001

(16)

Assim, o Mapa 4 mostra as taxas de mortalidade por agressões dos residentes em favelas e a uma distância de 100 metros delas e fora das favelas (N. Favelas)segundo as sub-prefeituras do município de São Paulo. Constata-se que em todas as sub-prefeituras os índices de mortalidade por agressões são maiores nas favelas que fora delas (N. Favelas).

Contudo em algumas sub-prefeituras, a razão de mortalidade (taxa da favela dividida pela taxa da N. Favela), não se mostraram muito significativas, ou seja, o fato de residir dentro ou fora da favela não faz grande diferença. Em geral, estas regiões são aquelas que apresentam os maiores índices de mortalidade total (favela e N. Favela juntas), como é o caso das sub-prefeituras de Perus, São Mateus, Ermelino Matarazzo e Guaianazes, cujo índice foi inferior a 1 (vide Tabela 3 e Mapa 5). É importante salientar que as sub-prefeituras de Cidade Tiradentes e Parelheiros, foram as que apresentaram as piores informações em termos de endereçamento automático, apenas metade (50%) dos óbitos nestas regiões foram endereçadas, o que compromete a análise destas. Nas demais subprefeituras da cidade essa subenumeração variou de 0 a 29%. Talvez, com a inclusão de outros anos neste banco, de 2002 e 2003, os resultados possam ser mais conclusivos.

(17)

17

Taxa de Mortalidade por Agressão de Favelas e N Favelas Subprefeituras da Capital - 2001 0 6 12 18 Kilometers Subprefeituras Charts 150 75 37.5 FAVELAS NÃO_FAVELA

"

Mapa 4

(18)

0 6 12 18 Kilometers Map Layers Subprefeituras RR 5 2.5 1.25 Razão de Mortalidade

"

Mapa 5

Sobremortalidade por agressões (favelas / Não Favelas) Sub-prefeituras do Município de São Paulo

Favelas Não Favelas

1 2 (1 / 2) Pinheiros 76,54 12,96 5,90 Vila Mariana 45,09 8,49 5,31 Santo Amaro 68,24 19,40 3,52 V.Maria/V.Guilherme 112,44 35,18 3,20 Sé 85,76 29,06 2,95 Santana/Tucuruvi 38,48 14,01 2,75 Mooca 75,87 30,11 2,52 V. Prudente/Sapopemba 70,70 30,24 2,34 Jabaquara 71,62 30,69 2,33 Ipiranga 66,69 29,00 2,30 Parelheiros 106,98 49,46 2,16 Penha 67,98 31,67 2,15 Lapa 32,49 16,26 2,00 Tremembé/Jaçanã 55,45 28,04 1,98 Freguesia/Brasilândia 74,70 39,92 1,87 M' Boi Mirim 96,68 54,79 1,76 C.Verde/Cachoeirinha 74,40 42,73 1,74 Campo Limpo 56,63 35,14 1,61 Pirituba 45,64 28,83 1,58 Socorro 93,74 60,82 1,54 Cidade Ademar 97,04 64,29 1,51 Cidade Tiradentes 55,03 37,68 1,46 Itaim Paulista 75,65 53,21 1,42 Butantã 26,31 19,27 1,37 Aricanduva 31,69 24,92 1,27 Itaquera 53,40 46,07 1,16 São Miguel 55,36 48,09 1,15 Guaianazes 61,09 63,14 0,97 Ermelino Matarazzo 35,41 44,46 0,80 São Mateus 47,26 61,27 0,77 Perus 6,83 10,55 0,65 Sobre- mortalidade Taxas (*) SUBPREFEITURAS

Sobremortalidade por Agressão (favelas / N.Favelas) Subprefeituras da Capital - 2001

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19 5. Considerações Finais

Os resultados obtidos, com base na análise da mortalidade por agressões mostram que houve uma pequena diminuição nos seus índices, apesar, de serem ainda, muito elevados quando comparado com aqueles de vinte anos atrás. A análise também revela que o risco de um cidadão residente no município de São Paulo morrer por esta violência é diferencial por uma série de atribuições sociais e demográficas, como: sexo, idade, estado civil, local de residência, entre outras. Outro fato importante, observado neste trabalho, foi a crescente magnitude que estas mortes assumiram ao longo destes vinte e um anos, devido, em grande parte, ao aumento das mortes por armas de fogo.

Com relação às mortes por agressões dos residentes nas favelas, os dados indicam que os índices de mortalidade nestas áreas e nas suas proximidade (a 100 metros), são mais elevados. Este mesmo padrão também foi verificado para as 31 sub-prefeituras da cidade de São Paulo. Contudo, em algumas sub-prefeituras cujos índices de mortalidade foram muito elevados, as diferenças entre as taxas das favelas (e a 100m delas) e nas “não favelas” não se mostraram muito grandes. Já em outras sub-prefeituras em que os índices de mortalidade são menores, o fato de viver em suas proximidades apresentou uma diferença mais significativa, entretanto algumas regiões apresentam inconsistência devido ao número de casos que foram endereçados automaticamente.

Algumas questões de caráter metodológico também merecem ser colocadas. Com relação ao tratamento dos dados, alguns procedimentos estatísticos podem ser adotados para das maior robustês ao trabalho, tal como utilizar a média móvel dos óbitos de dois ou três anos o que minimizaria o problema de possíveis flutuações estocásticas. Este procedimento não foi adotado pelo fato de contar-mos apenas com os dados endereçados para o ano de 2001. Doravante, pretende-se agregar mais anos para minimizar este problema, bem como poder avaliar as demais informações contidas na declaração de óbito, tal como feito para o total do município.

Para este tipo de análise espacial, é importante que se estabeleça o objetivo das inferências. Se estas são relativas às áreas ou se são relativas aos indivíduos que ali residem. Se o objetivo é ou são os indivíduos, nós caímos no “pecado original” da Falácia

Ecológica. Segundo Wrigley (1996) (apud. Ramos, 2002), “a ‘falácia ecológica’ envolve a inferência inadequada de relações em nível de indivíduo a partir de resultados obtidos em nível de área ou grupos” e isso não é o que pretendemos. Assim deve ficar bem claro que estamos tratando do risco da população residente nestas áreas e não de indivíduos.

Este trabalho procurou demonstrar que o SIG pode ser um instrumento importante para medir não só os níveis de mortalidade, más de todos os eventos vitais (nascimentos, óbitos e casamentos) em diferentes áreas da cidade, além daquelas tradicionalmente utilizadas tais como, distritos, sub-prefeituras, DIR’s, etc.

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Referências

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