CM
455
JULIANA
BICCA
BAcTERrÚR1A
AssINToMÁT'1cAz
PERFIL
CLINICO-EPIDEMIOLOGICO
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
Conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS-
sc
BACTERIÚRIA
AssINToMÁT,1cAz
PERFIL
CLINICO-EPIDEMIOLQGICO
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
Conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Prof. Edson Cardoso, Dsc
Orientador: Prof(a)
Ana
Maria Nunes de FariaStamm,
Msc
FLORIANÓPOLIS-sc
Florianópolis, 2001. 36p.
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina,
Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC.
AGRADECIMENTOS
À
minha
orientadora, Dra.Ana
Maria
Nunes
de FariaStamm,
peloesforço
em
mostrar-meque
sóhá
um
meio
de realizarum
trabalho:com
empenho,
paciência,amor
e ,buscando
a perfeição. Serásempre
um
exemplo.
Ao
apoiodo
Dr. Paulo Freitas, imprescindívelquando
a epidemiologiatomou-se mais
uma
lição a ser aprendida.À
minha
mãe, Maria
Cristina Bicca, emeu
paiAntero
Lopes
Bicca,por tudo
que
somente
eles seriam capazes deme
ensinar:amor
e forçaincondicionais.
Ao
meu
irmão, Flávio José Bicca, presentequando
tudo pareciaimpossível de realizar.
A
meus
irmãos,mais
do
que
amigos, importantes nosmais
diversosmomentos.
Obrigada, aosformandos da turma
deMedicina
2001-1.Finalmente, à Daniel Maccari,
um
companheiro
durante tantos anos,e
uma
das razões para lembrarsempre
dosbons
momentos
na
Universidade.TÍTULO
BACTERIÚRIA
Ass1NToMÁT,1cAz
LISTA
DE ABREVIATURAS
... ..VIILISTA
DE TABELAS
... ..VIILISTA
DE
FIGURAS
... ..IX1
1NTRoDUÇÃo
... ..o1 2OBJETIVOS
... ..03 2.1- Objetivo geral ... ..03 2.2- Objetivos específicos ... ..03 3M1ÉToDo
... ..o4 3.1-Delineamento da
pesquisa ... ..04 3.2-População ou
casuística ... ..04 3.3- Coleta dedados
... ..04 3.3.1-Sexo
... ..05 3.3.2- Idade ... ..05 3.3.3- Diagnóstico inicial ... ..05 3.3.4- Diagnóstico(s) secundário(s) ... ..053.3.5- Sinais e sintomas de
ITU
... ..053.3.6- Evidência de fatores complicantes ... ..05
3.3.7-
Exames
complementares
... ..053.3.8-
Tratamento
... ..053.4- Definição de critérios clínico-laboratoriais ... ..05
3.4.1- Critérios clínicos ... ..05
3.4.2- Critérios laboratoriais ... ..06
3.4.2.3- Urocultura positiva 3.5- Análise DOcumenta1... 3.6- Análise Estatística ... _. 3.7- Aspectos Éticos ... .. 4
RESULTADOS
... .. 5DISCUSSÃO
... ._ óCONCLUSÕES
... ._ 7REFERÊNCIAS
... ..RESUMO
... _.SUMMARY
... ..APÊNDICE
1 ... _.APÊNDICE
2 ... ._NORMAS
ADOTADAS...
LISTA
DE ABREVIATURAS
BA
-
Bacteriúria AssintomáticaBIREME
-
Biblioteca Regional deMedicina
CDC-EUA
-
Centro dePrevenção
e Controle deDoenças
dosEstados
Unidos da
América
CID
-
Classificação Intemacional deDoenças
DM
-
Diabetes MellitusHU
-
Hospital UniversitárioITU
-Infecção
do
Trato UrinárioMl
-
mililítroMm3
-
milímetro cúbicoSPP
-
Serviço de Prontuáriodo
PacienteUFC
-
Unidades
formadoras de colôniasUFSC
-
Universidade Federal de Santa CatarinaLISTA
DE TABELAS
Tabela
I-
Tratamento antibiótico instituídoem uma
populaçãocom
LISTA
DE
FIGURAS
Figura
1- Prevalênciada
Bacteriúria assintomáticano
HU...08Figura
2- Distribuição de faixa etária deuma
populaçãocom
Bacteriúria assintomática ... ..O9
Figura
3-Origem
da
infecçãoem
uma
populaçãocom
Bacteriúria assintomática ... ..1O
Figura
4- Fatores complicantes presentesem
uma
população
com
Bacteriúria assintomática ... ..11Figura
5- Perfil laboratorial dos pacientescom
BacteriúriaAssintomática ... .. 12
Figura
6-Agentes
etiológicosem
uma
populaçãocom
1
INTRODUÇÃO
A
infecçãodo
trato urinário(ITU)
éuma
das infeccões mais frequentesna
prática médica,
podendo
ocorrerem
qualquer faixa etária.Na
ausência desintomas, recebe a
denominação
de Bacteriúria assintomática (BA), a qualapresenta marcantes diferenças
em
relação a conduta clínica,na
dependência devariáveis
como
sexo, idade e co-morbidades associadasl. Entre essas,podemos
citarcomo
exemplo, os portadores de Diabetes Mellitus (DM)2”3'4, litíase renals, gravidezó, evidência de patologia urológica7, uso de catéter vesicalg, Infecçãodo
trato urinário (ITU) anteriorg, uso de córticoesteróides
ou
imunossupressores e,por
fim,
os pacientes submetidos a transplante renalm.Cada
grupo dessesdeve
ser avaliado de
forma
individual,impondo
ao clínico a necessidade de identificaras situações nas quais deve
ou não
atuar deforma
intervencionista._
7
O
critério diagnóstico de Bacteriúria assintomática édefinido
pelapresença de pelo
menos
2 uroculturas positivas,ou
seja, 10.0000ou mais
Unidades Formadoras
de Colônias(UFC)
por mililitro (ml) de urina, paraum
mesmo
germe,em
um
intervalo de 2 semanas,na
ausência de sinais e sintomasrelacionados ao trato genito-urinário, tais
como
disúria-dor e urgência miccional,entre outrosl”3'5'6”9.
Com
o
diagnóstico estabelecido, a otimizaçãodo
uso dos agentesantimicrobianos
depende do
mecanismo
fisiopatológicoque
a determina,além
das variáveis já citadas anteriormente.
Em
1999, Cicognall realizouuma
pesquisano
Hospital Universitário(HU)
da
Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC),
em
pacientescom
o
diagnóstico de “Infecçãodo
trato urinário de localizaçãonão
especificada”,em
um
período de 16 anos (1980-1996),segundo
a Classificação Intemacionalde
Doenças
(CID), de 1975. Classificou então, esses indivíduos,segundo
adécima
revisão
do
CID
e, posteriormente,com
os critérios diagnósticos paraITU
postulados por Stammlz.
Observou
então,que
todos os casos quereceberam o
diagnóstico de “Infecção
do
trato urinário de localizaçãonão
especificada”com
o CID-10, eram
classificadoscomo
Bacteriúria assintomática porStamm.
Esses
dados foram o
passo inicialque
despertou o interessena população
de pacientes classificados
como
tendoBA;
propusemos
então, através deum
estudo transversal descritivo, estabelecer a prevalência dessa entidade entre os
pacientes adultos intemados
no
HU
da
UFSC,
no
período de1996
a 2000,2
OBJETIVOS
2.1 Objetivo
Geral
Determinar a prevalência
da
Bacteriúria assintomática,em uma
população de indivíduos internados
com
o
diagnóstico de Infecçãodo
Trato Urinário de localização
não
especificada,em
um
Hospital Geralde
Ensino.2.2 Objetivos Específicos
2.2.1- Identificar
o
perfil clínico-epidemiológico dapopulação
estudada;2.2.2- Identificar os fatores complicantes associados a
BA;
2.2.3- Identificar a
tomada
de decisãoem
relação a conduta terapêutica;2.2.4- Descrever os
dados
obtidos nos ítens anteriores ecomparar
3
MÉToDo
3.1
Delineamento
da
pesquisaInquérito transversal descritivo
com
baseem
registro médico.3.2
População ou
casuísticaForam
incluídosno
estudo os pacientescom
idade igualou
superior a 15anos,
não
gestantes, internadosno
Hospital Universitário Dr. PolydoroEmani
de
São
Thiago,da
Universidade Federal de Santa Catarina(HU-UFSC),
em
Florianópolis,
no
período demarço
de1996
amarço
de 2000, classificadosinicialmente pelo Serviço de Prontuário
do
Paciente (SPP)segundo
aClassificação Intemacional de
Doenças-
décima
revisão (CID-10),como
N.39, ou, Infecçãodo
Trato Urinário de LocalizaçãoNão
Especificada.O
levantamento realizado neste período identificou 521 pacientescom
estaclassificação alfa numérica, dos quais
foram
avaliados 59 pacientesque
preencheram o
critério de Bacteriúria assintomática (BA).3.3 Coleta
de
dados
Os
dados foram
obtidos atravésda
análise do¿¿prontuá1io médico, nos pacientes selecionados, aplicando-se o,_ cnter1o_>_d;\agn_ost1co deBacteriúria assintomática consagrado por
Stammlz
e pela' literaturamundial.
Os
prontuáriosforam
solicitadossemanalmente ao
Serviçode
estabelecido
no
Projeto de Pesquisa, preenchendo-seum
Formulário Padrão de Coleta deDados
utilizado porCicogna
em
199911 (videapêndice 1),
no
qualestavam
incluídos:3.3.1-
Sexo
(masculinoou
feminino) 3.3.2- Idade (anos de vida)3.3.3- Diagnóstico inicial
3.3.4- Diagnóstico(s) secundário(s)
3.3.5- Sinais e/ou sintomas de
ITU:
disúria, frequência, urgência,polaciúria, poliúria, dor supra-púbica
ou
pélvica, dorno
flanco, febre,calafrios, dor lombar, dor a punho-percussão
lombar
(sinal de Giordano), hematúria e sintomas gerais (cefaléia, náuseas e vômitos,mal
estar e prostração);3.3.6- Evidência de fatores complicantes: Diabetes Mellitus, Litíase
renal, gravidez, evidência de patologia urológica, uso prévio de catéter vesical,
ITU
anterior, uso de corticóideou
imunossupressor, evidênciade
vaginite;
3.3.7-
Exames
complementares:hemograma
com
ou
sem
leucocitose, parcial de urina
(PU)
com
ou
sem
leucocitúria e/ouhematúria, urocultura e
dosagem
de creatinina séricaem
mg/dl ;3.3.8- Tratamento, se realizado
ou
não, adroga empregada,
e suaduração.
3.4 Definição
de
critérios clínico-laboratoriais3.4.1- Critérios clínicos
Presença de urocultura positiva, para
um
mesmo
microorganismo,associados a ITU.
Por
questões técnicas,não
foi observado o intervalode
2 semanas, e a realização deuma
segunda
cultura confirmatória.3.4.2- Critérios laboratoriais
3.4.2.1- Piúria: foi considerada
quando
acontagem
totalde
leucócitospor milímetro cúbico
(mm3)
de urina foi superior a 10.000;3.4.2.2- Hematúria: foi considerada
quando
acontagem
dehemácias por
mm3
de urina foi superior a 4.000;3.4.2.3- Urocultura positiva:
quando
houvesse crescimentode
bactériasou
fungosmaior
ou
igual a 105UFC
por milímetro (ml) de urina.3.4.2.4-
Origem
da
Urocultura: classificou-se a uroculturacomo
de
origem
comunitáriaou
hospitalar (nosocomial), de acordocom
adefinição
e oscritérios de infecção hospitalar
recomendados
pelo Centro dePrevenção
e Controle deDoenças
dos EstadosUnidos da
América (CDC-EUA)l3:
“infecçãohospitalar é qualquer infecção adquirida após intemação
ou
mesmo
após a alta,quando puder
ser relacionadacom
aintemação ou
procedimentos hospitalares”.Todos
osexames foram
realizadosno
Laboratório de Análises Clínicasdo
HU-UFSC,
obedecendo
as diretrizes e procedimentos locais.3.5 Análise
Documental
A
Pesquisa Bibliográfica foi realizada utilizando-se a basede
Dados
Medline
e literaturamédica
latino-americana (Lilacs), disponíveis pelaIntemet, através
do
endereço eletrônicowww.medline.com
, sobo
tema
nos últimos 10 anos.
Os
trabalhos selecionadosforam
obtidos via Intemet àBiblioteca Regional de
Medicina
(BIREME).
Os
documentos
consultados ecitados
no
textocompõem
as Referências Bibliográficas (p30) eforam
normatizados de acordo
com
asNormas
de Vancouver.3.6 Análise Estatística
Os
dados coletadosforam
analisadosno Programa
Epi~info 6.04,no
qual
foram
obtidas as frequências absolutas e relativasde
todas asvariáveis.
A
prevalência dos fatores de interessetambém
foi observada,em
conssonânciacom
os objetivosdo
estudo.3.7
Aspectos
ÉticosA
apresentação e oacompanhamento
do
Projeto de Pesquisaforam
realizados através da Coordenadoria de Pesquisa,
do Departamento
deClínica Médica,
do
Centro de Ciênciasda
Saúde,da
UFSC, com
aprovação
do
Comitê
de Ética de Pesquisaem
SeresHumanos
(videNo
período demarço
de1996
amarço
de 2000, 521 pacientes internadosno
HU
da
UFSC,
receberam
o diagnóstico de Infecçãodo
Trato Urinário delocalização não especificada,
ou
N.39,segundo
oCID-10. Neste grupo
identificamos
59
pacientescom
BA,
estabelecendo a prevalência de11,3%
nessa população (videfigura
1).ll ITU de Iocdizaçào não
äedficada
I
Figura
1: Prevalência daBA
numa
populaçãocom
“ITU
de localizaçãonão
especificada”.Entre as características clínico-epidemiológicas,
encontramos
um
discretopredomínio do
sexo feminino((57,6%
(34/59)) vs ((42,4% (25/59)).O
tempo
médio
de internação foi de 23,7 dias,com
um
mínimo
de 2 emáximo
de 167 dias.A
idademédia
foi de 64,2 anos, sendomaior
no
sexo masculino (77,9 anosvs 58,3 anos); a idade
máxima
encontrada foi de 91 anos e amínima
de 18.A
maioria dos casos(65%)
estevena
faixa etária a partir de 58 anos (figura 2).40 ¬¡.._._. .. ._-,..,..__.., _.. . ,.-.__.,._.., ..f_,..._ .-_.._._, __... ›._...,- ..¬. ¬f...,.. .v_...-.._..- ..._.. ...-_.. .,..-... . .-..._,.._._ .___ .--I 30- 25- porcentagem NO 15- 10- 5. 0 -. . . . ‹ 18-38 38-58 58-78 acima de 78 idade (anos)
Figura
2: Distribuição de faixa etária deuma
populaçãocom
BA
Fonte: pacientes intemados no HU, no período de 1996 a 2000De
forma
isolada, o diagnóstico primário de internação mais encontrado foi o de Diabetes Mellitus(DM)
descompensado,
em
8,5%
(5/59),embora
estivesse deforma
conjuntaem
20,4%
(13/59) dos casos; sequela deAVC
esteve presenteisoladamente
em em
3,4%
(2/59),porém
esteve envolvidoem
10,2%
(8/59) dospacientes
com
BA.
A
maioria dos casos foi deorigem
comunitária(65,5%
((41/59)) vs(30,5%
((18/59)), (vide Figura 3); o uso prévio de catéter vesical
predominou
quando
aorigem
era nosocomial(66,6%
(12/18)).80 10 eo
-í--
so---9
E O “ 4o- n. i ' ` i 30_______._____'__í
___í_
_í____
na
---ä-A-
---
1o-_--Z--
--_---í-
ei-
oY----_-
' nosocomial cumunnária OrigemFigura
3 :Origem
da infecçãoem
uma
populaçãocom
BA
Fonte: pacientes intemados no HU, no período de 1996 a 2000A
presença de fatores complicantesficou
evidenciadaem
69,5%
dos casos (41/59); os principaisforam
a presença deDM
deforma
isolada(24,4%
(10/41)),
ou
associado a outrascomorbidades (48,7%
(20/41)), e o uso prévio de catéter vesical, isolado(24,4%
(10/41))ou
associado(46,3%
(19/41)).Também
foram
encontrados evidência de patologia urológica eITU
anteriorcom
amesma
frequência(24,4%
(10/41)), seguido por litíase renal(7,3%
(3/41)),evidência de vaginite
(7,2%
(3/41)) e uso prévio deCE
ou
imunossupressor(4,8%
(2/41)) (vide figura 4)., 4 levidlncla cllni devag |t
Iluso de CE ou imunos pr sã
I ITU anterior
percentagem E1 uso prévio de catéter ve I
E7pato|og`a urológica prévn
_ _ Ilitlase renil
na mês mam
Figura
4: Fatores complicantes presentesem
uma
populaçãocom
BA
pnnonlqnu ` n nem numa ` Ilsucockúrla › « i › z z z . . 1 0 20 MI Au su ou 10 iu ou
Figura
5: Perfil laboratorial dos pacientescom
BA
A
análise das uroculturasmostrou predomínio
de Escherichia coli(59,3%
(35/59)), seguida por Klebsiellapneumoniae
(18,6%
(1 1/59)), Serratia sp(6,8%
(4/59)),
Pseudomonas
aeruginosa(6,8%
(4/59)), Proteus mirabillis(5,1%
(3/59)), Staphilococus aureus
(1,7%
(1/59)) e Acinetobacter(1,7%
(1/59)).Não
foram
encontradas culturas polimicrobianas.(vide figura 6)Entre os pacientes
com
DM
(20/59)como
fator complicante, E.coli foi abactéria mais frequente
(35%
(7/20)), seguida por Klebsíellapneumoniae,
(10%
(2/20)),
Pseudomonas
aeruginosa(10%
(2/20)), Serratía sp(5%
(1/20)), Proteus mirabíllis(5%
(1/20)) e Acinetobacter(5%
(1/20)).Nos
pacientescom
uso prévio de catéter vesical, a bactériamais
frequentefoi Escherichia coli
(29,4%
(5/ 17)), seguida por Klebsiellapneumoniae
(11,7%
(2/17)), Serratia sp
(1l,7%
(2/ 17)),Pseudomonas
aeruginosa(5,8%
(l/ 17)) e Acinetobacter(5,8%
(1/17)). ... ...in 9 ... ,.-zz
... ., ... sp-BB
...E
, fr- t z -~m‹›‹-f-- .: ' ›= if: '““ j` *f!¬".“=ãL.:5'Á-' >- *.:"ÉLë§t..`SI§II` V ' ' ` "Chu co"~n
3 O 10 20 30 40 50 SD nnnnnnnnn nmFigura
6:Agentes
etiológicosem
uma
populaçãocom
BA
Fonte: pacientes intemados no HU, no período de 1996 a 2000A
maioria dos pacientescom
BA
recebeu tratamentocom
antibiótico(88,1%
(52/59)); entre esses, prevaleceu o uso isolado de quinolonas(61,4%
(35/52)), seguido de cefalosporina(22,9%
(12/52)), associação desulfametaxazol
com
trimetropim(7,7%
(4/52)), penicilina(3,8%
(2/52)),nitrofurantoína
(1,9%
(1/52)) e amicacina(1,9%
(1/52)). (vide Tabela I)Entre os
20
pacientescom
DM
como
fator complicante,100%
(20/20)receberam
antibióticoterapia, sendoque
70%
(14/20)receberam
uma
quinolona,20%
(4/20)uma
cefalosporina,5%
(1/20)uma
associação de sulfametaxazolcom
trimetropim e5%
(1/20) amicacina (vide tabela I).A
maioria dos pacientescom
uso prévio de catéter vesicalforam
tratadoscom
antibióticos(70,5%
(12/17)) vs(29,5%
(5/ 17).Todos
osque não
receberam tratamento(100%
(5/5)) apresentavamcomo
único fator complicante o próprio usodo
catéter.Dos
que foram
tratados,41,6%
(5/ 12)
tinham
apenasum
fator complicante (uso prévio de catéter vesical), e58,3%
(7/ 12),tinham mais
um
fatoralém
desse.A
duraçãomédia
de tratamento foi de 9,6 dias,com
tempo
mínimo
de 3 eo
máximo
de 21 dias; entre os pacientescom
DM
otempo médio
foi de 10,2 dias,TABELA
I:Tratamento
antibiótico instituídoem
uma
populaçãocom
Bacteriúria assintomáticaDroga
Frequência%
quinolona32
61 ,4 cefalosporina 12 22,9 sulfa 4 7,7 ampicilina 2 3,8 nitrofurantoína 1 ,9 amicacina 1 ,9 Pífiitl Total 52 100
Em
1956,Kass
e col”demonstraram que
95%
dos pacientescom
infecção urinária apresentavam 10.000
ou mais
UFC
porml
de urina,como
valor limite para diagnóstico dessa infecçãona
presença desintomas típicos.
Ou
seja,além
deum
número
restrito de bactérias encontradoem
exames
de cultura de urina, as infecções são detenninadaspela presença de sintomas, a base
da
Medicina
Clínica.Todavia,
em
algumas
situaçõesna
prática médica,nem
sempre
aausência de sintomas implica
na
ausência de doença, sendouma
dessassituações representada por
uma
das modalidades de infecçãodo
tratourinário
chamada
de Bacteriúria assintomática (BA).Em
função de caracterísitcas próprias, foi consideradaem
1982,como
a ponta deum
íceberg, pela sua capacidade de emergir e manifestar-secomo
infecçãosintomática
ou
com
outras complicações”.Para facilitar o estudo dessa entidade, muitos autores a distribuem
em
populações distintas,
uma
vezque
cadauma
delas exibe peculiaridadesque
podem
modificar
a conduta diagnóstica e, principalmente, terapêutica.Nesta nossa casuística,
encontramos
uma
prevalência geralda
BA
de 11,3%,ou
seja, ligeiramente inferior ao apontado pela literaturaló(prevalência de 17 a
50
%
deBA
entre mulheres e 6 a34
%
entrehomens
com
idademédia
de 65 anos); essenúmero, porém,
vem
da análise doscasos de
ITU
de localizaçãonão
especificada, enão
do
número
total decasos de
ITU
diagnosticadosno
HU.
Além
disso,quando
falamos deBA,
contexto clínico-epidemiológico, associado aos fatores complicantes
envolvidos.
Analisando vários estudos,
verificamos que
a incidência deBA
é variável entre os grupos etários.Costuma
ser de1%
entre crianças,predominando no
sexo masculino e, após a infância, varia demenos
de1% em
homens
a 1 a2%
em
mulheresló.Na
vida adulta,no
sexo femininochega
a 2 a5%,
com
até10%
entre gestantes,chegando
a 5 a15%
nasidosas”.
Em
homens
de 45 a 50 anos a incidência cresce, e épróxima
a5%,
ficando claro oaumento
com
o avançarda
idade”,em
ambos
ossexos.
A
prevalência deBA
entre idosos investigadosdo
ponto de vistaambulatorial, é
em
média
1 para cada 10 mulheres e 1 para cada20
homens”.
Em
ambiente institucional,como
asilos, esta prevalência crescede
forma
marcante, atingindo cerca de35%
doshomens
e50%
dasmulheres”. Este estudo
mostrou
uma
média
de idade de 64,2 anos,com
amaioria dos pacientes
na
faixa etáriaacima
de58
anos, corroborando esse padrão.A
maior
incidência deBA
na
população idosapode
ser pelasalterações funcionais e anatômicas próprias
do
processo de envelhecimento,como
a instabilidade emenor
contratilidadeda
bexiga e sua baixa complacência, e a deterioração das suas célulasda
mucosa
e submucosazo.Costuma,
ainda, sermaior
entre idosos hospitalizadosou
residentes
em
asilos, nos quaispode
havermaior submissão
a procedimentosmédicos
e deenfermagem,
restrição ao leito, eincontinência fecal e/ou urinárialg. Outros fatores associados são os
processos benignos
ou
malignosda
glândula prostática (queprovocam
menor
resistência ao assestamento de bactérias patogênicas), e patologiasesvaziamento vesical incompleto,
maior
resíduo e alta frequência derefluxo
vésico-ureterall9”2°.O
segundo
diagnóstico primáriomais
encontrado entre os pacientescom
BA
neste estudo, foio
de sequela deAVC.
A
restrição ao leito,muitas vezes associada às dificuldades motoras resultantes
de
alterações ósteo-articulares própriasda
idade, por vezes agravada pela imobilidade e a dificuldade de expressãode
sintomas urinários, são fatoresque
contribuem para esse fato”.É
na
população femininaque
fatores anatômicos (0menor
comprimento
da uretra7), e causashonnonais
( aqueda do
estrogênioque
modifica amicroflora
vaginallg),predispõem
naturalmente a ITU22. Issopode
explicaro que
foi encontrado,ou
seja,um
ligeiropredomínio do
sexo feminino sobreo
masculino.Entre as mulheres idosas
há
ainda o efeito aditivo das alteraçõespróprias
do
climatério23.Na
pré-menopausa
aflora
vaginal éformada
basicamente de lactobacilos, os quais
mantém,
atravésdo
catabolismodo
glicogênio
em
ácido láctico,um
ambiente ácido que dificulta acolonização da vagina por uropatógenos.
Com
o decréscimodo
estrogêniono
climatério,há
um
aumento
do
ph
vaginal, pela reduçãoda população
de lactobacilos, tornando-a
mais
convidativa a bactériascomo
Escherichia coli, principal uropatógeno associado aBAl. Outro
fatorimportante
em
mulheres idosas é a presença de cistocele e retocele,resultantes da fraqueza
da
musculatura pélvica, que,quando
ocorrem, são importantes fatores de estasedo
conteúdo vesical”.Nicolle e col,
em
1983, estudandouma
população dehomens
idosossegundo
estudo,também
realizado por Nicolle,em
1987, focalizouuma
população de mulheres idosas residentes
em
asilos, encontrandouma
incidência de
50%
de BA25.Outro
importante ponto a salientar a respeito daBA
entre idosos, éque
cerca de67%
são resultado de infecção de localização renal,enquanto
apenas33%
delas localizam-sena
bexigals .A
presença de fatores complicantes entre os pacientescom
BA
foi marcante nesse estudo,uma
vezque
esteve presente na maioriados
pacientes,
que
em
grande parte deles teveo
DM
associado, seguidodo uso
prévio de catéter vesical. Entre os outros fatores complicantes
encontrados, destacaram-se evidência de patologia urológica,
uma
vez
que
a hiperplasia prostática (e suas consequências) e a instrumentação das vias
urinárias representam os principais fatores de risco para
ITU,
e,consequentemente, de
BA,
em
homens
adultos7; presença de litíase,que
configura fator obstrutivo,
uma
vez
que
dificulta aexecução dos
mecanismos
naturaisdo
trato urináriocombater
infecçõesg, e a utilização de corticoesteróides e/ou agentes imunossupressores, nas quais seususuários, por
mecanismos
aindanão
totalmente estabelecidos,(mas que
estão provavelmente vinculados a modificação dos receptores epiteliais),
favorecem
a adesão bacteriana ao urotéliolo.O
diagnóstico primáriona intemação mais
encontrado foio
deDM
descompensado,
totalizando cerca de20,4%
deles.Considerando
a altaincidência de
BA
nessa população, tantoem
situação ambulatorial quantohospitalar,
fica
fácil entender esses números.É
conhecida a importância clínico-epidemiológicada
BA
na
patogenia da
ITU
em
detenninadas situações clínicas, entre as quaiso
DM
é a
mais
importante.A
infecçãonão
apenas ocorremais
frequentemente,gravesl. Paradoxalmente,
mesmo
quando
existe infecção alta,o
pacientepode
ser totalmente assintomáticoz.A
bexiga neurogênica,como
manifestaçãoda
neuropatia periférica,constitui o fator predisponente de
maior
relevância nos quadros sépticosurinários nos pacientes diabéticos.
A
presença de resíduo vesical,demonstrado
pelaUSG,
constituium
fator importante associado aBA
nesses pacientes, estando presenteem
72,7%
dos casos. Isso constituíuma
evidência indireta de neuropatia autonômica, o
que
explica,em
parte, amaior
tendência dos diabéticosem
desenvolver ITU.O
resultado diretoda
sensibilidade vesical reduzida é a distensão vesical,com
maior
volume
residual urinário,que
acarreta a longo prazo consequências graves,como
refluxo
vésico-ureteral e infecção alta e recorrentezó. Outros fatoresassociados incluem
uma
maior
incidência de anormalidades estruturaisgenito-urinárias3, elevadas concentrações urinárias de glicose, resposta
imune
deficitária determinada por alterações fagocitárias e de quimiotaxia dos polimorfonucleares(PMN),
diminuiçãoda
atividade bactericidada
urina (pela diluição de substâncias
como
a uréia), euma
maior
capacidade de adesão às célulasdo
epitélio vesical4.Além
disso,o
surgimento dedoença
vascular generalizadacomo
resultado
do
diabetes de longa duração, principalmente após20
anos dedoença
(manifestada clinicamente através de retinopatia, neuropatia,cardiopatia e
doença
vascular periférica), correlaciona-se demaneira
decisiva
com
o
aumento da
incidência deITU
entre diabéticos27.Pila Pérez e col,
em
1998, encontraramuma
incidênciade
BA
entrediabéticos de
6,7%
(significantementemaior
do que
amédia
de 1 a2%
na
população geral),
com
maior
freqüencia entre pacientes insulino- dependentes (l9,4%), nos pacientescom
idade superior a 50 anos (71%),com
tempo
transcorrido dedoença
de 10 a20
anos e acentuada alteraçãometabólica3.
Zhanel e col,
em
1995, encontraramuma
incidênciamuito
semelhante
em uma
população de mulheres diabéticas (7,9%), sendo que,dessa '\ vez., a maioria era de insulino-independentes, porém, de
forma
›-\
\
semelhante,
com
duração superior dedoença
(em
média
10 a20
anos), emaior
deterioração metabólica, evidenciada pela presença de neuro eretinopatiaz.
Kayima
e col,em
1996, estudandotambém
uma
população
dediabéticos, insulino-independentes, encontrou
uma
incidência de11%
deBA,
com
predomínio
importante entre mulheres (2: 1)4.Não
foi surpresa, encontrarmos,também, números
elevados depacientes
com
história de uso prévio de catéter vesical,uma
vez que
apenas 2 a
6%
dos pacientes cateterizadosque
ficam
bacteriúricos sãosintomáticos, o
que
toma
o termo
bacteriúria associada ao catéterpraticamente
um
sinônimo deITU
associada ao catéters.A
ITU
é a principal representante das infecções nosocomiais, correspondendoem
média
a 35 a45%
dessas, sendoque
amaior
parte delas associa-se ao cateterismo vesical de demora28.A
forte associaçãodesse
com
o desenvolvimento de infecção é evidenciada pordados da
literatura:
10%
dos pacientestomam-se
bacteriúricos jána
sua inserção”,uma
única cateterizaçãoaumenta o
risco e para cada dia amais
de uso,o
risco é de
5%
amais
por dia3°'É
importante salientar que, virtualmente, todo paciente cateterizado égrupo de risco para desenvolvimento de
ITU
nosocomial.Porém,
oscom
idade avançada,
pouca
mobilização, desnutridos, debilitados eem
uso de
certas drogas3 1, por
demonstrarem
maiores índices de colonização meatalEm
nosso estudo,na
qual aBA
nosocomial representou 1/3 de toda apopulação estudada, a maioria teve
como
fator complicante o uso préviode catéter vesical.
A
presença de leucocitúria foi evidentena
maioria dos casos(83,1%
(49/59)),
porém
não
foi quantificada. Isso seria muito importante, pois apresença de infecção alta correlaciona-se fortemente
com
idade mais avançada ecom
maiores índices de piúrialg.Na
verdade, ela demonstra tervalor preditivo quanto a presença de infecção alta,
uma
vez queleucocitúria igual
ou
superior a 20.000 leucócitos/mm3 significa sítio renalde infecção
em
pelomenos
80%
dos casoszs. Assim, a análise deleucocitúria encontrada
em
exames
de sedimento urinário éum
dado que
deve ser valorizado, principalmente diante de
um
idosocom
suspeita deBA.
De
forma
global, Escherichia colí foi o principal agente etiológico encontradona
população estudada;como
esse, outros microorganismospresentes nas uroculturas
foram
também
os demaior
prevalência nasinfecções sintomáticass.
Entre os pacientes
com
DM
o agente etiológico mais frequentementeenvolvido
na
BA
é Escherichia coli,com
a maioria dos trabalhos apontando parauma
incidênciamédia
de uroculturas positivas para essegerme
variando de50
a55%,
seguida por cerca de 15 a20%
de outras enterobactérias, distribuídas da seguinte' forma: cerca de14%
Klebsiella przeumoniae,8%
Estreptococus,5%
Estafilococus,3%
Gardnerellavaginalis e
1%
Enterococus faecalis2”3”27.J
Kayima,
em
seu estudo,também
encontrouum
predomínio de40%
de Escherichia coli (40%), seguida de Klebsiella przeumoniae,
Staphilococus epidermidis e aureus (cada
um
com
cerca de 13%),6%).
A
grande maioria dos agentes causadores deBA
entre diabéticos sãomesmo
as bactérias gram-negativas4. Neste estudo,também
encontramos
entre os pacientes
com
DM
um
predomínio
de Escherichia coli eKlebsiella
pneumoniae.
Ainda
em
relação ao agente etiológico, as enterobactérias são osprincipais
microorganismos
encontrados nasITU
associadas ao catéter, assimcomo
nas comunitárias. Escherichia coli é o principal agente etiológico,mas
também, Pseudomonas
aeruginosa, Klebsiellapneumoniae,
Proteus mirabillis e Staphilococus epidermidis sãoencontrados”. Essas bactérias colônicas originam-se
da
própria florado
indivíduo, por auto-infecção,
ou colonizam o
catéter e a área perineal, pelamanipulação
pormãos
contaminadas de profissionais de saúde”.Encontramos na
maioria dos casos de bacteriúria associada ao catéter, Escherichia coli, deforma
semelhante aoque
é encontradona
literatura especializada, assim
como
a ocorrência de Klebsiellapneumoniae
ePseudomonas
aeruginosa, excetuando a presença de Proteus mirabilliss.Também
encontramos
alguns indivíduoscom
Serrariasp e Acinetobacter; a literatura mostra
que
essesgermes
costumam
serencontrados
em
pacientesque
já sesubmeteram
a diversos regimes de antibióticoterapiaw.Entre os idosos, os agentes causadores de
BA
costumam
ser osmesmos
encontrados nasITU
comunitárias de pacientesmais
jovens:Escherichia coli (85 a
90%),
seguida por Klebsiellapneumoniae
e Proteus mirabillis.Nos
idosos residentesem
asiloshá
uma
especial tendência ainfecção polimicrobiana,
em
10%
doshomens
e25%
das mulhereszo.Todos
os casos aqui apresentadostinham
padrãomonomicrobiano.
Observamos,
ainda, neste estudo,que
a maioria dos pacientes (52/59)etária de 58 a 78 anos, e esse
dado merece
ser analisado, pois os estudosmostram
que
o tratamento,quando
indicado, é baseadoem
dados
como
doença
de base, sexo e idade.Por
exemplo,com
todas essas evidênciasque
associam de maneira inexorável aBA
com
o avançar da idade, ainda existem muitas dúvidas quanto a sua associaçãocom
maior
morbi-mortalidade, principalmente por ela tender a ocorrer
em
indivíduosmais
debilitados funcionalmente e, por isso,
mais
sujeitos à morte.Em
1998,Bengtsson
e col apresentaramum
estudo queacompanhou
uma
população de mulheres bacteriúricascom
idades entre38
e60
anos, durante24
anos, distribuídosem
4
períodos: 1968-69, 1974-75, 1980-81 e1992-93.
A
incidência de bacteriúria inicial,no
primeiro período, foi de 3a
5%,
aumentando
gradativamentecom
o avançarda
idade.O
achado
de bacteriúriaem
uma
ocasião significou riscoaumentado
de ter bacteriúrianovamente
6 a 12 anos depois, enão
foi observado, durante todo o período de24
anos,nenhuma
diferença de incidência de mortalidadeou
doença
renal grave entre as mulheres bacteriúricasou
não. Durante todoo
estudo, 8 mulheres
morreram
em
uremia,sendo que
nenhuma
delas erabacteriúrica inicialmente, e apenas
uma
mulher
bacteriúrica,do
total de1462, teve
aumento da
creatinina sérica ao final dos24
anos”.Ou
seja,haveria
uma
indicação racional de terapêutica deBA
em
idosos se elareduzisse
morbidade
e mortalidade e fosse custo efetiva”,mas
há
fortesevidências
que não há
tal associação.Nicolle e col,
em
1983, estudandouma
população
de idososhomens,
constatouque
aBA
nessa população caracterizava-se por ser persistente e recorrente,demonstrando que
as tentativas de erradicação são infrutíferas,uma
vezque pouca morbidade
enenhuma
mortalidadepôde
ser atribuídaApesar
de todas as evidências deque
aBA
têm
pouco ou
nenhuma
papel relevante
em
determinarmaior
morbi-mortalidadeem
pacientesidosos, alguns autores
costumam
classificá-la quanto a possibilidadede
tratamento.
Em
mulheres idosasnão deve
ser tratada, anão
serquando
associada a outras condições de risco aumentado,
como
doença
invasivado
tipoDM
e imunossupressão.Nos
homens, que
deforma
geralcostumam
demonstrarmenor
incidência deITU
em
qualquer idade, apresença de
BA
pode
sugerir,quando
existam recursos, que se pesquise fatorescomo
urina residual, litíase e tumoresló.Mesmo
quando
avaliamos a deorigem
comunitária, enão
as encontradasem
pacientesencaminhados
de asilosou
instituiçõessemelhantes, a literatura reafirma
que
o tratamento reduz a ocorrência deurocultura positiva posterior
num
período de até 6 meses,porém
não
reduz a ocorrência de sintomas associados ao aparelho gênito-urinário.
Também
não
existem diferenças de morbi-mortalidade entreo
grupo
tratado e onão
tratado, deforma
semelhante aoque
ocorre entre idososresidentes
em
instituições,além
demaior
incidência de efeitos colateraisassociadas à terapêutica. Esse fato, aliado ao alto custo
que
impõe,proscreve a antibióticoterapia nessa população”.
Nos
diabéticos, a progressão para complicaçõescomo
abscessocórtico-medular, pielonefrite enfisematosa, abscesso perinefrético e
septicemia gram-negativa, por
serem mais comuns,
justificam erespaldam
o
tratamento deBA
nesse grupo”.Em
diabéticoshá
uma
indicação fonnal de tratamentozó, assimcomo
nos pacientes
imunocomprometidos
por qualquer causa; pacientesportadores de anormalidades gênito-urinárias
como
rins policísticos eesponjo- medulares,
também devem
receber tratamento; finalmente,produtores de urease,
como
Staphilococcus coagulase negativo, Proteus mirabillís, Klebsíellapneumoniae
ePseudomonas
aeruginosa, otratamento é indicado pelo risco adicional de desenvolvimento de litíase e
suas consequênciasló.
Encontramos
entre diabéticosum
índice de tratamento de100%
(20/20), oque
sugereadequada
indicação terapêutica nesses casos.Em
pacientescom
catéter vesical dedemora
(queem
geralsempre
são bacteriúricos),
não
se indica tratamento, amenos
que omesmo
venha
a ser submetido a procedimento gênito-urinário invasivo, pelamaior
31,36
incidência
no
desenvolvimento de bacteremia echoque
sépticoQuando
bem
indicada, a droga a ser utilizada deve ser selecionadalevando-se
em
consideração o perfil de sensibilidadeda
instituição e asprováveis associações
com
outras medicações,sem
que existauma
regrarestrita
que
obrigue o uso dessaou
daquela 1. Assim, os dados encontradosnesse estudo,
mostrando que
a maioria dos pacientes tratados receberamuma
quinolona,podem
indicar aopção
terapêuticatomada
peloprofissional médico, baseado
ou não
no
perfil de sensibilidadeda
mesma.
Nos
diabéticos, a associação de sulfametaxazolcom
trimetropimdeve ser indicado
com
cautela,uma
vez quenão
éincomum
o
seuemprego
concomitante ao uso de hipoglicemiante oral, oque
predispõe apotencialização de seus efeitos.
A
maioria dos trabalhoscostuma
associara
BA
com
diabetesnão
insulino-dependente, cujo tratamentomedicamentoso
de primeira linha consisteno emprego
dehipoglicemiantes orais.
Nesses casos,
o
uso de drogascomo
as quinolonastem
uma
melhor
indicação clínica”, o
que
também
foi observado neste estudo (70%
A
duraçãodo
tratamento daBA
entre diabéticosnão
deve ser inferiora 14 dias,
uma
vez que, grande parte delesdemonstram
através de testesque determinam
a presença de anticorpos recobrindo a superfícieextema
das bactérias, sítio alto de infecção”.Encontramos
em
nossa casuística,um
tempo médio
de tratamento de 10,2 dias,ou
seja, inferior ao preconizado pela literaturaA
análisedo
tratamentocom
antibióticosna
população idosademonstra
que, os longos períodos necessários para a esterilizaçãourinária, muitas vezes associada a
manutenção
de focos infecciososocultos, principalmente
no
tecido prostático (nafonna
de microcálculos),e a alta incidência de efeitos colaterais,
não
justificam a terapêutica3 1.Mais
do que
isso, essa conduta parece contra-indicada, pois, a presença de bactérias de baixa virulência(como
asque determinam
aBA), protegem
contra a colonização por agentes
mais
virulentos, e, assim,com
maior
possibilidade de
produzirem
infecção sintomática”. Nicolle e col,estudando
um
grupo
de mulherescom
BA
que não
recebeu tratamentonos
3 a 5 anos subsequentes,
demonstraram
que,44%
delas apresentaramum
episódio sintomático;
100%
desses episódiosforam
causados pormicroorganismos
diferentes daqueles encontradosno
diagnóstico inicial, eentre aquelas
com
bacteriúria pelomesmo
germe,nenhuma
desenvolveu
sintomas”.
Parece haver
um
consensoem
não
tratar aBA
nos pacientesem
uso
de catéter vesical de demora, por esta ser transitória e passível de clareamento espontâneo;
também
não
se justifica a realização deuroculturas para diagnosticar tal condição”.
De
forma
geral, enquanto acateterização vesical persistir,
não deve
ser tratada,com
duas exceções:quando
a bactéria encontrada demonstrar alta tendência a bacteremiaparte de
um
plano conjunto para impedir a disseminaçãode
um
germe
em
uma
unidade médica,na
tentativa de evitaruma
transmissão epidêmica, descrita por alguns autoress.Para pacientes utilizando catéteres por longos períodos,
nem
o usode
antibióticos,
nem
a irrigação vesicalcom
substâncias antissépticasreduzem
as taxas de bacteriúriaou
infecção sintomática. Adicionalmente,esses procedimentos
predispõem
os pacientes a colonização por bactériasresistentes, são caros,
causam
efeitos colaterais importantes e aesterilização
que
objetivam é apenas transitória3 1.Além
disso, a maioriados bacteriúricos sofrem clareamento espontâneo após a retirada
do
catéter,
com
menor
tendênciaem
mulheresacima
de 65 anos emaior
nas causadas por Enteroc0cus29.Como
a maioria dos pacientescom
BA
e história de uso de catéter vesicalforam
tratados (70,5%),pressupomos que
em
boa
parte deles(embora não possamos
quantificá-los), a antibióticoterapianão
tenha sidoindicada criteriosamente.
Finalmente, cabe salientar,
que
29,4%
dos pacientescom
BA
ehistória de cateterismo vesical
não
apresentavamnenhum
outro fator complicante anão
ser o usodo
catéter, enenhum
desses recebeutratamento antimicrobiano. Entretanto, naqueles
que
receberam
tratamento,
verificamos
a concomitânciacom
outros fatores complicantes,principalmente
o
DM.
Essa pesquisa foi concluída,
mas
abusca
do
postulado porStammn
continua : “...uma
classificaçãodo
sítio de infecção permiteque
diferentes condutas terapêuticas e profiláticas sejam tomadas. Permite,
também,
programar
a investigação clínica eo
acompanhamento
do
6
CONCLUSÕES
Na
população de pacientes intemadosno
HU-UFSC
com
o
diagnósticoinicial de
ITU
de localizaçãonão
especificada,ou
N.39, de acordocom
o
CID-
10,
no
período demarço
de1996
amarço
de 2000,podemos
concluir:A
prevalência deBA
é de 11,3%;A
média
de idade é de 64,2 anos,com
predomínio
do
sexo feminino;o
DM
descompensado
éo
principal diagnósticoque motivou
a internação;No
perfil dos agentes etiológicospredominou
Escherichia coli,independentemente
da
BA
ser deorigem nosocomial
ou
comunitária;Os
principais fatores complicantes associados são a presençade
Diabetes Mellitus e
o
uso prévio de catéter vesical de demora;A
maioria dos pacientes recebeu tratamento antibiótico,sendo
asquinolonas o principal
grupo
utilizado;A
literatura apontauma
prevalência discretamente superior a encontradae
o
tratamentosomente
em
grupos selecionados,com
drogasdeterminadas pelo perfil de sensibilidade
do
agente etiológico;nos
demais
aspectos é semelhante ao encontrado nesse estudo.Sugerimos
a análise detalhadada
indicação terapêuticaem
cada
caso,`
"
É
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manejar
as bacteriúrias assintomáticas.Anais
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Geriatrics Society l996;43: 223-31.36.Stamm
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Hooton
TM.
Management
of
urinary tract infections inObjetivo: Determinar a prevalência de Bacteriúria assintomática
(BA), o perfil clínico-epidemiológico, fatores complicantes associados e a conduta terapêutica;
comparando
osdados
com
a literatura.Método:
Inquérito transversal descritivocom
baseem
registromédico
em
pacientes adultos ,não
gestantes, intemadosno
HospitalUniversitário
(HU-UFSC),
em
F
lorianópolis-SC,no
períodode
março
de
1996
amarço
de 2000, classificadosconforme
a ClassificaçãoInternacional das Doenças,
em
suadécima
revisão (CID-10),como
“Infecçãodo
trato urináriode
localizaçãonão
especificada”ou
N.39.Dos
521 pacientescom
este diagnóstico,59 preencheram o
critério deBA.
Resultados:
Encontramos
prevalência de11,3%
deBA,
idademédia
de 64,2 anos,predomínio do
sexo feminino(57,6%
(34/59)), e Diabetes Mellitus(48,7%
(20/59)) eo
uso prévio de catéter vesical(46,3%
(19/59)),como
osmais
frequentes fatores complicantes.Predominou
a infecção comunitária(69,5%
(41/59)), Escherichia colífoi
o
principal agente etiológico(59,3%
(35/59)), e a maioria foi tratadacom
drogas antimicrobianas(88,1%
(52/59)),.com duraçãomédia de
9,6dias.
Conclusões:
A
literatura apontauma
prevalência discretamentesuperior a encontrada e o tratamento
somente
em
grupos selecionados,sendo
osdemais
aspectos semelhantes ao encontrado nesse estudo.Sugerimos
uma
análise detalhadada
indicação terapêuticana
populaçãoSUMMARY
Objective:
To
determine the prevalenceof
Asymptomatic
Bacteriuria (AB),its clinical-epidemiologic profile, associated factors
of
complicationand
therapeutic conduct,
making
acomparsion
with literature.Method:
Descriptive transversal enquiry, basedon
medical register, in non- pregnant adults patients, admited in the University Hospital(HU-UFSC),
inFlorianópolis-Brazil, in the period to
March
1996
toMarch
2000, that during their stay in the hospitalwere
diagnosed as having “non-located urinary tractinfection”, according to the Intemational Classification
of
Diseases, 10m review.Of
the 521 patients with this diagnostic,59
fulfilled theAB
criteria.Results:
We
found a prevalenceof
11,3% of
AB,
average ageof
64,2 yearsold,
predominance of
the female sex(57,6%
(34/59)); Diabetes Mellitus(48,7%
(20/59)),and
previous use of bladder catheter(46,3%
(19/59)),were
themost
frequent associated factors of complication.There
was
apredominance of
comunitary infection(69,5%
(41/59)), Escherichia coliwas
the
main
etiologic agent(59,3%
(35/59)),and
the majorityof
theAB
was
treated with antibiotics(88,l%
(52/59)), during an average periodof
9,6 days.Conclusionz Literature points to a prevalence slightly superior
of
oursand
treatment only to selected groups; another aspectswere
similar to thosefound
in the study.
We
suggest a detailed analysisof
the therapeutic indication in the studied population.Nome:
Registro:
Sexo:( )M ( )F
Idade (anos): Data de nascimento: / /
Diagnóstico inicial
Diagnóstico (s) Secundário (s):
Origem da infecção: ( ) comunitária ( ) nosocomial
Sintomas: ( )S ( )N ( )febre ( )calafrios ( )poliúria ( )disúria dor ( )disúria dificuldade ( )frequência ( )urgência ( )dor lombar ( )dor supra- púbica ( )polaciúria ( )dor no flanco ( )hematúria ( )sintomas gerais ( )Giordano+ Fatores Complicantes:( )S ( )N ( )DM ( )litíase renal ( )gravidez
( )evidência de patologia urológica ( )uso prévio de cateter vesical ( )ITU anterior
( )uso de corticóide/ imunossupressor ( )evidência de vaginite Exames complementares: ( )S Hemograma:( )S leucocitose: ( )S creatinina sérica (mg/dl): EPU: ( )S leucocitúria: ( )S hematúria: ()S Urocultura: ( )S Tratamento: ( )S ()N ()N ()N ()N ()N ()N ()N ()N Microorganismo droga: tempo