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Disciplina de Prótese Total da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo 1

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Academic year: 2021

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ANATOMIA PARAPROTÉTICA

INTRODUÇÃO

As modificações na cavidade bucal determinadas pela ausência dos dentes são substanciais. Para o prognóstico favorável de uma prótese total, o cirurgião-dentista deve ter conhecimento da relação de estruturas anatômicas com o aparelho protético.

ESTRUTURAS ÓSSEAS

ESTRUTURAS ANATÔMICAS ÓSSEAS DA MAXILA E COMPORTAMENTOS FRENTE ÀS REPOSIÇÕES PROTÉTICAS

1. Espinha Nasal Posterior:

Referências Anatômicas: Margens posteriores das lâminas horizontais dos ossos palatinos. Importância Paraprotética: Referência anatômica para limite posterior.

2. Sulcos do Hâmulo Pterigóideo ou Sulcos Hamulares.

Referências Anatômicas: Articulação do complexo maxilopterigopalatino. Integrado pela

tuberosidade da maxila, processo pterigóide do esfenóide e processo piramidal do osso palatino.

Importância Paraprotética: União do selado periférico (no sulco vestibular) com a zona de

travamento posterior (no palato). 3. Toro Palatino

Referências Anatômicas: Sutura entre ambos processos palatinos do palato.

Importância Paraprotética: Interfere na adaptação da prótese total, quando muito volumoso. Produz

lesões na mucosa à compressão. Prejudica a estabilidade da prótese. 4. Palato

Referências Anatômicas: Articulações entre os ossos palatinos, por meio de suas lâminas horizontais. Importância Paraprotética: Fornece suporte para a prótese total superior.

5. Forame Incisivo

Referências Anatômicas: Sobre a linha mediana, atrás dos incisivos centrais superiores. Importância Paraprotética: Quando há reabsorção óssea, se aproxima da crista do rebordo.

6. Tuberosidades da Maxila

Referências Anatômicas: Frente do sulco hamular. Região dos três últimos dentes ou somente do

último molar.

Importância Paraprotética: proporcionam boa superfície de suporte e permitem proteção ampla da

área. Problemas na retentividade devido à maior saliência no sentido vestibular, sendo um obstáculo para a inserção da prótese. Problemas no espaço entre as arcadas devido ao volume no sentido vertical, sendo uma dificuldade para a colocação de ambas as próteses (superior e inferior).

7. Crista Zigomatoalveolar

Referências Anatômicas: Alvéolo do primeiro molar ou entre o 1° e 2° molares superiores.

Importância Paraprotética: Na reabsorção deve-se procurar estabelecer um alívio correspondente

para que a prótese não bascule nem produza ferimentos na mucosa. 8. Espinha Nasal Anterior

Referências Anatômicas: Articulação dos processos palatinos das maxilas, em sua parte anterior. Importância Paraprotética: Quando ocorrer reabsorções, são necessárias manobras para que essa

saliência não prejudique a estabilidade do aparelho protético. 9. Seio Maxilar

Referências Anatômicas: Zona posterior do processo residual

Importância Paraprotética: Em alguns casos, a dimensão óssea entre o piso inferior do seio maxilar

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ESTRUTURAS ANATÔMICAS ÓSSEAS DA MANDIBULA E COMPORTAMENTOS FRENTE ÀS REPOSIÇÕES PROTÉTICAS

1. Forame Mentual

Referências Anatômicas: Ápices dos pré-molares

Importância Paraprotética: Na reabsorção óssea alveolar este forame se aproxima da crista do

rebordo, tendo como conseqüência uma compressão na emergência vásculonervosa.

2. Linha Oblíqua

Referências Anatômicas: Face vestibular do corpo da mandíbula; ao nível dos últimos molares Importância Paraprotética: Limitante da borda do flanco bucal

3. Fossa ou Canal Retromolar

Referências Anatômicas: Entre a linha oblíqua e as cristas vestibulares dos alvéolos dos molares Importância Paraprotética: Determina a grande espessura da tábua externa ou vestibular dos

alvéolos dos molares, constitui-se em região de suporte.

4. Trígono Retromolar

Referências Anatômicas: Na região posterior ao alvéolo do terceiro molar e por medial da porção

distal da Fossa Retromolar.

Importância Paraprotética: Boa área de suporte

5. Linha Milohióidea

Referências Anatômicas: Face lingual do corpo da mandíbula

Importância Paraprotética: Localiza-se na região correspondente aos molares, onde mais

aproxima-se da zona de suporte.

6. Toro Mandibular

Referências Anatômicas: Ao nível dos ápices dos pré-molares sobre a tábua lingual

Importância Paraprotética: É recoberto por uma mucosa delgada, podendo ocorrer lesões e

ulcerações. O alivio da prótese nesta região dificulta o vedamento periférico da prótese total mandibular. 7. Apófise Geni

Referências Anatômicas: Tábua lingual, ao nível da linha média

Importância Paraprotética: Pode estar proeminente nos casos de reabsorção óssea, apresentando-se

afilada e coberta por uma mucosa muito delgada. 8. Canal Mandibular

Referências Anatômicas: Limite posterior do terço médio do ramo ascendente, terminando no forame

mentual.

Importância Paraprotética: Em caso de extensas reabsorções dos processos residuais, influenciam na

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MUCOSA BUCAL NAS ÁREAS PROTÉTICAS

A maioria das classificações divide a mucosa bucal em categorias de acordo com sua localização: mucosa mastigatória, de revestimento e especializada.

No edentado total a mucosa mastigatória recobre a crista do rebordo residual, incluindo a gengiva aderida firmemente ao osso de suporte e o palato duro. A mucosa mastigatória se caracteriza por camada queratinizada bem definida em sua superfície mais externa e sujeita a mudanças de espessura, que dependem do uso da prótese e tolerância clinica das mesmas.

A mucosa de revestimento recobre a membrana mucosa da cavidade bucal que não se acha firmemente aderida ao periósteo. Recobre os lábios, as bochechas, o palato mole, o assoalho da boca e a gengiva livre das vertentes do rebordo residual.

A especializada recobre o dorso da língua.

ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA MUCOSA BUCAL E COMPORTAMENTOS FRENTE ÀS REPOSIÇÕES PROTÉTICAS

MUCOSA BUCAL REFERÊNCIA IMPORTÂNCIA

PROTÉTICA Rafe Mediana Encontra-se na sutura sagital do palato. Zona de alívio obrigatório Papila Incisiva Recobre o forame incisal e apresenta

formação fibrosa.

Zona de alívio obrigatório

Rugosidades Palatinas

Porção anterior, lateralmente a Rafe Mediana.

Zona de alívio obrigatório

Papila Piriforme Situada sobre o trígono retromolar apresentam-se como verdadeiras almofadilhas fibrosas resistentes à compressão.

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MUSCULATURA PARAPROTÉTICA

Nesta denominação temos vários músculos que se inserem nos maxilares e mantêm relação direta ou indireta com os aparelhos protéticos. São músculos que, na sua dinâmica, podem provocar deslocamento das próteses. Enquanto os ossos proporcionam suporte para a prótese total, os músculos fornecem retenção e função graças a um sinergismo muscular.

ESTRUTURAS MUSCULARES E SEU COMPORTAMENTO FRENTE ÀS REPOSIÇÕES PROTÉTICAS.

MUSCULOS IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA

PROTETICA Quando o músculo

temporal se contrai, a distenção das fibras que contituem o feixe profundo e que termina na altura do Trigono Retromolar,

deslocam a prótese total que se estende demasiadamente nessa área. A prótese total mandibular deve terminar exatamente no limite posterior da papila retromolar. Localiza-se na linha média do sulco vestibular superior. Interfere na a borda anterior da prótese. Deve ser aliviado.

temporal

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Três fatores afetam a face no restabelecimento da posição do orbicular da boca: A espessura da borda da dentadura, a posição ântero-posterior dos dentes e o espaço livre entre os arcos

Tem influência nos flancos labiais (superior e

inferior) da PT.

Movimenta o ângulo da boca para cima e para dentro.

É aconselhável que a borda da PT não seja espessa.

Deve ser levado em consideração no procedimento de moldagem.

Pode afetar a estabilidade da PT. Deve ser aliviado

Quando a borda da prótese for muito extensa, pode ocorrer lesão acentuada da mucosa. A contração do músculo pode deslocar a prótese. Orbicular da Boca

Levantador do Lábio Superior

Frênulo Lateral Superior

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Sua delimitação com o músculo tensor do véu pode ser

visualizada quando o paciente pronunciar repetidamente o fonema “Ah!” Delimita a zona de travamento posterior. O véu é um elemento anatômico muito móvel. Delimita a zona de travamento posterior.

Deve ser levado em consideração no procedimento de moldagem. Interfere na extensão anterior da borda da prótese total mandibular. Deve ser aliviado. A inserção superior do músculo aproxima-se da crista do rebordo. Suas fibras deslocam a prótese quando há sobreextensão. Músculo palatoglosso

Tensor do véu palatino

Frênulo Mediano LabialInferior

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Projeta o lábio inferior para baixo e lateralmente e eleva o sulco. A movimentação desse músculo promove deslocamento das próteses com sobreextensão. Movimenta o lábio inferior para abaixo principalmente, na região do ângulo bucal. Sua ação paraprotética ocorre quando há exagerada reabsorção do processo alveolar.

Deve ser levado em consideração no procedimento de moldagem. Interfere na extensão lateral da borda da prótese total mandibular. Pode exercer influência na borda da prótese total inferior. A contração do músculo pode afetar o ângulo distobucal da borda da prótese total mandibular. Abaixador do Lábio Inferior

Abaixador do Ângulo da Boca

Frênulo Lateral Inferior:

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É macio e

depressível quando a boca está fechada.

Torna-se rígido e tenso na abertura da boca podendo deslocar a PT. Músculo da deglutição.

Sua ação baseia-se nas modificações produzidas na posição do ligamento pterigomandibular. Constitui o fundo do sulco lingual. O milo-hióideo em ação isolada ou combinada com o genioglosso movimenta a PT para cima. È o músculo mais desenvolvido da língua. Promove o deslocamento da PT com sobreextenção. Rafe Pterigomandibular:

Constritor superior da faringe:

Milo-hióideo:

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Geni-hióideo

Sua área de inserção é na apófise geni. Pode deslocar a PT. A reabsorção do processo alveolar residual influencia na posição do freio. Interfere na extensão da borda da prótese total mandibular. As fibras musculares extrínsecas são responsáveis pelas mudanças de posição da língua. Interfere na estabilidade das próteses totais inferiores. Freio lingual lingua

Referências

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