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Avaliação psicológica do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) em crianças: uma revisão literária

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Avaliação psicológica do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) em

crianças: uma revisão literária Julho/2017

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017

Avaliação psicológica do transtorno de déficit de

atenção/hiperatividade (TDAH) em crianças: uma revisão literária

Marcelle Nunes Araújo – psymarcelle@hotmail.com Avaliação psicológica

Instituto de Pós-Graduação - IPOG Rio Branco, AC, 23 de junho de 2016 Resumo

A Síndrome reconhecida atualmente como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das possibilidades diagnósticas quando o profissional encontra-se diante de queixas referentes ao comportamento discrepante daquele esperado para a faixa etária e inteligência, e que acarrete prejuízo para o desenvolvimento da criança em diferentes domínios da integração social. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é uma patologia de alta prevalencia na infância e adolescência. A prática clinica aponta uma alta incidência de crianças com diagnostico prévio de TDAH, que muitas vezes não é correto, alertando para a necessidade de se refletir sobre o processo de avaliação e o diagnóstico. Este artigo mostra uma revisão literária sobre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e a avaliação psicológica do transtorno em crianças. O estudo baseou-se em uma revisão da literatura mais recente sobre Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e teve como objetivo levantar os aspectos mais importantes da avaliação psicológica desse transtorno, critérios diagnósticos, diagnóstico diferencial, o processo de avaliação, os testes psicológicos utilizados e o tratamento.

Palavras-chave: Avaliação psicológica. TDAH. Crianças. Testes psicológicos

1. Introdução

Tendo em vista a alta incidência de crianças com diagnóstico de TDAH, que muitas vezes não é o correto, pois é comum a dificuldade em saber diferenciar problemas disciplinares de uma patologia como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Acredita-se ter relevante importância maiores estudos sobre o processo de avaliação e diagnóstico do TDAH de modo a orientar profissionais sobre o proceder mais adequado na avaliação psicológica desse transtorno.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno de desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com períodos de atenção, com o controle do impulso e com o nível de atividade. É mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção e hiperatividade. Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno, a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normal da criança ou do adulto (Barkley, 2002).

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 As crianças hoje reconhecidas como portadoras de TDAH já foram denominadas sob diversas alcunhas: Déficit do Controle Moral, Síndrome da Inquietude, Lesão Cerebral Mínima, Reação Hipercinética da Infância, Doença do Déficit de Atenção com e sem Hiperatividade. O TDAH é um transtorno com estudos recentes, apesar de ser reconhecido desde o início do século. Não existe até o momento uma causa especifica para o problema. Alguns genes têm sido descobertos e descritos como possíveis causadores desse transtorno. As causas do transtorno podem estar relacionadas com lesões neurológicas, alterações genéticas e de substancias químicas cerebrais (neurotransmissores). Supõe-se que esses fatores formem uma predisposição orgânica do individuo para desenvolver o problema, que pode se manifestar quando o individuo sofre a ação de eventos psicológicos estressantes ou outros fatores geradores de ansiedade. Além disso, as exigências da sociedade por uma forma rotinizada de comportamento podem interferir no diagnóstico desse transtorno. (Knapp, 2004).

Segundo Rohde &Halpern (2004), algumas pesquisas apontam a proporção entre meninos e meninas afetados que varia de 2:1, em estudos populacionais, até 9:1 em estudos clínicos. As diferenças de gênero na expressão do transtorno podem estar levando ao encaminhamento de mais meninos do que meninas, pela atribuição de hiperatividade ao comportamento típico de meninos (Biederman e cols.,2002).

Podemos ter três grupos de crianças e também adultos com este transtorno. Um primeiro grupo apresenta apenas desatenção, o segundo grupo apenas hiperatividade e o terceiro grupo ambos, desatenção e hiperatividade. Para dizer que a pessoa tem realmente esse transtorno, a desatenção e/ou a hiperatividade tem que ocorrer de tal forma a interferir no relacionamento social do individuo, na sua vida escolar ou no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na escola ou no trabalho (no caso de adultos) e também em casa (DSM-IV-TR, 2002).

É raro um indivíduo apresentar o mesmo nível de disfunção em todos os contextos ou dentro do mesmo contexto em todos os momentos. Os sintomas tipicamente pioram em situações que exigem atenção e esforço mental constante ou que não apresentem atrativos ou novidades (...). Os sinais do transtorno podem ser mínimos ou estar ausentes quando o individuo se encontra sob um controle rígido, encontra-se num ambiente novo, está envolvido em atividades especialmente interessantes, em uma situação a dois (...) ou enquanto recebe recompensas frequentes por um comportamento apropriado (DSM-IV, 2002:113).

Alguns estudos utilizando técnicas de neuro-imagem apontaram um comprometimento do lobo frontal e de estruturas subcorticais, ao qual, evidenciou uma simetria anormal do córtex pré-frontal em pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Geralmente o córtex pré-frontal do lado direito é um pouco maior que o do lado esquerdo, no caso, haveria uma redução do córtex pré-frontal direito em pacientes com TDAH. Acredita-se que os lobos frontais desempenham uma função executiva, ao qual, relaciona-se com a capacidade de iniciar, manter, inibir e desviar a atenção. Além de gerenciar informações recebidas, integrando experiência atual e passada, monitorando o comportamento presente e inibindo respostas inadequadas, como também organizar e planejar a obtenção de metas. Assim, compreende-se que as manifestações do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 estão relacionadas como uma deficiência do desenvolvimento do processo inibitório, além da possibilidade de ser um distúrbio genético (Barkley, 1997).

Algumas das principais funções executivas as quais as alterações estão vinculadas ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade relaciona-se a capacidade de organização, hierarquização e ativação da informação; focalização e sustentação da atenção; alerta e velocidade de processamento; manejo da frustação e modulação do afeto; utilização e evocação da memória de trabalho (Travella, 2004).

Este artigo apresenta uma revisão literária mais recente sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e sua avaliação psicológica em crianças. O estudo baseou-se em uma revisão da literatura a partir de levantamento de artigos e livros publicados durante os últimos anos. Tem como objetivo apresentar os aspectos mais importantes da avaliação psicológica do TDAH, critérios diagnósticos, diagnóstico diferencial, o processo de avaliação, os testes psicológicos utilizados e o tratamento.

2. Critérios diagnósticos

O diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é fundamentalmente clínico, baseados em critérios operacionais claros e bem definidos, provenientes de sistemas classificatórios como o DSM-IV-TR. É importante não se restringir tanto ao número de sintomas no diagnóstico de adolescentes, mas sim ao grau de prejuízo dos mesmos. O nível de prejuízo deve ser sempre avaliado a partir das potencialidades do adolescente e do grau do esforço necessário para a manutenção do ajustamento.

A avaliação cuidadosa de uma criança com suspeita de TDAH é necessária frente à popularização das informações, nem sempre claras para a população em geral, e, principalmente no meio pedagógico. O desconhecimento ou pouco conhecimento sobre a patologia gera dificuldades, uma vez que crianças, adolescentes e pessoas adultas podem receber equivocadamente o rótulo de TDAH. (GRAEFF e VAZ, 2008, p. 342)

De acordo com o DSM – IV-TR (2002), os critérios diagnósticos para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, devem apresentar seis ou mais sintomas em cada grau mal adaptativo(desatenção/hiperatividade), inconsistente com o nível de desenvolvimento, devendo persistir pelo período mínimo de 6 meses, conforme discriminado:

- Desatenção (seis ou mais)

a) não presta atenção em detalhes, pode cometer erros por omissão em atividades escolares e outras;

b) mostra dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividade lúdicas; c) parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;

d) não segue instruções e não terminam seus deveres escolares, tarefas domésticas (não por causa de um comportamento de oposição ou por uma incapacidade de compreender as instruções);

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 e) tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;

f) evita, ojeriza ou reluta se envolver em tarefas que exijam um esforço mental constante; g) perde coisas necessárias para suas tarefas e atividades;

h) é distraído por estímulos alheios à sua tarefa; i) mostra esquecimento nas atividades diárias. - Hiperatividade/impulsividade (seis ou mais)

a) agita as mãos e os pés e fica se remexendo na cadeira;

b) abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações em que se espera que permaneça sentado;

c) corre ou escala em demasia, em situações impróprias;

d) tem dificuldade de brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer e) está frequentemente "a mil", ou como se estivesse "a todo vapor";

f) fala em demasia.

g) dá respostas precipitadas antes que tenham sido reformuladas completamente as perguntas; h) tem dificuldade de aguardar sua vez;

i) interrompe ou se intromete em assuntos alheios;

Ressalta-se que para o diagnóstico alguns dos sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade deve estar presente antes dos sete anos de idade. Além de que algum comprometimento causado pelos sintomas deve está presente em pelo menos dois ou mais contexto (escola, família etc.) e haver clara evidência de prejuízo significativo no funcionamento social, acadêmico entre outros. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o transcurso de outros transtornos tais como: o Transtorno Global do Desenvolvimento; Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico, Transtorno do Humor, Transtorno Dissociativo, Transtorno de Ansiedade.

3. Diagnóstico Diferencial

As semelhanças dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade com algumas síndromes psicopatológicas dificultam o diagnóstico. É necessário cuidado com o diagnóstico diferencial, pois é frequente a avaliação de crianças e adolescentes com hipótese diagnostica para TDAH, quando na realidade, o transtorno principal é outro, embora se possam identificar déficits atentivos. Comorbidades podem ocorrer, mas deve-se ter o cuidado para não ampliar as possibilidades de patologias associadas.

Os sinais de desatenção são comuns em crianças com baixo QI. Também pode ocorrer quando crianças com alta inteligência são colocadas em ambientes escolares pouco estimulantes. Deve ser diferenciado da dificuldade no comportamento dirigido em crianças oriundas de ambientes inadequados, desorganizados e caóticos. Indivíduos com comportamento de

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 oposição podem resistir às tarefas escolares que exigem dedicação, em razão de relutância às exigências dos outros. Assim como deve ser distinguido do comportamento motor repetitivo, caracterizado pelo Transtorno de Movimento Estereotipado. Neste o comportamento motor geralmente é fixo, como por exemplo, balançar o corpo, morder-se. Esses sintomas devem ser diferenciados do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (DSM-IV-TR, 2002). O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade não é diagnosticado se os sintomas são mais bem explicados por outro transtorno mental como Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno da Personalidade, Transtorno Dissociativo, Alteração da personalidade devido a uma condição médica, ou um transtorno relacionado à substância. (DSM – IV, 2003).

Algumas características similares a serem consideradas no Transtorno de Humor Bipolar para o diagnóstico diferencial de TDAH estão relacionadas à hiperatividade, dificuldade em manter a atenção e foco, oscilações de humor, apresentando como características distintas o humor eufórico, insônia e ilusões. No Transtorno de Ansiedade está relacionado a características de excitação e à dificuldade de concentração, tendo como características distintas apreensão exagerada, preocupação e sintomas de ansiedade. Em casos de Transtorno de Personalidade, principalmente Borderline e Anti-social, apresenta similaridade com características como a impulsividade e labilidade afetiva, diferindo o Borderline em casos de comportamento auto prejudicial ou suicida, falta reconhecimento de comportamento autodestrutivo, e o antissocial, nos casos com histórico judicial. O Abuso de Substâncias ou Dependência Química apresentam como características similares dificuldade com atenção, concentração, memória e oscilações de humor, demonstrando como características distintas um padrão patológico de uso de substâncias com consequências sociais, tolerância e dependência psicológica (SEARIGHT, BURKE & ROOTNEK, 2000).

Um dos quadros clínicos que mais causa confusão com o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é o Transtorno de Humor Bipolar, pois vários sintomas do TDAH podem estar presentes na bipolaridade, existindo a diferenciação daqueles que não são do déficit de atenção e da hiperatividade, mas presente na mania do paciente bipolar. Entre eles podemos relacionar o intenso envolvimento em atividades pontuais como sociais, afetivas, ocupacionais entre outras, além do pensamento rápido, diminuição da necessidade do sono, o humor eufórico ou irritável, como em manifestações de grandiosidade, autoestima elevada e comportamentos com riscos (LARA, 2004).

4. O processo de avaliação e diagnóstico

Para Barkley (1999), o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é realizado através de uma minuciosa investigação clínica da história do paciente, porém é indicada a realização de um processo amplo, em que possam ser utilizados vários recursos instrumentais como entrevistas, escalas e testes psicológicos.

O principal objetivo de uma avaliação ampla envolve, além do objetivo central de determinar a presença ou ausência do TDAH, investigar as condições acadêmicas, psicológicas, familiares e sociais para se delinear um plano de intervenção adequado para tratamento do quadro (Calegaro, 2002). Assim, é importante que o clínico tenha uma visão mais ampla do

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 paciente, não restringindo a avaliação a um modelo sintomático, mas levar em conta que as caracteriticas primárias da patologia podem ser observadas em muitas crianças, sem que se trate necessariamente do TDAH (Benczik, 2000).

O profissional deve estar atento para a possibilidade de que os sintomas sejam fruto de outros quadros, como a reação a um fator psicossocial desencadeante, produto de uma situação familiar caótica ou de um sistema de ensino inadequado. Um dilema clínico importante é a dificuldade em fazer a diferenciação entre o TDAH e a normalidade, ao qual, pode ser responsável por muitos diagnósticos equivocadamente realizados. O que é importante a ser analisado é a frequencia dos sintomas, a duração e persistencia em diversos contextos de vida sejam minunciosamente investigados (Rohde et al., 2004).

Dessa forma a avaliação e diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é um processo delicado e complexo, ao qual, requer um profissional com experiência clínica, com um bom conhecimento teórico e muita reflexão (Moojem, Dorneles & Costa, 2003). Segundo Poeta & Neto (2004), geralmente o distúrbio é percebido quando a criança inicia a vida escolar, quando passa a ser alvo de comparação com outras crianças da mesma idade e ambiente, as dificuldades de atenção e inquietude se evidenciam. Os sintomas são mais percebidos quando avança as séries no ensino fundamental, devido o uso das funções executivas como planejamento, organização e persistência de foco atencional ser mais necessárias (Rohde et al., 2004).

A entrevista com os pais é uma fonte vital de informação, é imprescindível a investigação dos sintomas, de como, onde e a frequência em que ocorrem. A coleta de informações na escola é fundamental para se firmar o diagnóstico, tendo em vista que os sintomas devem estar presentes em mais de um ambiente, conforme critérios de diagnósticos do DSM-IV. Pode ser utilizado escalas objetivas para avaliar a desatenção, hiperatividade, e impulsividade que possam ser preenchidas de forma simples pelos professores (Phelan, 2005).

Existe uma variedade de técnicas e instrumentos que podem ser utilizados a fim de colaborar com o processo avaliativo e diagnóstico, como entrevistas clínicas, uso de escalas, testes psicológicos e neuropsicológicos.

5. Instrumentos que podem auxiliar na avaliação

De acordo com Benczik (2000), além das entrevistas, o uso de escalas e questionários para pais e professores é um procedimento consagrado na literatura internacional, principalmente por terem mostrado sensibilidade e confiabilidade para uso profissional. Rohde e Halpern (2004) reafirmam a necessidade de contato e coleta de dados com os professores para a avaliação de sintomas no contexto escolar, uma vez que os pais tendem a generalizar informações sobre os sintomas que se manifestam no ambiente doméstico para o ambiente escolar.

Os testes psicológicos acabam sendo de grande ajuda para o profissional, embora não sejam decisivos para o diagnóstico. Os testes utilizados na avaliação devem ser ponderados ante a entrevista clínica detalhada e outros procedimentos já mencionados (Mattos et al., 2003).

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 Algumas escalas validadas no Brasil e muito utilizadas são a Escala de TDAH e Escala Conners, ao qual possui versões para professores e outra para os pais. Segundo Phelan (2005), a escala Conners apresenta sub-escalas que abarcam aspectos como comportamento de oposição, problemas cognitivos, comportamento ansioso/tímido, perfeccionismo, problemas sociais e instabilidade emocional.

Um aspecto que dificulta o uso de testes psicológicos no processo diagnóstico é o fato de ainda não terem sido aprovados para uso no Brasil pelo Conselho Federal de Psicologia. Estão sendo apresentados, na tabela 1, os testes psicológicos mais comumente utilizados, validados para uso no Brasil pela Satepsi, que podem auxiliar no diagnóstico do TDAH.

TDAH Escala de Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade

- TDAH

2003 Edyleine Bellini Peroni Benczk Vetor Editora

BENDER Teste Gestáltico Visomotor de Bender – Sistema de pontuação gradual (B-SPG) 2005 Fermino Fernandes Sisto; Ana Paula Porto Noronha; Acácia Aparecida Angeli

dos Santos

Vetor Editora

TESTE D2 Concentrada D2/Atenção 2003 Mara Silvia

Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia (CETEPP) FIGURAS COMPLEXAS DE REY Figuras Complexas de Rey – Teste de Cópia e

de Reprodução de Memória de Figuras

2009

Margareth da Silva Oliveira; Maisa

dos Santos Rigoni Casa do Psicólogo

WISC Inteligência Wechsler WISC-III Escala de para Crianças - Terceira Edição

2002 Vera Lúcia Marques

Figueiredo; Casa do Psicólogo

WISCONSIN Manual do Teste WISCONSIN de Classificação de Cartas 2004 Jurema Alcides Cunha; Clarissa Marceli Trentini; Margareth da Silva Oliveira; Blanca Guevara Werlang; Irani de Lima Argimon; Rita Gomes Prieb Casa do Psicológo

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 Escalas Beck:

Inventário de Depressão Beck (BDI),

Inventário de Ansiedade Beck

Cunha e Livraria e

Editora Ltda.

*Tabela 1. Testes validados no Brasil pelo SATEPSI. A Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é um instrumento que avalia sintomas comportamentais do TDAH em situação escolar, tendo o professor como fonte de informação. Indicado para faixa etária dos 06 aos 17 anos de idade.

O Teste Visomotor de Bender é um instrumento de maturação perceptual que investiga as alterações do desenvolvimento neurológico, os problemas de ajustamento e a triagem de comprometimento orgânico-cerebral. Esta técnica é constituída por nove desenhos geométricos, que utiliza pontos, linhas retas, curvas e ângulos, em uma variedade de relações (Cunha, 1993).

O Teste de Atenção Concentrada D-2 avalia os distúrbios da atenção. É um teste de cancelamento que tem como objetivo a medida de atenção concentrada e sua capacidade de concentração, além de fazer a análise da flutuação da atenção (Brickenkamp, 2002; Spreenh & Strauss, 1998).

As Figuras Complexas de Rey é um instrumento utilizado para verificar o modo como às crianças aprendem os dados perceptivos que lhe são apresentados e como foi conservado espontaneamente pela memória. Este é um teste de cópia e reprodução de memórias de figuras geométricas complexas que tem por objetivo avaliar a atividade perceptiva e a memoria visual (Rey, 1999).

O WISC-III (Escala Weschler de Inteligência para crianças) tem por finalidade avaliar a capacidade intelectual de crianças. É composto por 13 subtestes, sendo 12 deles mantidos do WISC-R e um novo subteste. O WISC-III tem se mostrado capaz de fornecer informações que podem auxiliar no diagnóstico de TDAH (Rohde et.al., 1998). O fator distratibilidade, composto pelos substestes número e aritmética, é capaz de avaliar a concentração, atenção, podendo reforçar a hipótese diagnóstica de TDAH. Também permite verificar a presença de retardo mental, que pode gerar problemas de atenção, hiperatividade e impulsividade, colaborando para o diagnóstico diferencial (Martins, Tramontina &Rohde, 2002).

O Wisconsin requer habilidade para desenvolver e manter estratégias de solução de problemas que implicam em troca de estímulos. Este é um teste de classificação de cartas que tem como objetivo avaliar o raciocínio abstrato e a habilidade para trocar estratégias cognitivas como resposta a eventuais modificações ambientais.

O Inventário de Depressão e o Inventário de Ansiedade das Escalas Beck são escalas utilizadas para auxiliar a identificação de comorbidades, podendo ser usadas como medida de autoavaliação de depressão e ansiedade (Cunha, 2001).

Alguns instrumentos projetivos podem ser utilizados para avaliação e ajuda para o diagnóstico diferencial, identificando as comorbidades como os testes projetivos e de personalidade como

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 HTP, TAT, Rorschach, Zulliger IFP. Alguns exames de neuroimagem também são utilizados como tomografia SPECT cerebral.

Quanto mais completa e criteriosa for à avaliação em termos instrumentais e multidisciplinares, menor a possibilidade de equívoco diagnóstico e maiores são os recursos que o profissional dispõe para traçar uma intervenção adequada. Uma avaliação que seja capaz de fornecer, além de um diagnóstico preciso, que inclui co-morbidades e aspectos associados ao TDAH, uma perspectiva do funcionamento geral do sujeito, tende a favorecer em muito a tomada de decisão quanto ao tratamento a ser indicado, fato que favorece o prognóstico do indivíduo. (GRAEFF e VAZ, 2008, p. 356).

6. Tratamento

O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofarmacológicas. No âmbito das intervenções psicossociais, é fundamental educar a família sobre o transtorno, através de informações claras e precisas. Muitas vezes, é necessário um programa de treinamento para os pais, com ênfase em intervenções comportamentais, a fim de que aprendam a manejar os sintomas dos filhos. É importante que eles conheçam as melhores estratégias para o auxílio de seus filhos na organização e no planejamento das atividades. Além disso, esses programas devem oferecer treinamento em técnicas específicas para dar os comandos, reforçando o comportamento adaptativo social e diminuindo ou eliminando o comportamento desadaptado (Rohde & Benczick, 1999).

As intervenções no âmbito escolar também são importantes, os professores deveriam ser orientados para a necessidade de uma sala de aula bem estruturada, com poucos alunos. Rotinas diárias consistentes e ambiente escolar previsível ajudam essas crianças a manter o controle emocional. Algumas estratégias de ensino que incorporem a atividade física com o processo de aprendizagem, buscar propor tarefas que não sejam demasiadamente longas e mais detalhadas com o passo a passo. É importante que o aluno com TDAH receba o máximo possível de atendimento individualizado, colocado o mais próximo à professora e longe da janela, afim de menor probabilidade de distrair-se. Necessitam de reforço do conteúdo quando apresentam déficits de aprendizado, orientações quanto a organização e planejamento do tempo e das atividades. Muitas vezes, crianças com TDAH precisam de reforço de conteúdo em determinadas disciplinas (Rohde et. al, 2000).

Em relação às intervenções psicossociais, a modalidade psicoterápica com maior evidência científica de eficácia para os sintomas centrais do transtorno (desatenção, hiperatividade, impulsividade), bem como para o manejo de sintomas comportamentais comumente associados (oposição, desafio, teimosia) é a cognitivo-comportamental, especialmente os tratamentos comportamentais (Knapp et al, 2003). Dentre os tratamentos comportamentais, o treinamento parental parece ser a modalidade mais eficaz. A psicoterapia individual de apoio ou de orientação analítica para comorbidades, tratar sintomas que acompanham o TDAH. Segundo Greenhill et al (1999) as intervenções psicofarmacológicas, os estimulantes apresentam como as medicações de primeira escolha para o transtorno. No Brasil, o único estimulante encontrado no mercado é o metilfenidato. Cerca de 70% dos pacientes com TDAH respondem adequadamente aos estimulantes, com redução de pelo menos 50% dos

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 sintomas básicos do transtorno, e os toleram bem. Os eventos adversos mais freqüentemente associados ao uso de estimulantes são: perda de apetite, insônia, irritabilidade, cefaléia e sintomas gastrointestinais (Spencer et al, 1996).

Alguns estudos também demonstram a eficácia de outros antidepressivos no TDAH. Os principais efeitos colaterais são agitação, boca seca, insônia, cefaléia, náuseas, vômitos, constipação e tremores.

Um aspecto fundamental do tratamento é o acompanhamento da criança, de sua família e de seus professores, pois é preciso auxilio para que a criança possa restruturar seu ambiente, reduzindo a ansiedade. Na maioria dos casos, a psicoterapia é recomendada pela necessidade de atenção a criança devido a mudança de comportamento.

7. Conclusão

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é uma síndrome psiquiátrica de alta prevalência em crianças, subdividida em três tipos principais e apresenta alta taxa de comorbidades. A patologia é essencialmente caracterizada pela dificuldade de manter a atenção, pela agitação e inquietude, o que pode configurar em hiperatividade e impulsividade. Os sintomas são mais frequentes e severos do que comparados a outras crianças de mesma fase de desenvolvimento (Barkley, 2002). O processo de avaliação diagnóstica envolve a coleta de dados com os pais, com a criança e com a escola.

Embora existam diversos procedimentos para o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, a avaliação do transtorno é essencialmente clínica, baseada em critérios claros e definidos, conforme o DSM-IV (Rohde et al., 1998). Somente a avaliação da criança por esses critérios não é suficiente para confirmar o diagnóstico. É necessário que se realize um diagnóstico diferencial criterioso, buscando conhecer a dinâmica dos sintomas, contextualizar seu comportamento a partir da perspectiva do seu desenvolvimento. O uso de escalas, testes psicológicos e neuropsicológicos é importante para o diagnóstico como para o acompanhamento e tratamento.

Ainda que os testes psicológicos enriqueçam o processo de avaliação, por si só, apresentam evidencias pouco significativas. Quanto mais completa e criteriosa for a avaliação, menor a possibilidade de equivoco no diagnóstico. Fica evidente a necessidade de troca de informações entre profissionais de diversas áreas, como psiquiatras, neurologistas, professores etc.

Diante dessa realidade a avaliação cuidadosa de uma criança com TDAH é necessária devido a popularização de informações, nem sempre claras a população em geral, e com o pouco conhecimento sobre esse transtorno, crianças podem receber equivocadamente o rótulo de TDAH. O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, podendo ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neurológicos para acompanhamento adequado do tratamento. O tratamento envolve uso de medicação, psicoterapia, acompanhamento familiar e da escola.

Dessa forma, durante a pesquisa bibliográfica foi possível observar que são inúmeros os artigos, livros e outros escritos que abordam o tema em questão. Apesar de o assunto

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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017 abordado ser atualmente alvo de muitos estudos, pesquisas e interesses, tanto da comunidade acadêmica quanto da sociedade em geral, ainda há muito que se refletir sobre tema. Existem muitos instrumentos psicológicos que ainda não foram validados no Brasil, ou ainda estão em processo de validação, que estão sendo utilizados por profissionais no processo de avaliação. Há necessidade de cautela nesses achados clínicos, levando em consideração populações e amostras de culturas diferentes, servindo apenas como instrumentos complementares. Os objetivos deste trabalho foram bem-sucedidos, já que a intenção era de suscitar aos interessados em geral maiores reflexões sobre o processo de avaliação e diagnóstico do TDAH, contribuindo de modo a orientar os profissionais sobre o proceder mais adequado na avaliação psicológica desse transtorno.

Referências

APA (American Psychiatric Association). DSM-IV-TR: Manual estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002.

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