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Palavras chave: Crise de 2008, Recuperações Judiciais Deferidas, Falências Decretadas.

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O IMPACTO DA CRISE DE 2008 NAS RECUPERAÇÕES JUDICIAIS DEFERIDAS E FALÊNCIAS DECRETADAS NAS EMPRESAS ENTRE 2008 E 2012

Lilian Cristina Garcia Downes

Universidade Federal de São Paulo

Marcelo Rabelo Henrique

Universidade Federal de São Paulo

Antonio Saporito

Universidade Federal de São Paulo Sandro Braz Silva

Universidade Federal de São Paulo

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi verificar se a Crise do subprime impactou negativamente as micros e pequenas empresas, de portes médio e grande no período de 2008 a 2012, a partir do aumento da quantidade de Recuperações Judiciais Deferidas e de Falências Decretadas. Para tanto, foram retirados dados do site Serasa Experian, bem como dados econômicos do Ipeadata a fim de elaborar modelos de Regressão Múltipla por porte de empresa para as Recuperações Judiciais, além de um modelo consolidado para as mesmas e para as Falências. Com base nas equações de Regressão obtidas verificou-se o efeito de cada variável na quantidade citada. Para o modelo consolidado das Recuperações Judiciais Deferidas observou-se que estas têm uma relação negativa com o % de População Ocupada e com os Pontos IBOVESPA, e uma relação positiva com o Saldo da Carteira de Crédito, sendo a Selic Mensal e a Taxa de Câmbio Comercial as variáveis retiradas. E, por fim, verificou-se que o número de falências decretadas tem uma relação negativa com o % Selic a.m., a Taxa de Câmbio Comercial, Pontos IBOVESPA e com o Saldo da Carteira de Crédito, sendo que apenas a variável do Percentual de População Ocupada foi eliminada pelo método Stepwise. Conclui-se que, para todos os modelos de Regressão Múltipla, o número de Recuperações Judiciais Deferidas e de Falências Decretadas durante a crise foi maior ou igual ao número destas após a crise, confirmando, assim, que a crise de 2008 teve um impacto negativo nas Recuperações Judiciais Deferidas e Falências Decretadas nas empresas entre 2008 a 2012.

Palavras chave: Crise de 2008, Recuperações Judiciais Deferidas, Falências Decretadas.

Abstract

The objective of the present work was to verify if the subprime Crisis had a negative impact on micro and small companies, of medium and large sizes in the period from 2008 to 2012, from the increase in the amount of deferred judicial recoveries and decreed bankruptcies. To this end, data were removed from the Serasa Experian website, as well as economic data from Ipeadata in order to develop Multiple Regression models by company size for Judicial Recoveries, in addition to a consolidated model for them and for Bankruptcies. Based on the regression equations obtained, the effect of each variable on the quoted quantity was verified. For the consolidated model of Deferred Judicial Reorganizations, it was observed that these

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have a negative relationship with the% of Occupied Population and with IBOVESPA Points, and a positive relationship with the Balance of the Credit Portfolio, being the Monthly Selic and the Exchange Rate Commercial the withdrawn variables. And, finally, it was found that the number of bankruptcies decreed has a negative relationship with the% Selic am, the Commercial Exchange Rate, IBOVESPA Points and with the Credit Portfolio Balance, with only the Population Percentage variable Busy was eliminated by the Stepwise method. It is concluded that, for all models of Multiple Regression, the number of Deferred Judicial Recoveries and Bankruptcies Decreed during the crisis was greater than or equal to the number of these after the crisis, thus confirming that the 2008 crisis had a negative impact in deferred judicial recoveries and bankruptcies decreed in companies between 2008 and 2012.

Keywords: 2008 Crisis, Deferred Judicial Recoveries, Decreed Bankruptcies.

1. INTRODUÇÃO

A lei falimentar vigente no Brasil, elaborada em 2005, estabelece disposições a respeito de recuperações judiciais, extrajudiciais e falências de empresários e sociedade empresárias. Uma das mudanças trazidas pela nova lei é a exigência de apresentação de um plano de recuperação para as entidades que tem o objetivo de continuar suas operações, sendo assim, “fez surgir uma nova maneira de se analisar a questão sobre empresas que se mantinham no mercado, mas eram detentoras de dívidas que seus patrimônios não eram capazes de supri-las” (Oliveira, 2020).

Dessa forma, a empresa que apresenta dificuldade de cumprir com suas obrigações tem a opção de solicitar a recuperação judicial ao invés de ter apenas a falência decretada como alternativa aos problemas financeiros (Melo, 2020). Tal escolha é possível por conta da função social das entidades e estímulos às atividades econômicas, como a capacidade de geração de empregos (Lei n. 11.101, 2005).

A Crise de 2008 foi uma crise econômica e financeira mundial iniciada nos Estados Unidos que afetou diversos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Conforme o Relatório

World Economic Outlook, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2008, tal

acontecimento foi o mais grave ocorrido desde a Crise de 1929, desaquecendo radicalmente setores da economia.

Gerada com o rompimento da bolha imobiliária, não se esperava que essa crise tomasse grandes proporções, levando à quebra de grandes bancos, como o Lehman Brothers. Além disso, levou ao aumento da aversão ao risco no mercado financeiro e da preferência pela liquidez bancária, à redução da liquidez na economia e uma piora nas condições de crédito (Junior & Filho, 2008).

A escolha da crise em questão como base deste artigo por ser recente e ter causado impactos drásticos de maneira global em várias economias, mercados e na sociedade como um todo. Buscou-se também ampliar ainda mais o conhecimento acerca da mesma, uma vez que se trata de um tema de extrema relevância, por conta dos efeitos provocados a curto, médio e longo prazos, sendo esta a razão de analisar-se o período de 2008 a 2012, possibilitando uma visão além do ano da recessão.

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Além disso, optou-se por analisá-la a partir da óptica das Recuperações Judiciais e Falências para verificar se a crise influenciou de forma negativa os processos falimentares brasileiros de alguma forma, a partir da elaboração de modelos de Regressão Múltipla considerando portes de empresa (micro e pequenas empresas, médias e grandes empresas), com o intuito de obter conclusões acerca da quantidade de recuperações judiciais deferidas e falências decretadas no período de 2008 a 2012.

Dessa maneira, elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: qual o impacto da crise do

subprime nas recuperações judiciais deferidas e falências decretadas nas empresas entre 2008

a 2012?

Para verificar, a partir de uma Regressão Múltipla, se a crise em questão impactou negativamente as recuperações judiciais deferidas, estabeleceram-se as seguintes Hipóteses Nula (H0) e Alternativa (Ha), respectivamente:

H0: o número de recuperações judiciais deferidas durante a crise foi maior ou igual ao número de recuperações judiciais deferidas após a crise.

Ha: o número de recuperações judiciais deferidas durante a crise foi menor que o número de recuperações judiciais deferidas após a crise.

Além disso, para verificar se a crise de 2008 afetou de maneira negativa as falências decretadas, estabeleceram-se as seguintes hipóteses:

H0: o número de falências decretadas durante a crise foi maior ou igual ao número de falências decretadas após a crise.

Ha: o número de falências decretadas durante a crise foi menor que o número de falências decretadas após a crise.

Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa é rejeitar a Hipótese Nula, de modo que se comprove o impacto negativo da crise de 2008 no deferimento das recuperações judiciais e na determinação de falências das empresas.

O artigo foi estruturado em 5 capítulos, são eles, na seguinte ordem: esta introdução, o referencial teórico, a metodologia utilizada, os resultados obtidos e conclusões acerca do tema, sendo que ao final são apresentadas as referências que serviram como base.

2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Crise de 2008

A crise econômica e financeira de 2008, também conhecida como a crise do subprime, ocorreu a partir da soma dos seguintes fatores: o rompimento da bolha do setor imobiliário nos Estados Unidos, da desorganização do mercado financeiro e declínio do crédito bancário, aliado à política monetária expansionista, conforme mencionado por Lopes (2009), Desequilíbrios monetários, financeiros e cambiais relacionam-se à mesma devido à:

Integração das economias dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, que passaram a integrar os mesmos mercados, em que as ações estão relacionadas e causam

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impactos entre si. Contudo, devido aos diferentes níveis existentes de estabilidade econômica, pode haver reações, impactos, retomadas de crescimento em ritmos diferentes (Gomes, Ribeiro, Duim & Sanseverino, 2016; Peixoto & Bonat, 2015).

De acordo com Krugman (2010), a crise de 2008 tem mais relação com o Federal

Reserve (FED) do que com o boom do mercado imobiliário, o qual ocorreu de no período de

2002 a 2007. Além disso, o autor menciona que havia a possibilidade da crise não ter ocorrido de maneira tão severa, caso o FED não tivesse deixado de lado a sobrevalorização dos imóveis nos Estados Unidos, ao não aumentar a taxa de juros e reduzir a fiscalização das instituições que fornecem crédito.

O mercado imobiliário norte-americano foi ampliado para aumento dos rendimentos estadunidenses, uma vez que era visto como uma opção de mercado rentável para o país, por conta do cenário econômico propício. Sendo assim, diversos cidadãos dos Estados Unidos puderam adquirir casa própria, a partir de hipoteca. Ressalta-se que essas hipotecas foram securitizadas por essas instituições para alavancagem, porém este ato pode ter sido utilizado para disfarçar a origem dos subprime (Carvalho, 2008; Gonçalves, De Siqueira & De Poli, 2016).

Para tal ampliação no mercado, as instituições financeiras concederam crédito aos

subprime, os quais são tomadores de crédito sem garantias, dessa forma, a garantia era o

próprio bem hipotecado. Essas instituições atraíram esses tomadores com baixas taxas de juros, que, com o passar do tempo, eram elevadas e os indivíduos já não tinham a capacidade de honrar com as obrigações de pagamento dos empréstimos. (Lima & Deus, 2013).

A crise impactou mundialmente economias de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, sendo a primeira queda no índice da bolsa considerada como o marco inicial da mesma, a qual ocorreu de 26 de julho de 2007 a 17 de março de 2009 (Gomes et al., 2016). Vale apontar que tal impacto ocorreu por conta da redução de liquidez internacional e, consequentemente, à escassez das linhas de crédito, além da incerteza gerada com relação aos empregos.

Essa crise se aprofundou em agosto de 2008, a partir da falência do banco norte-americano Lehman Brothers, “aumentando fortemente a aversão ao risco que, desencadeou um generalizado movimento de fuga de capitais e forte desvalorização das moedas das economias periféricas, entre elas o Brasil.” (Lima et al., 2013). Apesar dessa intensificação, o Brasil foi um país que se destacou no combate à crise financeira internacional de 2008, devido às medidas tomadas, como:

O aumento de crédito, redução da taxa de juros e desonerações fiscais. Já em 2009, pôde-se perceber uma recuperação na economia brasileira, tanto quanto ao crescimento tanto quanto à volta dos fluxos financeiros para o país. (Lima et al., 2013; Rogério & Moraes, 2016).

2.2 Recuperações judiciais e falências

A nova lei falimentar, nº 11.101 de 09 de fevereiro de 2005, determina aspectos referentes às recuperações judicial e extrajudicial e falências de empresários e sociedades. Além disso, estabelece que empresas que realizarem o pedido de recuperação judicial deverão

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apresentar um plano de retomada, o qual conterá justificativas para esse pedido, bem como soluções, as quais são elaboradas junto dos credores, para potenciais problemas operacionais e endividamento (Silva, Sampaio & Netto, 2018, Sandra & Da Silva, 2008).

Conforme Penteado (2007), as finalidades da falência e da recuperação judicial são, respectivamente, a liquidação patrimonial do devedor e propiciar a continuidade da empresa, a partir da sobrelevação da crise econômico-financeira da mesma. Também se pode dizer a respeito de ambas que:

A falência é decretada quando a empresa se tornou inviável economicamente. Esse processo consiste em basicamente liquidar os ativos da devedora e repartir o resultado entre os credores. Já a recuperação é um processo pelo qual empresas viáveis têm condições de, por meio da proposição e da execução de um plano de recuperação, adotar medidas que permitam a superação da crise financeira e a garantia da sua continuidade (Jupetipe, Martins, Mário & Carvalho, 2017; Peleias, De Ornelas, Picollo & Soares, 2016).

O objetivo da recuperação judicial é: “permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estimulo à atividade econômica” (Brasil, 2005). Sendo assim, conforme mencionado anteriormente, a recuperação judicial visa manter as operações da empresa, uma vez que caso tenha sua falência decretada afetará negativamente a sociedade como um todo, por exemplo, ao finalizar a manutenção de empregos e, consequentemente, o pagamento de salários, e a arrecadação de tributos pela esfera governamental, como apontam (De Marchi, Feriato & Mansano, 2018).

O artigo 83 da Lei de Falências estabelece uma ordem de prioridade para pagamento dos credores, isto é, de classificação de créditos. Essa ordem de preferência é: trabalhistas (decorrentes da legislação, limitados a 150 salários mínimos por credor, ou acidentes de trabalho), com garantia real (até o limite do bem), tributários (independente da natureza e tempo de contribuição, exceto multas tributárias), com privilégios especiais, com privilégio real, quirografários (sem garantia real), multas contratuais e penas pecuniárias por infrações penais ou administrativas (incluem-se neste crédito as multas tributárias), e, por fim, subordinados (previstos em lei ou contrato, e dos sócios ou administradores sem vínculo empregatício com a entidade).

O gráfico abaixo mostra a evolução mensal dos requerimentos (R) e aprovações (A) das recuperações judiciais no Brasil por porte de empresa, separando em micro e pequenas empresas, médias empresas e grandes empresas. Verifica-se no mesmo que quanto menor é a empresa, maior é a tendência desta solicitar a recuperação judicial.

Gráfico 1 – Evolução mensal dos requerimentos e das aprovações de recuperação

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Fonte: Silva, Sampaio, Netto (2018).

3. METODOLOGIA

Foram selecionados dados referentes às recuperações judiciais requeridas, deferidas e concedidas (apenas considerando o cenário consolidado), bem como das falências requeridas e decretadas no site do Serasa Experian. Coletaram-se os dados considerando o porte da empresa (micro e pequenas empresas, médias empresas, grandes empresas e o consolidado, o qual se trata de uma soma dos valores dos três portes) e levando em conta o período de 2008 a 2012. Os dados referem-se à uma amostra de 180 empresas, que corresponde à 60 micro e pequenas empresas, 60 médias empresas e 60 grandes empresas.

Além disso, foram selecionadas as informações das variáveis econômicas, referentes ao período de 2008 a 2012, nos sites do Banco Central do Brasil (Bacen), da base de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipeadata) e do INVESTING (apenas dados referentes aos Pontos IBOVESPA). Tais variáveis econômicas são: a Selic Mensal, o Percentual de População Ocupada, a Taxa de Câmbio Comercial, os Pontos IBOVESPA e o Saldo de Crédito Comercial.

Para testar a hipótese estabelecida no presente artigo foram feitos modelos de Regressão Múltipla tanto para as recuperações judiciais quanto para as falências. Em ambas foram utilizadas as variáveis econômicas mencionadas acima como variáveis independentes (X), porém o que se altera nos dois casos é a variável dependente (Y), a qual corresponde ao número de recuperações judiciais deferidas no total (soma dos três portes de empresa) e falências decretadas.

Para realização das Regressões Múltipla foi utilizado um nível de confiança de 99% e o Método Stepwise, no qual se eliminam as variáveis com os maiores p-valores uma a uma até que este resultado seja significativo. Dessa forma, foram feitas três regressões para as recuperações judiciais, em que foram eliminadas as variáveis Taxa de Câmbio Comercial e a

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Selic Mensal, nesta ordem; enquanto para as falências foram realizadas duas regressões, sendo que apenas o Percentual de População Ocupada foi eliminado.

A Regressão Múltipla é um modelo estatístico em que é feita a análise de dados temporais, permitindo que se avaliem os impactos das variáveis independentes na hipótese formulada. Com relação à significância dos p-valores das variáveis independentes pode-se dizer que:

“Quanto mais significativo for o peso de uma variável isolada, ou de um conjunto de variáveis explicativas, tanto mais se poderá afirmar que alguns fatores afetam mais o comportamento de uma variável de resposta especificamente procurada, do que outros.” (Kasznar & Gonçalves, 2011).

Por fim, foram analisados os resultados obtidos a partir dos modelos formulados, de modo a verificar se a crise de 2008 impactou negativamente o número de recuperações judiciais requeridas e falências decretadas durante o período em questão.

4. RESULTADOS

Neste capítulo do presente artigo serão apresentados os resultados das Regressões Múltiplas referentes às recuperações judiciais deferidas, as quais levaram em consideração o porte das empresas (micro e pequenas empresas, médias empresas e grandes empresas) e o consolidado dos dados, bem como às falências decretadas, em que se utilizaram apenas as informações consolidadas. Conforme mencionado anteriormente, tais dados foram retirados do site do Serasa Experian e referem-se à uma amostra de 180 empresas, sendo que cada porte utilizado conta com uma amostra de 60 empresas.

A partir das variáveis independentes adotadas, elaborou-se o seguinte modelo de regressão:

Recuperações Judiciais Deferidas = α + β * % Selic a.m. + γ * % População Ocupada + δ * Taxa de Câmbio Comercial + ε * Pontos IBOVESPA + μ * Saldo da Carteira de Crédito

É importante apontar as definições das variáveis econômicas antes da apresentação dos resultados, de modo a verificar a importância potencial das mesmas para o modelo formulado. Tais definições foram retiradas do site do Ipeadata, exceto a dos Pontos IBOVESPA, que foi retirada do site da XP Investimentos. São elas:

% Selic a.m.: consiste na taxa de juros baseada na Selic Over acumulada

mensalmente, sendo a taxa diária a base. Essa taxa é apurada no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), incidindo sobre as operações de financiamento por um dia útil, as quais são lastreadas pelos títulos públicos registrados nesse sistema.

% População Ocupada: trata-se do percentual de pessoas, de idade igual ou superior

a 10 anos, ocupadas em relação ao total de pessoas em idade ativa por região metropolitana. Essa variável foi escolhida para verificação do possível impacto da taxa de ocupação empregatícia no modelo de regressão.

Taxa de Câmbio Comercial: é o preço do Dólar para compra, medido em

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Pontos IBOVESPA: índice calculado pela média de desempenho das ações mais

negociadas nos últimos tempos na Bolsa de Valores.

Saldo da Carteira de Crédito: trata-se do saldo das operações de crédito, as quais

são obtidas a partir do Sistema Financeiro Nacional (SFN), ao final do período. Contém as operações contratadas como créditos livre e direcionado por Pessoas Física (PF) e Jurídica (PJ).

Nos dois primeiros quadros são apresentadas as estatísticas descritivas das variáveis econômicas utilizadas e das recuperações judiciais deferidas por porte de empresa. Observa-se que as micro e pequenas empresas apresentam o maior erro, conforme verifica-se a partir do desvio-padrão, além de ter a maior média dentre os três grupos de porte considerados; enquanto as grandes empresas apresentam os menores erros e médias.

Quadro 1 – Estatística Descritiva das Variáveis Econômicas Variável/Estatística

Descritiva Selic % a.m.

% População Ocupada Taxa de Câmbio Comercial Pontos IBOVESPA Saldo Carteira de Crédito

Unidade % % R$/US$ Pontos R$

Média 0,008316667 0,531666667 1,843625 59277,23783 1599678,5 Erro padrão 0,000192576 0,001210749 0,027177408 1166,954597 51848,83995

Mediana 0,0084 0,532 1,782 60960,085 1546351

Modo 0,0084 0,54 #N/D #N/D #N/D

Desvio padrão 0,001491691 0,009378422 0,210515294 9039,19144 401619,3873 Variância da amostra 2,22514E-06 8,79548E-05 0,044316689 81706981,9 1,61298E+11 Curtose -0,408735295 -0,519378596 0,168900808 0,706022585 -1,124936222 Assimetria 0,098462401 0,057636874 0,988292141 -1,081196974 0,223928787 Intervalo 0,0064 0,038 0,8305 35996,63 1414925 Mínimo 0,0054 0,515 1,5631 36595,87 953413 Máximo 0,0118 0,553 2,3936 72592,5 2368338 Soma 0,499 31,9 110,6175 3556634,27 95980710 Contagem 60 60 60 60 60 Fonte: Autores

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Porte de Empresa/Estatística Descritiva Micro e Pequenas Empresas Médias Empresas Grandes Empresas Média 17,03333333 11,71666667 6,083333333 Erro padrão 1,017354125 0,804328567 0,523618261 Mediana 17 11 5 Modo 19 9 4 Desvio padrão 7,880391169 6,230302293 4,055929606 Variância da amostra 62,10056497 38,81666667 16,45056497 Curtose -0,12013028 -0,244206275 1,789897918 Assimetria 0,376256121 0,385344209 1,257245784 Intervalo 36 26 20 Mínimo 2 1 0 Máximo 38 27 20 Soma 1022 703 365 Contagem 60 60 60 Fonte: Autores

O quadro 3 contém os resultados referentes às recuperações judiciais deferidas das micro e pequenas empresas, sendo que elaborou-se a partir deles o modelo de regressão para o respectivo porte de empresa.

Quadro 3 – Regressão Referente às Recuperações Judiciais Deferidas de Micro e Pequenas Empresas Estatística de regressão R múltiplo 0,61351245 R-Quadrado 0,376397526 R-quadrado ajustado 0,354516737 Erro padrão 6,331261746 Observações 60 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 2 1379,09544 689,547721 17,2022 1,42848E-06 Resíduo 57 2284,83789 40,0848753 Total 59 3663,93333

Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 99,0% Superior 99,0% Interseção 227,057507 87,7066597 2,58882858 1% 51,42795031 402,6870636 -6,66938163 460,7843955 % População Ocupada -455,200830 175,51711 -2,5934841 1% -806,6677797 -103,7338804 -922,931195 12,52953466 Saldo Carteira de Crédito 0,000020 4,0986E-06 4,87932391 0% 1,17911E-05 2,82056E-05 9,07614E-06 3,09206E-05

Fonte: Autores

Observa-se acima que o grau explicativo da regressão elaborada para as micro e pequenas empresas é de 35,45%, a partir do R-Quadrado Ajustado. Além disso, pelo F de significação conclui-se que a Hipótese Nula formulada é rejeitada, dessa forma, o número de recuperações judiciais deferidas das empresas em questão durante a crise foi menor que o número de recuperações judiciais deferidas após a crise.

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Foram eliminadas as seguintes variáveis independentes a partir do Método Stewise, uma vez que apresentaram p-valores elevados, ou seja, coeficientes não significativos para o modelo formulado; % Selic a.m., Taxa de Câmbio Comercial e Pontos IBOVESPA. A partir dos coeficientes apresentados obteve-se a seguinte equação de regressão é:

Recuperações Judiciais Deferidas nas Micro e Pequenas Empresas = 227,057507 – 455,200830 * % População Ocupada + 0,000020 * Saldo da Carteira de Crédito

Dessa forma, verifica-se que o número de recuperações judiciais deferidas nas micro e pequenas empresas tem uma relação negativa com o % de população ocupada e uma relação positiva com o saldo da carteira de crédito, ou seja, caso o saldo desta carteira aumente, haverá uma quantidade maior de recuperações judiciais deferidas para tal porte de empresa; e caso o % de população ocupada aumente, o número de recuperações judiciais será menor para as empresas desse grupo.

O quadro abaixo mostra os resultados referentes às recuperações judiciais deferidas das médias empresas, elaborando-se outra equação de regressão a partir do modelo geral mencionado no início deste capítulo.

Quadro 4 – Regressão Referente às Recuperações Judiciais Deferidas de Médias Empresas Estatística de regressão R múltiplo 0,606771095 R-Quadrado 0,368171162 R-quadrado ajustado 0,346001729 Erro padrão 5,038455407 Observações 60 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 2 843,179459 421,59 16,6072 2,07532E-06 Resíduo 57 1447,00387 25,386 Total 59 2290,18333

Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 99,0% Superior 99,0% Interseção 187,458539 69,7974767 2,68575 1% 47,6915033 327,2255756 1,457304177 373,4597747 % População Ocupada -378,566230 139,67755 -2,7103 1% -658,2657001 -98,86676077 -750,788811 -6,34364993 Saldo Carteira de Crédito 0,000016 3,2617E-06 4,89285 0% 9,42753E-06 2,24903E-05 7,26698E-06 2,46509E-05

Fonte: Autores

Observa-se acima que o grau explicativo da regressão feita para médias empresas é de 34,60%, a partir do R-Quadrado Ajustado. Além disso, pelo F de significação conclui-se que a Hipótese Nula formulada é rejeitada, dessa forma, o número de recuperações judiciais deferidas das empresas do porte analisado no Quadro 3 durante a crise foi menor que o número de recuperações judiciais deferidas após a crise.

Foram eliminadas as mesmas variáveis do modelo de regressão feito para as micro e pequenas empresas, por conta dos altos p-valores. Além disso, como se verifica pela equação de regressão abaixo, a interpretação dos coeficientes é a mesma do modelo apresentado no Quadro 3. Sendo assim, para fins de reiteração pode-se dizer que a quantidade de recuperações judiciais deferidas nas médias empresas tem uma relação negativa com o % de população ocupada e uma relação positiva com o saldo da carteira de crédito.

Recuperações Judiciais Deferidas nas Médias Empresas = 187,458539 – 378,566230 * % População Ocupada + 0,000016 * Saldo da Carteira de Crédito

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O quadro seguinte mostra os resultados referentes às recuperações judiciais deferidas das grandes empresas, elaborando-se um modelo de regressão específico para tal porte de empresa.

Quadro 5 – Regressão Referente às Recuperações Judiciais Deferidas de Grandes Empresas Estatística de regressão R múltiplo 0,41790454 R-Quadrado 0,1746442 R-quadrado ajustado 0,16041393 Erro padrão 3,71640487 Observações 60 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 1 169,506752 169,507 12,2727 0,00089237 Resíduo 58 801,076581 13,8117 Total 59 970,583333

Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 99,0% Superior 99,0% Interseção -8,760854 4,26434473 -2,0544 4% -17,29686757 -0,224840757 -20,1180278 2,596319523 Taxa de Câmbio Comercial 8,051631 2,29833517 3,50324 0% 3,451012929 12,6522483 1,930504553 14,17275668

Fonte: Autores

Observa-se acima que o grau explicativo da regressão elaborada para as grandes empresas é de 16,04%, a partir do R-Quadrado Ajustado. Além disso, pelo F de significação conclui-se que a Hipótese Nula formulada é rejeitada, dessa forma, o número de recuperações judiciais deferidas de tais empresas durante a crise foi menor que o número de recuperações judiciais deferidas após a crise.

Foram eliminadas as seguintes variáveis independentes a partir do Método Stewise, uma vez que apresentaram p-valores elevados, ou seja, coeficientes não significativos para o modelo formulado; % Selic a.m., % de População Ocupada, Pontos IBOVESPA e Saldo da Carteira de Crédito. Sendo assim, obteve-se a seguinte equação de regressão:

Recuperações Judiciais Deferidas nas Grandes Empresas = - 8,760854 + 8,051631 * Taxa de Câmbio Comercial

Dessa forma, verifica-se que o número de recuperações judiciais deferidas nas grandes empresas tem uma relação positiva com a taxa de câmbio comercial, ou seja, caso este aumente, a quantidade de recuperações judiciais também aumentará.

Com o intuito de realizar uma consolidação dos dados das recuperações judiciais deferidas referentes aos três grupos de porte de empresas, elaborou-se uma regressão com os dados totais. Seus resultados são apresentados abaixo.

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Estatística de regressão R múltiplo 0,727842034 R-Quadrado 0,529754027 R-quadrado ajustado 0,504562278 Erro padrão 10,02921003 Observações 60 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 3 6345,57032 2115,19 21,0289 2,98831E-09 Resíduo 56 5632,76301 100,585 Total 59 11978,3333

Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 99,0% Superior 99,0% Interseção 493,215054 138,989976 3,54857 0% 214,7846741 771,6454334 122,5965593 863,8335482 % População Ocupada -935,901269 278,140006 -3,3649 0% -1493,082654 -378,7198827 -1677,56504 -194,2374939 Pontos IBOVESPA -0,000460 0,00014663 -3,14 0% -0,000754156 -0,00016668 -0,00085141 -6,94237E-05 Saldo Carteira de Crédito 0,000042 6,505E-06 6,39037 0% 2,85385E-05 5,46008E-05 2,42239E-05 5,89155E-05

Fonte: Autores

Verifica-se acima que o grau explicativo da regressão elaborada é de 50,46%, a partir do R-Quadrado Ajustado. Além disso, pelo F de significação conclui-se que a Hipótese Nula formulada é rejeitada, dessa forma, o número de recuperações judiciais deferidas durante a crise foi menor que o número de recuperações judiciais deferidas após a crise.

Foram eliminadas as seguintes variáveis independentes a partir do Método Stewise, uma vez que apresentaram p-valores elevados, ou seja, coeficientes não significativos para o modelo formulado; % Selic a.m. e Taxa de Câmbio Comercial. Sendo assim, obteve-se a seguinte equação de regressão:

Recuperações Judiciais Deferidas = 493,215054 – 935,901269 * % População Ocupada – 0,000460 * Pontos IBOVESPA + 0,000042 * Saldo da Carteira de Crédito

Dessa forma, verifica-se que o número de recuperações judiciais deferidas tem uma relação positiva com o saldo da carteira de crédito, ou seja, caso este aumente, a quantidade de recuperações judiciais também aumentará. Além disso, tal número apresenta uma relação negativa com o % de População Ocupada e Pontos IBOVESPA, sendo assim, caso essas variáveis diminuam, as recuperações judiciais deferidas irão aumentar.

Por fim, elaborou-se um modelo de Regressão Múltipla para as falências decretadas, sendo os resultados evidenciados no Quadro 7.

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Estatística de regressão R múltiplo 0,65512459 R-Quadrado 0,429188229 R-quadrado ajustado 0,387674645 Erro padrão 13,20362077 Observações 60 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 4 7209,4753 1802,37 10,3385 2,57547E-06 Resíduo 55 9588,4581 174,336 Total 59 16797,933

Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 99,0% Superior 99,0% Interseção 333,089336 70,937135 4,69556 0% 190,9281413 475,250531 143,813739 522,3649333 Selic % a.m. -5767,152189 1763,3169 -3,2706 0% -9300,918252 -2233,386125 -10472,0626 -1062,241805 Taxa de Câmbio Comercial -51,681538 18,191544 -2,841 1% -88,13820632 -15,22486891 -100,220506 -3,142569262 Pontos IBOVESPA -0,001362 0,000456 -2,9881 0% -0,002276262 -0,000448693 -0,0025791 -0,000145851 Saldo Carteira de Crédito -0,000027 4,747E-06 -5,721 0% -3,6674E-05 -1,7646E-05 -3,9827E-05 -1,44929E-05

Fonte: Autores

Observa-se no quadro acima que o grau explicativo da regressão elaborada é de 38,77%, a partir do R-Quadrado Ajustado. Além disso, pelo F de significação conclui-se que a Hipótese Nula formulada é rejeitada, dessa forma, o número de falências decretadas durante a crise foi menor que o número de falências decretadas após a crise.

Apenas a variável % de População Ocupada foi eliminada pelo Método Stewise, por ter apresentado um p-valor elevado e, assim, um coeficiente não significativo. Desse modo, a equação de regressão elaborada é:

Falências Decretadas = 333,089336 – 5767,152189 * % Selic a.m. – 51,681538 * Taxa de Câmbio Comercial – 0,001362 * Pontos IBOVESPA – 0,000027 * Saldo da Carteira de Crédito.

Dessa maneira, verifica-se que o número de falências decretadas tem uma relação negativa com o % Selic a.m., a Taxa de Câmbio Comercial, Pontos IBOVESPA e com o Saldo da Carteira de Crédito, ou seja, caso essas variáveis diminuam, as falências decretadas irão diminuir.

5. CONCLUSÃO

A Crise do subprime foi uma crise econômica e financeira que afetou globalmente as economias, devido á redução de liquidez, escassez de linhas de crédito, incerteza a respeito da manutenção de empregos, aumento da aversão dos investidores a riscos, fuga de capitais e alta elevação da desvalorização de moedas de diversos países. Sendo importante apontar que o Brasil foi um dos países que se destacaram no combate à crise em questão, devido às medidas tomadas, como aumento de crédito, redução da taxa de juros e desonerações fiscais.

A nova lei falimentar brasileira instituída em 2005 determina disposições a respeito de recuperações judiciais e extrajudiciais, bem como de falências, sendo que para requerimento da recuperação, a empresa deve apresentar um plano de retomada, uma vez que tem o objetivo de continuar a entidade. Já a falência tem o objetivo de liquidar o patrimônio da organização.

(14)

Dessa forma, o presente artigo buscou verificar se, de fato, houve um impacto negativo na quantidade de Recuperações Judiciais Deferidas de micro e pequenas empresas, médias e grandes empresas, e no número de Falências Decretadas no período de 2008 a 2012, a partir da elaboração de modelos de Regressão Múltipla. Ressalta-se que os dados referentes à tais situações para o período em questão foram retirados do site do Serasa Experian e que foi feito apenas um modelo de Regressão para as Falências, pois esse site não faz a separação por porte para estas.

As variáveis utilizadas nos modelos realizados foram: a Selic Mensal, o Percentual de População Ocupada, a Taxa de Câmbio Comercial, Pontos IBOVESPA e o Saldo da Carteira de Crédito, sendo que os dados referentes ao período analisado foram retirados do Ipeadata, exceto os pontos IBOVESPA, os quais foram retirados do INVESTING.

A partir do modelo Stepwise foram retiradas algumas das variáveis adotadas para elaboração das regressões, devido aos altos p-valores e, portanto, não significantes para as mesmas. Após a realização das equações de regressão foram analisados os coeficientes obtidos, sendo que estes apresentaram relações negativas (apresentando um efeito inverso na variável dependente, ou seja, variável Y) ou positivas (demonstrando um efeito direto na variável Y) com o número de Recuperações Judiciais Deferidas e de Falências Decretadas.

Apesar dos coeficientes diferentes, as regressões realizadas para as Recuperações Judiciais Deferidas de Micro e Pequenas Empresas e de Médias Empresas apresentaram a mesma interpretação, ou seja, que a quantidade de recuperações tem uma relação negativa com o % de população ocupada e uma relação positiva com o saldo da carteira de crédito. Para ambos os modelos foram retiradas as seguintes variáveis: a Selic mensal, a Taxa de Câmbio Comercial e os Pontos IBOVESPA.

Já para as Grandes Empresas verificou-se que o número de Recuperações Judiciais Deferidas tem uma relação positiva com a Taxa de Câmbio Comercial. Além disso, as variáveis eliminadas nesse modelo foram: a Selic mensal, o % de População Ocupada, os Pontos IBOVESPA e o Saldo da Carteira de Crédito.

Para o modelo consolidado das Recuperações Judiciais Deferidas observou-se que estas têm uma relação negativa com o % de População Ocupada e com os Pontos IBOVESPA, e uma relação positiva com o Saldo da Carteira de Crédito, sendo a Selic Mensal e a Taxa de Câmbio Comercial as variáveis retiradas. E, por fim, verificou-se que o número de falências decretadas tem uma relação negativa com o % Selic a.m., a Taxa de Câmbio Comercial, Pontos IBOVESPA e com o Saldo da Carteira de Crédito, sendo que apenas a variável do Percentual de População Ocupada foi eliminada pelo método Stepwise.

Conclui-se que, para todos os modelos de Regressão Múltipla, o número de Recuperações Judiciais Deferidas e de Falências Decretadas durante a crise foi maior ou igual ao número destas após a crise, confirmando, assim, que a crise de 2008 teve um impacto negativo nas Recuperações Judiciais Deferidas e Falências Decretadas nas empresas entre 2008 a 2012.

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