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ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO. 1 Ten Cav ANDRÉ LUIZ DE OLIVEIRA SERAFINI

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1° Ten Cav ANDRÉ LUIZ DE OLIVEIRA SERAFINI

IDIOMA INSTRUMENTAL NA ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO: RELEVÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DA MATÉRIA NO CURSO DE INSTRUTOR

Rio de Janeiro 2008

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1° Ten Cav ANDRÉ LUIZ DE OLIVEIRA SERAFINI

IDIOMA INSTRUMENTAL NA ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO: RELEVÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DA MATÉRIA NO CURSO DE INSTRUTOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Equitação do Exército.

Orientador: Maj Cav Eduardo Xavier Ferreira Migon

Rio de Janeiro 2008

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Serafini, André Luiz de Oliveira.

Implantação da Matéria Idioma Instrumental para o Curso de Instrutor de Equitação do Exército/ Serafini, André Luiz de Oliveira.

46 f. : 27,9 cm

Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Instrutor de Equitação) – Escola de Equitação do Exército, Rio de Janeiro, 2008.

Bibliografia: f. 40

1. Idioma Instrumental. 2. Implantação de disciplina. 3. Curso de Instrutor de Equitação. 4. Vocabulário eqüestre.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Orientador, Maj Cav Eduardo Xavier Ferreira Migon, meus sinceros agradecimentos pela compreensão das dificuldades por mim encontradas, e principalmente pela orientação clara e objetiva, proporcionando valiosos ensinamentos.

Ao Maj QCO José da Silva Martins Filho, pelas informações, orientações e motivação com o tema da pesquisa.

Aos meus pais Paulo Gerson Camargo Serafini e Satira Vargas de Oliveira Serafini, pelo amor e educação em todas as fases da minha vida.

A minha noiva Giana pela compreensão e apoio nos momentos em que este trabalho foi priorizado.

A todos que cooperaram com este trabalho, seja com conselhos, nas pesquisas ou com críticas construtivas.

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Ao chefe não cabe ter medo das idéias, nem mesmo das idéias novas. É preciso, isto sim, não perder tempo, empreendê-las e realizá-las até o fim.

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RESUMO

Apresenta um estudo acerca da relevância da implantação da matéria Idioma Instrumental no Curso de Instrutor de Equitação, da Escola de Equitação do Exército. Seu objetivo é verificar se é relevante a implantação desta matéria, que daria ao aluno do curso de Instrutor de Equitação uma ferramenta facilitadora nas diversas interações com os idiomas estrangeiros nas áreas da equitação. Para tanto, este Trabalho de Conclusão de Curso foi desenvolvido de abril a outubro de 2008, por meio de uma pesquisa bibliográfica, documental e com dados colhidos de uma pesquisa de campo através de um questionário. Assim, são apresentados o Sistema de Ensino no Exército, o Sistema de Ensino de Idiomas no Exército, o Subsistema de Ensino Regular de Idiomas, as missões da Escola de Equitação do Exército (EsEqEx), o Histórico da EsEqEx, o Documento de Currículo do Curso de Instrutor da EsEqEx, e uma pesquisa de campo aplicada à alunos do curso de instrutor e militares possuidores do referido curso. Na conclusão, são ratificadas as idéias apresentadas nos capítulos anteriores, explorando a viabilidade da implantação do Idioma Instrumental no Curso de Instrutor.

Palavras-chave: Idioma Instrumental. Implantação de disciplina. Curso de Instrutor de Equitação. Vocabulário eqüestre.

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LISTA DE TABELAS

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 10 2 CONCEITOS E MÉTODOS... 12 2.1 TEMA... 12 2.2 PROBLEMA... 12 2.2.1 Antecedentes do Problema... 12 2.2.2 Formulação do Problema... 12 2.2.3 Alcances e Limites... 13 2.3 QUESTÕES DE ESTUDO... 13 2.4 OBJETIVO ... 14 2.4.1 Objetivo Geral ... 14 2.4.2 Objetivos Específicos... 14 2.5 JUSTIFICATIVA... 14 2.6 CONTRIBUIÇÃO... 15

3 O SISTEMA DE ENSINO NO EXÉRCITO... 16

3.1 SISTEMA DE ENSINO DE IDIOMAS NO EXÉRCITO... 17

3.2 SUBSISTEMA DE ENSINO REGULAR DE IDIOMAS... 18

3.3 MISSÃO DA ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO... 19

4 HISTÓRICO DA ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO... 21

5 DOCUMENTO DE CURRÍCULO... 27

5.1 DURAÇÃO DO CURSO... 27

5.2 OBJETIVOS GERAIS DO CURSO... 27

5.3 GRADE CURRICULAR... 28

5.4 OBJETIVOS PARTICULARES DE CADA DISCIPLINA NO CURSO... 30

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6 ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO... 33 6.1 PERGUNTA 1... 33 6.2 PERGUNTA 2... 33 6.3 PERGUNTA 3... 34 6.4 PERGUNTA 4... 34 6.5 PERGUNTA 5... 35 6.6 PERGUNTA 6... 35 6.7 PERGUNTA 7... 35 6.8 PERGUNTA 8... 36 6.9 PERGUNTA 9... 37 6.10 SUGESTÕES... 37 7 CONCLUSÃO... 38 REFERÊNCIAS... 40 ANEXOS 41

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo pretende verificar a relevância da implantação da matéria Idioma Instrumental no Curso de Instrutor da Escola de Equitação do Exército. Dentro deste estudo, também se verificou quais são os idiomas com a maior necessidade de desenvolvimento nessa matéria.

Mas antes, devemos saber o que significa idioma instrumental:

É parte de um movimento maior na área de ensino de línguas estrangeiras, denominado língua para fins específicos (Language for Specific Purposes – LSP), no qual se insere o ensino de qualquer língua estrangeira com foco nas necessidades específicas do aprendiz, objetivando o uso da língua-alvo para desempenho de tarefas comunicativas, sejam elas de produção ou compreensão oral ou escrita naquela língua (VIAN JR., Orlando, 1999, p. 437-457).

Há, também, a seguinte definição:

O idioma instrumental possibilita ao educando um relacionamento dinâmico e essencial para o seu ambiente de trabalho, no qual o uso de uma língua estrangeira requeira tão somente uma base de conhecimento lingüístico para a comunicação efetiva entre eventuais agentes e o domínio da terminologia de cada situação de trabalho (SIERRA, Teresa Vargas, 2005).

O objetivo desta disciplina seria dar ao aluno do curso de Instrutor de Equitação uma ferramenta facilitadora nas diversas interações com os idiomas estrangeiros nas áreas da equitação. Conforme CARLA & SILVA (2002) “... instrumental, se destina, principalmente, a proporcionar aos usuários uma comunicação eficaz em situações práticas de estudo ou trabalho.” Ou seja, a disciplina abordaria a terminologia eqüestre através da leitura, sem focar a compreensão auditiva, nem a produção oral. O aluno desvendaria as informações necessárias de um texto ou documento. Isso se daria através da confecção de documentos da Federação Eqüestre Internacional (Fall Reporting FEI, Reprises internacionais, etc.) e leitura de textos atualizados na área da equitação (livros, revista, jornais, sítios da Internet, etc.).

Com essas definições, fica fácil estabelecer uma justa importância da matéria idioma instrumental no Curso de Instrutor. O Instrutor de Equitação do Exército é um militar especializado em tudo o que diz respeito à Equitação Militar e Desportiva. E a maioria das obras literárias referentes a este assunto está em idioma estrangeiro. Como exemplo desse dado, a Biblioteca da EsEqEx possui 277 livros que tratam do cavalo, sendo que desses, 161 são em francês, 58 em português, 25 em Inglês, 25 em espanhol e 8 em alemão. Apesar de o Brasil possuir excelentes livros de equitação, como “Adestramento do Cavalo”, do Cel Felix B. Morgado, a maioria deles são traduções de livros estrangeiros, ou são feitos a partir de conhecimentos obtidos em cursos no exterior, como é o caso deste livro citado. Além disso,

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cada vez mais livros sobre assuntos eqüestres no idioma inglês são produzidos mundialmente, considerando que este idioma é globalizado.

Mas não é só o inglês o foco deste trabalho. Quando se fala em documentação da Federação Eqüestre Internacional (FEI), deve se ter o domínio instrumental dos idiomas inglês e francês. E quando se fala em Pólo, não há dúvidas que as melhores técnicas vêm da Argentina, onde a linguagem oficial é o espanhol.

As obras literárias não são os únicos motivos para a implantação dessa nova matéria na grade curricular do aluno. Existem outras inúmeras interações internacionais dentro da equitação, por exemplo, as palestras e clínicas de Instrutores estrangeiros, páginas da Internet, cursos, revistas, etc. E são a partir desses exemplos que o Instrutor de Equitação deve se manter atualizado, procurando seu auto-aperfeiçoamento, que é um dos fundamentos do Sistema de Ensino do Exército, conforme item VI do Art. 3º da Lei Nº 9.786, de 8 de fevereiro de 1999 da Presidência da República.

O assunto da monografia apóia-se ainda na Diretriz do Comandante do Exército, disponível na Diretriz do Chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa/2008, onde diz que o ensino deve ser atividade prioritária, devendo-se estimular o estudo do idioma nacional e de idiomas estrangeiros.

Neste trabalho, dentro da verificação da relevância da implantação do idioma instrumental no Curso de Instrutor, procurou-se verificar a procedência da doutrina eqüestre utilizada no Exército Brasileiro. Para isso, em primeira estância, foi feita uma análise do histórico da Escola de Equitação do Exército. Em seguida, procurou-se fazer uma análise do documento de currículo do Curso de Instrutor, verificando a viabilidade da implantação da disciplina. Após, foi feita uma análise do Sistema de Ensino do Exército, verificando a existência de suporte dentro da regulamentação vigente. E finalizando, realizou-se uma pesquisa de campo acerca da relevância da implantação da disciplina.

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2 CONCEITOS E MÉTODOS

A presente seção tem por finalidade contextualizar o tema de estudo, abordando os conceitos envolvidos na problemática em questão, e apresentando as justificativas para a realização do trabalho, bem como as contribuições que a pesquisa pretendeu apresentar para a evolução do ensino na Escola de Equitação do Exército.

2.1 TEMA

A relevância da implantação da matéria idioma estrangeiro instrumental para o curso de Instrutor de Equitação do Exército.

2.2 PROBLEMA

Em diversas situações, o instrutor de equitação necessita de um conhecimento mínimo de idioma estrangeiro acerca da fraseologia eqüestre, seja lendo, escrevendo, escutando ou falando. E atualmente, no curso de Instrutor de Equitação, não há uma disciplina que ensine o futuro instrutor a tratar com desembaraço documentos e conversações estrangeiras envolvendo equitação.

2.2.1 Antecedentes do Problema

Muitos dos problemas encontrados pelo uso de idiomas estrangeiros nas competições hípicas internacionais e confecção de documentos, eram passados a militares que tinham algum conhecimento em linguagem estrangeira, ou habilitados no respectivo idioma. E, às vezes, somente ser habilitado em algum idioma não soluciona totalmente os problemas relativos ao idioma estrangeiro.

2.2.2 Formulação do Problema

No sentido de facilitar a interação eqüestre entre os instrutores de equitação do Exército e as mais diversas formas de obtenção de conhecimentos do estrangeiro, além da

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confecção de documentos, deve ser elaborada uma disciplina de idioma estrangeiro instrumental para o curso de Instrutor de Equitação do Exército.

O conhecimento mínimo da linguagem eqüestre nos idiomas estrangeiros facilita a comunicação e a obtenção de conhecimentos vindos de países estrangeiros?

2.2.3 Alcances e Limites

O presente estudo pretendeu levantar a relevância de se implantar a disciplina Idioma Instrumental no curso de Instrutor de Equitação do Exército. Esse estudo se deu através de pesquisa de campo e estudos do Sistema de Ensino. Essas pesquisas verificaram, ainda, quais idiomas de maior necessidade dentro da problemática. Além disso, o estudo se limitou à linguagem eqüestre.

2.3 QUESTÕES DE ESTUDO

Estabelecer as questões de estudo é um meio para se encontrar um caminho que leve ao melhor conhecimento acerca do problema, o que é fundamental para se chegar a uma solução para o mesmo. Neste sentido, foram formuladas diversas questões de estudo que envolvem a problemática desta investigação, conforme listadas abaixo:

a) Como construir a disciplina de Idioma Instrumental? b) Quem ministraria as aulas?

c) Como seria a progressão das aulas? d) Qual seria a carga horária da matéria?

e) Como seriam as provas e avaliações da matéria?

f) Em que medida o conhecimento básico do idioma instrumental facilitaria a

resolução de problemas com a linguagem eqüestre estrangeira?

Espera-se que, em se respondendo mesmo que parcialmente estas questões, seja possível solucionar o problema de estudo e atingir os objetivos de pesquisa, conforme a seguir formulados.

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2.4 OBJETIVO

Esta seção secundária tem por finalidade apresentar os objetivos (gerais e específicos) que identificam e detalham as distintas ações a serem realizadas para dar resposta à pergunta de partida desta investigação, bem como às questões de estudo que envolvem o problema de pesquisa.

2.4.1 Objetivo Geral

Verificar a relevância de se implantar a disciplina de Idioma Instrumental no curso de Instrutor de Equitação do Exército.

2.4.2 Objetivos Específicos

A fim de viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo, foram formulados os objetivos específicos, abaixo relacionados, que permitiram o encadeamento lógico do raciocínio descritivo apresentado neste estudo:

a) Realizar uma pesquisa de campo verificando a necessidade de implantação da

matéria Idioma Instrumental no curso de Instrutor de Equitação do Exército;

b) Realizar entrevistas exploratórias com especialistas em Idiomas estrangeiros no

Exército a fim de verificar a viabilidade de implantação da matéria Idioma Instrumental no curso de Instrutor de Equitação do Exército;

c) Verificar a construção da disciplina dentro da grade curricular do curso;

d) Verificar a viabilidade da implantação da matéria, com base no atual Sistema de

Ensino de Idiomas do Exército. 2.5 JUSTIFICATIVA

Hoje em dia, há muita comunicação dentro das doutrinas eqüestres em todo o mundo, sendo que o Brasil está ativamente inserido nesse meio. E o Instrutor de Equitação do Exército, militar habilitado a criar e conduzir provas e competições internacionais, tem que ter um conhecimento mínimo do idioma instrumental para a confecção de documentos, interação com juízes e concorrentes estrangeiros, além de entender palestras e clínicas conduzidas por um estrangeiro.

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Além disso, o Instrutor de Equitação do Exército precisa estar sempre se atualizando nos conhecimentos produzidos no exterior, que são na maioria das vezes consolidadas em livros, vídeos, palestras, cursos e clínicas.

Um bom conhecimento do idioma instrumental, além de poder proporcionar ao instrutor de equitação do exército um auto-aperfeiçoamento, pode ser de grande importância para o Exército Brasileiro, uma vez que pode tornar a condução de uma competição internacional mais eficiente.

2.6 CONTRIBUIÇÃO

O presente estudo pretende ampliar o cabedal de conhecimento do Instrutor de Equitação do Exército, facilitando o trabalho e a interação com a equitação mundial, utilizando o idioma estrangeiro.

Pretende-se também, buscar a conscientização do comando da EsEqEx e de seu escalão superior sobre a importância desse assunto, verificando a necessidade da implantação dessa nova matéria.

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3 O SISTEMA DE ENSINO NO EXÉRCITO

A Lei N° 9.786, de 8 de fevereiro de 1999, do Congresso Nacional, dispõe sobre o ensino no Exército Brasileiro e dá outras providências.

Segundo o Art. 2º, o Sistema de Ensino do Exército compreende as atividades de educação, de instrução e de pesquisa, realizadas nos estabelecimentos de ensino, institutos de pesquisa e outras organizações militares com tais incumbências, e participa do desenvolvimento de atividades culturais.

No Art. 3°, o Sistema de Ensino do Exército fundamenta-se, basicamente, nos seguintes princípios:

a) integração à educação nacional; b) seleção pelo mérito;

c) profissionalização continuada e progressiva; d) avaliação integral, contínua e cumulativa; e) pluralismo pedagógico;

f) aperfeiçoamento constante dos padrões éticos, morais, culturais e de eficiência; e g) titulações e graus universitários próprios ou equivalentes às de outros sistemas de ensino

Deste artigo, podemos destacar o aperfeiçoamento constante dos padrões éticos, culturais e de eficiência, onde a disciplina idioma instrumental poderia contribuir nesse sentido. Uma leitura de uma reprise de adestramento em inglês com conhecimentos do vocabulário eqüestre seria uma forma mais eficiente de fazê-lo.

O Sistema de Ensino do Exército valoriza, segundo o Art. 4°, as seguintes atitudes e comportamentos nos concludentes de suas modalidades de ensino:

a) integração permanente com a sociedade; b) preservação das tradições nacionais e militares; c) educação integral;

d) assimilação e prática dos deveres, dos valores e das virtudes militares; e) condicionamento diferenciado dos reflexos e atitudes funcionais; f) atualização científica e tecnológica; e

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3.1 SISTEMA DE ENSINO DE IDIOMAS NO EXÉRCITO

No campo do desenvolvimento de recursos humanos e, visando aumentar a bagagem cultural de seus militares e civis, bem como para ter um universo de pessoal habilitado para missão no exterior, desenvolveu-se, no Exército Brasileiro, um Sistema de Ensino de Idiomas (SEIEx) que, implantado em 1989, passa agora por um processo de modernização.

O SEIEx engloba três subsistemas: Ensino Regular, Curso de Idiomas à Distância (CID) e Ensino Intensivo.

O Ensino Regular é a modalidade de prática educativa a ser desenvolvido presencialmente sob a tutela de um professor, de maneira contínua e regular, ao longo da carreira militar, devendo ser oferecido como disciplina curricular na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, Academia Militar das Agulhas Negras, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, que estão encarregadas de desenvolver esta atividade dentro do SEIEx. Compreende o ensino do inglês e do espanhol.

O Curso de Idiomas à Distância, utilizando metodologia eclética e tecnologia educacional, é a modalidade de prática educativa a ser desenvolvida à distância pelo Centro de Estudos de Pessoal (CEP), de forma autônoma, sem a contigüidade física do professor. Prevê o desenvolvimento de meios e materiais específicos e uma comunicação interativa envolvendo o aluno e o CEP, propiciando a aprendizagem dos idiomas àquele universo de pessoal não atingido ou parcialmente atingido pelo ensino regular. Compreende o ensino do inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e russo.

O processo de modernização, ora em curso, prevê: tutoria; retificação da aprendizagem e recuperação; avaliação que possibilite ao aluno progredir no ritmo próprio; e três tipos de materiais didáticos: tradicional, CD-ROM e virtual.

O Ensino Intensivo é a modalidade presencial de caráter instrumental a ser desenvolvida em um curto espaço de tempo, visando à preparação lingüística do pessoal já designado para missões no exterior. Cabe ao CEP o seu planejamento e execução.

A avaliação se dá através de avaliações somativas, avaliações diagnósticas e o teste de credenciamento lingüístico para missão no exterior. Esta última visa compor um universo a ser designado para as referidas missões. E o idioma instrumental daria uma melhor e específica preparação para uma avaliação como essa.

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3.2 SUBSISTEMA DE ENSINO REGULAR DE IDIOMAS

A Portaria N° 99-DEP, de 18 de outubro de 2004, aprovou as Diretrizes para o Subsistema de Ensino Regular de Idiomas (SERI), integrante do Sistema de Idiomas do Exército (SEIEx). Estas Diretrizes têm como finalidade estabelecer a orientação geral para o desenvolvimento, planejamento e execução do SERI, a cargo da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), Escola de Administração do Exército (EsAEx) e Escola de Saúde do Exército (EsSEx).

Segundo o SERI, os Estabelecimentos de Ensino envolvidos deverão desenvolver uma sistemática, de acordo com suas peculiaridades, que permita a condução do ensino e das atividades presenciais de idiomas estrangeiros, visando a alcançar e a manter a proeficiência lingüística em Inglês e em Espanhol.

O conteúdo programático do SERI, para o ensino na EsPCEx e na AMAN será estabelecido com base nos níveis Básico e Intermediário do SEIEx e constituirá o curso da EsPCEx e os cursos da AMAN, sem repetição de assuntos e permitindo a progressividade do ensino. O Aspirante-a-Oficial deverá apresentar proeficiência lingüística nas habilidades de leitura, redação e de audição, com bom rendimento no nível intermediário e regular capacidade para participar de conversação (habilidade de falar).

Essa proeficiência do Aspirante-a-oficial, caso ele matricule-se no curso de Instrutor de Equitação como tenente, trará uma facilidade com a disciplina idioma instrumental. Neste caso, o único problema que poderia se ter é que talvez os oficiais das Polícias Militares e civis, que venham fazer o curso, não tenham o mesmo padrão de proeficiência. Mas isso traria somente uma heterogeneidade na turma, uma vez que “[...] o foco não está na língua estrangeira, mas nas atividades por ela facilitadas” (BARSOTTI & SILVA, 2002).

O SERI determina, ainda, que o material didático selecionado deverá ser contextualizado com lições e textos pertinentes à profissão militar, apresentando termos do Idioma Instrumental relacionados aos níveis dos cursos.

Na AMAN, o ensino de Idioma Instrumental será distribuído ao longo dos três primeiros anos. Os cadetes do quarto ano serão submetidos a atividades educacionais interdisciplinares com assuntos de idioma instrumental dos idiomas obrigatórios, sem carga horária prevista na disciplina de idiomas.

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Na EsAO, o uso do idioma instrumental foi uma das condicionantes para a proposta de revisão dos documentos de currículo, em 2005. Neste ano, também, a ECEME usou o idioma instrumental como condicionante na complementação do ensino, dentro da sua grade curricular.

3.3 MISSÃO DA ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO

Entender quais são as missões da EsEqEx são de fundamental importância para se avaliar a relevância de se implantar a disciplina Idioma Instrumental no Curso de Instrutor de Equitação. Dentre as missões confiadas à Escola, que estão definidas no R-169 (Regulamento da Escola de Equitação do Exército), aprovado pela Portaria Ministerial N° 528, de 04 de setembro de 1992, podemos destacar:

a) especializar oficiais com aptidão para a prática e o ensino da arte eqüestre, habilitando-os ao exercício da função de Instrutor de Equitação;

b) especializar graduados com aptidão para a prática da arte eqüestre, habilitando-os ao desempenho da função de Monitor de Equitação;

c) especializar militares, habilitando-os ao desempenho de funções ligadas à área de apoio à Equitação;

d) zelar pela manutenção de uma unidade de doutrina eqüestre no âmbito do Exército Brasileiro;

e) realizar pesquisas no campo da equitação e da genética eqüina, inclusive, se necessário, com instituições congêneres ou afins, particularmente, em estreita ligação com a Coudelaria de Rincão;

f) apoiar as OM de cavalaria e os Estabelecimentos de Ensino do Exército, nos assuntos pertinentes ao ensino de equitação, como órgão técnico-normativo, conforme determinado pelo escalão superior;

g) opinar como órgão consultivo sobre todas as questões concernentes ao cavalo e à sua utilização;

h) incentivar o desenvolvimento do hipismo;

i) construir um centro de documentação no domínio do ensino e da prática de equitação;

j) apoiar o escalão superior na promoção e realização de competições militares de caráter nacional e internacional e na organização, treinamento e participação das equipes do Exército e das Forças Armadas;

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l) cooperar com entidades civis e militares, nacionais e internacionais, de acordo com programas de interesse mútuo fixados pelo escalão superior.

A partir da análise desses objetivos, verificamos a importância do idioma instrumental na contribuição do cumprimento dessas missões. Um conhecimento específico do vocabulário estrangeiro eqüestre auxilia na promoção e realização de competições militares do caráter internacional, além da cooperação com entidades civis e militares internacionais.

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4 HISTÓRICO DA ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO

Terminada a Guerra da Tríplice Aliança, D. Pedro II colocou em prática um programa de ação administrativa para o Exército, o qual incluía a criação de coudelarias. Para as atividades eqüestres, trouxe de Portugal o Capitão Luís de Jacome, cavaleiro de escol, a quem se deve desde a escolha do local até a organização da Coudelaria de Saycan, e também a difusão da Doutrina Eqüestre de Baucher, predominante na Europa. François Baucher, nascido em Versailes, revolucionou a equitação na França e influiu decisivamente nos princípios da arte eqüestre.

Como picador-mor do Paço Imperial, a ação deste oficial português fez-se sentir não somente na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, mas também em Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Teve, ainda, a virtude de estimular a equitação em clubes civis e no 1° Regimento de Cavalaria de Guardas, em São Cristóvão. Foram seus discípulos, entre outros, os civis João Penedo, Genelício Gentil Lopes de Araújo, José Antônio do Amaral e os militares Santana Barros, Thiago Bonnosco e Armando Batista Jorge. Por influência do Cap Jacome, forma importados de Portugal reprodutores da raça Álter Real, que muito influíram na criação dos Campolina em Minas Gerais, e Mangalarga, em São Paulo. O Cap Jacome foi o pioneiro na criação nacional de cavalos e na Equitação artística do Brasil.

O Ten Armando Batista Jorge, discípulo direto do Cap Jacome, com o apoio de um grupo de civis entusiastas, criou o Club Sportivo de Equitação, cujo picadeiro foi batizado com o seu nome e que ainda hoje perdura nas dependências do antigo Centro Hípico do Exército Brasileiro, em São Cristóvão, Rio de janeiro.

Após a Proclamação da República, o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, então Presidente da República, tendo realizado cursos militares na Alemanha, enviou à Escola de Cavalaria de Hanover os tenentes Euclydes de Oliveira Figueiredo, Augusto de Lima Mendes, Evaristo Marques da Silva e João Furtado, dentre outros. Em seu retorno ao Brasil, coube ao Em seu retorno ao Brasil, coube ao Ten. Lima Mendes a supervisão de Equitação no 1º RC, cujo aquartelamento era ao lado do 13º RC, onde os oficiais contavam com a orientação técnica do Cap. Armando Batista Jorge.

Formou-se, assim, o espírito de emulação entre os dois grupos de oficiais. Tinham verdadeira idolatria por seus mestres. Lima Mendes (no 1º RC) empolgava pela elegância e atitude militar a cavalo, pela energia e arrojo nas competições hípicas e pela excelência do trabalho em alta-escola de seus cavalos Hanover e Cowboy. Armando Jorge também apresentava cavalos em alta-escola e seus alunos eram exímios no jogo da rosa e na caçada à

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raposa, além de bons concursistas de salto. Destacavam-se no 1º RC, os Tenentes Euclydes Figueiredo, João Furtado, Aristóteles de Souza Dantas e Heitor Gonçalves. No 13º RC, os Tenentes Silva Rocha, Aquiles Lima de Moraes Coutinho e Armando Bittencourt.

Eram duas Escolas, duas Doutrinas. Passada a 1ª Guerra Mundial o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, do Governo de Epitácio Pessoa, contratou a Missão Militar Francesa, sob a chefia do General Emille Gamellin, que chegou ao Brasil em 1920. Com o General Gamellin vieram os comandantes Gipon e De Marrail, como instrutores de equitação, vinculados à Seção de Cavalaria da Escola de Estado-Maior.

Em portaria de 20 de abril de 1922, o Ministro da Guerra criou os Cursos de Instrução no Exército, prevendo para a arma de cavalaria, entre outros cursos, o Centro de Formação de Oficiais Instrutores de Equitação, com o objetivo de formar oficiais instrutores de equitação, capazes de transmitir, nas escolas e corpos de tropa, regras e uniformes de Equitação. Este centro, que funcionava sob a direção do Cmt Gippon, auxiliado pelo Cmt De Paul, ambos da Missão Militar Francesa, funcionaria de 15 de maio a 15 de setembro de 1922.

No entanto a comemoração do centenário da Independência, que previa um concurso hípico internacional, mobilizou todo o meio hípico e impôs aos instrutores franceses o treinamento de nossos cavaleiros para o evento desportivo, não permitindo a pretendida formação de Instrutores de Equitação. Para o concurso foram relacionados, entre outros, os Tenentes Silva Rocha, Aquiles Coutinho, Armando Bittencourt, Benjamim Moutinho da Costa, Eduardo Monteiro de Barros, Alfredo Gomes de Paiva e Oswaldo Rocha. Foram importados cavalos já preparados da França, Itália e Argentina. O insucesso da Equipe Brasileira no Concurso Hípico Internacional Centenário da Independência frente às nações possuidoras de Escolas de Equitação levou o então Ministro da Guerra, Setembrino de Carvalho, assessorado por seu Oficial de Gabinete, Major de Cavalaria Euclydes de Oliveira Figueiredo, possuidor do Curso da Escola de Cavalaria de Hanover a criar, por aviso de 17 de setembro de 1923, o Núcleo de Adestramento de Equitação.

Setembrino de Carvalho determinou que o núcleo funcionasse nas dependências da Escola de Estado-Maior do Exército, no Andaraí, Rio de Janeiro (hoje quartel do 1° Batalhão de Polícia do Exército). Outros motivos que o levaram a criar o Núcleo foram o aviso de fevereiro de 1923, que suspendeu o funcionamento dos Centros de Instrutores de Equitação do Exército e, conseqüentemente, o Centro de Formação de Instrutores de Equitação, e a necessidade, já expressa na portaria de 20 de abril de 1922, de se transmitir regras e uniformes de Equitação nas Escolas e Corpos de Tropa.

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Através da Missão Militar Francesa, o governo contratou o Cap Armand Gloriá, componente do Cadre Noir da Escola de Cavalaria de Saumur, para a função de Instrutor Chefe. Daí já se percebe que houve uma interação entre franceses e brasileiros, no que diz respeito à arte eqüestre. Qual teria sido a dificuldade na transmissão dos conhecimentos, no que tange o vocabulário eqüestre?

Os cavalos importados para o concurso internacional foram colocados à disposição do curso. Em dezembro de 1923, foi proferida pelo Chefe do Estado-Maior do Exército a aula inaugural. Por aviso de 26 de fevereiro de 1924, o núcleo de Adestramento de Equitação passou a denominar-se Centro de Instrução de Adestramento e sob essa denominação formou, neste mesmo ano, a primeira turma de Instrutores de Equitação: Maj Art Cyro Vidal, Cap Cav Renato Paquet, Cap Cav Evaristo Marques da Silva, Cap Cav Oswaldo Rocha, 1º Ten Cav Deodoro Sarmento, 1º Ten Art Renato Bittencourt, 1º Ten Cav Raul Seidl e 1º Ten Cav Oromar Osório. O Cap Oswaldo Rocha e o 1º Ten Oromar Osório permaneceram no curso como auxiliares do instrutor francês e responsáveis pela instrução de Equitação no recém criado curso de formação de pilotos aviadores militares.

A Escola de Cavalaria de Saumur, através do Cap Gloriá legou aos oficiais instrutores brasileiros o privilégio do uso das esporas douradas, tradição absorvida por aquela escola. Saumur é a cidade do cavalo por excelência. Sua tradição eqüestre remonta ao século XVI. Reconhecida há muito tempo como a mais importante do mundo, a Escola de Equitação de Saumur teve origem na Academia de Equitação criada por seu governador, no começo do século XVI.

Por isso, cresce de importância o domínio da língua francesa, pois a Escola de Saumur desenvolveu uma doutrina eqüestre por séculos, e passou para nós brasileiros, que a adotamos. A França possui uma reconhecida cultura em relação ao cavalo, com estudos e pesquisas aprofundadas. Basta verificar a quantidade de livros em francês existentes na Biblioteca da EsEqEx: 161 livros.

No ano seguinte foi criada a Liga de Sportes do Exército, cuja presidência coube ao Gen João Gomes Ribeiro e a Chefia do Departamento de Hipismo ao Maj Antônio da Silva Rocha. Ambos incrementaram as competições hípicas, particularmente no Rio de Janeiro (Campo de São Cristóvão) e em São Paulo (Sociedade Hípica Paulista). São Paulo, através de sua Força Pública, já se beneficiara da presença de um instrutor de equitação francês o Cap Frederich Sttmuller, componente da Missão Francesa para organização daquela corporação.

A 12 de outubro de 1925, realizou-se a primeira competição hípica interestadual, entre o Rio de Janeiro e São Paulo. A prova apresentava obstáculos com altura de 1,30m em sua

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maioria fixos. Os oficiais alunos do Centro de Instrução de Adestramento lograram êxito e aplausos da assistência paulista, face à uniformidade na condução de suas montadas.

Em 1928, o Cap Jules Leon Armand Gloria foi substituído pelo Maj Charles Robert Batistelli e, com a criação da Escola Provisória da Cavalaria, o Centro de Instrução de Adestramento passou a denominar-se Curso Especial de Equitação, funcionando anexo ao 15º RCI (hoje Regimento Escola de Cavalaria), no Rio de Janeiro.

Com o regresso do Major Batistelli, em 1933, compete aos Oficiais Instrutores Brasileiros, Cap Armando de Morais Âncora, Cap Oswaldo Borba e Cap Manoel Garcia de Souza, como instrutores chefes, a missão de transmitir todo um legado de conhecimentos desenvolvidos por séculos na Europa, o que fazem até 1938.

Com a proximidade da Segunda Guerra Mundial, o Exmo. Sr. Ministro da Guerra suspendeu o funcionamento do Curso Especial de Equitação até 1938. Em 1946, o General Gustavo Cordeiro de Faria, Diretor de Ensino do Exército, deu uma nova organização ao ensino militar, criando o Centro de Aperfeiçoamento e Especialização do Realengo e, entre outros estabelecimentos, ressurgiu o curso Especial de Equitação, que em 2 de maio iniciou suas atividades, ocupando as dependências do Departamento de Equitação e de Educação Física da Escola Militar do Realengo, onde se manteve até dezembro de 1995. Coube ao Major Expedito Mendes Corrêa, a difícil tarefa de reconstrução do patrimônio cultural e material do curso. Nesta oportunidade, tornou-se possível a recuperação do valiosíssimo material graças à ação pessoal do então Capitão José Soledade Neves, que por ocasião da suspensão do curso, guardou-o na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Seguiram-se momentos altamente significativos para o Curso Especial de Equitação, com a presença do Capitão Renyldo Pedro Guimarães Ferreira, montando Bibelot, nas Olimpíadas de Londres (1948), Helsinky (1952) e Estocolmo (1956) e a expressiva classificação em 4° lugar do Ten Cel Eloy Massey Oliveira de Menezes, montando Biguá, em Helsinky.

Em 1950, por Aviso Ministerial de 11 de setembro, passou o curso a ter autonomia administrativa. A portaria de 22 de maio de 1954 determinou que funcionasse o Curso Especial de Equitação, com a denominação atual de Escola de Equitação do Exército. Neste período a Escola especializou militares nos cursos de Instrutor e Monitor de Equitação e tornou-se responsável pela difusão e pelo desenvolvimento do hipismo em todo o Brasil, através de seus alunos que se tornaram professores e dirigentes.

Em abril de 1991 o Ministro do Exército criou uma comissão para estudar a transformação da Escola de Equitação do Exército em Escola Nacional de Equitação ou

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entidade similar, subordinada ao Departamento de Ensino e Pesquisa. Estudos realizados pela comissão, visando à racionalização do Exército Brasileiro, concluíram pela transformação em Escola Nacional de Equitação de forma progressiva (cinco anos), visando atender tanto a militares quanto a civis, aproveitando todo o acervo de meios materiais, conhecimentos, experiências acumuladas, recursos humanos, enfim, tudo o que foi criado pela Escola de Equitação do Exército ao longo de sua existência, inclusive as suas tradições.

Com o objetivo de ampliar o nível de participação da Escola Nacional de Equitação, possibilitando difundir e colocar todo o seu acervo técnico-cultural e desportivo à disposição de um universo maior de interessados e, ainda, cooperar financeiramente na manutenção dos Cursos e Estágios promovidos pelo Estabelecimento de Ensino, foi criada a Associação Escola Nacional de Equitação (AENE), em 15 de outubro de 1991. Essa entidade reuniria pessoas físicas e jurídicas com reconhecida ligação ou atividade relacionada ao cavalo, seja por incentivo ou por prática.

Em 21 de janeiro de 1992, foi assinado o convênio no Quartel General do Exército, entre o Ministério do Exército e a AENE. Os Cursos e Estágios oferecidos pela Es Equ Ex passaram a ser adquiridos e administrados sob forma de bolsas de estudo/treinamento pela Associação. O convênio foi assinado entre o DEP e a AENE, com o objetivo de prestar à associação, cooperação técnica e científica no campo de equitação e das atividades ligadas ao cavalo. Este convênio visaria o aprimoramento das qualidades de civis que tenham aptidão para a prática e o ensino de arte eqüestre, e a capacitação de recursos humanos da área civil, voltados para a formação de mão de obra especializada. Essa associação se daria através de cursos e estágios ministrados pela Escola Nacional de Equitação, com vigência prevista até janeiro de 1997.

O objetivo do convênio foi desonerar o Exército Brasileiro de parte dos custos de manutenção da Escola de Equitação do Exército, e não sua auto-suficiência. O Ministério do Exército denunciou o convênio, através de carta do Exmo. Sr. chefe do DEP ao Sr. presidente da AENE, informando que o Exército não poderia continuar honrando o convênio, a partir de primeiro de janeiro de 1996. O Presidente da AENE enviou uma carta resposta ao Chefe do DEP lamentando aquela decisão, acatando a denúncia do convênio e decidindo dissolver a AENE por não haver mais possibilidade de cumprir com a finalidade para a qual foi criada.

Pela Portaria Ministerial Nº 042 - Res, de 22 de junho de 1995, a Escola de Equitação do Exército passou a ocupar parte das instalações do Regimento Escola de Cavalaria, ficando vinculada administrativamente a esse Regimento e o aquartelamento da escola teve seus bens patrimoniais imóveis absolvidos pelo 3º Regimento de Carros de Combate. Pela mesma

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portaria, a EsEqEx passou a ser subordinada ao Grupamento de Unidades Escola (GUES) ficando vinculada à Diretoria de Especialização e Extensão no que diz respeito à orientação técnico-pedagógica. A Portaria Nº 320, de 04 de junho de 1996, revogou a portaria 042 – Res de 12 de junho de 1995 e transformou a Escola de Equitação do Exército, a partir de 1º de julho de 1996, em estabelecimento de ensino integrante da estrutura organizacional do Regimento Escola de Cavalaria, deixando de ser subordinada ao GUES. A EsEqEx permaneceu vinculada à Diretoria de Especialização e Extensão quanto à orientação técnico-pedagógica.

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5 DOCUMENTO DE CURRÍCULO

O Documento de Currículo do Curso de Instrutor de Equitação foi elaborado em 2008, esperando aprovação em Boletim Interno do Departamento de Ensino e Pesquisa, de quem é subordinado. Neste do documento são especificados a duração do curso, os objetivos gerais, a grade curricular, os objetivos particulares de cada disciplina e a grade de avaliação.

5.1 DURAÇÃO DO CURSO

Segundo este Documento de Currículo, a duração do curso é de 39 (trinta e nove) semanas, sendo 1560 horas. Este é um dos principais problemas para a implantação da matéria idioma instrumental. Para que ocorresse isso, deveria ser aumentada a carga horária do curso, ou ser substituída alguma matéria que fosse julgada de menor importância. Ou ainda poderia ser diminuída a carga horária de alguma(s) disciplina(s).

Dentre essas três alternativas, a mais conveniente seria a de aumento da carga horária, pois substituição de matéria seria a perda de ensinamentos ao aluno. Da mesma forma seria a de diminuição da carga horária de alguma disciplina.

5.2 OBJETIVOS GERAIS DO CURSO

O Documento de Currículo apresenta os seguintes objetivos gerais:

a) Habilitar oficiais da arma de cavalaria e artilharia a ocupar cargos e exercer a função de Instrutor de equitação e encarregado de atividades hípicas, conforme previsto em Quadro de Organização, capacitando-o a:

- Planejar, ministrar, fiscalizar e coordenar toda a instrução de equitação da unidade, inclusive estágios de adaptação para oficiais e praças de carreira sem curso de equitação, bem como os oficiais R-2 e praças temporários, objetivando utilizar a instrução de equitação principalmente para desenvolver os atributos da área afetiva.

- Planejar, assessorar e supervisionar as ações pertinentes ao preparo e emprego de eqüinos em ações militares, incluindo o cerimonial militar.

- Planejar, em apoio à Direção de Ensino, às Direções de Ensino, às Seções de Coordenação Pedagógica e às Seções Psicopedagógicas, a atividade eqüestre pertinente ao desenvolvimento de atributos da área afetiva e ao cumprimento dos objetivos educacionais formulados pelos estabelecimentos de ensino do Exército.

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- Planejar, organizar, dirigir e participar de eventos hípicos das modalidades clássicas, seja como concorrente, seja na organização e arbitragem dos eventos.

- Assessorar o comandante em todas as questões referentes à administração e manutenção de materiais e dependências especializadas, assim como toda estrutura de suporte à equitação e ao cavalo.

- Zelar pela unidade de doutrina eqüestre.

- Evidenciar a camaradagem, a comunicabilidade, coragem, a dedicação, a direção, o equilíbrio emocional, a liderança, a perspicácia e o tato.

Quando se zela pela unidade de doutrina eqüestre, se mantém a doutrina francesa, vinda da missão militar francesa, em 1922. Por isso, a implantação da matéria idioma instrumental atende a esse objetivo, onde se deve manter um estudo da equitação da França. A atualização constante desta doutrina se dá mantendo os estudos de livros antigos (para não se perder os conhecimentos) e a leitura de livros e revistas atuais.

5.3 GRADE CURRICULAR

A grade curricular determina as disciplinas curriculares, com suas divisões e suas cargas horárias. Também é determinada a complementação do ensino, além de outras atividades. Esta grade se organiza da seguinte forma:

a) Disciplinas Curriculares:

- D1 – Fundamentos Teóricos do Concurso Completo de Equitação (50 horas)

- D1 – Concurso Completo de Equitação I (54 horas) - D1 – Concurso Completo de Equitação II (54 horas) - D1 – Concurso Completo de Equitação III (54 horas) - D2 – Fundamentos Teóricos do Adestramento (50 horas) - D2 – Adestramento I (45 horas)

- D2 – Adestramento II (45 horas) - D2 – Adestramento III (45 horas)

- D3 – Fundamentos Teóricos do Pólo (30 horas) - D3 – Pólo I (25 horas)

- D3 – Pólo II (25 horas) - D4 – Saltadores I (20 horas)

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- D4 – Saltadores II (20 horas)

- D5 – Fundamentos Teóricos do Salto (50 horas) - D5 – Salto I (54 horas)

- D5 – Salto II (54 horas) - D5 – Salto III (54 horas) - D6 – Hipologia I (40 horas) - D6 – Hipologia II (40 horas) - D7 – Equitação Militar (30 horas) - D8 – Escola do Cavaleiro (50 horas)

- D9 – Emprego Militar de Eqüídeos (40 horas) - D10 – Iniciação I (45 horas)

- D10 – Iniciação II (45 horas) - D10 – Iniciação III (45 horas)

- D12 – Psicologia Aplicada ao Ensino e Desporto Eqüestre (30 horas) - D13 – Didática Geral (30 horas)

- D14 – Psicopedagogia (30 horas) - D15 – Equoterapia (30 horas)

- D16 – Organização de Concursos (100 horas)

- D17 – Metodologia da Pesquisa Científica (40 horas) b) Complementação do Ensino:

- Projeto Interdisciplinar (40 horas) - Palestras (30 horas)

c) Outras atividades: - Cmt (20 horas)

- Sec Ens Eqt Vet (14 horas) - STE (08 horas)

- Sec Pós-graduação (08 horas) - Sec Psicopedagógica (08 horas) - Férias (40 horas)

- Div Adm (04 horas) - TFM (54 horas)

- Disposição do aluno (20 horas)

A soma de toda a carga horária apresentada é de 1560 horas, distribuídas em 39 semanas de instrução. Para a implantação do idioma instrumental dentro dessa grade, deveria

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ser organizada uma reunião técnica de ensino, onde se decidiria a substituição de alguma atividade, ou a diminuição da mesma.

5.4 OBJETIVOS PARTICULARES DE CADA DISCIPLINA NO CURSO

Esta seção apresenta os objetivos específicos de cada disciplina, onde seria m acrescentados, se fosse o caso, os do idioma instrumental. Nesta seção, ainda, são apresentados os atributos da área afetiva específicos que cada matéria desenvolve.

O objetivo principal do idioma instrumental é a compreensão e interpretação de textos de textos. Pois, conforme ESKEY (1986), as pessoas lêem, principalmente, “[...] pelo significado. Para elas, a linguagem de um texto é somente um meio para um fim. O fim é a compreensão.”

A leitura é um processo cognitivo, no qual o cérebro absorve as informações transmitidas pelos olhos e as relaciona com conhecimentos previamente adquiridos. Através deste processo, o leitor constrói a significação do texto, que passa a fazer parte do seu repertório. Ao combinar o seu conhecimento de mundo ao conhecimento específico sobre o discurso, o leitor cria expectativas sobre a linguagem e o conteúdo do texto. A partir destas expectativas o leitor faz previsões que o auxiliam a interpretar o significado do texto, que é ‘negociado com o autor’. (BARSOTTI & SILVA, 2002).

Por isso, a compreensão do vocabulário eqüestre pode abrir as portas para uma melhor interpretação de um livro, documento, etc. E com certeza, esse conhecimento acaba passando, indiretamente, para a compreensão auditiva, como por exemplo, uma palestra ou até uma vídeo-aula em DVD.

5.5 GRADE DE AVALIAÇÃO

A grade de avaliação é dividida em áreas cognitivas e psicomotoras, e área afetiva. Ela apresenta a forma de avaliação de todas as disciplinas do curso, bem como o seu peso para o Grau Final do aluno.

As formas de avaliação nas áreas cognitivas e psicomotoras são apresentadas de acordo com a tabela seguinte:

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Tabela 1 – Grade de Avaliação

ÁREAS COGNITIVAS E PSICOMOTORAS

DISCIPLINAS

INSTRUMENTOS DE

AVALIAÇÃO PESO

D1 – Fundamentos Teóricos do Concurso

Completo de Equitação Prova escrita e Prática 1

D1 – Concurso Completo de Equitação I Prova escrita e prática 1

D1 – Concurso Completo de Equitação II Prova escrita e prática 1

D1 – Concurso Completo de Equitação III Prova escrita e prática 1

D2 – Fundamentos Teóricos do Adestramento Prova escrita e prática 1

D2 – Adestramento I Prova escrita e prática 1

D2 – Adestramento II Prova escrita e prática 1

D2 – Adestramento III Prova escrita e prática 1

D3 – Fundamentos Teóricos do Pólo Prova prática 1

D3 – Pólo I Prova prática 1

D3 – Pólo II Prova escrita e prática 1

D4 – Saltadores I Prova escrita e prática 1

D4 – Saltadores II Prova escrita e prática 1

D5 – Fundamentos Teóricos do Salto Prova escrita e prática 1

D5 – Salto I Prova escrita e prática 1

D5 – Salto II Prova Prática 1

D5 – Salto III Prova Prática 1

D6 – Hipologia I Prova Prática 1

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D7 – Equitação Militar Prova Prática 1

D8 – Escola do Cavaleiro Prova Prática 1

D9 – Emprego Militar de Eqüídeos Prova Prática 1

D10 – Iniciação I Prova Prática 1

D10 – Iniciação II Prova Prática 1

D10 – Iniciação III Prova Prática 1

D12 – Psicologia Aplicada ao Ensino e Desporto

Eqüestre Prova Prática 1

D13 – Didática Geral Prova Prática 1

D14 – Psicopedagogia Prova Prática 1

D15 – Equoterapia Prova Prática 1

D16 – Organização de Concursos Prova Prática 1

D17 – Metodologia da Pesquisa Científica Prova Prática 1

Trabalho de Conclusão de Curso 1,5

Projeto Interdisciplinar 1,1

Percentual 100%

Quanto à área afetiva, os atributos constantes da escala de avaliação para fins de conceito escolar são: coragem, dedicação e equilíbrio emocional.

Quanto à avaliação do idioma instrumental, poderia ser prevista uma prova escrita, verificando os conhecimentos obtidos na disciplina, com peso 1 (um).

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6 ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO

“Um instrumento de coleta de dados deve ser específico para um determinado público-alvo...” ((NEVES, 2007). Por isso, realizou-se uma pesquisa de campo num universo de militares possuidores do Curso de Instrutor de Equitação, e dos alunos que estão atualmente cursando. Este universo ficou assim distribuído: 13 (treze) Alunos, 8 (oito) Instrutores (que servem atualmente na EsEqEx, e 14 militares da Tropa que possuem o curso. Dentre esses militares da tropa, participaram os seguintes locais do Rio Grande do Sul: Coudelaria de Rincão (São Borja), 2° RCMec (São Borja), 1° RCMec (Itaqui), 8° RCMec (Uruguaiana), 5° RCMec (Quaraí), 6° RCB (Alegrete), 4° RCC (Rosário do Sul), 9° RCB (São Gabriel), 7° RCMec (Santana do Livramento). E ainda, no Rio de Janeiro, participaram dois oficiais da 1ª DE. Assim fecha-se um universo total de 35 militares.

“A escolha do instrumento de coleta de dados depende dos objetivos que pretendemos alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado” (NEVES, 2007). Com o objetivo de verificar a relevância da implantação da matéria Idioma Instrumental, confeccionei um questionário e apliquei-o no universo estabelecido. O quadro de resultados desse questionário encontra-se em anexo.

6.1 PERGUNTA 1

Aqui foi perguntado se o militar é habilitado em algum idioma pelo Centro de Estudos de Pessoal (CEP).

No universo dos Alunos, verifica-se que apenas 38% são habilitados. Isso pode ser pelo menor tempo de serviço no exército. O que já muda de figura com os Instrutores, onde 50% são habilitados, e na Tropa 57%. No universo Total, quase a metade são habilitados (49%). Isso demonstra uma preocupação média com o estudo de idioma estrangeiro.

6.2 PERGUNTA 2

Neste item, foi perguntado se o militar está realizando ou já realizou algum estágio/curso de Idioma a Distância pelo CEP.

No universo dos alunos, apenas 23% responderam que sim. Nos instrutores, 38% e na tropa apenas 14%. No universo total, apenas 23% responderam que sim. Isso demonstra a

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pouca preocupação com o estudo de idioma estrangeiro, o que pode indicar a pouca intenção de projeção no cenário internacional.

6.3 PERGUNTA 3

Neste item, foi perguntado se o militar cursa ou possui algum outro curso de idiomas fora do Exército.

No universo dos alunos, verificamos que apenas 15% responderam que sim. Nos instrutores 25% e na tropa 21%. No universo total, pode-se verificar que apenas 20% dos militares responderam que sim. Isso novamente demonstra falta de interesse pelo estudo do idioma estrangeiro.

Durante o preenchimento dessas três primeiras questões, pude perceber quem tem interesse na projeção internacional, seja na organização ou participação de competições, seja no estudo de livros estrangeiros, e quem tem interesse apenas na projeção nacional, ou até mesmo quem não tinha nenhuma ambição fora a sua região. Não fiz uma análise quantitativa neste sentido, mas a implantação do idioma instrumental poderia incentivar o estudo do idioma estrangeiro, o que poderia incentivar o aumento de respostas positivas.

6.4 PERGUNTA 4

Neste item, foi perguntado se o militar já se deparou com algum problema de falta de domínio de algum idioma, dentro da área de equitação.

No universo dos alunos, verificou-se que 69% responderam que sim, sendo que a maioria dos problemas foi com a leitura de livros e pesquisas na Internet. No universo dos instrutores, 88% responderam que sim, sendo que a maioria dos problemas foi com a leitura de livros e em competições internacionais. No universo da tropa, 79% responderam que sim, sendo que a maioria dos problemas foi com a leitura de livros e a participação em competições internacionais. No universo total, verifica-se que 77% responderam que sim, sendo que o maior problema é a leitura de livros.

Este item indica que o maior problema tem sido com a habilidade de leitura, que é um dos objetivos do idioma instrumental. Esse novo conhecimento poderia diminuir este problema.

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6.5 PERGUNTA 5

Neste item, foi perguntado qual a importância de se ter o conhecimento do idioma instrumental para se realizar um curso de equitação no exterior.

Em todos os universos analisados, verifica-se que é muito importante para todos os círculos hierárquicos. Do total, apenas 11% acreditam ser pouco importante para o Primeiro Tenente, e apenas 3% acreditam não ser importante. Daí verifica-se que é nítida a importância do conhecimento do idioma instrumental para a realização de curso de equitação no exterior, aumentando a pertinência da implantação dessa matéria.

6.6 PERGUNTA 6

Aqui foi perguntado se o militar já leu alguma publicação eqüestre em idioma estrangeiro.

Dentro do universo dos alunos, 62% responderam que sim, sendo que desse universo positivo, 75% leram publicações em inglês e 63% em espanhol. No universo dos instrutores, 88% responderam que sim, sendo 57% em inglês, 71% em espanhol e 29% em francês. No universo da tropa, 71% responderam que sim, sendo 70% em inglês e 60% em espanhol. E no universo da tropa, 66% responderam que sim, sendo 78% em inglês, 70% em espanhol e 9% em francês.

Desse resultado, pode-se verificar que há uma procura por publicações em idioma estrangeiro, o que reforça a implantação do idioma instrumental.

6.7 PERGUNTA 7

Neste item foi perguntado se o militar já deixou de ler alguma publicação eqüestre em idioma estrangeiro por falta de domínio do respectivo idioma.

Dentro do universo dos alunos, 69% responderam que sim. No universo dos instrutores, 88% dos instrutores responderam que sim. E no universo da tropa, 64% responderam que sim. Analisando o universo total, verificamos que 71% responderam que sim.

Esse resultado reforça a idéia de se implantar a matéria idioma instrumental. Não que ela habilite o militar a ler tal publicação, mas ou ajuda, ou incentiva o estudo da língua. Isso com certeza ampliariam os conhecimentos deste militar.

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6.8 PERGUNTA 8

Neste item foi perguntado se o militar acha relevante obter noções de Idioma Instrumental dentro do Curso de Instrutor de Equitação da EsEqEx.

No universo dos alunos, 31% acharam essencial, 46% acharam muito importante e 23% acharam pouco importante. No universo dos instrutores, 50% acharam essencial, 13% acharam muito importante e 38% acharam pouco importante. No universo da tropa, 36% acharam essencial, 36% acharam muito importante, 14% acharam pouco importante e 14% acharam que não é necessário. No universo total, 37% acharam essencial, 34% acharam muito importante, 23% acharam pouco importante e 6% acharam que não é necessário.

Analisando todos os universos, verificamos que há uma pequena disparidade nas respostas, variando do pouco importante ao essencial. Mas podemos verificar que a maioria acha muito importante e essencial (71%).

Dentre os que acham essencial, os motivos são que a maioria das publicações estão em inglês, francês e em espanhol, favorecendo ao militar a conquistar mais conhecimentos, qualifica o militar a participar de competições internacionais (sem dificuldades de comunicação), e estreitar os laços com competidores, juízes, técnicos, etc. Além disso, facilita a participação de clínicas e palestras.

Um dos militares justificou sendo essencial porque temos muitos países, principalmente da Europa, que estão a nossa frente nos diversos esportes eqüestres. Para adquirirmos o conhecimento destes países, precisamos nos atualizar em seus idiomas. Além disso, ele passou sua experiência como instrutor da Seção de Equitação da AMAN, onde se deparou várias vezes com visitas de cadetes estrangeiros, onde teve que utilizar, em todas as vezes, intérpretes para passar as informações. Esses intérpretes, muitas vezes, não sabem o vocabulário específico para a atividade eqüestre, não conseguindo passar adequadamente as informações.

Dos militares que disseram ser muito importante ter noções de idioma instrumental, sua justificativa foi por abrir mais oportunidades e facilitar a inserção do oficial no meio da equitação internacional. Também por aprimorar os conhecimentos e futuras realizações de cursos estrangeiros. Esses conhecimentos facilitariam, também, a confecção de documentos da FEI, que são em inglês e francês. Além disso, facilitaria o intercâmbio com profissionais de outros países, como os oficiais de concurso e participantes de competições.

Vinte e três por cento disseram ser pouco importante porque a carga horária já é pouca para as matérias básicas, como Salto, Concurso Completo de Equitação, Adestramento, etc.

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Além disso, esses conhecimentos deveriam ser obtidos fora do exército, por meios particulares.

Dos militares que acharam que não é necessário, disseram ser porque a EsEqEx vem perdendo o seu foco principal na formação do Instrutor e do Monitor, que têm que ter condições de corrigir defeitos dos animais de seus futuros instruendos. Então qualquer atividade diferente que se queira implantar nos cursos da EsEqEx, diminui a carga horária de instrução prática.

6.9 PERGUNTA 9

Este item foi voltado somente para quem é ou já foi instrutor da EsEqEx. Foi obtido um universo de 13 militares. E foi perguntado se, caso o militar tivesse maior domínio em algum idioma estrangeiro, isso repercutiria favoravelmente no incremento do seu desempenho como instrutor.

No universo dos instrutores, 50% concordaram integralmente e 50% concordaram em parte. No universo da tropa, 60% concordam integralmente e 40% concordam em parte. Isso fecha um total de 54% que concordam integralmente e 46% que concordam em parte.

6.10 SUGESTÕES

Dentre as idéias obtidas, foi sugerido que o idioma foco fosse o inglês, e que a instrução fosse dirigida por um instrutor de equitação, auxiliado, ou não, por uma oficial do Quadro Complementar de Oficiais ou por um oficial do CEP. Deveria iniciar com a leitura dos regulamentos e das reprises de adestramento, que certamente englobam a maior parte dos termos técnicos da equitação.

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7 CONCLUSÃO

A matéria Idioma Instrumental visa dar ao futuro Instrutor de Equitação condições de compreensão de textos e, indiretamente, a compreensão oral. Essa disciplina não habilita o militar em algum idioma, mas dá a ele ferramentas facilitadoras para a compreensão dos textos técnicos de equitação. E temos vários exemplos desses textos atualmente, como reprises de adestramento, documentos da FEI (Medical Card, Judge Report of Eventing, Fall Report, etc.), livros modernos e antigos, etc.

E pode-se perceber, dentro dos livros da Biblioteca da Escola de Equitação, que a maioria está no idioma francês, devido à Missão Militar Francesa, no século passado. O exército adotou a doutrina francesa e mantém-a até os dias atuais, o que reforça a implantação do idioma instrumental, ajudando na leitura dos livros em francês.

Um dos fundamentos do Sistema de Ensino do Exército é o aperfeiçoamento constante dos padrões éticos, morais, culturais e de eficiência. E o Idioma Instrumental reforçaria esse fundamento, aumentando o universo de leitura dos estudantes da equitação, principalmente a Equitação Acadêmica.

O Sistema de Ensino de Idiomas no Exército, e o Sistema de Ensino Regular de Idiomas, não prevêem o estudo de idioma estrangeiro num curso de especialização. Esses sistemas se baseiam nas escolas de formação, de aperfeiçoamento e de Estado-Maior do Exército.

Ao analisar os objetivos da Escola de Equitação do Exército, verificamos que o conhecimento específico do vocabulário estrangeiro eqüestre auxilia na promoção e realização de competições militares do caráter internacional, além da cooperação com entidades civis e militares internacionais.

Porém, existem inconvenientes ao se implantar o idioma instrumental, ao se analisar o Documento de Currículo. Esse problema é a diminuição ou substituição da carga horária de alguma disciplina. Todas as disciplinas atuais são fundamentais para a formação do Instrutor de Equitação, e não convém que sejam substituídas. O que poderia ser feito, é o aumento da carga horária, ou seja, essa nova disciplina seria somada à Grade Curricular, aumentando a carga horária do curso.

Concluindo este trabalho, apesar de ser favorável à implantação da matéria idioma instrumental, a pesquisa poderia ter um resultado mais próximo ainda da realidade se fosse realizada com maior tempo. Um universo de pesquisa de 35 militares é pequeno em relação ao número total de instrutores de equitação do Exército. Além disso, seria de grande valia,

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numa nova pesquisa, que fosse construído o conteúdo programático da matéria, permitindo estudar melhor a inserção desta na grade curricular do Curso de Instrutor de Equitação. Isso também facilitaria a implantação da matéria, caso fosse aprovada.

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REFERÊNCIAS

BARSOTTI, Carla & SILVA, Maclóvia C. da. A leitura em língua estrangeira e o uso do

computador como meio facilitador: uma breve discussão. Curitiba: Tuiuti: Ciência e

Cultura, 2002.

ESKEY, D. E. Teaching second language reading for academic purposes. Boston: Addison-Wesley Publishing Company, 1986.

SIERRA, Teresa Vargas. Espanhol instrumental. São Paulo: Ed. Ibpex, 2005.

VIAN JR., Orlando. Inglês instrumental, inglês para negócios e inglês instrumental para

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ANEXO 1

Pesquisa de Campo

A presente pesquisa de campo tem a finalidade fazer um levantamento, dentro do universo dos Instrutores de Equitação do Exército, sobre a relevância de se implantar, dentro do Currículo Escolar do curso de Instr Equit, a matéria Idioma Instrumental. Essa matéria daria ao futuro Instrutor, noções de vocabulário eqüestre estrangeiro. A sua colaboração será de grande importância para a coleta de dados do meu Trabalho de Conclusão de Curso, no Curso de Instr Equit.

Ten Serafini – Aluno C Instr Equit Ex

1) O sr. é habilitado em algum idioma pelo CEP?

Sim Não

Se sim, qual(is) idioma(s)?

Idioma: _______________________ Nível: C B A

Data Habilitação__/__/__ Posto: ______ Já era Instrutor de Equitação? ______________

Idioma: _______________________ Nível: C B A

Data Habilitação__/__/__ Posto: ______ Já era Instrutor de Equitação? ______________

Idioma: _______________________ Nível: C B A

Data Habilitação__/__/__ Posto: ______ Já era Instrutor de Equitação? ______________

2) O Sr. está realizando ou já realizou algum estágio/Curso de Idioma a Distância pelo CEP?

Sim Não

Se sim, qual(is) idioma(s)?

Idioma__________________ Curso/Estágio: _____________________ Período: _________________ Idioma__________________ Curso/Estágio: _____________________ Período: _________________ Idioma__________________ Curso/Estágio: _____________________ Período: _________________

3) O Sr. cursa ou possui algum outro curso de idiomas fora do Exército (CCAA, Aliança Francesa, etc.)?

Sim Não

Se sim, preencha:

Estabelecimento: _____________________________ Curso: ___________________________ Idioma: _____________________ Período: _________________________

Estabelecimento: _____________________________ Curso: ___________________________ Idioma: _____________________ Período: _________________________

Estabelecimento: _____________________________ Curso: ___________________________ Idioma: _____________________ Período: _________________________

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4) O Sr. já se deparou com algum problema de falta de domínio de algum idioma, dentro da área de equitação?

Sim Não Se sim, qual tipo de problema?

Palestra Qual foi a solução? __________________________________________

Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco Clínica Qual foi a solução?

__________________________________________

Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco Curso estrangeiro Qual foi a solução?

__________________________________________

Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco Consulta/leitura de um livro Qual foi a solução? ____________________________________

Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco Leitura de uma revista Qual foi a solução?

__________________________________________

Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco Página de internet Qual foi a solução?

__________________________________________

Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco Participação em Competições Internacionais

Qual foi a solução? __________________________________________ Esse problema é freqüente? Muito Médio Pouco

Outras situações:

______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 5) Qual a importância de se ter o conhecimento do idioma instrumental para se realizar um curso de equitação no exterior?

Para o 1° Ten:

Muito importante Pouco importante Não é importante

Para os Oficiais Intermediários:

Muito importante Pouco importante Não é importante

Para os Oficiais Superiores:

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